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Metabolismo do Etanol

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METABOLISMO DO ETANOL
INTRODUÇÃO
Álcool etílico/etanol/álcool:
- Obtido da fermentação de açúcares;
- Molécula orgânica constituída de um único grupo hidroxila e uma cadeia alifática curta com 2
C;
- Droga lícita, autorizada pela legislação;
- Substância psicoativa, altera o sistema nervoso central iniciando com um estado de euforia e
desinibição seguido de um efeito depressivo (efeitos dependem da quantidade ingerida);
- Psicotrópico = pode gerar dependência;
- Tóxico = causa lesão.
As fases do metabolismo do álcool em adultos:
OBS: trata-se de uma molécula de baixo peso molecular e que é absorvida por difusão, distribuindo-se
rapidamente pelo corpo e não precisando de enzimas para digestão e absorção.
1. Absorção
Desde sua ingestão até sua completa absorção estima-se em média 1 hora.
- Mucosas da boca e esofago*;
- Se inicia no estômago (20%) - vários fatores interferem;
- Se encerra no intestino delgado (80%) - absorção muito rápida e independe da concentração
de etanol ou da presença de alimento*;
Fatores interferentes = em relação ao estômago
- Volume e concentração do etanol;
- Presença ou ausência de alimento (com a presença de alimento a absorção é mais lenta);
- Taxa de esvaziamento gástrico (com alimento essa taxa é menor);
- Permeabilidade dos tecidos;
- Variações individuais.
2. Distribuição
O álcool transportado pelo sangue a todos os tecidos que contém ÁGUA. Maiores concentrações de
álcool estão no cérebro, fígado, coração, rins e músculos.
3. Metabolismo
A distribuição do etanol é ampla, mas seu metabolismo (detoxificação) é essencialmente hepático.
- 90-95% do álcool ingerido é metabolizado no fígado por enzimas.
- Fígado saudável é capaz de metabolizar 15mg/100ml de sangue a cada hora.
- As enzimas hepáticas dividem o álcool em várias substâncias, sendo o acetaldeído e o ácido
acético as mais importantes.
4. Eliminação
O álcool, em sua maioria, é eliminado pela urina (afinal é solúvel), mas cerca de 5% é eliminado por
meio da respiração, transpiração e salivação (pois é volátil).
Além disso, o álcool tem a capacidade de inibir a liberação de ADH pela neuro-hipófise, provocando
aumento da diurese (mais vontade de urinar).
+ Como as mulheres possuem menos água no organismo, o álcool é distribuído e metabolizado mais
rapidamente, apresentando seus efeitos de forma mais intensa do que nos homens +
METABOLISMO DO ETANOL
DL50→ dose letal média.
CO2 + H2O + energia → produzidos no CK com a presença de O2, OAA e funcionamento normal da CR.
= aldeído desidrogenase (mitocondrial).
A ação dessas enzimas depende da concentração e do volume de etanol ingerido.
Enzimas CYP450 (citocromo P450) são inespecíficas e indutíveis, ou seja, realizam a
metabolização de qualquer droga que entra no metabolismo (inclusive o álcool) e aumentam suas
concentrações quanto maior a ingestão dessas drogas. Logo, indivíduos alcoolistas apresentam maior
resistência aos medicamentos como, por exemplo, os antibióticos. Isso acontece, pois a ingestão
frequente do álcool torna as enzimas CYP450 mais ativas, fazendo com que a medicação seja
rapidamente metabolizada e seus efeitos pouco duradouros. Assim, se faz necessário uma maior
concentração prescrita do medicamento para realizar um tratamento em comparação aos indivíduos
não etilistas.
Além disso, alta quantidade o álcool não consegue ser metabolizado pelo fígado e acaba retornando à
circulação e seguindo para o sistema nervoso central gerando - caso alguém tenha um hábito de
sempre beber álcool - a concentração dessas enzimas, e então esse indivíduo vai precisar beber muito
mais para sentir os efeitos do álcool no SNC.
Lembrando que as p450 atuam roubando oxigênio e gerando radicais livres, o que vai causar lesões
oxidativas no tecido hepático, de início causa uma hepatose, mas cronicamente causa uma cirrose.
+ Catalase também pode fazer metabolização do álcool, dependendo da quantidade e da concentração
ingerida +
(CTE → cadeia de transporte de elétrons/ CK → Ciclo de Krebs/ CC → Corpos cetônicos)
Vias de oxidação do álcool:
Reoxidação do NADH citoplasmático - N sei oq falar
Colapso metabólico:
O aumento moderado de álcool causa:
- Pequeno aumento de acetil que vai ser convertido para formação de energia pelo CK;
- Aumento da quantidade de NADH;
- Aumento da lipogênese.
Já um consumo muito grande de álcool causa:
- Disponibilidade de muito acetil-CoA, mais do que o CK consegue consumir. Esse acetil-CoA em
alta disponibilidade vai gerar corpos cetônicos;
- Muita formação de NADH, diminuindo a disponibilidade do NAD (usado pelo próprio CK, na
glicólise) o que favorece a oxidação do piruvato em lactato e de OAA em malato.
O desequilíbrio entre NADH/NAD pode gerar um colapso metabólico. Para tentar reverter esse processo
o organismo começa desviar o metabolismo para a via anaeróbica, convertendo piruvato a lactato para
regenerar o NAD+ (deveria ser utilizado na glicólise). O alto consumo de piruvato vai demandar a
mobilização do glicogênio (glicogenólise e depois gliconeogênese) e glicose para convertê-los em
piruvato.
Esses processos vão gerar uma acidose por conta do aumento do lactato e uma hipoglicemia, e
esses fatores combinados podem levar ao coma.
Tecidos dependentes de glicose como o SNC, hemácia, gônadas e medula do rim são os mais afetados
pela hipoglicemia, além disso, a gliconeogênese, que deveria estar sendo estimulada pelo glucagon no
fígado vai estar inibida, já que o fígado está realizando glicólise para a produção de piruvato.
O consumo de álcool gera, ao mesmo tempo, uma lipólise no tecido adiposo, levando AG e glicerol até o
fígado, onde estará ocorrendo lipogênese, por conta da presença de acetil-CoA.
A uma pessoa que entrou em coma alcoólico, ao ser levada para o pronto socorro, deve ser
primeiramente administrada glicose no sangue, caso não ocorra uma melhora deve-se corrigir a
acidose.
+ O consumo crônico de altas quantias de etanol manterão os níveis de acetil-CoA elevados no fígado,
e isso vai atuar como um regulador alostérico para a formação de malonil para as vias do TG mesmo
sem ter insulina presente. Esses lipídeos causam esteatose hepática (fígado gorduroso) e a presença
deles causam mais inflamação. Soma-se a isso a alta formação de corpos cetônicos pela presença
de acetil-CoA +
Efeito da produção excessiva de acetaldeído:
- Altamente tóxico, mutagênico e carcinogênico;
- Inativação enzimática, decréscimo reparo de DNA;
- Promove diminuição da glutationa reduzida (GSH), assim a toxicidade mediada por radicais
livres e lipoperoxidação aumenta → a GSH é produzida via uso do NADPH, mas com o alto
consumo de etanol há maior ação da citocromo P450 na oxidação do mesmo. O cit. P450 usa o
NADPH durante esse processo de oxidação, assim menos NADPH estará disponível para reduzir
a glutationa. Além disso, a catalase também será recrutada para detoxificar o álcool, este,
portanto, acaba atuando como um competidor de radicais livres (ainda mais aumentados em
virtude da deficiência do mecanismo da GSH).
Em resumo, haverá um aumento nos radicais livres devido a deficiência desses 2 sistemas de
combate. Os radicais, acabam lesionando a membrana lipoproteica dos hepatócitos
(lipoperoxidação), podendo causar uma icterícia intra-hepática.
- Acúmulo de colágeno devido ao estímulo à proteólise e às lesões nos hepatócitos. que liberam
AA, permitindo que sejam utilizados para a produção do colágeno→ favorecimento de fibrose e
cirrose hepática.
- Diminui a tolerância à galactose → diminuição da UDP-glicose devido à hipoglicemia gerada;
sem UDP-glicose não há a formação da UDP-galactose.
+ Glutationa protege a membrana celular +
Quais as ações tóxicas do álcool?
INTOXICAÇÃO AGUDA
Aparelho digestivo:
Calor, ardor, inflamação da mucosa, náusea e vômito.
Metabolismo geral:
- Acidose lática + hipoglicemia = coma.
SNC (3 estágios):
- Euforia;
- Redução das faculdades mentais = perda de censura;
- Depressão do SNC = Arreflexia, atonia, hipotensão, hipotermia (consumo de glicose e lipólise
para degradação doetanol e não mais para produzir ATP/calor/energia), redução do ADH,
redução do equilibrio, incoordenação de fala e motora, confusão mental, perda de noção
espacial.
INTOXICAÇÃO CRÔNICA
Aparelho digestivo:
- Anorexia (bebida alcoólica não contém nutrientes, assim o etanol é considerado uma caloria
vazia, ou seja, dá saciedade havendo perda de apetite, mas não traz mais nenhum benefício),
intolerância gástrica, redução da absorção (especialmente de vitaminas, o que favorece
avitaminoses das vitaminas Hidrossolúveis - B e C - resultando em anemias e pelagra;
aumenta a desnutrição que pode levar a anemias, pelagra e edema)
- Úlceras, esofagite de refluxo;
- Desidratação crônica;
- Displasia de mucosa → Neoplasias;
- Agravamento da gota;
- Esteatose hepática → Cirrose;
Transtornos cardiovasculares:
Favorece o desenvolvimento de aterosclerose, pois há maior síntese de lipídeos pelo fígado, que podem
ser transportados pelo sangue via VLDL se o indivíduo não apresentar desnutrição (necessário AA para
formação das lipoproteínas de transporte).
Síndrome ou Encefalopatia de Wernicke:
Deficiência de tiamina (Vitamina B1) → necessária para o complexo Piruvato-DH e para o complexo
α-cetoglutarato-DH, portanto, há bloqueio da via aeróbia.
- Confusão (desorientação e desatenção);
- Ataxia (incoordenação de movimentos);
- Nistagmo (movimentos oculares oscilatórios, rítmicos e repetitivos);
- Convulsões (presentes ou não).
Síndrome ou Psicose de Korsako�:
Ocorre em decorrência de um ou mais episódios de encefalopatia de Wernicke.
- Redução da memória previamente adquirida, especialmente recente (amnésia retrógrada), bem
como incapacidade de aquisição de novas informações (amnésia anterógrada);
- Confabulação (inventam histórias para preencher as lacunas da memória de forma repetitiva
e/ou caótico).
No SNC (Intoxicação crônica):
Redução da função de neurônios colinérgicos corticais e do hipocampo;
Estímulo de neurônios dopaminérgicos do núcleo basal, opióides, serotoninérgicos, colinérgicos, GABA
- Redução da memória, do raciocínio, da inteligência;
- Estados psicóticos (surto esquizofrênico);
- Alteração da personalidade;
- Confusão mental, delírios, tremores, suores, debilidades de membros inferiores → Delirium
Tremens.
Ações do álcool no sistema nervoso central e seus efeitos biológicos:

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