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Psciopatologia - Consciência, atenção, memória, inteligência

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PSICOPATOLOGIA – CONSCIÊNCIA, ATENÇÃO, MEMÓRIA E INTELIGÊNCIA
CONSCIÊNCIA
A consciência é algo que até hoje não se sabe como ela acontece e como surgiu, possuindo uma definição diferente com base na área que está sendo tratada, ou seja, existe uma definição para a psicologia e outra para a neuropsicologia, como visto abaixo
· Neuropsicológica: Para a neuropsicologia a consciência é igual a vigília, ou seja, é ela quem mantem o ser desperto, tendo relação com o grau de clareza do sensório, por isto existem os níveis de consciência (lúcido, comatoso, obnubilado).
· Psicológica: A consciência, para a psicologia é a ferramenta que permite a capacidade do ser humano de entrar em contato com a realidade, perceber e conhecer os seus objetos.
Além disso, a consciência pode ser de 3 tipos com base na noética:
· Anoética: Sem representação mental, não é pensante, como vista nos invertebrados
· Noética: Possui representação mental, típica de animais
· Autonoética: É auto-reflexiva, auto-biográfica, ou seja, é a capacidade de pensar sobre a própria consciência, típica dos seres humanos.
Quando se trata da topografia, não se sabe exatamente aonde a consciência tem origem, mas sabe-se que ela perpassa estruturas como o tálamo, sistema reticular ativador ascendentes, lobo parietal, dentre outras estruturas
CAUSALIDADE CIRCULAR
· A causalidade circular prega que o nosso corpo é um sistema na qual não existe apenas um caminho, mas sim que eventos podem influenciar anterogradamente e retrogradamente (vai e volta), podendo ser a causalidade circular vertical ou horizontal:
CAUSALIDADE CIRCULAR VERTICAL
· No modelo de causalidade circular instâncias superiores e inferiores estão constantemente trocando informações e realizando regulações cognitivas entre si
CAUSALIDADE CIRCULAR HORIZONTAL
· Este modelo é mais amplo, levando em conta também influências sociais no ciclo de causalidade circular, e não apenas estruturas neurológicas, por exemplo, uma pessoa com TDAH não basta apenas tomar remédio, ela também precisa ter mudança no seu ambiente e social para ter uma terapia com maiores chances de sucesso
NEUROCIÊNCIA
· A neurociência divide a consciência em níveis, sendo que quanto maior o nível, menor a relação com o cérebro(fisiológico) e mais com a mente(pessoal).
· Por exemplo, no primeiro nível se situa as áreas sensitivo-motoras primárias e secundárias, as quais possuem muita relação com o plano biológico, ou seja, praticamente não possuem diferença entre os seres humanos e não é afetada por crenças pessoais, culturas, biografia, dentre outros.
· Já no quarto e último nível, o psicopatológico secundário, é onde se encontram os sintomas delirantes dos diversos transtornos psiquiátricos, transtornos de personalidade, os quais possuem íntima relação com a cultura, biografia e vivências da pessoa.
· A tabela completa é vista abaixo:
DISRUPÇÃO COGNITIVA
A disrupção cognitiva se refere a manifestações na esfera cognitiva, que podem afetar a consciência, atenção, memória, orientação e inteligência
A cognição é um campo comum entre neurologia e psiquiatria, entretanto, como vimos nos níveis anteriores, pode-se subdividir algumas funções cognitivas com base nos seus níveis, como visto abaixo
· Consciência, Atenção e Memória: São pertencentes aos níveis primários e secundários, portanto, possuem maior relação com a neurologia(pois são fenômenos biológicos não influenciados pela biografia)
· Memória e Inteligência: São pertencentes aos níveis terciários e quaternários, portanto, são mais próximos da psiquiatria, visto que a biografia da pessoa influência a manifestação nestas funções cognitivas.
RELAÇÃO ENTRE VIGÍLIA E ATENÇÃO
· O SARA é o primeiro nível da vigília, no qual através de uma atividade tônica ele ativa o tálamo(subcortical) que através de uma troca bilateral de informação com os lobos parietal e frontal(além de uma comunicação entre estes dois lobos) é capaz de gerar a atenção.
· Portanto, lesões no SARA afetam a vigília e todas as funções cognitivas, sendo a atenção uma destas funções cognitivas. Quando se trata da atenção, normalmente ela é a 1ª a se tornar deficitária em distúrbios que afetam a vigília, na qual a pessoa não consegue manter a atenção caso possua prejuízo na vigília.
ALTERAÇÕES DA CONSCIÊNCIA
· Primeiramente, deve-se entender que a consciência pode sofrer alterações no nível ou em seu conteúdo, sendo que:
· Alterações do nível: São as alterações relacionadas a vigília, ou seja, estado alerta, comatoso, dentre outros.
· Alterações de conteúdo: São alterações nas funções cognitivas, como memória, atenção, sendo descritos como confusão, desorientação, dentre outros
· Uma coisa importante a ser pontuada é que distúrbios psiquiátricos não geram rebaixamento do nível de consciência intensos, como o coma, apenas podendo simular isto(como na depressão grave)
· Nas doenças psiquiátricas pode existir obnubilação e turvação da consciência, que são um rebaixamento muito pequeno do nível de consciência e se referem a uma perda gradual de clareza, falha na integração das funções psíquicas, atenção globalmente reduzida, desorientação no tempo e espaço.
· O rebaixamento do nível de consciência configura vários quadros clínicos como delirium, estado comatoso
· Outra forma utilizada para ver o estado de atenção é a Escala de Coma de Glasgow, muito utilizada na neurologia
OBS: Na obnubilação geralmente ocorrem distúrbios no tempo, ou seja, a pessoa fica desorientada no tempo antes de tornar-se desorientada no espaço.
DIAGNÓSTICO DIFERENCIA ENTRE COMA E SÍNDROMES PSIQUIÁTRICAS
· Como dito, patologias como a depressão grave podem simular um rebaixamento de nível de consciência mais importante, sendo que a tabela abaixo ajuda a diferenciar estas duas ocasiões:
CONSCIÊNCIA DO EU
A consciência do eu é composta de 5 características, que são elas:
· Atividade(Existência): Significa que todos os sentimentos, ações, pensamentos, recordações e percepções pertencem a nós, saem de nós e são fruto de nossas atitudes, ou seja, somos sujeitos de nossas próprias vivências ao longo da vida
· Unidade
· Identidade
· Limites
· Personalidade
As características acima serão mais detalhadas nas próximas aulas, entretanto, nos distúrbios psiquiátricos a alteração básica vista é a despersonalização ou desrealização, que significam:
· Despersonalização: Sensação de perda da identidade, a pessoa acha que deixou de ser ela mesma
· Desrealização: Sensação de estranheza quanto ao ambiente em sua volta. É um dos critérios diagnósticos de Síndrome do Pânico.
· Dissociação: É a junção de desrealização e despersonalização, vista no transtorno dissociativo
ATIVIDADE DA CONSCIÊNCIA
Como dito, a atividade é uma das 5 características básicas da consciência, sendo que ela pode estar aumentada, abolida ou diminuída com base no transtorno psiquiátrico apresentado pelo paciente, no qual:
· Atividade Diminuída: Ocorre redução na intensidade dos fenômenos psíquicos, desde sensoriais até cognitivos, visto na tristeza vital.
· Atividade Abolida: Sensação de não-existência, despertencimento, como visto no delírio de negação.
· Atividade Aumentada: É visto uma elevação no sentimento de vitalidade, como nos quadros de mania do transtorno bipolar.
TIPOS DE ORIENTAÇÃO
· A orientação pode ser alopsíquica e autopsíquica, sendo que:
ORIENTAÇÃO AUTOPSÍQUICA
· É a orientação “sobre nós mesmos”, como nosso nome completo, local de nascimento, onde mora, etc...
ORIENTAÇÃO ALOPSÍQUICA
A orientação alopsiquíca diz respeito a orientação da pessoa no ambiente, ou seja, orientação no tempo, espaço e situacional, na qual:
· Orientação temporal: Normalmente é a 1ª orientação que perdemos em situações patológicas, isto pois o tempo conta com pontos de referência fluidos e exige maior diferenciação cognitiva
· Orientação espacial: Demora mais a perdemos nos distúrbios patológicos, pode ser geográfica(Como em qual cidade/estado estou) ou qualitativa(em qual local estou, como um hospital)
· Orientação Situacional: É a razão pela qual está em determinado local,como ao perguntar para alguém por que ela está no hospital e ela responder que está para comprar comida. Pode estar alterada em situações fisiológicas, mas uma perda permanente reflete transtornos graves.
CAUSAS DE DESORIENTAÇÃO ALOPSÍQUICA
Existe diversas causas de desorientação alopsíquica, como as abaixo:
· Confusional
· Apática
· Delirante
· Dissociativa
· Por déficit intelectual
· Amnéstica
ATENÇÃO
· A atenção é algo difícil de ser definida, mas uma definição simples seria a capacidade que temos de selecionar uma coisa no meio de um todo e deixar ela mais “brilhante”, destacando-a do restante.
· Uma definição mais técnica seria “atenção pode ser definida como a direção da consciência, o estado de concentração da atividade mental sobre determinado objeto”
· A atenção é algo finito, ou seja, é impossível querer muitas coisas ao mesmo tempo e, mesmo que poucas coisas, dificilmente realizamos mais de uma coisa ao mesmo tempo com maestria
· Além disso, é importante salientar que a atenção deriva completamente do nível de consciência, na qual um rebaixamento do nível de consciência promove como uma de suas primeiras manifestações a perda de atenção
ATENÇÃO SUSTENTADA
· A atenção sustentada é o que chamamos de concentração, ou seja, a capacidade de manter atenção em algo por determinado tempo, sendo que a atenção sustentada possui dominância no hemisfério direito
· A atenção sustentada tem origem na ativação colinérgica e noradrenérgica do sistema reticular ativado ascendente, que promove ativação do núcleo basal de Meynert(Colinérgico) e núcleo intralaminar do tálamo(Noradrenérgica).
CARACTERÍSTICAS DA ATENÇÃO
A atenção possui quatro características básicas, sendo elas:
· Multimodal: A atenção é fruto de diversas áreas do cérebro trabalhando em conjunto, como visão, audição, áreas relacionadas ao foco, dentre outras
· Top-Down e Bottom-Up: Top-Down se refere a atenção que é “controlada” pelo indivíduo com base nas suas metas e emoções, por exemplo, ao focar em uma aula para aprender o assunto e ir bem na prova, em algumas patologias como o TDAH e a depressão esta capacidade pode estar afetada. Por sua vez, atenção bottom-up é aquela atenção direcionada ao estímulos sensoriais que captamos do ambiente, como barulhos, conversas ao fundo, dentre outras coisas.
· Regula acesso a outros sistemas: Por exemplo, ao dividir a atenção entre a audição e visão, em determinado momento podemos estar exigindo mais da audição do que da visão, e vice-versa.
· Trabalha com categorias: A atenção trabalha em categorias como espaço, objetos e saliência, por exemplo, ao colocar a imagem abaixo e pedir para buscar neste espaço as pessoas vestidas de vermelho.
OUTRAS CARACTERÍSTICAS DA ATENÇÃO
Outras características da atenção são vistas abaixo:
· Tenacidade: É a capacidade do indivíduo fixar e manter a atenção em algo
· Vigilância: É a capacidade de nos mantermos atentos e transferir a atenção entre diferentes coisas e objetos dependendo da situação.
· Distratibilidade: Significa uma atenção com hipermobilidade e hipotenacidade, ou seja, uma atenção que muda rapidamente de foco(hipermobilidade) e não consegue se manter no mesmo objeto por muito tempo(hipotenacidade).
· Aprosexia ou hipoprosexia: É a redução global da atenção, podendo estar diminuída(hipoprosexia) como quando estamos com sono ou em determinados distúrbios psiquiátricos, ou redução grave ou incapacidade de manter atenção(aprosexia)
· Hiperprosexia: É o “hiperfoco”, ou seja, uma capacidade aumentada de manter a concentração, como vista no TDAH em determinados momentos.
MEMÓRIA
DEFINIÇÃO
· Memória é a capacidade do ser humano de armazenar, codificar e evocar informações como experiências, impressões e fatos que ocorrem em nossas vidas.
MEMÓRIA DE LONGO PRAZO
Memória de longo prazo são as memórias que armazenamos por um período maior de tempo, como dias, semanas, anos e até mesmo por toda vida, podendo ser subdividida em dois tipos:
· Memória implícitas: São memórias “inconscientes”, ou seja, não lembramos dela para tomar determinadas atitudes e ações, como ao aprendermos a escrever ou andar de bicicleta, na qual o ato se torna algo “automático”, sendo as memórias implícitas divididas em mais quatro tipos que serão falados adiante.
· Memórias explícitas: São as memórias “conscientes”, ou seja, lembramos(evocamos) delas voluntariamente em determinados momentos, como ao sermos perguntado onde moramos, nascemos, dentre outras coisas.
MEMÓRIAS IMPLICÍTAS
Como dito, as memórias implícitas podem ser subdivididas em quatro, sendo elas:
· Memória de priming: É uma memória que “agrupa” as nossas memórias em determinadas categorias, sendo que uma memória leva a outra, como se alguém nos pedisse para falar nome de animais, ao falarmos um animal como “cachorro”, seria mais fácil lembrar de outros animais como um gato.
· Memória de procedimento: É a memória de realizar atividades complexas, como andar de bicicleta, dirigir, dentre outras.
· Memória de condicionamento: É a memória que associa um estímulo a outro, um exemplo clássico é o cachorro de Pavlov, que salivava ao ouvir o toque da sineta, já que Pavlov condicionou ao dar comida toda vez que tocava a sineta e, quando parou de dar comida, o cão já estava condicionado a salivar quando ouvia este estímulo, mesmo sem comida.
· Memória de habituação: Tem ligação com as vias reflexas, na qual o corpo se acostuma com um determinado estímulo e passa a ignorá-lo, como por exemplo a sensação das nossas roupas do corpo nós tocando.
MEMÓRIAS EXPLICITAS
· As memórias explicitas são divididas em dois grandes grupos, sendo elas:
MEMÓRIA SEMÂNTICA
· É uma memória consciente (pois é explícita), sendo o tipo de memória responsável por armazenar informações genéricas sobre significado de palavras, conceitos, dentre outras coisas. 
· Já a memoria semântica é aquela que nos permite ler e entender as palavras e seus significados.
· Geralmente a memória semântica não possui uma relação muito forte com o contexto na qual a memória foi adquirida 
· Ou seja, de forma geral a memória semântica se refere a conceito e crenças sobre as coisas, lugares e pessoas
MEMÓRIA EPISÓDICA
· Também chamada de memória auto-biográfica, sendo um tipo de memória que decorre de eventos vivenciados pessoalmente
· Possui forte relação com o momento da aquisição, com base na impressão subjetiva, sendo uma memória ligada a emoções. Por exemplo, ela é o tipo de memória na qual conseguimos lembrar de alguma data marcante em nossas vidas, seja da emoção que sentimos no momento, a quanto tempo ela ocorreu, onde ela ocorreu, etc...
· Como dito acima, este tipo de memória permite nos lembrarmos de acontecimentos e também de seu local no espaço e tempo de uma forma mais ou menos bem definida.
· A memória episódica é o mecanismo psicológico utilizado pelos seres humanos para “viajar no tempo” 
MEMÓRIA E CONSCIÊNCIA
Como dito, a consciência pode ser auto-noética(seres humanos, refletir sobre a consciência), noética(vertebrados com representação mental, não pensa sob o meio externo, sobrevivência) e ano ética(invertebrados, vive de forma “Involuntária”), na qual cada tipo de memória poderia ter sua correlação com um dos três tipos de consciência, como visto abaixo:
· Memória episódica: Auto-noética, pois é uma memória mais complexa que tem relação com acontecimentos em nossas vidas
· Memória semântica: É muito ligada a consciência noética
· Memória implícita: É uma memória ligada a consciência anoética, vista que é involuntária e “automática” e de certa forma, fisiológica.
FORMAÇÃO HIPOCAMPAL E MEMÓRIA
· O local de nosso cérebro ligado a formação e armazenamento de memórias é a região hipocampal, na qual através da via direta o hipocampo ainda possui plasticidade sináptica, permitindo a formação e armazenamento de memórias ao longo de nossas vidas.
· Além disso, o hipocampo é conectado com diversas outras estruturas corticais para realizarmos ações com base nas nossas memórias(como no ato de dirigir), sendo que a região hipocampal possui axônios que se dirigema amígdala, córtex pré-frontal, córtex entorrinal, dentre outros.
MEMÓRIA DE CURTO E LONGO PRAZO
Uma possível classificação da memória diz respeito a quanto tempo a memória é armazenada em nosso corpo, sendo que:
· Memória de curto prazo: É uma memória armazenada por apenas alguns segundos, minutos, ou no máximo horas, como quando alguém nos pede para lembrar um número de telefone. É um tipo de memória limitada, ou seja, não podemos lembrar infinitas coisas por um curto período de tempo, devendo as informações mais importantes serem “transformadas” em memórias de longo prazo.
· Memória de longo prazo: É a memória armazenada por dias, semanas, anos e até décadas, ela é quase ilimitada, diferentemente da memória de curto prazo, ela é fruto da geração de novas conexões sinápticas na região hipocampal, sendo que tais conexões são resistentes e não sofrem interferências.
CONSOLIDAÇÃO DA MEMÓRIA EPISÓDICA
· Consolidação da memória episódica é transformar memórias novas(instáveis) em memórias armazenadas(estáveis).
· As memórias armazenadas podem serem recuperadas(evocadas), ou seja, lembradas. Porém, as memórias são constantemente editadas e ressignificadas, processo este chamado de reconsolidação, que ajuda a atualizar memórias armazenadas(porém as deixa instáveis novamente), para posteriormente torna-las estáveis, como visto na imagem abaixo:
MEMÓRIA COMO ALVO TERAPÊUTICO
A memória pode ser alvo terapêutico através de:
· Fármacos
· Neuromodulação
· Aprendizado
Isto pode ser visto como, por exemplo, ao tratar uma pessoa que tem fobia de aranha. Ela possui uma “memória de sentir medo” consolidada a respeito de aranhas, no processo de reconsolidação pode-se dar propranolol ao paciente, que é um fármaco que ao reduzir a descarga simpática(que ocorre quando estamos com medo), e durante a reconsolidação, buscar reduzir ou extinguir a aracnofobia do paciente
Outra forma é a neuromodulação, muito utilizada no tratamento do TEPT, como através de potenciais elétricos que buscam atuar nas sinapses da memória de pacientes com TEPT, buscando sua modulação e melhora da doença.
Por fim, a psicoterapia também pode utilizar do processo de reconsolidação como terapêutica, ao evocar memórias que possam estar envolvida nos problemas do paciente, pode-se dar um novo significado a elas durante a conversa psicológica.
AMNÉSIA E MEMÓRIAS
Amnésia é quando a pessoa possui dificuldade em formar novas memórias ou de evocar memórias passadas, sendo a amnésia dividida em:
· Amnésia anterógrada: Perda ou dificuldade de formar novas memórias, como visto em pessoas anestesiadas
· Amnésia retrógrada: É a perda de memórias prévias ao adoecimento, como vista em quadros dissociativos
· Amnésia retroanterógrada(Global): Engloba tanto a perda de memórias passadas e dificuldade de formação de novas memórias, comum após TCE
INTELIGÊNCIA
DEFINIÇÃO
· Inteligência se refere a combinação das habilidades cognitivas, emocionais e sociais do ser humano que permite compreender o mundo ao nosso redor e aprender, compreender e aplicar conhecimentos e habilidades para solucionar problemas e nos adaptarmos.
· A capacidade intelectual do indivíduo é medida através do quoeficiente de inteligência(QI)
· A inteligência pode ser afetada em diversos distúrbios de desenvolvimento, doenças como Alzheimer, dentre outras.
DEFICIÊNCIA INTELECUTAL
· Deficiência intelectual se refere a uma condição que afeta ao conjunto de habilidades cognitivas da pessoa, prejudicando os processos de aprendizagem, compreensão de informações e realização de tarefas no dia-a-dia.
· Comumente, a deficiência intelectual são transtornos do neurodesenvolvimento que acarretam em prejuízos no desenvolvimento de funções cognitivas e comportamentais.
· Por ser transtornos do desenvolvimento, normalmente se manifestam na 1ª infância
CRTIÉRIOS DIAGNÓSTICOS DA DEFICIÊNCIA INTELECTUAL
· A deficiência intelectual é dada quando os 3 critérios a seguir são preenchidos:
TABELA – DEFICIÊNCIA INTELECTUAL E SEUS GRAUS
AVALIAÇÃO SIMPLIFICADA DA INTELIGÊNCIA
· Existem algumas coisas que podem ser observadas em uma pessoa com suspeita de DI, vendo se eles possuem dificuldades nas mesmas, sinalizando um possível distúrbio, como nas atividades abaixo:
Outro possível teste para avaliar a inteligência é o mini exame do estado mental, como visto abaixo:
· Os pontos de corte do exame variam conforme idade e anos de estudo do paciente.