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Anestésicos locais

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Anestésicos locais 
Bloqueia de maneira reversível a condução nervosa. Os anestésicos locais 
apresentam uma fórmula constituída de três partes: um radical aromático, uma cadeia 
intermediária composta por um éster ou amida, e uma amina secundária ou terciária. O 
grupo aromático (ácido benzóico – ex: cocaína; PABA – ex: procaína e tetracaína; 
Xilidina – ex: lidocaína, prilocaína, bupivacaína e mepivacaína). Cadeia intermediária 
(pode ser formada por um éster ou uma amina e quanto maior ela for, maior será seu 
efeito anestésico). 
Bloqueio anestésico -> para que ocorra um bloqueio anestésico é necessário que 
ocorra: 
• Expansão da membrana pela base 
• Ligação do cátion ao local receptor (canal de sódio) 
• Bloqueio do canal ao sódio 
• Diminuição da condutância ao sódio 
• Depressão da intensidade da despolarização elétrica 
• Falha no nível do potencial limiar 
• Bloqueio no desenvolvimento do potencial de ação propagado e de 
condução. 
Quando associado com a epinefrina, causa vasoconstrição e maior durabilidade 
do efeito anestésico. 
Procaína: 
 Curta duração de ação, pouco poder de penetração, absorção rápida pela 
circulação sistêmica, inativa como anestésico tópico, menos potente que a 
lidocaína, uso aconselhável com epinefrina, potencializa a succinilcolina – classe 
dos bloqueadores neuromusculares despolarizantes utilizado pela medicina como 
relaxante do músculo esquelético - e os anticolinesterásicos – impede a ação 
acetilcolinesterase aumentam sua toxicidade (neostigmina e fisostigmina). 
Tetracaína: 
 Homóloga à procaína, potente anestésico local de ação tópica, alto poder 
de toxicidade. 
Lidocaína: 
 Potencia e duração moderadas, alto poder de penetração, pouca 
vasodilatação e ação tópica pouco eficaz. 
Prilocaína: 
 Potencia semelhante à lidocaína, com bom poder de penetração, período 
de ação semelhante à lidocaína, menos tóxica que a lidocaína. 
Bupivacaína: 
 3 a 4 x potente que a lidocaína, de ação longa 2 a 4 hr, não produz 
vasodilatação. 
Ropivacaína: Alta capacidade de ligação às proteínas plasmáticas, atravessa 
barreira placentária, ação similar à bupivacaína. 
 
Principais técnicas anestésicas: 
• Anestesias tópicas 
• Anestesias infiltrativas (intradérmica, subcutânea, profunda, circular e 
entre garrotes) 
• Anestesias perineurais (em emergências ou não de forames) 
• Anestesias espinais (peridurais e subaracnóides) 
• Anestesias intravenosas (Bier) 
• Anestesias intra-articulares 
 
Anestesias tópicas 
 Olhos, mucosas bucais ou nasais e utiliza-se a lidocaína em concentrações mais 
altas. Alta absorção -> cuidado com a intoxicação. Para anestesias tópicas do olho é 
indicado a tetracaína por ser potente e possuir longa duração. 
Anestesias infiltrativas 
 Intradérmica: requerido para pequenas incisões na pele, retirada de nódulos ou 
biópsias de pele. 
 Subcutânea: É a mais empregada. Utilização vai de pequenas suturas de pele ate 
ruminotomias em bovinos, caprinos e ovinos. Técnica -> botão anestésico, cordão 
anestésico e figuras planas geométricas. Indicações: suturas, retirada de corpos estranhos, 
ruminotomias, excisões tumorais, retirada de cistos, biópsias de pele com 
comprometimento subcutâneo, castração em equinos, luxação da patela em equinos, 
descornas cosméticas. 
 Profunda: Parece com a subcutânea, a diferença está nas formas geométricas, que 
na profunda são tridimensionais (cone ou pirâmide). Indicações: ruminotomia 
(musculatura), excisão de linfonodos, excisões tumorais em planos profundos, biópsias 
que requerem envolvimento dos tecidos conjuntivos, pequenas vulvoplastias em éguas, 
sequestros musculares ou ósseos, retirada de corpos estranhos em trajetos fistulosos. 
 Circular: É sugerida em todos os corpos de forma cilíndrica, como mebros ou 
cauda. 
Entre garrotes: É requerida em animais novos (potros, bezerros), em adultos 
(cães), quando não se pode exceder a dose máxima permitida ou quando o paciente é de 
alto risco. Anestésico fica limitado pelos garrotes, embebendo pequena área tissular, e 
bloqueando o impulso nervoso. 
Anestesias perineurais: 
Deposição do anestésico no perineuro (ao redor do nervo) em concentrações que 
variam de acordo com o tempo de cirurgia. Mais frequentemente utilizada em membros. 
Indicações: descornas, recalques dentários e trepanações em equinos, intervenções nos 
membros de modo geral, laparotomias em bovinos, palatites, suturas e excisões tumorais. 
 
Anestesias espinais 
Anestesia peridural: (epidural). É uma anestesia regional, segmentar, temporária, 
produzida por fármacos anestésicos depositados no canal espinal. Denominação depende 
do local de aplicação. Extradurais: epidural ou peridural (ao redor da dura-máter. 
Subaracnóides: depositada abaixo da aracnóide, em contato com o líquido 
cefalorraquidiano. Modo de ação -> Inicialmente, através do espaço epidural, são 
atingidos os nervos espinais que passarão pelos forames intervertebrais, obtendo-se um 
bloqueio paravertebral múltiplo. Segue-se dentro do espaço epidural, o bloqueio dos 
ramos nervosos e gânglios. 
Efeitos neurológicos: sequência de bloqueio das fibras nervosas -> fibras pré-
ganglionares autônomas, ocorrendo bloqueio simpático, fibras térmicas, fibras sensoriais, 
fibras do tato, fibras de alta pressão. fibras motoras, fibras de sensibilidade vibratória e 
impulsos proprioceptivos. 
Efeitos cardiovasculares: vasodilatação arteriolar com vasoconstrição 
compensatória, paralisia das fibras simpáticas no bloqueio torácico anterior, redução do 
débito cardíaco por bloqueio betarreceptor, depressão do miocárdio em altas doses. 
Efeitos respiratórios: bloqueios altos por ação central ou periférica podem 
provocar, progressivamente, respiração mais diafragmática, podendo causar parada 
respiratória, geralmente ligado a sobredose. 
Indicações: peridural: cirurgias obstetrícias em pequenos animais, em 
intervenções sobre o reto, e em cirurgias ortopédicas em pacientes de alto risco. Em 
grandes animais é utilizada em procedimentos obstetrícios, intervenção a nível de reto em 
posição quadrupedal. 
Anestesia subaracnóide: Anestesia espinal, segmentar em que se deposita o 
fármaco na região subaracnóide, entrando em contato com o líquido cefalorraquidiano. 
Local da punção é feito nas últimas vértebras lombares (L4, L5, L6 e L7), evitando 
bloqueios altos que podem prejudicar a respiração). Indicado em manipulações 
obstétricas, pacientes de alto risco e cirurgias abdominais retroumbilicais. Não é indicado 
em pacientes com hipotensão arterial ou estado de choque, convulsões, septicemias, 
choques hemorrágicos ou meningites, anemias ou hipovolemias, alterações anatômicas 
da coluna ou animais idosos. 
Lidocaína a 5% é injetada e se mistura ao líquido cefalorraquidiano. 
 
Anestesia intravenosa ou de Bier: 
É uma das técnicas mais práticas, seguras e eficazes. Bastante utilizada em 
grandes animais devido sua praticidade em anestesias dos membros pélvicos e torácicos. 
Aplicação do anestésico local no compartimento vascular, com garrote que delimita o 
acesso do anestésico. Lidocaína a 1% é utilizada com frequência em até uma hora de 
anestesia, tempo em que o garrote pode permanecer no membro sem causar necrose 
tecidual. Após o procedimento o garrote deve ser retirado lentamente. 
 
Anestesias intra-articulares: 
Recomendado para equinos e pode ser utilizado como diagnóstico, pois após a 
aplicação a claudicação para instantaneamente.

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