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Nutrição em obstetrícia e avaliando nutricional gestante

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Profª.Dra. Vivian Soares
Doutora em Biociências – UERJ
Nutricionista 
Nutrição Materno-Infantil
✓ Nutrição em Obstetrícia – parte 2
✓ Avaliação nutricional 
Nutrição fetal 
• O feto não recebe oxigênio e nutrientes através da placenta antes que o fluxo de sangue
seja estabelecido pelo cordão umbilical, em torno de 10 semanas de gestação. Antes
disso a nutrição se dá através do endométrio e das secreções da glândula uterina, cujos
conteúdos são mal compreendidos.
Nutrição fetal 
• Funções essenciais na gestação:
✓ Proteção
✓ Nutrição
✓ Respiração
✓ Excreção
✓ Produção hormonal
Placenta
• A placenta representa a única via de troca de nutrientes,
oxigênio e resíduos metabólicos entre a mãe e o feto →
comprometimento pode afetar o bem estar e
desenvolvimento fetal
Anexo fetal constituído de uma porção fetal (saco 
coriônico) e da porção materna
Transferência de nutrientes
Transferência ocorre através de processo
complexo → mesmos mecanismos utilizados
para a absorção de nutrientes no TGI.
✓ Difusão simples
✓ Difusão facilitada
✓ Transporte ativo
✓ Pinocitose
✓ Ultrafiltração
→ Difusão simples: processo passivo → nutrientes atravessam as membranas celulares do meio +
concentrado (sangue materno) para o meio - concentrado (sangue fetal) até que o equilíbrio seja atingido.
Nutrientes absorvidos por esse mecanismo:
✓ O2
✓ CO2
✓ Vitaminas lipossolúveis
✓ Eletrólitos
✓ AG
✓ H2O
→ Difusão facilitada: velocidade → presença de um transportador na membrana que tem especificidade por
uma ou + substâncias. Nutrientes absorvidos por esse mecanismo:
✓ CHO
→ Ultrafiltração: transporte rápido de nutrientes dissolvidos na água devido ao gradiente de pressão
hidrostática ou osmótica
✓ H2O
✓ Solutos
→ Pinocitose: invaginação da membrana que engloba os nutrientes, que cruzam a célula e são liberados do
outro lado. Processo lento. Nutrientes absorvidos por esse mecanismo:
✓ Grande moléculas proteicas
✓ Lipoproteínas
✓ Fosfolipídios
✓ Imunoglobulinas - IgG
Alterações Metabólicas
→ Taxa metabólica basal (TMB)
 TMB (15 a 20%) para suprir as necessidades fetais, para cobrir o
consumo energético a partir do 3º mês → pelo custo energético da
gestação e  da função renal e cardíaca
→Metabolismo protéico
Insulina estimula a síntese de proteínas→ papel facilitador do transporte de
aminoácido (aa) para o interior das células
✓ Níveis séricos de aa são menores durante a gestação
✓ Hemodiluição provoca  ptnas plasmáticas (ex. albumina) 
desenvolvimento do edema 
→ Metabolismo glicídico
✓ Grande necessidade fetal → crescimento mesmo em situações de jejum materno;
✓ Situações de jejum prolongado: feto continua a extrair glicose e aa - taxas idênticas às existentes nos
períodos de alimentação normal - parasitismo;
✓ Glicose rapidamente transferida para o feto → glicemia fetal cerca de 20 mg% menos comparado aos níveis
de glicemia materna;
✓ Consumo contínuo de glicose pelo feto:  fisiológica da glicemia materna → A glicemia materna pode  15
a 20 mg% em relação aos níveis observados fora da gestação;
✓ Para atender às exigências fetais: menor utilização periférica de glicose + ineficácia da insulina – hormônios
contra-insulínicos – hCG, E2, progesterona, cortisona, Lactogênio Placentário Humano (HPL), glucagon;
Resistência periférica à insulina 
• → Metabolismo lipídico
• Mobilização de gordura corporal
para a produção de energia para o
metabolismo materno: conservar a
glicose para o consumo fetal e para
o próprio SN materno
•  níveis plasmáticos de AG, TG,
colesterol e fosfolipídios → ação
epinefrina, hCG, glucagon e hPL
✓ Modificações ocorrem já no 1º trimestre
✓ Débito cardíaco  30 a 40% pela intensa circulação placentária
- A pressão arterial, principalmente diastólica, diminui durante os primeiros dois trimestres por causa da
vasodilatação periférica, mas pode voltar aos valores pré-gestação no terceiro trimestre
- Volume sanguíneo:  50% a partir da 6ª SG até a 34ª SG. Volume corpuscular  25% a partir do 6º mês =
menores taxas de hematócrito e hemoglobina (anemia fisiológica)
- Fluxo sanguíneo: fluxo renal  cerca de 50% no 1º tri e  no último mês. O fluxo sanguíneo cerebral e
hepático se mantém inalterado
✓ Acréscimo total de água: 7,5 L, dos quais 1,7 L estão nos tecidos
✓ 70% do peso ganho durante a gestação corresponde a ganho hídrico e para manter a isotonicidade são
necessários 25g de sódio ou 60 g de cloreto de sódio
✓ Visando a conservação do sódio: sistema renina-angiotensina-aldosterona
Alterações no Sistema Circulatório e Equilíbrio Eletrolítico
✓  taxa glomerular desde o 2º mês e do fluxo renal
para facilitar a depuração da creatinina, uréia e outros
resíduos metabólicos
✓ Fluxo da urina + retardado devido a obstrução
mecânico dos ureteres:  pré-disposição às infecções
urinárias
✓ Glicosúria fisiológica:  50% da quantidade de glicose
filtrada e a habilidade máxima renal em absorve-la é
mantida, tornando comum a glicosúria fisiológica,
mesmo na ausência de glicemia elevada
Sistema urinário
✓ Sintomas comuns no 1º trimestre: náuseas, vômitos matinais → podem acarretar
anorexia → possíveis perdas de peso em gestantes no 1º;
✓ Gengivas edemaciadas, hiperêmicas, sangram com facilidade: hCG, progesterona e
estrogênio;
✓ Diminuição do pH salivar: desenvolvimento de MO causadores da cárie dentária;
✓ Hipotonia do TGI: progesterona → maior tempo de esvaziamento gástrico, maior
incidência de náuseas, refluxo gastroesofágico e constipação intestinal;
✓ Hipotonia do ID: maior tempo de contato entre o nutriente e a mucosa absortiva,
levando ao  absorção de nutrientes e água;
✓ Hipotinia da vesícula biliar: menor liberação da bile e intolerância aos alimentos
gordurosos
Sistema digestivo
✓ As necessidades maternas de oxigênio aumentam e o limiar para o dióxido de carbono diminui, fazendo
que a gestante se sinta dispneica. Somando-se a essa sensação de dispneia está o útero em crescimento,
empurrando o diafragma para cima.
✓ Ocorre aumento da ventilação pulmonar em face do aumento da progesterona → redução de CO2 e
aumento do O2 materno
Sistema respiratório
• Acredita-se que a gênese do contexto emocional da gravidez
esteja + associada aos fatores hormonais e sócio-culturais;
• Fatores hormonais associados com:
→ Progesterona – efeito depressivo sobre o SNC e influência sobre o 
comportamento introspectivo e regressivo da mulher
→ Catecolaminas – papel regulador das emoções (depressão e 
euforia)
→ Costicosteroides – variações emocionais (depressão, euforia, 
paranóia e problemas de cognição)
MODIFICAÇÕES PSICOLÓGICAS
✓ Fatores sócio-culturais - visão da gestação como o estado intermediário
entre o status de mulher e mãe (evento social), muitas vezes associados com
medidas restritivas (tabus e rituais) que visam proteger o estado de gravidez,
bem como marcar a transição entre os dois estados sociais. “gravidez evento
familiar e social”.
✓ O evento “gravidez” é percebido pelas mulheres de forma diferente,
conforme suas perspectivas perante a gravidez (“mulher tradicional” e
“mulher atual”). O contexto social age sobre a gestante que reage sobre o
contexto
✓ Conflitos internos podem se exacerbar durante a gravidez e muitas vezes
explicam as intercorrências: êmese, hiperêmese, bulimia, ganho de peso
excessivo ou insuficiente ou ansiedade.
✓ Destaque: conflito com o companheiro
Vamos fixar
• Durante o desenvolvimento fetal ocorre grande demanda de macro e micronutrientes, para que o feto
de desenvolva adequadamente. Sobre a nutrição na gestação, marcar V para as afirmativas Verdadeiras,
F para as Falsas e, após, assinalar a alternativa que apresenta a sequência CORRETA .
• ( ) O feto requer glicose e aminoácidos para seu crescimento, mesmo em situações de jejum materno.
• ( ) Para atender às exigências fetais de glicose e aminoácidos, ocorrem ajustes metabólicos no
organismo materno.
• ( ) Os níveis de glicemia fetais são cerca de 20mg% inferioresaos níveis de glicemia materna.
a) F, V, V
b) V, F, V
c) F, F, V
d) V, V, V
Vamos fixar!
• O hormônio produzido pela placenta, responsável pela redução da motilidade do
trato gastrointestinal, por favorecer a deposição de gordura e estímulo do apetite
materno, na primeira metade denomina-se:
• - Estrogênio
• - Prolactina
• - Progesterona
• - Cortisona
2- Embriogênese: Estende-se até a 60º dia de gestação:
• Nesta fase, a replicação celular contínua associada à 
hipertrofia (aumento do tamanho celular);
• Diferenciação celular: formação de tecidos e órgãos;
• Período de grande vulnerabilidade para o 
desenvolvimento fetal e de risco de problemas 
nutricionais; 
• Ácido fólico, vitamina A, niacina (B3) e vitamina B12 são 
fundamentais;
• Deficiência de ácido fólico: malformação do tubo neural.
NUTRIÇÃO MATERNA NO DESENVOLVIMENTO FETAL
1- Blastogênese:
• Inicia-se na fecundação e se estende até a 2ª semana 
de gestação;
• Período hiperplásico: rápido aumento do número de 
células;
• O óvulo fecundado sofre divisão celular dando origem 
ao embrião;
• Ácido fólico e vitamina B 12 são essenciais: associados 
à síntese de ácidos nucléicos: essenciais para a divisão 
e crescimento celular.
3- Fetal:
• A partir do 3º mês até o final da gestação;
• Período de crescimento rápido e hipertrofia celular;
• O feto aumenta de 6g a 3,0-3,5Kg ao nascimento.
Fatores que interferem no resultado da gestação:
→ Papel decisivo no resultado da gestação
→ Ausência da APN: mortalidade perinatal é 5x
→ São detectadas as gestantes de alto risco → medidas profiláticas e terapêuticas → controle de quadros
patológicos que representam risco materno e fetal
Participação da equipe 
multidisciplinar
Cuidado pré-
natal precoce
Garantia de assistência 
de qualidade ao longo de 
toda a gestação
ASSISTÊNCIA PRÉ-NATAL (ASP)
SUCESSO AS APN
PROCEDIMENTOS PARA A CONSULTA DE NUTRIÇÃO
1ª CONSULTA - Avaliação detalhada do prontuário :
✓ Idade gestacional;
✓ Idade materna;
✓ Atividade profissional;
✓ Pareceres da equipe de saúde;
✓ Fatores de risco:
→ Idade materna < 17 anos e > 35 anos
→ Ocupação (esforço físico, carga horária, stress,
exposição a agentes físicos, químicos e
biológicos);
✓ Avaliação de exames complementares;
✓ Avaliação nutricional detalhada (antropométrica,
dietética, clínica e dos exames laboratoriais);
✓ Orientação nutricional individualizada e detalhada
com ênfase nas porções e na lista de substituição de
alimentos, objetivando o ganho de peso
recomendado e a prevenção das carências
nutricionais específicas;
✓ Orientações especificas para sinais e sintomas
digestivos presentes e para correções de práticas
alimentares errôneas;
✓ Orientação para condicionamento dos mamilos;
✓ Esclarecimento de dúvidas da gestante.
✓ Revisão do prontuário
✓ Avaliação do ganho de peso até a data da consulta atual, reavaliação do cálculo de ganho de peso
recomendado até a 40ª SG
✓ Anamnese alimentar detalhada
✓ Investigação de sinais e sintomas digestivos e da função intestinal
✓ Acompanhamento dos exames complementares
✓ Ajuste da orientação nutricional, conforme exames laboratoriais e ganho
de peso gestacional
✓ Reforço dos cuidados com as mamas. Esclarecer dúvidas.
CONSULTAS SUBSEQUENTES
AVALIAÇÃO NUTRICIONAL
NA GESTAÇÃO 
• A avaliação nutricional deve ser realizada em todas as gestantes adultas 
e adolescentes, permitindo a intervenção oportuna com vistas a 
minimizar o risco de inadequação de ganho de peso gestacional, 
intercorrências gestacionais, baixo peso ao nascer, parto prematuro e 
intercorrências do recém-nascido.
• A avaliação nutricional deve ser feita o mais precoce possível e de 
forma detalhada, pela equipe de saúde, iniciando-se pela 
identificação dos fatores de risco (Saunders et al., 2010):
Avaliação antropométrica
✓ Identificar as gestantes com desvio ponderal no
início da gestação;
✓ Identificar as gestantes com ganho de peso menor
ou excessivo para a IG em função do EN prévio;
Avaliar ganho de peso em todas as consultas!!!!
Quais são os objetivos?
✓ Fornecer base para elaboração de condutas
adequadas → melhorar o EN materno, suas condições
no parto e as condições ao nascer
1º PASSO: Aferição de peso e altura
Na primeira consulta de pré-natal: permite conhecer seu EN atual e subsidia a previsão de ganho de peso até o fim da
gestação
Calcule o IMC por meio da fórmula:
2º PASSO: Cálculo da idade gestacional
Quando necessário, arredonde a semana gestacional da seguinte forma:
• 1, 2, 3 dias: considerar o nº de semanas completas
• 4, 5, 6 dias: considere a semana que irá se completar
→ Passo a passo da avaliação nutricional da gestante
O ideal é que o IMC considerado no diagnóstico inicial da gestante 
seja o IMC pré-gestacional aferido ou o IMC calculado a partir de 
medição realizada até a 13ª semana gestacional
Exemplo:
• Gestante com 11 semanas e 3 dias = 11 semanas
• Gestante com 12 semanas e 6 dias = 13 semanas
PESO
ALTURA²
Caso desconheça o peso pré-
gestacional (PPG):
Iniciar avaliação da gestante com os
dados da 1ª consulta de pré-natal,
mesmo que esta ocorra após a 13ª
semana gestacional.
Gráfico de monitoramento do ganho de peso na gestação
3º PASSO: Classificação do EN da gestante, segundo o IMC
por SG
• Baixo peso (BP) – quando o valor do IMC for  valores
apresentados na coluna correspondente a baixo peso;
• Adequado (A) – quando o IMC estiver entre a faixa de
valores apresentada na coluna correspondente a
adequado;
• Sobrepeso (S) – quando o IMC estiver entre a faixa de
valores apresentada na coluna correspondente à
sobrepeso;
• Obesidade (O) – quando o valor do  valores
apresentados na coluna correspondente à obesidade.
4º PASSO: Estimativa do ganho de peso total até o fim da gestação, de acordo com o estado nutricional
✓ 1º trimestre: ganho agrupado para todo o período
✓ 2º e 3º trimestres: ganho semanal
Vamos treinar
• Em relação à programação de ganho de peso, assinale a alternativa correta:
• Alternativas:
• A) Gestante com IMC pré gestacional de eutrofia deve apresentar ganho de peso
de até 12,5kg
• B) Gestante com IMC pré gestacional de sobrepeso deve apresentar ganho de
peso de 7,0 a 11,5kg.
• C) Gestante com IMC pré gestacional de obesidade não deve apresentar ganho de
peso.
• D) Gestante com IMC pré gestacional de baixo peso deve apresentar ganho de
peso de até 9,0 kg
• E) Gestante deve ganhar 1,0 kg por mês.
Vamos treinar
Uma gestante procura atendimento para sua primeira consulta com o nutricionista na 10ª
semana gestacional. Durante a avaliação nutricional, as seguintes informações de peso e
altura foram obtidas: 75 kg e 1,63 m. Segundo o Ministério da Saúde, a recomendação de
ganho de peso total para essa gestante é de:
• a) 5 a 9 Kg
• b) 7 a 11,5 Kg
• c) 9 a 13 Kg
• d) 11,5 a 16 kg
Recomendações nutricionais na gestação
Atenção para:
• Nº de refeições
• Composição das refeições
• Grupos de alimentos
Avaliar cuidadosamente uso excessivo:
• Refrigerantes
• Bebidas alcoólicas
• Infusões em geral
• Alimentos ricos em lipídeos
• Pastelaria, doces, chocolates
• Produtos dietéticos e edulcorantes
• Alimentos durante as refeições
• Tabus
• Hábitos alimentares
• Alergias e/ou intolerância alimentar
• Modificações alimentares (inclusão/exclusão)
• Casos de perversão de apetite (pica) → terra, barro, tijolo, água de sabonete, cabelo, fósforo, raspas de gelo
→ Método de inquérito alimentar:
• Frequência de consumo semi-quantitative;
• Incluir na lista: suplementos, açúcares, gorduras de adição, refrigerantes, bebidas alcoólicas, edulcorantes e produtos dietéticos
→ Investigar:
VET = GE + adicional energético gestacional ; 
GE = TMB x NAF*
→ TMB, FAO/WHO, 2004
• 18 – 30 anos: TMB (kcal/dia) = 14,818P (kg) + 486,6
• 30 – 60 anos: TMB (kcal/dia) = 8,126P (kg) + 845,6
→ RDA, 1989
• 36 kcal/kg de peso ideal + adicional energético
*NAF para mulheres adultas (FAO/WHO, 2004)
Recomendação energética
→AdicionalEnergia FAO/WHO, 2004
1º trimestre (IG < 14 s)→ 85 kcal/dia
2º trimestre (IG ≥ 14 e < 28 s)→ 285 kcal/dia
3º trimestre (IG ≥ 28 s)→ 475 kcal/dia
Caso comece o pré-natal no 2º trimestre: 85 + 285 kcal/dia = 360 kcal/dia
→ Adicional Proteína
• FAO/WHO, 2007 : 1g/kg/dia + 1,g (1º. T), 10 g(2º. T) e 31 g/dia (3º. T) 
• RDA: adicional de 10g de ptn/dia 
• Gestação gemelar FAO (2007): + 50g/dia a partir da 20a. semana gestacional e + 1000kcal, além das 
recomendações previstas para as mulheres de gestação de feto único.
• ADA (1989): < 15 anos: 1,7g/kg/dia de peso ideal
> 15 anos: 1,5g/kg/dia de peso ideal 
Atividade valendo 1,0 ponto para AV1
• Paciente com 34 anos, 21 semanas de gestação, procurou atendimento
nutricional no dia 13/07/22 em busca de uma alimentação mais saudável e ganho
de peso controlado durante a gestação. Relata que a data da última menstruação
foi dia 18/02/2022, peso pré - gestacional 81,4 kg, peso atual 86 kg e 1,70 m de
altura. Com relação ao dados apresentados avalie:
• A) Qual o diagnóstico do estado nutricional?
• B) Qual a recomendação de ganho de peso individualizado para essa gestante?
• C) Qual o valor energético total dessa gestante ?
Distribuição percentual dos macronutrientes em relação ao VET (% kcal, WHO, 2003; IOM, 2005): adultas e 
adolescentes sem comorbidades.
• Carboidratos : 55 - 75% do VET
• Fibras : > 25 g/dia
• Açúcar de adição: < 10% do VET
• Proteínas: 10 – 15% do VET
• Lipídios: 15 a 30% do VET
Evitar ácidos graxos saturados, trans e colesterol
Recomendação de Vitaminas e Minerais
• Os valores de ingestão recomendados correspondem às Dietary Reference Intakes (DRI) ou ingestão dietética de 
referência (IDR) propostas pelo IOM, (1997; 2001), para todas as gestantes;
• Suplementação prevista, obrigatoriamente, no pré-natal da Unidade, conforme recomendação do MS: Ferro e 
Ácido fólico:
• Mulheres que tiveram fetos ou neonatos com defeitos abertos do tubo neural têm que usar folato continuamente se ainda 
planejarem engravidar;
• Ingestão realizada uma hora antes das refeições.
- Ferro deve ser mantida no pós-parto e no pós-aborto por 3 meses.
- Folato: Deve ser usado rotineiramente pelo menos dois meses antes e nos dois primeiros meses da gestação
Ácido fólico - Elemento ativo na multiplicação celular dos eritrócitos, do útero, da
placenta e do feto; Sua absorção pode ser diminuída pelas alterações hormonais na
gravidez; Recomenda-se a ingestão de 600μg/dia (desde o planejamento concepcional -
preferencialmente 2 meses antes - até o 3º mês de gestação); Deve ser suplementado;
há difícil alcance do valor em dieta habitual.
Cálcio na gestação 
• Cálcio: metabolismo ósseo
• Ingestão diária preconizada:
1000/mg ao dia durante a gestação
e lactação e aumenta para 1300 mg
para meninas de 14 a 18anos.
• Não parece ser efetiva a sua
suplementação quando a ingestão
de cálcio é adequada.
CONDUTA NUTRICIONAL
• Orientação nutricional individualizada e detalhada, adequando as condições
socioeconômicas, objetivando o ganho de peso recomendado e a prevenção e o
tratamento das carências nutricionais específicas;
• Maior fracionamento da dieta, com menor volume (preferencialmente 5-6
refeições ao dia);
• Orientações específicas para sinais e sintomas digestivos, intolerâncias alimentares;
• Orientação específica para as intercorrências, morbidades crônicas e carências
nutricionais caso presentes.
CONDUTA NUTRICIONAL
• Desestimular o consumo de alimentos gordurosos, frituras, alimentos
processados e o consumo de preparações concentradas em glicídios simples
como doces, balas, refrigerante e pastelaria e alimentos ultraprocessados;
• Desestimular o consumo de café (no máximo 300mg de cafeína/dia), chá,
mate, refrigerante, leite e derivados e alimentos ricos em fibras (farelos ou
integrais) junto às grandes refeições.
• Evitar o fumo e uso de bebidas alcoólicas;
CONDUTA NUTRICIONAL
• Prevenção /tratamento de anemia: Estimular o consumo de frutas 
ricas em vitamina C junto às grandes refeições.
• Cegueira noturna: recomendar bife de fígado bovino (100g) 1x por 
semana e aumentar o consumo de derivados do leite, ovo, folhosos 
verdes e vegetais alaranjados. O uso do bife de fígado 
semanalmente também é indicado para prevenir ou tratar anemia 
(1 bife médio1x /semana no almoço ou jantar);
• Orientar a ingestão de água ao dia, no intervalo das refeições;
Conduta nutricional no ganho de peso insuficiente
Conduta nutricional no ganho de peso excessivo
✓ Calcular o VET correspondente ao ganho de peso esperado (nunca promover perda de peso);
✓ Investigar possíveis causas, atenção para sinais e sintomas digestivos, infecções e problemas 
familiares e corrigir erros alimentares;
✓ Na avaliação dietética, atenção ao consumo de alimentos muito calóricos. Corrigir os erros 
alimentares. Desestimular o consumo de alimentos gordurosos e preparações concentradas em 
glicídios;
✓ Reforçar as quantidades e tamanho das porções;
✓ Preferir alimentos simples, assados, cozidos, ensopados, grelhados;
✓ Aumentar a ingestão de vegetais e frutas, de preferência crus e como entrada;
✓ Atenção para a quantidade de óleo e azeite em saladas; 
Orientação para sinais e sintomas 
digestivos 
Náuseas e vômitos
• As náuseas e vômitos são frequentes no primeiro trimestre, e tendem a parar na
décima terceira a décima quarta semana de gestação.
• Orientações dietéticas como aumentar o fracionamento das refeições e diminuir
o volume, bem como ingerir alimentos secos, os carboidratos simples de fácil
digestão podem reduzir o desconforto.
• Mude os temperos das preparações e evite os temperos picantes.
• Normalmente as gorduras não são bem toleradas, preferir alimentos com baixo
teor de gordura.
• O consumo de biscoito salgado e gengibre tendem a auxiliar.
• Evitar deitar-se após as grandes refeições
• O ideal é que a gestante ingira os alimentos nutritivos nos períodos que não
apresente náuseas para que tenha o suporte de macro e micronutrientes
necessários e requeridos pela gestação
Hiperêmese: explicar à gestante o que são vômitos persistentes que dificultam a alimentação; 
alterar a consistência da dieta para líquida cremosa ou gelada ou pastosa de acordo com a 
tolerância;
• Monitorar cuidadosamente a evolução ponderal e avaliar a indicação de suplemento nutricional. 
Avaliar a necessidade de encaminhar para acompanhamento psicológico.
Pirose (queimação): indicar dieta fracionada (5-6 refeições por dia), com menor volume;
• Elevar a cabeceira da cama e evitar deitar-se após as grandes refeições;
• Evitar café, chá, mate, álcool, fumo, doces, frituras, pastelarias, alimentos gordurosos,
embutidos e pimenta.
Picamalácia→ é um transtorno alimentar
• Conversar com a gestante, investigando problemas emocionais ou
familiares que possam estar associados e tentar convencê-la a
substituir essa prática pela ingestão de alimentos de sua preferência;
• Esclarecer que as substâncias não alimentares podem contribuir para o
agravo da anemia e interferir na absorção de nutrientes ou mesmo
acarretar doenças (parasitoses, por exemplo);
Consequência materna: Constipação; obstrução
intestinal, perfuração intestinal; problemas
dentários; interferência na absorção de
nutrientes.....
Constipação: aumentar a ingestão de fibras: frutas laxativas
(mamão, ameixa, laranja entre outras) e as demais com bagaço;
vegetais de preferência crus;
• Estimular o consumo de produtos integrais (cereais, pães,
biscoitos, farinhas);
• Estimular o consumo de farelo de trigo ou aveia. Iniciar com 1
colher de chá e aumentar conforme a tolerância, chegando até a
2 colheres de sopa/dia;
• Aumentar a ingestão hídrica (2 litros/dia).
Impacto de 3 gerações

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