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Gastroenterologia Luiza – TV Introdução A avaliação laboratorial hepática deve ser interpretada em conjunto com sintomas, exame físico e fatores de riscos para hepatopatias. Pacientes com sinais e sintomas de doenças hepáticas ou antecedentes devem sem mais extensamente investigados. Anormalidade em um único teste laboratorial sugere causa extra-hepática de alteração. Provas de avaliação hepática Testes laboratoriais • Alanina aminotransferase → lesão hepatocelular; • Aspartato aminotransferase → lesão hepatocelular; • Bilirrubinas colestase → conjugação alterada; • Y-glutamiltransferase colestase → indução enzimática; • Fosfatase alcalina colestase → infiltração enzimática ; • Atividade protrombina → função sintética; • Albumina → função sintética do fígado. Enzimas hepáticas alteradas R: ALT/LSN FA/LSN <2 colestático | 2-5 misto |>5 hepatocelular Geralmente AST/ALT <1 → proporção maior que 2-3 sugere causa alcoólica de lesão AST geralmente é menor que ALT → AST maior sugere lesão crônica (cirrose) Causas de elevação crônica de aminotransferases: • Doenças hepáticas; • Doença hepática alcoólica; • Medicamentos; • Hepatites crônicas B e C; • Esteatose/esteatohepatite; • Hepatite autoimune; • Hemocromatose; • Doença de Wilson; • Deficiência de a 1-tripsina; • Esquistossomose; • Doenças extra-hepáticas; • Doença celíaca; • Doenças musculares; • Exercícios. Aminotransferases: • TGO / AST: o Fígado (mitocôndrial > citosólica) o Coração > músculo > rim > cérebro > eritrócitos o Concentração maior na Zona 3 (próximo a veia central → AST>ALT) o Meia-vida: 17 horas • TGP/ ALT: o Fígado (citosólica) o (>>> rim, músculo, coração) o Meia-vida: 47 horas • Variação circadiana, dia-dia, exercício (AST 3X). • Marcador de atividade inflamatória. • Baixa correlação entre níveis de aminotransferases e grau de fibrose hepática. • Correlação com peso. Atualização dos valores normais de ALT em homens (até 29-30 UI/L) e mulheres (19-22 UI/L). Aumento Isolado de ALT ou AST (FA, y -GT e Bilirrubinas normais) • Se aumento isolado de ALT. Considerar doença hepática. Gastroenterologia Luiza – TV • Se aumento isolado de AST. Considerar outra causa de elevação (doença muscular, hemólise, doença cardíaca). Causas de elevação crônica • Doenças hepáticas o Doença hepática alcoólica; o Medicamentos; o Hepatites crônicas B e C; o Esteatose/esteatohepatite; o Hepatite auto-imune; o Hemocromatose; o Doença de Wilson; o Deficiência de a 1-antitripsina o Esquistossomose • Doenças extra-hepáticas o Doença celíaca; o Doenças musculares; o Exercício extenuante; o Tireoidopatias; o Macro-AST; o Insuficiência cardíaca; < 5 X (ALT>AST) o Hepatites crônicas B e C; o DHA; o Esteatose/esteatohepatite; o Medicamentos; o Hemocromatose; o Hepatite auto-imune; o Doença de Wilson; o Deficiência a1 AT; 15 X (ALT>AST) o Hepatite viral aguda; o Hepatite tóxica/medicamentosa; o Isquemia hepática; o Hepatite auto-imune; o Doença de Wilson; o Síndrome de Budd-Chiari; o Obstrução aguda ducto biliar; o HELLP síndrome. Medicamentos • Antibióticos (penicilinas, sintéticas, ciprofloxacin, amoxacilina, nitrofurantoína, cetoconazol, isoniazida). • Anticonvulsivantes (fenitoína, carbamazepina, ácido valpróico). • Inibidores HMG-redutase (sinvastatina, pravastatina, lovastatina, atorvastatina). • AINES. • Sulfoniluréias (glipizida). • Miscelânea: amiodarona, metildopa, acetaminofen, propiltiouracil. Ervas e Homeopáticos Chaparral, ervas chinesas, germander, senne, cartilagem tubarão, sacaca, herbalife®. Drogas ilícitas/ Tóxicos Esteróides anabolizantes, cocaína, ecstasy, penciclidina, petroquímicos, clorofórmio. Testes utilizados no diagnóstico de pacientes com níveis elevados: • Hepatite B → HBsAg, Anti-HBc IgG, Anti-HBs, HBV-DNA (PCR); • Hepatite C → Anti-HCV, HCV-RNA (PCR); • Hemocromatose → ferro, ferritina, saturação transferrina; • Doença de Wilson → ceruloplasmina, cobre urinário; • Hepatite auto-imune → FAN, Ac anti-músculo liso, y-globulina; • Deficiência de a1-antitripsina → dosagem a1- AT; • Doenças musculares → CPK, aldolase; • Doença celíaca → Ac anti-gliadina, Ac anti- endomísio, Ac anti-transglutaminase tecidual; Gastroenterologia Luiza – TV Escores utilizados na avaliação de fibrose hepática: Aspartate aminotransferase-to-platelet ratio index (APRI): APRI: AST level (ULN) / platelet counts (10^9L) X 100<0,5_0,6-1,5_>1,5 FIB-4: FIB-4 score: [age(years) x AST(U/L)]/ {platelets (10^9/L) x [ALT (U/L)^1/2} <1,45_1,45-3,25_>3,25 Fosfatase Alcalina • Metaloproteinase que catalisa ésteres de fosfato em pH alcalino. • Fígado (membrana canalicular do hepatócito). • Osso, intestino, rins e placenta. • Meia-vida: 5-7 dias. • Aumenta no 3° trimestre gravidez, refeições com aumento do teor de gordura. • Reduz: Doença Wilson, hipotireoidismo, anemia, perniciosa, deficiência de zinco. Causas de elevação da fosfatase alcalina: o Hepáticas ▪ Obstrução biliar; ▪ CBP; ▪ CEP; ▪ Medicamentos*; ▪ Granulomas; ▪ Metástases; ▪ Cirrose; ▪ Colestase recorrente; o Não-Hepáticas ▪ Doença óssea; ▪ Gravidez; ▪ ICC; ▪ IRC; ▪ Linfoma; ▪ Hipertireoidismo; ▪ Crescimento. Medicamentos que elevam os níveis de fosfatase alcalina: o Esteróides anabolizantes, captopril, clorpropramida, eritromicina, imipramina, nevirapina, metiltestosterona, alopurinol, carbamazepina, diltiazem, estrógenos, indinavir, quinidina, sulfa- trimetroprim. Gamaglutamiltransferase • Catalisa a transferência do gama-glutamil dos peptídeos como glutation para outros peptídeos ou aminoácidos. • Hepatócitos e células epiteliais biliares. • Rins e pâncreas. • Meia-vida: 26 dias. • Aumenta com doença pancreática, diabetes, dislipidemia, insuficiência renal, medicamentos (barbitúricos, fenitoína, warfarin). • Marcador de ingestão alcoólica. • Útil associada a fosfatase alcalina para afastar doença óssea e no diagnóstico da doença hepática alcoólica (AST/ALT -› 2:1). • Elevação crônica associada a maior mortalidade ( todas causas, hepática, câncer e diabetes). Albumina • 50% das proteínas plasmáticas. • 75% pressão oncótica do plasma. Gastroenterologia Luiza – TV • Sintetizada no fígado (10-15 g/dia). • 30-40% da albumina corpórea mantida no intravascular. • Meia-vida: 19 dias. Tempo de Protrombina (RNI) • Índice mais sensível de falência hepática. Vitamina K distingue colestase de doença hepatocelular. • RNI: [TP paciente/ TP média controle] ISI
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