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EPIDEMIOLOGIA: 
• 3º câncer que mais acomete as 
mulheres; 
• Risco global estimado de 15,43 casos a 
cada 100 mil mulheres, ocupando a 
terceira posição 
• Mais de 20% dos casos de câncer de 
colo do útero são diagnosticados em 
mulheres com > de 65 anos 
• Idade mais acometida: 40 a 60 anos 
• O carcinoma é o tipo histológico mais 
frequente, seguido do adenocarcinoma 
FATORES DE RISCO: 
1. Início precoce da vida sexual – sexo 
sem proteção 
2. Grande quantidade de parceiros 
sexuais 
3. Presença de outras DSTs, gonorréia, 
sífilis, clamídia e HIV 
4. Depressão do sistema imunológico, 
condições de saúde que interfere em 
sua imunidade, 
5. doenças auto-imunes, 
6. diabetes mellitus 
7. Tabagismo pode aumentar a incidência 
de carcinoma de células escamosas 
8. Uso prolongado de pílula 
anticoncepcional (> de 05 anos) 
9. Histórico de 03 ou mais gestações 
10. Uso de DIU 
 
PATOGENIA: 
• Vírus do papiloma humano (HPV) 
• Família papilomaviridae 
• Estrutura icosaédrica 
• Vírus de DNA de cadeia dupla 
TIPOS E SUBTIPOS DE HVP: 
• Alto Risco: 16, 18, 45 e 48 
• Risco Intermediário: 31, 33, 35, 39, 51 e 
52 
• Baixo Risco: 6, 11, 41, 42, 43 e 44 
 
 
HPV subtipos 16 e 18: 
 70% dos casos de câncer do colo do 
útero 
 90% dos cânceres anal 
 60% cânceres de vagina 
 50% dos cânceres de vulva 
PRICIPAIS TESTES: 
PCR: sensibilidade Muito Alta, 
especificidade Alta e facilidade Boa - 
Procedimento ¨Real Time¨sistema fechado 
com proteção bioquímica de UDG= ¨Gold 
Standart¨= Sensibilidade + Especificidade 
+ Exatidão 
 
Captura Híbrida: sensibilidade Alta, 
especificidade Alta e facilidade Boa – 
Rápido e pode ser usado na clínica diária 
PREVENÇÃO: 
• Mais de 80% das mulheres 
acompanhadas ao longo do tempo 
adquirirem pelo menos uma infecção 
por HPV de alto risco. 
• A prevalência de HPV em corte 
transversal específico para a idade 
atinge um pico de 25% em mulheres 
com menos de 25 anos, o que sugere 
que a infecção é predominantemente 
transmitida por via sexual após o início 
da vida sexual. 
• o uso de preservativos durante a 
relação sexual com penetração protege 
Ginecologia – Câncer de Colo de útero: 
parcialmente do contágio pelo HPV, que 
também pode ocorrer por intermédio do 
contato com a pele da vulva, região 
perineal, perianal e bolsa escrotal. 
VACINAÇÃO: 
• Feminino: 09 a 14 anos (02 doses com 
intervalo de 6 meses) 
• Masculino: 11 a 14 anos (02 doses com 
intervalo de 6 meses) 
• Feminino ou masculino vivendo com de 
HIV/Aids 09 a 26 anos (03 doses – 0-2-
6) 
• Obs: Para adolescentes com idade ≥ 15 
anos, não imunizados anteriormente, o 
esquema é de três doses (0-1 ou 2-6 
meses). 
• Vacina Bivalente: Protege apenas 
contra os HPV de alto risco tipo 16 e 18. 
(A maioria dos cânceres associados ao 
HPV é causada pelo HPV 16 ou 18.) 
tomada até os 26 anos pelos homem. 
• Vacina Tetravalente: Além de proteger 
contra os HPV de alto risco tipo 16 e 18, 
protege também para os HPV de baixo 
risco 6 e 11 (são os que causam as 
verrugas). Pode ser tomada até os 45 
anos pelas mulheres (rede privada/). 
Esta é a vacina distribuída pelo SUS. 2 
doses 
• Vacina Nonavalente: Desde 2016 
Distribuída nos Estados Unidos. Esta 
protege contra mais cinco tipos de HPV 
alto risco (HPV 31, 33, 45, 52 e 58). Esta 
vacina ainda não é comercializada no 
Brasil. 
• ambas as vacinas possuem maior 
indicação para meninas e meninos que 
ainda não iniciaram a vida sexual, uma 
vez que apresentam maior eficácia na 
proteção de indivíduos não expostos 
aos tipos virais presentes nas vacinas 
PREVENÇÃO SECUNDÁRIA - 
RASTREAMENTO: 
CITOLOGIA ONCÓTICA: 
Os Manuais do Ministério da Saúde 
recomendam apenas a coleta de amostra 
da ectocérvice e endocérvice espátula 
utiliza-se a espátula de Ayre e a escova 
endocervical respectivamente – o método 
mais utilizada para coloração é a de 
Papanicolaou. 
RECOMENDAÇÕES ANTES DA COLETA: 
 Evitar coleta com sangramento. 
 Não utilizar duchas vaginais 
aproximadamente 48 horas antes 
do exame; 
 48 hs após atividade sexual. 
 Não utilizar cremes vaginais nos 
sete dias precedentes ao exame; 
 Não utilizar nenhuma espécie de 
lubrificante no espéculo. 
 Tratar as infecções e doenças 
inflamatórias vaginas e do colo 
uterino. 
 A época mais propícia é o período 
periovulatório. Se houver 
sangramento anormal que não 
melhora isso não será impeditivo. 
Achados microbiológicos normais: 
 Lactobacillus sp. 
 Cocos. 
 Outros Bacilos. 
EM QUEM É FEITO? 
 À partir dos 25 anos, após dois 
resultados negativos com intervalos 
de um ano será feito de 3 em 3 anos 
até 64 ou 69 anos -podem ser 
interrompidos quando, após essa 
idade, as mulheres tiverem pelo 
menos dois exames negativos 
consecutivos nos últimos cinco anos. 
 Intervalos menores 
(individualizados) 
SITUAÇÕES ESECIAIS (que podem exigir 
intervalos individuais): 
 Gestação 
 Pós menopausa 
 Histerectomizadas 
 Sem vida sexual 
 Imunossuprimidas 
 Portadoras de HIV (carga viral > 
400 cópias RNA/ml e CD4+ < de 350 
célulasl / µL 
NOMECLATURA CITOLÓGICA E 
HISTOLÓGICA: 
 
 
CLASSIFICAÇÃO HISTOLÓGICA: 
A classificação de Papanicolau e da OMS 
não são mais utilizadas. 
A mais utilizada se baseia no sistema de 
Bethesa – 2001: 
1) lesão intraepitelial escamosa de baixo 
grau (do inglês Low-grade Squamous 
Intraepithelial Lesion – LSIL): 
 Denomina as alterações citológicas 
anteriormente classificadas por 
Richart como Neoplasia 
Intraepitelial Cervical grau 1 (NIC1) 
e/ou as alterações citopáticas 
decorrentes de infecção por HPV. 
2) NORMAL- DENTRO DOS LIMITES DA 
NORMALIDADE NO MATERIAL 
EXAMINADO: 
 Negativo para lesão intraepitelial ou 
malignidade. 
3) ALTERAÇÕES CELULARES BENIGNAS: 
 Inamação. 
 Reparação. 
 Metaplasia escamosa imatura. 
 Atrofia com inamação. 
 Radiação. 
 Outras (especificar) 
4) ANORMALIDADES DAS CÉLULAS 
EPITELIAIS ESCAMOSAS = ATIPIAS 
CELULARES ESCAMOSAS: 
Células escamosas atípicas: 
 De significado indeterminado (ASC-
US): células do epitélio estraticado 
com significado indeterminado; 
 Não é possível excluir LIEAG (ASC-
H). 
LIEBG ou LSIL ou Low-SIL ou SIL Baixo 
Grau: 
 Lesão intraepitelial escamosa de 
baixo grau, que inclui 
HPV/displasia leve/NIC I. 
Nomenclaturas: 
AGC: Atipias de significado indeterminado em 
células glandulares 
AIS: Adenocarcinoma in situ 
ASC1 ou ASCUS: Atipias de significado 
indeterminado em células escamosas (atypical 
squamous cells of undetermined significance) 
ASC–H: Atipias de significado indeterminado em 
células escamosas não podendo excluir lesão de 
alto grau 
ASC–US Atipias de significado indeterminado 
em células escamosas, possivelmente não 
neoplásicas 
HSIL–Lesão intraepitelial escamosa de alto grau 
LIAG–Lesão intraepitelial de alto grau 
LSIL–Lesão intraepitelial escamosa de baixo 
grau 
NIC–Neoplasia intraepitelial cervical 
Nomenclaturas: 
AGC: Atipias de significado indeterminado em 
células glandulares 
AIS: Adenocarcinoma in situ 
ASC1 ou ASCUS: Atipias de significado 
indeterminado em células escamosas (atypical 
squamous cells of undetermined significance) 
ASC–H: Atipias de significado indeterminado em 
células escamosas não podendo excluir lesão de 
alto grau 
ASC–US Atipias de significado indeterminado 
em células escamosas, possivelmente não 
neoplásicas 
HSIL–Lesão intraepitelial escamosa de alto grau 
LIAG–Lesão intraepitelial de alto grau 
LSIL–Lesão intraepitelial escamosa de baixo 
grau 
NIC–Neoplasia intraepitelial cervical 
LIEAG ou HSIL ou High-SIL ou SIL Alto 
Grau: 
 Lesão intraepitelial escamosa de 
alto grau, que compreende displasia 
moderada/grave, NIC II e NIC III e 
carcinoma in situ. 
Com características suspeitas de invasão: 
 Carcinoma de células escamosas. 
5) ANORMALIDADES DAS CÉLULAS 
EPITELIAIS GLANDULARES ATIPIAS 
CELULARES GLANDULARES: 
 Células endocervicais, 
possivelmente neoplásicas. 
 Células glandulares, 
possivelmente neoplásicas. 
• Adenocarcinoma endocervicalin situ. 
• Adenocarcinoma: 
 Endocervical; 
 Endometrial; 
 Extrauterino; 
 SOE 
6) ATIPIAS DE ORIGEM INDEFINIDA: 
Atipias de: 
 Células endocervicais Sem Outras 
Especificações (SOE), ou especificar 
nos comentários; 
7) OUTRAS ATIPIAS CELULARES: 
 Outras neoplasias malignas. 
 Presença de células endometriais na 
pós-menopausa ou acima de 40 
anos, fora do período menstrual. 
ABORDAGEM INICIAL DOS EXAME 
CITOLÓGICOS ALTERADOS: 
RESULTADO: ASC (células escamosas 
atípicas de significado indeterminado) 
CONDUTA – possivelmente não 
neoplásicas – ASC – US: 
 < 25 anos: repetir em 3 anos 
 Entre 25 – 29 anos: repetir 
citologia em 12 meses 
 > ou mais que 30 anos: repetir 
citologia em 6 meses 
• se o resultado da segunda citologia for 
negativo ela repete no intervalo de 6m 
se> 30 ou 12 m se <30) e assim com o 
terceiro resultado negativo ela 
continua com rastreamento citológico 
trienal 
• se o segundo resultado mostrar ASC – 
US, lesão intraepitelial ou câncer ela 
dever ser encaminhada para a 
colposcopia 
• imunossuprimidas (diferente): com este 
resultado citológico devem ser 
encaminhadas para colposcopia já no 
primeiro exame alterado – o 
seguimento citológico, quando não 
evidenciada lesão intraepitelial, deve 
ser semestral, até dois exames 
negativos. Após esse período, deve 
seguir a recomendação de 
rastreamento específico para essas 
mulheres. 
 
 
CONDUTA – não se podendo afastar lesão 
de alto grau (ASC-H): 
 Encaminhas para colposcopia com 
biópsia 
Se a colposcopia não evidenciar lesão, a 
conduta deverá ser tomada de acordo com 
a visualização da JEC - Se a JEC for 
completamente visível, o próximo passo 
será a repetição da citologia em seis meses. 
Se a JEC não for completamente visível, 
deverá ser feita a coleta endocervical por 
meio da escova cytobrush ou da 
curetagem de canal. 
 
Avaliação endocervical = NIC I ou normal 
= repetir a citologia e a colposcopia em seis 
meses 
JEC não é visível ou parcialmente visível e 
a colposcopia não revela achados 
anormais = deverá ser investigado o canal 
endocervical. Se o exame deste material 
mantiver o resultado ou mais grave, 
excluída lesão vaginal, é recomendável a 
excisão tipo 3 
Imunossuprimidas: colposcopia também. 
RESULTADO: células glandulares atípicas 
de significado indeterminado (AGC) ou 
células atípicas de origem indefinida (AOI): 
CONDUTA- possivelmente não neoplásicas 
ou não podendo afastar lesão de alto grau: 
 Encaminhar para a colposcopia + 
cytobrush(análise citopatológica do 
canal endocervical) 
Durante a colposcopia, se encontradas 
alterações, quaisquer que sejam, deve ser 
realizada a biópsia 
é recomendável a avaliação endometrial 
com ultrassonografia em pacientes acima 
de 35 anos e, caso anormal, estudo 
anatomopatológico do endométrio. Fazer 
também se <35 anos e sangramento 
uterino anormal 
 
 
ultrassonografia transvaginal, tem o 
intuito de avaliar a espessura endometrial 
Na persistência de AGC na citologia, após o 
fim das investigações no colo e corpo 
uterinos, além de órgãos adjacentes, sem 
evidência de doença, as mulheres devem 
ser mantidas em seguimento citológico e 
colposcópico semestral até a exclusão de 
doença pré-invasiva ou invasiva. 
 Se a citologia do material obtido no 
mesmo momento da colposcopia for 
negativa, a mulher deverá ser seguida com 
citologia semestral na unidade 
secundária. Após dois anos com exames 
semestrais normais, a paciente deve 
retornar ao rastreamento trienal 
RESULTADO: lesão de baixo grau (LSIL ou 
LIEBG = sugestivo de NIC I) 
CONDUTA: 
 <25 anos: repetir em 3 anos 
 > ou igual 25 anos: repetir citologia 
em 6 meses 
Se a lesão persistir na próxima 
citologia, a conduta será indicar a 
colposcopia com biópsia 
 Se o segundo exame apresentar resultado 
negativo, a paciente deverá ser novamente 
submetida a uma coleta em seis meses. Se 
a citologia (terceira) for negativa, a 
paciente deve retornar à rotina de 
rastreamento citológico trienal. 
 Se uma das citologias subsequentes no 
período de um ano for positiva, 
encaminhar à unidade de referência para 
colposcopia.* 
 À colposcopia, se presentes achados 
anormais no colo do útero, deve-se realizar 
a biópsia. 
 *(Na ausência de achados colposcópicos 
anormais no colo e na vagina, é 
recomendado repetir a citologia a cada 6 
meses > 30 anos e a cada 12 meses se <30 
anos até retornar a normalidade se não 
depois de 2 anos volta pra colposcopia.) 
RESULTADO: 
• lesão de alto grau HSIL ou LIEAG = 
sugestivo de NIC II e NIC III. 
• lesão intraepitelial de alto grau não 
podendo excluir microinvasão 
• carcinoma escamoso invasor 
• adenocarcinoma in situ (AIS) ou 
invasor 
CONDUTA: encaminhar para colposcopia 
Achados maiores a colposcopia = fazer 
biópsia = se manteve NIC III p.ex = 
conização 
 Caso a paciente apresente achados 
colposcópicos maiores e ausência de sinais 
sugestivos de carcinoma invasor, o 
Ministério da Saúde recomenda a 
aplicação do método “Ver e Tratar”. 
Este método orienta a realização da 
excisão da Zona de Transformação (ZT) 
sem a realização de biópsia. A excisão da 
ZT é o procedimento indicado para o 
tratamento das lesões de alto grau. Se 
achados menores = fazer biopsia (MS), se 
lesões sugestivas de doença invasora 
(tumor ulcerado, vegetante, vasos atípicos 
à colposcopia) = biopsia 
Colposcopia sem achados anormais e JEC 
não visível = coletar citologia 
endocervical/curetagem de canal. 
Caso a JEC seja visível e colposcopia 
normal= repetir o exame em 6 meses. 
COLPOSCOPIA: 
As variações de espessura, contorno, 
relevo, cor do epitélio e alterações 
vasculares constituem os elementos de 
avaliação colposcópica que as definem 
como alterações maiores e menores. 
 O método permite a identificação da área 
acometida, sua extensão, orienta o local da 
biópsia e contribui para planejar o 
tratamento adequado. 
Três aspectos são relevantes durante a 
realização deste procedimento: 
• Especificar se o exame é adequado 
ou inadequado. 
• Descrever a visão da junção 
escamocolunar: completamente 
visível, parcialmente visível ou não 
visível; 
• Classificar a Zona de Transformação 
(ZT) em: 
Tipo 1: a ZT é completamente 
ectocervical e visível, podendo ser 
pequena ou grande; 
Tipo 2: a ZT tem um componente 
endocervical, totalmente visível, não 
importando o tamanho do 
componente ectocervical; 
• Tipo 3: a ZT tem um componente 
endocervical que não é 
completamente visível, podendo ter 
um componente ectocervical que 
pode ser pequeno ou grande. 
ACIDO ACÉTICO: 
coagula as proteínas citoplasmáticas do 
epitélio alterado - quanto mais proteínas, 
mais esbranquiçada fica a lesão. 
importante observar antes do ácido 
acético se há áreas avermelhadas que 
denotam neovascularização e se as 
mesmas tornam-se brancas após a ação 
do ácido acético (30-40 segundos após). 
 
LUGOL: 
a solução iodo-iodetada, cuja aplicação 
tem a finalidade de corar o epitélio. Ele 
cora o glicogênio das células, tornando-as 
mais escuras quanto maior o teor dessa 
substância. 
 As células normais do colo (células 
escamosas) são ricas em glicogênio e 
tornam-se mais escuras, enquanto as 
células alteradas, que possuem baixo teor 
de glicogênio, são as que não se coram 
pelo lugol 
 As células do epitélio glandular — 
endocervicais — não contêm glicogênio, 
portanto não coram com a aplicação de 
lugol 
TESTE DE SCHILLER: 
• emborcação do colo uterino com o 
lugol. 
• Epitélio anormal: tonalidade suave 
amarelo, com limites nítidos e 
contornos recortados semelhantes a 
um mapa 
• Restante do eptelionormal: 
coloração marrom-escuro 
• O teste de Schiller é positivo quando 
o iodo é negativo (coloração 
amarelomostarda). 
• teste positivo não significa 
necessariamente a presença de 
lesão suspeita. 
• iodo positivo = Schiller negativo 
CLÍNICA: 
SINAIS E SINTOMAS: 
• As lesões precursoras do câncer do colo 
do útero são assintomáticas. 
• No estágio invasor da doença, os 
principaissintomas são sangramento 
vaginal (espontâneo, após o coito ou 
esforço), leucorreia e dor pélvica. 
• Sangramento vaginal anormal. 
• Sangramento menstrual mais 
prolongado que o habitual 
• Secreção vaginal incomum, com um 
pouco de sangue. 
• Sangramento após a menopausa 
• Sangramento após a relação sexual 
(sinusiorragia). 
• Dor durante a relação sexual. 
• Dor na região pélvica. 
• Hematúria 
• Emagrecimento 
EXAME FÍSICO: 
→ Exame físico ginecológico completo: 
Mamas, Abdomem exame especular 
→ Avaliação colo uterino e 
→ vagina Toque bimanual 
→ Toque retal 
TIPO HISTOLÓGICO: 
• Carcinoma de células escamosas 
(queratinizante; não queratinizante; 
papilar, basaloide, verrucoso, 
escamotransicional, semelhante ao 
linfoepitelioma) 
• Adenocarcinoma (endocervical; 
mucinoso, viloglandular, 
endometrioide) 
• Adenocarcinoma de células claras 
• Carcinoma seroso 
• Carcinoma adenoescamoso 
• Carcinoma de células vítreas 
• Carcinoma adenóide cístico 
• Carcinoma basal de adenóide 
• Carcinoma de células pequenas 
• Carcinoma indiferenciado 
GRAU DE DIFERENCIAÇÃO: 
Gx: a nota não pode ser avaliada 
G1: bem diferenciado 
G2 moderadamente diferenciado 
G3: fraca ou indifenciada. 
FATORES PROGNÓSTICO: 
• TNM e estadiamento FIGO, tamanho 
tumor, extensão do tumor extracervical 
e envolvimento linfonodal (número, 
tamanho e localização) 
• Tipo histológico, profundidade de 
invasão do estroma cervical. 
• Presença ou ausência de invasão 
linfovasculares (ILV) e presença ou 
ausência de metástases a distância 
• Infiltração de paramétrios , vagina e 
extensão pélvica. 
• Extensão e infiltração para bexiga e 
reto (ressonância nuclear magnética 
(RNM) 
• Ultrassom transvaginal / transretal 
• Cistoscopia ou retossigmoidoscopia 
para avaliar extensão para bexiga ou 
reto 
• Estádios mais avançados (T1b2 ou 
maior) tomografia computadorizada 
por emissão de positrons (PET-CT) ou 
tomografia computadorizada de tórax 
ou abdômen (TC) com evidencia de 
doença linfonodal e à distância 
• PET-CT é a opção preferida para 
planejamento de tratamento antes da 
quimiorradioterapia com intenção 
curativa. 
• Linfadenectomia para-aórtica pelo 
menos até a altura da artéria 
mesentérica inferior (tumores de colo 
uterino localmente avançados). 
ESTADIAMNETO FIGO: 
Tx: tumor primário não pode ser avaliado 
T0: sem evidencia de tumor primário 
T1 – classificação I da FIGO: 
Câncer confinado ao colo do útero 
(extensão para o corpo uterino deve ser 
desconsiderada) 
T1a = classificação IA da FIGO: 
• Câncer do colo uterino invasivo 
diagnosticado pela microscopia. 
• Invasão estromal com profundidade 
máxima de 05 mm a partir da 
membrana basal do epitélio e extensão 
horizontal de ≤ 07 mm; 
• invasão dos espaços vasculares, 
linfáticos ou venosos não altera a 
classificação. 
T1a1 = classificação IA1: 
• Medida da invasão estromal com 
profundidade de ≤ 03 mm, extensão 
horizontal ≤ 07 mm. 
T1a2 = classificação IA2: 
• Medida da invasão estromal com 
profundidade de > de 03 mm e ≤ 05 
mm, com extensão horizontal de ≤ 07 
mm. 
T1b = classificação IB: 
• Lesão clinicamente visível limitada ao 
colo uterino ou lesão microscópica 
maior que T1a2/IA2. 
• Inclui toda lesão visível macroscópica, 
mesmo aquelas com invasão 
superficial. 
T1b1 = classificação IB1: 
• Lesão clinicamente visível ≤ 4 cm na 
maior dimensão 
T1b2 = classificação IB1: 
• T1b1 IB1 Lesão clinicamente visível > 4 
cm na maior dimensão. 
T2 = classificação IIA: 
• Câncer do colo uterino invadindo além 
do útero, porém sem atingir a parede 
pélvica e terço inferior da vagina. 
T2a1 = classificação IIA1: 
• Lesão clinicamente visível ≤ 4 cm na 
sua maior dimensão 
T2a2 = classificação IIA2: 
• Lesão clinicamente visível > 4 cm na 
sua maior dimensão 
T2a3 = classificação IIA3: 
Tumor com invasão parametrial 
T3 = cassificação III: 
Tumor se extendendo a parede pélvica * e 
ou terço inferior de vagina e ou causando 
hidronefrose ou rim não funcionante. 
T3a = classificação IIIA: 
Tumor se envolvendo terço inferior da 
vagina sem se extender a parede pélvica. 
 
T3b = classificação IIIB: 
Tumor se envolvendo a parede pélviva e ou 
causando hidronefrose ou rim não 
funcionante 
Parede pélvica é definida como: músculo, 
fáscia, estruturas neurovasculares e 
porções esqueléticas do osso pélvico. 
N: LINFONODOS REGIONAIS: 
NX - Os linfonodos regionais não podem 
ser avaliados 
N0 - Ausência de metástase em linfonodo 
regional 
N1 - Metástase em linfonodo regional 
Linfonodos regionais incluem: 
paracervicais, parametriais, hipogástricos 
(ilial interno, obturador), ilíacos comum e 
externo, pré-sacrais e sacrais laterais. 
METÁSTASES À DISTÂNCIA: 
MX - A presença de metástase à distância 
não pode ser avaliada 
M0 - Ausência de metástase à distância 
M1 - Metástase à distância 
TRATAMENTO: 
Tratam-se as lesões de alto grau por 
métodos excisionais (NICs II e III) = 
conização a frio ou com alça de LEEP (LEEP 
= CAF – cirurgia de alta frequência) 
 pois se sabe que, caso não sejam 
tratadas, apresentarão risco de 
evoluir para câncer invasor em 
algum momento durante a vida da 
mulher. 
A exceção são as mulheres com menos de 
25 anos que podem ser submetidas à 
conduta conservadora; 
A maioria dos autores indicam a 
conização nos casos de NIC I se não houver 
regressão espontânea da lesão após dois 
anos de acompanhamento. 
CAF: 
• conização com o uso de uma alça de 
eletrocautério 
• mais simples, de menor morbidade e 
não exige realização em centro 
cirúrgico 
• desvantagem: o cautério pode 
carbonizar as margens da peça 
cirúrgica, podendo impedir que o 
patologista informe se as margens 
cirúrgicas estão livres ou 
comprometidas. 
• para indicar uma CAF, é necessário que 
a lesão seja completamente visível na 
colposcopia 
• Nos casos em que há suspeita de 
invasão, mesmo que a biópsia tenha 
evidenciado somente NIC, mas a 
colposcopia revele vasos atípicos ou 
áreas friáveis e vegetantes, a CAF 
também estará contraindicada. 
Gestantes: Como a progressão das lesões 
de alto grau (NIC II e III) costuma ser lenta, 
não se recomenda o tratamento durante 
esse período. A conização vai prejudicar o 
colo = aborto. 
Conização a Frio 
Equivale, atualmente, à excisão do tipo 3. 
Consiste na retirada de um tronco em 
forma de cone de colo uterino. Retira-se 
cirurgicamente grande parte da 
ectocérvice e do canal cervical. 
Ela é indicada para diagnóstico em 
mulheres com HSIL de acordo com o 
exame de Papanicolaou nas seguintes 
condições: 
 Os limites da lesão não podem ser 
visíveis por colposcopia; 
 Não é observada JEC à colposcopia; 
 Os achados histológicos da 
curetagem endocervical são 
positivos para NIC II ou NIC III; 
 Não há correlação entre os 
resultados de citologia, biópsia e 
colposcopia; 
 Há suspeita de microinvasão com 
base nos resultados de biópsia, 
colposcopia ou citologia; 
 O colposcopista é incapaz de excluir 
câncer invasivo. 
 
SEGUIMENTO PÓS TRATAMENTO: 
• As pacientes com NIC II ou III tratadas 
com conização devem ser 
acompanhadas por cinco anos → Se as 
margens cirúrgicas forem livres de 
neoplasia ou comprometidas por NIC I, 
→ a conduta será colpocitologia e 
colposcopia semestrais no primeiro 
ano. 
• Após o primeiro ano, a paciente poderá 
ter alta do ambulatório especializado e 
deverá ser realizada colpocitologia 
anualmente por cinco anos na Unidade 
Básica de Saúde 
• Se não houver nenhuma evidência de 
recidiva nesses cinco anos, a paciente 
poderá ser encaminhada para o 
rastreamento trienal rotineiro

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