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I Seminário Internacional Desenvolvimento Local na Integração: Estratégias, Instituições e Políticas. IGCE – UNESP, Rio Claro, 2004. 1 DESENVOLVIMENTO RURAL E PODER LOCAL: A SITUAÇÃO DOS CMDRs NA REGIÃO DE PRESIDENTE PRUDENTE – SP Antonio Nivaldo Hespanhol Rosangela Aparecida de Medeiros Hespanhol 1 Resumo O objetivo da pesquisa foi analisar a situação dos Conselhos Municipais de Desenvolvimento Rural (CMDR) dos 21 municípios que integram o EDR de Presidente Prudente. A partir da aplicação de questionários em todas as Casas da Agricultura da região constatou-se que 52,4% dos conselhos foram criados depois de 1995 e que 81,0% dos municípios dispõem do Plano Municipal de Desenvolvimento Rural (PMDR). No entanto, a maioria dos CMDRs não funcionam efetivamente e nos PMDR há apenas apontamentos sobre intenções gerais, não sendo estabelecidas metas e indicados o montante e a fonte dos recursos financeiros necessários para a sua execução. Palavras chaves: Conselhos Municipais, agricultura, Região de Presidente Prudente. Abstract The objective of this research was to analyze the situation of the Rural Development City Councils (RDCC) in 21 cities that form the EDR in Presidente Prudente. Beginning from the application of questionnaires in all Agriculture Houses in the region, it was found that 52,4% of the councils were created after 1995 and that 81,0% of the cities have the City Plan of Rural Development (CPRD) available. However, most of the RDCC don’t function properly and that in the CPRD there are only indications about general intentions, goals not established and the source and amount of financial support for their execution. Keywords: City Councils, agriculture, Region of Presidente Prudente. 1 Docentes dos Cursos de Graduação e de Pós-Graduação em Geografia da FCT/UNESP - Presidente Prudente/SP. E-mail: nivaldo@prudente.unesp.br / hespanhol@stetnet.com.br mailto:nivaldo@prudente.unesp.br mailto:hespanhol@stetnet.com.br I Seminário Internacional Desenvolvimento Local na Integração: Estratégias, Instituições e Políticas. IGCE – UNESP, Rio Claro, 2004. 2 1. Introdução A partir do final dos anos 1980 e do início da década de 1990 o processo de descentralização político-administrativa do país ganhou expressividade e o município 2 tornou- se a escala privilegiada para o desenvolvimento das políticas públicas. Assim, temas como poder local, comunidade, participação, autogestão, desenvolvimento sustentável e representação ganharam relevância no cenário nacional. Associada a essa nova conjuntura propiciada pela promulgação da Constituição Federal de 1988, houve a redefinição das atribuições entre as três esferas do poder público (municipal, estadual e federal). Nesse contexto, os municípios tiveram suas funções ampliadas, já que diversos serviços antes prestados pelo Estado, como saúde e educação, passaram a ser de sua competência. Um dos objetivos da descentralização era possibilitar uma maior participação da sociedade civil, por meio de representantes, nos Conselhos Municipais visando à gestão, o acompanhamento e à fiscalização das atividades da administração pública. Concomitantemente a esse processo, o Estado condicionou a liberação integral ou parcial de recursos às municipalidades por meio da formação desses conselhos, além de criar programas especiais de crédito, como o PRONAF (Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar) direcionado à estimular formas coletivas de organização, como cooperativas e associações de produtores. No âmbito do Governo do Estado de São Paulo, o processo de municipalização das Casas da Agricultura esteve inserido nesse processo de descentralização político- administrativa. Em termos de programas públicos concebidos nessa nova perspectiva de participação dos beneficiários via representação, é que se insere o Programa Estadual de Microbacias Hidrográficas iniciado em 2000 pela Secretaria Estadual de Agricultura e Abastecimento e Coordenadoria de Assistência Técnica Integral (CATI). 2 A Constituição de 1988 assegurou autonomia política e financeira aos municípios brasileiros. I Seminário Internacional Desenvolvimento Local na Integração: Estratégias, Instituições e Políticas. IGCE – UNESP, Rio Claro, 2004. 3 Considerando esse novo enfoque sobre o desenvolvimento local e as suas repercussões sobre a agricultura é que o presente artigo teve como objetivo principal analisar a situação dos Conselhos Municipais de Desenvolvimento Rural (CMDR) na área de abrangência do Escritório de Desenvolvimento Rural (EDR) de Presidente Prudente. Com o apoio da Coordenadoria de Assistência Técnica Integral (CATI) e do Conselho Regional de Desenvolvimento Rural (CRDR) foram aplicados questionários nas Casas da Agricultura dos 21 municípios que integram o Escritório Regional de Desenvolvimento Rural de Presidente Prudente (EDR) no intuito de levantar a sistemática de trabalho dos CMDRs e os problemas e dificuldades por eles enfrentados. 2. Descentralização político-administrativa e agricultura Entre meados dos anos 1960 e o início dos anos 1980 praticamente toda a política agrícola nacional permaneceu centralizada na esfera Federal. O crédito rural subsidiado se constituiu no principal instrumento de política agrícola e de estímulo ao processo de modernização da agropecuária. Os recursos e, conseqüentemente, as ações ficaram centralizadas na esfera federal, deixando-se, assim, as esferas municipal e estadual à margem dos principais processos. Para Dowbor (1987, p. 14) (...) o Brasil sofreu, nas últimas décadas, um processo centralizador extremo, tanto por parte do Estado, como por parte das grandes empresas e do sistema financeiro. Ficou esmagada, nesse processo, a presença do município das decisões sobre o desenvolvimento. Entretanto, a partir dos anos 1980, com a crise fiscal do Estado, o Governo Federal foi progressivamente reduzindo a sua ação no setor agrícola, carreando cada vez menos recursos para o Sistema Nacional de Crédito Rural (SNCR). A saída do Governo Federal do financiamento da agropecuária foi seguida da promulgação da Constituição em 1988, que trouxe no seu bojo a descentralização dos recursos financeiros, em favor dos estados e municípios. Em contrapartida, tais unidades administrativas passaram a ser responsabilizadas pela manutenção de certos setores, anteriormente geridos e custeados com recursos federais, conforme se ressaltou. (DOWBOR, 1987, p. 15) I Seminário Internacional Desenvolvimento Local na Integração: Estratégias, Instituições e Políticas. IGCE – UNESP, Rio Claro, 2004. 4 Sato (1993) ao analisar a descentralização administrativa e financeira demonstra que a participação dos municípios na receita tributária foi elevada de cerca de 14,0% para 22,0% a partir de 1988, quando foi promulgada a nova Constituição Federal. De acordo com o autor, o tema da descentralização “surgiu com força durante a década de 80, e é no bojo político da democracia que ele se insere. Este jogo é um processo de decisão política onde cada ator social tem peso e as decisões são tomadas através da barganha e da negociação política” (SATO, 1993 p. 10). Para que a descentralização seja positiva é imprescindível, na perspectiva desse autor, a participação popular, pois (...) a democracia direta pressupõe a autonomia local, organizada e conscientizada, para que os requisitos da descentralização, da integração e da participação reposicionem os beneficiários como agentes de sua própria transformação (SATO, 1993, p. 11). Concomitantemente a esse processo, o Estado condicionou a liberação integral ou parcial de recursos às municipalidades por meio da formação desses conselhos,além de criar programas especiais de crédito, como o PRONAF (Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar), direcionados ao estímulo de formas coletivas de organização, como cooperativas e associações de produtores. Em relação à agricultura, o governo do Estado de São Paulo passou a promover a partir do início dos anos 1990 a descentralização da estrutura de assistência técnica, materializada pela presença das Casas da Agricultura na maioria dos 645 municípios paulistas, as quais tiveram sua administração e seu funcionamento repassados às prefeituras. A partir da descentralização da assistência técnica na agricultura, o governo do Estado de São Paulo, por meio da Secretaria de Agricultura e Abastecimento e, em consonância com as diretrizes do governo federal, passou a elaborar e a implementar programas visando à alavancar a agropecuária na perspectiva do local, estimulando a participação dos beneficiários via representação nos Conselhos Municipais de Desenvolvimento Rural (CMDR). Segundo Garrido & Rocha (2003, p. 02) O Conselho Municipal de Desenvolvimento Rural (CMDR) é um órgão deliberativo, que tem a função principal de articular os interesses dos agricultores familiares e os poderes públicos municipais, estaduais e federais. É papel dos CMDRs a elaboração de um Plano Municipal de Desenvolvimento Rural (PMDR), o qual deve conter, além de um diagnóstico sobre o município e sua agricultura familiar, as diretrizes e estratégias para o desenvolvimento rural. Ao CMDR cabe ainda, encaminhar para as I Seminário Internacional Desenvolvimento Local na Integração: Estratégias, Instituições e Políticas. IGCE – UNESP, Rio Claro, 2004. 5 secretarias executivas estaduais os Planos de Trabalho (PTs) constando atividades e desembolsos anuais de recursos. Quanto à regulamentação, participação e atuação dos membros, Garrido & Rocha (2003, p. 02) observam que: Regulamentado por lei municipal ou por decreto do prefeito, o CMDR deve ter a constituição com a participação mínima de 50% dos agricultores familiares, e o restante [sendo] constituído por agentes de outros conselhos, representantes do poder público municipal, extensionistas rurais e outros agentes com atividades ligadas à agricultura familiar. Os conselheiros devem atuar como agentes de desenvolvimento local, capazes de definir e empreender, na comunidade, ações voltadas para o desenvolvimento de habilidades e capacidades para a definição de estratégias que deverão ir além da utilização de recursos disponibilizados anualmente pelo programa. Para Campanhola & Graziano da Silva (2000, p. 10.) O processo de municipalização adquiriu expressão no país a partir da Constituição de 1988. Esse processo se deu principalmente através de uma reforma na política fiscal, com a instituição do Fundo de Participação dos Municípios (FPM) e, através da transferência para os municípios de políticas que tradicionalmente eram coordenadas e/ou exercidas pelos governos estaduais e federal. Além desse repasse e da arrecadação própria, os municípios recebem parcelas de recursos do ICMS, do ITR, dos Fundos de Saúde, Educação e, mais recentemente, do PRONAF, sendo que este somente privilegia municípios que submetam proposta de ações aprovadas pelo Conselho Municipal de Desenvolvimento Rural. Com relação à atuação da Secretaria de Estado da Agricultura e Abastecimento nesta perspectiva, destaca-se o Programa de Microbacias Hidrográficas. Esse programa, que é praticamente o único em que a Secretaria Estadual ainda mantém participação ativa por meio da CATI, exige para a aprovação de projetos que os municípios atendidos tenham: a) aderido ao processo de municipalização da agricultura; b) constituído o Conselho Municipal de Desenvolvimento Rural; c) elaborado o Plano Municipal de Desenvolvimento Rural; e, d) estejam em dia com as suas contas perante o governo estadual. A partir da descentralização das ações na agricultura no Estado de São Paulo, o desenvolvimento rural passou a depender dos agentes presentes nos próprios municípios e regiões, tais como Secretaria Municipal de Agricultura ou Departamento Agrícola; sindicatos de proprietários rurais, sindicatos de trabalhadores rurais; cooperativas e associações de produtores rurais; empresários do setor agroindustrial; organizações não governamentais; universidades; enfim, de representantes dos vários setores que, direta ou indiretamente, têm interesses e/ou atuação na agropecuária. I Seminário Internacional Desenvolvimento Local na Integração: Estratégias, Instituições e Políticas. IGCE – UNESP, Rio Claro, 2004. 6 Com isso, o governo paulista praticamente saiu de cena e os municípios, dada à falta de recursos financeiros, mas também de interesse em muitos casos, ainda não perceberam a importância da sua atuação para a implementação de uma política de desenvolvimento local. Embora haja conflito de interesses econômicos e políticos entre os agentes, é de extrema importância o estabelecimento de ações integradas visando a alcançar objetivos comuns. Tais objetivos devem ser estabelecidos pelos agentes locais, sob a liderança ou não do Poder Público Municipal, levando em conta as demandas dos beneficiários finais. Toledo Júnior (1990, p. 22) considera que (...) por ser a esfera de poder mais próxima do campo, capaz, portanto, de mobilizar e integrar os agentes locais envolvidos no processo produtivo rural, o governo do município apresenta-se como instância privilegiada para atuar na questão rural. O crescimento das receitas municipais, fruto da atual reforma tributária, a vontade política de descentralizar encargos federais e estaduais e as experiências de apoio à economia rural, acumuladas por alguns municípios brasileiros, revelam um quadro favorável para a administração municipal assumir papel mais ativo no universo do campo. Além disso, a Constituição Estadual, no artigo 184, determina que o município, em cooperação com o Estado, atue no desenvolvimento rural, participando de atividades que vão desde o zoneamento agrícola até o crédito favorecido para produtores de alimentos. Considerando que a maioria dos municípios paulistas tem o seu desenvolvimento atrelado ao desempenho da agropecuária é extremamente importante que haja uma atuação mais pronunciada do Poder Local junto ao meio rural. Martin (1993) ao analisar o poder local e o desenvolvimento rural, ressalta a grave crise enfrentada pelos municípios que dependem economicamente do setor agrícola e enfatiza a crescente expansão da miséria em algumas regiões, especialmente do Oeste do Estado de São Paulo. O autor ressalta que nesses municípios, (...) a agricultura acaba sendo responsável pelo nível das atividades econômicas, do comércio e da indústria e praticamente nada tem recebido em troca, fruto da baixa participação efetiva do poder local junto ao setor primário na formulação de seu desenvolvimento e na priorização da alocação de recursos orçamentários locais para a agropecuária. (MARTIN, 1993, p. 32-33). O Centro de Estudos sobre Política de Administração Municipal –CEPAM (1992) em Seminário realizado para prefeitos e vereadores dos novos municípios do Estado de São Paulo, ao tratar do sistema de planejamento municipal, ressalta a importância da participação popular. I Seminário Internacional Desenvolvimento Local na Integração: Estratégias, Instituições e Políticas. IGCE – UNESP, Rio Claro, 2004. 7 O CEPAM enfoca também os vários instrumentos de planejamento municipal, dando ênfase ao Plano Diretor e ao Plano Municipal de Desenvolvimento Rural (PMDR). Em relação ao PMDR, observa que este é o (...) instrumento básico de orientação para atividades e intervenção na zona rural do município (...) elaborado a partir de uma descrição da área rural (...) o plano deverá propor um conjunto de adequados programas eprojetos, além de indicar vetores possíveis para transformações econômicas e sociais relativas à atividade agropecuária e à população rural. (CEPAM, 1992, p.16). Verifica-se assim que há uma série de apontamentos relativos à transferência e atribuições das esferas federal e estadual na elaboração e implementação de programas voltados à agropecuária, para as prefeituras municipais, cabendo cada vez mais ao poder local tal incumbência. No entanto, os municípios não têm atuado efetivamente na elaboração de tais programas e sequer têm fornecido a assistência técnica básica aos produtores rurais. 3. Do setorial ao territorial: o PRONAF – Infra-Estrutura e Serviços Municipais e o Programa de Microbacias Hidrográficas Nos anos 1990 ocorreram mudanças na implementação de políticas visando ao desenvolvimento rural, passando-se da abordagem setorial/agrícola para a abordagem territorial. Isso porque, segundo Campanhola & Graziano da Silva (2000, p. 03) “uma divisão clara entre rural e urbano deixou de ser importante, pois as relações de troca se diversificaram e o enfoque passou a ser nos espaços (territórios) que dão suporte físico aos fluxos econômicos e sociais, relegando a um plano inferior a preocupação com os seus limites geográficos”. De acordo com Oliveira (2002, p. 9) Há uma dissolução entre desenvolvimento rural e agricultura, a promoção do desenvolvimento econômico não se limita mais à intervenção pública em um único setor. Percebe-se a necessidade do reconhecimento da complexidade estrutural dos espaços rurais como foco da intervenção política. Campanhola & Graziano da Silva (2000, p. 15) com base em Saraceno (1998), defendem que (...) o desenvolvimento local requer um planejamento territorial e não estritamente setorial dos processos econômicos e sociais de desenvolvimento, pois o local cada vez mais aparece como a instância mais apropriada para avaliar a competitividade, as mudanças com o tempo e o delineamento de políticas. Nessa nova abordagem se procura compreender I Seminário Internacional Desenvolvimento Local na Integração: Estratégias, Instituições e Políticas. IGCE – UNESP, Rio Claro, 2004. 8 (...) as diferenças regionais e territoriais como o resultado das interrelações econômicas, sociais, culturais e institucionais entre os agentes, e da natureza de relação com o exterior (mercado global e outras regiões), e não mais como resultado de um desvio no continuum do desenvolvimento econômico (OLIVEIRA, 2002, p. 08) Assim, considerar as especificidades locais/regionais na formulação de políticas e de instrumentos de intervenção no espaço pode favorecer a representação dos atores sociais por meio das suas formas de organização coletivas na elaboração e implementação dessas políticas. A incorporação dessa perspectiva no âmbito federal se deu por meio da criação da linha Infra Estrutura e Serviços Municipais do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (PRONAF) e, no âmbito estadual, do Programa de Microbacias Hidrográficas. No caso do PRONAF, o interesse por essa linha de atuação se deve às particularidades que envolvem esse programa, consubstanciadas no enfoque sob o desenvolvimento local e na participação dos agricultores familiares e suas organizações (associações, cooperativas, etc.) na tomada de decisões no âmbito do poder local. Essa linha de atuação constitui-se numa modalidade de financiamento do governo federal, com recursos não-reembolsáveis, em parceria com os governos municipais, objetivando a implementação, ampliação, racionalização, modernização ou realocação da infra-estrutura pública e de serviços de apoio ao desenvolvimento da agricultura familiar. Dentre os empreendimentos que podem beneficiar-se dos recursos do PRONAF Infra- Estrutura e Serviços Municipais estão aqueles relacionados à: recuperação de solos; sistemas de abastecimento de água e geração de energia; armazenamento, transporte e venda coletiva de produtos; classificação, limpeza e beneficiamento de produtos; etc. Entretanto, é necessário que os empreendimentos atendam aos seguintes requisitos: a) sejam de uso coletivo; b) implantados em área pública; c) tenham seus benefícios apropriados pelos produtores familiares; e, d) sejam administrados de acordo com as normas definidas pelo Conselho Municipal de Desenvolvimento Rural e a prefeitura. Para Oliveira (2002, p.12) (...) a estrutura montada para gerir o programa, ao menos no arcabouço institucional, contempla a participação dos atores sociais locais na priorização dos investimentos e das ações, a serem financiadas para o desenvolvimento da agricultura familiar por meio da elaboração dos PMDRs (Planos Municipais de Desenvolvimento Rurais). I Seminário Internacional Desenvolvimento Local na Integração: Estratégias, Instituições e Políticas. IGCE – UNESP, Rio Claro, 2004. 9 O PRONAF Infra-Estrutura e Serviços no período 1997-2000 foi implementado em quatro municípios da Região de Presidente Prudente: Alfredo Marcondes, Álvares Machado, Emilianópolis e Presidente Bernardes. Nesses municípios o programa propiciou as condições para que as associações de produtores familiares se firmassem como entidades aglutinadoras e representativas dos agricultores nas demais instâncias do poder local (prefeituras municipais, Conselhos Municipais de Desenvolvimento Rural, Casas da Agricultura, etc.). Assim, em relação aos quatro municípios da Região de Presidente Prudente que foram contemplados com os recursos do PRONAF Infra-Estrutura e Serviços, observou-se que houve melhorias pontuais representadas pela implantação da patrulha motorizada agrícola, bem como investimentos no melhoramento das estradas rurais. Entretanto, constatou-se que nos municípios em que houve a participação majoritária dos produtores familiares nas discussões empreendidas pelas associações, foram implantados projetos voltados ao atendimento das demandas dos produtores, além do estabelecimento de parcerias, principalmente com o governo estadual, visando à implantação de projetos diversificados como de inseminação artificial, de eletrificação e telefonia rural, de informatização das casas de agricultura etc. Verificou-se assim, que ao se implementar os projetos, procurou-se: priorizar os segmentos produtivos nos quais os produtores familiares têm grande participação como a produção hortícola, de batata-doce, de feijão, de milho e de leite; estimular a diversificação produtiva, melhorando a infra-estrutura municipal em termos de estradas vicinais, energia elétrica, telefonia rural etc.; prestar assistência técnica adequada por meio da disponibilização de técnicos na Casa da Agricultura; promover cursos, palestras, visitas técnicas, etc. Todas essas ações redundaram em melhorias para os agricultores dos municípios de Alfredo Marcondes e Álvares Machado, repercutindo na redução dos custos de produção e na maior inserção ao mercado. Diferentemente dessa situação, as unidades produtivas familiares localizadas nos municípios de Emilianópolis e de Presidente Bernardes apresentaram comparativamente condições econômicas e sociais menos favoráveis, resultando numa menor capacidade de capitalização e de inserção dos produtores ao mercado. Essa situação, associada aos problemas de ordem local como a ingerência política, a fraca liderança no meio rural, as experiências frustradas dos produtores em relação a outras iniciativas oficiais, fizeram com que nesses I Seminário Internacional Desenvolvimento Local na Integração: Estratégias, Instituições e Políticas. IGCE – UNESP, Rio Claro, 2004. 10 municípios, as associações de produtores, embora constituídas legalmente e responsáveis pelo gerenciamento dos recursos provenientes do PRONAF Infra-Estrutura e Serviços Municipais, não conseguiram efetivamente representar os interesses dos associados e, conseqüentemente,atender às reivindicações dos produtores. Em relação aos problemas de ordem mais geral apresentados na implementação do PRONAF Infra-Estrutura e Serviços Municipal alguns autores têm apontado uma diversidade de fatores responsáveis por suas dificuldades e limitações 3 , que vão desde a ausência de valores e de comportamentos, ou seja, de uma cultura que estimule os indivíduos a tomarem as decisões de forma coletiva, passando pelos critérios de seleção dos municípios, até os problemas relacionados à descentralização administrativa (municipalização) e o próprio recorte de ação, ou seja, o município. Não obstante as dificuldades, limitações e problemas enfrentados para a implantação do programa nos quatro municípios da Região de Presidente Prudente se tem verificado a importância assumida pelas associações de produtores, que em virtude da sua capacidade de captar e encaminhar demandas têm se constituído, em alguns municípios, num importante canal de participação e de representação dos interesses dos beneficiários do programa no âmbito local. O Programa Estadual de Microbacias Hidrográficas, por sua vez, foi instituído no ano de 2000, tem como meta abranger 4,5 milhões de hectares e 90.000 produtores rurais até o ano de 2006, conta com orçamento total de 124 milhões de dólares, dos quais 55% são provenientes do Banco Mundial e o restante do próprio governo estadual. De acordo com a Coordenadoria de Assistência Técnica Integral (CATI, 2000, p. 1), responsável pela gestão do programa em âmbito estadual, o Programa de Microbacias Hidrográficas (...) pretende amenizar e reverter o quadro de degradação do meio ambiente, promovendo técnicas preservacionistas e metodologias que produzam menor impacto sobre os nossos recursos naturais. Ao mesmo tempo, o programa objetiva organizar as comunidades de pequenos produtores, desenvolvendo estratégias que promovam a melhoria do padrão de vida e amenizem o quadro de indigência e marginalização em que convivem atualmente. No entanto, há sérios problemas na implementação do referido programa em razão da escassez de recursos financeiros, da indefinição quanto às atribuições dos poderes públicos 3 Dentre os trabalhos que realizaram uma avaliação do PRONAF destacam-se os de Abramovay & Veiga (1998), Andrade da Silva (1999), DESER (1999), Abramovay (2001), Favareto & Demarco (2002). I Seminário Internacional Desenvolvimento Local na Integração: Estratégias, Instituições e Políticas. IGCE – UNESP, Rio Claro, 2004. 11 estadual e municipais, da carência de técnicos devidamente treinados para o trabalho com as comunidades, da resistência dos produtores rurais ao programa, da ingerência de interesses político-partidários, entre outros. A concepção do projeto acaba sendo comprometida no momento da sua execução. A unidade espacial da ação é a bacia hidrográfica, mas se o rio ou o córrego perfizer a divisa municipal, o que é muito comum, cada município executa o projeto nos seus domínios políticos sem que haja a necessária integração das ações no âmbito da microbacia hidrográfica. Na área de atuação do Escritório Regional de Desenvolvimento Rural de Presidente Prudente, os 21 municípios possuem convênio com a Secretaria da Agricultura e Abastecimento e contam com um projeto de microbacias aprovado e em fase de implantação. Os 21 projetos de microbacias da região cobrem uma área de 46.624 hectares em 1.010 propriedades rurais, sendo que o período de vigência de 11 projetos se estende dos anos 2001 a 2003 e 10 projetos de 2002 a 2005, conforme se verifica na Tabela 01. Tabela 01.- PROJETOS DE MICROBACIAS HIDROGRÁFICAS APROVADOS NO EDR DE PRESIDENTE PRUDENTE -SP ÁREA PROPRIEDADES PERÍODO Álvares Machado 3.042 149 2001-03 Anhumas 500 18 2002-05 Caiabú 3.800 132 2001-03 Emilianópolis 4.061 52 2001-03 Indiana 2.550 62 2002-05 Martinópolis 4.200 87 2001-03 Nantes 2.197 26 2001-03 Pirapozinho 3.785 68 2001-03 Presidente Prudente 1.936 74 2001-03 Rancharia 4.600 65 2001-03 Regente Feijó 993 23 2001-03 Sandovalina 5.296 28 2002-05 Santo Expedito 1.310 33 2001-03 Taciba 3.837 102 2002-05 Tarabaí 4.517 91 2001-03 Quadro Geral da Regional 46.624 1010 Fonte: Coordenadoria de Assistência Técnica Integral – CATI Os projetos de microbacias hidrográficas cobrem apenas 11,89% do número total de propriedades da região e 5,19% da área total das propriedades rurais da área de jurisdição do http://www.cati.sp.gov.br/novacati/microbacias/situacao_atual/microbacia.php?cod=150 http://www.cati.sp.gov.br/novacati/microbacias/situacao_atual/microbacia.php?cod=151 http://www.cati.sp.gov.br/novacati/microbacias/situacao_atual/microbacia.php?cod=152 http://www.cati.sp.gov.br/novacati/microbacias/situacao_atual/microbacia.php?cod=155 http://www.cati.sp.gov.br/novacati/microbacias/situacao_atual/microbacia.php?cod=157 http://www.cati.sp.gov.br/novacati/microbacias/situacao_atual/microbacia.php?cod=158 http://www.cati.sp.gov.br/novacati/microbacias/situacao_atual/microbacia.php?cod=160 http://www.cati.sp.gov.br/novacati/microbacias/situacao_atual/microbacia.php?cod=162 http://www.cati.sp.gov.br/novacati/microbacias/situacao_atual/microbacia.php?cod=163 http://www.cati.sp.gov.br/novacati/microbacias/situacao_atual/microbacia.php?cod=164 http://www.cati.sp.gov.br/novacati/microbacias/situacao_atual/microbacia.php?cod=165 http://www.cati.sp.gov.br/novacati/microbacias/situacao_atual/microbacia.php?cod=166 http://www.cati.sp.gov.br/novacati/microbacias/situacao_atual/microbacia.php?cod=167 http://www.cati.sp.gov.br/novacati/microbacias/situacao_atual/microbacia.php?cod=168 http://www.cati.sp.gov.br/novacati/microbacias/situacao_atual/municipio_quadro_geral.php?cod=15 I Seminário Internacional Desenvolvimento Local na Integração: Estratégias, Instituições e Políticas. IGCE – UNESP, Rio Claro, 2004. 12 EDR de Presidente Prudente. Constata-se assim, que embora sejam relevantes, as ações do Programa de Microbacias Hidrográficas são pontuais e abrangem áreas reduzidas. 4. Os Conselhos Municipais de Desenvolvimento Rural na Região de Presidente Prudente Entre os 21 CMDRs da Região de Presidente Prudente, apenas 7 foram criados antes de 1995, conforme se verifica na tabela 02. De 1995 em diante foram criados os outros 14 conselhos, com destaque para o ano de 1997, no qual foram criados 7 conselhos. TABELA 02 – ANO DE CRIAÇÃO DOS CONSELHOS MUNICIPAIS DE DESENVOLVIMENTO RURAL NA REGIÂO DE PRESIDENTE PRUDENTE ANO NÚMERO % 1988 2 9,52 1991 1 4,76 1992 1 4,76 1994 3 14,29 1995 2 9,52 1996 1 4,76 1997 7 33,33 1998 1 4,76 2001 3 14,29 TOTAL 21 100,00 Fonte: Conselho Regional de Desenvolvimento Rural de Presidente Prudente - 2003 O fato da maioria dos conselhos terem sido criados a partir de 1995 não ocorreu apenas na Região de Presidente Prudente. Abramovay (2001, p. 123), ressalta que “os conselhos são [foram] formados como contrapartida à exigência legal para a obtenção de recursos públicos por parte dos municípios e não expressam uma dinâmica local significativa.”Isso porque, segundo o autor, “não se transferem, num passe de mágica, valores, comportamentos, coesão social e sobretudo a confiança entre os indivíduos que os estimulem a tomar em conjunto iniciativas inovadoras” (ABRAMOVAY, 2001, p. 123) No caso da Região de Presidente Prudente e de todo o Estado de São Paulo, além do PRONAF Infra-Estrutura e Serviços Municipais, o Programa de Microbracias Hidrográficas também tem forçado a criação dos conselhos, ainda que apenas como instituições burocráticas. Quanto à constituição dos CMDRs na Região de Presidente Prudente, constatou-se que em 10 municípios os membros foram indicados por entidades representativas dos agricultores, em 8 eles foram indicados pelos prefeitos e em 3 ocorreram as duas coisas simultaneamente, conformese verifica na Tabela 03. I Seminário Internacional Desenvolvimento Local na Integração: Estratégias, Instituições e Políticas. IGCE – UNESP, Rio Claro, 2004. 13 Há uma tendência muito forte de parte dos prefeitos considerar o conselho como um poder paralelo, pois embora este não tenha poder de deliberação, os recursos que chegam por seu intermédio precisam da sua chancela, fazendo com que parte dos prefeitos procure influir na sua constituição e até na definição das suas ações ou simplesmente inviabilizem o seu funcionamento efetivo. TABELA 03 - FORMA DE ESCOLHA DOS MEMBROS DO CONSELHO FORMA DE ESCOLHA DOS MEMBROS NÚMERO % Indicação das entidades 10 47,62 Indicação do prefeito 8 38,10 Indicação do prefeito e das entidades 3 14,29 TOTAL 21 100,00 Fonte: Conselho Regional de Desenvolvimento Rural de Presidente Prudente Poucos conselhos se reúnem regularmente. Apenas seis CMDR, entre os 21 da região, costumam realizar reuniões mensais, o que representa menos de 30% do total; conforme se verifica na Tabela 04. Três conselhos se reunem bimestralmente, três semestralmente, um anualmente e oito não se reúnem com periodicidade definida, o que é um forte indício do não funcionamento efetivo de tal instância. TABELA 04 - PERIODICIDADE DAS REUNIÕES DO CMDR PERIODICIDADE NÚMERO % Indefinida 8 38,10 Mensal 6 28,57 Bimestral 3 14,29 Semestral 3 14,29 Anual 1 4,76 TOTAL 21 100,00 Fonte: Conselho Regional de Desenvolvimento Rural de Presidente Prudente – 2003 De acordo com os dados obtidos, mais de 80% dos municípios da Região de Presidente Prudente possuem o Plano Municipal de Desenvolvimento Rural, conforme se verifica na Tabela 05. No entanto, quando se verifica o teor de tais planos fica evidente que se trata apenas de mais um documento formal, elaborado para atender às exigências burocráticas mais do que um plano circunstanciado com objetivos pré-estabelecidos, metas a serem atingidas e prazos definidos e com destinação de recursos para a sua implementação. TABELA 05 - ELABORAÇÃO DE PLANO MUNICIPAL DE DESENVOLVIMENTO RURAL ELABORAÇÃO DE PLANO NÚMERO % Sim 17 80,95 Não 2 9,52 Não Respondeu 2 9,52 I Seminário Internacional Desenvolvimento Local na Integração: Estratégias, Instituições e Políticas. IGCE – UNESP, Rio Claro, 2004. 14 TOTAL 21 100,00 Fonte: Conselho Regional de Desenvolvimento Rural de Presidente Prudente – 2003 O principal problema enfrentado para o pleno funcionamento dos conselhos segundo os resultados do levantamento, está na não participação efetiva dos seus membros, conforme se verifica na Tabela 06, o que se dá em grande parte pela falta de diretrizes e de estímulo à agricultura, seja pelo governo estadual, seja pelos governos municipais. TABELA 06 - PRINCIPAIS DIFICULDADES ENFRENTADAS PARA O PLENO FUNCIONAMENTO DOS CONSELHOS NA REGIÃO DE PRESIDENTE PRUDENTE PRINCIPAIS DIFICULDADES ENFRENTADAS NÚMERO % Participação dos membros 13 61,90 Ingerência de interesses político-partidários 2 9,52 Não Respondeu 2 9,52 Duas alternativas anteriores 1 4,76 Incompatibilidade de horário 1 4,76 Presidente toma as decisões 1 4,76 Submissão à Associação de Produtores Rurais 1 4,76 TOTAL 21 100,00 Fonte: Conselho Regional de Desenvolvimento Rural de Presidente Prudente - 2003 Isto também não se observa apenas na Região de Presidente Prudente. De acordo com Abramovay (2001, p. 124) A participação da comunidade nas reuniões do Conselho é minoritária. (..) O maior desafio na construção de conselhos não está na capacidade de reunir um grupo composto por representantes dos poderes públicos locais e de representantes de agricultores. A questão é saber se o conselho tem a capacidade de representar mudança no “ambiente institucional”. Constatou-se por meio da investigação empreendida que a grande maioria dos Conselhos Municipais de Desenvolvimento Rural da Região de Presidente Prudente não desempenham as funções a eles atribuídas em razão de problemas derivados da falta de articulação dos agentes locais, da deficiente participação dos membros dos conselhos, da ingerência de interesses políticos partidários, da falta de projetos efetivos e de recursos para implementá-los, entre muitos outros. Em conseqüência, o Conselho Regional de Desenvolvimento Rural que deveria articular as ações dos conselhos municipais, se restringe a discutir os problemas circunstanciais, não havendo qualquer projeto de desenvolvimento rural no âmbito da região. O Conselho Estadual de Desenvolvimento Rural que deveria fomentar e articular as ações dos Conselhos Regionais não foi, sequer, instituído, evidenciando assim a vulnerabilidade da I Seminário Internacional Desenvolvimento Local na Integração: Estratégias, Instituições e Políticas. IGCE – UNESP, Rio Claro, 2004. 15 proposta descentralizadora e a marginalização da agricultura no contexto da política pública paulista. 5. Considerações Finais A descentralização das políticas públicas voltadas à agricultura tornou-se expressiva, sobretudo a partir da promulgação da Constituição de 1988. Nos anos 1990, as políticas públicas direcionadas à agricultura mudaram de enfoque, incorporando a perspectiva territorial e não mais apenas setorial. O programa PRONAF Infra- Estrutura e Serviços Municipais, em âmbito federal, e o Programa de Microbacias Hidrográficas, em âmbito estadual, procuraram empreender ações com a participação dos beneficiários dos respectivos programas, utilizando o mecanismo de representação via Conselhos Municipais de Desenvolvimento Rural. O recorte territorial dos projetos, o pequeno envolvimento dos beneficiários, a escassez de recursos, a ingerência de interesses político-partidários, o despreparo dos técnicos e membros dos conselhos, entre outros problemas, têm dificultado a implementação dos programas e inibido as ações visando ao desenvolvimento rural não somente na região de Presidente Prudente, mas também de outras regiões do estado e do país. 6. Referências Bibliográficas ABRAMOVAY, Ricardo. Conselhos além dos limites. Revistas de Estudos Avançados, São Paulo, v. 15, nº 43, p. 121-140, 2001. ABRAMOVAY, Ricardo; VEIGA, José Eli. Novas instituições para o desenvolvimento rural: o caso do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (PRONAF). Brasília; Convênio FIPE/IPEA, 1998. 49 p. (Texto para Discussão, 641). ANDRADE DA SILVA, Enid R. Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar – PRONAF: uma avaliação das ações realizadas no período 1995/1998. Brasília: IPEA, 1999. 45 p. (Relatório de Pesquisa). CAMPANHOLA, Cleyton; GRAZIANO DA SILVA, José. Desenvolvimento local e a democratização dos espaços rurais. In: Cadernos de Ciência e Tecnologia. Brasília: Embrapa, v. 17, nº 1, p. 11-40, 2000. CENTRO DE ESTUDOS E PESQUISAS DE ADMINISTRAÇÃO MUNICIPAL - CEPAM - FUNDAÇÃO PREFEITO FARIA LIMA. Planejamento Municipal. In: Seminário para Prefeitos e Vereadores dos Novos Municípios. São Paulo: CEPAM, 1992. COORDENADORIA DE ASSISTÊNCIA TÉCNICA INTEGRAL (CATI). Programa Estadual de Microbacias Hidrográficas. CATI: São Paulo, 2000. DESER – Departamento de Estudos Sócio-Econômicos Rurais. Política Agrícola: novas regras do PRONAF. Curitiba: DESER, 1999. 7p. DOWBOR, Ladislau. Introdução ao Planejamento Municipal. São Paulo: Brasiliense, I Seminário Internacional Desenvolvimento Local na Integração: Estratégias, Instituições e Políticas. IGCE – UNESP, Rio Claro, 2004. 16 1987. FAVARETO, A .; DEMARCO, D. Políticas públicas, participação social e as instituições para o desenvolvimento sustentável: uma avaliação dos Conselhos Municipais de Desenvolvimento Rural. São Paulo: Plural; Brasília: IICA, 2002 (Relatório Final de Pesquisa). GARRIDO, Cristiane S.; ROCHA, Alynson dos Santos. Conselhos Municipais de Desenvolvimento Rural Sustentável:em busca dos consórcios intermunicipais como forma de alcançar o desenvolvimento rural sustentável. XLI Congresso Brasileiro de Economia e Sociologia Rural. Juiz de Fora, p. 1-8, 2003. (CD-ROM) MARTIN, Nelson Batista. O Poder Local e o Desenvolvimento Rural. Informações Econômicas, São Paulo, v. 23, n. 12, p. 27-35, 1993. OLIVEIRA, Rodolfo O. de. Desenvolvimento, política agrícola e política rural: do setorial ao territorial. Informações Econômicas. IEA: São Paulo, v. 32, n o 12, p. 7-15, 2002. SARACENO, E. Urban-rural linkages, internal diversification and external integration: a european experience. Políticas Agrícolas. 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