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CADERNO DE DIREITO DO TRABALHO II - NATALIA OLIVEIRA

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DIREITO DO TRABALHO II – GABRIELA CURI RAMOS GASPAR – FBD – 2022.2 
 
NATÁLIA OLIVEIRA RODRIGUES 1 
 
CADERNO DE DIREITO DO TRABALHO II 
POR: NATÁLIA OLIVEIRA RODRIGUES 
. 1ª Avaliação (discursiva/tradicional) – 26/09/2022 
. 2ªAvaliação (trabalho em grupo) - 
SISTEMA RETRIBUTIVO TRABALHISTA 
 
1) Introdução: 
. Temática demasiadamente importante, principalmente para discriminação de valores: 
. OBS: parcelas de natureza salarial, incidem contribuição previdenciária 
(INSS). 
. OBS: parcelas de natureza indenizatória, não incidem contribuição 
previdenciária. – Assim, fazendo acordo anteriormente à sentença, é mais interessante 
para o advogado do reclamante colocar as verbas discriminadas total ou no máximo que 
conseguir, em forma de parcela indenizatória, para não se ter contribuição previdenciária 
incidindo. 
. OBS: acordo pós sentença (em face de execução, por exemplo), deve se 
observar proporcionalidade dos termos. 
. OBS: Julgamento do STF que derrubou súmula do TST (que era um entendimento 
consolidado há muito tempo), que tratava do pagamento de férias. – Em suma, férias 
devem ser pagas pelo menos 02 dias antes de um empregado sair de férias. O 
entendimento da súmula dizia, por exemplo, que caso o empregador não cumprisse esse 
prazo de 02 dias, ele teria que pagar em dobro esse valor (isso de pagamento em dobro 
está na CLT apenas em relação a não concessão de férias, que é de 12 meses a partir da 
aquisição do Direito). - https://www.gazetadopovo.com.br/economia/breves/stf-
derruba-punicao-por-atraso-no-pagamento-de-ferias-criada-pelo-
tst/#:~:text=STF%20derruba%20puni%C3%A7%C3%A3o%20por%20atraso%20no%
20pagamento%20de%20f%C3%A9rias%20criada%20pelo%20TST,-
14%2F08%2F2022&text=O%20Supremo%20Tribunal%20Federal%20(STF,atraso%20
na%20remunera%C3%A7%C3%A3o%20de%20f%C3%A9rias. 
 . O ministro do STF Alexandre de Moraes disse que o tribunal trabalhista violou os 
princípios de legalidade e separação de Poderes, por aplicar uma punição prevista para 
uma situação que não pode ser considerada análoga. O entendimento do TST era o de que, 
ao não pagar as férias dentro do prazo legal, o empregador acaba impedindo o gozo pleno 
do descanso, o que seria o mesmo que não conceder as férias. Para Moraes, o TST não 
poderia impor ao empregador uma punição diferente da que já é estipulada pela 
legislação trabalhista nos casos de atraso do pagamento das férias, de multa à empresa. 
https://www.gazetadopovo.com.br/economia/breves/stf-derruba-punicao-por-atraso-no-pagamento-de-ferias-criada-pelo-tst/#:~:text=STF%20derruba%20puni%C3%A7%C3%A3o%20por%20atraso%20no%20pagamento%20de%20f%C3%A9rias%20criada%20pelo%20TST,-14%2F08%2F2022&text=O%20Supremo%20Tribunal%20Federal%20(STF,atraso%20na%20remunera%C3%A7%C3%A3o%20de%20f%C3%A9rias
https://www.gazetadopovo.com.br/economia/breves/stf-derruba-punicao-por-atraso-no-pagamento-de-ferias-criada-pelo-tst/#:~:text=STF%20derruba%20puni%C3%A7%C3%A3o%20por%20atraso%20no%20pagamento%20de%20f%C3%A9rias%20criada%20pelo%20TST,-14%2F08%2F2022&text=O%20Supremo%20Tribunal%20Federal%20(STF,atraso%20na%20remunera%C3%A7%C3%A3o%20de%20f%C3%A9rias
https://www.gazetadopovo.com.br/economia/breves/stf-derruba-punicao-por-atraso-no-pagamento-de-ferias-criada-pelo-tst/#:~:text=STF%20derruba%20puni%C3%A7%C3%A3o%20por%20atraso%20no%20pagamento%20de%20f%C3%A9rias%20criada%20pelo%20TST,-14%2F08%2F2022&text=O%20Supremo%20Tribunal%20Federal%20(STF,atraso%20na%20remunera%C3%A7%C3%A3o%20de%20f%C3%A9rias
https://www.gazetadopovo.com.br/economia/breves/stf-derruba-punicao-por-atraso-no-pagamento-de-ferias-criada-pelo-tst/#:~:text=STF%20derruba%20puni%C3%A7%C3%A3o%20por%20atraso%20no%20pagamento%20de%20f%C3%A9rias%20criada%20pelo%20TST,-14%2F08%2F2022&text=O%20Supremo%20Tribunal%20Federal%20(STF,atraso%20na%20remunera%C3%A7%C3%A3o%20de%20f%C3%A9rias
https://www.gazetadopovo.com.br/economia/breves/stf-derruba-punicao-por-atraso-no-pagamento-de-ferias-criada-pelo-tst/#:~:text=STF%20derruba%20puni%C3%A7%C3%A3o%20por%20atraso%20no%20pagamento%20de%20f%C3%A9rias%20criada%20pelo%20TST,-14%2F08%2F2022&text=O%20Supremo%20Tribunal%20Federal%20(STF,atraso%20na%20remunera%C3%A7%C3%A3o%20de%20f%C3%A9rias
https://www.gazetadopovo.com.br/economia/breves/stf-derruba-punicao-por-atraso-no-pagamento-de-ferias-criada-pelo-tst/#:~:text=STF%20derruba%20puni%C3%A7%C3%A3o%20por%20atraso%20no%20pagamento%20de%20f%C3%A9rias%20criada%20pelo%20TST,-14%2F08%2F2022&text=O%20Supremo%20Tribunal%20Federal%20(STF,atraso%20na%20remunera%C3%A7%C3%A3o%20de%20f%C3%A9rias
 DIREITO DO TRABALHO II – GABRIELA CURI RAMOS GASPAR – FBD – 2022.2 
 
NATÁLIA OLIVEIRA RODRIGUES 2 
 
 . Decisão extremamente retrógrado para o Direito do Trabalho. 
. OBS: existia um processo no STF para questionar a pejotização dos médicos (aqueles que 
na prática possuem todos requisitos da relação de emprego, mas recebem como PJ). O STF 
dizia que no caso de médicos eles podem ser PJ, desde que não se tenha principalmente a 
subordinação jurídica (isto é, eles teriam que fazer os próprios horários). Em verdade, 
este é mais um episódio de enfraquecimento dos direitos trabalhistas pelo STF (na medida 
em que reforça a pejotização), um entendimento totalmente restritivo em relação a 
competência material do Direito do Trabalho. 
. OBS: horas in itinere, isto é, trata-se daquela hora que o trabalhador gasta para ir ao 
trabalho quando este é situado em local de difícil acesso e sem possibilidade de 
deslocamento por transporte púbico (assim, a própria empresa é quem fornece/faz o 
processo). – Essas horas de transporte eram computadas como extra, se ultrapassassem 
as oito horas de trabalho normal. – ISSO FOI EXTINTO PELA REFORMA TRABALHISTA. 
A) Pagamento: 
. Pagamento é ato de fidúcia do empregado. 
. Na relação de emprego você presta o serviço e recebe, normalmente, depois dos 
30 dias de labor em até 05 dias uteis. 
. Fala-se em expectativa porque o empregado, crendo em promessa retributiva 
futura, antecipa seu trabalho na esperança de conquistar, ao final de um período de 
espera, os meios que lhe garantam a subsistência própria e familiar. 
. Origem de salário advém de “sal”, que era a moeda de troca no passado do Império 
Romano. 
 . O salário também é utilizado de maneira imprópria quando falamos, por exemplo, 
em “salário maternidade”, quando, em verdade, ele é um benefício previdenciário. – 
Utilizado erroneamente também em denominações como salário-família, salário de 
contribuição, salário de benefício, salário-educação etc. 
. Salário de contribuição = o que da remuneração trabalhista irá incidir a alíquota 
previdenciária. – NÃO NECESSARIAMENTE É SALÁRIO, MAS SIM UMA BASE DE CÁLCULO. 
B) Remuneração e salários – Distinções: 
. Salário: é o conjunto de parcelas contraprestativas pagas pelo empregador ao empregado 
em função do contrato de trabalho. 
Art. 457 - Compreendem-se na remuneração do empregado, para todos os efeitos legais, além do salário 
devido e pago diretamente pelo empregador, como contraprestação do serviço, as gorjetas que receber. 
 . Art. 76 CLT e Leis salário mínimo pós CRFB/88. 
. Gorjeta é salário? Não. Integra a remuneração da pessoa, mas não é salário. 
 . Irão compor o 13° salário no final do ano. - De acordo com a média anual do que 
você recebe como gorjeta, precisa estar anotado, pois integra a remuneração. 
 DIREITO DO TRABALHO II – GABRIELA CURI RAMOS GASPAR – FBD – 2022.2 
 
NATÁLIA OLIVEIRA RODRIGUES 3 
 
. OBS: GUELTAS - é uma forma indireta de remuneração, ainda que paga por terceiros não 
vinculados ao contrato de trabalho e resultam da atividade laboral desenvolvida junto à 
empregadora e, desta forma, teria natureza remuneratória, equiparando-se as gorjetas 
pagas em restaurantes, que também são pagas por terceiros. – CLT NÃO FALA DAS 
GUELTAS, MAS É UMA PARCELA EXISTENTE. 
. Remuneração – acepções: 
 . 1ª Remuneração = Salário. 
. 2ª Remuneração – Gênero / Salário – Espécie. 
. 3ª art. 457, CLT: Remuneração= Salário + Gorjetas 
. GORJETAS - Súmula 354 TST – integra a remuneração, mas não integra base de 
cálculo para demais parcelas (Aviso-prévio, ad. Noturno, HE, RSR). 
. Art. 29, § 1º, CLT –anotação na carteira (estimativa). Integram salário-
contribuição – fins previdenciários. 
§ 1º As anotações concernentes à remuneração devem especificar o salário, qualquer que seja sua forma de 
pagamento, seja êle em dinheiro ou em utilidades, bem como a estimativa da gorjeta. 
. Lei n. 8.036/90 – FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço): gorjeta integra 
a base de cálculo. 
. Lei 4.090/62 e 4.749/65 – gorjeta compõe a remuneração para efeitos de cálculo 
do 13º salário. 
. Vertente do art. 76 e 457, CLT: regra geral – somente terá natureza 
salarial/remuneratória, parcelas retributivas habituais devidas e pagas diretamente pelo 
empregador ao empregado. - Exceção: aceita-se que a média das gorjetas habitualmente 
recebidas integre-se ao salário contratual obreiro para todos os fins (exceto salário-
mínimo). 
. Súmula 354 do TST: 
Súmula nº 354 do TST 
GORJETAS. NATUREZA JURÍDICA. REPERCUSSÕES (mantida) - Res. 121/2003, DJ 19, 20 e 21.11.2003 
As gorjetas, cobradas pelo empregador na nota de serviço ou oferecidas espontaneamente pelos clientes, 
integram a remuneração do empregado, não servindo de base de cálculo para as parcelas de aviso-prévio, 
adicional noturno, horas extras e repouso semanal remunerado. 
 
. Empregador não pode contar com as gorjetas para falar que o empregado recebe salário 
mínimo. 
Art. 76, CLT - Salário mínimo é a contraprestação mínima devida e paga diretamente pelo empregador a 
todo trabalhador, inclusive ao trabalhador rural, sem distinção de sexo, por dia normal de serviço, e capaz de 
satisfazer, em determinada época e região do País, as suas necessidades normais de alimentação, habitação, 
vestuário, higiene e transporte. 
 DIREITO DO TRABALHO II – GABRIELA CURI RAMOS GASPAR – FBD – 2022.2 
 
NATÁLIA OLIVEIRA RODRIGUES 4 
 
. Quem recebe somente por remuneração em comissão, no mês que não atingir o salário-
mínimo, o empregador deverá completar até chegar ao supracitado valor (R$1212,00). 
C) Parcelas oriundas do Trabalho: 
. Parcelas de natureza trabalhista e remuneratórias. 
 . Inclui as parcelas retributivas do dispêndio de energia laboral (do trabalho 
prestado), pagas diretamente pelo empregador (salário-base e complementos salariais) 
ou por terceiros (gorjetas e gueltas). 
. Parcelas de natureza trabalhista e não remuneratórias. 
 . Verbas que não têm a finalidade de retribuir o trabalho, mas apenas o propósito 
de indenizar prejuízos perpetrados pelo empregador e de ressarcir gastos com a execução 
de serviços. 
 . Exemplo: de natureza indenizatória ou parcelas de recompor o salário (o exemplo 
de reembolso das diárias de viagens de trabalho). 
 . A lei pode entender por intitular uma verba como não remuneratória. 
. Parcelas de natureza não trabalhista conexas ao contrato de emprego. 
 . Parcelas não inseridas na legislação do trabalho. – Apesar de não trabalhistas, tais 
verbas têm origem no contrato de emprego. 
 . Exemplo: direito de imagem (direito personalíssimo/indisponível, em que só é 
possível dispor do uso, e não do direito em si, devendo ser feito um contrato civil de cessão 
do uso de imagem, o qual estará conexo com o contrato de trabalho, apesar de com ele 
não se confundir). 
 . Exemplo: stock option. - Conhecido como plano de Opção de Compra de Ações, 
traduzindo para o português, é uma forma da empresa ou startup fornecer aos seus 
colaboradores a opção de adquirir as ações do negócio a um valor pré-determinado 
passado um certo período de tempo. 
D) Parcelas de natureza remuneratória: 
. Salário-base – Vai sempre existir, pois é aquele valor que é pago por aquele conjunto de 
atribuições para as quais o empregado é contratado. 
. Complementos salariais – Podem ou não aparecer na remuneração, pois dependem de 
um fato gerador para surgirem como forma de pagamento. Isto é, por exemplo, se eu 
realizar horas extras, farei jus a tais, o que implica no referido complemento salarial (mas, 
quando não tenho horas extras, neste caso, não faço jus a esse complemento salarial). 
 . Temos os complementos salarias impróprios, isto é, que não dependem de um 
fato gerador para existir, a exemplo do 13° salário (que é, pois, instituído por lei). 
. Suplementos salariais. – Gorjetas e gueltas. 
. Remuneração = salário base + complementos salariais + suplementos salariais. 
 DIREITO DO TRABALHO II – GABRIELA CURI RAMOS GASPAR – FBD – 2022.2 
 
NATÁLIA OLIVEIRA RODRIGUES 5 
 
2) Salário-base: 
A) Definição: 
É a unidade básica de retribuição pelo trabalho acertado. Valor estipulado como retribuição pelos serviços 
que compõem o plexo mínimo de suas atividades. 
. Leva-se em consideração as relações entre oferta e demanda de serviços, a capacidade 
de pagamento do contratante e as qualidades pessoais do contratado. 
. Atividades que compõem cada cargo. 
B) Modalidades de aferição: 
. Unidade de tempo: 
 . Aquele valor que será pago para estar disponível na empresa ou remotamente 
durante 08 horas diárias e 44 semanais (limites máximos previstos na CF, mas pode ser 
de outra forma, como por exemplo, contrato de 12hx36h etc.). 
 . Aqui o trabalhador ganha (por hora, dia, semana, quinzena ou mês) 
simplesmente pelo fato de estar à disposição do empregador e, consequentemente, sob 
seu comando. 
 . Carga horária semanal que não supere os limites máximos. 
 . Admite-se por exceção o CONTRATO DE TRABALHO INTERMITENTE, por 
força da Reforma trabalhista. - É uma maneira de formalização da prestação de serviço 
não contínua, no qual se alternam períodos de atividade e inatividade. 
. Unidade de produção: valor atribuído ao que ele produziu. – Retribuição é fixada na 
quantidade de energia efetivamente prestada, medida pela produção obtida. 
. Comissionista Puro x Comissionista Impuro (ou misto): 
. Comissionista Puro (só ganha o que produzir). – As comissões normalmente são 
calculadas na base de percentuais ou participações que variam conforme o serviço ou 
produto fabricado ou vendido. 
 . Hora Extra – Súmula 340 do TST : tem direito apenas ao adicional (o 
pagamento de horas extras tradicional é feito pagando hora extra + adicional de 50%, mas 
se você for comissionista puro você só faz jus ao adicional de 50%). 
 . Para atividades muito extenuantes, a exemplo do cortador de cana, fará jus 
ao pagamento de horas extras total, mesmo que não tenha controle de jornada com cartão 
de ponto. - OJ 235 SDI-I – exceção: atividades extenuantes – cortador de cana. 
 . S. 27, TST – RSR - É devida a remuneração do repouso semanal e dos dias 
feriados ao empregado comissionista, ainda que pracista. – ESSES VALORES SÃO PAGOS 
SEPARADAMENTE. 
 . Valor-Hora: Montante total do resultado da produção / número de horas 
efetivamente trabalhadas. 
 DIREITO DO TRABALHO II – GABRIELA CURI RAMOS GASPAR – FBD – 2022.2 
 
NATÁLIA OLIVEIRA RODRIGUES 6 
 
. Comissionista Impuro: Salário-base é estipulado por unidade de tempo + comissões 
(complemento salarial). 
 . Vai ter que cumprir as 08 horas diárias, então receberá horas extras normal. 
 . Aqui ele trabalha pelo tempo, e pode ganhar pela produção. 
 . Exemplo: gerente de banco que além de seu salário-base, estipulado por unidade 
de tempo mensal, recebe, como complemento salarial, comissões decorrentes da venda 
de produtos financeiros do empregador (título de capitalização, seguros ou promoção de 
investimentos). 
. Garantia do padrão salarial mínimo: art. 7, VII, CF/88 / art. 78 CLT. Lei n. 8.716/93. 
. Quem recebe por unidade de produção precisa ter garantida uma retribuição mínima 
em nome de seu mínimo existencial, a despeito dos resultados da atividade 
desenvolvida. 
Art. 78 - Quando o salário for ajustado por empreitada, ou convencionado por tarefa ou peça, será garantidaao trabalhador uma remuneração diária nunca inferior à do salário mínimo por dia normal da região, zona 
ou subzona. 
Parágrafo único. Quando o salário-mínimo mensal do empregado a comissão ou que tenha direito a 
percentagem for integrado por parte fixa e parte variável, ser-lhe-á sempre garantido o salário-mínimo, 
vedado qualquer desconto em mês subsequente a título de compensação. (Incluído pelo Decreto-lei nº 
229, de 28.2.1967) 
 
. Cláusula stare del credere: não recebimento da comissão pelo vendedor quando o 
comprador não vier a promover a liquidação da dívida. 
 . O comissário responderá solidariamente com as pessoas com que houver tratado 
em nome do comitente. 
 . Art. 698, CC/02 – Essa cláusula está prevista neste artigo, sendo também parte 
integrante do sistema jurídico dos empregados vendedores (viajantes ou pracistas). 
 . Vendedores Viajantes e pracistas (lei 3.207/57 – art. 5 e 7) - somente é possível 
mediante negociação coletiva. 
 . É vedada pela lei 4.886/65 art. 43 aos representantes comerciais autônomos. 
. Unidade de tarefa: 
 . Tempo + produção. 
 . Exemplo: você tem que produzir um número x de sapatos num tempo y. 
 . SUM-149, TST. TAREFEIRO. FÉRIAS (mantida) - Res. 121/2003, DJ 19, 20 e 
21.11.2003 - A remuneração das férias do tarefeiro deve ser calculada com base na média 
da produção do período aquisitivo, aplicando-se-lhe a tarifa da data da concessão. 
 DIREITO DO TRABALHO II – GABRIELA CURI RAMOS GASPAR – FBD – 2022.2 
 
NATÁLIA OLIVEIRA RODRIGUES 7 
 
 . Art. 78 da CLT: Quando o salário for ajustado por empreitada, ou convencionado 
por tarefa ou peça, será garantida ao trabalhador uma remuneração diária nunca 
inferior à do salário mínimo por dia normal da região, zona ou subzona. 
C) Pisos salariais: 
. Existência digna (art. 7°, IV e 170 CF/88): 
. Salário mínimo legal geral (CF): u SV 4 e 6 do STF, OJ 71 SDI-2. 
 . O salário-base para um trabalho em regime de tempo integral (oito horas diárias 
e 44 horas semanais, em regra, salvo ajuste mais favorável) não pode ser inferior a um 
padrão mínimo fixado por lei para todo o território nacional. 
 . OBS: as retribuições pelo exercício de atividades em sentido estrito (estágio, 
serviço voluntário, serviço militar) não estão vinculadas à outorga do salário-mínimo, 
simplesmente porque nessas hipóteses não se visa o sustento próprio do exercente 
familiar, mas sim outros propósitos. 
 . Base de Cálculo do Adicional de Insalubridade – continua sendo o salário mínimo 
(Medida Cautelar em Reclamação n. 6.266-0 DF – suspensão da aplicação da súmula 228 
TST. 
 . Dimensão ética do salário-mínimo = satisfação das necessidades vitais básicas do 
trabalhador e de sua família. 
 . Salário Mínimo refere-se ao total da remuneração (soma de todas as 
parcelas de natureza salarial recebidas pelo empregado diretamente do 
empregado) e não ao salário-base: OJ 272 SDI-I. 
 . Dimensão proporcional do salário mínimo: deve-se aferir o mínimo na dimensão 
proporcional ao número de horas ou dias trabalhados. 
. Salário mínimo legal (federal) específico ou salário profissional: profissionais que gozam 
de estatuto próprio. OJ 358 SDI-I / OJ 393 SDI-I/ súm. 143 TST. 
 . Trabalhador inserido em determinadas profissões beneficia-se de norma legal 
criadora de um salário-mínimo específico, maior do que o salário mínimo geral, intitulado 
SALÁRIO PROFISSIONAL. 
 . É a retribuição mínima para profissionais que gozam de estatuto próprio. 
 . Exemplo: técnicos em radiologia que fazem jus ao recebimento do salário 
profissional no importe básico de dois salários mínimos gerais. 
. Salário mínimo legal (estadual) específico ou piso salarial proporcional à extensão e à 
complexidade do trabalho: (art. 7º, V, CF). 
Art. 7º São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à melhoria de sua condição 
social: 
V - piso salarial proporcional à extensão e à complexidade do trabalho; 
 
 DIREITO DO TRABALHO II – GABRIELA CURI RAMOS GASPAR – FBD – 2022.2 
 
NATÁLIA OLIVEIRA RODRIGUES 8 
 
 . Não confundir com o nacionalmente unificado (LC 103/2000). 
 . Não abarcados por L. Federal, CCT ou ACT. 
. Não pode servir de indexação para outros contratos. – Exemplo: você não pode utilizar 
contratos fixando pagamento no valor de 02 salários mínimos (pois, ele aumenta). – 
SÚMULA VINCULANTE 4 DO STF. 
 . Adicional de insalubridade foi criado com a base de cálculo do salário mínimo. – 
A depender do grau de insalubridade (mínimo, médio ou máximo) pode chegar até 40% 
do salário-mínimo. Depois de inúmeras discussões se o salário-mínimo deveria ou não ser 
usado como base de cálculo (inclusive a súmula 228, TST, a qual foi revogada), manteve-
se o entendimento inicial, ou seja, o salário-mínimo é hoje a base de cálculo do 
adicional de insalubridade. 
 . Periculosidade é sobre o salário base (e não sobre o salário mínimo). 
. OBS: OJ é uma Orientação Jurisprudencial. /// SDI é uma seção individualizada 
especializada dentro do TST. 
. Salário Mínimo Contratual Coletivo ou Piso Salarial: 
 . Por norma coletiva elaborada por sindicato. – Tem força normativa, pois é uma 
fonte autônoma (regulamento advindo das próprias partes) do Direito do Trabalho. 
 . OBS - pode ser previsto também em sentença normativa: quando os sindicatos 
não chegam a um denominador comum (dissídio coletivo/normativo), a situação é levada 
à Justiça do Trabalho para decidir o conflito, de forma que será fixado, em lugar dos 
litigantes, um padrão salarial mínimo intitulado SALÁRIO MÍNIMO 
NORMATIVO/SALÁRIO NORMATIVO. (art. 114, §2º, CF/ art. 766 CLT). 
 . Exemplo – conselho de CLASSE: engenheiros tem um piso de x mil reais (mínimo 
da categoria daquele profissional especializado). - Limite mínimo de remuneração em 
vista da complexidade das obrigações. 
. Salário mínimo contratual individual (contrato): 
 . É fixado com base na autonomia privada de cada empregador. 
 . Há empresas que estabelecem salários-mínimos mais vantajosos do que aqueles 
ditados por lei ou por contrato coletivo. 
 . Plano de cargos e salários ou quadros de carreira. – Quando a empresa possui esse 
plano, ela vai dizer o que cada cargo executa de obrigações. – Delimitar quais são as 
obrigações, impedindo-se que eventualmente se tenham pessoas que exerçam o mesmo 
feixe de atribuições, com nomes de cargos distintos e remunerações distintas = pode gerar 
prejuízo para o empregador. 
 . Crítica que se faz hoje as empresas que não inserem no rol de atribuições fazer 
vídeos no Tiktok e Instagram. 
 DIREITO DO TRABALHO II – GABRIELA CURI RAMOS GASPAR – FBD – 2022.2 
 
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. OBS: ninguém pode receber menos do que o salário-mínimo (valor atualizado todo os 
anos para todos estados brasileiros). 
. E se eu não trabalho 08 horas diárias e 44 semanais? Se trabalho menos que isso tenho 
que receber o salário-mínimo ou proporcional? Recebo proporcional com base no salário-
mínimo. – EXCETO SERVIÇO PÚBLICO (mesmo trabalhando menos de 08 horas 
diárias/44 semanais, isto é, independentemente da quantidade de horas recebem o 
salário-mínimo). 
D) Teto salarial: 
. Serviço público: 
 . Tem limite de remuneração. 
 . OBS – discussão jurisprudencial a respeito de como ficaria a situação de empresa 
pública ou de economia mista. – O que ficou consignado na jurisprudência é que quando 
essas empresas recebem subsídios de algum ente federal para pagamento de despesas 
com o pessoal, vai se limitar o teto salarial. Se o recurso for destinado a outras coisas (que 
não o pagamento de pessoal), não limita o teto salarial. 
. OBS: Sociedade de economia mista e empresa pública e subsidiárias, quando 
recebem recursos da U, E, M, DF, para pagamento de despesas de pessoal (art. 37, §9º, 
CF/88/ OJ 339 SDI-I/TST – não contempla a exceção – E-EDRR-5249/2005/004-22-00.0). 
 
. Âmbito privado: 
 . Não tem limite de remuneração. 
E) Formasde pagamento (art. 458, CLT): 
“Além do pagamento em dinheiro, compreende-se no salário, para todos os efeitos legais, a alimentação, 
habitação, vestuário ou outras prestações "in natura" que a empresa, por força do contrato ou do costume, 
fornecer habitualmente ao empregado. Em caso algum será permitido o pagamento com bebidas 
alcoólicas ou drogas nocivas. (sic)” 
 
. Proporção (art. 82, CLT): 
. Dinheiro: mínimo de 30%. – Pagar pelo menos 30% do salário com 
espécie/dinheiro. – BUSCA CONSAGRAR O PEDIDO DA DIGNIDADE DA PESSOA HUMANA, 
trazendo autonomia e arbítrio do próprio destino do empregador, ainda que em pega 
dimensão. 
. Prestação in natura: 70%. – Exemplo: vestuário, moradia, alimentação etc. 
Oj 18 SDC18. DESCONTOS AUTORIZADOS NO SALÁRIO PELO TRABALHADOR. LIMITAÇÃO MÁXIMA 
DE 70% DO SALÁRIO BASE. (inserida em 25.05.1998) Os descontos efetuados com base em cláusula de 
acordo firmado entre as partes não podem ser superiores a 70% do salário base percebido pelo 
empregado, pois deve-se assegurar um mínimo de salário em espécie ao trabalhador. 
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. OBS – TRUCK SYSTEM: O termo é usado para definir o sistema em que o empregador 
promove o endividamento dos empregados por meio de compra de mercadorias 
comercializadas na empresa, muitas vezes a preços abusivos. – UMA DAS HIPÓTESES DE 
TRABALHO EM CONDIÇÃO ANÁLOGA A DE ESCRAVO (PESSOA AQUI TRABALHA PARA 
COMER/SOBREVIVER). 
. Salário in espécie ou salário em efetivo: dinheiro, moeda corrente. Forma preferencial e 
naturalmente exigível. 
. Salário in natura ou salário em utilidades: utilidades como alimentação, habitação, 
vestuário, etc. Não é a forma preferencial, mas pode ocorrer. 
 . Necessita de ajuste contratual escrito, sob pena de caracterizar o NÃO pagamento. 
. Definição de utilidades salariais – “bens suscetíveis de apreciação econômica que 
poderiam ser adquiridos pelos empregados mediante os salários recebidos, mas que, por 
um ajuste com os empregadores são-lhes oferecidos como substituintes do dinheiro. 
 . Destinação: para o trabalho ≠ pelo trabalho. 
 . 
. Percentual máximo do salário em utilidades (art. 82, CLT): 
 . 30% em dinheiro. 
 . 70% em utilidades. 
. Art. 458 CLT – valores justos e razoáveis. 
Art. 458 - Além do pagamento em dinheiro, compreende-se no salário, para todos os efeitos legais, a 
alimentação, habitação, vestuário ou outras prestações "in natura" que a empresa, por fôrça do contrato ou 
do costume, fornecer habitualmente ao empregado. Em caso algum será permitido o pagamento com bebidas 
alcoólicas ou drogas nocivas. (Redação dada pelo Decreto-lei nº 229, de 28.2.1967) 
§ 1º Os valôres atribuídos às prestações "in natura" deverão ser justos e razoáveis, não podendo exceder, em 
cada caso, os dos percentuais das parcelas componentes do salário-mínimo (arts. 81 e 82). Incluído pelo 
Decreto-lei nº 229, de 28.2.1967) 
 
. §3º do art. 458, CLT: 
§ 3º - A habitação e a alimentação fornecidas como salário-utilidade deverão atender aos fins a que se 
destinam e não poderão exceder, respectivamente, a 25% (vinte e cinco por cento) e 20% (vinte por cento) do 
salário-contratual. 
 . Habitação: 25%. 
 . Alimentação: 20%. 
 . OBS: empregados urbanos sobre o salário contratual. Empregados rurais 
percentuais invertidos (art, 9º, “a” e “b”. Da lei 5.889/73) sobre o salário mínimo. 
 . Empregado rural pode ter descontado 20% habitação e alimentação 25%. – É o 
contrário da regra. 
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NATÁLIA OLIVEIRA RODRIGUES 11 
 
 . Habitação coletiva: o valor do salário-utilidade a ela correspondente será obtido 
mediante a divisão do justo valor da habitação pelo número de coocupantes. - VEDADA A 
UTILIZAÇÃO DA MESMA UNIDADE RESIDENCIAL POR MAIS DE UMA FAMÍLIA EM 
QUALQUER HIPÓTESE. 
. Habitação = salário utilidade -> gozar de liberdade e privacidade. ≠ alojamento funcional. 
 . Somente poderá ser considerada salário in natura se efetivamente o EMPREGADO 
DISPÕE DE UM ESPAÇO A ELE RESERVADO, COM TODA A PRIVACIDADE DE UMA 
RESIDÊNCIA, PARA MORAR E RECEBER QUEM DESEJE. 
 . Exemplo: se a empregada doméstica tem quarto na residência empregadora, mas 
não pode fazer “festa” em seu quarto, não pode levar seu namorado para dormir com ela, 
ou não pode restringir a entrada do empregador no quarto, tem-se que, em verdade, trata-
se de ALOJAMENTO FUNCIONAL e não HABITAÇÃO. Logo, não poderia ser considerada 
salário in natura, de forma que se o valor fosse deduzido seria, pois, ILEGAL. 
. Bens insuscetíveis de servir como utilidades salariais: 
 . Caput, Art. 458, CLT – bebidas alcoólicas e drogas nocivas. 
 . Súmula 367 TST – II – cigarro. 
. Utilidades não salariais (§2° do art. 458, CLT): 
. Para o trabalho x pelo trabalho. 
. OBS: não têm natureza salarial os bens fornecidos pelo empregador ao empregado 
quando indispensáveis para a realização do trabalho, ainda que sejam destinados em 
algumas situações à vida particular do empregado. Exemplo disso podem ser os celulares 
e veículos oferecidos pelo empregador PARA o trabalho, e usados também com finalidade 
particular. 
. Não serão consideradas como salário as vantagens abaixo, tendo em vista que não têm 
como destinatário o empregado, mas sim o serviço (diz-se PARA o serviço, e não PELO 
serviço). – ART. 458, §2° da CLT. 
 
 
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Lei 13.467/2017 – §5º no art. 458 da CLT: o valor relativo à assistência prestada por serviço médico, ou 
odontológico, próprio ou não, inclusive o reembolso de despesas com medicamentos, óculos, aparelhos 
ortopédicos, próteses, órteses, despesas médico-hospitalares e outras similares, não integram o salário do 
empregado para qualquer efeito nem o salário de contribuição, para efeitos do previsto na alínea “q” do §9º 
do art. 28 da lei 8.212/91. 
. Vale-cultura: 
 . Vale de caráter pessoal e intransferível, válido em todo território nacional, 
fornecido pelos empregadores pessoas jurídicas optantes pelo Programa da Cultura do 
Trabalhador aos seus empregados com remuneração de até 05 salários-mínimos mensais. 
 . R$ 50,00 reais mensais, insuscetível de reversão em pecúnia. 
 . Não tem natureza salarial e nem se incorpora à remuneração para nenhum efeito. 
Não constitui base de incidência de contribuição previdenciária ou do FGTS. Também não 
é rendimento tributável do trabalhador. 
 . OBS: empregados com renda superior a 5 salários-mínimos podem receber, desde 
que se garanta o atendimento à totalidade dos empregados com remuneração de até 05 
salários-mínimos. 
 . Empresa Operadora (pessoa jurídica cadastrada no programa e autorizada a 
produzir e comercializar o vale). Usuário (o trabalhador com vínculo empregatício com a 
empresa beneficiária). Empresa beneficiária (pessoa jurídica optante pelo programa, e 
autorizada a distribuir o vale entre seus trabalhadores com vínculo empregatício, fazendo 
jus a incentivos fiscais). Empresa recebedora (pessoa jurídica habilitada pela empresa 
operadora para receber o vale cultura como forma de pagamento de serviço ou produto 
cultural). 
 . OBS: o empregado com remuneração mensal de até 5 salários-mínimos poderá ter 
descontado o percentual máximo de 10% do valor do benefício; e os que recebem mais de 
5 salários poderão ter descontado entre 20% a 90% do valor do benefício. 
. Alimentação: 
 . Será considerada utilidade NÃO SALARIAL a alimentação na medida em que for 
outorgada como auxílio, em qualquer forma, ainda que com habitualidade, desde que não 
seja o pagamento em dinheiro. – LÓGICA VIGENTE A PARTIR DA REFORMA 
TRABALHISTA DE 2017. 
 . A partir da l. 13.467/2017, §2ª do art. 457 da CLT. 
 . Pode ou não estar segundo o PAT (Programa de Alimentação do Trabalhador – L. 
6.321/76), desde quenão atribuído em dinheiro. 
 . INAPLICABILIDADE da Súm. 241 TST que dizia que integraria a 
remuneração do trabalhador. 
 . Antes da Reforma: Vale-Refeição pago por fora do PAT = Integrava o salário para 
os efeitos legais. – Exemplo: “quando um empregador ganhava salário-base de R$2.000,00 
e, além disso, era destinatário de vales-alimentação contratuais correspondente a 
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R$1.000,00, o salário total desse trabalhador, somada a parte em espécie com a parte em 
utilidades de natureza salarial, eram consideradas para o cálculo das horas 
extraordinária, do FGTS, do 13° salário e das férias + 1/3. 
 . Pós-Reforma: qualquer auxílio alimentação, desde que não concedido em 
dinheiro, não mais será integrável à remuneração. 
. Fringe Benefits/Employee Benetifs: conjunto de vantagens e compensações, normalmente 
extrassalariais, que são oferecidas aos empregados como uma forma de estimulá-los a 
melhor realizar seus serviços. 
 . Assume a feição de utilidades não salariais, mas isso não isenta de tributos aqueles 
que oferecem ou o que recebem. 
E) Parcelas que completam o salário-base – COMPLEMENTOS SALARIAIS: 
. Além do salário-base, há também os complementos salariais, sendo estes, parcelas que 
irão complementar o salário e estão ligadas a circunstancias especiais, são os salários sob 
condição, que só haverá a necessidade desse pagamento se existir um fato gerador para 
que assim ele seja pago. 
 . Por exemplo: adicional de periculosidade, noturno, insalubridade, etc. 
. Não fere o princípio da irredutibilidade, pois os complementos salariais surgem na 
remuneração em face de condições específicas. 
. OBS: complementos salariais PRÓPRIOS são aqueles que precisam de um fato gerador 
para incrementarem o salário-base. 
 
 
 
 
 
 
 
3) Complementos salariais próprios – ADICIONAL DE 
INSALUBRIDADE: 
. Art. 7º, XXIII, CF e Arts. 189 a 192 da CLT: 
 . Atividades que exponham o trabalhador a agentes nocivos à saúde acima dos 
limites de tolerância. 
. Limites de tolerância são estabelecidos pelo Ministério do Trabalho (art. 190 da CLT): 
 . Grau Máximo: 40%. 
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 . Grau Médio: 20%. 
 . Grau Mínimo: 10%. 
. Base de cálculo (Salário Mínimo): 
 . Art. 192, parte final, da CLT, Súmula Vinculante nº 4, parte final, do STF e Suspensão 
da Súmula nº 228 TST. 
. Art. 192 - O exercício de trabalho em condições insalubres, acima dos limites de 
tolerância estabelecidos pelo Ministério do Trabalho, assegura a percepção de adicional 
respectivamente de 40% (quarenta por cento), 20% (vinte por cento) e 10% (dez por 
cento) do salário-mínimo da região, segundo se classifiquem nos graus máximo, médio e 
mínimo. 
. Como ocorre com qualquer complemento salarial próprio, uma vez desaparecendo o 
fator gerador, o empregado não fará mais jus. 
. De acordo com a Súmula 139, o adicional de insalubridade integra o salário para 
todos os efeitos legais. 
. Trabalho a céu aberto: 
 . OJ 173. ADICIONAL DE INSALUBRIDADE. ATIVIDADE A CÉU ABERTO. EXPOSIÇÃO 
AO SOL E AO CALOR. (Redação alterada na sessão do Tribunal Pleno realizada em 
14.09.2012) – Res. 186/2012, DEJT divulgado em 25, 26 e 27.09.2012. 
 . I – Ausente previsão legal, indevido o adicional de insalubridade ao trabalhador em 
atividade a céu aberto, por sujeição à radiação solar (art. 195 da CLT e Anexo 7 da NR 15 
da Portaria Nº 3214/78 do MTE). 
 . II – Tem direito ao adicional de insalubridade o trabalhador que exerce atividade 
exposto ao calor acima dos limites de tolerância, inclusive em ambiente externo com carga 
solar, nas condições previstas no Anexo 3 da NR 15 da Portaria Nº 3214/78 do MTE. 
 . É se entender, desta nova redação, que a intenção foi a de esclarecer que a 
exposição ao sol, nas atividades a céu aberto, embora não gere o direito ao adicional de 
insalubridade, em relação à própria radiação solar, por falta de previsão legal, pode gerar 
o direito, caso tal exposição supere os limites de tolerância para o calor. 
. Trabalho com lixo: 
. Súmula nº 448 do TST. 
 . ATIVIDADE INSALUBRE. CARACTERIZAÇÃO. PREVISÃO NA NORMA 
REGULAMENTADORA Nº 15 DA PORTARIA DO MINISTÉRIO DO TRABALHO Nº 3.214/78. 
INSTALAÇÕES SANITÁRIAS. (Conversão da Orientação Jurisprudencial nº 4 da SBDI-1 
com nova redação do item II) – Res. 194/2014, DEJT divulgado em 21, 22 e 23.05.2014. 
 . I - Não basta a constatação da insalubridade por meio de laudo pericial para que o 
empregado tenha direito ao respectivo adicional, sendo necessária a classificação da 
atividade insalubre na relação oficial elaborada pelo Ministério do Trabalho. 
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 . II – A higienização de instalações sanitárias de uso público ou coletivo de 
grande circulação, e a respectiva coleta de lixo, por não se equiparar à limpeza em 
residências e escritórios, enseja o pagamento de adicional de insalubridade em 
grau máximo, incidindo o disposto no Anexo 14 da NR-15 da Portaria do MTE nº 
3.214/78 quanto à coleta e industrialização de lixo urbano. 
. Apuração: perícia técnica por engenheiro ou médico especializado em segurança do 
trabalho. 
. Art. 195, § 2º, da CLT - Regulamentação pela NR 15 do MTE. 
. Impossibilidade de acúmulo com adicional de periculosidade: o que for mais 
vantajoso para o empregado => periculosidade ou insalubridade (CLT, 193, § 2º). 
. Informativo 206 do TST: 
 . Incidente de Recursos de Revista Repetitivos. “Tema nº 0017 – Cumulação de 
adicionais de periculosidade e de insalubridade amparados em fatos geradores distintos 
e autônomos.” A SBDI-I, em sua composição plena, por maioria, definiu a seguinte tese 
jurídica para o Tema Repetitivo nº 0017 – CUMULAÇÃO DE ADICIONAIS DE 
PERICULOSIDADE E DE INSALUBRIDADE AMPARADOS EM FATOS GERADORES 
DISTINTOS E AUTÔNOMOS: o art. 193, § 2º, da CLT foi recepcionado pela Constituição 
Federal e veda a cumulação dos adicionais de insalubridade e de periculosidade, 
ainda que decorrentes de fatos geradores distintos e autônomos. Vencidos os 
Ministros Luiz Philippe Vieira de Mello Filho, relator, Augusto César Leite de Carvalho, 
José Roberto Freire Pimenta, Hugo Carlos Scheuermann, Cláudio Mascarenhas Brandão e 
Lelio Bentes Corrêa. TSTIRR-239-55.2011.5.02.0319, SBDI-I, rel. Min. Luiz Philippe Vieira 
de Mello Filho, red. p/ acórdão Min. Alberto Luiz Bresciani de Fontan Pereira, 26.9.2019. 
4) Complementos salariais próprios – ADICIONAL DE 
PERICULOSIDADE: 
. Atividades que implicam risco acentuado em virtude de exposição permanente a 
inflamáveis, explosivos, energia elétrica, roubos ou outras espécies de violência física nas 
atividades profissionais de segurança pessoal ou patrimonial (L. 12.740/2012), trabalho 
em motocicletas (L. 12.997/2014) e radiação ionizante/substância radioativa (OJ 345 
SDI-I). 
. Acréscimo pago em favor de quem realiza atividades ou operações perigosas, na forma 
da regulamentação aprovada pelo Ministério do Trabalho. 
. Desaparecendo o fator causador da periculosidade = desaparecerá o correspondente 
adicional. 
. Lei 11.901/2009 – art. 6º, III: Bombeiro Civil. 
 . Inerente a profissão. 
Art. 6º É assegurado ao Bombeiro Civil: 
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NATÁLIA OLIVEIRA RODRIGUES 16 
 
III - adicional de periculosidade de 30% (trinta por cento) do salário mensal sem os acréscimos resultantes 
de gratificações, prêmios ou participações nos lucros da empresa; 
 
. 30% sobre o salário-base. – NÃO TEM GRAU, É SEMPRE 30% SOBRE O SALÁRIO-BASE. 
. Súmula 132 do TST: 
SÚMULA Nº 132 - ADICIONAL DE PERICULOSIDADE. INTEGRAÇÃO 
I - O adicional de periculosidade, pago em caráter permanente, integra o cálculo de indenização e de horasextras 
II - Durante as horas de sobreaviso, o empregado não se encontra em condições de risco, razão pela qual é 
incabível a integração do adicional de periculosidade sobre as mencionadas horas. 
 
 . É integrado à remuneração para o cálculo de férias, 13º salário, gratificações 
habituais, FGTS e verbas resilitórias e horas extras. 
 . Em sobreaviso o empregado não está em seu posto de trabalho = logo, não terá 
direito à incidência do adicional de periculosidade sobre as horas de expectativa por 
eventual convocação. – MAS, SE ELE FOR CONVOCADO EM PERÍODO DE SOBREAVISO 
PARA EFETIVA PRESTAÇÃO DE SERVIÇO, PASSARÁ ENTÃO A FAZER JUS AO 
RECEBIMENTO DO ADICIONAL. 
. OJ-SDI1-385 ADICIONAL DE PERICULOSIDADE. DEVIDO. ARMAZENAMENTO DE 
LÍQUIDO INFLAMÁVEL NO PRÉDIO. CONSTRUÇÃO VERTICAL. (DEJT divulgado em 09, 10 
e 11.06.2010). É devido o pagamento do adicional de periculosidade ao empregado que 
desenvolve suas atividades em edifício (construção vertical), seja em pavimento igual ou 
distinto daquele onde estão instalados tanques para armazenamento de líquido 
inflamável, em quantidade acima do limite legal, considerando-se como área de risco toda 
a área interna da construção vertical. 
 . Se a quantidade de explosivos estiver dentro do estabelecido nas NR’s, não 
há dever de pagamento de adicional por periculosidade. 
. A questão do pagamento espontâneo: 
 . Súmula nº 453 do TST ADICIONAL DE PERICULOSIDADE. PAGAMENTO 
ESPONTÂNEO. CARACTERIZAÇÃO DE FATO INCONTROVERSO. DESNECESSÁRIA A 
PERÍCIA DE QUE TRATA O ART. 195 DA CLT. (Conversão da Orientação Jurisprudencial 
nº 406 da SBDI-1) – Res. 194/2014, DEJT divulgado em 21, 22 e 23.05.2014 O pagamento 
de adicional de periculosidade efetuado por mera liberalidade da empresa, ainda 
que de forma proporcional ao tempo de exposição ao risco ou em percentual 
inferior ao máximo legalmente previsto, dispensa a realização da prova técnica 
exigida pelo art. 195 da CLT, pois torna incontroversa a existência do trabalho em 
condições perigosas. 
. Súmula nº 191: 
 DIREITO DO TRABALHO II – GABRIELA CURI RAMOS GASPAR – FBD – 2022.2 
 
NATÁLIA OLIVEIRA RODRIGUES 17 
 
 . ADICIONAL DE PERICULOSIDADE. INCIDÊNCIA. BASE DE CÁLCULO (cancelada a 
parte final da antiga redação e inseridos os itens II e III) - Res. 214/2016, DEJT divulgado 
em 30.11.2016 e 01 e 02.12.2016 
 . I – O adicional de periculosidade incide apenas sobre o salário básico e não 
sobre este acrescido de outros adicionais. 
 . II – O adicional de periculosidade do empregado eletricitário, contratado sob a 
égide da Lei nº 7.369/1985, deve ser calculado sobre a totalidade das parcelas de natureza 
salarial. Não é válida norma coletiva mediante a qual se determina a incidência do referido 
adicional sobre o salário básico. 
 . III - A alteração da base de cálculo do adicional de periculosidade do eletricitário 
promovida pela Lei nº 12.740/2012 atinge somente contrato de trabalho firmado a partir 
de sua vigência, de modo que, nesse caso, o cálculo será realizado exclusivamente sobre o 
salário básico, conforme determina o § 1º do art. 193 da CLT. 
. Exposição permanente x intermitente x eventual (Súmula n. 364 do TST): 
 . ADICIONAL DE PERICULOSIDADE. EXPOSIÇÃO EVENTUAL, PERMANENTE E 
INTERMITENTE (inserido o item II) - Res. 209/2016, DEJT divulgado em 01, 02 e 
03.06.2016. 
 . I - Tem direito ao adicional de periculosidade o empregado exposto 
permanentemente ou que, de forma intermitente, sujeita-se a condições de risco. 
Indevido, apenas, quando o contato dá-se de forma eventual, assim considerado o 
fortuito, ou o que, sendo habitual, dá-se por tempo extremamente reduzido. (ex-Ojs 
da SBDI-1 nºs 05 - inserida em 14.03.1994 - e 280 - DJ 11.08.2003). 
 . II - Não é válida a cláusula de acordo ou convenção coletiva de trabalho 
fixando o adicional de periculosidade em percentual inferior ao estabelecido em lei 
e proporcional ao tempo de exposição ao risco, pois tal parcela constitui medida de 
higiene, saúde e segurança do trabalho, garantida por norma de ordem pública (arts. 7º, 
XXII e XXIII, da CF e 193, §1º, da CLT). 
. A eliminação do perigo (art. 194 da CLT): 
 . Eliminado o perigo = elimina-se o pagamento. 
5) Complementos salariais próprios – ADICIONAL DE HORAS 
EXTRAORIDNÁRIAS: 
. Art. 7º, XVI, CF/88. 
. Acréscimo salarial pago sempre que são extrapolados os limites de duração do trabalho 
normal. 
. Min. 50% sobre a hora normal. - NÃO PODERÁ SER MENOR QUE ISSO NUNCA, NEM 
MESMO EM FUNÇÃO DE NEGOCIAÇÃO COLETIVA. 
. Pode ser maior o percentual por lei específica ou por contrato, individual ou coletivo. 
 DIREITO DO TRABALHO II – GABRIELA CURI RAMOS GASPAR – FBD – 2022.2 
 
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. Base de cálculo = salário-base + adicional (por tempo de serviço, insalubridade, ou 
periculosidade e horas noturnas). *caso estes complementos sejam devidos. 
. Súmula 354 do TST: 
GORJETAS. NATUREZA JURÍDICA. REPERCUSSÕES (mantida) - Res. 121/2003, DJ 19, 20 e 
21.11.2003 
As gorjetas, cobradas pelo empregador na nota de serviço ou oferecidas espontaneamente pelos clientes, 
integram a remuneração do empregado, não servindo de base de cálculo para as parcelas de aviso-prévio, 
adicional noturno, horas extras e repouso semanal remunerado. 
 . Não incide sobre parcelas atribuídas por terceiros com quem o empregador 
mantém relação mercantil, tal qual no caso das gorjetas e gueltas. 
. Exceção – HE Portuários (OJ 60, II, SDI-I/TST) - 60. PORTUÁRIOS. HORA NOTURNA. 
HORAS EXTRAS. (LEI Nº 4.860/65, ARTS. 4º E 7º, § 5º) II - Para o cálculo das horas 
extras prestadas pelos trabalhadores portuários, observar-se-á somente o salário 
básico percebido, excluídos os adicionais de risco e produtividade. 
. Também compõem a base de cálculo de outras verbas (pagas pelo empregador - ver súm. 
354, TST): quando habituais – a média das HE – integram o salário-base para efeito 
de cálculos das demais verbas (RSR, férias, 13º, etc). 
6) Complementos salariais próprios – ADICIONAL DE HORAS 
NOTURNAS: 
. Art. 7º, IX, CF/88. 
. Min. 20% (urbanos – art. 73, caput, CLT) – hora ficta 52’30 – Das 22h às 5h. 
. Min. 25% (Rurais – parágrafo único do art. 7º, L. 5.889/73) – Das 21h às 5h (lavoura) – 
Das 20h às 04h (pecuária). 
. Súm. 265 TST – a transferência para o período diurno de trabalho implica a perda do 
direito ao adicional noturno. 
. OJ 259 SDI-I - O adicional de periculosidade deve compor a base de cálculo do adicional 
noturno, já que também neste horário o trabalhador permanece sob as condições de risco. 
. Súm. 60, I, TST - O adicional noturno, pago com habitualidade, integra o salário do 
empregado para todos os efeitos. – DO MESMO MODO QUE AS HORAS EXTRAS. 
. OBS: HORA FICTA em ambiente urbano = uma hora não tem 60 minutos, mas sim 52 
minutos e 30 segundos. 
7) Complementos salariais próprios – ADICIONAL DE 
TRANSFERÊNCIA: 
. “Constitui acréscimo devido ao empregado provisoriamente transferido do local onde 
originariamente foi contratado. ” 
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. Arts. 469 e 470, CLT. 
Art.469, CLT – a transferência que acarretar, NECESSARIAMENTE, a mudança de domicílio. 
Art. 470 - As despesas resultantes da transferência correrão por conta do empregador. 
. Min. 25% sobre os salários que o empregado recebia na localidade originária. 
. OJ 113 SDI-I - Adicional de transferência. Cargo de confiança ou previsão contratual de 
transferência. Devido. Desde que a transferência seja provisória. 
 . O fato de o empregado exercer cargo de confiança ou a circunstância existir 
previsão de transferência no próprio contrato de trabalho não exclui o direito ao adicional 
de transferência. – EM CASO DE CESSAR-SE A TRANSFERÊNCIA PROVISÓRIA (com o 
retorno do empregado ao local onde ordinariamente foi contratado) ou 
TRANSFORMANDO-SE EM PERMANENTE A TRANSFERÊNCIA, DESAPARECE O 
CORRESPONDENTEADICIONAL. 
8) Complementos salariais próprios - Gratificações: 
. Ideia de contentamento, reconhecimento patronal. 
. SÓ INTEGRA O SALÁRIO QUANDO PREVISTA EM LEI. 
. §1º do Art. 457, CLT Status de Complemento Salarial = a gratificação precisa ser legal 
para integrar o salário. 
. Gratificação ≠ Prêmio – estimular uma conduta positiva, servir de exemplo, decorrem de 
qualidades individuais. Gratificações decorrem de comportamentos praticados no 
passado e que irradiam efeitos no presente, em regra ter caráter coletivo. 
A) Gratificação pelo exercício da função de confiança: 
. Recompensa oferecida pelo empregador a empregado investido no exercício de função 
qualificada como de confiança (direção, gerência, fiscalização, chefia ou equivalentes). 
 . Não necessariamente terá critérios objetivos, pois exige o critério de 
fidúcia/confiança (que é algo muito pessoal). 
. Não há controle de jornada, logo não há possibilidade de pagamento de verbas de 
adicional noturno, horas extras etc. 
. Acréscimo de responsabilidades. - Intenção do empregador de compensação pelo 
acréscimo subjetivo de responsabilidades. 
. Desaparecendo a confiança, desaparece a correspondente gratificação, revertendo o 
empregado a seu cargo originário. 
. Art. 62, II e parágrafo único, CLT. 
 DIREITO DO TRABALHO II – GABRIELA CURI RAMOS GASPAR – FBD – 2022.2 
 
NATÁLIA OLIVEIRA RODRIGUES 20 
 
. Remuneração (salário-base + gratificação de função, se houver) for 40% superior 
à remuneração dos demais empregados. 
. Ex: Gerente – R$ 3.000,00 e Demais funcionários – R$ 1.500,00. 
. Dimensão mínima é 40% sobre o salário-base. 
. Quando o empregador coloca no contracheque a gratificação discriminando-a, isto é, 
constando no contracheque “valor X a título de gratificação por função de confiança”, este 
poderá ser retirado quando a pessoa sair do cargo de confiança (e não irá ser considerado 
rebaixamento e tampouco irá ferir o princípio da irredutibilidade salarial). 
 . Se não estiver discriminado, virá salário-base e não pode retirar depois. 
 . Logo, é melhor para o empregador pagar salário-base + gratificação discriminada 
de tal forma. 
B) Gratificação de balanço: 
. Manifestação de agradecimento, reconhecimento patronal por evidências positivas no 
balanço. 
. Não tem sede legal, logo a previsão é contratual. 
. Livre estipulação quanto a periodicidade/percentual. 
. Súm. 253 TST : 
. A gratificação semestral não repercute no cálculo das horas extras, das férias e do 
aviso prévio, ainda que indenizados. Repercute, contudo, pelo seu duodécimo na 
indenização por antiguidade e na gratificação natalina. 
9) Complementos salariais próprios - Prêmios anteriores à Lei 
13.467/17: 
. São estímulos oferecidos ao empregado para que ele inicie ou mantenha condutas 
positivas ao empreendimento. 
. Ex: assiduidade, pontualidade, produtividade e cumprimento de metas. 
. Caráter exemplar – Funcionário do mês. 
. Somente passaram a ter sele legal a partir da reforma trabalhista de 2017. Antes a 
previsão meramente contratual (inter partes ou contrato coletivo). 
. Diversos fatos geradores, periodicidade e forma de aferição. 
. Normalmente são calculados sobre o salário-base. 
. ANTES DA REFORMA TRABALHISTA = Complemento Salarial – pagamento com 
habitualidade. - Súm 209 STF: 
 DIREITO DO TRABALHO II – GABRIELA CURI RAMOS GASPAR – FBD – 2022.2 
 
NATÁLIA OLIVEIRA RODRIGUES 21 
 
O salário-produção, como outras modalidades de salário-prêmio, é devido, desde que verificada a condição a 
que estiver subordinado, e não pode ser suprimido unilateralmente, pelo empregador, quando pago com 
habitualidade. 
. Pós Reforma = os prêmios não integram mais a remuneração do empregado e não 
mais se incorporam ao contrato de trabalho e não constituem mais base de 
incidência de encargos trabalhistas e previdenciários. (§4º do art. 457, CLT). 
10) Complementos salariais próprios – Comissões e percentagens: 
. Comissão = remuneração paga pelo comitente ao comissionado. - Montante 
normalmente fixado em percentual sobre uma base de cálculo variável, mas que em 
grosso modo coincide com o preço do produto ou serviço intermediado. 
. Comissionados ou comissionistas puros: unidade de produção. – AQUI A 
ATIVIDADE DE VENDAS É TAREFA ESSENCIAL. 
. Comissionistas impuros/mistos: unidade de tempo + produção (súmula 93, TST). 
– AQUI A ATIVIDADE DE VENDAS É TAREFA ADICINAL (lembrar do exemplo do gerente 
de banco). 
. Percentagem = retribuição que muitas vezes coincide com a ideia de comissão, lucro ou 
vantagem. 
11) Complementos salariais próprios – Quebra de caixa: 
. Natureza contratual. 
. Atribuído ao empregado responsável pela guarda de numerário do empregador (caixa, 
tesoureiro ou ocupante de função equivalente). 
. Verba de incentivo para atenuar eventuais diferenças negativas no fechamento do 
fluxo contábil. 
. Como o empregado pode sofrer desconto salarial pelos danos culposamente 
impostos ao empregador (art. 462, §1° da CLT), a quebra de caixa surge como verba que 
INCENTIVA A ATENÇÃO E O CUIDADO NA OPERAÇÃO COM O DINHEIRO ALHEIO. 
. Se o empregado for desleixado/negligente/descurado = a quebra de caixa é 
absorvida pelo desconto feito. 
. Se o empregado não cometer deslizes na operação de entrada e saída de 
numerário = montante destinado à satisfação de suas necessidades pessoais, como 
autêntico salário. 
. Súm. 247 TST: 
Súmula nº 247 do TST - QUEBRA DE CAIXA. NATUREZA JURÍDICA - A parcela paga aos bancários sob a 
denominação "quebra de caixa" possui natureza salarial, integrando o salário do prestador de serviços, para 
todos os efeitos legais. 
 DIREITO DO TRABALHO II – GABRIELA CURI RAMOS GASPAR – FBD – 2022.2 
 
NATÁLIA OLIVEIRA RODRIGUES 22 
 
. Contagem deve ser feita na presença do empregado (RO 00974-2006.015.03.00.0). 
 . Se ele for impedido de acompanhar a contagem = fica isento de qualquer 
responsabilidade. 
12) Complementos salariais próprios – Luvas: 
. São verbas salariais atribuídas ao empregado como incentivo à assinatura do contrato. 
. Quanto mais nome e mais prestígio tiver o trabalhador no transcurso de sua carreira = 
maior será o bônus (luvas) exigido na assinatura do contrato com determinado 
empregador. 
. Atleta profissional, cabelereiro, etc. 
. Liberdade Contratual: podem ser pagar em montante único ou parcelado; em dinheiro 
ou em utilidades. 
. Doutrina e Jurisprudência: Parcela de natureza salarial. 
. “Fundo de trabalho” X “fundo de comércio”. 
. Integram a remuneração para efeitos de cálculo de férias, 13º, recolhimento de FGTS. 
13) Complementos salariais impróprios: 
. São verbas que incrementam o salário-base, mas independem de fato gerador. São, em 
verdade, acréscimos ao salário-base. 
14) Complementos salariais impróprios - ABONO SALARIAL 
ANTERIOR À LEI 13.467/2017: 
. Antecipações salariais que visam minorar os danos causados ao trabalhador por conta 
da demora do processo de outorga de efetivo aumento salarial. São integrados ao salário 
na medida em que são concedidos os acréscimos salariais. 
 . Podem ser antecipações salariais de natureza espontânea ou coacta (por força de 
lei ou de norma coletiva). 
 . OBS: tiveram natureza não remuneratória durante 4 dias entre a data de vigência 
da L. 13.467/2017 e a MP 808/2017. 
15) Complementos salariais impróprios – ADICIONAL POR TEMPO DE 
SERVIÇO: 
. Também chamados de “gratificações” por vezes. 
. Ideia de aumento destacado oferecido ao salário-base. 
. Não tem sede legal. – Quando existentes, a previsão é contratual. 
 . Geralmente calculados sobre o salário-base. 
 DIREITO DO TRABALHO II – GABRIELA CURI RAMOS GASPAR – FBD – 2022.2 
 
NATÁLIA OLIVEIRA RODRIGUES 23 
 
. Integra o salário para todos os efeitos previstos em lei. – Súmulas 203 e 226 do TST. 
SUM-203 GRATIFICAÇÃO POR TEMPO DE SERVIÇO. NATUREZA SALARIAL (mantida) - 
Res. 121/2003, DJ 19, 20 e 21.11.2003A gratificaçãopor tempo de serviço integra o 
salário para todos os efeitos legais. 
 . MAS, o TST exclui o direito de integração do adicional por tempo de serviço para 
fins de cálculo de RSR (Repouso Semanal Remunerado), já que esses dias de repouso já se 
consideram devidamente remunerados. 
SUM. 225 REPOUSO SEMANAL. CÁLCULO. GRATIFICAÇÕES POR TEMPO DE SERVIÇO E 
PRODUTIVIDADE (mantida) - Res. 121/2003, DJ 19, 20 e 21.11.2003. As gratificações 
por tempo de serviço e produtividade, pagas mensalmente, não repercutem no cálculo 
do repouso semanal remunerado. 
. Existindo concomitante adicional por tempo de serviço outorgado por força de contrato 
de emprego e adicional por tempo de serviço concedido por meio de acordo ou convenção 
coletiva, o empregado terá o direito de receber exclusivamente um, sendo aquele que lhe 
for mais benéfico. 
SUM-202 GRATIFICAÇÃO POR TEMPO DE SERVIÇO. COMPENSAÇÃO (mantida) - Res. 
121/2003, DJ 19, 20 e 21.11.2003. Existindo, ao mesmo tempo, gratificação por 
tempo de serviço outorgada pelo empregador e outra da mesma natureza prevista 
em acordo coletivo, convenção coletiva ou sentença normativa, o empregado tem 
direito a receber, exclusivamente, a que lhe seja mais benéfica. 
16) Complementos salariais impróprios – GRATIFICAÇÃO NATALINA 
OU 13° SALÁRIO: 
. Lei 4.749/65 e Dec. 57.155/65 u Art. 7º, VIII, CRFB/88 (denomina de 13º salário) – SÃO 
OS DISPOSITIVOS LEGAIS QUE REGULAMENTAM ESSE COMPLEMENTO SALARIAL. 
. Vantagem de natureza salarial paga a cada ano correspondente a 1/12 avos da 
remuneração devida até dezembro. 
. A fração igual ou superior a 15 dias de trabalho será havida como mês integral. 
. Exemplo de Luciano Martinez: um empregado contratado em janeiro/2014 com salário 
correspondente a R$1.200,00 nos primeiros 06 meses do ano, e R$2400,00 nos últimos 
06 meses do ano = fará jus, até o dia 20/12, a R$2.400,00 a título de 13° salário. 
. Pode ser pago de 01 ou 2 vezes: 
 . Primeira parcela paga até o dia 30/11. 
 . O restante até 20 de dezembro. 
. OBS: a gratificação será proporcional na cessação dos contratos cujo fim tenha ocorrido 
antes de dezembro, salvo se a terminação tiver ocorrido por justa causa operária. 
17) Observação importante: 
 DIREITO DO TRABALHO II – GABRIELA CURI RAMOS GASPAR – FBD – 2022.2 
 
NATÁLIA OLIVEIRA RODRIGUES 24 
 
. A Reforma Trabalhista de 2017 exterminou a gratificação de função incorporada em 
nome da estabilidade financeira (COM OU SEM JUSTO MOTIVO). 
 . Antes a Reforma, não se podia retirar gratificação de função de empregado que já 
recebia há dez ou mais anos, corridos ou não, salvo por justo motivo. 
18) Suplementos salariais: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
. Gorjetas e gueltas. 
. Pagamento feito por terceiros com os quais o empregador mantém relações comerciais 
com o objetivo de incentivar os empregados. 
 . Fornecedores e/ou clientes. 
. Remuneração = salário-base + complementos salariais + suplementos salariais. 
. OBS: se um empregador permite o recebimento de gueltas ou gorjetas não poderá, senão 
mediante o concurso dos pressupostos da necessidade, consenso e da ausência de 
prejuízo para o trabalhador, alterar o contrato de emprego para vedar a conduta. 
. Pode os empregados ser contratados para receber unicamente suplementos salariais? 
 . Não, pois o salário-base do empregado é pago diretamente pelo empregado. 
 . Vai compor a remuneração, mas o salário-base em si é pago pelo empregador 
(onerosidade = requisito para configuração da relação empregatícia). 
 DIREITO DO TRABALHO II – GABRIELA CURI RAMOS GASPAR – FBD – 2022.2 
 
NATÁLIA OLIVEIRA RODRIGUES 25 
 
A) Gorjeta: 
. OBS: Com a queda da MP 808/2017, o único dispositivo, da CLT, que trata sobre gorjetas 
é o art. 457, caput e §3º, da CLT. 
 . Lei 13.419/17 (havia trazido um regramento enorme para gorjeta), mas foi tudo 
revogado pela Lei 13.467/17. 
 . Única regulamentação que sobrou foi o art. 457, caput e § 3º da CLT: 
Art. 457 - Compreendem-se na remuneração do empregado, para todos os efeitos legais, além do salário 
devido e pago diretamente pelo empregador, como contraprestação do serviço, as gorjetas que receber. 
§ 3º Considera-se gorjeta não só a importância espontaneamente dada pelo cliente ao empregado, 
como também o valor cobrado pela empresa, como serviço ou adicional, a qualquer título, e 
destinado à distribuição aos empregados. 
. Efeitos: Integração para todos os efeitos, exceto aviso prévio, adicional noturno, horas 
extras e repouso semanal remunerado (Súmula 354 do TST). 
Súmula nº 354 do TST - GORJETAS. NATUREZA JURÍDICA. REPERCUSSÕES (mantida) - Res. 
121/2003, DJ 19, 20 e 21.11.2003. As gorjetas, cobradas pelo empregador na nota de serviço ou 
oferecidas espontaneamente pelos clientes, integram a remuneração do empregado, não servindo 
de base de cálculo para as parcelas de aviso-prévio, adicional noturno, horas extras e repouso 
semanal remunerado. 
 
B) Gueltas: 
. Incentivos pagos pelos fornecedores do empregador, com anuência deste. 
. Aplicação analógica da Súmula n. 354 do TST. - Integração para todos os efeitos, exceto 
aviso prévio, adicional noturno, horas extras e repouso semanal remunerado 
. Muito utilizado em agências de viagens, lojas de eletrodomésticos (a exemplo do 
empregado que fica oferecendo demais para o cliente uma televisão de uma marca X = 
indícios de que ele recebe gueltas daquela marca) e farmácias. 
. Integra também a remuneração do trabalhador na condição de suplemento salarial. 
. Não possui disposição legal. 
. OBS: o direito de arena, compreendendo os valores pagos aos atletas profissionais pela 
mera participação nos eventos desportivos, independentemente de seus atributos 
pessoais ou de seu desempenho no jogo, passou a TER NATUREZA JURÍDICA CIVIL (e não 
mais trabalhista). 
19) Parcelas de natureza não salarial: 
. Não possuem como objetivo retribuir o trabalho, mas tão somente indenizar prejuízos 
perpetrados pelo empregador, ressarcir gastos com a execução do serviço, ou atuar como 
penalidade. 
. Inserem-se também as demais verbas que a lei entender como “não salarial”. 
 DIREITO DO TRABALHO II – GABRIELA CURI RAMOS GASPAR – FBD – 2022.2 
 
NATÁLIA OLIVEIRA RODRIGUES 26 
 
A) Indenizações: 
. Reparatórias: é a situação em que o empregador conserta ou repõe equipamentos de 
propriedade dos empregados que tenham sido eventualmente destruídos em serviço. 
. Pode ser também relativa à alimentação por prestação de horas extras; e 
reparação decorrente de seguro-desemprego não recebido (Súmula 389 do TST). 
 . Exemplo: alimentação por prestação de horas extras (tem muita previsão em 
norma coletiva) = empregador obrigado a fornecer alimentação para o início das horas 
extras. 
. Compensatórias: 
 . Art. 7°, I, CF: “relação de emprego protegida contra despedida arbitrária ou sem justa 
causa, nos termos de lei complementar, que preverá indenização compensatória, dentre 
outros direitos”. 
. Importâncias a título de férias indenizadas. - OBS: férias indenizadas irão ocorrer 
quando o empregador não conceder férias no período correto. – Férias, em regra, são 
adquiridas mês a mês, até completarem 12 meses. 
. Quantia referente ao aviso prévio indenizado. 
. Licença-prêmio indenizada. 
. Arts. 496 e 497, CLT. 
Art. 496 - Quando a reintegração do empregado estável for desaconselhável, dado o grau de incompatibilidade 
resultante do dissídio, especialmente quando for o empregador pessoa física, o tribunal do trabalho poderá 
converter aquela obrigação em indenização devida nos termos do artigo seguinte. 
Art. 497 - Extinguindo-se a empresa, sem a ocorrência de motivo de força maior, ao empregado estável 
despedido é garantida a indenização por rescisão do contrato por prazo indeterminado, paga em dobro. 
B) Penalidades: 
. Objetiva sancionar o transgressor de um comando legal ou contratual para que, por meio 
do exemplo a todos oferecido, ainfração não se repita. 
. MULTAS MORATÓRIAS: 
. São em virtude de algum tipo, como exemplos dos artigos 467 e 477, §8°, da CLT. 
. Penalidade para o empregador que está ciente de dívidas certas e relacionadas às verbas 
decorrentes da cessação do vínculo, não as paga na data do comparecimento à Justiça do 
Trabalho em virtude do ajuizamento de ação promovida por seus ex-empregado. 
 . Aqui o juiz deve definir precisamente o que seria verba incontroversa para em 
fase de execução ter o montante preciso da incidência desta penalidade. 
 DIREITO DO TRABALHO II – GABRIELA CURI RAMOS GASPAR – FBD – 2022.2 
 
NATÁLIA OLIVEIRA RODRIGUES 27 
 
Art. 467. Em caso de rescisão de contrato de trabalho, havendo controvérsia sobre o montante das verbas 
rescisórias, o empregador é obrigado a pagar ao trabalhador, à data do comparecimento à Justiça do 
Trabalho, a parte incontroversa dessas verbas, sob pena de pagá-las acrescidas de cinquenta por cento". 
. Multa aqui é decorrente do atraso no pagamento das parcelas constantes do instrumento 
de rescisão do contrato de trabalho. – O valor será o salário-base do empregado atingido, 
salvo se o próprio tenha sido responsável pelo atraso. 
Art. 477. Na extinção do contrato de trabalho, o empregador deverá proceder à anotação na Carteira de 
Trabalho e Previdência Social, comunicar a dispensa aos órgãos competentes e realizar o pagamento das 
verbas rescisórias no prazo e na forma estabelecidos neste artigo. 
§ 8º - A inobservância do disposto no § 6º deste artigo sujeitará o infrator à multa de 160 BTN, por 
trabalhador, bem assim ao pagamento da multa a favor do empregado, em valor equivalente ao seu salário, 
devidamente corrigido pelo índice de variação do BTN, salvo quando, comprovadamente, o trabalhador der 
causa à mora. 
 
. MULTAS COMPENSATÓRIAS: 
. Normalmente são multas decorrentes do descumprimento de normas coletivas (que já 
preveem tais multas em seu próprio texto). 
 . Os valores estarão definidos no próprio instrumento contratual coletivo. 
. Os valores destas multas são normalmente destinados ao empregado, e 
excepcionalmente dirigida à entidade sindical. 
SUM-384 MULTA CONVENCIONAL. COBRANÇA – Res. 129/2005, DJ 20, 22 e 25.04.2005 
I - O descumprimento de qualquer cláusula constante de instrumentos normativos diversos não submete o 
empregado a ajuizar várias ações, pleiteando em cada uma o pagamento da multa referente ao 
descumprimento de obrigações previstas nas cláusulas respectivas. (ex-OJ nº 150 da SBDI-I - inserida 
em 27.11.1998) 
II - É aplicável multa prevista em instrumento normativo (sentença normativa, convenção ou acordo 
coletivo) em caso de descumprimento de obrigação prevista em lei, mesmo que a norma coletiva seja 
mera repetição de texto legal. (ex-OJ nº 239 da SBDI-I - inserida em 20.06.2001) 
. OBS: Por quê temos tantos acordos coletivos repetindo texto legal? Pois, são sindicatos 
fracos. 
C) Ressarcimentos: 
. AJUDA DE CUSTO: 
. Visa a cobertura das despesas gastas pelo empregado quando se fixa em novo território, 
por ordem do empregador. 
 . Aqui o empregado se fixou DEFINITIVAMENTE no local novo (por isso esta é a 
diferença da ajuda de custo), isto é, alterou definitivamente o domicílio. 
 DIREITO DO TRABALHO II – GABRIELA CURI RAMOS GASPAR – FBD – 2022.2 
 
NATÁLIA OLIVEIRA RODRIGUES 28 
 
 . Essa ajuda de custo é paga de uma só vez para auxiliar na mudança etc. 
. Art. 457, §2º, CLT: 
§2° As importâncias, ainda que habituais, pagas a título de ajuda de custo, auxílio-alimentação, vedado seu 
pagamento em dinheiro, diárias para viagem, prêmios e abonos não integram a remuneração do 
empregado, não se incorporam ao contrato de trabalho e não constituem base de incidência de 
qualquer encargo trabalhista e previdenciário. 
. DIÁRIAS: 
. Visa a cobertura das despesas gastas pelo empregado quando se desloca por ordem do 
empregador, INDEPENDENTEMENTE DA PROPORÇÃO QUE TENHAM EM RELAÇÃO AO 
SALÁRIO. 
 . Esse deslocamento é diferente de transferência, pois aqui trata-se de uma “viagem” 
para resolver questões interligadas à empresa. 
 . Empregado também pode ser ressarcido através de notas. 
. Pode ser paga de diversas formas, pois não há previsão legal especificando qual deve ser 
a forma. 
Art. 457, §2º, CLT: 
As importâncias, ainda que habituais, pagas a título de ajuda de custo, auxílio-alimentação, vedado seu 
pagamento em dinheiro, diárias para viagem, prêmios e abonos não integram a remuneração do 
empregado, não se incorporam ao contrato de trabalho e não constituem base de incidência de 
qualquer encargo trabalhista e previdenciário. 
. OBS: Reforma extirpo/excluiu a antiga presunção contida no §2º de que as diárias que 
excediam a 50% do valor do salário teriam natureza salarial. 
 . Súm. 101 e 318 TST e IN 8 da Secretaria Nacional do Trabalho. 
. VERBAS DE QUILOMETRAGEM: 
. Não tem previsão legal, mas muitas empresas estipulam em seus regimentos internos, 
de forma coletiva etc. 
. Visa a cobertura dos custos decorrentes do desgaste e da manutenção do veículo do 
empregado que é utilizado em serviço. 
. PRÊMIOS: 
. Também sofreram alterações, uma vez que a Reforma Trabalhista inseriu o §4° no art. 
457 da CLT. 
. Art. 457, §2º e §4º, CLT: 
§ 2° As importâncias, ainda que habituais, pagas a título de ajuda de custo, auxílio-alimentação, vedado seu 
pagamento em dinheiro, diárias para viagem, prêmios e abonos não integram a remuneração do empregado, 
não se incorporam ao contrato de trabalho e não constituem base de incidência de qualquer encargo 
trabalhista e previdenciário. 
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NATÁLIA OLIVEIRA RODRIGUES 29 
 
§ 4° Consideram-se prêmios as liberalidades concedidas pelo empregador em forma de bens, serviços ou valor 
em dinheiro a empregado ou a grupo de empregados, em razão de desempenho superior ao ordinariamente 
esperado no exercício de suas atividades. 
. OBS: a limitação ao pagamento por duas vezes ao ano inserida pela MP 808/2017 (que 
caducou) deixou de existir com a queda desta. 
 . Assim, é possível estipular prêmio sempre. 
D) Parcelas não salariais por força de lei: 
. SALÁRIO-FAMÍLIA: 
. Art. 7°, XII. 
. Trabalhador tem esse direito quando possuir filhos/dependentes. 
. É chamado salário, mas isso não é um termo técnico, tendo em vista que não possui 
natureza salarial. 
. PARTICIPAÇÃO NOS LUCROS E RESULTADOS: 
SUM-451 PARTICIPAÇÃO NOS LUCROS E RESULTADOS. RESCISÃO CONTRATUAL ANTERIOR À DATA DA 
DISTRIBUIÇÃO DOS LUCROS. PAGAMENTO PROPORCIONAL AOS MESES TRABALHADOS. PRINCÍPIO DA 
ISONOMIA. (conversão da Orientação Jurisprudencial nº 390 da SBDII) Res. 194/2014, DEJT divulgado em 
21, 22 e 23.05.2014 Fere o princípio da isonomia instituir vantagem mediante acordo coletivo ou norma 
regulamentar que condiciona a percepção da parcela participação nos lucros e resultados ao fato de estar o 
contrato de trabalho em vigor na data prevista para a distribuição dos lucros. Assim, inclusive na rescisão 
contratual antecipada, é devido o pagamento da parcela de forma proporcional aos meses trabalhados, pois 
o ex empregado concorreu para os resultados positivos da empresa. 
. A participação nos lucros não é um direito do trabalhador, de forma que pode ou não ser 
concedida por contrato de trabalho, acordo coletivo ou convenção coletiva. 
. Uma vez instituída por norma coletiva ou norma individual, o empregado que for 
despedido antes do pagamento desta, fará jus a essa PL (participação dos lucros). 
 . Exemplo: PL paga anualmente em dezembro, e o empregado foi despedido em 
novembro = receberá proporcionalmente. 
. ABONO PECUNIÁRIO DE FÉRIAS: 
. Valor relativo à venda das férias. 
. O empregador pode comprar dias de férias do empregado, e esse valor da venda também 
não terá natureza salarial. 
. Art. 143 e 144. 
. PARCELA IN NATURA RECEBIDA DE ACORDO COM O PAT: 
. Toda vez que a alimentaçãofor recebida via PAT (consumida no pátio da empresa 
propriamente) não terá natureza salarial. 
 DIREITO DO TRABALHO II – GABRIELA CURI RAMOS GASPAR – FBD – 2022.2 
 
NATÁLIA OLIVEIRA RODRIGUES 30 
 
. Quando paga em vale também não tem natureza salarial, consoante a Reforma 
Trabalhista. 
. Quando paga em dinheiro = tem natureza salarial. 
. PARCELA RECEBIDA A TÍTULO DE VALE-TRANSPORTE: 
. Não tem natureza salarial também. 
20) Parcelas de natureza não trabalhista conexas ao contrato de 
trabalho: 
A) Direito de arena: 
. A jurisprudência vinha atribuindo a mesma natureza da Gorjeta – Súmula n. 354 do TST. 
. A Lei 9.615/98, entretanto, foi alterada em março/2011 (art. 42, §1º), passando a 
atribuir natureza civil a esta parcela. 
 . Não vai integralizar a remuneração do empregado para fins de reflexos em outras 
parcelas. 
Art. 42. Pertence às entidades de prática desportiva o direito de arena, consistente na prerrogativa exclusiva 
de negociar, autorizar ou proibir a captação, a fixação, a emissão, a transmissão, a retransmissão ou a 
reprodução de imagens, por qualquer meio ou processo, de espetáculo desportivo de que participem. 
§ 1º Salvo convenção coletiva de trabalho em contrário, 5% (cinco por cento) da receita proveniente da 
exploração de direitos desportivos audiovisuais serão repassados aos sindicatos de atletas profissionais, e 
estes distribuirão, em partes iguais, aos atletas profissionais participantes do espetáculo, como parcela de 
natureza civil. 
§ 2o O disposto neste artigo não se aplica à exibição de flagrantes de espetáculo ou evento desportivo para 
fins exclusivamente jornalísticos, desportivos ou educativos ou para a captação de apostas legalmente 
autorizadas, respeitadas as seguintes condições: 
I - a captação das imagens para a exibição de flagrante de espetáculo ou evento desportivo darse-á em locais 
reservados, nos estádios e ginásios, para não detentores de direitos ou, caso não disponíveis, mediante o 
fornecimento das imagens pelo detentor de direitos locais para a respectiva mídia; (Incluído pela Lei nº 
12.395, de 2011). 
II - a duração de todas as imagens do flagrante do espetáculo ou evento desportivo exibidas não poderá 
exceder 3% (três por cento) do total do tempo de espetáculo ou evento; (Incluído pela Lei nº 12.395, de 
2011). 
III - é proibida a associação das imagens exibidas com base neste artigo a qualquer forma de patrocínio, 
propaganda ou promoção comercial. (Incluído pela Lei nº 12.395, de 2011). 
 
B) Stock options: 
. Reservar determinadas ações para aquisição do empregado. 
 . Vai adquirir com o valor fixado no momento da reserva. 
. Oferta aos empregados de ações que ficam estocadas (guardadas/reservadas), 
garantindo a estes o direito de comprá-las por valores históricos depois e um período de 
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expectativa: uma vez aderindo ao plano, os empregados precisam comprar as ações 
depois do período de carência, correndo, assim, o risco das ações terem valorizado ou não. 
. Compra-se por valores históricos / vende-se pelo preço de mercado. 
. Ausência de natureza salarial: 
 . Precedentes: RO nº 00895-2009-014-03-00-5 / TST AIRR-89600-
84.2009.5.03.0009 / TST-AIRR-133600-72.2009.5.03.0106. 
C) Direito de imagem: 
. Contrato de natureza civil. - . Não tem repercussão trabalhista. 
Art. 87-A. O direito ao uso da imagem do atleta pode ser por ele cedido ou explorado, mediante ajuste 
contratual de natureza civil e com fixação de direitos, deveres e condições inconfundíveis com o contrato 
especial de trabalho desportivo. 
Parágrafo único. Quando houver, por parte do atleta, a cessão de direitos ao uso de sua imagem para a 
entidade de prática desportiva detentora do contrato especial de trabalho desportivo, o valor correspondente 
ao uso da imagem não poderá ultrapassar 40% (quarenta por cento) da remuneração total paga ao atleta, 
composta pela soma do salário e dos valores pagos pelo direito ao uso da imagem. 
. A permissão para a livre negociação entre atletas e clubes pavimentava a irregularidade. 
Foi esse cenário de práticas fraudulentas na contratação de atletas que deu ensejo 
à regulamentação do tema na Lei Pelé com o acréscimo do artigo 87-A, que estabelece: "O 
valor correspondentemente ao uso da imagem não poderá ultrapassar 40% (quarenta por 
cento) da remuneração total paga ao atleta)". 
. Por que essa limitação? Pois, tivemos um julgado muito importante de uma jogadora de 
vôlei que mantinha com o clube um contrato de trabalho de R$ 812,05 (mensal) e, 
paralelamente, um contrato de imagem no valor de R$ 98.891,55, correspondente, 
portanto, a 99,5% do seu contrato de trabalho. Quando a atleta ficou grávida, o clube 
resolveu não renovar o contrato de imagem, passando a atleta a receber, de um dia para 
o outro, apenas o valor anotado na carteira de trabalho, pouco mais de R$ 800 por mês. O 
Tribunal Regional do Trabalho da 3ª Região reconheceu a fraude trabalhista, nos termos 
do artigo 9º da CLT, salientando não ser "crível se imaginar que uma atleta profissional 
com o curriculum da reclamante, com passagens por vários clubes de renome e até mesmo 
pela Seleção Brasileira, que conquistou vários títulos e medalhas na modalidade, seja 
remunerada com valores tão ínfimos, como aquele lançado em sua CTPS, ou seja, R$ 812,05 
(oitocentos e doze reais e cinco centavos)", considerando, ainda que, "é zombar do 
Judiciário a apresentação de um contrato de trabalho de uma jogadora de voleibol 
profissional, e de renome nacional, com o apontamento de um salário inferior àquele 
percebido por qualquer profissional não qualificado. Isso porque o direito de imagem é 
apenas acessório do contrato de trabalho (...), não pode suplantar o salário pago para a 
atividade principal". 
 . No caso concreto, o tribunal de Minas, última instância competente para analisar 
fatos e provas, deixou muito clara a inexistência de qualquer vinculação da imagem da 
atleta a campanhas publicitárias, considerando emblemático que os valores por ela 
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recebidos, a título de contrato de imagem, remuneravam, na verdade, sua atividade 
principal, que é jogar voleibol. 
. A indenização pelo uso indevido da imagem do empregado para fins comerciais 
(“outdoor humano”). 
 . Quando se coloca o empregado com vestimentas que remetem a uma publicidade. 
 . Não pode ser algo vexatório. 
 . No fardamento pode ter empresas parceiras e isso não será considerado outdoor 
humano. 
. Art. 20 do CC/2002: 
Salvo se autorizadas, ou se necessárias à administração da justiça ou à manutenção da ordem pública, a 
divulgação de escritos, a transmissão da palavra, ou a publicação, a exposição ou a utilização da imagem de 
uma pessoa poderão ser proibidas, a seu requerimento e sem prejuízo da indenização que couber, se lhe 
atingirem a honra, a boa fama ou a respeitabilidade, ou se se destinarem a fins comerciais. 
. Art. 456-A: 
Cabe ao empregador definir o padrão de vestimenta no meio ambiente laboral, sendo lícita a inclusão no 
uniforme de logomarcas da própria empresa ou de empresas parceiras e de outros itens de identificação 
relacionados à atividade desempenhada. 
Parágrafo único. A higienização do uniforme é de responsabilidade do trabalhador, salvo nas hipóteses em 
que forem necessários procedimentos ou produtos diferentes dos utilizados para a higienização das 
vestimentas de uso comum. 
 
21) Regras de proteção ao salário: 
A) Contra abusos do empregador: 
. Irredutibilidade dos salários (art. 7º, VI, C.F/88). 
 . A redução salarial não pode ocorrer, salvo se por negociação coletiva. 
. OBS: O caso da pandemia da COVID 19 e a ADI 6363 – MP 936 - L. 14.020/2020 (art. 7º, 
I e art. 11). – Entraram com uma ADI questionando a constitucionalidade

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