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Os inibidores das enzimas são agentes molecula- res que interferem com a catálise, diminuindo ou interrompendo as reações enzimáticas Agentes farmacêuticos são exemplos de inibido- res enzimáticos Ex: aspirina inibe o primeiro passa na síntese das prostaglandinas Existem alguns tipos de inibição enzimática que são distinguidos por cinética enzimáticaInibição reversível Inibição competitivaInibição competitivaInibição competitiva O inibidor competitivo compete com o substrato pelo sítio ativo da enzima Os inibidores competitivos são semelhantes a es- trutura molecular do substrato Competem para se ligarem reversivelmente ao sítio ativo, mas não são transformados pela enzi- ma (complexo EI não leva à catálise) Essas ligações transitórias afetam negativamente a eficiência da enzima Lembrando que: quanto maior o Km, maiores quantidades de substrato p atingir metade da ve- locidade máxima Aumento do Km = diminuição da afinidade da enzi- ma pelo substrato A competição pode se tornar favorável ao subs- trato pela adição de mais substrato Quando a concentração de substrato for muito maior que a concentração de inibidor, a probabili- dade do inibidor se ligar será miníma e a reação exibirá uma Vmáx normal Entretanto, o Km aparente será aumentado de um fator alfa na presença do inibidor Inibição incompetitivaInibição incompetitivaInibição incompetitiva Um inibidor incompetitivo se liga em um sítio ativo diferente do substrato, contudo, liga-se apenas ao complexo ES O inibidor se liga ao complexo ES e não ocorre a formação do produto (ele impede a formação do produto) Resulta em diminuição da Vmáx da reação catali- sada pela enzima O Km permanece inalterado = mostra que o inibi- dor não afeta a capacidade da enzima de ligar-se ao substrato, apenas diminui a concentração de enzimas utilizáveis A reação catalisada nunca chegará a sua veloci- dade máxima normal mesmo com muito substrato (diferente do inibidor competitivo) Inibição e regulação enzimática Inibição irreversível O inibidor liga-se permanentemente ao sítio ativo pela formação de uma ligação covalente, por uma interação não covalente muito estável ou destru- indo um grupo funcional essencial à atividade da enzima São utilizados para determinar os grupos funcio- nais do sítio ativo das enzimas Inibidores suicidasInibidores suicidasInibidores suicidas Esses compostos são pouco reativos até se liga- rem ao sítio ativo da enzima, sendo transforma- do em um composto muito reativo que se combi- na irreversivelmente com a enzima Úteis para a determinação do a.a que se liga cova- lentemente ao inibidorRegulação alostérica Regulação alostérica é qualquer forma de regula- ção em que a molécula reguladora (inibidor ou ati- vador) se liga a uma enzima em algum lugar dife- rente do sítio ativo Praticamente todos os casos de inibição não com- petitiva são formas de regulação alostérica Enzimas alostéricasEnzimas alostéricasEnzimas alostéricas São oligômeros formado por subunidades idênti- cas Protômeros (cada subunidade) possuem um sítio ativo e um sítio alostérico que muitas vezes não estão no mesmo protômero Ou seja, possuem múltiplos sítios ativos localizados em subunidades proteicas diferentes O sítio ativo é para o substrato se ligar No sítio alostérico se ligam moduladores ou efeto-moduladores ou efeto-moduladores ou efeto- resresres (positivos ou negativos) As enzimas alostéricas agem por meio da ligações reversíveis e não covalentes com os moduladores ou efetores Moduladores alteram a conformação das enzimas entre os estados tensa e relaxadatensa e relaxadatensa e relaxada (mudam a afi- nidade do sítio ativo pelo substrato) CooperatividadeCooperatividadeCooperatividade O próprio substrato pode servir como um ativa- dor alostérico: quando se liga a um sítio ativo, a atividade dos outros sítios ativos sobre Enzimas alostéricas apresentam 2 conforma-Enzimas alostéricas apresentam 2 conforma-Enzimas alostéricas apresentam 2 conforma- çõesçõesções Conformação relaxada (R) e conformação tensa (T) Ambos protômeros de uma mesma enzima apre- sentam-se na mesma conformação R ou T A forma R tem maior afinidade pelo substrato e/ou efetor positivo, enzima mais ativa A forma T tem maior afinidade pelo efetor nega- tivo, enzima menos ativa Enzimas michaelianasEnzimas michaelianasEnzimas michaelianas Seguem a cinética michaeliana Enzimas alostéricas ou não-michaelianasEnzimas alostéricas ou não-michaelianasEnzimas alostéricas ou não-michaelianas Não seguem a cinética michaeliana (não existe Km) Apresentam cooperatividade, ou seja, a ligação de um substrato a um sítio ativo aumenta a habilida- de de outros sítios ativos ligarem-se aos substra- tos Possuem uma curva sigmóide curva sigmóide curva sigmóide característica que indica a modificação da afinidade da enzima pelo substrato com a variação da concentração do substrato (cooperação positiva) Regulação por modificação covalenteRegulação por modificação covalenteRegulação por modificação covalente Ocorrem, em um ou mais dos resíduos de a.a da enzima, por meio de grupos modificadores que são ligados e removidos às enzimas regulatórias por enzimas distintas Essa modificação pode introduzir um novo resíduo com propriedades diferentes, o que pode alterar o balanço de cargas e afetas as propriedades lo- cais da enzima Grupos modificadores: fosforil, acetil, metir, ami- da... Geralmente é feita com adição ou remoção de grupos fosfatogrupos fosfatogrupos fosfato Fosforilação e desfosforilação A fosforilação fosforilação fosforilação pode aumentar ou diminuir a afini- dade da enzima pelo seu substrato Fosforilação > comum para regular atividade enzi- mática Regulação enzimática por proteóliseRegulação enzimática por proteóliseRegulação enzimática por proteólise “tudo ou nada”, irreversível pois ocorre a quebra da proteína ex: pâncreas Tripsinogênio sofre clivagens específicas que pro- vocam mudanças conformacionais que expões o sítio ativo dele Aplicação clínica das enzimas IsoenzimasIsoenzimasIsoenzimas São enzimas com estrutura primária (sequência de a.a) diferentes, sendo codificadas por genes diferentes, mas que catalisam a mesma reação Podem originar-se de tecidos diferentes e sua determinação específica pode fornecer pistas a respeito do sítio da patologia Exemplo: as isoenzimas das fosfatases alcalina podem diferenciar entre uma doença óssea e uma doença no fígado Enzimas plasmáticasEnzimas plasmáticasEnzimas plasmáticas São de dois tipos: tipo 1 e tipo 2 Tipo ITipo ITipo I Está presente em concentração mais elevadas, é específica do plasma e tem papel funcional no plasma Enzimas associadas à cascata de coagulação do sangue (trombina), à dissolução da fibrina (plasmi- na) e ao processamento de quilomícrons (lipopro- teína lipase) Tipo 2Tipo 2Tipo 2 Está normalmente presente em concentração muito baixa e não tem nenhum papel funcional no plasma Aparecem no sangue incidentalmente e sua dosa- gem tem valor diagnóstico Principais: fosfatase ácida, fosfatase alcalina, TGO, TGP, GGT, Amilase, Lipase
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