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MONITORIA SOI II APG 03 - Anatomia da coluna vertebral; - Anatomia, morfologia e fisiologia da medula; - Nervos espinais; - Arco-reflexo ANATOMIA DA COLUNA VERTEBRAL - 33 vértebras ósseas que se conectam através de discos intervertebrais cartilaginosos; - Faz parte do esqueleto axial; - Base do crânio (osso occipital) → Cóccix; - O seu centro é atravessado pela medula espinhal; - Vértebras cervicais (7) - Vértebras torácicas (12) - Vértebras lombares (5) - Sacro (5 fundidas) - Cóccix (3-4 fundidas) ANATOMIA DA COLUNA VERTEBRAL ESTRUTURA DE UMA VÉRTEBRA TÍPICA: - Corpo vertebral: - Parte cilíndrica anterior, que dá força e sustenta o peso; - Seu tamanho aumenta em direção inferior; - Corpos adjacentes são separados por discos intervertebrais. - Arco vertebral: - Posterior ao corpo; - Dois pedículos e duas lâminas; - Pedículos contém incisuras → Forame intervertebral (passagem dos nervos espinais); - Forame vertebral (por onde cursa a medula espinal). - Processos vertebrais: - 1 espinhoso (posteroinferior); - 2 transversos (posterolaterais); - 4 articulares; - Pontos de fixação para ligamentos e músculos. ANATOMIA DA COLUNA VERTEBRAL VÉRTEBRAS CERVICAIS: - Origem dos plexo braquial e plexo cervical (diafragma); - Total de 7 (coluna cervical); - Discos intervertebrais menores e mais finos; - São as mais móveis; - Características específicas: - Forame transverso (passagem das artérias vertebrais e nervos espinais); - Tubérculos anterior e posterior; - Processos espinhosos bífidos. - Atlas (C1): - Arco anterior e posterior + Massas laterais; - No arco anterior: tubérculo anterior + fóvea (articula com o áxis). - As massas articulam com os côndilos occipitais. - Áxis (C2): - Processo odontoide voltado para cima; - Faces articulares que se relacionam com o atlas (rotação da cabeça). - As articulações atlanto-occipitais permitem a flexão e a extensão da cabeça (gesto de “sim”). As articulações entre o atlas e o áxis (as duas articulações atlantoaxiais laterais e a articulação atlantoaxial mediana entre o processo odontoide e o atlas) permitem a rotação da cabeça (gesto de “não”). - Vértebras típicas (C3 a C6): - Corpo pequeno (menos peso); - Presença dos processos uncinados (articulação com a vértebra superior); ANATOMIA DA COLUNA VERTEBRAL VÉRTEBRAS TORÁCICAS: - Total de 12; - Formação da caixa torácica; - Características específicas: - Facetas ou fóveas costais (articulam com as costelas); - Corpos vertebrais em formato de coração; - Forames vertebrais menores; - Processos transversos e espinhosos longos e resistentes que apontam para baixo; - Corpos são mais espessos do que os da coluna cervical. ANATOMIA DA COLUNA VERTEBRAL VÉRTEBRAS LOMBARES: - Total de 5; - Maiores corpos vertebrais de toda a coluna → Sustentação de peso; - Pedículos e lâminas são espessos e fortes; - Processo espinhoso mais curto e resistente (fixação dos músculos lombares); - Processos acessórios e mamilares; - L5 é a maior do corpo; - A medula espinal termina no cone medular, ao nível de L1/L2; - Vértebras típicas (ausência de forame transverso e de facetas). ANATOMIA DA COLUNA VERTEBRAL SACRO: - 5 vértebras fundidas; - Faz parte da pelve; - Transmite o peso do corpo à pelve; - Ápice + Base + Superfícies pélvica, posterior e latera; - Canal sacral (cauda equina); - Forames sacrais → Saída dos nervos espinais. CÓCCIX: - 3 a 4 vértebras coccígeas fundidas; - Cornos coccígeos; - Ponto de fixação para o glúteo máximo ARTICULAÇÕES ENTRE OS CORPOS DAS VÉRTEBRAS: - Discos intervertebrais: - Fibrocartilagem; - Chamadas de sínfises; - Movimentação, absorção e amortecimento de choques; - Núcleo pulposo + Ânulo fibroso; - Total de 23 no corpo: o 1º entre C2 e C3 e o último entre L5 e S1. ANATOMIA DA COLUNA VERTEBRAL - Ligamentos da coluna: - Ligamento longitudinal anterior (limita a extensão e hiperflexão); - Ligamento longitudinal posterior (dentro do canal vertebral) → previne herniação posterior - Ligamento flavum - conectam lâminas adjacentes. - Ligamentos interespinhosos - conectam os processos espinhosos de vértebras próximas. - Ligamento nucal - estende-se do crânio (protuberância occipital) aos processos espinhosos de C7, onde se funde com o ligamento supraespinhoso. - Ligamento supraespinhoso - uma longa faixa que liga as pontas dos processos espinhosos. ANATOMIA DA MEDULA ESPINAL - A medula é o principal centro reflexo e via de condução entre o corpo e o encéfalo; - Ligeiramente achatada anterior e posteriormente; - Protegida pelas vértebras, ligamentos e músculos, meninges e LCS; - É a continuação do bulbo; - Estende-se até L1/L2; - Intumescência cervical: C4 a T1: plexo braquial → nervos superiores; - Intumescência lombar: T11 a S1: plexo lombossacral→ membros inferiores. NERVOS ESPINAIS E RAÍZES NERVOSAS - Os nervos espinais originam-se na medula como radículas, que convergem para formar duas raízes nervosas: - Raiz anterior (ventral): Fibras eferentes (motoras); - Raiz posterior (dorsal): Fibras aferentes (sensitivas). - As raízes se unem para formar um nervo espinal misto NERVOS ESPINAIS E RAÍZES NERVOSAS - Quando emergem dos forames intervertebrais, os nervos espinais dividem-se em dois ramos: - Ramos posteriores: - Coluna vertebral, músculos profundos do dorso e pele; - Permanecem separados (não formam plexos). - Ramos anteriores: - Regiões anterior e lateral do tronco, MMSS e MMII; - Inervação dos membros → Formação dos plexos nervosos NERVOS ESPINAIS E RAÍZES NERVOSAS - O segmento da medula espinal é a parte que dá origem às raízes que formam um par bilateral de nervos espinais; - Nervos espinais cervicais: mesmo número da vértebra inferior ao forame que o nervo sai (exceto C8). - Durante o período fetal, a coluna vertebral cresce mais rápido do que a medula espinal; - As raízes nervosas lombares e sacrais são mais longas até chegarem aos forames intervertebrais lombares, sacrais e coccígeos → CAUDA EQUINA Topografia vertebro-medular: - Abaixo de L2, o canal vertebral contém apenas as meninges e as raízes dos últimos nervos espinhais → Cauda equina; - Até o 4º mês → Coluna e medula crescem juntas, e a medula ocupa toda a coluna (os nervos saem formando um ângulo reto; - A partir do 4º mês → Coluna cresce mais que medula (principalmente caudal), então as raízes vão diminuindo o ângulo com a medula para conseguir sair pelo forame correspondente → Cauda equina; - Correspondência entre vértebra e segmento medular: • O segmento medular não corresponde à vértebra de mesmo nome! • Importante para diagnósticos clínicos; • Regra prática: o ENTRE C2 E T10: processo espinhoso da vértebra + 2 = segmento medular ▪ Ex: processo espinhoso da vértebra C6 está sobre o segmento medular C8. o T11 E T12: correspondem aos cinco segmentos lombares; o L1: cinco segmentos sacrais. MENINGES 1. Dura-máter: a. Mais externa; b. Muitas fibras colágenas → espessa e resistente; c. Envolve toda a medula (saco dural); d. Continua com a dura-máter craniana; e. Termina ao nível de S2. 2. Aracnoide: a. Emaranhado de trabéculas que unem a dura-máter à pia- máter. 3. Pia-máter: a. Mais delicada e mais interna; b. A pia-máter continua quando a medula termina no cone, e forma o filamento terminal → atravessa o cóccix → ligamento coccígeo; ANATOMIA MICROSCÓPICA - Sulco lateral anterior → Raízes ventrais dos nervos espinhais; - Sulco lateral posterior → Raízes dorsais dos nervos espinhais; - Canal central da medula: resquício da luz do tubo neural; - Substância branca: - Formada por fibras que sobem e descem na medula, geralmente mielínicas; - Podem ser agrupadas de cada lado em 3 funículos (anterior, lateral e posterior); - Na medula cervical, o funículo posterior divide-se, através do sulco intermédio, em fascículos grácil e cuneiforme - - Sulcos lateral anterior e posterior → Filamentos radiculares →Unem-se → Raízes ventral e dorsal → Unem-se → Nervo espinhal;. ANATOMIA MICROSCÓPICA - • Substância cinzenta: neuroglia, corpo celular e fibras amielínicas; - • Substância branca: neuroglia e fibras mielínicas; - • Núcleo: massa de substância cinzenta dentro da branca;• Formação reticular: agregado de neurônios que ocupa o centro do tronco encefálico; - • Córtex: camada fina de substância cinza na superfície do cérebro de cerebelo; - • Trato: feixe de fibras nervosas com mesma origem, função e destino. (O nome indica a origem e destino final); - • Fascículo: trato mais compacto; - • Lemnisco: feixes de fibras sensitivas que levam impulsos nervosos ao tálamo; - • Funículo: substância branca que possui vários tratos ou fascículos; - • Decussação: formação anatômica constituída por fibras nervosas que cruzam obliquamente o plano mediano e que têm aproximadamente a mesma direção; - • Comissura: formação anatômica constituída por fibras nervosas que cruzam perpendicularmente o plano mediano. SUBSTÂNCIA CINZENTA SUBSTÂNCIA CINZENTA SUBSTÂNCIA CINZENTA SUBSTÂNCIA BRANCA TRATOS DA MEDULA ESPINAL ARCO REFLEXO - Reflexo é uma sequência de ações automática, rápida e involuntária que ocorre em resposta a um determinado estímulo; - Alguns são naturais e outros adquiridos; - Reflexo espinal (medula) X Reflexo craniano (tronco encefálico) X Reflexos autônomos (viscerais). - Componentes de um arco reflexo: - Receptor sensitivo: - Terminação distal de neurônio sensitivo (dendrito); - Responde a um estímulo específico; - Neurônio sensitivo: - Por onde o impulso se propaga (axônio) até a sua terminação (substância cinzenta da medula ou do tronco encefálico); - Nestes pontos, interneurônios enviam impulsos nervosos para a área do encéfalo responsável pela percepção consciente de que aconteceu um reflexo. - Centro de integração: - Região de substância cinzenta no SNC; - A via reflexa que apresenta apenas uma sinapse no SNC é chamada de arco reflexo monossináptico (sensitivo + motor); - Mais frequentemente compostos por um ou mais interneurônios (polisináptico). - Neurônio motor; - Efetor. - Como os reflexos são previsíveis, eles fornecem informações úteis sobre a saúde do sistema nervoso e podem ajudar no diagnóstico de doenças. ARCO REFLEXO - Reflexos bulbares: são os reflexos capazes de controlar os sistemas respiratório e cardiovascular. - Reflexos medulares: são separados em dois: os exteroceptivos e os proprioceptivos. - exteroceptivos: estimulados por receptores cutâneos sensíveis a pressão, temperatura, dor e tato; - proprioceptivos: estimulados por receptores localizados nos músculos, ligamentos, articulações e tendões. - Reflexo de estiramento - Como o próprio nome sugere, acontece no nível muscular, mais precisamente no centro dos músculos (fuso muscular), sendo extremamente sensível ao alongamento das fibras. - É o mais simples de todos, apenas uma sinapse (aferente e eferente). - Reflexo tendinoso de golgi: - Compelxidade intermediária (2 sinapses); - Reflexo de retirada - Reflexo que acontece em um nível cutâneo e que é conduzido até a medula espinal. - É o mais complexo (diversas sinapses); - Reflexo tendíneo - Reflexo que também acontece em nível muscular, contudo, depende diretamente do Órgão Tendinoso de Golgi (região entre o músculo e o tendão), sendo ele bastante exigido ao tensionar um dado músculo. REFLEXO DE ESTIRAMENTO (MIOTÁTICO) - Exemplificado pelo reflexo patelar; - Sinapse única; Músculo estirado→ Fibras aferentes do fuso muscular ativadas → Medula → Sinapse direta com motoneurônios→ Contração do músculo estirado. REFLEXO TENDINOSO DE GOLGI - Bissináptico, também chamado de miotático inverso; - O órgão tendinoso de Golgi é receptor de estiramento, encontrado em tendões, que detecta a contração (encurtamento) do músculo e ativa nervos aferentes; - Os órgãos tendinosos de Golgi são dispostos em série com as fibras musculares extrafusais. - Músculo contrai→ Encurtamento das fibras→ Ativação dos órgãos tendinosos→ Fibras aferentes → Interneurônios inibitórios da medula → Sinapse com motoneurônios→ Relaxamento muscular. - Exemplificado pelo reflexo do canivete (é anormal e ocorre quando há aumento do tônus muscular). REFLEXO DE FLEXÃO E RETIRADA - Polissinático; - Ocorre em resposta a estímulos táteis, dolorosos ou nocivos; - Início com fibras aferentes, e o reflexo produz flexão ipsilateral e extensão contralateral; - Estímulo doloroso → Fibras aferentes ativadas → Múltiplos interneurônios → Flexão ipsilateral e extensão contralateral → Pós-descarga RECEPTORES SENSORIAIS - Podem ser mecanorreceptores, fotorreceptores, quimiorreceptores, termorreceptores e nociceptores; REFERÊNCIAS Drake, R.L., Vogl, A. W., Mitchell, A. W. M., (2014): Gray’s Anatomy for Students (2nd ed.). London: Elsevier Churchill Livingstone. Moore, K. L., Dalley, A. F., & Agur, A. M. R. (2014). Clinically Oriented Anatomy (7th ed.). Philadelphia, PA: Lippincott Williams & Wilkins. COSTANZO, L.S. – Fisiologia – 6ª Edição, Editora Elsevier, 2018. -CINGOLANI, HOUSSAY e cols. MACHADO, Angelo B. M.. Neuroanatomia funcional. 2 ed. São Paulo: Atheneu Editora, 2007.
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