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Anatomia da fêmea

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Anatomia comparada do sistema reprodutor das 
fêmeas domésticas
O QUE É REPRODUÇÃO E QUANDO 
ELA SE INICIA? 
 Reprodução: sequência de eventos 
que se iniciam com o desenvolvimento 
do sistema reprodutor, que permitem 
com que os animais se desenvolvam 
(puberdade) e produzam gametas 
férteis, capazes de gerar uma nova 
vida 
 O início da atividade 
reprodutiva começa com a 
puberdade (maturação sexual) 
 O ciclo estral muitas vezes não é 
definido na puberdade 
 A reprodução começa pela 
boca 
 Para que a fêmea consiga 
ciclar precisa de um bom 
manejo nutricional 
 A presença dos machos 
estimula a ciclagem das fêmeas 
(facilita o manejo). 
 Fatores genéticos e raciais 
também influenciam 
 Animais de sangue zebuíno tende a 
ser mais tardio, do que animais de 
sangue taurina (precoce). 
 
 
 
 
A puberdade é marcada pelo primeiro 
cio da fêmea 
 No cio além das questões 
comportamentais como: a tentativa de 
monta, também tem os morfológicos 
que irá ter o crescimento folicular 
(estrógeno) e apresentar sinais 
característicos do cio. 
 A partir do momento que as fêmeas 
passam pela puberdade, elas irão 
manifestar um ciclo (evento que se 
repete) e dentro dele tem a fase do cio 
que na maioria das espécies acontece 
a ovulação. 
 Quando a fêmea é copulada pelo 
macho ou inseminada e tiver sucesso 
no processo de acasalamento, ela se 
tornará gestante. 
 Durante o momento da 
gestação a fêmea não aceita 
mais o macho 
 Na fase gestacional ela entra 
em anestro fisiológico (ausência 
do cio). 
 Logo após o parto a fêmea precisa 
produzir leite para dar ao filhote que 
ela gestou - suporte nutricional e 
imunológico. 
 Fase puerpério = restabelecimento 
pós-parto – a fêmea está vulnerável 
Progesterona: faz feedback negativo e 
mantém a gravidez. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Vaca: a partir de 40/45 dias pós-parto, 
ela já terá condições de realizar 
procedimentos reprodutivos. 
 Égua: “cio de potro” – algumas éguas 
restabelecem a ciclicidade rápido 
(9/10 ou 15 dias pós-parto). 
Todos os cios são férteis e podem 
emprenhar a fêmea 
 Quando a fêmea fica mais velha 
acontece alguns problemas 
degenerativos no aparelho reprodutivo 
 A fêmea entra na senescência 
reprodutiva (envelhecimento 
reprodutivo) e o ciclo estral fica 
desregular do intervalo cronológico – 
entre um cio e o próximo tende a ficar 
maior e mais bagunçado até que 
chega o momento em que ela não irá 
reproduzir mais. 
 Quando a fêmea falha em termos de 
ciclicidade, ela é descartada 
 Aparelhos anatômicos: ovários; 
ovidutos; cornos uterinos; corpo do 
útero; colo do útero (cérvix); vagina; 
vestíbulo vaginal e vulva (mais externo). 
 Localização: na cavidade pélvica 
sendo delimitada cranialmente pelos 
ossos do íleo, caudalmente pelos 
ísquios e os limites superiores e inferiores 
estabelecidos pelos ossos do sacro e 
da sínfise púbica. 
 Em uma fêmea mais velha que já 
pariu várias vezes, a tendência é ter um 
afrouxamento ou amolecimento dos 
ligamentos que dão sustentação ao 
trato reprodutivo, podendo não ter 
mais a mesma função e fazendo com 
que fique caído. 
Alteração no posicionamento: 
Patológica, exemplo: piometra ou 
fisiológica 
CONSTITUINTES DO APARELHO 
REPRODUTOR FEMININO 
 Ovários = existem as unidades 
funcionais que é onde está contido os 
gametas femininos. 
 Folículos ovarianos = unidade 
funcional que abriga células muito 
importantes como: as células da 
granulosa, estrógeno, células da teca 
(receptores de LH) e dentro do folículo 
tem o gameta feminino, óvulo e 
ovócito. 
 Tuba uterina = faz a conexão dos 
ovários com os cornos uterinos 
 Corpo do útero (cérvix) 
 Vestíbulo vaginal, vagina e vulva. 
VULVA (ÓRGÃO MAIS EXTERNO) 
 Representa a primeira barreira do 
trato feminino – a barreira serve para 
separar o meio externo do interno 
 Exame vulvar: processos patológicos 
dos órgãos internos 
 Pode indicar a fase do ciclo estral // 
perfil endócrino 
 
 
 
 
 
 
 
Problemas em suturar a vulva da 
fêmea: dificuldade em parir ou 
inseminar 
 
 
Ovelha 
 Aparelho genital feminino: conjunto 
de órgão tubulares com a mesma 
constituição histológica. 
 Formado por uma membrana mais 
externa: serosa (rica em colágeno) 
 Internamente: dupla camada de 
musculatura longitudinal e circular – a 
baixo dessa camada tem: a 
submucosa, mucosa uterina (tecido 
endometrial) e o lúmen (entrada – 
interno das vísceras ocas). 
 Os órgãos tubulares tem atividade 
secretora própria (precisa ser drenada 
ou movimentada. 
 
 
 
 
 
VESTÍBULO VAGINAL 
Entre a vulva e o meato ou óstio uretral 
externo – abertura final da uretra por 
onde vem a urina. 
 É uma porção restrita e o início do 
trato reprodutivo feminino (caudal). 
 Tem um ângulo inclinado a 30/45 
graus. 
 Presença do clitóris 
 O clitóris se assemelha a 
glande peniana do macho – 
funciona como um sensor de 
temperatura. 
 Formado por um tecido erétil 
(origem embrionária) 
 Tem terminações nervosas. 
 
 
VAGINA 
Está entre o vestíbulo vaginal e a cérvix 
 É um órgão copulatório de todas as 
espécies 
 Através do meato uretral (porção 
inicial aonde acontece a micção); 
canal do parto e deposição de 
espermatozoides para algumas 
espécies. 
 Tem células descamativas que cresce 
e se destaca (epitélio escamoso 
estratificado – muito digestivo) e células 
secretoras (formato colunar) – precisa 
para cópula, por ser mais ativo no cio e 
o estrógeno comanda. 
 O jeito de determinar o momento da 
inseminação é através do 
acompanhamento da citologia vaginal 
– ministra o perfil de células da vagina. 
CÉRVIX 
Faz a separação entre o trato vaginal e 
o ambiente uterino 
 Segunda barreira física do trato 
reprodutor feminino – é preciso a 
barreira para evitar o parto 
Separa a vagina do ambiente uterino 
pouco ou nada contaminado 
 A vagina tem bactérias 
 Secreção: isolamento 
 É preciso a cérvix funcionar como um 
canal ou ducto para que os 
espermatozoides possam passar e ir 
para o útero feminino. 
 Funciona como um reservatório para 
o espermatozoide - as células 
espermáticas podem entrar nos 
pequenos buracos (reentrâncias 
cervicais) e ficarem alojados por pouco 
tempo para aumentar a chance de 
fertilização (“banco de sêmen”). 
 Tem 2 tipos de cervix do ponto de 
vista biológico: muscular e cartilaginoso 
 A cartilagem é mais firme e 
difícil a passagem, por terem 
anéis cartilaginosos formando 
um lúmen 
 
 
 
 
 
 
 
PARTICULARIDADES ANATÔMICAS 
Porca 
 
Cadela = óstio dorsal 
 A abertura está na frente da 
vagina (rostral e horizontal) = 
para algumas espécies 
 Para a cadela a abertura da 
cérvix está mais para cima 
(dorsal) e dificulta para a 
inseminação 
 
 
 
ÚTERO 
 Divisão dos cornos uterinos, de 
acordo com o desenvolvimento para 
as espécies que tem um grande 
número de filhotes por ninhada para 
poder acomodar os filhotes na barriga 
da mãe 
 Variável em relação ao 
comprimento, dimensão dos 
planos uterinos e de acordo 
com cada espécie 
doméstica. 
 Bicornual verdadeiro: cadela, gata e 
porca. 
 Tem um grande número de 
filhotes por ciclo estral 
 Dividido em 2 cornos bem 
desenvolvidos 
 Bipartido: vaca e égua 
 Apenas um filhote sendo 
gestado 
 Não tem os cornos uterinos bem 
desenvolvidos (pequenos), por 
isso tem apenas 1 filhote por 
gestação 
PARTICULARIDADES ANATÔMICAS 
Vaca – bipartido 
 Os cornos uterinos são simétricos 
– órgão elásticos que precisam 
se remodelar em função do 
período gestacional 
 O primeiro sinal que é avaliado 
no diagnóstico de gestação é a 
simetria dos cornos uterinos 
 Os cornos uterinos (pouco 
desenvolvido) crescem quando 
está gestante. 
 Testa a simetria quandotem 
palpação retal - pode ser feito 
tardio em 38 dias 
 
 O útero é formado por uma 
mucosa endometrial, tendo a 
permanência do embrião e do 
feto. 
 Quando a placenta se forma, 
não irá depender mais da 
secreção uterina. 
Porca = bicornual verdadeiro 
 O comprimento dos cornos 
uterinos é grande 
 Essas fêmeas podem chegar a 
16-18 filhotes em uma única 
gestação 
 O leitão se acomoda no interior 
aleatoriamente – produz uma 
quantidade pequena de 
estrógeno que ajuda na 
contração local do útero e essa 
contração ajuda as vesículas 
gestacionais (mais homogênea) 
Cadela - bicornual 
 Os cornos uterinos são bem 
desenvolvidos e avantajados 
para dar suporte ao período 
gestacional. 
Gata – bicornual 
 Os cornos uterinos são bem 
desenvolvidos 
 Corno uterino passa por várias 
vísceras e repousa sobre a 
bexiga 
 Corpo do útero pequeno 
 Os ovários são caudais ao rim 
PARTICULARIDADES ANATÔMICAS 
 O aspecto interno do útero, 
especificamente da camada 
endometrial é um aspecto mais 
aveludado – o útero precisa ter esse 
aspecto interno para dar abrigo ao 
embrião durante o desenvolvimento 
inicial 
 O embrião se vira por causa da 
secreção do endométrio 
 Camada de revestimento: mucosa 
 O endométrio é forrado de glândulas 
endometriais produtoras de uma série 
de substâncias, incluindo: os fatores de 
crescimento; nutricionais; fatores que 
garantem o estabelecimento do 
produto, mesmo antes da formação 
placentária 
 A formação placentária é 
variável, por exemplo: na 
espécie equina, a placenta 
começa a se formar depois de 
35 a 40 dias do período 
gestacional 
 O endométrio é vital para a 
manutenção do embrião, para 
o período de gestação e a 
atividade secretora também 
contribui para o 
estabelecimento dos 
contaminantes 
 As glândulas endometriais não 
tem uma capacidade de 
expulsão direta no seu 
conteúdo – a secreção 
produzidas por elas fica dentro 
dos ductos glandulares e elas 
dependem da força da 
atividade contrátil da camada 
que esta a baixo do endométrio 
 Quando faz uma biópsia do útero, irá 
observar: o grau de dilatação do útero, 
fibrose endometrial, a presença de 
células inflamatórias dos extratos mais 
profundos do útero 
 Quanto maior o grau de fibrose, 
maior será o grau de dilatação 
dessas glândulas, pior ou menor 
será a chance de prenhez do 
animal; exemplo: égua 
 
 
 
OVIDUTOS 
 Órgão de conexão – dos cornos 
uterinos com os ovários 
 3 regiões bem definidas: Istimo (área 
de conexão do corno uterino); 
segmento da tuba uterina 
representada pela ampola e a área do 
infundíbulo (mais próximo do ovário) 
 O infundíbulo possui 
interdigitações, para que 
possam fazer uma pressão 
negativa em direção a tuba 
uterina 
 
 Istimo: é uma estrutura parecida 
com a uterina, por ter serosa, 
submucosa, muscular e mucosa 
interna – é uma área sem muitas 
diferenciações 
 
 Ampola: é o maior segmento 
da tuba uterina, tem a 
formação de criptas internas – a 
ampola é ramificada para 
aumentar a área de 
armazenagem e aumentar a 
área de absorção, através de 
pregueamento interno, os 
espermatozoides conseguem 
ficar retidos nas criptas durante 
o processo de inseminação ou 
monta natural 
 
o As células da ampola 
possuem cílios que estão 
em movimentação, 
durante o cio da égua, 
por exemplo: o 
batimento ciliar dentro 
da tuba, acontece em 
direção ao início da 
tuba uterina para o 
ovário – isso faz com que 
facilite para o 
espermatozoide o 
transporte espermático 
em direção a ampola 
para que ele possa 
encontrar o óvulo e 
chegar mais rápido. 
 
 A região do útero-tubárica no istimo 
pode ser explorada para a 
inseminação artificial equina – existe 
técnicas de inseminação na égua, 
onde entra com um endoscópio 
(equipamento de imagem sensível), 
que ficará em cima do corno uterino, 
depositando o sêmen diretamente na 
região de início do istimo 
 A vantagem de lavar o 
espermatozoide na boca da ampola é 
facilitar a vida do espermatozoide e 
diminuir o custo da inseminação 
 Quanto mais longe o 
espermatozoide é depositado 
dentro da tuba uterina na 
ampola, mais deve ser a dose 
inseminante 
 
 
OVIDUTOS OU TUBA UTERINA 
 Infundíbulo é próximo do ovário 
 Conexão: ovários – cornos 
uterinos 
 A tuba uterina é um órgão 
pequeno e de dimensões 
reduzidas 
 A tuba uterina não pode ser 
facilmente visualizada 
OVÁRIOS: FÁBRICA COM CAPACIDADE 
PRÉ-DETERMINADA 
 São nos ovários que se encontra a 
reserva gamética 
 As fêmeas já nascem com os folículos 
primordiais pré-determinados (estão na 
região cortical e se desenvolvem até o 
estágio de folículo primário) 
 Os estímulos das 
gonadotrofinas (folículos) se 
desenvolvem até a fase de 
folículo secundário e depois é 
a fase de folículos antrais ou 
folículos terciários 
 
 Folículo antral: é um folículo que foi 
recrutado para crescer graças ao 
estímulo da gonadotrofina (FSH) e esse 
folículo fica cada vezmaior, porque 
possui uma cavidade no seu interior 
(antro folicular – formado pela 
secreção da célula granulosa) 
 O antro-folicular fica maior até 
chegar no momento que o folículo 
pode ser definido como pré-ovulatório 
 Quando o folículo chega a 
esse status através do estimulo 
do LH ele irá ovular (se 
assemelha a um processo 
inflamatório) 
 Corpo lúteo: pode ser classificado 
como uma estrutura glandular 
secretora – tem dia para começar a 
ovular e dia para terminar a ovulação 
 Na espécies equina tem a: inversão 
cortiço-medular = parte de inervação e 
vasos sanguíneos que estão para fora 
do ovário e a cotical que é onde as 
estruturas funcionais estão no centro 
ovariano. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 A fêmea nasce com os folículos 
primordiais pré-definidos, esses folículos 
vão sendo recrutados a se 
desenvolverem no animal e eles tem 
um estoque infinito de gametas 
 De uma única oogonia terá a 
formação de um óvulo 
 Espermatogênese (rende mais do 
ponto de vista gamético): a 
espermatogônia se multiplica – nas 
células primordiais do macho ela é 
maior 
 O processo de formação do 
espermatozoide é um 
processo multiplicacional, 
onde as células se dividem e 
dão origem a um grande 
número de gametas 
 De uma única 
espermatogônia tem a 
formação de 4 
espermatozoides 
 
DIFERENÇAS ANATÔMICAS - OVÁRIOS 
 Observa em algumas fêmeas (cadela 
e suína), a presença da bursa-ovariana 
- película que recobre o ovário 
(dificulta a visualização do ovário na 
castração). 
 
 Na gata o revestimento do 
ovário é pequeno e por isso a 
síndrome do ovário 
remanescente é mais rara na 
espécie felina e canina 
 O trato reprodutor da gata é 
mais maleável do que de uma 
cadela 
 Remanescente dentro do ovário: 
síndrome do ovário remanescente 
 Queixa do tutor com cadela 
castrada: edema vulvar, 
secreção sero-sanguinolenta, 
atração por macho – 
características de cio 
POSICIONAMENTO DOS OVÁRIOS 
 Ovário é caudal aos rins 
 Pode ser variado de acordo 
com a espécie 
 Vaca: cornos uterinos devem ter 
a conformação espiralada 
(curvatura maior do útero) 
o A curvatura dos cornos 
úterinos é posicionada 
ventralmente 
 
 
 
 
 Na cabra e vaca o útero é 
ventral 
OVÁRIO DA VACA 
CICLO ESTRAL 
 Observa-se a cortical do lado 
de fora 
 Estruturas funcionais 
representadas pelo folículo e 
o corpo lúteo, tende a se 
projetar para a periferia do 
ovário 
 Na égua não vê o corpo lúteo 
(está dentro) 
OVÁRIO DA BÚFALA 
CICLO ESTRAL 
 Cortical mais externa 
 Corpos lúteos de fácil 
diagnostico 
 Consegue observar a presença 
dos folículos de maneira mais 
nítida 
 O folículo é o envoltório do 
óvulo, repleto de líquido 
VASCULARIZAÇÃO DO APARELHO 
REPRODUTOR 
 Se a fêmea está vazia: dentro 
dos próprios cornos uterinos 
começa a produçãodo 
hormônio prostaglandina (leva 
a luteólise) – produzida dentro o 
útero e precisa chegar até o 
ovário/corpo lúteo para fazer a 
luteólise 
 Toda prostaglandina produzida 
pelo útero pode ser drenada 
através das veias uterinas 
(retorno venoso). 
 
 
 
 
Particularidades anatômicas dos órgãos que compõe o 
aparelho reprodutor das fêmeas domésticas

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