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Sistema Genital Feminino

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Sistema genital 
feminino 
• é um sistema de órgãos internos e 
externos com funções relacionadas à 
reprodução, prazer, produção hormonal e 
ciclo menstrual.
OVÁRIOS – São duas glândulas do tamanho 
de nozes que têm como funções: produzir 
os hormônios sexuais femininos, 
progesterona e estrogênio; e produzir 
óvulos, que são liberados um a um durante a 
ovulação, em período médio de 28 dias.
TUBAS UTERINAS – Também chamadas de 
trompas de Falópio, medem cerca de 10 cm 
e fazem a ligação dos ovários com o útero. 
É nas tubas que ocorre a fecundação do 
óvulo pelo espermatozoide, caso a mulher 
esteja em seu período fértil e não faça uso 
de método contraceptivo.
ÚTERO – Com forma de pera invertida, é o 
órgão musculoso e oco em que o embrião 
vai se implantar para crescer e se 
desenvolver. É revestido internamente por 
um tecido chamado endométrio. Caso não 
haja fecundação, o endométrio descama e 
é eliminado através da menstruação.
VAGINA – É o canal que liga o colo do útero ao 
meio externo. São suas funções: receber o 
pênis durante a relação sexual, permitir a 
saída do bebê no parto e eliminar o 
fluxo menstrual. Na entrada da vagina 
encontra-se o hímen, membrana que se 
rompe na primeira relação sexual com 
penetração.
VULVA – É o conjunto de órgãos sexuais 
externos da genitália feminina. Ela protege 
a vagina e é formada por grandes lábios, 
pequenos lábios, clitóris, uretra e orifício 
vaginal. Conta com glândulas que fazem a 
lubrificação vaginal e está repleta de 
terminações nervosas, sendo responsável 
pelo prazer feminino.
tutoria 1.0
MECANISMO DE ACAO 
Hipotalâmico - Hipofisário - Gônodal
dos hormonios do eixo
+ fatores neurais
HORMÔNIO LIBERADOR DE GONADOTROFINA (GNRH)
esse hormônio é produzido e secretado 
pelos neurônios do núcleo arqueado do 
hipotálamo, e também na área pré- 
óptica medial. 
Esses neurônios projetam-se para a 
região da eminência mediana, onde o 
GnRH é secretado no plexo primário do 
sistema porta-hipotálamo-hipofisário, de 
onde alcança os gonadotrofos na 
hipófise via vasos porta longos. 
Nos gonadotrofos, o GnRH liga-se aos 
seus receptores, estimulando a síntese e 
a secreção das gonadotrofinas.
Secreção Pulsátil X Secreção Contínua: 
o padrão pulsátil de secreção do GnRH 
mantém a sensibilidade da hipófise 
(gonadotrofos) a este neuropeptídio. 
Acredita-se, assim, que exista um 
gerador de pulsos, semelhante a um 
marca- passo, no hipotálamo. 
Por outro lado, o padrão de secreção 
contínuo do GnRH inibe a expressão de 
receptores do mesmo nos 
gonadotrofos pelo mecanismo de 
down- regulation, dessensibilizando o 
sistema.
Neurotransmissores: 
a liberação pulsátil de GnRH, embora 
dotada de um ritmo intrínseco, é 
mediada por substâncias 
eurotransmissoras através de 
contatos sinápticos. 
Assim, temos: (1) estimulação - 
glutamato, norepinefrina e NPY; (2) 
inibição – opioides, dopamina e GABA.
Feedback Negativo:
Ocorre na maior parte do ciclo reprodutivo 
(fase folicular e fase lútea) e mantém baixas 
as concentrações de LH e FSH. 
Isso ocorre pois os elevados níveis de 
estrógeno e de progesterona nessas fases 
inibem a síntese e a liberação de GnRH e de LH 
e FSH, por atuarem nos gonadotrofos e em 
áreas do SNC (hipotálamo). 
Esses hormônios exercem esse controle 
negativo de três formas:
1) Diretamente, através da inibição da 
secreção de GnRH nos neurônios produtores 
desse neuropeptídio;
2) Indiretamente, estimulando neurônios que 
produzem neurotransmissores inibitórios 
para GnRH;
3) Modificando a interação anatômica da 
sinapse dos neurônios GnRH com 
substâncias neurotransmissoras.
Feedback Positivo:
Ocorre no período pré-ovulatório, quando os 
esteroides promovem aumento da secreção 
de gonadotropina. 
No final da fase folicular e na fase 
ovulatória, o aumento gradual e depois agudo 
de estrogênio estimula na hipófise:
 
(1) proliferação de gonadotrofos; 
(2) síntese de LH e GnRH; 
(3) síntese de receptores para estrógeno e 
(4) síntese de receptores para GnRH, a qual é 
potencializada pelo próprio GnRH, que eleva a 
síntese de receptores para ele mesmo por 
um mecanismo chamado de self-priming.
Assim, no período final da fase folicular o 
crescimento da síntese de LH e GnRH não é 
acompanhado por aumento da liberação, de 
modo que suas concentrações plasmáticas 
permanecem baixas até o final desta fase. 
A elevação intracelular desses hormônios 
permite que estes sejam liberados de forma 
aguda no pico pré-ovulatório. 
Embora o pico de gonadotrofinas possa ser 
induzido apenas pelo estradiol, o aumento da 
concentração de progesterona após a pré-
exposição aos estrogênios é imprescindível 
para que o pico pré-ovulatório ocorra na 
magnitude necessária.
resumindo:
1. ação do hormônio liberado pelo 
hipotálamo que é o GnRH/LHRH
2. após essa liberação, dois hormônios 
secretados pela Adeno - Hipofise 
(anterior): FSH e LH
3. a partir deles mais 2 hormônios serão 
secretados nos ovários (em resposta 
ao FSH e LH): serão os principais 
femininos, Estrogênio e Progesterona 
SINTESE 
estrogênio e progesterona 
efeitos fisiológicos 
Efeitos dos Estrógenos
Tubas uterinas: regulam atividade contrátil da 
musculatura lisa, crescimento e 
diferenciação de células ciliadas e céls 
epiteliais secretoras, aumento do número de 
cílios, bem como da velocidade de seu 
batimento.
Útero: crescimento do endométrio (fase 
proliferativa do ciclo endometrial) e do 
miométrio (aumento do peso, da síntese 
proteica, vascularização, ativação e excitação 
do músculo, bem como maior sensibilidade à 
ocitocina).
Vagina: reepitelização do canal vaginal 
descamado em virtude da última 
menstruação. Além disso, esse epitélio passa 
a acumular glicogênio (substrato alimentar 
para os microorganismos vaginais 
produzirem ácido lático, a fim de acidificar a 
vagina e dificultar o curso de infecções).
Mamas: crescimento das glândulas mamárias 
até atingir o tamanho adulto, crescimento e 
diferenciação do epitélio dos ductos 
mamários, tecido conjuntivo e ductos 
lobulares, além das aréolas. Cresce também o 
tecido adiposo.
Tecido ósseo: aumento na deposição de cálcio, 
aumento da velocidade de calcificação das 
placas epifisárias de ossos longos e 
estabilização da taxa de renovação óssea.
Pele: textura macia e lisa, pele mais espessa, 
secreção sebácea mais fluida (redução da 
acne) e vascularização.
Vasos sanguíneos: liberação de 
vasodilatadores (NO, PGE2, PGI2), diminuição 
da atividade da endotelina-1 (vasocons- 
tritor), ativação de fatores de coagulação, 
aumento do HDL e redução do LDL (ação 
protetora contra arteriosclerose) e 
aumento da permeabilidade vascular 
(edema).
Tecido adiposo: redistribuição da gordura 
corporal, de modo a aumentar a deposição 
nas mamas, nádegas e coxas para moldar 
o corpo feminino.
Tecido muscular: ação anabólica discreta 
(síntese de SHBG e CBG, proteínas 
transportadoras de esteroides).
SNC: ação antidepressiva e efeito positivo 
na memória e no aprendizado.
Colo uterino: relaxamento muscular, 
causando a abertura do orifício, facilitando 
a penetração dos espermatozoides.
Muco cervical: abundante, fluido, liso, 
transparente, com pouca celularidade e 
muita distensibilidade, característico do 
período ovulatório. Isso facilita a 
penetração dos espermatozoides.
Efeitos da Progesterona
Tubas uterinas: aumento da secreção nas 
células epiteliais tubárias (nutrição para 
zigoto) e aumento do movimento das 
células ciliadas.
Útero: glândulas endometriais mais 
tortuosas e com maior secreção, redução 
da excitabilidade e da sensibilidade do 
miométrio à ocitocina e diminuição da 
contratilidade para impedir a expulsão do 
blastocisto (efeito antiabortivo).
Mamas: desenvolvimento lóbulo-alveolar, 
hipertrofia das mamas e bloqueio da 
lactogênese.
Colo uterino: mais firme, fechado, 
dificultando a passagem dos 
espermatozoides.
Muco cervical: espesso, turvo, granulado, 
viscoso e celular, dificultando a 
penetração dos espermatozoides.
Outros efeitos: termogênico (aumento da 
T basal em 0,5°C pós-ovulação),estimulação do apetite, sono e analgesia 
no SNC e natriurese (antagonista da 
aldosterona)
Síntese:
As fórmulas químicas de estrogênio e progestinas 
sao esteroides sintetizados nos ovários, 
principalmente do colesterol derivado do sangue.
Durante a síntese a progesterona e androgênios 
são sintetizados primeiro, em seguida, durante a 
fase folicular do ciclo ovariano, antes que esses 
dois hormônios iniciais possam deixar os ovários, 
quase todos os androgenios e grande parte da 
progesterona sao convertidos em estrogenios 
pela enzima aromatase nas células da granulosa.
Como as células da teca nao tem aromatase, elas 
não podem converter androgenios em estrogênio. 
No entanto, os androgenios se difundem das células 
da teca para as células da granulosa adjacentes, 
onde são convertidas em estrogenios pela 
aromatase, cuja atividade é estimulado pela FSH.
DESENVOLVIMENTO 
folicul!
A cada 28 dias, mais ou menos, hormônios 
gonadotrópicos da hipófise anterior fazem com 
que cerca de 8 a 12 novos folículos comecem a 
crescer nos ovários. Um desses folículos 
finalmente “amadurece” e ovula no 14o dia do ciclo.
• Durante o crescimento dos folículos, é 
secretado, principalmente, estrogênio.
• Depois da ovulação, as células secretoras dos 
folículos residuais se desenvolvem em corpo 
lúteo que secreta grande quantidade dos 
principais hormônios femininos, estrogênio e 
progesterona.
• Depois de outras duas semanas, o corpo lúteo 
degenera, quando, então, os hormônios ovarianos, 
estrogênio e progesterona, diminuem bastante, 
iniciando a menstruação. Um novo ciclo ovariano, 
então, se segue.
• Obs.: o crescimento inicial do folículo primário ate 
o estágio antral só é estimulado pelo FSH, então 
ocorre o crescimento acelerado, levando a 
foliculos ainda maiores, denominador foliculos 
vesiculare
FASE PROLIFERATIVA 
descamação do endométrio 
e
CICLO ENDOMETRIAL
Concomitantemente ao ciclo ovariano, 
ocorre um ciclo de revestimento/
descamação da parede do endométrio. 
Esse processo é dividido em três fases:
• Fase proliferativa/estrogênica: antecede 
o processo de ovulação, sendo simultânea 
à fase folicular.
• Fase secretora/progestacional: sucede o 
processo de ovulação, sendo simultânea à 
fase lútea.
• Menstruação: é a descamação 
endometrial em si
fase Proliferativa
Sob influência do estrógeno, produzido durante 
a fase folicular, as células endometriais 
remanescentes do ciclo anterior proliferam 
rapidamente e, em 5 a 7 dias após o início da 
menstruação, há a reepitelização da superfície 
do endométrio, cessando o sangramento 
menstrual. Nos 7 a 9 dias seguintes, há 
espessamento do endométrio através da 
multiplicação celular estromal, crescimento de 
glândulas endometriais e formação de novos 
vasos sanguíneos.
fase secretora
Sob influência do estrógeno e da 
progesterona, produzidos pelo corpo lúteo, 
o endométrio fica mais vascularizado e 
edemaciado. Isso ocorre, pois, a 
progesterona faz com que as glândulas 
endometriais fiquem mais espiraladas, 
tortuosas e acumulem mais secreção 
(glicogênio, glicoproteínas e glicolipídios) 
responsável pela nutrição do embrião. Além 
disso, a progesterona lentifica a 
proliferação celular.
menstruação
Consiste na degeneração endometrial rica em 
linfócitos e neutrófilos. O sangue menstrual 
não contém coágulos em razão da presença 
de fibrinolisina. O fluxo menstrual tem duração 
média de 3-5 dias, podendo variar de 1-8 dias. 
A perda sanguínea na menstruação é de 30 ml 
de sangue e 30 ml de líquido seroso, sendo 
considerada anormal acima de 80 ml. 
A menstruação ocorre por dois motivos:
• Queda de estrógeno e de progesterona: isso 
provoca contrações espasmódicas das 
artérias espirais e da musculatura uterina.
• Prostaglandina F2α: induz isquemia 
(vasoespasmo), necrose e sangramento da 
camada funcional, além da contração do 
miométrio. Até as primeiras 48h, toda a 
camada funcional já está descamada, por 
isso o fluxo menstrual é mais intenso nos dois 
primeiros dias.

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