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INSUFICIÊNCIA CARDÍACAINSUFICIÊNCIA CARDÍACA Anormalidade da estrutura e/ou função cardíaca que resulta em sintomas (ex.: dispneia e fadiga) e sinais (ex.: edema, crepitações pulmonares, TJ) clínicos, hospitalizações, qualidade de vida ruim e diminuição da sobrevida ICC é presente APENAS quando sintomas são aparentes Anormalidades cardíacas (IAM) causando disfunção sistólica e/ou diastólica Anormalidades nas valvas (estenose, regurgitação), pericárdio, endocarpo, ritmo/condução cardíaca ou a combinação dessas alterações podem iniciar ICC Inclui: (1) estados que deprimem a função ventricular sistólica e a fração de ejeção (coronariopatia; HAS; cardiopatia dilatada; doença valvar e cardiopatia congênita); e (2) estados de insuficiência cardíaca com fração de preservada (cardiomiopatias restritivas, cardiomiopatia hipertrófica fibrose, dist endomiocárdicos) – insuficiência diastólica Dilatada: hipertrofia excêntrica Hipertrófica: hipertrofia concêntrica Restritiva: geralmente relacionadas com doenças de depósito CAVD: problema nos desmossomos Não classificada (ex.: Takotsubo) GENERALIDADES Definição: incapacidade cardíaca de suprir a demanda (O2 e nutrientes) dos tecidos ou se consegue suprir apenas mediante elevadas pressões de enchimento Presença de disfunção cardíaca subjacente é essencial para o diagnóstico Doença cardíaca subjacente: Identificação dos mecanismos fisiopatológicos é crucial para o TTO EPIDEMIOLOGIA 1-2% pop mundial; H > M; aumenta com idade Mortalidade: ≈10% ao ano Principal causa de óbito: morte súbita cardíaca (>50%) (6) ou disfunção orgânica por hipoperfusão ETIOLOGIAS + comum: isquemia (DAC); Outras: HAS, uso de álcool; doença de Chagas; valvopatia reumática; drogas de QT; genética e familiar Cardiomiopatias – doenças primárias do tecido cardíaco: congestivacongestiva Doença coronariana HAS DM HMF de doença CV Obesidade Doenças pulmonares crônicas Inflamação/infecção crônica Doenças metabólicas Agentes cardiológicos (ex.: cocaína, terapia de antraciclina em oncologia [como doxorrubicina, trastuzumab no tratamento de câncer de mama]) Abuso de álcool Ingesta excessiva de Na+; não adesão ao TTO de ICC; IAM; exacerbação da HAS; infecções ou febre; arritmias agudas; embolia pulmonar; anemia; tireotoxicose; gravidez; miocardite aguda ou endocardite infecciosa; fármacos (ex.: AINEs; verapamil) Principais fatores de risco: Fatores precipitantes agudos Nenhuma terapia baseada em evidências para melhorar o resultado pode ser oferecida para pacientes com ICFEp Essas doenças subjacentes mais exatamente definidas na ICFEr devem ser tratadas de forma mais eficaz por meio de medicação, cirurgia ou intervenção Principal alteração estrutural na ICFEr: remodelação excêntrica + dilatação da câmara (pode ter sobrecarga de volume) → falência anterior – tipicamente como consequência de um grande infarto do miocárdio anterior ICFEp mostra relaxamento e/ou ventricular CLASSIFICAÇÃO Pacientes com ICFEp: mais frequentemente mais velhos, do sexo feminino, obesos com história de HAS e/ou FA Pacientes com ICFEr: aparecem mais frequentemente com doença coronariana (IAM), doença valvar (estenose aórtica, insuficiência mitral) ou HAS não controlada Direita: acomete o VD e está relacionada com a circulação sistêmica Sintomas: congestão sistêmica: edema de MMII; hepatomegalia; estase jugular; refluxo hepato jugular; ascite Esquerda: acomete o VE e está relacionaa com a circulação pulmonar Sintomas: pulmonares – crepitações; dispneia; ortopneia; dispneia paroxistica noturna Alto débito: resulta de uma incompatibilidade entre o débito cardíaco (volume sistólico, frequência cardíaca) e a demanda circulatória de oxigênio (por exemplo, alta frequência cardíaca na anemia). Causas: tiretoxicose; anemia; fístula AV; beri-beri Baixo débito: todas as outras etiologias prejudicado, rigidez ventricular aumentada e, portanto, pressão de enchimento elevada acompanhada de sobrecarga de pressão IC direita x IC esquerda ALTO DÉBITO X BAIXO DÉBITO insuficiência cardíaca congestivainsuficiência cardíaca congestiva A partir da diminuição do débito cardíaco, alterações serão feitas para aumentar a FC e/ou Vs Tudo isso desencadeia alterações estruturais no miocárdio, disfunção endotelial levando a redução do NO Por isso: pcrs com IC tem RVP muito alta FISIOPATOLOGIA Alt anatômicas, funcionais e biológicas (genes) que interagem entre si Não são apenas alterações da musculatura cardíaca, mas, sim, efeitos sistêmicos em cascata em todo o corpo OBS.: o aparecimento dos sintomas não coincide com o aparecimento da doença, mas, sim, como fim da tolerância DC = FC X Vsistólico Lesão miocárdica e estresse → ativação neuro-hormonal, ativação de citocinas inflamatórias → vasoconstrição, isquemia, estresse oxidativo Miopatia periférica: ↓DC→perfusão muscular afetada → ↑ ác. lático → astenia Etiologia e fenótipos diferem grandemente Ativação do SRAA → mecanismos adaptativos → hipervolemia, taquicardia, dispneia → deterioração da função celular (ciclo vicioso) IMPORTANTE! Cada alteração dessas leva a um ciclo vicioso de lesão CV que, se não for interrompida em algum dos seus progressos, leva a uma falência progressiva e irreversível. IMPORTANTE 2! Pct com IC morre por agudizações como LRA, alt secundárias da insuficiência renal, atrofia difusa, desnutrição etc. Caracterizada por alterações estruturais e celulares que levam a uma incapacidade do VE de relaxar adequadamente (ex.: hipertrofia de cardiomiócitos, fibrose intercelular, relaxamento de cardiomiócitos alterado e inflamação) Frequentemente associada a comorbidades crônicas – HAS, DM2, obesidade, insuficiência renal, doença pulmonar/hepática, AOS, gota e câncer Processo inflamatório está frequentemente ligado a essas comorbidades (ex.: DM que também exerce ativação da inflamação) Células endoteliais (≈ 60% dos não cardiomiócitos) e a disfunção endotelial vista precocemente na doença CV está mais presente na ICFEp do que na ICFEr Disfunção endotelial (iniciada por comorbidades) pode ser precursora da disfunção cardíaca também na ICFEp ICFEp mostra um amplo espectro de heterogeneidade Pacientes com ICFEP são + velhos e apresentam uma predominância de 2x no sexo feminino Predominância de homens na ICFEr pode estar relacionada a uma maior incidência de IAM ICFEr é caracterizada por uma perda substancial de cardiomiócitos aguda ou DIFERENÇAS FISIOPATOLÓGICAS ENTRE ICFEp e ICFEr Apenas na ICFEr, mas não na ICFEp, a terapia baseada em evidências oferece melhora nos sintomas e no prognóstico Diferenças na fisiopatologia entre ICFEr e ICFEp podem influenciar os alvos do tratamento Fato comum para ambos: ↑ incidência e a ↑ mortalidade Diferenças no desenvolvimento patológico de ICFEr e ICFEp foram relatadas para aspectos de inflamação e função endotelial, hipertrofia e morte de cardiomiócitos, alterações na titina da mola gigante, fibrose e outros aspectos ICFEP Disf endotelial pode ser o resultado de vários mecanismos adaptativos após redução do DC → ativação neuro-humoral, vasoconstrição, aumento do estresse oxidativo, desequilíbrio do NO ou biodisponibilidade de energia Algumas comorbidades e fatores de risco são compartilhados, mas alguns são diferentes entre ICFEr e ICFEp Perda de miócitos após IAM, mutação genética, miocardite com perda celular ou doença valvar com morte celular por sobrecarga (ativação do antígeno 1 da apoptose) seguida de incapacidade do VE de se contrair adequadamente Em consequência, pode ser observada uma remodelação excêntrica com tecido fibrótico excessivo; Na ICFEp, a hipertrofia concêntrica do cardiomiócito é a face predominante; Na ICFEr: cardiomiócitos são mais finos, alongados e apresentam menor densidade miofibrilar Contratilidade – inotropismo (relacionado com o Ca2+ IC) Pós-carga – relacionada com a resistência vascular sistêmica SRAA – principal Hipovolemia ou queda da [Na+] sérico → transformação de pró-renina em renina → forma angiotensina I → ECA a transforma em ANG II → ageno AT1r Ações ANG II: ativação simpática; disfunção do endotélio vascular; inflamação do mm liso; crescimento e fibrose (remodelamento) de células miocárdicas; retenção de água e sódio; liberação de aldosterona Ação aldosterona: fibrose e retenção de água e sódio Miocárdio tem receptores para ANG II e aldosterona --> estímulo aos fibroblastos da matriz intersticial --> produção de tecido fibroso SN simpático Queda DC → BR e QR ativam SNC → aumento FC e inotropismo; retenção de água e sódio; vasoconstrição A longo prazo: fibrose dos miocitos; remodelamento cardíaco; aumento da pós-carga no coração; aumento da pré- carga no rim; aumento da renina; vasoconstrição aumenta a pós-carga Tônus vascular Vasoconstritores: endotelina e ADH crônica → disfunção sistólica Níveis cardíacos de titina e cálcio também são afetados de forma diferente na ICFEr e na ICFEp ICFEr pode progredir para ICFEr ou ICFEp, mas seu fenótipo é dominado pela doença arterial coronariana, como na ICFEr. MECANISMO NEURO-HORMONAL: insuficiência cardíaca congestivainsuficiência cardíaca congestiva insuficiência cardíaca congestivainsuficiência cardíaca congestiva Vasodilatadores: NO e bradicinina Na ICC: há aumento dos vasoconstritores e diminui os vasodilatadores → aumento pós-carga Peptídeos Natriuréticos (A, B e C) São substâncias produzidas no coração quando há estiramento, aumento de volume, aumento da pressão diastólica final etc. Tem efeito benéfico Tipo A: produzido principalmente no átrio Tipo B: produzido principalmente no ventrículo Ação: vasodilatação; elimita água e Na+ pela urina; diminui a hipertrofia e fibrose do coração São degradados pela neprisilina (importante para TTO da progressão da IC) Citocinas pró-inflamatórias Alteram permeabilidade; causam estresse oxidativo Remodelamento cardíaco Injúrias agudas e crônicas (IAM, sobrecarga, PA alta etc.) → início de mudanças estruturais e funcionais subsequentes Alt envolvem os cardiomiocitos (hipertrofia, apoptose, necrose), fibroblastos (proliferação), endotélio e interstício (MEC) Ativação dos sistemas neuro-humorais (ANG II, endotelina I, vasopressina), alt hemodinâmicas ou inflamação sistêmica (mediadores pró- inflamatórios IL 1, IL 8, TNFα) podem atuar como modificadores Alt estruturais: hipertrofia ventricular (massa ventricular), dilatação das câmaras, desorganização dos cardiomiócitos → ↑tensão da parede + redução da perfusão subendocárdica Esses processos podem deteriorar ainda + a função cardíaca (círculo vicioso) Disfunção endotelial Metabolismo energético Principal subtstrato: AGL ICC --> coração começa a usar glicose pelo aumento da demanda --> Miopatia periférica Anemia Ocorre na ICFEr ou ICFEp Incidência é maior em mulheres, idosos, insuficiência renal e DM Pode ocorrer deficiência de ferro Mecanismos não elucidados Descompensação aguda da IC crônica é o tipo mais comum de apresentação clínica da IC aguda ↑ pressão pulmonar (insuficiência retrógrada; aumento da PCWP) e → congestão pulmonar → dispneia e taquipneia (transudação de líquidos, crepitações pulmonares) ↓ circulação periférica (insuficiência anterior→ disfunção renal, má perfusão periférica e má absorção da nutrição com os sinais de caquexia cardíaca Estado crônico: ativação permanente dos sistemas neuro-humorais (mecanismos compensatórios) → maior sobrecarga de volume [congestão hepática, ascite, edema (tornozelo, pré-tibial)], vasoconstrição periférica (acrocianose), ↑FC em repouso e durante o exercício e a uma maior deterioração do sistema cardio-renal Anemia, aumento da pressão pulmonar e fadiga muscular (diafragma, músculos periféricos) também pioram os sintomas da dispneia Sobrecarga (pressão, volume) do coração → ↑ coração (↑índice cardiotorácico + deslocamento para a esquerda da pulsação cardíaca palpável Principalmente em situações de QUADRO CLÍNICO ICC pode se apresentar de forma aguda – consequência de IAM ou emergência hipertensiva –, ou em pacientes estáveis com sintomas de ICC estável por meses, que também podem descompensar agudamente (ex: TTO com AINEs; aumento da ingestão de líquidos; FC alta na fibrilação atrial) Disfunção ventricular esquerda (sobrecarga de volume ou pressão): insuficiência cardíaca congestivainsuficiência cardíaca congestiva sobrecarga de volume, o volume de enchimento do ventrículo aumenta periodicamente e uma 3ª ou 4ª bulha típica ocorre como galope protodiastólico (conhecido como “o coração chora por digitálicos” na época do tratamento com digitálicos alguns anos atrás) Sinais e sintomas encontrados: Asa de borboleta: sai do hilo e pega os campos pleuropulmonares Outros: ardiomegalia, redistribuição vascular pulmonar, linhas B de Kerley (representam edema naquele interstício pulmonar) e derrames pleurais Raio X: Identifica: doença valvar subjacente; doença pericárdica; cardiopatia congênica; anormalidades regionais da mobilidade mural (típica de coronariopatia) VE é o + importante indicador prognóstico em pcts com isquemia ou cardiomiopatia dilatada Ecocardiografia com Doppler: avaliação da contração ventricular esquerda e disf diastólica DIAGNÓSTICO É principalmente baseado com anamnese + EF + labs + exame de imagem Quase todos os órgãos sofrem alteração Devemos tentar identificar a causa Principais causas: insuficiência cardíaca congestivainsuficiência cardíaca congestiva 8-12 pontos: diagnóstico definitivo 5-7 pontos: diagnóstico possível ≤ 4 pontos: diagnóstico improvável Critérios de Boston Diagnóstico: 2 critérios maiores ou um maior e 2 menores Critérios de Framinghan Indicam prognóstico na mortalidade e na hospitalização Se normal: valor preditivo negativo alto Para o eletro se manifestar com sobrecarga de VE ele tem que ter mais de 40% de aumento da massa ventricular esquerda – por dilatação ou por hipertrofia Peptídeos natriuréticos: BNP e NTproBNP são biomarcadores mais utilizados na ICC ECG: sobrecargas, bloqueios, arritmias, distúrbios de condução RNM: avalia morfologia do coração, musculatura, perfusão, viabilidade de áreas miocárdicas hipocinéticas, funcionamento das válvulas, tamanho da aorta Radioisótopos: técnicas de SPECT Cateterismo cardíaco: diagnóstico de etiologia isquemica da IC (mesmo em pacientes assintomáticos) Em pct com disfunção sistólica importante e que não se sabe a etiologia, é certo pedir um cateterismo para descartar a presença de doença coronariana Avaliação bioquímica e hematológica: HMG para avaliação de anemia, eletrólitos, função renal, glicemia, HbAC1, perfil lipídico, função hepática e uroanálise, função tireoidiano, troponina, CPK, sorologias e ácido úrico Outros exames: CRITÉRIOS DIAGNÓSTICOS DIFERENCIAIS Distúrbios que simulam a ICC Doença pulmonar: bronquite crônica, enfisema e asma – avaliar produção de escarro; rx de tórax e provas de função pulmonar Outras causas de edema periférico: doenças hepáticas, veias varicosas e edema cíclico (nenhum provoca estase jugular) Edema por disfunção renal: geralmente acompanhado de níveis séricos elevados de creatinina e exame de urina anormal insuficiência cardíaca congestivainsuficiência cardíaca congestiva elástico, inflamação microvascular sistêmica, disfunção sistólica (contração ruim, disforme), alteração do ritmo e da frequência e disfunção de VD Função ventricular: FEVE ≥ 50% Biomarcadores: BNP e NTproBNP elevados Ecocardiograma: alt estrutural e/ou disfunção diastólica Vários fenótipos Alta morbidade Aumento da prevalência com a idade, obesidade, HAS, DM Sobrevida ruim após hospitalização Grandes variabilidades fisiopatológicas: no coração e outros órgãos (pulmões, rins, m. esquelética e tecido adiposo) Consequências: disfunção diastólica, recuo ICFEVEp Definição: anormalidades estruturais cardíacas resultantes de altas pressões de enchimento, anormalidades diastólicas, biomarcadores elevados e elevadas pressões de enchimento cardíaco esquerdo por avaliação hemodiâmica invasiva Essas alterações revelam: hipertrofia, válvula mitral um pouco insuficiente, aumento do átrio,aumento da pressão diastólica do VE CARACTERÍSTICAS: FISIOPATOLOGIA Sinalização pró-inflamatória sistêmica → processo de cascata levando ao desenvolvimento da ICFEP IMPORTANTE! Existem as mesmas alterações adaptativas desencadeadas na ICFEr na ICEFEp, porém em perfil diferente TRATAMENTO É frustante – lembrar que não é uma doença, mas uma síndrome Considerações insuficiência cardíaca congestivainsuficiência cardíaca congestiva Disfunção cardíaca aguda (sem diagnóstico prévio) ou exacerbação aguda de um quadro crônico TRATAMENTO DA ICC AGUDA Levar em consideração o perfil hemodinâmico ICC aguda: sinais de congestão ou baixo débito → identifica-se qual é o perfil – A B C ou L Adm diurético PAS < 90: adicionar ionotrópico adrenérgico – dobutamina (↑ força de contração miocárdica) ou dopamina (efeito + periférico) PAS > 90: usar ß-bloqueador (se não Pct congesto e baixo débito (C – frio e úmido): diurético em doses altas Outros: vasodilatadores que diminuam a RVP para diminuir a pós-carga e, assim, aliviar a pressão sistólica do VE Outras causas: isquemia, processo infeccioso, arritmia aguda Principais infecções: ITU e pneumonia Principal isquemia: IAM Principal arritmia: FA Também: arritmias ventriculares devem ser descartadas Caso não haja melhora: vasodilatador pra diminuir pré-carga Também: medicações que quebram os ciclos hiperativos da deflagração dos fatores adaptativos – nitroglicerina (vasodilatador EV – atua principalmente na pré-carga) e nitroprussiato (vasodilatador que age principalmente na PA) SEMPRE investigar causa da descompensação Principal causa de descompensação aguda: TTO inadequado Paciente congesto e sem baixo débito (B – quente e úmido): diuréticos OBS.: pacientes ICC descompensada com hipotensão tem pior prognóstico insuficiência cardíaca congestivainsuficiência cardíaca congestiva Prescrição de atv física Modifica radicalmente a história natural da sd com ↓ expressivas de morbidade e mortalidade Bloqueiam a atividade neuro-hormonal e a remodelação ventricular com drogas que inibem ou antagonizam a atividade adrenérgica, a angiotensina II e a aldosterona Controlar a retenção excessiva de líquidos: restrição dietética de sódio ICC avançada: < 2g/dia Se hiponatremia dilucional: restringir o aporte de líquido (< 1L/dia) Diuréticos: DIU de alça (ex.: furosemida) são + potentes e continuam efetivos se TFG < 25mL/min MEDICAMENTOSO Benefícios: Medicações que reduzem sintomas mas não a mortalidade: digital e DIU Visão geral: Base: iECA e ß-bloqueadores Quando surgem sintomas: Se já usar ß-bloqueador: usar um inotrópico que não atua nos receptores beta – dobutaminas (principalmente a milrinona – inibidor de fosfodiesterase) Se necessário: adm um pouco de volume usar ainda) 1º: aumentar a volemia com soro – prova de volume Se melhorar a perfusão e não tiver edema: problema era na volemia Se ainda permanecerem os sinais de baixo débito: conclui-se que é disfunção X melhora: inotrópicos – drogas vasoativas que aumentam a força de contração e a FC Pct sem congestão e baixo débito (L – frio e seco): medidas para aumentar o DC TTO HAS TTO DM – empaglifozina Reduz a mortalidade CV e eventos CV mesmo em pacientes não diabéticos Restrição sódica – não acentuada Restrição hídrica em pcts congestos X etilismo e tabagismo TRATAMENTO ICC CRÔNICA Objetivo: alívio sintomático, prevençao da remodelagem cardíaca adversa e o prolongamento da sobrevida NÃO MEDICAMENTOSO: Ao 1º sinal: suspender o fármaco; manter [K+] entre 4-5 mmol/L Bradiarritminas e bloqueio AV podem responder à atropina (0,6 mg IV) X melhora: pode ser necessário marca- passo Recomendados para TTO inicial padrão a ICC Indicação: todos os portadores de disfunção ventricular Benefícios: prolongam a vida dos pcts com ICC sintomática; retardam início da ICC em pcts com disfunção VE assintomática; reduzem a mortalidade quando instituídos logo após IAM; reduzem progressão da disfunção; aumentam tolerância aos esforços EC: hipotensão Se intolerância: podem ser substiuidos por BRA Se hiperpotassemia ou insuficiência renal: considerar hidralazina + nitrato oral Ação: antagonizam os efeitos adversos da estimulação adrenérgic crônica na IC, com efeitos anti-arritmico, anti-isquêmico e de proteção celular Benefícios: melhoram sintomas, prolongam a sobrevida, aumentam a FE, reduzem morte súbita por falência da bomba Iniciar após estabilização do pct com iECA e DIU Começar com dose baixa e aumentar de modo gradual Fármaco: espironolactona Aumentam a excreção de sódio e água e diminuem a fibrose miocárdica e da parede vascular – ações da aldosterona Podem ser acrescentados ao TTO padrão (iECA e ß-bloqueador) e/ou pcts com ICC avançada (classe III e IV) ENTÃO: usado em associação com iECA e ß-bloqueadores em todos os pcts com ICC e mesmo em pcts com disfunção ventricular assintomática o VE Cuidado com hiperpotassemia se usados em associação com iECA e BRA INIBIDORES DA ECA BETA-BLOQUEADORES ANTAGONISTAS DA ALDOSTERONA insuficiência cardíaca congestivainsuficiência cardíaca congestiva Aumentam excreção de água e Na Agem na prevenção, alívio e controle dos fenômenos congestivos sistêmicos e pulmonares Tentar sempre menor dose possível para controle dos sintomas congestivos X impacto na sobrevida Melhoram qualidade de vida – aumento da contratilidade e DC; age no sistema neuro- hormonal; reduz ativação SRAA, controleFC em pct com FA; reduz catecolaminas; reduz tônus simpático NÃO atua na mortalidade Efeitos colaterais: alt. GI (náuseas, vômitos), anorexia, alt visuais e anorexia cardíaca Indicação: disfunção sistólica pronunciada (dilatação do VE, redução da FE e B3) e ICC +FA e frequência ventricular rápida Benefícios: reduz hospitalizações Não é indicada na ICC por doença pericárdico, cardiomiopatia restritiva ou estenose mitral (a não ser que haja DA) CI: cardiomiopatia hipertrofia em pcts com bloqueias de condução AV Dose: 0,125-0,25 mg/dia - depende da idade, peso e função renal Ajustada de acordo com o nível sérico do fármaco (manter < 1g ng/mL) Intoxicação digitaliza: pode ser precipitada por hipopotassemia, hipoxemia, hipomagnesemia, hipotireoidismo ou isquemia do miocárdio Sinais precoces: anorexia, náuseas e letargia Cardiotoxicidade: extrassístoles ventriculares, taquicardia, fibrilação ventricular, bloqueio AV Intoxicação crônica: caquexia, ginecomastia, visão amarelada ou confusão DIURÉTICOS DIGITÁLICOS – digoxina VO ou deslanosideo EV DIGOXINA Hidralazina (10-75 mg 3x/dia) + dinitrato de isossorbida (10-40 mg 3x/dia): pode ser benéfico para pcts intolerantes aos iECA e BRA Causas de intolerância: tosse/ angioedema, piora da hipercalemia ou piora da DRC em pct sintomáticos ou disfunção VE assintomática São vasodilatadores mistos Também é benéfico como parte do TTO padrão com iECA e ßB em pcts afro- americados com ICC das classes II e IV Em pcts hospitalizados e + enfermos: vasodilatadores IV podem ser necessários Nitroprusseto é um potento vasodilatador misto para pcts com resistência vascular sistêmica muito elevada É metabolizado em tiocianato e, a seguir, excretado pelos rins Para evitar toxicidade do tiocianato (convulsões, alt do estado mental e náuseas): acompanhar níveis de tiocianato em pcts com disfunção renal ou naqueles que o fármaco for adm > 2 dias Nesiritida IV: preparação purificada do BNP Vasodilatador que reduz a pressão capilar pulmonar e dispneia em pcts com ICC agudamente descompensada Devem ser adm a pcts hospitalizados para sintomas refratários ou exacerbações da ICC Aumentam o DC CI: cardiomiopatia hipertrófica Dobutamina aumenta DC sem vasoconstrição periférica significativa ou taquicardia Dopamina em baixa dose (1-5 ug/kg/min) facilita a diurese Em doses + altas (5-10): efeitos ionotrópicos positivos > 10: vasoconstrição periférica Milrinona (0,1-0,75 ug/kg/min após uma dose de ataque de 50 ug/kg): agente ionotrópico (+) Fármaco: ivabradina (Procoralan ®) Reduz morte de origem CV e de hospitalizaçãopor descompensação da IC VASODILATADORES ORAIS AGENTES INOTRÓPICOS IV INIBIDOR SELETIVO DO NÓ SINUSAL insuficiência cardíaca congestivainsuficiência cardíaca congestiva Indicação: ritmo sinusal, disfunção sistólica e classe funcional NYHA II a IV, que mantem a FC > 70 bpm apesar do uso de iECA ou BRA e ß-bloqueadores nas doses máximas toleradas Fármacos: Sacubitril Bloqueia a neprilisina → mantém alto os níveis de peptídeos natriuréticos → melhora da função miocárdica Bloqueadores de neprilisina + valsartan (BRA): melhora e redução da mortalidade do que o uso do IECA isolado Entresto ® (sacubitril + valsartan) É um iSGLT2 Diminui a mortalidade e reinternação por ICC FEVE < 35%, ICC refratária (classe NYHA 3- 4) e QRS > 120ms podem ser candidatos para marca-passo biventricular Pcts com doença grave e expectativa de sobrevida < 6mL considerar dispositivo de assistência ventricular ou transplante cardíaco ICC predominantemente diastrólica: restrição de sal e diuréticos ßB e iECA podem ser benéficos para atenuar a ativação neuro-hormonal INIBIDORES DE NEPRILISINA E DOS RECEPTORES DA ANGIOTENSINA EMPAGLIFOZINA PRINCIPAL TRATAMENTO EM GERAL Paciente com IC sistólica usa hoje entresto, empaglifozina, betabloqueador e espironolactona Descompensação: DIU e digital Medicações que mudam a evolução natural e que melhoram a sobrevida na IC: BRA, iECA, betabloqueador, espironolactona, empaglifozina – doses máximas terapêuticas Paciente com IC crônica compensada é o que está com a pressão 90x60 ou 80x50, seco, com perfusão e vermelho CARDIOVERSOR-DESFIBRILADOR Considerar uso profilático de cardioversor- desfibrilador implantável p ICC II e III e FEVE < 30-35% Dieta hipossódica; DIU Cautela com digoxina (aumento dos efeitos tóxicos pela hipoxemia, hipercapnia e acidose) Direcionado à doença pulmonar subjacente Inclui: broncodilatadores; ABT; adm de O2; ventilação mecânica não invasiva Se HA pulmonar: terapia vasodilatadora pode ser benéfica para reduzir a pós-carga do VD Se insuficiência do VD: tratar como se fosse ICC insuficiência cardíaca congestivainsuficiência cardíaca congestiva Inclui: DPOC, DPI, bronquiectasia e FC TEP recorrente; hipertensão arterial pulmonar; vasculite; anemia falciforme Cifoescoliose; dist neuromusculares; obesidade acentuada e AOS COR PULMONALE Definição: aumento do VD devido à doença pulmonar primária; resulta em hipertrofia e, por fim, insuficiência do VD ETIOLOGIAS Doença parenquimatosa ou das vias respiratórias – causa vasoconstrição hipoxêmica Condições que ocluem a vasculatura pulmonar Ventilação mecânica inadequada (hipoventilação crônica) SINTOMAS Dependem do dist subjacente Se HA pulmonar: afinamento progressivo dos ramos da a. pulmonar Gerais: dispneia, tosse, fadiga, produção de escarro (nas doenças parenquimatosas) EXAME FÍSICO Taquipneia; impulso do VD a longo da borda esternal esquerda; B2 hiperfonética e 4 do lado direito; cifose e baqueteamento digital (tardios) Se insuficiência do VD: elevação da pressão venosa jugular; hepatomegalia com ascite e edema dos pés; comum sopro de regurgitação tricúspide ECG Hipertrofia do VD e aumento do AD; comum taquicardias EXAMES RADIOLÓGICOS Rx de tórax: aumento do V e da a. pulmonar TC: enfisema; DPI e TEP aguda Cintilografia V/Q : + confiável para diagnóstico de TEP crônico Provas de função pulmonar e GA caracteriza a doença pulmonar intrínseca ECOCARDIOGRAMA Hipertrofia do VD; função do VE geralmente normal CATETERISMO CARDÍACO DIREITO Pode confirmar a presença de HA pulmonar e excluir IC esquerda TRATAMENTO
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