Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Profa. Dra. Luara Almeida UNIDADE I Nutrição Materna, da Criança e do Adolescente Preparar os profissionais para atuar junto ao grupo materno-infantil, crianças e adolescentes. Grupo materno-infantil: gestantes, mulheres no puerpério, nutrizes, embrião, feto e lactentes. Crianças e adolescentes: pré-escolares, escolares, adolescentes. O cuidado deste grupo previne as principais doenças e as causas de morte da população brasileira. Hoje: alta morbimortalidade – causas evitáveis. Apresentação da disciplina MELHOR CONDIÇÃO DE SAÚDE MELHOR CONTEXTO SOCIAL NUTRIÇÃO ADEQUADA GRUPO MATERNO INFANTIL Vulnerabilidade (Fisiológica e Psicossocial) Necessidades Nutricionais e Alimentares Diferenciadas Fonte: http://primeirainfancia.org.br/ Período composto de 40 semanas – desde a concepção (fecundação do feto) até o nascimento do bebê (parto). Estado especial de intensas transformações biológicas, psicológicas e sociais. As adaptações maternas influenciam o desenvolvimento fetal, portanto, é um período de vulnerabilidade para o binômio mãe-filho. 12ª a 14ª semana: diferenciações celulares, as reservas maternas suprem as necessidades nutricionais do embrião. Após: o feto tem órgãos e funções estruturadas, a nutrição ocorre via placenta e depende da alimentação materna. Gestação Fonte: https://www.infoescola.com/embriologia/desenvolvimento- embrionario-humano/ Óvulo fertilizado Estágio de 2 células Estágio de 4 células Estágio de 8 células Mórula Blastocisto Feto 4 semanas Feto 10 semanas Feto 16 semanas Feto 20 semanas HCG (gonadotrofina coriônica humana): Manutenção do corpo lúteo secretar estrogênio e progesterona até a 15ª semana. Estrogênio: Função proliferativa, sinaliza o bem-estar fetal, o aumento do útero, das mamas e da genitália; Relaxamento de ligamentos pélvicos (parto). Progesterona: Espessamento do endométrio e a inibição da contratilidade do útero gravídico; Desenvolvimento do ovo antes da sua implantação; Preparo das mamas para a amamentação. Adaptações na gestação: hormônios Fonte: https://www.indagacao.com.br/2018/12/famema- 2019-o-grafico-ilustra-variacao-dos-niveis-de-tres- hormonios-durante-uma-gravidez.html Placenta Embrião Útero Corpo lúteo 30 dias 120 dias Final da gestação HCG Progesterona Meses de gravidezConcepção Parto 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 N ív e is h o rm o n a is Motivos: desenvolvimento fetal, sobrecarga fisiológica e hormonal. Sistema circulatório: aumento do débito cardíaco (30-40%); aumento do volume plasmático (50%); redução da PA diastólica (1º. e 2º. trim vasodilatação periférica); edema moderado de extremidades inferiores; aumento da respiração; dispneia aos esforços. Metabolismo: 1ª Fase – até 27ª semana – mãe tecido adiposo e utiliza parte da glicose ingerida para os seus gastos energéticos; feto em baixa demanda; 2ª Fase – feto em intenso anabolismo e maior consumo de glicose; mãe utiliza os seus depósitos de gordura para a fonte energética, hormônios placentários insulina manutenção de glicose no meio fetal. Adaptações fisiológicas na gestação Fonte: https://biocie nciaforadeho ra.wordpress .com/2017/0 6/08/alteraco es-internas- durante-a- gravidez-gif/ Metabolismo: Aumento do peso corporal + aumento da respiração + aumento da produção hormonal; Aumento do metabolismo basal em 15 a 20%; Aumento na excreção renal e, também, na absorção de água e dos eletrólitos. Sistema gastrointestinal: Náuseas e vômitos (1º trim.); Progesterona: redução da motilidade intestinal (aumento da absorção) constipação intestinal; Relaxamento do esfíncter esofágico inferior + pressão no estômago pelo útero refluxo gástrico. Adaptações fisiológicas na gestação Fonte: https://blogpilates.com.br/exercicios-de-pilates-para-gestacao/ Idade materna: Menor que 15 anos ou menarca menor que 5 anos imaturidade biológica maiores riscos de prematuridade, anemia, DHEG e nutricional; Maior que 35 anos: maior risco de abortos espontâneos, DHEG, diabetes gestacional; Maior que 40 anos: maior risco de doenças genéticas. Estado nutricional materno: Pré-gestacional e ganho de peso gestacional; Baixo peso ou sobrepeso materno riscos para o binômio mãe-filho; Paridade: primípara x multípara; Intervalo interpartal: adequado entre 2 e 5 anos. CONTEXTO FATORES DE RISCO •SOCIOECONÔMICO •OBSTÉTRICO •NUTRICIONAL DIAGNÓSTICO •PREVENÇÃO •TRATAMENTO INTERVENÇÕES AVALIAÇÃO Fatores epidemiológicos na gestação Distribuição do ganho de peso durante a gravidez Fonte: https://br.pinterest.com/pin/3 59654720231567859/ 4 kg 1,6 kg 3,1 kg 1,1 kg 1,1 kg 0,8 kg 1,1 kg 1,7 kg Líquido extracelular Hormônios placentários estimulam o estoque de sódio, que segura a água no corpo. Sangue Ele fica, diríamos, aguado. Isso explica a tendência à retenção de líquidos na gestação. Líquido amniótico Ele envolve o feto, protegendo-o contra os choques e mantendo-o numa temperatura ideal. Aumento das mamas Há um aumento no seu volume e nos seus vasos para deixá-lo pronto à amamentação. Útero É a casa do bebê e, logo, vai sendo expandida, à medida que cresce. Placenta Ela possibilita a passagem de diversas substâncias ao filho e serve como filtro. Tecido adiposo Funciona como uma reserva energética, tanto para a mãe como para o pequeno. Feto Aos poucos, as suas células se diferenciam, e crescem em número e tamanho. É o que, aproximadamente, uma grávida, com o peso correto, ganharia. Mas o número de quilos varia bastante, como se vê ao lado. 14,5 KG Ganho de peso na gestação E. N. pré- gestacional Ganho de peso na gestação NUTRIÇÃO MATERNA BPN MBPN Macrossomia PESO AO NASCER MORTALIDADE PERINATAL BPN: < 2500g, MBPN: < 1500g Mortalidade perinatal: entre a 28ª semana de gestação até a quarta semana após o nascimento. CRESCI- MENTO E DESEN- VOLVIMENTO SAÚDE ESTADO NUTRICIONAL AMBIENTE E GENÉTICA Fonte: https://cangurunews .com.br/saltos- desenvolvimento/ Fonte: https://metwo.com.br/2019/01/02/6- conselhos-de-maes-de-gemeos-para-gravidas/ Acompanhamento nutricional: Avaliação antropométrica; Diagnóstico de risco nutricional; Planejamento alimentar; Monitoramento do ganho de peso. 1. Informação do peso pré-gestacional e cálculo do IMC pré-gestacional (IMC inicial). 2. Aferição de peso e cálculo do IMC a cada consulta. 3. Aferição da estatura na primeira consulta. 4. Informação sobre a idade gestacional a cada consulta. 5. Utilização do gráfico de Acompanhamento Nutricional da Gestante. 6. Tabela de recomendação de ganho de peso. Avaliação do estado nutricional da gestante Tabela: ganho de peso recomendado na gestação segundo o estado nutricional inicial Fonte: BRASIL, 2012. Atenção ao pré-natal de baixo risco. Ministério da Saúde. Disponível em: http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/atencao_pre_natal_baixo_risco.pdf *Ganho de peso no primeiro trimestre entre 0,5 – 2,0 kg. Estado nutricional inicial (IMC) Recomendação de ganho de peso (kg) semanal médio no 2º e 3° trimestres* Recomendação de ganho de peso (kg) total na gestação Baixo peso (< 18,5 kg/m2) 0,5 (0,44 – 0,58) 12,5 – 18,0 Adequado (18,5 – 24,9 kg/m2) 0,4 (0,35 – 0,50) 11,5 – 16,0 Sobrepeso (25,0 – 29,9 kg/m2) 0,3 (0,23 – 0,33) 7,0 – 11,5 Obesidade (≥ 30 kg/m2) 0,2 (0,17 – 0,27) 5,0 – 9,0 Índice de Massa Corporal – IMC segundo a semana de gestação: Gráfico: Acompanhamento Nutricional da Gestante Exemplo: 1ª consulta: IMC inicial = 22,5 kg/cm2 2ª consulta: Idade gestacional = 18 sem.; IMC = 23,5 kg/cm2 3ª consulta: Idade gestacional = 28 sem.; IMC = 24,5 kg/cm2 Fonte: BRASIL, 2012. Atenção ao pré-natal de baixo risco.Ministério da Saúde. Disponível em: http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/at encao_pre_natal_baixo_risco.pdf SEMANA DE GESTAÇÃO BAIXO PESO ADEQUADO SOBREPESO OBESIDADE IM C 40 39,5 39 38,5 38 37,5 37 36,5 36 35,5 35 34,5 34 33,5 33 32,5 32 31,5 31 30,5 30 29,5 29 28,5 28 27,5 27 26,5 25,5 24,5 23,5 21,5 20,5 19,5 18,5 17,5 17 18 19 21 20 22 23 24 25 26 22, 6 8 10 12 14 16 18 20 22 24 26 28 30 32 34 36 38 40 40 39,5 39 38,5 38 37,5 37 36,5 36 35,5 35 34,5 34 33,5 33 32,5 32 31,5 31 30,5 30 29,5 29 28,5 28 27,5 27 26,5 25,5 24,5 23,5 21,5 20,5 19,5 18,5 17,5 17 18 19 21 20 22 23 24 25 26 22,5 A gestação é caracterizada por intensas modificações que visam a adaptação ao corpo materno para propiciar o ambiente ideal ao crescimento e ao desenvolvimento fetal. Algumas adaptações hormonais são de grande relevância, neste sentido. Sobre os hormônios da gestação, assinale a alternativa correta: a) O HCG (gonadotrofina coriônica humana) mantém-se em níveis muito elevados, principalmente, no final da gestação. b) Estrogênio e progesterona são responsáveis por criar as condições orgânicas para permitir a implantação do ovo no útero, a formação do embrião, o crescimento e o desenvolvimento do feto. c) Estrogênio e progesterona são, desde o início da gestação, secretados pela placenta. d) Estrogênio e progesterona apresentam uma redução progressiva ao longo da gestação. e) A elevação dos níveis hormonais na gestação não interfere em outras funções fisiológicas maternas. Interatividade A gestação é caracterizada por intensas modificações que visam a adaptação ao corpo materno para propiciar o ambiente ideal ao crescimento e ao desenvolvimento fetal. Algumas adaptações hormonais são de grande relevância, neste sentido. Sobre os hormônios da gestação, assinale a alternativa correta: a) O HCG (gonadotrofina coriônica humana) mantém-se em níveis muito elevados, principalmente, no final da gestação. b) Estrogênio e progesterona são responsáveis por criar as condições orgânicas para permitir a implantação do ovo no útero, a formação do embrião, o crescimento e o desenvolvimento do feto. c) Estrogênio e progesterona são, desde o início da gestação, secretados pela placenta. d) Estrogênio e progesterona apresentam uma redução progressiva ao longo da gestação. e) A elevação dos níveis hormonais na gestação não interfere em outras funções fisiológicas maternas. Resposta Cuidados médicos, nutricionais, psicológicos. Proteção do binômio feto/mãe durante a gravidez, parto, puerpério. Visa a redução da morbimortalidade materna e perinatal. Assistência pré-natal e cuidado nutricional Assegura uma melhoria do acesso, da cobertura e da qualidade do acompanhamento pré-natal, da assistência, ao parto e ao puerpério. À gestante e ao recém-nascido, Perspectiva dos direitos da cidadania. Atendimento nutricional, individual ou em grupo História da gestante, prontuário ou entrevista Avaliação nutricional e anamnese alimentar Detecção de fatores de risco Orientações, alimentação e estilo de vida saudáveis Fonte: https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/ manual_pre_natal_puerperio_3ed.pdf MINISTÉRIO DA SAÚDE MANUAL TÉCNICO PRÉ-NATAL E PUERPÉRIO ATENÇÃO QUALIFICADA E HUMANIZADA Promoção da saúde e orientações para uma alimentação saudável para a gestante Fonte: BRASIL, 2018. Caderneta da gestante. Ministério da Saúde. Disponível em: https://portalarquivos2.sau de.gov.br/images/pdf/2018 /agosto/31/Caderneta-da- Gestante-2018.pdf Dez passos para que a sua alimentação seja saudável: 1) Faça, pelo menos, três refeições (café da manhã, almoço e jantar) e duas refeições menores por dia, evitando ficar muitas horas sem comer. Entre as refeições beba água; 2) Faça as refeições em horários semelhantes e, sempre que possível, acompanhado de familiares ou amigos. Evite “beliscar” nos intervalos e coma devagar, desfrutando o que você está comendo; 3) Alimentos mais naturais de origem vegetal devem ser a maior parte de sua alimentação. Feijões, cereais, legumes, verduras, frutas, castanhas, leites, carnes e ovos tornam a refeição balanceada e saborosa. Prefira os cereais integrais; 4) Ao consumir carnes, retire a pele e a gordura operantes. Evite o consumo excessivo de carnes vermelhas, alternando, sempre que possível, com peixes, aves, ovos, feijões e legumes; 5) Utilize óleos, gorduras e açúcares em pequenas quantidades ao temperar e cozinhar os alimentos. Evite as frituras e adicionar açúcar a bebidas. Retire o saleiro da mesa. Fique atento aos rótulos dos alimentos e prefira aqueles livres de gorduras trans. Como está a sua alimentação? Durante a gestação procure ter uma alimentação saudável e diversificada, predominante de origem vegetal, rica em alimentos naturais e com o menor processamento industrial possível. Isso é importante para a sua saúde e o seu bem-estar, e para a formação e o crescimento adequados do bebê. Receita para uma gravidez saudável: Adequações da dieta ajustes fisiológico saúde materna nutrição do feto. Cálculo das necessidades energéticas: Peso pré-gestacional (peso inicial), estado nutricional pré- gestacional e atual, idade gestacional, nível de atividades físicas diárias. Necessidades nutricionais da gestante Tabela: fórmulas para o cálculo das necessidades nutricionais da gestante Referências OMS (1985) NRC/RDA (1989) IOM (2005) Fórmulas TMB: Peso inicial. VET: TMB x fator atividade. VET: Peso inicial; Kcal/kg por faixa etária. Eutrófica: EER: Peso inicial IMC > 25 kg/m2 TEE: Peso inicial. Acréscimo calórico + 200 - 250 kcal para toda a gestação. + 300 kcal a partir do 2º trimestre. + valor calórico conforme a idade gestacional. Proteínas – necessidades aumentadas anabolismo fetal, placentário e de tecidos maternos. Cálcio – necessidades aumentadas mineralização óssea fetal ajustes fisiológicos para aumentar a absorção intestinal. Recomendação para a gestante de 14 a 18 anos: 1300 mg/dia; gestante de 19 a 50 anos: 1000 mg/dia. Atenção a adequação dos alimentos fontes na dieta e da sinergia com a vit. D e o fósforo. Ferro – necessidades aumentadas aumento de hemácias na gestante e reservas no feto. Depleção: anemia materna + risco de anemia para o bebê. Recomendação: 27 mg/dia para todas as faixas etárias. Priorizar o ferro heme e combinar os alimentos que são fontes de ferro não heme com vitamina C. Recomendações de nutrientes Referências FAO/OMS (1985) NRC/RDA (1989) IOM (2005) Recomendação 0,75 g a 1 g/kg + 6 g/dia Adicional 10 g/dia Adicional 25 g/dia Ácido fólico: necessidades aumentadas: Deficiências: anemia megaloblástica e Defeito do Tubo Neural (DTN); Formação do TN: até 28 dias da gestação; Recomendação: gestantes: 600 mcg/dia; mulheres: 400 mcg/dia. Vitamina A: essencial para o desenvolvimento, porém os excessos podem ser tóxicos; alimentação diversificada para o suprimento das necessidades. Zinco: recomendação tem o acréscimo de 3 mg/dia. Outras vitaminas e minerais: Podem ser atingidos por uma dieta diversificada e um hábito alimentar adequado; Planejamento alimentar individualizado, adequado e que proporcione uma variedade de alimentos. Recomendações de nutrientes Espinha bífida: nervos da medula espinhal expostos. Anencefalia: ausência da calota craniana e degeneração da massa encefálica. Encefalocele: exposição de líquido ou tecido cerebral na região da nuca. Fonte: https://projetocogumelosblog.wordpre ss.com/2017/03/21/a-importancia-do- acido-folico-para-a-saude-dos-bebes/ Constipação: Progesterona Motilidade intestinal e Reabsorção de água + compressão do útero no intestino; Desconforto e risco para as hemorroidas; Conduta: uso de alimentos laxativos; atenção ao consumo de fibras para a gestante que está aumentado em 10%; aumentar a ingestão hídrica; Realizar atividades físicas de acordo com a recomendação médica. Sintomas da gestação Flatulência: Dieta para minimizar a formação de gases; Evitar a deglutição de ar enquanto come; Caminhadas para minimizar a formação de gases. Fonte: https://www.folhavitoria.com.br/saude/noticia/ 10/2019/dificuldade-para-evacuar-veja-os- alimentos-que-ajudam-na-digestao Náuseas e vômitos: comuns no 1º trimestre, multicausal; Condutas: dieta fracionada (6 refeições/dia); menor volume; refeições secas; carboidratos de fácil digestão; evitar os líquidos junto às refeições; Evitar as frituras, os alimentos gordurosos, os alimentos com o odor forte, que causem desconforto/intolerância e o uso de condimentos picantes; Ao acordar, preferir os alimentos sólidos e ricos em CHO, evitar os líquidos; Casos graves/Hiperêmese gravídica internação para a reidratação, a prevenção de cetose e o reequilibro hidroeletrolítico suporte nutricional se necessário; Orientação e encorajamento para se alimentar, quanto possível, quando não estiver nauseada. Sintomas da gestação Fonte: https://claudia.abril.com.br/saude/por- que-estamos-vendo-tantos-casos-de- hiperemese-gravidica/ Sialorreia ou ptialismo: produção excessiva de saliva, comum no 1º trimestre: Preocupante se interferir na ingestão de alimentos (desidratação, ou ganho de peso); Conduta: aumentar o fracionamento 2/2 h em menores quantidades, identificar quais os alimentos pioram o quadro (em geral, os doces). Sintomas da gestação Pirose/sensação de plenitude/azia/refluxo: compressão do útero aumentado no TGI: Conduta: evitar os alimentos que agravem o quadro e que provoquem gases, observar a tolerância individual, fracionamento em pequenas refeições, mastigar devagar, caminhar após as refeições. Picamalácia: consumo de substâncias com pouco ou nenhum valor nutricional; ex.: geofagia e amilofagia: Etiologia pouco conhecida; Riscos: desnutrição, obesidade, diabetes, intoxicações, entre outros.Fonte: https://www.nutricionistarafael.com.br/2014/12/ deficiencia-de-ferro-na-gravidez-e.html As alterações fisiológicas maternas e o processo de formação, crescimento e desenvolvimento do feto, assim como dos tecidos maternos para o suporte à gestação e à amamentação, levam a um aumento das necessidades nutricionais da gestante. Sobre os cálculos de necessidade energética da gestante, é incorreto afirmar que: a) Independente da fórmula adotada pelo profissional, sempre há um acréscimo calórico ao preconizado para todo o período gestacional. b) O peso pré-gestacional é utilizado para o cálculo de estimativa do gasto energético basal e do valor calórico total. c) A idade da gestante e o nível de atividade física são consideradas nas fórmulas. d) A fórmula proposta pelo IOM é a mais atualizada. e) A fórmula proposta pelo IOM apresenta os cálculos diferenciados para a gestante eutrófica ou com sobrepeso/obesidade. Interatividade As alterações fisiológicas maternas e o processo de formação, crescimento e desenvolvimento do feto, assim como dos tecidos maternos para o suporte à gestação e à amamentação, levam a um aumento das necessidades nutricionais da gestante. Sobre os cálculos de necessidade energética da gestante, é incorreto afirmar que: a) Independente da fórmula adotada pelo profissional, sempre há um acréscimo calórico ao preconizado para todo o período gestacional. b) O peso pré-gestacional é utilizado para o cálculo de estimativa do gasto energético basal e do valor calórico total. c) A idade da gestante e o nível de atividade física são consideradas nas fórmulas. d) A fórmula proposta pelo IOM é a mais atualizada. e) A fórmula proposta pelo IOM apresenta os cálculos diferenciados para a gestante eutrófica ou com sobrepeso/obesidade. Resposta > RISCO DHEG > RISCO Prematuridade Riscos obstétricos > RISCO BPN E RCIU Adolescência maturação orgânica e psicossocial. Gestação na adolescência maiores riscos maternos e fetais. Avaliação nutricional: considerar que ainda pode estar em fase de crescimento, avaliar a adequação do ganho de peso (desvios e determinantes). Investigar o tabagismo, o consumo de álcool e as questões psicossociais. Considerar as possíveis inadequações do hábito alimentar do adolescente. Aconselhar a dieta adequada às individualidades e que supra as necessidades energéticas, de macro e micronutrientes, favorecendo a gestação adequada. Gestação de risco – Adolescente Fonte: https://www.todamat eria.com.br/gravidez- na-adolescencia Sensibili dade à insulina Níveis de glicose Diabetes Mellitus gestacio- nal Fatores de risco: Peso excessivo Má alimentação Sedentarismo Gestação de risco – Diabetes gestacional Diagnóstico precoce Intervenções Consequências maternas Consequências ao concepto Morbimortalidade perinatal DMG > 40% chance de DMII. Atividade física e terapia nutricional importantes ao tratamento. Avaliação antropométrica controle do ganho de peso. Adequação alimentar com a promoção da alimentação saudável. Adequar o fracionamento e os horários de acordo com o uso de fármacos. Promover o consumo de alimentos ricos em fibras. Verificação da PA no acompanhamento pré-natal para o diagnóstico precoce. DHEG complicações graves risco de mortalidade materna e perinatal. Pré-eclâmpsia último trimestre hospitalização. Conduta nutricional: alimentação saudável, prescrição dietética de acordo com a gravidade. Energia para manter a evolução ponderal. Dieta hiperproteica albumina equilíbrio hídrico. Adequar a ingestão de sódio. Pré- eclâmpsia Eclâmpsia Pré- eclâmpsia + HAS Hipertensão arterial sistêmica crônica Hipertensão gestacional Gestação de risco – Distúrbios hipertensivos específicos da gestação (DHEG) Prevenção da transmissão vertical: Na gravidez; No parto; Na lactação. Importante verificar a carga viral. Pré-natal especializado e terapia antirretroviral (TARV). Gestação de risco – AIDS Nutrição: Manutenção do peso; Manejo dos sintomas associados à terapia antirretroviral; Promoção de alimentação saudável e adequação da ingestão nutricional. Fonte: https://www.iespe.com.br/blog/ o-hiv-e-a-terapia-antirretroviral- em-gestantes/ Riscos maternos: DHEG, DMG, parto prematuro, complicações de parto. Riscos fetais: RCIU, macrossomia, hipoglicemia neonatal. Gestação de risco – Ganho de peso excessivo Fonte: https://www.campog randenews.com.br/ci dades/interior/com- 54-cm-e-quase-6- quilos-rafael-bate- recordes-em- hospital-na-fronteira Ganho de peso excessivo na gestação prevalente na população brasileira retenção de peso pós-parto obesidade é um problema mundial em saúde pública. É fundamental o monitoramento do ganho de peso. Orientação nutricional ganho de peso adequado. Reeducação alimentar, sem reduções drásticas adequação do consumo energético às necessidades da gestante + melhorias na qualidade da alimentação. Dietas restritivas: contraindicadas na gestação produção de corpos cetônicos pode ser prejudicial ao feto. Maior risco de morbimortalidade infantil. Importante detectar as causas: Sinais e sintomas digestivos (náuseas, vômitos); Baixo nível socioeconômico; Gestação na adolescência; Distúrbios alimentares; Patologias associadas (infecções), entre outros. Gestação de risco – Desnutrição Conduta nutricional: Deve estar alinhada às causas identificadas; Objetivo de adequar a ingestão energética às recomendações; Aumento da quantidade de alimentos ingeridos; O seguimento deve ser mensal; Adequara dieta e as condutas a cada consulta, conforme a evolução ponderal e a aceitação da gestante. Deficiência de ferro. Diagnóstico: Hemoglobina abaixo de 11 g/dL; Hematócrito abaixo de 33%; Fatores de risco: dietéticos, clínicos, genéticos; Dieta insuficiente: B12 e ácido fólico. Gestação de risco – Anemia Prevenção e tratamento: Suplementação com ferro e ácido fólico. Conduta nutricional: Consumo diário de alimentos fontes de Fe – carnes e vísceras; Associação com alimentos fontes de vitamina C (ferro não heme); Vegetarianas – atenção à B12. Fonte: https://fortissima.com.br/20 14/02/25/anemia-ferropriva- sintomas-causas-e- tratamento-47355/ “Gravidez não é doença” é um dito popular comum. No entanto, a gestação induz grandes adaptações fisiológicas que podem predispor a agravos que são considerados de risco. Sobre a gestação de risco, assinale a alternativa correta: a) A gestação na adolescência não caracteriza uma situação de risco biológico, apenas psicossocial, já que a maturação sexual já ocorreu. b) O diabetes gestacional não apresenta uma relação com a ocorrência futura do diabetes mellitus tipo 2. c) Os distúrbios hipertensivos específicos da gestação ocorrem, apenas, quando a mulher já apresentava uma hipertensão arterial sistêmica antes de engravidar. d) Gestantes soropositivas precisam interromper a terapia antirretroviral para poderem dar bom seguimento à gestação. e) Em todas as situações de risco, o acompanhamento pré- natal adequado irá favorecer o diagnóstico em tempo para propor as ações que minimizem o efeito para a mãe e o bebê. Interatividade “Gravidez não é doença” é um dito popular comum. No entanto, a gestação induz grandes adaptações fisiológicas que podem predispor a agravos que são considerados de risco. Sobre a gestação de risco, assinale a alternativa correta: a) A gestação na adolescência não caracteriza uma situação de risco biológico, apenas psicossocial, já que a maturação sexual já ocorreu. b) O diabetes gestacional não apresenta uma relação com a ocorrência futura do diabetes mellitus tipo 2. c) Os distúrbios hipertensivos específicos da gestação ocorrem, apenas, quando a mulher já apresentava uma hipertensão arterial sistêmica antes de engravidar. d) Gestantes soropositivas precisam interromper a terapia antirretroviral para poderem dar bom seguimento à gestação. e) Em todas as situações de risco, o acompanhamento pré- natal adequado irá favorecer o diagnóstico em tempo para propor as ações que minimizem o efeito para a mãe e o bebê. Resposta Prematuridade < 37 semanas. Baixo peso ao nascer (BPN) < 2500 g. Pré-natal inadequado. Atenção especial: avaliação das crianças ao nascer, leitos UTI, UCI e leitos Canguru. Prematuridade: bebê mais vulnerável (imaturidade metabólica, gastrointestinal e imunológica). O recém-nascido de risco Maiores taxas de mortalidade neonatal (primeiros 28 dias de vida). Avaliação antropométrica para a classificação do risco e o monitoramento do RN. Peso, comprimento, perímetros cefálico e torácico, idade gestacional. Fonte: http://www.me.ufrj.br/images/pdfs/protocolos/enferm agem/pop_67_medidas_antropometricas_no_rn.pdf Medida do umbigo Perímetro abdominal Idade gestacional (semanas) Classificação < 28 semanas Prematuridade extrema 28 a < 32 semanas Bastante prematuro 32 a < 37 semanas Prematuridade moderada a tardia 38 a 42 De termo ≥ 42 Pós-termo Avaliação do RN de risco Quadro – Nomenclatura do tempo ao nascimento segundo a idade gestacional Peso ao nascer (g) Classificação < 1.000 RN de extremo baixo peso 1000 a 1499 RN de muito baixo peso 1500 a 2499 RN baixo peso 2500 a 3000 RN de peso insuficiente ≥ 3000 RN de peso adequado ≥ 4000 RN com macrossomia Quadro – Classificação do RN segundo o peso ao nascer Comprimento ideal: superior a 48 cm. Avaliação do RN de risco Percentil Classificação < P10 PIG – Pequeno para a Idade Gestacional P 10 a P 90 AIG – Adequado para a Idade Gestacional ≥ P 90 GIG – Grande para a Idade Gestacional Quadro: Classificação segundo os percentis de peso em relação à idade gestacional Crescimento pós-natal do RNPT: Padrão diferenciado; Curvas de crescimento específicas; Cálculo da idade corrigida (IC) para a utilização das curvas padrão (MS/OMS) até 2 anos de idade (> 28 semanas) até 3 anos (< 28 semanas); Cálculo da idade corrigida (IC). IC = idade do RN – tempo descontado de acordo com a IG. Suporte nutricional adequado: 1as 4 semanas fundamentais; Leite materno deve ser a 1ª escolha; Terapia nutricional do RN de risco Recuperação de morbidades; Melhora do estado nutricional (ganho de peso); Desenvolvimento psicomotor e cognitivo. Fonte: https://prematuridade.com/inde x.php/noticia-mod-interna/a- importancia-do-trabalho- interdisciplinar-para-o-ganho- de-peso-em-prematuros- extremos-8521 Vias de alimentação: Oral – escolhida de acordo com os critérios de peso e habilidade para a sucção-deglutição; Enteral – peso inferior a 1300 g e TGI funcionante; Parenteral – pequena capacidade gástrica, TGI imaturo, enfermidade, prematuro extremo ou recomendações programadas por enteral que não atingem 75% das necessidades. Atenção aos excessos ou às carências alimentares. Necessidades nutricionais maiores do que de crianças a termo. Leite materno – composição nutricional e componentes enzimáticos adequados ao RNPT; possível oferta mesmo na UTI. Quando não for possível o leite da mãe: bancos de leite humano. Decisão sobre a sucção ao seio depende da avaliação e do protocolo da equipe. Método canguru – favorece o vínculo entre a mãe e o filho, e a amamentação. Necessidades nutricionais do RN de risco Nutrientes Recomendações Água 150 a 200 mL/kg de peso Energia 120 a 130 Kcal/kg/dia Proteína 2,5 a 3,5 g/kg/dia Lipídeos 6,0 a 8,0 g/kg/dia Carboidratos 10 a 14 g/kg/dia Quadro: Recomendações nutricionais para os prematuros Fonte: http://www.hifa.org.br/noticias/ ver.asp?codigo=2270 Imaturidade do sistema gástrico – dificuldades: Secreções salivar, gástrica, pancreática e hepatobiliar; Esvaziamento gástrico completo; Motilidade intestinal adequada; Síntese e secreção de enzimas pelos enterócitos; Absorção de nutrientes; Proteção da mucosa; Competência do esfíncter esofagiano. Características digestivas do RNPT Leite materno: Apresenta uma composição nutricional diferenciada quando a criança é pré-termo, sendo o melhor alimento adaptado às imaturidades do TGI. Fonte: https://www.prematuridade.com/ind ex.php/interna-post/nutricao-6007Fonte: https://www.hospitalsapiranga.com.br/noticias/hospital -sapiranga-incentiva-o-aleitamento-materno Crescimento pós-natal Outros fatores Peso ao nascer Grau de prematuridade Avaliação do crescimento do RN de risco Curvas de crescimento Diagnóstico Evolução Condutas e cuidado nutricional Individualiza -ção Instrumento importante: Fonte: https://www.saude.gov.br/saude- de-a-z/microcefalia/tabelas-da-oms-e- intergrowth Curva de crescimento para o RNPT preconizada pelo MS 5.25 5.00 4.75 4.50 4.25 4.00 3.75 3.50 3.25 3.00 2.75 2.50 2.25 2.00 1.75 1.50 1.25 1.00 49 48 47 46 45 44 43 42 41 40 39 35 34 33 32 31 30 29 28 27 33 34 35 36 37 38 39 40 41 42 43 27 28 29 30 31 32 33 34 35 36 37 38 39 43 44 45 46 47 48 49 50 51 52 53 54 55 56 5.25 5.00 4.75 4.50 4.25 4.00 3.75 3.50 3.25 3.00 2.75 33 34 35 36 37 38 39 40 41 42 43 97th 90th 50th 10th 3rd 97th 90th 50th 10th 3rd 97th 90th 50th 10th 3rd Fonte: https://www.saude.gov.br/saude- de-a-z/microcefalia/tabelas-da- oms-e-intergrowth Curva de crescimento para o RNPT preconizada pelo MS 5.25 5.00 4.75 4.50 4.25 4.00 3.753.50 3.25 3.00 2.75 2.50 2.25 2.00 1.75 1.50 1.25 1.00 49 48 47 46 45 44 43 42 41 40 39 35 34 33 32 31 30 29 28 27 33 34 35 36 37 38 39 40 41 42 43 27 28 29 30 31 32 33 34 35 36 37 38 39 43 44 45 46 47 48 49 50 51 52 53 54 55 56 5.25 5.00 4.75 4.50 4.25 4.00 3.75 3.50 3.25 3.00 2.75 33 34 35 36 37 38 39 40 41 42 43 97th 90th 50th 10th 3rd 97th 90th 50th 10th 3rd 97th 90th 50th 10th 3rd Sobre os cuidados nutricionais com o recém-nascido prematuro, avalie as afirmativas a seguir: I. A nutrição oral deve ser a via de escolha, quando o peso e a habilidade de sucção e de deglutição estiverem adequados; II. A nutrição parenteral pode ser adotada em situações específicas, como a imaturidade gastrointestinal; III. O leite da mãe é a melhor opção devido aos ajustes biológicos às necessidades do recém- nascido pré-termo, tais como a sua composição de proteínas, lipídios e compostos enzimáticos. a) Apenas a afirmativa I está correta. b) Apenas as afirmativas I e II estão corretas. c) Apenas as afirmativas I e III estão corretas. d) Apenas as afirmativas II e III estão corretas. e) Todas as afirmativas estão corretas. Interatividade Sobre os cuidados nutricionais com o recém-nascido prematuro, avalie as afirmativas a seguir: I. A nutrição oral deve ser a via de escolha, quando o peso e a habilidade de sucção e de deglutição estiverem adequados; II. A nutrição parenteral pode ser adotada em situações específicas, como a imaturidade gastrointestinal; III. O leite da mãe é a melhor opção devido aos ajustes biológicos às necessidades do recém- nascido pré-termo, tais como a sua composição de proteínas, lipídios e compostos enzimáticos. a) Apenas a afirmativa I está correta. b) Apenas as afirmativas I e II estão corretas. c) Apenas as afirmativas I e III estão corretas. d) Apenas as afirmativas II e III estão corretas. e) Todas as afirmativas estão corretas. Resposta ATÉ A PRÓXIMA!
Compartilhar