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Resumo de Saúde integral do adulto I Luana simões Ciclo 1 - 5 Período Clínica médica Professor: Josué Valvopatias cardíacas Anatomia do coração: Valvas cardíacas → como se fosse uma tampa das câmaras cardíacas, serve para garantir o fluxo quando aberta e para inferir o refluxo quando está fechada. Temos 4 valvas no coração → uma bicúspide - que é a valva mitral que estabelece a divisão entre átrio esquerdo e ventrículo esquerdo. Lado direito temos uma valva tricúspide - vai estabelecer a divisão entre átrio direito e ventrículo direito. temos a valvas semilunares (que se desenvolve no início dos grandes vasos) aorta e pulmonar; Precisamos da integridade para o funcionamento, para isso não deve ter suas lesões em bordas, não consegue fechar de forma completa → (insuficiência valvar → valvopatia) é quando não tem o fechamento adequado. Para valva fechar completamente precisa da sua borda íntegra e precisa do aparelho subvalvar de forma íntegra, músculos papilares e cordas tendíneas. se a gente tiver fusão das válvulas valvas→ cada folheto de valvas é uma valvulas válvulas → conjunto de válvulas é formação de valvas. entre as válvulas: temos a abertura → comissura, quando temos a fusão de comissura - parte dela se liga a outra, válvula se torna mais rígida, não abre direito → isso seria estenose pois interfere no fluxo do sangue. temos dois tipos de valvulopatias → estenoses: que são causadas da fusão das comissuras e insuficiências déficit do fechamento do coração Temos que lembrar como as valvas se comportam em relação ao ciclo cardíaco. Sístole: a gente passa de sangue de onde para onde. Ventrículo para grandes vasos → passagem VE para aorta e VD para artéria pulmonar. Quais válvulas que devem estar abertas? pulmonar y aórtica, podemos ter estenosis aórtica e estenosis pulmonar. O que tem que estar fechado para não ter refluxo do ventrículo para artrio mitral e tricúspide. Na sístole a gente pode ter insuficiência da mitral e tricúspide. Diástole: passagem de sangue do átrio esquerdo VE, atrio direito para VD, passagem do sangue das válvulas mitral que está a esquerda e tricúspide que está a direita; temos na diástole a estenose de valva mitral e valvula tricuspide. quem tem que estar fechado a semilunares ( aórtica e pulmonar) → insuficiência aórtica e pulmonar. Imagem da semiologia exame físico cardiovascular 2 espaço intercostal linha paraesternal: foco aórtico à direita 2 espaço intercostal linha paraesternal esquerda: foco pulmonar 3 e 4 espaço intercostal à esquerda esternal: aórtico acessório. 5 espaço intercostal borda esternal ou linha paraesternal: foco tricúspide linha hemiclavicular - 5 espaço intercostal esquerdo: foco mitral. Geralmente o sopro é mais intenso na válvula que ele causou. quais as consequências dessas valvopatias que são as sobrecargas → quando eu tenho estenose, redução do espaço da passagem do sangue → a pós carga (quando resistencia que tenho a ejeção do sangue) aumenta - aumento da pós carga - sobrecarga de pressão - acaba gerando no músculo aumento da força de contração e precisa hipertrofiar o músculo concêntrica. Nos quadros de insuficiência teremos regurgitamento de sangue - o VE ejeta o sangue a válvula tem que fechar e não fechou direito na diástole: o V vai receber sangue do átrio e parte do liquido que regurgitou, as insuficiências são valvulopatias regurgitantes se aumenta o volume dentro do ventrículo → sobrecarga de volume → hipertrofia excêntrica qual é o estadiamento dessas valvulopatias: estádio A: Assintomático estádio B: paciente mais grave - Assintomático estádio C: Assintomático ● quase todos os pacientes com valvulopatias são assintomáticos - demoram tempo para desenvolver, pode sim algumas ser rápidas, porém pode demorar anos para desenvolver para um quadro significativo. - acompanhar esse paciente Valvopatias cardíacas estenosantes conceito: quando temos alterações da válvulas, na qual temos obstrução do fluxo sanguíneo e temos uma sobrecarga de pressão a etiologia da valvopatias é uma questão muito variável: - febre reumática: é uma produção de anticorpos contra o streptococcus pyogenes, anticorpos atuam vão atuar contra o cardiomiócitos e dessa forma vão causar fibrose no coração, distorção do aparelho valvar e dessa forma causa valvulopatias - cardiopatia reumática - valvulas podem degenerar com idade- alterar sua forma anatômica- paciente hipertenso, maior risco desse quadro. - alteração das valvas aórtica geralmente é tricúspide podendo vir bicúspide estenose aórtica → morte cardíaca súbita Estenose mitral: estreitamento valvar, obstrução do fluxo natural de sangue, no caso da estenose mitral o etiologia mais comum é a febre reumática. - na febre reumática pode causar tanto insuficiência como também estenose. - endocardite infecciosa → bactérias de alta virulência pode infectar o aparelho valvar pode causar processo de inflamação, inflamatório, causar calcificação e deformidades dessa valva com a união dos folhetos, fusão das comissuras → resulta em estenose - pode ser congênito → paciente pode nascer já com a fusão, pode ter alteração anatômica pode ser causada por várias doenças de depósito,deposição no tecido conjuntivo. - A maioria dos casos de estenose mitral vai ser achados, não terá sintomas, terá sintomas como bastante descompensados. - - Fisiopatologia desse caso: - temos o desenvolvimento da estenose → temos estreitamento do canal - passagem do sangue - do átrio para ventrículo. - aumento dessa resistência, uma redução do canal o que a gente tem ou consequência um aumento da pós carga, aumento da pressão, da resistência, vai ficar mais difícil para o artrio fazer a passagem do sangue do átrio para o ventrículo. - Na hipertensão quando aumenta a resistência → tem o aumento força de contração, hipertrofia concêntrica. - Como que vai tá a pressão no interior desse átrio → aumentada. O que vai acontecer com a pressão nas veias pulmonares - vai aumentar - o sangue vai ficar em estase nas veias pulmonares, o sangue vai para o interstício e vai ter um pulmão congesto, dispneia aos esforços, ortopnéia, estertores crepitantes no exame físico. - A pressão que está aumentada na veia → através da transmissão pelos capilares, vai aumentar o aparelho arterial, então vai ter uma resistência na artéria pulmonar, vai ficar mais difícil para VD fazer a ejeção desse sangue para os pulmões. Hipertrofia do Ventrículo. - Como a câmara Ventriculo e Átrio tem a pressão muito semelhante, se o ventrículo hipertrofia o átrio também vai hipertrofia. - se a gente já viu quando essa pressão se transmite para a circulação sistêmica vai acontecer: 1- a veia cava superior vai ter dificuldade de esvaziar esse átrio, a gente vai ter indulgência jugular, a cava inferior vai ter essa mesma dificuldade - hepatomegalia, ascite e presença de edema,nesse quadro átrio vai garantir o fluxo, não tem alteração de débito, com o tempo esse átrio - a hipertrofia concêntrica vai virar excêntrica → pelo fato a massa cardíaca aumentada, vai ter morte celular, vai ter fibrose, O Ventrículo que estava com massa aumentada, vai aumentando em volume, a característica vai ser o quadro sintomático, átrio com volume aumentado, dilatado → tem uma insuficiência em termo sistólico → não vai ter ejeção adequada do ventrículo, nessa situação vai ter sintomas de baixo débito - cianose, baixa hiperfusão e hipotensão. - Na imagem - VE não tem nenhuma alteração, nesse caso não tem cardiomegalia. - Quadro clínico - estenose é muito influenciada pelo esforço físico - aumenta a frequência do coração e débito, o átrio precisa de um tempo x para que se tenha passagem do sangue entre ele e o ventrículo, quando a frequência está aumentada o que vai acontecer? vai ficar curto, sem problema valvar → o esvaziamento por gravidade vai ocorrer de forma completa. Se o paciente tem estenose: onde a passagem do fluxo sanguíneo é cada vez menor, aumenta a frequência, reduz o tempo de esvaziamento, a gente tem maior dificuldade de fazer essa passagem e portanto cada vez vai passarmenor quantidade de sangue → piora a estenose mitral. quando aumenta o débito, o volume circulatório, quando acontece no exercício, uma maior quantidade de sangue a ser descarregada, como o canal é pequeno vai ter essa dificuldade. exercício piora os sintomas da estenose mitral. Os sintomas seriam: dispneia aos esforços, ortopnéia, intolerância ao exercício, o pulmão dele está congesto, logo pode ter tosse e isso pode ocorrer na insuficiência cardíaca. - A parede capilar: 1 única camada de células, fina, quando aumenta a pressão dessa parede ela acaba se rompendo e o sangue vai extravasar, vai para o brônquio, traqueia, laringe, faringe e vira hemoptise. - Átrio e o sistema de condução, para se ter contração é preciso que haja estímulo, que vem pelo sistema de condução cardíaca, meu átrio está crescendo, está gerando no sistema de condução gerando deformidade, é um pouco menos nutrido pelo fato de a parede está se tornando mais espessa, logo se tem morte dos cardiomiócitos especializado. Quando tem a morte, alteração do sistema de condução temos arritmias começa a ter ausência do batimento e a parede do coração começa a fibrila ( tremer), quando fibrila não tem contração, o quadro do paciente que já era ruim pode piorar, fibrilação → aumenta a congestão, pode gerar baixo débito e o quadro pode piorar. essa câmara, esse átrio esquerdo ele pode crescer de tal forma que ele vai gerar pressão em todo mediastino, essa pressão aumentada no mediastino pode comprimir o nervo laríngeo recorrente → gera sintoma rouquidão achado na estenose mitral síndrome de Ortner; - Exame físico desse quadro: Bulhas: Entre a B1 e B2 → sístole entre a B2 e a próxima B1→ diástole essa valva da estenose mitral → ela vai está calcificada, fibrosada, vai se tornar mais pesada, quanto mais sólido o objeto mais ela conduz som, então essa valva ela se fecha, ela produz som, um barulho, mais intenso e vai aumentar a ausculta dessa bulha, temos uma hiperfonese de B1, a gente tem um aumento da pressão nesse sistema, vaia repercute na artéria pulmonar, a artéria pulmonar no início dela tem uma válvula semilunar → valva pulmonar também vai estar sobre pressão, por causa disso ela também vai se fechar de forma intensa, vai se fechar diante de uma resistência, podemos ter hiperfonese de B2. Se o paciente tiver B1 e B2 → cria uma dificuldade do achado. A válva vai se fechar de forma mais brusca, no caso da mitral causar mais barulho, vai se abrir de forma mais brusca, dificuldade gerando um som, quando essa valva se abre? na diástole, vai ter um som logo após da B2, esse som de abertura vai ser chamado de estalido mitral, coincide com aumento de B3. O que conseguimos ouvir melhor é o sopro mitral → regurgitamento de sangue e passagem de sangue de uma câmara maior para uma câmara menor. No caso estenose temos a redução da abertura do fluxo natural do sangue, temos um sopro quando essa válvula deveria estar aberta, que seria na diástole então vamos ter um sopro diastólico, esse sopro é no início da diástole, pode durar a diástole inteira, quando maior for a duração desse sopro pior é a gravidade da estenose. No paciente pode ter uma crepitações pulmonares, estase jugular, sem alteração de ictus, VE preservado. Paciente: palida e cianose → baixo débito, a gente chama esse achado de estenose mitral grave - Fácie mitralis. Diagnóstico: Exames físico e anamnese. Exames complementares. Raio X de tórax, analisar cardiomegalia. Pedir sempre raio X de tórax PA( posteroanterior) e perfil. ECG. Ecocardiograma, diagnóstico e grau de acometimento do coração. Exame de raio X: átrio se tornou dilatado e hipertrófico. Opaco → congestão pulmonar Paciente assintomático - repete o ECO a cada ano e ver se houve mudança bo padrão da estenose, não tem nenhuma outra medida a se fazer para sintomático - indica betabloqueador - reduzir a frequência cardíaca e o tempo de ejeção entre o atrio e ventriculo vai ser menor, menos complicação clínica, vai reduzir fibrose, e diminuir o risco de insuficiência cardíaca. congesto - diuretico fibrilando, o coração não está contraindo, o sangue está parado, risco de coagulação - estase - o sangue parado coagula e forma trombo, o trombo que pode ir para carotida e gerar avc, ir para coronária gerar infarto, ir para circulação sistêmica e gerar uma doença arterial periférica. Prevenir a formação de trombo - antiagular este paciente de forma profilática. Febre reumática → profilaxia endocardite infecciosa→ tratar a endocardite e fazer antibioticoterapia a esse paciente. Tratamento cirúrgico é o mais indicado para o paciente → mais comum na mitral → é a valvopatia mitral do cateter balão, um balão no catete, insuflar o balão na região da valva e acaba com a estenose, alargar a passagem, mais comum, mais fácil de ser realizado. Para quem é indicado o valvolopatia mitral do cateter mitral é para sintomático, grau moderado/grave asqueado de estenose, estenose leve não é realizado. Outra terapia comissurotomia valvar → corte comissura, a valvula e nesse cantos é cortado a comissura, maior abertura na valvula. Contraindicação valvopatia → lesão de multiplas valvas e realização de cirurgia de troca valvar temos 2 modelos: a valva metálica (duração de 10-15 anos)/necessita coagular pelo resto da vida e a bioprótese de animais (dura a vida inteira - menor risco trombótico, não necessita a utilização de coagulante) Aula 15 de Clínica Médica 08/03/2023 Complicações Alteração da parede do átrio, que se torna dilatado, com isso há o surgimento de focos ectópicos, geração de sinais elétricos que não provocam contraçã→ Fibrilação atrial. Superficie da valva está mucosa, irregular, rígida → isso significa que irá existir uma maior facilidade das plaquetas se agregarem na valva. Aumento do risco de eventos tromboembólicos. Fibrilação atrial + estenose = maior risco de trombos. Risco da agregação de microrganismos, maior risco de endocardite infecciosa. Estenose aórtica Redução do fluxo pela valva aórtica. União das cúspides reduzindo o diâmetro da passagem do sangue. Quadro que demora anos para surgir e se manifestar em termos de sintomas. Compensação desse quadro inicialmente. Etiologia A valva aórtica possui 3 cúspides. Alguns pacientes terão variação anatômica, ao invés de nascer com valva tricúspide, nascem com valva bicúspide que aumenta o risco de estenose. Alguns pacientes têm maior risco de calcificação e fusão das valvas. Como pacientes mais idosos, no processo de envelhecimento há inflamação e calcificação da valva. Paciente hipertenso aumenta o risco da calcificação. Pelo dano estrutural que a maior pressão causa na valva. Dislipidêmicos (aumento de LDL, triglicerídeos) e diabéticos, sangue mais viscoso gera lesão estrutural. Febre reumática causa estenose aórtica - insuficiência mitral . Fisiopatologia Na base da aorta há a estenose, significa que o fluxo de passagem será menor. Resistência a passagem do sangue e pressão aumentada. aumento da pós-carga. Coração deve aumentar sua força de contração, fazendo hipertrofia concêntrica. Paciente inicialmente é assintomático porque o ventrículo hipertrofiado garante a perfusão. Se tem hipertrofia com o tempo a perfusão de oxigênio é dificultada, a parede começa a sofrer isquemia, morte celular, necrose → morte de cardiomiocitos. Com isso a câmara fica mais fraca, dificultado de bombear o sangue, baixo débito. Câmara que estava com hipertrofia concêntrica, ela começa a se dilatar, pois o sangue acumula em seu interior. Agora teremos hipertrofia excêntrica, cardiomegalia, graças a um aumento do VE. O sangue fica em estase no VE, isso será resistência para o AE. AE começa a hipertrofiar e dilatar. Esse processo de estase com o tempo pode acontecer nas veias pulmonares e no pulmão. Passagem do liquido para o interstício com congestão pulmonar. Pulmão artéria e câmara direita, efeito sistêmico. Coração com hipertrofia excêntrica, baixo débito, sai pouco sangue, fluxo é menor. As primeiras artérias que saem do arco da aorta são as carótidas, o fluxo diminuído na carótida gerasíncope (falta de sangue para o cérebro). Menos sangue passando pela aorta. Segundo sintoma é a angina. Coronária dilatada não melhora o fluxo, se a quantidade de sangue não aumenta, não adianta aumentar a artéria. Nesse caso há uma angina que não responde a terapia antianginosa padrão. Coronárias surgem acima da valva aórtica, como a quantidade de sangue mandada é menor, há menos sangue para as coronárias, logo há hipofluxo, isquemia, dessa forma há a angina. Estase VE, AE e consequentemente no pulmão gerando dispneia, líquido impede a troca gasosa. Tríade clássica da estenose aórtica: síncope, angina e dispneia. Precisamos maior débito cardíaco nas atividades físicas. Esses sintomas são desencadeados e pioram diante do exercício físico. Lembrar que o paciente inicialmente é assintomático, passam-se anos até apresentar sintomas. Exame físico O pulso é a pulsação da artéria que reflete a pulsação cardíaca. O melhor local para avaliar é o pulso carotídeo. Batimento desse coração está fraco, pulso tem duas características: Demora a atingir a capacidade máxima, ponto máximo. Pulsus tardus. A amplitude do pulso estará diminuída. Pulsus parvus. Coração está aumentado. Ictus cordis está desviado, cardiomiócitos do coração tentam fazer o máximo possível de força. Pulso está mais forte, denominado de ictus desviado e propulsivo. A valva aórtica quando ela se abre, não consegue fazer de forma completa, o sangue faz turbilhonamento na abertura menor, sangue bate mais na parede, gerando uma vibração, denominada de frêmito. Vê o frêmito na palpação do foco aórtico, carótidas. Nosso coração tem sobrecarga de pressão que pode gerar uma bulha, B4 auscultada antes da sístole, B4 aparece antes de B1. TUM-TA-TA. Essa valva tem fechamento mais retardado e menos brusco. O fechamento da aorta é responsável pela B2. Com isso teremos hipofonese de B2. A valva aórtica precisa estar aberta na sístole. A ejeção na sístole, no primeiro momento há grande quantidade de sangue ejetada, conforme mais sangue passa, o som do sopro aumenta. Sopro mesossistólico, está no meio da sístole. Sopro em diamante (aumenta e diminui). Em condições que aumentam o retorno venoso, aumentam a quantidade de sangue que passa pela estenose, sopro se torna mais forte. Essas condições são: exercício físico, esforço físico, posição de córcoras. Condições que reduzem o sopro: aumento da pressão intratorácica, manobra de Valsava e posição ortostática e Manobra de Handgrip (colocar as duas mãos uma contra a outra). Fenômeno de Gallavardin. Sopro aórtico da estenose aórtica, esse sopro é melhor escutado em foco mitral, ao invés de ser em foco aórtico. Para diferenciar, auscultar o paciente normal e depois em manobra de Handgrip, se o sopro diminuiu a origem é aórtica. Diagnóstico Anamnese. Analisar tríade clássica. Exame físico. Raio X de tórax. Espera-se ver cardiomegalia. PROVA: escrever Raio X de tórax + a sua incidência = PA + perfil. ECG. Ecocardiograma. Paciente tem maior massa ventricular, há mais área para despolarização, potencial elétrico deve ser maior. É visto com o aumento da amplitude do QRS. Nesse eletro há sobrecarga VE. Necessário analisar 2 pontos: Índice de Sokolow-Lion. Somar as amplitudes da onda S em D1 com a amplitude da onde R em D5 ou D6 (a maior). Exemplo: 19 quadradinhos em D1 + 25 V5 = 44 mV. Normal para mulheres < 30. Maior que 30 = SVE (sobrecarga ventricular esquerda). Para homens > 35 quadradinhos. ISSO NÃO CAI NA PROVA. Ecocardiograma Abertura muito discreta entre átrio e ventrículo. Quadro de estenose aórtica grave. LV = VE. LA = AE. RV = VD. Tratamento Grande problema do paciente é o baixo fluxo. Nenhum medicamento reduz a estenose. Nenhum medicamento melhora a sobrevida do paciente. Paciente congesto. Usar medicação sintomática como diuréticos, furosemida, diurético de alça. Tratamento cirúrgico Mais indicado é a troca valvar. Fazer em qualquer idade. Troca por valva mitral ou bioprótese. Indicado para condições com repercussão sistêmica, estenose grave sintomática (quando houver sincope e angina). Paciente com múltiplos acometimentos valvares. Redução da fração de VE. Paciente com múltiplos riscos de angina. Paciente que será submetido a revascularização. Alternativa para quem não pode fazer a troca valvar, necessário fazer com balão para dilatar canal de passagem. Implante de bioprótese com cateter. Complicações Sua valva está irregular, logo é um local onde pode haver a agregação de plaquetas. Pode-se ter embolia sistêmica, vários êmbolos sendo dispersados pela aorta, podendo gerar AVC, IAM, isquemia de qualquer órgão. Além de plaquetas se agregarem, há também podendo ter a instalação de microrganismos para esse paciente. Risco maior de endocardite infecciosa, podendo ser causa ou consequência de valvopatia. Aula 15 de Clínica Médica 09/03/2023 Valvopatia cardíacas regurgitantes Conceito Nas insuficiências valvares temos um defeito que pode ser da cúspide valvar, anel fibroso, cordas tendineas ou do músculo papilar. Defeito em qualquer uma dessas partes pode gerar um defeito no fechamento valvar. Temos a insuficiência mitral e aórtica. São as mais significativas clinicamente. Insuficiência mitral Defeito no fechamento da valva mitral de forma que há refluxo sanguíneo para o AE durante a sístole. Etiologias Pode ser congênito, valva prolapsada. Adquirida. Processo de degeneração da valva. Febre reumática. Causa comum. Destruição do anel fibroso da valva. Isquemia cardíaca. Caso tenha DAC ou infarto, em algum momento haverá morte celular, isso significa que terá um enfraquecimento do músculo pectíneo, com isso o fechamento da valva não é adequado. Endocardite infecciosa. Bactéria com alta virulência causam danos no aparelho valvar que podem gerar valvopatias. Dilatação do VE. Qualquer condição que gere a dilatação do VE, pode distorcer o anel fibroso, com isso a valva não consegue fechar de forma adequada. Prolapso mitral Fisiopatologia A valva mitral deve estar fechada na sístole, pois aqui o sangue deve sair do VE e ir para a aorta. Quando há insuficiência o VE se contrai o sangue é ejetado parte para a aorta e parte é regurgitado para o AE. AE com refluxo. Gera aumento do volume do AE quando ele faz diástole, pois terá que ejetar mais sangue, a esse volume excessivo é denominado de sobrecarga de volume, faz-se hipertrofia excêntrica. Átrio dilatado e com o tempo perde a capacidade dejetar o sangue, sangue se acumula no interior do átrio. Esse volume residual atua como resistência a veia pulmonar, nela ocorre estase, congestão pulmonar. Congestão pulmonar aumenta pressão na câmara direita, insuficiência na câmara direita com sintomas sistêmicos. Quadro clínico Maior parte dos pacientes são assintomáticos. Pode levar de 20 a 40 anos para desenvolver sintomas. Congestão gera dispneia. Tosse. IC a direita com turgência de jugular, ascite, hepatomegalia e edema de MMII. Exame físico Câmara direita se aumenta, com isso há desvio do coração. No EF se observa ictus cordis desviado e aumentado. Fechamento da valva mitral é responsável por B1, não há fechamento adequado dela o que leva a hipofonese de B1. Fechamento prematura da valva aórtica. Gerando desdobramento patológico de B2. Presente na expiração, pois o fisiológico surge na inspiração. Presença de B3. A valva mitral deveria estar fechada durante a sístole. O sopro nesse caso é sistólico. Sopro holossístólico que dura toda a sístole, diferente da estenose aórtica que o sopro era mesocrescente. Sopro aumenta durante a manobra de Handgrip. Usa-se a manobra de Rivero-Carvallo. Sopro de origem mitral não aumenta na expiração, o mesmo na inspiração e expiração. Sopro irradiante, dado que está na região de maior massa, VE, consegue se auscultar esse sopro na axila ou em focos da base. Tabela de intensidade do sopro. Não tem a ver com a gravidade do sopro. Diagnóstico Anamnese: se paciente tem DAC, se já infartou, se tem febre reumática. Achados do exame físico e complementar com exames complementares. Exames complementares raio X de tórax, ECG,ecocardiograma. Cardiomegalia. AE mais dilatado. Sinal de duplo contorno. Sinal da bailarina. ECG QRS aumentados. Sobrecarga ventricular. Sobrecarga atrial esquerda. QRS muito grandes. Indicativos de hipertrofia. Regurgitação do ventrículo para o átrio. Tratamento farmacológico IECA + BB + diurético Sem resposta usar digitálico para o paciente, digoxina, em fases finais. Aumenta a força de contração. Tratamento cirúrgico Troca valvar Valvoplastia mitral. Fazer em casos graves. Complicações Fibrilação atrial. Átrio dilatado, desloca o sistema de condução, surgem focos ectópicos com surgimento da fibrilação atrial. Átrio dilatado, sangue em estase, com fibrilação aumenta o risco de eventos tromboembólicos. Endocardite infecciosa. Pode ocorrer em qualquer valvopatia. Insuficiência mitral aguda. Paciente infartou, musculo papilar morreu, há instalação rápida, resultando em congestão rápida. Congestão rápida é denominada de edema agudo do pulmão EAP. Grande risco de morte. Insuficiência aórtica Conceito Ocorre na diástole, quando ela deveria estar fechada, ocorre refluxo diastólico para o VE. Etiologia Congênita. Causa mais COMUM. Nasce com a valva bicúspide. Essa valva tem dificuldade de abrir e de fechar, aumenta o risco de estenose e insuficiência aórtica. Febre reumática. Endocardite infecciosa. Doenças da base da aorta. Doenças de tecido conjuntivo como a síndrome de Marfim. Valva fica frouxa. Produção de autoanticorpos com acometimento da degeneração da artéria aorta tendo insuficiência aórtica. Sífilis em sua terceira fase com degeneração de gomos, tecido necrosado, como degeneração da parede da aorta, levando a insuficiência aórtica. Fisiopatologia Valva aórtica que não se fecha corretamente, sangue na diástole regurgita para dentro do VE. VE recebe seu volume normal + volume regurgitado da aorta. Portanto há volume sobrenormal, sobrecarga de volume, hipertrofia excêntrica. VE fica dilatado e insuficiência sistólica. Sangue fica extasiado, aumento do volume residual que gera no coração aumento de pressão e também leva a congestão do pulmão, câmara direita e circulação sistêmica. Excepcionalmente na insuficiência aórtica há sobrecarga de volume e de pressão. Pois o volume ao fim da diástole estará aumentado, ventrículo tem que fazer mais força para ejetar, canal do mesmo tamanho, é como se existisse uma estenose funcional, terá uma sobrecarga de pressão irá sofrer também uma hipertrofia concêntrica. Ecocardiograma Valva forma uma banana quando é bicúspide. ECO NÃO CAI NA PROVA. Quadro clínico Se tem congestão tem dispneia e ortopneia. VE com insuficiência sistólica, baixo débito nas carótidas gera síncope. Nas coronárias gera angina. Mesmos sintomas da estenose aórtica. Sintomas mais discretos, quadro em geral é mais leve. Exame físico Sangue passa pela aorta e retorna. A pressão dentro dessa aorta aumenta na ejeção do sangue e diminui muito quando o sangue volta. Pulso em martelo d’água. Melhor pulso para avaliar é o carotídeo, rápida ascensão e queda abrupta. Cardiomegalia. Ictus estará deslocado e aumentado para a esquerda. Sopro ocorrerá na diástole, pois a valva deveria estar fechada. Sopro diastólico. Sopro de Austin-Flint. Sangue que estava na aorta e volta rapidamente para o VE, o sangue que volta aumenta a pressão, há resistência no AE. Fluxo que deveria sair do AE e vir ao VE, o fluxo pode diminuir, resistência ao escoamento do sangue. Estenose mitral funcional – sopro de Austin-Flint. Tudo pulsa, repercute para todo o corpo: Sinal de Musset. Cabeça do paciente irá pulsar durante a sístole. Sinal de Muller. Pulsação da úvula. Sinal de Traube. Ruido sistólico como se fosse um tiro de pistola ouvido na femoral. Diagnóstico Anamnese. Exame físico. ECG, raio X e ecocardiograma. Raio X Cardiomegalia. Congestão pulmonar. Alargamento do mediastino. ECG Sobrecarga ventricular esquerda com o aumento da onde QRS. A soma de V1 +V5 = 45. Índice de Sokolow-Lion positivo. Tratamento farmacológico NENHUMMEDICAMENTO muda a história desse paciente. Normalmente utiliza-se IECA, mas não muda o quadro. Tratamento cirúrgico Forma crônica grave sintomática. Fração de ejeção de VE está diminuída. Insuficiência aórtica aguda grave. Troca valvar.