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Resumo de Micologia

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• Histoplasmose 
 
 
A histoplasmose é uma doença do sistema retículoendotelial causada pelo fungo 
dimórfico Histoplasma capsulatum. 
O habitat natural de H. capsulatum é o solo. 
Histoplasma capsulatum apresenta duas variedades patogênicas ao ser 
humano: Histoplasma capsulatum var. capsulatum, que é responsável por 
causar a histoplasmose clássica e Histoplasma capsulatum var. duboisii que 
causa a histoplasmose africana. 
A diferença entre a variedade capsulatum e a variedade duboisii está na forma 
leveduriforme, uma vez que na forma miceliana elas são indistinguíveis. A 
variedade duboisii possui células maiores e paredes mais espessas que a 
variedade capsulatum. 
A forma micelial de H. capsulatum var. capsulatum desenvolve na temperatura 
de 25°C e em solos ricos em nitrogênio, principalmente naqueles solos 
contendo excretas de pássaros e morcegos, já a forma leveduriforme é 
encontrada em processos infecciosos. 
A infecção causada por H. capsulatum var capsulatum apresenta 
manifestações clínicas que dependem da quantidade de propágulos fúngicos 
inalados, estado imunológico e anatomia do indivíduo, uma vez que o 
desarranjo anatômico do parênquima pulmonar (enfisema) facilita a 
colonização dos espaços aéreos. 
As formas clínicas da histoplasmose vão desde infecção pulmonar 
assintomática ou autolimitada até a doença disseminada, sendo classificada 
em infecção assintomática, infecção pulmonar aguda, histoplasmose 
disseminada (aguda, subaguda e crônica) e histoplasmose pulmonar crônica. 
A infecção disseminada está associada a quadros de imunossupressão, 
principalmente a AIDS, e podem evoluir para óbito quando não diagnosticada e 
tratada rapidamente. 
Em contrapartida a infecção autolimitada ou localizada frequentemente ocorre 
em indivíduos imunocompetentes, podendo ocorrer muitas vezes reinfecção 
em zonas de elevada endemicidade. 
 A forma disseminada progressiva da doença pode atingir linfonodos, fígado, 
baço, rins, glândulas suprarrenais, olhos com uveíte ou pan-oftalmite e 
tegumento. 
A histoplasmose é uma grave doença que atinge pacientes imunocompetentes 
e imunodeprimidos e quando não tratada pode ser fatal. 
A forma de transmissão da doença é através da inalação de conídios contidos 
na natureza, discorrendo em primoinfecção no pulmão. Estes conídios inalados 
atingem os alvéolos pulmonares, ativando uma resposta inflamatória. 
Highlight
A resposta imune e a quantidade de esporos inalados influenciam na evolução 
e preservação da doença, dessa forma se a resposta imune for adequada vai 
ocorrer uma reação granulomatosa, em seguida cicatrização, fibrose e 
calcificação e se a resposta imune for Histoplasmose pulmonar aguda regride 
geralmente de forma espontânea, porém pode produzir complicações precoces 
e tardias. 
Apresenta alguns sintomas como febre, mal-estar, dor de cabeça, fraqueza, 
desconforto torácico subesternal, tosse seca, mialgia, artralgias e 
manifestações cutâneas, sendo que eritema nodoso e eritema multiforme são 
mais comuns descontrolada a infecção pode alcançar órgãos como o fígado e 
o baço. 
A infecção primária, independente de sintomas pode evoluir com disseminação 
do fungo para todo o organismo, principalmente para órgãos ricos em 
macrófagos. 
Histoplasmose pulmonar crônica ocorre geralmente em indivíduos com doença 
pulmonar preexistente sendo mais comum em indivíduos tabagistas com mais 
de 50 anos. Está relacionada com indivíduos que apresentam enfisema 
centrolobular ou bolhoso ou defeito anatômico estrutural que ajuda à instalação 
da doença. Alguns sintomas apresentados são fadiga, febre, suores noturnos, 
anorexia, perda de peso, tosse, produção de escarro, hemoptise e dispneia. 
O diagnóstico da histoplasmose envolve exame micológico, histológicos, 
imunológicos associado a exames radiográficos, epidemiologia e anamnese 
sendo essa última importante uma vez que as manifestações clínicas da 
histoplasmose podem ser confundidas com outras doenças respiratórias. 
As técnicas de biologia molecular apresentam uma especificidade maior e são 
usadas especialmente para detectar a fase inicial da doença. 
O tratamento da histoplasmose é estabelecido levando em consideração o 
estado imunológico do hospedeiro e a forma clínica da doença. H. capsulatum 
apresenta-se sensível aos seguintes antifúngicos: anfotericina B, cetoconazol, 
itraconazol e fluconazol. 
A histoplasmose pulmonar aguda na maioria das vezes é autolimitada, porém 
se os sintomas persistirem por mais de 30 dias ou o paciente apresentar febre 
persistente por mais de 3 semanas é necessário a implementação de um 
tratamento específico, sendo o fármaco recomendado o itraconazol por 6 a 12 
semanas e em situações mais graves é recomendado a anfotericina B, a qual 
deve ser substituída em caso de melhora clínica pelo itraconazol por mais 12 
semanas. 
 
• Paracoccidioidomicose 
 
A paracoccidioidomicose (PCM) é a infecção fúngica sistêmica de maior 
prevalência no Brasil, com sua incidência variando de um a três casos novos a 
cada 100.000 habitantes e possuindo predileção pelo sexo masculino em 
relação ao feminino, numa proporção de 6:1. 
 A doença apresenta clínica polimórfica, variando de manifestações restritas a 
pele e mucosas ao comprometimento sistêmico de múltiplos órgãos, em 
especial pulmões e adrenais, com potencial de gerar sequelas incapacitantes 
até o óbito. 
O padrão ouro para o diagnóstico da PCM consiste na confirmação da 
presença do fungo no tecido, seja por identificação a fresco, exame 
histopatológico ou cultura. Além disso, no diagnóstico inicial, é importante 
investigar diretamente os órgãos e sistemas mais frequentemente acometidos 
dentro das formas clínicas da doença: aguda-subaguda e crônica. 
 O tratamento preconizado inclui itraconazol ou sulfametoxazol + trimetoprim 
para os casos leves a moderados, e anfotericina B para os casos graves. 
A paracoccidioidomicose é a infecção fúngica sistêmica de maior prevalência 
no Brasil. 
É causada pelos fungos do “complexo” Paracoccidioides (P. brasiliensis; P. 
lutzii), que possuem caráter dimórfico térmico, apresentando-se na forma 
micelial quando livres, portanto, infectantes, e na forma leveduriforme quando 
inoculados no hospedeio. 
A doença apresenta clínica polimórfica, podendo se manifestar sob a forma 
aguda-subaguda (forma juvenil) ou forma crônica (do adulto). 
A forma aguda acomete crianças e adultos jovens, manifestando-se 
predominantemente por alterações do sistema monocítico-macrofágico, como 
linfadenomegalia generalizada com fistulização, hepatoesplenomegalia e até 
diminuição da hematopoiese por comprometimento de medula óssea. 
Já a forma crônica acomete indivíduos a partir da quarta década de vida, 
possui progressão insidiosa e pode manifestar-se de forma unifocal ou 
multifocal, sendo pele e mucosas, pulmões e adrenais os locais de 
acometimento preferencial. Mais raramente, porém não menos graves, ossos e 
sistema nervoso central também podem ser alvos do fungo. 
 
 
 
 
 
• Coccidioidomicose 
 
A Coccidioidomicose é causada por Coccidioides immitis e Coccidioides 
posadasii, que são fungos endêmicos presentes em certos locais do continente 
americano. Esses fungos infectam a população exposta de maneira 
Highlight
assintomática e, em menor proporção, manifesta-se como uma doença auto-
limitada do tipo influenza, pneumonia ou, ainda, na forma disseminada. 
As espécies de Coccidioides vivem em regiões áridas e semiáridas, causando 
principalmente infecção pulmonar por inalação de artroconídios, uma das 
formas parasitárias do fungo em forma de esporos que se formam pela 
separação das hifas septadas, embora outros órgãos possam ser afetados 
como (SNC) e pele. 
Os agentes patógenos da doença são capazes de estabelecer a infecção em 
hospedeiros imunodeprimidos e imunocompetentes, entretanto, a evolução da 
patologia é variável: em mamíferos há maior susceptibilidadepara contrair a 
infecção. 
Essa doença é classificada de acordo com as suas manifestações clínicas, 
podendo ser pulmonar primária, pulmonar progressiva e disseminada. 
Os fatores de risco associados a essa doença incluem imunossupressão, 
gravidez, sexo, defeitos genéticos e raça, sendo as pessoas de origem afro-
americana e filipina mais frequentemente atingidas. 
Coccidioidomicose acomete com maior frequência pessoas do sexo masculino 
devido à ocupação com o manejo do solo, porém, não demonstra preferência 
por faixa etária. Contudo, é notável que indivíduos com idade mais avançada 
sejam propensos a complicações graves no seu quadro clínico, podendo 
desenvolver infecção pulmonar crônica. 
A Coccidioidomicose pulmonar primária é a manifestação clínica mais 
frequente, podendo ser assintomática ou sintomática. Sendo que a maioria dos 
hospedeiros apresentam sintomas primários que se assemelham aos da gripe, 
demonstrando sintomatologia composta por tosse, febre, dispneia, dor torácica 
e perda de peso. Acresça-se, ainda, que esses pacientes podem expressar 
uma reação alérgica devido à formação de imunocomplexos, exibindo sinais no 
corpo como erupção macular eritomatosa e eritema nodoso. 
Ademais, a forma pulmonar aguda é responsável pela maioria dos casos, na 
qual cerca de 60% desses se dão na forma assintomática que são detectadas 
apenas por testes intradérmicos e, geralmente, não necessitam de tratamento, 
uma vez que alguns pacientes desenvolvem cura espontânea entre 30 e 60 
dias. 
 Por outro lado, em casos em que a forma aguda não se resolve após 2 meses, 
a infecção torna-se crônica que é caracterizada por formação de lesões 
nodulares ou cavitárias com manifestações clínicas e radiológicas 
inespecíficas. 
Na forma clínica disseminada, a doença extrapulmonar geralmente se 
desenvolve por meio da disseminação hematogênica ou linfática, podendo 
envolver um ou vários locais, nos quais os órgãos frequentemente atingidos 
são pele, sistema nervoso central e sistema músculo-esquelético. Pacientes 
em certos grupos de risco ou com imunidade comprometida, como discutido 
anteriormente, também apresentam maior risco de disseminação. Nesse 
Highlight
sentido, a progressão mais deletéria é a disseminação para o SNC, 
responsável por causar meningite. 
A forma cutânea primária, mesmo que rara, pode ser provocada pela 
inoculação dos artroconídios diretamente na pele, a qual se dá por meio de 
trauma na pele com materiais contaminados com os esporos. Dessa forma, 
dependendo do local anatômico da infecção, os pacientes invariavelmente 
necessitam de antifúngicos prolongados, com alguns necessitando de 
intervenção cirúrgica concomitante para desbridamento e estabilização. 
Assim, a análise para a identificação de CMD é realizada sob diversas formas, 
podendo ser diagnóstico laboratorial (exame direto, cultivo in vitro, exame 
histopatológico) ou por meio de um diagnóstico sorológico (testes 
imunológicos), como também por identificação molecular, avaliação cutânea e 
exames inespecíficos (radiológicos e tomográficos). Além disso, acrescenta-se 
a esses métodos o diagnóstico por precipitado em tubo (TP), fixação do 
complemento (CF), imunudifusão e ensaios de imunoabsorção enzimática 
(ELISA). 
As diretrizes de tratamento publicadas em 2016, os Coccidioides geralmente 
são suscetíveis à anfotericina B e aos antifúngicos azólicos in vitro, porém, as 
respostas ao tratamento são altamente dependentes dos fatores do 
hospedeiro, por exemplo, imunocompetência e raça/etnia, além do local 
envolvido e da gravidade da doença. 
As infecções mais mortais incluem meningite ou disseminação para o SNC e é 
recomendado que esses casos recebam medicação antifúngica vitalícia. Assim, 
o fluconazol é o antifúngico mais comumente usado para tratar 
Coccidioidomicose e é o tratamento padrão para doenças do SNC. 
Coccidioidomicose é uma micose sistêmica adquirida por meio da inalação do 
fungo presente nos solos contaminados. O fungo é encontrado comumente nos 
Estados Unidos e México, além do Nordeste brasileiro. A maioria dos pacientes 
desenvolvem uma forma assintomática, com resolução espontânea. Outra 
parcela de pacientes desenvolvem alguma manifestação pulmonar, sendo 
dividida em pulmonar aguda, pulmonar crônica e disseminada. O tratamento é 
realizado à base de anfotericina B, itraconazol e fluconazol. 
 
 
 
 
 
• CRIPTOCOCOSE 
 
Criptococose é uma micose oportunista sistêmica grave causada por 
leveduras encapsuladas do complexo Cryptococcus neoformans 
(Cryptococcus neoformans e Cryptococcus gattii). Existem mais de 30 
espécies do gênero Cryptococcus, sendo Cryptococcus neoformans e 
Cryptococcus gattii capazes de causar infecção em humanos. 
C. neoformans é fungo cosmopolita, de ampla distribuição mundial e 
encontrada principalmente em excretas dessecadas de aves, especialmente 
de pombos. Essa espécie acomete indivíduos imunocomprometidos, 
principalmente os portadores do vírus da imunodeficiência humana (HIV). 
C. gattii é encontrado em áreas de plantações de eucaliptos em climas 
tropicais e subtropicais. Normalmente, causa infecção em pessoas 
imunocompetentes, sendo considerado como um patógeno primário. 
A infecção fúngica acontece por meio da inalação de partículas suspensas 
no ar em forma de basidiósporos e/ou leveduras dessecadas não 
capsuladas ou com cápsulas, que podem levar a uma pneumonia que 
quase sempre é subclínica ou transitória. 
Na criptococose pulmonar pode ocorrer colonização assintomática até 
formas graves disseminadas, além de achados como infiltrado difuso e 
nódulos, que são confundidos com tuberculose. Os sintomas clínicos mais 
frequentes são: tosse, dispneia, emagrecimento, dores torácicas e empiema 
podendo causar insuficiência pulmonar. 
Posteriormente a infecção pulmonar, o fungo pode propagar-se via 
hematogênica ou linfática para outras partes do corpo, contudo, existe um 
tropismo pelo sistema nervoso central (SNC). O tropismo da levedura pelo 
SNC ocorre principalmente no fornecimento de condições favoráveis como 
multiplicação em baixa tensão de O2 e alta tensão de CO2, além da 
concentração de catecolamina, que favorece ao fungo síntese de melanina. 
A infecção criptocócica cutânea é a terceira forma mais comum de se 
manifestar a doença em humanos. As pessoas portadoras de HIV são os 
mais vulneráveis ao comprometimento da pele que corresponde 
aproximadamente cerca de 15-20% dos indivíduos. 
As espécies de C. neoformans e C. gattii são termoestáveis, sendo assim, 
as únicas capazes de causar infecções no homem. Essa capacidade de se 
adaptar à temperatura corporal é devido a presença do gene calcineurina. 
Isolados que não possuem esse gene não são considerados patogênicos. 
O diagnóstico de criptococose é feito rotineiramente pelo isolamento da 
levedura e pela detecção do fungo no exame direto de amostras clínicas. A 
identificação por meio do método da tinta nanquim (ou tinta da China, como 
é conhecida popularmente) é realizada por microscopia direta no líquor, 
secreções, tecidos, aspirado subcutâneo, pus e sangue. Por meio do exame 
direto é possível a visualização das leveduras. O tratamento ainda é feito 
utilizando Anfotericina B, fluorocitosina e o fluconazol. 
 
• CANDIDÍASE 
 
A candidíase consiste em uma infecção causada por leveduras do gênero 
Candida, constituído de aproximadamente 200 espécies. É a segunda causa 
mais frequente de vulvovaginite no período máximo de menstruação da mulher, 
sendo ainda mais prevalente durante a gravidez. A espécie mais comum é a 
Candida albicans, responsável por 85% dos casos de candidíase vulvovaginal. 
e se reproduzem por brotamento; a maior parte das espécies forma pseudo-hifas e hifas nos 
tecidos. As colônias têm coloração branca a creme e possuem superfície lisa ou rugosa 
A infecção fúngica oportunista endógena mais frequenteé a candidíase, por 
isso ocorre somente em tecidos de hospedeiros que apresentam 
comprometimento de seus sistemas específicos e inespecíficos de defesa, 
causando significante mortalidade e morbidade. Além desses grupos, a 
infecção por Candida acomete crianças e idosos devido à maior sensibilidade. 
Possui maior atração por pacientes imunocomprometidos, visto que a baixa na 
imunidade, mesmo após tratamento, poderá apresentar recidivas, assim como 
os indivíduos portadores de leucemia, linfoma, diabetes mellitus e síndrome da 
imunodeficiência adquirida. 
A infecção por Candida acomete preferencialmente as crianças e as pessoas 
idosas, numa frequência de 5% dos recém-nascidos, 5% de pessoas com 
doenças neoplásicas e 10% dos pacientes idosos com saúde precária. 
Nesta última encontra-se a candidíase, cujo termo se refere a gama de 
infecções causadas por espécies de fungos do gênero Candida, pertencentes à 
classe Deuteromycetes. Essas infecções podem ser agudas ou crônicas, 
localizadas ou sistêmicas e no caso de Candidíase disseminada, ela pode ser 
fatal. 
As formas de manifestação da candidíase são basicamente de três tipos: 
mucocutânea, cutânea e sistêmica. 
A candidíase mucocutânea acomete a cavidade oral e o canal vaginal, sendo a 
forma mais comum nos seres humanos. A candidíase cutânea pode acometer 
áreas úmidas do corpo como: espaços interdigitais, regiões das mamas, axilas, 
pregas das virilhas, debaixo de unhas. 
A infecção mais comum do trato geniturinário feminino são as vulvovaginites, 
na qual a principal é a candidíase vaginal, ocasionada por leveduras comensais 
que habitam a mucosa vaginal. A principal espécie envolvida na etiologia das 
infecções fúngicas é a Candida albicans, um fungo saprófita, que dependendo 
das condições pode se mutltiplicar por esporulação, tornando-se patogênico, 
diante disto, hoje a candidíase não é considerada uma doença sexualmente 
transmissível. Ela pode ocorrer quando o sistema imunológico está mais 
debilitado ou quando ocorre um desequilíbrio da flora vaginal. 
Os principais sintomas da candidíase vulvovaginal são pruridos na região 
intima, ardência na vulva, inchaço leve dos lábios vaginais, corrimento espesso 
esbranquiçado, pode ocorrer também dor durante relação sexual, secreção 
grossa, dor ao urinar, lesões na região da vagina, ressecamento da pele da 
vulva. 
Highlight
A candidíase pode ser desenvolvida por fatores predisponentes, tais como, a 
gravidez, diabetes, roupas apertadas ou de material sintético, uso de 
antibioticoterapia, anticoncepcionais hormonais, sabonetes íntimos pois podem 
alterar o pH vaginal e ocasionar algumas doenças, dentre elas a candidiase, 
uso de duchas vaginais e até mesmo alguns fatores climáticos. 
Diferentemente da candidíase oral, casos com C. albicans resistente são raros, 
entretanto, as espécies não-albicans não seguem esse mesmo padrão. Cerca 
de metade das cepas de C. glabrata isolada de casos de candidíase 
vulvovaginal recorrente mostrou reduzida sensibilidade ao fluconazol em 
comparação à C. albicans. C. krusei isolada da região vaginal, embora 
resistente ao fluconazol e à flucitosina, responde bem ao ácido bórico e outros 
azóis. 
A candidíase ou candidose oral é uma infeção fúngica, que incide devido à 
manifestação de leveduras do gênero Candida, localizadas em condições 
habituais da cavidade bucal. Dentre as espécies de Candida existentes, a 
prevalente na cavidade bucal é a Candida albicans. 
Na maioria das vezes, a candidíase oral é identificada através da descamação 
do epitélio bucal, acompanhada de placas brancas sobre a mucosa. Essa 
infecção é comum em idosos usuários de próteses dentaria, em crianças, mais 
conhecida como “sapinho”, em pacientes portadores de diabetes mellitus. O 
uso de antibióticos, corticoides, quimioterapia, sondas e cateteres podem 
causar modificações no sistema imunológico sendo favorável para invasão 
fúngica desenvolvendo assim a candidíase. 
A disfunção das glândulas salivares, com pouca secreção de saliva, também é 
um importante causa de candidíase bucal. O aumento da prevalência de outros 
grupos de pacientes imunocomprometidos, desordens endócrinas comuns 
como o diabetes mellitus e deficiências nutricionais também contribuem para a 
ocorrência da candidíase bucal como um problema relativamente comum. 
A terapia inicial da candidíase oral é realizada com nistatina e miconazol de 
uso tópico. Caso não surta efeito, inicia-se o uso sistêmico de fluconazol e 
anfotericina. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
• ASPERGILOSE 
 
 
Aspergillus sp. 
Mais de 300 espécies; 
Agentes Etiológicos: Aspergillus fumigatus e Aspergillus flavus; 
Encontrado em: Solo, Vegetação, Ar Condicionado, Vestimentas e até mesmo 
em antissépticos. 
 
Manifestações clínicas: 
São determinadas pela resposta imune do hospedeiro e classicamente 
definidas como formas invasiva, saprofítica e alérgica. 
 
Epidemiologia: 
Fungo cosmopolita; 
Climas temperados: A.fumigatus; 
Climas tropicais: A. flavus e A.niger; 
No Amazonas, é estimado 192 novos casos de aspergilose por ano, e a maior 
parte destes é negligenciada ou tratados repetidamente como tuberculose. 
 
 
Morfologia: 
Fungo filamentoso hialino septado; conidióforos em vesícula com cadeias de 
conídios saindo em fiálides (2 - 3 conídios lisos ou rugosos). 
 
Diagnóstico/Diferencial: 
Exame direto; histopatológico e Isolamento em cultura. 
 
Patogenia: 
A infecção fúngica oportunista; Hospedeiros imunocomprometidos 
(susceptíveis); 
1 - Conídios pequenos facilitam a aspiração causa inflamação dos seios 
paranasais e da árvore brônquica; 
2 - Temperatura de crescimento do fungo em torno de 37o C; 
3 - Adesão ao endotélio e epitélio; 
4 - toxinas como elastase, restrictocina, fumigatoxina, aflatoxina (presente no 
amendoim) dentre outras. 
 
Manifestação Clínica: 
Aspergilose Cutânea; 
Otomicose Aspergilar; 
Onicomicose Aspergilar; 
Aspergiloma ou bola fúngica; 
Aspergilose Pulmonar Invasiva; 
Sinusite Aspergilar; 
Aspergilose Imunoalérgicas; 
Micotoxicoses. 
 
Tratamento: 
Antifúngicos tópicos - Cutâneos; Limpeza rigorosa e antifúngicos - Otomicose; 
Remoção cirúrgica ou quimicamente e Antifúngicos tópicos - Onicomicose; 
Cirurgia, Itraconazol e Anfotericina B – Aspergilomas.