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Gestão De Riscos E Prevenção De Incêndios E Desastres

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@laismazzini 
 
GESTÃO DE RISCOS E PREVENÇÃO DE INCÊNDIOS E DESASTRES 
É NECESSÁRIO RESSALTAR ALGUNS CONCEITOS IMPORTANTES (BARSANO, 2014): 
• Perigo: fonte, situação ou evento com potencial de causar dano à integralidade física do 
trabalhador, equipamento ou instalações dentro do ambiente de trabalho. 
• Risco: probabilidade de ocorrência de determinada condição potencialmente perigosa 
à integridade física do trabalhador, equipamento ou instalações dentro do ambiente de 
trabalho. 
• Análise de risco: avaliação integrada de riscos inerentes de alguma atividade, produto, 
sistema etc. 
• Gestão de riscos: modelo que orienta a tomada de decisão para que um determinado 
risco ou perigo não ocorra (eliminação ou mitigação). 
O perigo é a fonte geradora do risco. Ambos os conceitos – perigo e risco – estão 
incorporados a tantas áreas (indústria de seguros, engenharia etc.) que não causa surpresa 
o fato de eles terem diferentes definições (DAMODARAN, 2009). 
OS AGENTES DE RISCO SÃO DIVIDIDOS EM CINCO GRUPOS DIVERSOS: químicos, físicos, biológicos, 
ergonômicos e riscos de acidentes de trabalho, e podem causar danos em função de sua 
natureza, concentração, intensidade, suscetibilidade ou tempo de exposição. 
• Podemos quantificar o risco com o auxílio de métodos estatísticos ou modelos, 
verificando sua probabilidade de ocorrência e gravidade das consequências. Com essa 
quantificação em mãos, avaliamos os riscos encontrados a partir de critérios 
previamente estabelecidos e buscamos realizar uma gestão adequada destes a partir de 
um modelo que orienta as tomadas de decisão para que um determinado risco não 
ocorra, seja eliminado ou mitigado. 
A ANÁLISE E GERENCIAMENTO DE RISCO TEM COMO OBJETIVO viabilizar a implantação de um processo 
que possibilite a identificação, a análise, o tratamento e a gestão dos riscos e oportunidades 
inerentes às atividades de uma corporação. 
• É um processo que exige uma sequência de ações com base no modelo escolhido como 
base. 
O PRIMEIRO PASSO PARA LIDAR COM O RISCO É elaborar o Plano de Gerenciamento de Risco (PGR) 
ou Programa de Gerenciamento de Risco, que possui o objetivo principal de executar, monitorar 
e controlar o gerenciamento de risco na organização. 
• Ele descreve a abordagem que será usada para identificar, analisar, priorizar, monitorar 
e diminuir os riscos. 
• É de responsabilidade do empreendedor a implantação, atualização e cumprimento do 
plano e deve ser atualizado quando houver alguma mudança nos riscos ou nas 
estratégias empregadas. 
DE ACORDO COM VALLE E LAGE (2003), ESSES PLANOS NA ÁREA AMBIENTAL APRESENTAM VÁRIAS ETAPAS 
DISTINTAS, desde identificação, avaliação (qualitativa e quantitativa), treinamento de equipe, 
manutenção de equipamentos, até levantamento de dados de segurança de produtos, 
investigação de acidentes, seguros ambientais e auditorias internas. 
@laismazzini 
 
A análise e gerenciamento de riscos é uma maneira eficaz de evitar ou eliminar a possibilidade 
de eventos danosos que podem prejudicar sua empresa ou instituição, desde lesão de 
funcionários até a integridade da construção. 
ENTRE AS METODOLOGIAS OU FERRAMENTAS DE ANÁLISE DE RISCO QUE PODEM SER EMPREGADAS NO PGR, 
CONHECEMOS DIVERSAS, AS QUAIS PODEMOS CITAR: 
• Failure Mode Efect Analysis – FMEA (Análise dos modos de falhas e seus efeitos), 
• Hazard and Operability Studies – HAZOP (Análise de operabilidade de perigos) e 
• NBR ISO 31000: 2009b. 
A FMEA E A HAZOP UTILIZAM BASICAMENTE O SEGUINTE PROCESSO: 
• Identificação dos perigos: determinação dos condicionantes que podem colocar em 
risco funcionários, processos, estrutura etc. 
• Quantificação dos riscos: estima-se de forma quantitativa os riscos, sua magnitude e 
consequências. 
• Determinação do risco aceitável: pertinente para riscos com mínima probabilidade de 
ocorrência. 
• Definição da estratégia de gestão do risco: escolha do método constante de gestão para 
uma convivência com os riscos existentes, ou seja, que não puderam ser eliminados. 
A METODOLOGIA PROPOSTA PELA NBR ISO 31000:2009B APRESENTA ALGUMAS PECULIARIDADES, 
principalmente a etapa preliminar à análise de risco, denominada contexto. 
• Neste estabelecimento, a norma pede a classificação se os riscos são de contexto 
interno ou externo e critérios que a própria empresa estabelece. São exemplos de 
contexto externo o social, o tecnológico, o cultural etc., e, de interno, a estrutura 
organizacional, processos, recursos etc. 
 
• Através do esquema, percebemos que o processo de gerenciamento de riscos é 
continuo e, entre suas etapas fundamentais, encontram-se a comunicação e a consulta 
de riscos. As partes interessadas (stakeholders), ou seja, pessoa ou organização que 
pode afetar, ser afetada por, ou se achar afetada por uma decisão ou atividade, tem 
papel central neste intercâmbio de informações. A falha na comunicação de uma parte 
@laismazzini 
 
interessada já pode ser caracterizada como um risco e tal ato imprudente pode ter 
consequências negativas neste relacionamento empresarial específico. 
• São exemplos de partes interessadas: órgãos do governo, autoridades reguladoras, 
clientes, fornecedores, funcionários terceirizados etc. 
• Em um cenário de risco, é provável que as partes interessadas formem suas opiniões 
com base em suas percepções em diversas questões, como: diferenças em valores, 
necessidades, suposições, conceitos e preocupações. 
• Dessa forma, sempre a fim de obter um bom relacionamento empresarial, é importante 
que as percepções das partes interessadas sejam identificadas, registradas e levadas em 
consideração no processo de tomada de decisões em relação ao gerenciamento de 
riscos. 
• Para alcançarmos uma boa comunicação de risco, é necessário seguirmos alguns 
critérios básicos, como clareza, objetividade, regularidade e oportunidade durante o 
compartilhamento de informações (QSP, 2009). 
A SEGURANÇA CONTRA INCÊNDIO (SIC) É uma área científica do conhecimento que merece 
investimentos pesados para diminuir as perdas (desde humanas a materiais) devido a incêndios. 
• Sumariamente, é uma tendência mundial exigir que todos os materiais, componentes, 
sistemas construtivos, equipamentos e utensílios usados nas edificações sejam 
analisados e testados do ponto de vista da SIC. 
• O Brasil, um país em crescimento, que está ampliando suas atividades em áreas de 
potencial risco de incêndio, como a petrolífera, biodiesel ou mesmo construindo 
grandes obras públicas, evidencia em cada momento a necessidade de incorporar o SIC 
em suas metas e educar a população para as mudanças necessárias para um bem 
coletivo. 
O FOGO É O processo de combustão caracterizado pela emissão de calor e luz e um incêndio é 
um fogo fora de controle (ABNT, 1997). A prevenção de incêndios é sempre a melhor opção, 
entretanto, nem sempre escolhas relacionadas a essa questão estão no poder da população, por 
exemplo, o uso de materiais adequados nas construções. 
A IMPLANTAÇÃO DA PREVENÇÃO DE INCÊNDIO se faz por meio de atividades que visam evitar o 
surgimento do fogo fora de controle, possibilitar sua extinção e reduzir seus efeitos antes da 
chegada do corpo de bombeiros. 
A PREVENÇÃO DE INCÊNDIOS POSSUI QUATRO OBJETIVOS: 
(1) a garantia da segurança à vida das pessoas que se encontrarem no interior de um 
edifício, quando da ocorrência de um incêndio; 
(2) a prevenção da conflagração e propagação do incêndio, envolvendo todo o edifício; 
(3) a proteção do conteúdo e a estrutura do edifício; 
(4) a minimização dos danos materiais de um incêndio. 
ESTES OBJETIVOS SÃO ALCANÇADOS A PARTIR DE UMA SÉRIE DE MEDIDAS DESCRITAS A SEGUIR (SÃO 
PAULO, 2011): 
• Controle da natureza e da quantidade de materiais combustíveis constituintes e 
contidos no edifício. 
• Dimensionamento da compartimentação interna, do distanciamento entre edifícios e 
da resistência ao fogo dos elementos de compartimentação.@laismazzini 
 
• Dimensionamento da proteção e de resistência ao fogo da estrutura do edifício. 
• Dimensionamento de sistemas de detecção e alarme de incêndio e/ou de sistemas de 
chuveiros automáticos de extinção de incêndio e/ou equipamentos manuais para 
combate. 
• Dimensionamento das rotas de escape e dos dispositivos para controle do movimento 
da fumaça. 
• Controle das fontes de ignição e riscos de incêndio. 
• Acesso para os equipamentos de combate a incêndio. 
• Treinamento de pessoal habilitado a combater um princípio de incêndio e coordenar o 
abandono seguro da população de um edifício. 
• Gerenciamento e manutenção dos sistemas de proteção contra incêndio instalado. 
• Controle dos danos ao meio ambiente decorrentes de um incêndio. 
A LEI N. 13.425/2017 CLARA e estabelece medidas gerais para prevenção e combate de incêndios 
e desastres. Em relação às medidas de mitigação, podemos defini-las como todas aquelas 
tomadas com a finalidade de reduzir as probabilidades de ocorrência e redução dos efeitos de 
sua ocorrência. 
AÇÕES ANTES DO DESASTRE: 
• Preventivas: ações voltadas a evitar um evento danoso. 
• Mitigadoras: ações que minimizem o impacto do evento danoso. 
• De preparação: ações de resposta a uma situação de desastre. 
• De alerta: corresponde ao aviso formal de perigo eminente. 
AÇÕES DURANTE O DESASTRE: 
• Resposta ao fato: são atividades que ocorrem no momento do desastre ou logo após. 
Envolvem ações de assistência aos feridos, resgate dos sobreviventes, evacuação da área etc. 
AÇÕES APÓS O DESASTRE: 
• Reabilitação: ocorre logo após a situação de emergência, com o restabelecimento de serviços 
vitais para a comunidade. 
• Recuperação: ações de reconstrução para reparar os danos causados pelo desastre e apoiar o 
restabelecimento da rotina da comunidade. 
Tais ações são, em um primeiro momento, atribuição do poder público, principalmente, das 
instituições ligadas ao Sistema Nacional de Proteção e Defesa Civil, entretanto, a população não 
pode se eximir de parte da responsabilidade das ações frente a um desastre. As iniciativas 
educativas são importantes justamente para esclarecer dúvidas e preparar a população para 
estes casos. Adicionalmente, o papel da ciência e tecnologia merece ser destacado, já que 
fornecem meios para a sociedade ampliar seus conhecimentos acerca dos incêndios e desastres 
e formas de prevenir, mitigar e se recuperar dos mesmos (UNESCO, 2005). 
 
Referência: Gestão ambiental - Isabella Alice Gotti e Ana Cláudia Oliveira de Souza

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