Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Taxonomia e Filogenia dos animais • animais familiares classificados por todas as culturas de acordo com grande diversidade de critérios: • utilidade • grau de ameaça para o homem • papel na mitologia • ... Classificação dos animais • Para um biólogo: • diversidade animal organizada segundo grupos hierárquicos • hierarquia dos grupos baseada nas relações evolutivas • relações evolutivas reveladas pela partilha de características homólogas Sistema de classificação natural Reflecte as relações existentes entre os animais na natureza, fora do contexto das actividades humanas Classificação dos animais • reconstruir as relações evolutivas entre os animais • construir um sistemas taxonómico informativo a descendência a partir de um antepassado comum é o princípio subjacente que orienta a organização da diversidade da vida animal Objectivos da sistemática Taxonomia • Produz um sistema formal para nomear e agrupar espécies de forma a comunicar a sua organização • Animais agrupados em grupos taxonómicos muito próximos: • possuem um ancestral comum muito recente • têm muitas características em comum • É parte da Sistemática (ou biologia comparativa) • estudos da variabilidade entre os animais usados para compreender as suas relações evolutivas O sistema taxonómico de Lineu • base do actual sistema de classificação • baseou-se no estudo comparativo das formas dos organismos (morfologia) para os organizar • organismos organizados em séries ascendentes de grupos, cada vez mais inclusivos • divisão dos organismos em espécies, cada uma com um nome distinto, segundo uma nomenclatura binomial • espécies agrupadas em géneros, que se agrupam em Ordens, sendo estas agrupadas em Classes O sistema taxonómico actual • Inclui 7 grandes categorias obrigatórias para os animais • Reino, Filo, Classe, Ordem, Família, Género, Espécie • Todos os organismos são colocados obrigatoriamente em, pelo menos, 7 categorias (ou taxa) • É possível sub-dividir esses taxa em sub-taxa • consideram-se mais de 30 categorias taxonómicas Teoria científicas • explicação de um aspecto do mundo natural e do universo que foi repetidamente testado e corroborado de acordo com o método científico, usando protocolos aceites de observação, medição e avaliação de resultados • sempre que possível, as teorias são testadas sob condições experimentais controladas; em circunstâncias não passíveis de testes experimentais, as teorias são avaliadas por meio de princípios de raciocínio lógico. • as teorias científicas estabelecidas resistiram a um rigoroso escrutínio e incorporaram o conhecimento científico • a teoria científica difere do facto científico ou da lei científica; • uma teoria explica "porque" ou “como”; • um facto é uma observação simples e básica; • uma lei é uma afirmação (geralmente uma equação matemática) sobre uma relação entre factos. a Lei de Newton da gravidade é uma equação matemática que pode ser usada para prever a atração entre os corpos, mas não é uma teoria para explicar como a gravidade funciona "...factos e teorias são coisas diferentes e não degraus numa hierarquia de certeza crescente. Factos são os dados do mundo. As teorias são estruturas de ideias que explicam e interpretam os factos. “ Stephen Jay Gould Teoria científicas • a definição científica de uma teoria contrasta com a definição que a maioria das pessoas usa em linguagem vulgar. • A maioria das pessoas usa a palavra 'teoria' no sentido de uma ideia ou palpite que alguém tem; em ciência a palavra 'teoria' diz respeito à forma como se interpretam os factos. Teoria científicas Teoria da Evolução • Conceitos base da teoria da evolução: • o mundo vivo não é estático nem perpetuamente cíclico, mas está em contínua mudança, com continuidade hereditária das gerações passadas para as actuais; • formas mais recentes não são superiores às mais antigas e as mudanças não representam progresso na adaptação ou na complexidade de um organismo; • todos os organismos vivos descendem de formas ancestrais, que foram acumulando modificações ao longo das gerações • a variabilidade genética intrínseca às espécies constitui a matéria prima para o aparecimento de novas espécies, em que o isolamento geográfico desempenha um papel fundamental no desenvolvimento de barreiras biológicas reprodutivas Teoria da Evolução • Conceitos base da teoria da evolução: • os novos traços surgem numa população a partir do aumento da sua frequência inicial numa pequena fracção da população para a maioria da população. • os novos traços, mesmo aqueles que são notavelmente diferentes dos ancestrais, são produzidos numa série de pequenos passos incrementais que se acumulam ao longo de centenas a milhares de gerações • a selecção natural é o processo principal que leva à evolução • fornece uma explicação natural para as origens da adaptação, incluindo todos os atributos de desenvolvimento, comportamentais, anatómicos e fisiológicos que aumentam a capacidade de um organismo em usar os recursos ambientais disponíveis para sobreviver e se reproduzir. • conceito de “sobrevivência do mais apto” (não é necessariamente “do mais forte”) Respostas à seleção da coloração num espécie caracol: A. cenário inicial: distribuição de frequência de coloração antes da seleção. B. seleção estabilizadora elimina variantes extremas da população (eliminação de indivíduos anormalmente claros ou escuros) estabilizando assim a média. C. seleção direcional muda a média da população, favorecendo variantes de cores escuras D. seleção disruptiva favorece ambos os extremos, mas não a média; a média permanece inalterada, mas a população deixa de apresentar uma distribuição normal dos fenótipos Tarefas (conteúdos podem ser parte dos momentos de avaliação): - ler capítulo texto fornecido. (ficheiro “6.Organic Evolution.pdf”) - ver videos "The 12 Days of Evolution”, “Does the Theory of Evolution Really Matter” e “What Caused Life’s Major Evolutionary Transitions” Teoria da Evolução • levou a que o taxonomista sistematize em vez de classificar • Classificação implica a construção de agrupamentos de organismos em função da existência de uma característica comum, utilizada para definir o grupo • organismos que possuem essa característica fazem parte do grupo; os que não a possuem são excluídos • Sistematização implica juntar num mesmo grupo os organismos que descendem de um antepassado comum • grupo taxonómico inclui o antepassado comum mais recente do grupo e os seus descendentes O que é uma espécie? • Critérios que permitem identificar uma espécie: • possibilidade de identificar uma população ancestral (descendência comum); são uma entidade histórica • agrupamento distinto mais pequeno de organismos que partilha padrões de descendência e de ancestralidade • pertencer a uma comunidade reprodutiva, que exclua membro de outras espécies O que é uma espécie? • Distribuição geográfica • espécies cosmopolitas: com distribuição muito alargada • espécies endémicas: com distribuição restrita a uma região muito pequena • distribuição contínua / disjunta • Distribuição temporal (duração evolutiva) Descrição tradicional de uma espécie • espécie definida a partir de características fixas (geralmente morfológicas) • características consideradas como parte de um padrão ou arquétipo criado por mão divina • implica a descrição de um espécimen tipo, representando a morfologia ideal da espécie • indivíduos são atribuídos a uma espécie por comparação com o espécimen tipo • pequenas diferenças face ao espécimen tipo consideradas imperfeições; grandes diferenças levavam à descrição de uma nova espécie A espécie tal como é vista actualmente • Ainda são designadas com base na descrição de espécimens depositados em museus • Categorias de organismos não são definidas por possuírem determinadas características morfológicas • Espécimens tipo representarão, na melhor das hipóteses, uma forma médiada variação de uma espécie (no espaço e no tempo) • Espécimens tipo funcionam apenas como um modelo das características morfológicas gerais que é suposto encontrar numa espécie • Espécie é identificada segundo as propriedades reprodutivas de uma população e não por possuir determinadas características • espécies crípticas: demasiado semelhantes morfologicamente para serem diagnosticadas apenas por características morfológicas • Corresponde a uma população de indivíduos que se reproduzem entre si, que têm uma descendência comum e que partilham características integradoras • variação individual deverá ser inferior dentro de uma mesma espécie do que entre espécies distintas • Espera-se que os indivíduos de uma comunidade reprodutiva partilhem características ecológicas (mesmo nicho ecológico) A espécie tal como é vista actualmente Calories Killed the Neanderthals! https://sciencevibe.com/2017/07/10/homo-sapiens-survived-neanderthals-died-but-not-for-the-reason-you-think/ Reconstituição filogenética • objectivo principal da Sistemática: • reconstruir a árvore filogenética que relaciona todas as espécies (existentes e extintas) através da identificação de características (ou caracteres) que variam entre as espécies • Análises filogenéticas baseiam-se na existência de características partilhadas que são herdadas a partir de um ancestral comum Alguns conceitos... • Homologia: similaridade de caracteres que resulta de uma ascendência comum • Homoplasia (ou similaridade não homóloga): similaridade de caracteres que não resulta de uma ascendência comum (ex: endotermia nos vertebrados) • Monofilia: um taxon monofilético inclui o antecessor comum mais recente do grupo bem como todos os seus descendentes • Parafilia: um taxon parafilético inclui o antecessor comum mais recente de todos os membros do grupo bem como alguns, mas não todos, dos seus descendentes • Polifilia: um taxon polifilético não inclui o antecessor comum mais recente de todos os membros do grupo A B C D G HA B C Grupo mono!lético Grupo para!lético Grupo poli!lético E E EF F FG H A B C D G H Teorias actuais da Taxonomia • Estabelecem os princípios usados para reconhecer e ordenar os grupos taxonómicos: • Taxonomia evolutiva tradicional • Sistemática filogenética (cladística) • baseiam-se ambas em princípios evolutivos • diferem na forma como esses princípios são utilizados Taxonomia evolutiva tradicional • Incorpora 2 princípios evolutivos distintos para reconhecer e ordenar taxa superiores: • descendência comum • quantidade de alterações adaptativas evolutivas, visualizadas a partir de árvores filogenéticas Taxa devem ter uma origem evolutiva única e apresentar caracteres adaptativos também únicos Taxa preferencialmente monofiléticos; excepcionalmente parafiléticos Famílias construídas com base em características adaptativas únicas (segundo a taxonomia evolutiva) Taxonomia evolutiva tradicional Sistemática filogenética • Enfatiza o critério da descendência comum • Baseia-se no cladograma do grupo a classificar Todos os taxa são monofiléticos É possível considerar grupos “irmãos”, quando 2 taxa monofiléticos partilham entre si um ancestral comum mais recente do que com qualquer outro taxa Segundo a taxonomia filogenética, trata-se apenas de uma família (Hominidae) Árvore filogenética monofilética de Haeckel (1866) baseada nas ideias de Darwin Cunhou os termos filogenia e ontogenia Definiu um Filo como um grupo que inclui um antepassado e todos os seus descendentes • Monera (bactérias) • Protista • Plantae • Fungi • Animalia Org. procarióticos Org. eucarióticos Sistema de 5 Reinos (Whittaker) Sistema de 5 Reinos (Whittaker) • Baseia-se na existência de dois tipos fundamentais de células e na forma de obtenção do alimento • Plantas -> autotróficas • Fungos -> heterotróficos, alimentando-se por absorção • maioritariamente decompositores • vivem no interior do alimento, que digerem com a produção de enzimas digestivas; moléculas orgânicas produzidas são absorvidas • Animais -> capturam o seu alimento que digerem em cavidades especializadas • Protistas -> grupo heterogéneo onde estão todos os organismos que não encaixam nas outras categorias Nenhum dos sistemas propostos considerava as relações filogenéticas entre os taxa Actualmente, são propostas várias alternativas a este sistema de classificação, com base na sequenciação genética, ultraestrutura celular e na imunocitoquímica como complemento à morfologia e embriologia comparativas Woese, Kandler e Wheelis (1990) • com base na análise dos genes que codificam o RNA ribossomal • reconhecem 3 Domínios monofiléticos acima dos Reinos Sistema com 3 domínios Domínio Bacteria Domínio Archaea Domínio Eukarya (Eucariotas) Plantaea Fungi Animalia En ta m oe ba e Ci lia ta Ps eu do fu ng os Fl ag el la ta Tr ic ho m on od a M ic ro sp or id a D ip lo m on ad a Visão filogenética dos 3 domínios, baseada nos genes que codificam o RNA ribossomal Simetria radiada Simetria bilaterada pseudo- celomados acelomados Possível árvore filogenética para o Reino Animal (filos menores não incluídos) S/ simetria Simetria bi-radiada Simetria radiada Nomenculatura Zoológica • A cada espécie é atribuído um nome latinizado • composto por duas palavras; • impresso em itálico (ou sublinhado no caso de ser manuscrito); • primeira palavra • capitalizada (Género) • pronome; • segunda palavra • em minúsculas (restritivo específico); • atribuível apenas à espécie; • geralmente um adjectivo, em concordância com o género; • o restritivo específico nunca surge isolado, devendo ser sempre acompanhado pelo nome do género ou a sua abreviatura Nomenculatura Zoológica • o mesmo género não pode ser usado para designar dois grupos distintos de organismos • o mesmo restritivo específico pode ser usado em géneros distintos • espécies com várias subespécies (espécies politípicas): • uma subespécie designa-se pelo nome binomial completo acrescido pela repetição do restritivo específico • as restantes espécies distinguem-se por restritivos subespecíficos distintos • as regras tipográficas usadas na impressão dos nomes específicos aplicam-se às subespécies • Autor de uma espécie: primeira pessoa que descreve um espécimen-tipo e publica o seu nome Nomenculatura Zoológica Didelphis marsupialis Linnaeus, 1758 espécie descrita pela 1ª vez por Linnaeus em 1758 Varanus niloticus (Linnaeus, 1766) espécie descrita originalmente por Linnaeus em 1766 e posteriormente colocada num outro género (designação original: Lacerta nilotica) International Code of Zological Nomenclature:http://www.iczn.org/iczn/index.jsp http://www.iczn.org/iczn/index.jsp Nomenculatura Zoológica • A designação da categoria taxonómica “Família” é sempre formada a partir do nome do género-tipo • Ex: família Canidae formada a partir do género Canis (considerado como o género-tipo). A raposa (Vulpes vulpes) também pertence à família Canidae mas o género Vulpes não é considerado um género- tipo • As categorias taxonómicas superiores seguem a sequência seguinte: • Família; Ordem; Classe; Filo; Reino • Podem existir categorias intermédias (sub- ou super-) Eucariotas unicelulares PROTISTAS Protista • Termo geralmente aplicado a todos os eucariotas unicelulares • Inclui também os organismos multicelulares estreitamente relacionados com os unicelulares • Protozoários: • Termo aplicado a organismos unicelulares que se assemelham a animais • Obtenção do alimento • Deslocação Protista • Eucariotas unicelulares (separados do exterior por uma membrana plasmática simples) • Organismos completos, no interior dos quais se desenrolam todas as actividades vitais • numa só célula estão presentes todas as funções metabólicas de um organismo complexo • Organismos de vida livre ou associados a outros organismos • Habitam praticamente todos os locais com água • sistemasaquáticos e terrestres (água higroscópica) • Podem ser altamente especializados, vivendo dentro de uma gama apertada de condições • Não formam folhetos germinativos durante o seu desenvolvimento (pois são unicelulares…) Protista • O seu aparecimento a partir das células procarióticas precursoras implicou vários passos evolutivos: • a origem de uma superfície celular flexível • a origem de um citoexoesqueleto • a origem de um invólucro nuclear • o aparecimento de vesículas digestivas • a aquisição endosimbiótica de certos organelos Protista • Apresentam uma grande diversidade metabólica • aeróbios (maioria) - presença de mitocôndrias • anaeróbios (não possuem mitocôndrias) • vivem em ambientes anaeróbios ou mantêm uma relação de mutualismo com bactérias respiratórias Protista • Do ponto de vista trófico: • foto autotróficos • possuem cloroplastos; capazes de efectuar fotossíntese • heterotróficos • absorvem moléculas orgânicas ou ingerem partículas alimentares maiores • mixotróficos • combinam fotossíntese com nutrição heterotrófica Protista • Do ponto de vista ecológico, podem ser distinguidos: • Protistas de tipo animal (Protozoários) • ingerem o seu alimento • Protistas de tipo fungo (pseudo-fungos = “Slime molds”) • absorvem o alimento • Protistas de tipo planta • fotossintéticos • Protozoa e Algae: termos sem qualquer base filogenética ou significado taxonómico • Algas unicelulares incluídas nos Protista ou nas Eubacteria; algas multicelulares incluídas nas Plantas Contribuições biológicas dos Protista • Especialização intracelular • Presença de organelos funcionais no interior das células • supõe-se que alguns organelos resultam da ingestão de procariotas (cloroplastos, mitocôndrias...) ou de outros eucariotas • Divisão de tarefas entre células (colónias) Contribuições biológicas dos Protista • Reprodução assexuada por divisão mitótica • Verdadeira reprodução sexual, com formação de zigoto • Respostas a estímulos (taxismo) • reflexos e instintos mais simples Contribuições biológicas dos Protista • Desenvolvimento de todos os tipos de nutrição, associados aos sistemas enzimáticos básicos correspondentes • Estruturas para a deslocação em meios aquáticos Protozoa • Maioria são unicelulares, embora alguns sejam coloniais • Maioritariamente microscópicos • Não formam tecidos nem órgãos mas possuem organelos especializados; núcleo simples ou múltiplo • Movimentam-se por intermédio de pseudópodes, flagelos e cílios; alguns são sésseis • Alguns apresentam endoesqueleto ou exoesqueleto; maioria é nua • Apresentam todos os tipos de nutrição • Reproduzem-se assexuadamente (fissão, gemulação e cistos) ou sexuadamente (conjugação ou singamia) Protozoa • citoplasma frequentemente diferenciado em 2 regiões • ectoplasma: situada em contacto com a membrana plasmática, é relativamente transparente e firme • endoplasma: parte mais interna, é granulosa e fluida • membrana plasmática frequentemente reforçada por um conjunto regular de microtúbulos pelo interior (pellicula) • Locomoção • Formas móveis deslocam-se por intermédio de: • pseudópodes • flagelos • cílios constituídos por uma membrana envolvendo um núcleo de microtúbulos Cílios são usados não só na locomoção mas também na geração de correntes de água para respiração e alimentação Forma e função nos protozoários • Locomoção por pseudópodes • A formação de pseudópodes envolve os microfilamentos do citoesqueleto • São utilizados: • na movimentação da célula; • na obtenção de alimento; • na regulação da flutuabilidade Forma e função nos protozoários • Axopódios • pseudópodes irradiam a partir da superfície da célula, através de ornamentações do endoesqueleto, e são suportados por conjuntos de microtúbulos axiais • cada axopódio é reforçado por um conjunto de microtúbulos, cobertos por uma fina camada de citoplasma • projecções aumentam substancialmente a superfície de contacto celular com o meio externo, ajudando os organismo a flutuar e a alimentar-se • pequenos microrganismos ficam aderentes aos axopódios e são fagocitados pela camada de citoplasma Forma e função nos protozoários • Locomoção por cílios e flagelos • Não existe distinção morfológica real entre cílios e flagelos • Cada flagelo ou cílio possui 9 pares de microtúbulos longitudinais envolvendo um par central formando um axonema • Cada axonema é envolvido por uma membrana, que é uma extensão da membrana celular • Uma pequena placa liga o flagelo/cílio ao corpo basal ou cinetosoma, que se prolonga para o interior da célula Forma e função nos protozoários • Cílios • pequenos, geralmente numerosos, formando conjuntos densos • movimentam a água paralelamente à superfície da célula à qual estão presos • não se movimentam em simultâneo mas sim de uma forma sequencial, em cada linha longitudinal Forma e função nos protozoários • Flagelos • a sua movimentação gera uma onda com origem na base do flagelo, que se propaga em direcção à sua ponta, conduzindo: • ao afastamento da célula na direcção oposta • ao arrastamento da água para longe de uma célula fixa geração de correntes) Forma e função nos protozoários • Excreção e osmoregulação • Vacúolos contráteis ou pulsáteis: • cheios de líquido • dilatam (diástole) e contraem (sístole) ritmicamente, esvaziando para o exterior • expulsam a água em excesso, regulando a pressão osmótica • existem em quase todos os protozoa de água doce • geralmente ausentes nos marinhos • surgem logo abaixo da superfície da membrana plasmática Forma e função nos protozoários • Nutrição Duas categorias tróficas distintas: • Heterotróficos • Fagotróficos: ingerem partículas visíveis • implica a formação de um vacúolo digestivo; • lisossomas contendo enzimas digestivas fundem-se com o vacúolo digestivo, despejando nele o seu conteúdo • Osmotróficos ou saprófitos • ingerem alimento numa forma solúvel • Autotróficos Verifica-se uma grande mistura entre os tipos de nutrição auto e heterotrófica Forma e função nos protozoários • Formas de obtenção do alimento • Endocitose: materiais extra celulares entram através de minúsculas cavidades, que depois envaginam internamente; • Endocitose mediada por receptores específicos (proteínas e outras macro moléculas): materais entram a uma taxa superior do que a esperada face a um gradiente de concentrações • Pinocitose: forma não específica de endocitose, em que a taxa de entrada do alimento é proporcional à sua concentração no meio exterior • Fagocitose: envolvimento de partículas de grandes dimensões, com formação de vesículas digestivas Forma e função nos protozoários • Reprodução • Haplóides em todo o seu ciclo de vida • Diplóides em quase todo o seu ciclo de vida, produzindo gâmetas haplóides • Haplóides em quase toda a sua vida, produzindo 1 zigoto diplóide com período de vida curto • Alternância de gerações, passando por uma fase diplóide e uma fase haplóide ciclo assexuado haplóide (fissão) (fissão) Ciclo sexuado: adultos haplóides com meiose zigótica Indivíduo N (Fertilização) isogâmeta isogâmeta (meiose) zigoto 2N ciclo haplodiplóide (meiose) Esporo N gâmeta gâmeta Zigoto (fertilização) ciclo diplóide (meiose) (fertilização) gâmeta Zigoto 2N gâmeta Forma e função nos protozoários • Reprodução assexuada • comum em todas as espécies, constituindo a única forma de reprodução em algumas • organismos dividem-se por fissão, podendo dar origem a 2 células iguais (fissão binária) ou a pequenas gémulas a partir da célula original • fissão múltipla ou esquizogonia: divisão do citolplasma é precedida por várias divisões nucleares, sendo produzidos vários indivíduos em simultâneo • normalmente envolve a replicação de organelos a seguir à fissão • Reprodução sexuada • não existe em todos os Protozoários • quando ocorre não leva à formação directa de novos indivíduos Forma e função nos protozoários • Enquistamento / desenquistamento• Quistos: formas de resistência a condições severas do meio ambiente • cobertura externa resistente; • metabolismo praticamente inactivo, ocorrendo reabsorção de muitos organelos (cílios, flagelos) e produção da parede do quisto pelo ap. Golgi • quistos de alguns Protozoários resistem: • 12 dias em N líquido • 3h a 100°C • até 38/49 anos em solos secos • ambiente ácido dos estômagos • Desenquistamento: requer o restabelecimento das condições favoráveis Forma e função nos protozoários 216 PART 3 The Diversity of Animal Life Cilia and Flagella Many small metazoans use cilia not only for locomotion but also to create water currents for their feeding and respira- tion. Ciliary movement is vital to many species in such functions as handling food, reproduction, excretion, and os- moregulation (as in flame cells, p. 285). No real morphological distinction exists between cilia and flagella (Fig- ure 11-2), and some investigators have preferred to call them both undulipodia (L. dim. of unda, a wave, ! Gr. podos, a foot). However, a cilium propels water parallel to the surface to which the cilium is attached, whereas a flagel- lum propels water parallel to the main axis of the flagellum. Each flagellum or cilium contains nine pairs of longitudi- nal microtubules arranged in a circle around a central pair (Figure 11-3), and this is true for all motile flagella and cilia in the animal kingdom, with a few notable exceptions. This “9 ! 2” tube of microtubules in a flagellum or cilium is its axoneme; an axoneme is covered by a membrane continuous with the cell membrane covering the rest of the organism. At about the point where an axoneme enters the cell proper, the central pair of micro- tubules ends at a small plate within the circle of nine pairs (Figure 11-3A). Also at about that point, another micro- tubule joins each of the nine pairs, so that these form a short tube extending from the base of the flagellum into the cell. The tube consists nine triplets of microtubules and is known as a is the kinetosome (or basal body). Kineto- somes are exactly the same in structure as centrioles that organize mitotic spindles during cell division (see p. 46) and Figure 3-22, p. 53). Centrioles of some flagellates may give rise to kinet- osomes, or kinetosomes may function as centrioles. All typical flagella and cilia have a kinetosome at their base, regardless of whether they are borne by a protozoan or metazoan cell. Description of the axoneme as “9 ! 2” is traditional, but it is also misleading because there is only a single pair of microtubules in the center. If we were consistent, we would have to describe the axoneme as “9 ! 1.” The current explanation for ciliary and flagellar movement is the sliding microtubule hypothesis. The move- ment is powered by the release of Endoplasmic reticulum Nucleolus Nucleus Plasma membrane Mitochondria Food vacuole Exocyst Endocyst Plasma membrane Ostiole Nucleolus Lipid droplet Nucleus Cyst wallNucleolus-like body A B Figure 11-1 Structure of Acanthamoeba palestinensis. A, Active, feeding form. B, Cyst. Figure 11-2 Scanning electron micrograph of the free-living ciliate Tetrahymena thermophila showing rows of cilia ("2000). Beating of flagella either pushes or pulls the organism through its medium, while cilia propel the organism by a “rowing” mechanism. Their structure is similar, whether viewed by scanning or transmission electron microscopy. hic09617_ch11.qxd 5/30/00 9:12 AM Page 216 Filo Choanoflagellata • Pequeno Filo com cerca de 200 espécies conhecidas • Eucariotas aquáticos solitários ou coloniais • Células individuais apresentam um flagelo rodeado de um colar de microvilos retrácteis, com filamentos de actina • batimentos do flagelo movimentam a água para o colar, ficando as partículas alimentares retidas nos microvilos • na colónia, cada célula recolhe o alimento de forma independente • colar funciona como uma rede onde se acumulam as partículas alimentares • Em algumas colónias, as células surgem unidas por pontes citoplasmáticas • Algumas espécies segregam um esqueleto com peças siliciosas, semelhantes às espículas das esponjas Filo Choanoflagellata • Células muito semelhantes aos coanócitos das esponjas • Coanoflagelados poderão estar filogeneticamente muito próximos do ancestral comum a estes e aos Metazoários • Proximidade filogenética é suportada por muitas análises morfológicas e moleculares • Provalmente um grupo irmão dos Metazoa • Muitos componentes da “maquinaria” molecular envolvida na multicelularidade estão presentes, mas sem função conhecida, nos Coanoflagelados • Origem a partir de ciliados coloniais de forma esférica, por diferenciação das suas células para funções específicas (hipótese colonial) Origem dos METAZOA • Origem a partir de um ciliado multinuclear, que desenvolveu membranas plasmáticas internas (hipótese sincicial) Origem dos METAZOA • Origem a partir da simbiose de diferentes organismos unicelulares que se terão especializado em diferentes funções • Origem polifilética Dados da biologia molecular apontam para que todos os Metazoários sejam monofiléticos e para a hipótese colonial Origem dos METAZOA • Primeiros organismos multicelulares terão evoluído a partir de uma colónia de células, derivadas de um zigoto, que desenvolveram contactos celulares • permitiu a troca de nutrientes entre células • possibilitou a especialização celular • Ideia de que os Coanoflagelados poderiam estar na origem dos Metazoários remonta a Metschnikoff (1886) Quais as vantagens da multicelularidade? Metazoário ancestral... Coanoflagelado Coanoblástula Coanoblástula avançada Metazoários • Clade monofilético de eucariotas • Diferenciam-se dos restantes eucariotas por apresentarem: • multicelularidade • heterotrofia • alimentação por ingestão • formação de tecidos a partir de folhetos germinativos embrionários • presença de 2 tipos exclusivos de tecidos: nervoso e muscular Sinapomorfias dos Metazoários • gastrulação • processos únicos de oogénese e espermatogénese • estrutura do esperma • redução dos genes mitocondriais • células do epitélio epidérmico ligadas através de junções ocluentes, aderentes e septos • miofibrilas estriadas • elementos contrácteis de actina-miosina • colagénio de tipo IV • epitélios suportados pela lâmina basal Animais • Maioria reproduz-se sexuadamente • Fase diplóide dominante em relação à haplóide Animals (macro) gametes N (micro) gametes Neggs ovaries dikarya zygotes gamontogamy (2N) sperm testes syngamy, fertilization gamonts meiosis (R!) copulation karyogamy Desenvolvimento Formação de um zigoto diplóide Divisões mitóticas Formação de 1 blástula (esfera oca) G as tr ul aç ão Gástrula Fase com 8 células Formação dos folhetos embrionário que darão origem às diferentes partes do corpo adulto Divisões mitóticas Indivíduos adultos Larvas (formas sexualmente imaturas) Indivíduos adultos metamorfoses Blastocélio Blastocélio Endoderme Ectoderme Blastóporo Arquentério Gastrulação: processo em que ocorre a separação das células que interagem directamente com o ambiente das que processam os materiais neste obtidos Árvore filogenética dos Animais (METAZOA) Protista ancestral Organismo multicelular (Metazoário) Não bilaterados (s/ simetria ou com simetria radial; diploblásticos) Bilaterados (simetria bilateral; tripoblásticos) DeuterostómiosProtostómios História da Terra Paleozóico = “vida antiga” Mesozóico = “vida intermédia” Cenozóico = “vida recente” História da Terra História da Terra História da Terra História da Terra História da Terra História da Terra Filo Porifera Filo Porifera • Até 1765 eram consideradas plantas • Lamarck, Lineu e Cuvier classificaram as esponjas como Zoófitos ou Pólipos, considerando-as como grupos irmãos dos cnidários • Durante grande parte do séc. XIX foram incluídas, juntamente com os cnidários na categoria Coelenterataou Radiata • Designação “Porifera” foi criada em 1836 por R.E. Grant Sycon humboldti Cliona celata Suberites ficus Haliclona cinerea Hymeniacidon perlevis Aaptos papillata Clathrina lacunosa Clathrina coriacea Clathrina coriacea Clathrina coriacea Grantia compressa Oscarella rubra (Hanitsch, 1890) Oscarella rubra (Hanitsch, 1890) Pachymatisma johnstonia (Bowerbank, 1842) Hemimycale columella Ciocalypta penicillus Protosuberites incrustans Stephens, 1915 Protosuberites incrustans Stephens, 1915 Tedania (Tedania) pillarriosae Cristobó (2002) Filo Porifera (Esponjas) • primeiras esponjas terão surgido durante o Pré-Câmbrico (há mais de 542 milhões de anos) • representam a linhagem mais próxima dos Protista multicelulares que terão dado origem ao Reino Animal; • compostas por camadas de células muito pouco especializadas; • gastrulação ocorre durante a metamorfose larvar; • apresentam tecidos de tipo conjuntivo e epitelial; • não possuem nem nervos nem músculos mas são capazes de reagir a alterações do ambiente; • maioria é marinha • das cerca de 9 000 espécies conhecidas, ±100 vivem em água doce • Corpo perfurado por numerosos poros minúsculos e canais • constituem um sistema eficaz de recolha de alimento por filtração, adequado ao seu modo de vida séssil • dependem das correntes aquáticas para o fornecimento de alimento e oxigénio e para eliminar os seus produtos de excreção Filo Porifera (Esponjas) • Corpos: • massas celulares embebidas numa matriz gelatinosa, • rigidez obtida através de um esqueleto de espículas de carbonato de cálcio ou sílica e por colagénio • Os seus embriões têm vida livre, nadadora Filo Porifera (Esponjas) • Tipos de células • As células das esponjas encontram-se embebidas numa matriz gelatinosa - mesohilo • Pinacócitos: células de tipo epitelial, finas e espalmadas, que cobrem a superfície exterior das esponjas (pinacoderme), bem como algumas zonas interiores • Coanócitos: células ovóides, flageladas, com uma extremidade embebida na matriz e a outra exposta. Forram o interior da cavidade central ou das câmaras vibráteis (gastroderme) • Colêncitos: células estreladas responsáveis pela estrutura tridimensional da matriz; segregam mucopolissacarídeos e fibrilhas de colagénio • Escleroblastos: células associadas às espículas, de cuja formação são responsáveis • Arqueócitos: células amebóides, que se movimentam no interior da matriz • podem diferenciar-se em qualquer um dos tipos de células mais especializadas • desempenham várias funções (secreção de espículas - esclerócitos; secreção de esponjina - esponjeócitos; secreção de colagénio, fagocitose) Filo Porifera (Esponjas) Pinacócito Espículas Mesohilo Pinacoderme Filo Porifera (Esponjas) • Tipos de células • As células das esponjas encontram-se embebidas numa matriz gelatinosa - mesohilo • Pinacócitos: células de tipo epitelial, finas e espalmadas, que cobrem a superfície exterior das esponjas (pinacoderme), bem como algumas zonas interiores • Coanócitos: células ovóides, flageladas, com uma extremidade embebida na matriz e a outra exposta. Forram o interior da cavidade central ou das câmaras vibráteis (gastroderme) • Colêncitos: células estreladas responsáveis pela estrutura tridimensional da matriz; segregam mucopolissacarídeos e fibrilhas de colagénio • Escleroblastos: células associadas às espículas, de cuja formação são responsáveis • Arqueócitos: células amebóides, que se movimentam no interior da matriz • podem diferenciar-se em qualquer um dos tipos de células mais especializadas • desempenham várias funções (secreção de espículas - esclerócitos; secreção de esponjina - esponjeócitos; secreção de colagénio, fagocitose) Pinacócito Canal aferente Canal eferente Arqueócito Espícula com escleroblastos Flagelo Colar com microvilli Microfibrilas H2O H2O H2O H2O H2O H2O Coanócito Trajecto da água Trajecto do alimento Vacuolo alimentar Núcleo Partícula alimentar aprisionada Colêncitos H2O Filo Porifera (Esponjas) • Tipos de células • As células das esponjas encontram-se embebidas numa matriz gelatinosa - mesohilo • Pinacócitos: células de tipo epitelial, finas e espalmadas, que cobrem a superfície exterior das esponjas (pinacoderme) , bem como algumas zonas interiores • Coanócitos: células ovóides, flageladas, com uma extremidade embebida na matriz e a outra exposta. Forram o interior da cavidade central ou das câmaras vibráteis (gastroderme) • Colêncitos: células estreladas responsáveis pela estrutura tridimensional da matriz; segregam mucopolissacarídeos e fibrilhas de colagénio • Escleroblastos: células associadas às espículas, de cuja formação são responsáveis • Arqueócitos: células amebóides, que se movimentam no interior da matriz • podem diferenciar-se em qualquer um dos tipos de células mais especializadas • desempenham várias funções (secreção de espículas - esclerócitos; secreção de esponjina - esponjeócitos; secreção de colagénio, fagocitose) Filo Porifera (Esponjas) Pinacócito Espículas Mesohilo Colêncito • Tipos de células • As células das esponjas encontram-se embebidas numa matriz gelatinosa - mesohilo • Pinacócitos: células de tipo epitelial, finas e espalmadas, que cobrem a superfície exterior das esponjas (pinacoderme) , bem como algumas zonas interiores • Coanócitos: células ovóides, flageladas, com uma extremidade embebida na matriz e a outra exposta. Forram o interior da cavidade central ou das câmaras vibráteis (gastroderme) • Colêncitos: células estreladas responsáveis pela estrutura tridimensional da matriz; segregam mucopolissacarídeos e fibrilhas de colagénio • Escleroblastos: células associadas às espículas, de cuja formação são responsáveis • Arqueócitos: células amebóides, que se movimentam no interior da matriz • podem diferenciar-se em qualquer um dos tipos de células mais especializadas • desempenham várias funções (secreção de espículas - esclerócitos; secreção de esponjina - esponjeócitos; secreção de colagénio, fagocitose) Filo Porifera (Esponjas) Filo Porifera (Esponjas) • Tipos de células • As células das esponjas encontram-se embebidas numa matriz gelatinosa - mesohilo • Pinacócitos: células de tipo epitelial, finas e espalmadas, que cobrem a superfície exterior das esponjas (pinacoderme) , bem como algumas zonas interiores • Coanócitos: células ovóides, flageladas, com uma extremidade embebida na matriz e a outra exposta. Forram o interior da cavidade central ou das câmaras vibráteis (gastroderme) • Colêncitos: células estreladas responsáveis pela estrutura tridimensional da matriz; segregam mucopolissacarídeos e fibrilhas de colagénio • Escleroblastos: células associadas às espículas, de cuja formação são responsáveis • Arqueócitos: células amebóides, que se movimentam no interior da matriz • podem diferenciar-se em qualquer um dos tipos de células mais especializadas • desempenham várias funções (secreção de espículas - esclerócitos; secreção de esponjina - esponjeócitos; secreção de colagénio, fagocitose) Pinacócito Espículas Mesohilo ColêncitoArqueócito • Reprodução: • Assexuada • formação de gomos e gémulas produzidos externa ou internamente • regeneração após fragmentação, podendo resultar em embriogénese somática • Sexuada • maioria das esponjas tem os 2 sexos num só indivíduo • esperma resulta da transformação de coanócitos; óvulos podem ter origem em coanócitos ou em arqueócitos • células sexuais encontram-se dispersas no mesohilo, onde se dá a fecundação por um processo de fagocitose • podem ser vivíparas ou ovíparas • as larvas só abandonam o interior da esponja quando atingem a fase de blástula flagelada • após fixação ao substrato, verifica-se uma inversão de camadas celulares Filo Porifera (Esponjas) • Asconóide: • representam a forma de organização mais simples • forma de tubo • água entra por poros microscópicos para uma cavidade interna, rodeadapor coanócitos • água sai para o exterior por um ósculo único, grande • os coanócitos ficam numa câmara alargada designada por esponjocélio CHAPTER 12 Mesozoa and Parazoa 245 Form and Function The only body openings of these unusual animals are pores, usually many tiny ones called ostia for incom- ing water, and a few large ones called oscula (sing., osculum) for water outlet. These openings are connected by a system of canals, some of which are lined with peculiar flagellated col- lar cells called choanocytes, whose flagella maintain a current of environ- mental water through the canals. Water enters the canals through a mul- titude of tiny incurrent pores (dermal ostia) and leaves by way of one or more large oscula. Choanocytes not only keep the water moving but also trap and phagocytize food particles that are carried in the water. Cells lin- ing the passageways are very loosely organized. Collapse of the canals is prevented by the skeleton, which, depending on the species, may be composed of needlelike calcareous or siliceous spicules, a meshwork of organic spongin fibers, or a combina- tion of the two. Sessile animals make few move- ments and therefore need little in the way of nervous, sensory, or locomotor parts. Sponges apparently have been sessile from their earliest appearance and have never acquired specialized nervous or sensory structures, and they have only the very simplest of contrac- tile systems. Types of Canal Systems Most sponges have one of three types of canal systems: asconoid, syconoid, or leuconoid (Figure 12-5). Asconoids: Flagellated Spongocoels Asconoid sponges have the simplest organization. They are small and tube shaped. Water enters through micro- scopic dermal pores into a large cavity called a spongocoel, which is lined with choanocytes. Choanocyte flagella pull water through the pores and expel it through a single large osculum (see Figure 12-5). Leucosolenia (Gr. leukos, white, ! solen, pipe) is an asconoid type of sponge. Its slender, tubular individuals grow in groups attached by a common stolon, or stem, to objects in shallow seawater. Clathrina (L. clathri, lattice work) is an asconoid with bright yellow, intertwined tubes (Figure 12-6). Asconoids are found only in the Calcarea. Syconoids: Flagellated Canals Sy- conoid sponges look somewhat like larger editions of asconoids, from which they were derived. They have a tubular body and single osculum, but the body wall, which is thicker and more com- plex than that of asconoids, contains choanocyte-lined radial canals that empty into the spongocoel (see Fig- ure 12-5). The spongocoel in syconoids is lined with epithelial-type cells rather than flagellated cells as in asconoids. Water enters through a large number of dermal ostia into incurrent canals and then filters through tiny openings called prosopyles into the radial canals (Figure 12-7). There food is ingested by the choanocytes, whose flagella force the water through internal pores (apo-pyles) into the spongocoel. From there it emerges through an osculum. Syconoids do not usually form highly branched colonies as asconoids do. During development, syconoid sponges pass through an asconoid stage; then flagellated canals form by evagination of the body wall. Their development Osculum Pinacocyte Choanocyte Ostium Spicule Porocyte Spongocoel Spicule Osculum Dermal ostium Apopyle Radial canal Incurrent canal Prosopyle Osculum Excurrent canal Flagellated chamber Incurrent canal Ostium Asconoid (Leucosolenia) Syconoid (Sycon) Leuconoid (Euspongia) Figure 12-5 Three types of sponge structure. The degree of complexity from simple asconoid to complex leuconoid type has involved mainly the water-canal and skeletal systems, accompanied by outfolding and branching of the collar-cell layer. The leuconoid type is considered the major plan for sponges, for it permits greater size and more efficient water circulation. hic09617_ch12.qxd 5/30/00 10:45 AM Page 245 camada demal (pinacoderme + mesohilo) a verde Sistemas de canais Filo Porifera (Esponjas) CHAPTER 12 Mesozoa and Parazoa 245 Form and Function The only body openings of these unusual animals are pores, usually many tiny ones called ostia for incom- ing water, and a few large ones called oscula (sing., osculum) for water outlet. These openings are connected by a system of canals, some of which are lined with peculiar flagellated col- lar cells called choanocytes, whose flagella maintain a current of environ- mental water through the canals. Water enters the canals through a mul- titude of tiny incurrent pores (dermal ostia) and leaves by way of one or more large oscula. Choanocytes not only keep the water moving but also trap and phagocytize food particles that are carried in the water. Cells lin- ing the passageways are very loosely organized. Collapse of the canals is prevented by the skeleton, which, depending on the species, may be composed of needlelike calcareous or siliceous spicules, a meshwork of organic spongin fibers, or a combina- tion of the two. Sessile animals make few move- ments and therefore need little in the way of nervous, sensory, or locomotor parts. Sponges apparently have been sessile from their earliest appearance and have never acquired specialized nervous or sensory structures, and they have only the very simplest of contrac- tile systems. Types of Canal Systems Most sponges have one of three types of canal systems: asconoid, syconoid, or leuconoid (Figure 12-5). Asconoids: Flagellated Spongocoels Asconoid sponges have the simplest organization. They are small and tube shaped. Water enters through micro- scopic dermal pores into a large cavity called a spongocoel, which is lined with choanocytes. Choanocyte flagella pull water through the pores and expel it through a single large osculum (see Figure 12-5). Leucosolenia (Gr. leukos, white, ! solen, pipe) is an asconoid type of sponge. Its slender, tubular individuals grow in groups attached by a common stolon, or stem, to objects in shallow seawater. Clathrina (L. clathri, lattice work) is an asconoid with bright yellow, intertwined tubes (Figure 12-6). Asconoids are found only in the Calcarea. Syconoids: Flagellated Canals Sy- conoid sponges look somewhat like larger editions of asconoids, from which they were derived. They have a tubular body and single osculum, but the body wall, which is thicker and more com- plex than that of asconoids, contains choanocyte-lined radial canals that empty into the spongocoel (see Fig- ure 12-5). The spongocoel in syconoids is lined with epithelial-type cells rather than flagellated cells as in asconoids. Water enters through a large number of dermal ostia into incurrent canals and then filters through tiny openings called prosopyles into the radial canals (Figure 12-7). There food is ingested by the choanocytes, whose flagella force the water through internal pores (apo-pyles) into the spongocoel. From there it emerges through an osculum. Syconoids do not usually form highly branched colonies as asconoids do. During development, syconoid sponges pass through an asconoid stage; then flagellated canals form by evagination of the body wall. Their development Osculum Pinacocyte Choanocyte Ostium Spicule Porocyte Spongocoel Spicule Osculum Dermal ostium Apopyle Radial canal Incurrent canal Prosopyle Osculum Excurrent canal Flagellated chamber Incurrent canal Ostium Asconoid (Leucosolenia) Syconoid (Sycon) Leuconoid (Euspongia) Figure 12-5 Three types of sponge structure. The degree of complexity from simple asconoid to complex leuconoid type has involved mainly the water-canal and skeletal systems, accompanied by outfolding and branching of the collar-cell layer. The leuconoid type is considered the major plan for sponges, for it permits greater size and more efficient water circulation. hic09617_ch12.qxd 5/30/00 10:45 AM Page 245 • Siconóide: • Derivadas das asconóides, apresentam um corpo tubular e um único ósculo •Apresentam canais radiais forrados por coanócitos que desembocam numa cavidade central • Cavidade central é forrada por células de tipo epitelial e não por células flageladas camada dermal (pinacoderme + mesohilo) a verde © P. Gomes Filo Porifera (Esponjas) Sistemas de canais CHAPTER 12 Mesozoa and Parazoa 245 Form and Function The only body openings of these unusual animals are pores, usually many tiny ones called ostia for incom- ing water, and a few large ones called oscula (sing., osculum) for water outlet. These openings are connected by a system of canals, some of which are lined with peculiar flagellated col- lar cells called choanocytes, whose flagella maintain a current of environ- mental water through the canals. Water enters the canals through a mul- titude of tiny incurrent pores (dermal ostia) and leaves by way of one or more large oscula. Choanocytes not only keep the water moving but also trap and phagocytize food particles that are carried in the water. Cells lin- ing the passageways are very loosely organized. Collapse of the canals is prevented by the skeleton, which, depending on the species, may be composed of needlelike calcareous or siliceous spicules, a meshwork of organic spongin fibers, or a combina- tion of the two. Sessile animals make few move- ments and therefore need little in the way of nervous, sensory, or locomotor parts. Sponges apparently have been sessile from their earliest appearance and have never acquired specialized nervous or sensory structures, and they have only the very simplest of contrac- tile systems. Types of Canal Systems Most sponges have one of three types of canal systems: asconoid, syconoid, or leuconoid (Figure 12-5). Asconoids: Flagellated Spongocoels Asconoid sponges have the simplest organization. They are small and tube shaped. Water enters through micro- scopic dermal pores into a large cavity called a spongocoel, which is lined with choanocytes. Choanocyte flagella pull water through the pores and expel it through a single large osculum (see Figure 12-5). Leucosolenia (Gr. leukos, white, ! solen, pipe) is an asconoid type of sponge. Its slender, tubular individuals grow in groups attached by a common stolon, or stem, to objects in shallow seawater. Clathrina (L. clathri, lattice work) is an asconoid with bright yellow, intertwined tubes (Figure 12-6). Asconoids are found only in the Calcarea. Syconoids: Flagellated Canals Sy- conoid sponges look somewhat like larger editions of asconoids, from which they were derived. They have a tubular body and single osculum, but the body wall, which is thicker and more com- plex than that of asconoids, contains choanocyte-lined radial canals that empty into the spongocoel (see Fig- ure 12-5). The spongocoel in syconoids is lined with epithelial-type cells rather than flagellated cells as in asconoids. Water enters through a large number of dermal ostia into incurrent canals and then filters through tiny openings called prosopyles into the radial canals (Figure 12-7). There food is ingested by the choanocytes, whose flagella force the water through internal pores (apo-pyles) into the spongocoel. From there it emerges through an osculum. Syconoids do not usually form highly branched colonies as asconoids do. During development, syconoid sponges pass through an asconoid stage; then flagellated canals form by evagination of the body wall. Their development Osculum Pinacocyte Choanocyte Ostium Spicule Porocyte Spongocoel Spicule Osculum Dermal ostium Apopyle Radial canal Incurrent canal Prosopyle Osculum Excurrent canal Flagellated chamber Incurrent canal Ostium Asconoid (Leucosolenia) Syconoid (Sycon) Leuconoid (Euspongia) Figure 12-5 Three types of sponge structure. The degree of complexity from simple asconoid to complex leuconoid type has involved mainly the water-canal and skeletal systems, accompanied by outfolding and branching of the collar-cell layer. The leuconoid type is considered the major plan for sponges, for it permits greater size and more efficient water circulation. hic09617_ch12.qxd 5/30/00 10:45 AM Page 245 • Leuconóide: • forma de organização mais complexa • apresentam uma massa apreciável, com ósculos numerosos • grupos de câmaras flageladas são inundadas por água conduzida por canais aferentes camada demal (pinacoderme + mesohilo) a verde © Helga Leal Filo Porifera (Esponjas) Sistemas de canais Ósculo Câmara vibrátil, com células flageladas Canal aferente Canal eferente Óstium Esponjas de tipo Leuconóide Filo Porifera (Esponjas) Sistemas de canais • Origem das esponjas a partir de uma coanoblástula • Esponja ancestral resultante do desenvolvimento de polaridade na coanoblástula avançada • aparecimento de células sem colar no pólo anterior • permitiu fixação ao substrato • coanócitos restringidos a uma fenda longitudinal (esponja ancestral) • aumenta a circulação e impede que água já filtrada seja reutilizada • desenvolvimento de extensões das células envolventes à fenda com conaócitos criou uma câmara flagelada (esponja primitiva) Esponja ancestral Esponja primitiva Filo Porifera (Esponjas) • Filo actualmente dividido em 4 Classes: • Calcarea - as espículas são de natureza calcária • Hexactinellida - as espículas são siliciosas, com 3 ou 6 raios; corpo da esponja formado inteiramente por 1 única tecido contínuo sincicial • Demospongiae - o seu esqueleto apresenta espículas siliciosas, esponjina (colagénio especializado) ou ambos • Homoscleromorpha - esqueleto de espongina sempre ausente; espículas simples, todas idênticas (forma e tamanho); presença de uma membrana basal por baixo da pinacoderme e da coanoderme Filo Porifera (Esponjas) Filogenia das Esponjas The World Porifera Database (http://www.marinespecies.org/porifera/index.php) • Alguns autores propõe natureza polifilética para o Filo Porifera (Nielsen 2012) • Assumem a existência de duas linhagens distintas: • a que deu origem às esponjas siliciosas, onde se incluem os Filos Demospongiae e Hexactinellida (proposta de Filo Silicea) • a que deu origem ao clade Euradiculata, onde se incluem as esponjas calcáreas (Filo Calcarea) e uma parte das Demospongiae (Proepitheliozoa, Filo Homoscleromorpha) Filo Porifera (Esponjas) Porifera Filo Placozoa • Animais marinhos, muito simples, semelhantes a amibas grandes • Corpo constituído por algumas centenas de células, que são de 4 tipos distintos • Apenas duas camadas de células, com uma camada fibrosa intermédia • Não possui lâmina basal por baixo da epiderme nem matriz extracelular • Não possui simetria, órgãos, sistema muscular ou nervoso • Podem ser interpretados como uma gástrula achatada, em que a endoderme tem funções locomotoras e digestivas Filo Placozoa • apenas são conhecidas 8 espécies • Planam sobre o alimento, segregam enzimas digestivas sobre este, absorvendo em seguida o produto da digestão • The 12 Days of Evolution • https://www.youtube.com/watch?v=c_jyHp3bmEw • Does the Theory of Evolution Really Matter? • https://www.statedclearly.com/videos/does-the-theory-of-evolution-really-matter/ • What Caused Life’s Major Evolutionary Transitions • https://www.statedclearly.com/videos/what-caused-lifes-major-evolutionary- transitions/ https://www.youtube.com/watch?v=c_jyHp3bmEw https://www.statedclearly.com/videos/does-the-theory-of-evolution-really-matter/ https://www.statedclearly.com/videos/what-caused-lifes-major-evolutionary-transitions/ https://www.statedclearly.com/videos/what-caused-lifes-major-evolutionary-transitions/
Compartilhar