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M ó d u l o I I I ANEMIAS E PERDA DE SANGUE 2 0 2 2 / 1 5 ° p e r í o d o Sumário: Módulo III 1 2 HEMATOPOESE ANEMIA FERROPRIVA ANEMIA HEMOLÍTICA DO RN ANEMIA MEGALOBLÁSTICA ANEMIA FALCIFORME 3 4 5 6 7 8 9 HEMOSTASIA PÚRPURA TROMBOCITOPÊNICA HEMOFILIA LEUCEMIAS AGUDAS G.P.S., 35 anos, masculino, solteiro, advogado, compareceu ao ambulatório de hematologia com queixa de fadiga e inapetência, há cerca de 4 meses. O hematologista solicitou exames laboratoriais que evidenciaram clearence de creatinina reduzido e hemograma com as seguientes alterações: Hemoglobina= 7,8 g/dL; Hemácias= 3,2 milhões/mcl; Hematócrito= 25%; VCM= 83 fl; HCM: 31 pg; CHCM: 31 g/dL; Leucócitos Totais= 8080/microlitro (Basófilos= 3%, Segmentados= 23%, Eosinófilos= 2%, Linfócitos= 66%, Monócitos= 6%); RDW= 13,8 %; Plaquetas= 150000/mm³; Reticulócitos= 1,0%. Além disso, a Ultrassonografia do Aparelho Urinário evidenciou redução do volume dos rins, bilateralmente. O hematolgista prescreveu sulfato ferroso e encaminhou o paciente ao nefrologista, que prescreveu eritropoetina. K.A.S., 50 anos, sexo feminino, casada, branca, residente na zona rural de guanambi, comparece em consulta na UBS Beija-Flor ,com queixa de fraqueza, inapetência, cansaço ao realizar suas atividades domésticas e dores no corpo. Relata um quadro de diarreia e fezes escurecidas.Nega alergias e uso de medicações. História familiar de HAS. Ao exame: hidratada, hipocorada ++/4+, afebril, eupneica, anictérica, boa perfusão tissular e LOTE. PA: 100/70 mmhg FC: 94 bpm FR: 19 ipm Presença de queilite angular em boca. Aparelhos respiratório e cardiovascular sem alterações. Abdome: Flácido , indolor à palpação, sem visceromegalias. MMII: Sem alterações. Foram solicitados exames, com os seguintes resultados: Hemograma: Hemácias: 3,1milhões/m³ Hemoglobina: 6,0 g/ dl Hematócrito: 20% VCM: 72 fl HCM: 25 pg CHCM 27 RDW: 15,5%. EPF: evidenciando ovos ancilostoma duodenalis. O médico prescreve Sulfato Ferroso, por 3 meses, e solicita outros exames: ferro sérico, ferritina sérica, transferrina sérica, capacidade de fixação do ferro, índice de saturação de transferrina e reticulócitos. G.T.F. 4 anos, sexo masculino, morador da zona rural de Guanambi –BA, sem saneamento básico, é levado ao primeiro centro pela mãe. Ela relata que a criança vem apresentando irritabilidade, adinamia, sonolência e vontade de “comer terra”. Refere que a criança era mais ativa, mas, há 2 meses, vem apresentando esses sintomas. Queixa-se, também, de diarreia e dor abdominal recorrentes. Ao exame: REG, baixo peso para idade, hipocorado +++/4+, afebril, acianótico, anictérico, sem sinais de baixa perfusão, apático e apresentando queilite angular. AR: MV presente e simétrico sem RA. FR: 20 ipm. ACV: RCR em 2T sem sopro. FC: 95 bpm, PA 100/60 mmHg. Abdome: sem visceromegalias. Hemograma solicitado: Hemácias: 3,2 milhões/m³ Hemoglobina: 6,3 g/ dl Hematócrito: 20% VCM: 72 fl HCM: 25 pg CHCM 27 RDW: 15,5%. EPF evidenciando ovos ancilostoma duodenalis. É prescrito Sulfato Ferroso por 3 meses para ser iniciado após colher os seguintes exames: ferro sérico, ferritina sérica, transferrina sérica, capacidade de fixação do ferro, índice de saturação de transferrina e reticulócitos F. A. J., sexo feminino, 68 anos, foi admitida no HGG com história de parestesia em membros inferiores e piora cognitiva progressiva, há cerca de 1 ano, não conseguindo mais deambular e evoluindo com episódios de disfagia. Ao exame: REG, hipocorada (2+/4), desorientada e hiporresponsiva, exame tóraco-abdominal sem alterações, exame neurológico evidenciou déficit de sensibilidade em MMII, descoordenação motora, Babinski bilateral, paraparesia crural e desorientação têmporo-espacial. Exames laboratoriais apresentavam: Hb = 8,5 g/dL, VCM = 110 fl, HCM = 30 pg, CHCM = 33 g/dl, RDW = 15%, plaquetas = 100.000, GL = 2.200, (com hipersegmentação de neutrófilos), vitamina B12 = 182 pg/mL. TC de crânio veio normal e EDA apresentou gastrite atrófica, confirmada por biópsia, e pesquisa negativa para Helicobacter pylori. Iniciou-se tratamento adequado e, após 30 dias, a paciente voltou a se alimentar e a deambular com auxílio. A paciente continuou em tratamento.. M.T.S., 56 anos, morador de rua, deu entrada na UPA de Guanambi-BA com quadro de fraqueza importante, claudicação, palidez cutânea, parestesia em membros inferiores e dor epigástrica. Relata que, desde quando foi abandonado pela esposa, há mais de 10 anos, ingere 2 litros de pinga, diariamente. Foi solicitado, pelo plantonista, uma Endoscopia Digestiva Alta (EDA) e o hemograma. EDA: Presença de gastrite atrófica. Hemograma: Hb7,5g/dl VCM 140fl HCM30pg CHCM 33g/dl RDW 15%. Plaquetas 100.000 GL 2.200 (B5 S60 E4 L26 M5%), presença de neutrofilos hipersegmentados. Vitamina B12 50 pg/ml (ref: 200 a 900 pg/ml) e ácido fólico 3 ng/ml (ref: > 5 ng/ml). Foram solicitados os anticorpos antifator intríseco e anticelular parietal. F.L.P., 3 anos, sexo masculino, veio à consulta, trazido pela mãe, com quadro de fraqueza, desânimo e palidez. Mãe relata que no segundo dia de vida, o filho se apresentou gemente e de cor amarelada, e que o médico solicitou um exame chamado Coombs. Ao exame físico: hipocorado (2+/4+), ictérico (1+/4+), com esplenomegalia Boyd II. O médico solicita exames laboratoriais: Hb=7 g/dl, Ht= 21%, Plaquetas = 170.000, Reticulócitos = 11%, ABO-Rh= O+. A mãe pergunta se o filho vai precisar de transfusão sanguínea. M.A., 28 anos, G2P2A0, grupo sanguíneo A negativo, pariu RN a termo, grupo sanguíneo AB positivo, que iniciou com icterícia no primeiro dia de nascimento, sem colúria ou acolia fecal. A genitora relatou que o primeiro filho também apresentou sangue positivo, mas não teve alterações após o parto. Relatou ter feito coombs indireto no pré-natal. Exames laboratoriais evidenciaram: Hb 7,0 mg/dl Ht 28%, aumento de bilirrubina indireta e reticulócitos. Grupo sanguíneo: AB positivo. Foi solicitado teste de coombs direto que se mostrou positivo. Genitora de G.P.S., sexo masculino, melanodermo, 4 anos, procura a UPA 24 Horas de Guanambi para atendimento do seu filho. Ela informa que G.P.S apresentou, há 4 dias, coriza e febre, e há 2 dias, inchaço e dor nas mãos, além de dor abdominal. Genitora também relata que o Teste do Pezinho do pré-escolar apresentou uma alteração, mas não soube especificar. Ao exame físico, pré-escolar em regular estado geral, descorado 2+/4+, desidratado, afebril, ictérico +/4+, murmúrio vesicular presente sem ruídos adventícios e taquipneico, bulhas rítmicas normofonéticas em 2 tempos com sopro sistólico ++ e taquicárdico, fígado no rebordo costal direito, baço palpável a 1 cm do rebordo costal esquerdo, edema e dor à mobilização em mãos. Hemograma: Eritrócitos: 2,26 M/microL, Hemoglobina: 7,2 g/dL, Hematócrito: 21,2%, VCM: 93,8 fL, HCM: 31,8 pg, CHCM: 33,9%, RDW: 17%; Leucócitos: 18.500/mm³ (3% bastões, 50% segmentados, 2% eosinófilos, 0% basófilos, 42% linfócitos, 3% monócitos); Plaquetas: 100.000/mm³; Reticulócitos: 10%. P.P.S., 6 anos, sexo feminino, moradora da zona rural de Malhada, melanoderma, é admitida no pronto socorro com quadro de dor óssea generalizada, de forte intensidade, anemia e icterícia. Relata quadro semelhante prévio, contudo de menor intensidade. Questionada sobre a realização do teste do pezinho, a mãe informa não ter sido feito. Apresenta história familiar de anemia. Ao exame: baixo peso e estatura para idade, hipocorado 2+/4+, ictérico 2+/4+, hepatomegalia sem esplenomegalia. Após hidratação, analgesia e oxigênio suplementar, houve melhora da dor. O médico solicita hemograma e eletroforese de hemoglobina. M.J.S., 69 anos, cozinheira, residente na Zona Rural de Candiba, chega ao pronto atendimento de sua cidade após lesão superficial perfuro-cortante na mão, de 2 cm de diâmetro, porém com sangramento significativo. Relata que sempre se envolvia com acidentes com instrumentos perferocortantes, e que, nessas ocasiões, estancava o sangramento do corte com algodão, porém, dessa vez, nãofuncionou. Refere AVE prévio, há 3 meses, ser portadora de fibrilação atrial permanente em uso de Warfarin e, nos últimos 3 dias, fez uso de aspirina para cefaléia. Nega sangramentos em procedimentos odontológicos e em cirúrgias anteriores (duas cesarianas e colecistectomia). O médico solicita hemograma com plaquetas, atividade de protrombina, RNI, tempo de tromboplastina ativada, tempo de coagulação e tempo de sangria. J.A.F., 3 anos, sexo feminino, é encaminhada ao pediatra com história de aparecimento de equimoses em todo o corpo há 3 dias. A mãe refere surgimento de novas equimoses durante a noite, presença de crosta de sangue nas narinas e petéquias em região oral. Informa que a criança teve quadro de COVID-19 há cerca de 25 dias. Nega alergia medicamentosa, nega uso de medicação contínua, nega cirurgias prévias, nega uso recente de antibióticos ou outras comorbidades. Ao exame físico: BEG, afebril, ACV: RCR 2T BNF sem sopros, AR: MVUA sem RA, Abd: RHA +, livre, sem visceromegalias e sem massas palpáveis, ausência de linfadenopatia, presença de equimose e petéquias em todo o corpo não redutíveis à digito pressão. Solicitado hemograma que evidenciou: Hb 11,5 g/dL; HTC 34; VCM 79; HCM 29; CHCM 30; GL 7000 (B1 S58 E2 L35 M4%), contagem de plaquetas 15000. É realizado mielograma que mostra hiperplasia megacariocítica, sem outras alterações. Iniciado corticoide oral, é orientado a evitar o uso de ibuprofeno e situações de risco de trauma. Após 1 mês de tratamento, a criança não apresenta petéquias e a contagem de plaquetas era de 50.000. A.S.S., sexo masculino, 4 anos, é levado pela mãe para consulta na UBS com relato de que, há 3 meses, vem apresentando hematomas frequentes no corpo, alguns episódios de gengivorragia ao escovar os dentes e apresenta edema no joelho esquerdo com dor intensa, aumento da temperatura e mobilidade reduzida, prejudicando deambulação. Nega uso de medicamentos e nega febre. A mãe está com receio de que a criança tenha o mesmo problema de hemorragia que tem o tio de A.S.S. HF: Pais e uma irmã de 6 anos saudáveis. Ao exame: corado, afebril, eupneico, anictérico, hemartrose em joelho esquerdo. ACV: RCR 2T BNF, sem sopros. AR: MVUA, sem RA, eupneico. Abd: RHA +, livre, sem sinais de peritonite. É solicitado com urgência: hemograma, coagulograma, dosagem de fatores VIII e IX. O médico aplica compressas frias no joelho, imobiliza a articulação, prescreve dipirona e proíbe o uso de antiinflamatórios. L.F.S., sexo masculino, 03 anos, foi levado pela mãe para consulta pediátrica. Ela relatou que, há 03 meses, L.F.S., apresentou hematomas frequentes no corpo, teve um hematoma extenso no local em que foi aplicada vacina e apresentou edema recorrente no joelho direito, que prejudicou a deambulação. Negou uso de medicamentos e negou febre. A mãe encontrava-se muito preocupada, com receio de que o menor tivesse o mesmo problema de hemorragia que tem um primo. HF: Pais saudáveis e uma irmã de 6 anos saudável. Ao exame: corado, afebril, eupneico, anictérico. MVF, RCR 2T, abdome livre. Hemartrose no joelho direito. Foi solicitado, com urgência: hemograma, coagulograma, dosagens de fatores VIII e IX. O médico aplicou compressas frias no joelho, imobilizou a articulação, prescreveu dipirona e proibiu o uso de anti- inflamatórios. H.T.S, 4 anos, sexo masculino, foi levado ao ambulatório de pediatria com história de perda ponderal, astenia e episódios de epistaxe, há 4 semanas, conforme relato de seus genitores. História mórbida pregressa de IVAS de repetição nos últimos 4 meses. Ao exame físico, pré-escolar em regular estado geral; hipoativo; desidratado; hipocorado +++/++++; abdome inocente. Exames laboratoriais: hemograma: hemácias= 3,10 milhões; hemoglobina= 6,8 g/dL; leucócitos: 91800/mm³; segmentados= 9%; blastos= 90%; linfócitos= 1%; plaquetas= 41000 / mm³; TAP e PTTK normais. A pediatra encaminhou o pré-escolar ao PS Pediátrico do HGG, onde foi submetido aos seguintes exames: mielograma, citoquímica e imunofenotipagem. M.S.D, 48 anos, professora, casada, branca, natural de Guanambi, procura atendimento na UPA, devido a um ferimento com perfurocortante de 3,5 cm de comprimento, com sangramento ativo e intenso. Relata que fez compressão do ferimento, mas o sangramento não parou. História de AVE prévio há 6 meses, HAS e DM há mais 15 anos. Em uso de Warfarin, Enalapril, Metformina. Nega sangramentos em procedimentos odontológicos e em cirurgias anteriores (uma cesariana e apendicectomia), também informa que, na época em que menstruava, sempre teve fluxo normal. A filha, preocupada com o sangramento, mesmo após limpeza e sutura do ferimento, questiona a plantonista: “Doutora, esse sangramento é normal?” “Necessita de algum exame?”. A plantonista solicita exames laboratoriais. JT.M.F., 32 anos, sexo masculino, procurou atendimento no HGG devido a fadiga de 2 semanas de evolução, dor à deglutição, e febre de 40ºC. Relatou, também, o surgimento de hematomas e epistaxe recorrente, há 1 semana. Negava doenças prévias. Exame clínico: Peso=82 Kg, Tax=38,2ºC, hipocorado 2+, anictérico, acianótico, sem edemas. FC=120bpm PA=110/70mmHg boa perfusão periférica. Amigdalas: hiperemia, hipertrofia e placas bacterianas bilateralmente. Ausculta cardíaca, respiratória e exame do abdome normais. Sem linfadenomegalia periféricas. Foi solicitado hemograma que evidenciou: Leucócitos: 25.000/mm3, Neutrófilos=1%, linfócitos= 26%, blastos= 63%, Hb8.5 g/dl VCM: 85 CHCM:36, Plaquetas:20.000u/l. Bioquímica: Creatinina=1,2mg/dl, LDH= 1312ui/l, Ácido úrico=6,2. Diante desses exames foram realizados mielograma, fenotipagem e cariótipo de medula óssea. Mielograma: aspirado de medula óssea hipercelular. Presença de: 77% de blastos, presença de bastonetes de Auer no citoplasma de alguns blastos. Análise imunofenotípica: Compatível com LMA-M1 da Classificação FAB. Processo de produção das células sanguíneas Nesse processo, teremos uma célula tronco pluripotente que se divide em 2 linhagens (mielóide e linfóide) A hematopoese é regulada por: Fatores de crescimento Importante para mitose, diferenciação e maturação celular Ativação funcional Interleucinas Estimulação das colônias e diferenciação das células B (IL-5 e IL- 6) IL-1, IL-3, IL-5 e IL-6 Unidades formadoras de colônia (UFC) Capacidade de se formar nas células procedentes HORMÔNIOS: Eritropoetina: estimula a produção de eritoblastos e prod de hemoglobina no citoplasma Trombopoetina: estimula a diferenciação dos megacariócitos e prod de plaquetas Hematopoese Fatores que inibem a hematopoese INF-gama (células imaturas) Prostaglandina E (CFU-GM- neutrófilos G e monócitos M) Lactoferrina (células jovens da medula) TNF alfa Eritropoese: Processo de formação das hemácias/ eritrócitos As hemácias tem a função de transportar O2 aos tecidos por meio da hemoglobina São eliminadas no fígado e baço - média de 120 dias O PRINCIPAL FATOR QUE REGULA a produção de eritrócitos para o sangue é o nível das trocas gasosas, oxigenação dos tecidos A redução da quantidade de O2 pelo sangue leva à secreção de eritropoetina (EPO) que atua na medula levando ao aumento da produção de eritrócitos Pacientes que possuem algum tipo de disfunção renal, não são capazes de produzir eritropoetina , com isso, apresentarão quadros de anemia EPO é importante pois estimula o processo de proliferação e diferenciação RETICULÓCITOS: Células que são ainda imaturas que são liberadas na circulação pela medula na tentativa de compensar a anemia Servem para determinar o grau da anemia e para predizer a capacidade funcional da medula Toda hemácia é composta por hemoglobina (células importantes para carrear O2 para os tecidos) SE O NÚMERO DE HEMÁCIAS E HEMOGLOBINA CAI, O PACIENTE APRESENTARÁ UMA ANEMIA Quadro clínico:Quadro clínico: Assintomático ou pouco sintomático (cronicidade) Palidez Astenia Fraqueza Insônia Palpitações Cefaleia Dispneia ESSE QUADRO CLÍNICO É DECORRENTE DA REDUÇÃO DE O2 NOS TECIDOS E RESPOSTA COMPENSATÓRIA DOS SISTEMAS CARDIOVASCULAR E PULMONAR Investigaçãodiagnóstica:Investigação diagnóstica: Clínico (anamnese + exame físico) Exames: Hemograma Eritrograma Leucograma Plaquetograma Contagem de reticulócitos Esfregaço sanguíneo Tratamentos em algunsTratamentos em alguns casos:casos: Em alguns casos ocorre redução da eritropoetina, nesses casos há uma importância em realizar o tratamento com eritropoetina associado ao ferro oral ou IV Ferro é importante para o transporte de O2 nos tecidos Perda de sangue aumentada= Menstruação Parasitoses (ancilostomíase- NASA) Sangramento crônico Absorção de Fe reduzida= Cirurgia bariátrica Doença celíaca/ gastrite atrófica H. pylori Medicamentos (IBPs) Acloridria Aumento da demanda Gestação Até os 2 anos de vida Amamentação SINAIS E SINTOMAS DA ANEMIA: Astenia (fadiga, indisposição física), Insônia Palpitações Cefaleia SINAIS E SINTOMAS DA FERROPENIA: Queilite angular, Glossite atrófica, Coiloníquia (unhas em forma de colher- feero fortalece as unhas) Síndrome das pernas inquietas Pica (perversão do apetite - comer terra) Pagofagia (gelo) Baqueteamento digital Anemia ferroprivaAnemia ferropriva Hemograma: anisocitose, hipocromia, microcitose, plaquetose ou trombocitose, poiquilocitose Mielograma: solicitados apenas em casos duvidosos- hiperplasia eritroblástica com displasias morfologicas Hipoferritinemia (<15ng/ml) Ferro sérico: baixo (<30mg/dL) TIBC e transferrina (elevada- TIBC > 360 mg/dL) Saturação de transferrina (razão de ferro sérico e capacidade total de ligação do ferro- Baixa) Etiologia: Quadro clínico: Fisiopatologia: Diagnóstico: Tratamento: PREVENTIVO: ingesta de alimentos fontes de ferro (carnes e verduras) e de alimentos ricos em vitamina C para melhorar a absorção de ferro. ORAL (Sulfato ferroso ou Gluconato): 200 a 300 mg de ferro elementar/dia em adultos (2 a 3 semanas, às refeições) e em crianças 3 a 5 mg/kg/dia por no mínimo 8 semanas. PARENTERAL: → Sacarato de hidróxido de ferro III 2500mg/5MI, IM, 2 vezes por semana. → Hidróxido ferro III polimaltosado: 330mg/2mL, IM sempre no glúteo, 1 ampola a cada dois dias ou duas ampolas em intervalos maiores. Hemoglobina menor que 7,5 + critério de risco = adm VIA PARENTERAL- ação mais rápida Ocorre por deficiência de: Vitamina B12: baixa ingesta e baixa absorção - é de origem animal, portanto veganos e vegetarianos precisam repor Vitamina B9: baixa ingesta, baixa ingestão aumento do consumo e consumo de drogas - é de origem vegetal PRINCIPAL CAUSA DE DEF DE B9 É O ALCOOLISMO A ANEMIA PERNICIOSA É UM TIPO DE ANEMIA MEGALOBLÁSTICA (ocorre quando há uma doença imune associada - vitiligo por ex.) Glossite (lingua careca) - devido a dificuldade de renovação das células pelo retardo da divisão celular pela alteração do DNA Queilite angular Esplenomegalia moderada ICTERÍCIA Quadro clínico de anemia Degeneração do cordão lateral e posterior da medula: (devido a def de B12) Alteração da sensibilidade vibratória (quadro neurológico) Babinsky + Parestesia Afeta + os MMII e é simétrica Espasticidade Paraplegia Pode causar defeito no tubo neural do bebe Para o DNA ser formado, ele precisa do ácido fólico (uma das matérias primas para o DNA). Ao ingerir o ácido fólico, o fazemos através do MTHF (folato inativo) – ao entrar na célula, a vitamina B12 catalisa uma reação que retira o heme do MTHF, convertendo-o em THF (folato ativo). Assim, diante da deficiência de ácido fólico ou de vitamina B12 temos um bloqueio na síntese do DNA. O citoplasma cresce, o núcleo amadurece, porém, como este é mal formado, em determinado momento temos um citoplasma bem amadurecido que fica esperando a divisão celular, porém, esta divisão não ocorre pois o núcleo não consegue amadurecer totalmente – com isso, teremos células gigantes (as células não se dividem) assincronismo de maturação núcleo-citoplasma. 1. Anemia MegaloblásticaAnemia MegaloblásticaAnemia Megaloblástica Clínico: história, fatores de risco, exame físico Hemograma: macrocitose e hipercromia, pancitopenia, RDW aumentados, neutropenia, plaquetopenia Sangue periférico: neutrófilos hipersegmentados Dosagem de vitamina B12 e B9 (ácido fólico) Mielograma: casos duvidosos e pancitopenia Dosagem do ácido metilmalônico: Aumentado) Da perniciosa: Anticorpo anti-Fator instrinseco (mais específico) Anticorpo anti-fator parietal (mais sensível) Etiologia: Quadro clínico: Fisiopatologia: Diagnóstico: Tratamento: Reposição B12 (IM): 1.000 μg IM por dia por sete dias, em seguida, semanal, durante quatro semanas, e depois, mensal, indefinidamente (na maioria dos pacientes). Reposição de folato: 5 mg por dia Via oral. Gestante: suplementação com ácido fólico E casos de gastrectomia total, bariátrica, ressecção ileal DEVE-SE FAZER A PROFILAXIA COM REPOSIÇÃO DE B12 Em casos de anemia perniciosa, aporte IM de vitamina B12 Vitamina B9 (ácido fólico)= Atua como coenzima no metabolismo de ácidos nucleicos e aminoácidos, sendo importante, portanto, no metabolismo de proteínas e na síntese de DNA. Vitamina B12 (cobalamina)= Além de contribuir para a produção das células sanguíneas, a vitamina B12 também está relacionada ao funcionamento do sistema nervoso e à regeneração muscular. Processo onde há um aumento da destruição de eritrócitos com uma dificuldade de compensação da MO Principal patologia associada é a Doença Hemolítica no RN Eritoblastose fetal: incompatibilidade entre o fator Rh do sangue materno e fetal Acomete a partir do segundo flho Ocorre quando o filho é Rh positivo e a mãe negativo isso resulta na prod de anticorpos ANTI-RH no organismo materno para combater o agente RH do feto Casos menos graves: Icterícia neonatal Hepatoesplenomegalia aumento da bilirrubina indireta no sangue Anemia intensa Casos mais graves: Hidropsia fetal (acumulo anormal de líquidos em um ou mais compartimentos fetais) Ascite Anasarca Produção intrauterina de hemácias em grande escala Kernicterus (deposição de bilirrubina nos nucleos da base) Anemia hemolíticaAnemia hemolítica Clínico: história, fatores de risco, exame físico Hemograma: anemia normocítica e normocromica, Esfregaço de sangue periférico: macrócitos aumentados e hemácias nucleadas, aumento de reticulócitos, aumento de leucócitos Coombs direto (sangue do cordão) + identificação de anticorpos Coombs indireto (sangue materno): + Bilirrubina: aumentada Etiologia: Quadro clínico: Fisiopatologia: Diagnóstico: Prevenção: Anticorpos maternos previamente elaborados -> penetração na circulação fetal -> atacam e destroem os eritrócitos fetais -> doença in útero -> feto tenta compensar a hemólise acelerando a hematopoese -> hemácias imaturas surgem na circulação fetal -> eritoblastose fetal Tratamento: Para o lactente afetado: prevenir morte fetal, encefalopatia por hiperbilirrubinemia Transfusão total do sangue: utiliza-se sangue Rh negativo, via arterial ou umbilical Banho de luz: eliminar a bilirrubina existente no organismo Injeção de anticorpo anti- D: destrói as hemácia fetais antes que possam estimular a produção de anticorpos maternos MÃE RH NEG, A MENOS Q JÁ ESTEJA PREVIAMENTE SENSIBILIZADA, DEVE RECEBER UMA INJEÇÃO IM DE ALTAS DOSES DE GAMAGLOBULINA ANTI-D DENTRO DE 72HRS DO PARTO Tipagem sanguínea da mãe e do pai durante a gestação Teste de Coombs: utiliza anti-anticorpo humano a fim de detectar se há prod de anticorpos pela mãe Somente 1 dos pais: portador do traço falciforme Ambos os pais: anemia falciforme Mais comum nos povos de origem africana Hereditária Mudança na cadeia beta normal de um único aminoácido (GAG-> GTG), ao invés de glutamina forma-se valina, alterando a solubilidade da hemoglobina -> formando hemoglobina S Em situação de desoxigenação ocorre polimerização, alterando a forma da hemácia para foice (causa obstrução vascular -> isquemia) e está tende a sofrer hemólise Hemoglobina S em situação de hipóxia aumentam os radicais livres, ocorrendo polimerização. A adesão a parede dos vaos provoca vasoconstrição -> forma os trombos e isso vira um ciclo vicioso Fase estável:Anemia + leve icterícia Crise de falcização: Episódios dolorosos (ossos, articulações Síndrome mão-pé Dactilite Crise hemolítica: icterícia Crise de sequestro esplênico: esplenomegalia devido ingurgitamento do baço Sintomas de anemia TGI: isquemia no território mesentérico - dor abdominal intensa, irritação do peritônio Crianças: síndrome mão-pé (edema e dor de extremidades) devido isquemia de pequenos ossos Anemia falciforme Clínico: história, fatores de risco, exame físico Hemograma: anemia normocítica e normocromica, reticulocitose, trombocitose, leucocitose com desvio à esquerda Hiperbilirrubinemia indireta Esfregaço de sangue periférico: hemácias em forma de foice - drepanócitos Teste do pezinho Haptoglobina baixa Etiologia/ fisiopatologia: Quadro clínico: Diagnóstico: Tratamento: Sintomáticos (AINES, analgésicos para crises álgicas) Suplementação de ácido fólico 5 mg/dl Profilaxia de infecções: imunizações/ penicilina até 5 anos / pneumococo Tratamento de infecções - antibióticoterapia Hidroxiureia (aumenta os níveis de HbF) Crises dolorosas e vasoclusivas: hidratação EV + analgesia Terapia transfusional < 30%- melhorao caso mas não resolve o problema Complicações: Destruição autoimune que forma anticorpos quentes contra a GP IIb/IIIa que destroem as plaquetas (anti-GPIIB-IIIA) Forma aguda: criança de 2-3 anos/ pós infecção viral ou vacinação - resolução espontânea Forma crônica: adultos 20-40 anos/ feminino/ > 60 anos Autoanticorpos contra as glicoproteínas -> além da destruição das plaquetas circulantes os autoanticorpos podem inibir a liberação de plaquetas novas pela MO A plaqueta, tendo um anticorpo aderido à sua membrana, é reconhecida pelos macrófagos no baço onde são destruídas reduzindo o tempo de meia vida delas de dias para horas Apenas plaquetopenia e nada mais Epistaxe Gengivorragia Equimoses Petéquias (não somem qando "aperta") Fadiga Se houver sangramentos graves pode ter sangramento intracraniano e gastrointestinal De exclusão Hemograma: plaquetopenia Mielograma: excluir outras doenças, leucemias... > 60 anos/ não responsivo ao tratamento/ presença de outras citopenias Quando houver plaquetas < 30.000 Etiologia/ fisiopatologia: Quadro clínico: Diagnóstico: Tratamento: Deficiência dos fatores de coagulação VIII (hemofilia A) e IX (hemofilia B), isso causa anormalidades da coagulação Ligada ao cromossomo X (por isso é mais comum em homens e rara nas mulheres) Em uma pessoa normal, esses fatores fazem parte da via intrínseca da hemostasia secundária e colaboram para deter o sangramento que qnd ativados, esses fatores levam à formação de trombina, molécula que converte fibrinogênio em fibrina, a fibrina junto com as plaquetas formam uma camada que detém o sangramento Se há deficiência desses fatores, o sangramento não é detido Pode ser hereditária ou adquirida (LES, doença Jobert) Depende da gravidade: Leve = raros sangramentos espontâneos, difícil diagnóstico, hemorragias secundárias a traumatismos fortes e cirurgias Moderados = Sangramentos após traumas pequenos ou cirurgias/ hemartroses espontânea Graves = hemorragias espontâneas e sem causa aparente Hemartroses espontâneas e sem causa aparente, pode ocorrer petéquias e equimoses HEMARTROSES SÃO CAUSADAS PELOS SANGRAMENTOS NO ESPAÇO INTRA- ARTICULAR/ PODE OCORRER OS SINAIS FLOGÍSTICOS NO LUGAR DEVIDO A IRRITAÇÃO CAUSADA PELA MISTURA DO SANGUE COM O LIQUIDO SINOVIAL O acúmulo de sangue fora dos vasos leva a formação de hematomas Hematúria Hematêmese, melena !!!!!! PACIENTES COM HEMOFILIA QUE APRESENTAM CEFALEIA QUE NÃO MELHORAM COM ANALGÉSICOS DEVEM PROCURAR A EMERGÊNCIA DEVIDO AO RISCO SE HEMORRAGIA INTRACRANIANA Hemofilia Clínico: história, fatores de risco, exame físico, histórico familiar (se positivo ou não) Tempo de tromboplastina parcial ativada (Ttpa) = alargado Tempo de protombina estará normal pq o problema é na via intrínseca e não extrínseca) Plaquetas estarão normais Diagnóstico confirmatório: Dosagem do fator VIII: baixo (hemofilia A) Dosagem do fator IX: baixo (hemofilia B) Etiologia fisiopatologia: Quadro clínico: Diagnóstico: Tratamento: Reposição do fator deficiente Terapêutica auxiliar: antifibrinolíticos = antes de procedimentos cirúrgicos Orientar quanto ao cuidado para prevenção de quedas, traumas, cuidados que devem ser tomados antes de procedimentos) Evitar AAs e AINES devido ao riscos de sangramentos
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