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DOENÇA DE CHAGAS

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RENAN CORADIN
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DOENÇA DE CHAGAS
INTRODUÇÃO
· Doença de Chagas é uma infecção causada pelo Trypanossoma cruzi.
· As maiores manifestações da doença são a cardíaca e gastrointestinal.
· É uma doença endêmica em 21 países da América, estendendo-se desde o Sul dos EUA até o norte argentino.
· Bolívia, Argentina, Paraguai, Equador, El Salvador e Guatemala são os países com a maior prevalência da doença.
· O exame para chagas não é 100% específico, pois usa base da leishimania.
· Se chama barbeiro, pois ele pica preferencialmente no local da barba.
· Nossa região não é endêmica, a região endêmica no PR é próximo a divisa com SP.
TRANSMISSÃO E GRUPOS DE RISCO
· Classicamente a transmissão ocorre por meio da inoculação do material fecal na ferida provocada pelo triatoma.
· Transmissão congênita, via transfusão sanguínea, transplantes e por alimentos contaminados também acontecem.
· Pessoas de área rural edêmica para doença, vivendo em casas que não sejam de alvenaria, sujeitas a adquirir a doença.
- Saber amastigotas e tripomastigotas para a PROVA.
· A doença de chagas tem notificação compulsória.
· Tem cura clínica, mas não tem cura laboratorial
· O chagas pode reativar em algum momento.
CHAGAS AGUDO:
· Até 12 semanas a partir da inoculação.
· Caracterizada pela detecção de trypomastigotas no sangue.
· Parasitemia detectável a partir do 15º dia, com pico entre 20 e 30 dias.
· Semiologia pobre, muitas vezes assintomático.
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS
· Apenas 1% dos casos de Chagas Agudo apresentam manifestações graves, conhecido como Chagas Agudo Severo.
· Miocardite
· Derrame pericárdico
· Meningoencefalite
· Alta taxa de mortalidade
· Fortemente associado com transmissão oral, principalmente com alimentos contaminados.
· Nesse aspecto, existe maior associação com a miorcardite chagásica.
DIAGNÓSTICO
· Deve-se suspeitar de Chagas agudo em pacientes que permaneceram grandes períodos na América Latina em áreas rurais, com sinais e sintomas ditos anteriormente.
· Parasitemia costuma-se tornar-se indetectável a partir de 90 dias, independentemente de tratamento.
· IgM Chagas é detectável durante a fase aguda da doença.
· PCR demonstra resultados positivos antes mesmo da parasitemia.
· Xenodiagnóstico também pode ser usado (mais nos EUA).
DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL
· Celulite Periorbitária --- Sinal de Romaña
· Mononucleose --- mal estar, febre e anorexia.
· HIV Agudo --- febre, mialgia, mal estar, anorexia.
PANORAMA DA DOENÇA NO BRASIL
· No Brasil, atualmente predominam os casos crônicos de doença de Chagas decorrentes de infecções adquiridas no passado.
· No entanto, nos últimos anos, a ocorrência de doença de Chagas aguda (DCA) tem sido observada nos estados da Amazônia Legal, com ocorrência de casos isolados em outros estados.
· O Brasil recebeu em 2006 a certificação internacional de interrupção da transmissão da doença pelo T. infestans, concedida pela Organização Panamericana da Saúde e Organização Mundial da Saúde.
· Hoje, o perfil epidemiológico da doença apresenta um novo cenário com a ocorrência de casos e surtos na Amazônia Legal por transmissão oral e vetorial (sem colonização e extradomiciliar).
No período de 2000 a 2011 (Amazonia Legal), foram registrados mais de mil e duzentos casos, 70% por transmissão oral, 7% por transmissão vetorial e 22% sem identificação do modo de transmissão
1. Regiões originalmente de risco para a transmissão vetorial (AL, BA, CE, DF, GO, MA, MG, MS, MT, PB, PE, PI, PR, RN, RS, SE, SP, TO): vigilância epidemiológica visa detectar a presença e prevenir a formação de colônias domiciliares do vetor; atenção integral aos portadores crônicos da infecção.
2. Amazônia Legal (AC, AM, AP, RO, RR, PA, parte do TO, MA e do MT): vigilância centrada na detecção precoce de casos agudos e surtos e apoiada na Vigilância Epidemiológica da Malária, pela capacitação de microscopistas para identificação de T. cruzi nas lâminas para diagnóstico da malária e nas ações preventivas da vigilância sanitária sobre as cadeias produtivas de alimentos.
TRATAMENTO
Benzonidazole (Rochagan)
· Em uso para tratamento nas fases agudas e crônicas 5-6 mg/kg peso corporal (30-60 dias)
· Eficiência: fase aguda: > 90% e fase crônica: > 60%
· Problemas: efeitos colaterais, tratamento demorado e controle de cura.

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