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Fisiopatologia da Hipertrofia Cardíaca Gabriel Ladeia 3° Período de Medicina Hipertrofia Cardíaca- A hipertrofia pode ser resultado de condições fisiológicas normais ou patológicas, e a hipertrofia patológica é efeito de distúrbio orgânicos e pode ser adaptativa ou compensatória. Um exemplo de hipertrofia adaptativa é a hipertrofia do músculo miocárdio resultante de uma doença cardíaca valvular ou hipertensão. Os sinais de hipertrofia cardíaca estão relacionados com o alongamento das fibras, ativações de produtos de degradação celular e fatores hormonais. No caso do músculo cardíaco estes sinais iniciais podem ser divididos em duas grandes categorias: 1. Mecanismos biomecânicos e sensíveis ao estiramento 2. Mecanismos neuro-humorais associados a liberação de hormônios, fatores de crescimento, citocinas e quimiocinas. Receptores internos sensíveis ao estiramento, receptores ligados a membrana, IGF-1 e EGF (fator de crescimento epidérmico) ativam as vias de transdução de sinalização específicas. Essas vias controlam o crescimento do miocárdio alterando a expressão do gene para aumentar a síntese e reduzir a degradação de proteínas, provocando a hipertrofia. Em caso de hipertensão a sobrecarga de trabalho necessário para ejetar o sangue contra a pressão na aorta resulta em uma intensificação progressiva na massa muscular ventricular esquerda e na necessidade de fluxo coronário. Fisiopatologia da HVE- A sobrecarga mecânica imposta ao coração por causa da HAS determina uma adaptação miocárdica que resulta no aumento da massa ventricular, embora a hipertrofia melhore o desempenho do trabalho do coração, também é um importante fator de risco para morbidade e mortalidade cardíaca subsequente, elas podem remodelar inadequadamente e resultar em mudanças de estruturas e funções ( sistolica e diastolica). A MCH é caracterizada pela hipertrofia do VE com espessamento desproporcional do septo interventricular, enchimento diastólico anormal, arritmias cardíacas. A MCH é mais comum entre atletas jovens. A MCH é uma cardiopatia autossômica dominante causada por mutações dos genes que codificam proteínas do aparelho contrátil do sarcômero cardíaco, a MCH evidencia-se por hipertrofia dos miócitos com desorganização das miofibrilas e fibrose miocárdica acentuada. A MCH pode começar em qualquer idade, com ampla manifestações e evoluções clínicas. Manifestações clínicas- Redução da dimensão do VE, complacência reduzida com diminuição do volume ejetado. Na maioria dos casos os pacientes são assintomáticos, mas as manifestações clínicas podem influir dispneia, dor torácica aos esforços, intolerância aos esforços, síncope e arritmias, isquemia miocárdica focal mesmo sem DAC ( doença arterial coronariana), e os pacientes podem ter angina por estas razões. Diagnóstico- É comumente estabelecido por um ecocardiograma 2D que revela a HVE ou outra doença cardíaca ou sistêmica. O monitoramento ambulatorial ajuda a detectar arritmias. A RM do coração pode ajudar a definir o grau de hipertrofia bem como a sua localização Tratamento- O tratamento é voltado principalmente aos pacientes com sinais e sintomas de MCH obstrutiva, onde o tratamento farmacológico é destinado a bloquear os efeitos da catecolaminas que agravam a obstrução do orifício de saída e reduzir a FC para ampliar o tempo da diástole. Em geral, os bloqueadores β adrenérgicos são a primeira opção para pacientes com MCH sintomática.
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