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Prévia do material em texto

Gestão Educacional
GRUPO SER EDUCACIONAL gente criando o futuro
GESTÃO CULTURAL 
E EDUCACIONAL
(Gestão Educacional)
Organizadora Tatiana de Medeiros Santos
GESTÃO EDUCACIONAL
Organizadora Tatiana de Medeiros Santos
C
M
Y
CM
MY
CY
CMY
K
Gestão Educacional
eBook Completo para Impressao - Gestão Educacional - Aberto.indd 1eBook Completo para Impressao - Gestão Educacional - Aberto.indd 1 23/08/2021 11:58:1423/08/2021 11:58:14
© by Editora Telesapiens
Todos os direitos reservados. Nenhuma parte desta publicação poderá ser 
reproduzida ou transmitida de qualquer modo ou por qualquer outro meio, 
eletrônico ou mecânico, incluindo fotocópia, gravação ou qualquer outro 
tipo de sistema de armazenamento e transmissão de informação, sem prévia 
autorização, por escrito, da Editora Telesapiens.
Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)
Bibliotecária: Maria Isabel Schiavon Kinasz, CRB9 / 626 
Santos, Tatiana de Medeiros 
S237g Gestão educacional [recurso eletrônico] / Tatiana 
de Medeiros Santos; coordenação de David Lira Stephen Barros; 
organização de Cristiane Silveira Cesar de Oliveira - Recife: 
Telesapiens, 2021. 
212p.: il.; 23cm 
ISBN 978-65-5873-080-4 
1. Planejamento educacional. 2. Educação básica - Gestão. 3. 
Educação básica – Políticas públicas. I. Barros, David Lira Stephen 
(coord.). II. Oliveira, Cristiane Silveira Cesar de (org.). III. Título. 
CDD 372.207 (22.ed) 
CDU 371.2
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Fundador e Presidente do Conselho de Administração: 
Janguê Diniz
Diretor-Presidente: 
Jânyo Diniz
Diretor de Inovação e Serviços:
Joaldo Diniz 
Diretoria Executiva de Ensino:
Adriano Azevedo
Diretoria de Ensino a Distância:
Enzo Moreira
Créditos Institucionais
Todos os direitos reservados
2020 by Telesapiens
Gestão Educacional
eBook Completo para Impressao - Gestão Educacional - Aberto.indd 3eBook Completo para Impressao - Gestão Educacional - Aberto.indd 3 23/08/2021 11:58:1423/08/2021 11:58:14
Olá. Meu nome é Tatiana de Medeiros Santos. Sou 
formada em Pedagogia, com uma experiência técnico-
profissional na área de educação, portanto, sou especialista em 
Educação Infantil e também em Gestão Educacional. Sou mestre 
em Educação Popular e Doutora em Educação, sou professora 
do Ensino Fundamental e Ensino Superior há mais de 10 anos. 
Passei por empresas com a Universidade Federal da Paraíba, 
como professora substituta do curso Pedagogia. Sou professora 
da rede municipal de ensino Prefeitura Municipal de João 
Pessoa, sou Professora da UNAVIDA – UVA, sou Professora da 
UNINASSAU e tutora à distância do curso à distância Pedagogia 
da UFPB. Sou apaixonado pelo que faço e adoro transmitir 
minha experiência de vida àqueles que estão iniciando em suas 
profissões. Por isso fui convidada pela Editora Telesapiens a 
integrar seu elenco de autores independentes. Estou muito feliz 
em poder ajudar você nesta fase de muito estudo e trabalho. 
Conte comigo!
A AUTORA
TATIANA DE MEDEIROS SANTOS
eBook Completo para Impressao - Gestão Educacional - Aberto.indd 4eBook Completo para Impressao - Gestão Educacional - Aberto.indd 4 23/08/2021 11:58:1423/08/2021 11:58:14
ICONOGRÁFICOS
Esses ícones que irão aparecer em sua trilha de aprendizagem 
significam:
OBJETIVO
Breve descrição do objetivo 
de aprendizagem; +
OBSERVAÇÃO
Uma nota explicativa 
sobre o que acaba de 
ser dito;
CITAÇÃO
Parte retirada de um texto;
RESUMINDO
Uma síntese das 
últimas abordagens;
TESTANDO
Sugestão de práticas ou 
exercícios para fixação do 
conteúdo;
DEFINIÇÃO
Definição de um 
conceito;
IMPORTANTE
O conteúdo em destaque 
precisa ser priorizado;
ACESSE
Links úteis para 
fixação do conteúdo;
DICA
Um atalho para resolver 
algo que foi introduzido no 
conteúdo;
SAIBA MAIS
Informações adicionais 
sobre o conteúdo e 
temas afins;
+++
EXPLICANDO 
DIFERENTE
Um jeito diferente e mais 
simples de explicar o que 
acaba de ser explicado;
SOLUÇÃO
Resolução passo a 
passo de um problema 
ou exercício;
EXEMPLO
Explicação do conteúdo ou 
conceito partindo de um 
caso prático;
CURIOSIDADE
Indicação de curiosidades 
e fatos para reflexão sobre 
o tema em estudo;
PALAVRA DO AUTOR
Uma opinião pessoal e 
particular do autor da obra;
REFLITA
O texto destacado deve 
ser alvo de reflexão.
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SUMÁRIO
UNIDADE 01
Políticas e gestão da educação básica....................................12
Estrutura e funcionamento da educação básica........................16
Políticas e organização da educação básica no Brasil: 
estrutura e funcionamento dos sistemas de ensino da 
educação básica......................................................................24
A função social da escola e sua relação com a democracia......28
A gestão democrática da educação e da escola gestão 
educacional - Conceitos e princípios.....................................35
A gestão democrática da educação e algumas políticas que 
influenciam no processo.........................................................46
UNIDADE 02
Organização Democrática da Escola Pública: Bases Legais e 
os desafios ................................................................................62
A Gestão do Trabalho Pedagógico em espaços escolares e 
não escolares ...........................................................................74
Princípios e Características dos diferentes Tipos de Gestão .. 83
A Gestão nos Espaços Escolares e Não Escolares: foco na 
atuação pedagógica ................................................................94
UNIDADE 03
Os Desafios da Escola, Gestão Escolar Democrática e o 
Projeto Político Pedagógico .................................................108
A Gestão democrática requer mudança de comportamentos 
na Escola ...............................................................................120
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Gestão Escolar Democrática: Definições, princípios e 
Mecanismos básicos de implementação .............................132
A gestão democrática na escola pública .............................143
UNIDADE 04 
A escola e o Projeto Político Pedagógico..............................156
Conceitos e finalidades do Projeto Político Pedagógico.......167
O projeto Político Pedagógico da escola na perspectiva de 
uma Educação para a Cidadania..........................................178
A Gestão Escolar Democrática e o Projeto Político Pedagógico 
na perspectiva de uma educação para a cidadania....................184
A Gestão da Escola básica e o princípio da autonomia 
Administrativa, Financeira e Pedagógica.............................189
Administrativa........................................................................193
Financeira...............................................................................194
Jurídica...................................................................................197
Pedagógica.............................................................................197
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Gestão Educacional 9
UNIDADE
01
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Gestão Educacional10
Você sabia que a área da Gestão Educacional é um campo 
muito importante na educação? Pois, trata-se de uma área 
responsável pela geração de muitos empregos, pois gerir uma 
instituição educacional é a chave para o sucesso dos que ali 
transitam, e será um dos empregos que não acaba, pois educação 
está em todo lugar. Isso mesmo. A área de Gestão Educacional 
faz parte da cadeia de ações que devem acontecer em prol do 
processo Ensino-aprendizagem de uma instituição educativa, em 
nosso caso a escola. Sua principal responsabilidade é gerenciar 
questões financeiras, administrativas, pedagógicas e relações 
interpessoais. Tudo isso envolve normas, leis, princípios e 
gerenciamento de recursos humanos, nosso principal capital 
dentro de uma escola é o ser humano. Por isso, vamos conhecer 
um pouco sobre a LDBEN (9394/96) o Plano Municipal de 
Educação e como deve acontecer uma gestão na escola de forma 
democrática. Entendeu? Ao longo desta unidade letiva você vai 
mergulhar neste universo!
INTRODUÇÃO
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Gestão Educacional 11
1
2
3
4
Olá. Seja muito bem-vindo a nossa Unidade 1. Nesta unidade, 
o nosso objetivo é auxiliá-lo no desenvolvimento das seguintes 
competências profissionais: 
OBJETIVOS
Identificar as Políticas Educacionais na Gestão Escolar, 
a partir de seus conceitos, elementos constitutivos, 
princípios básicos, funções, desafios e paradigmas;
Refletir sobre os mecanismos de participação no processo 
de gestão nas instituições escolares, contribuindo de 
forma significativa para elaboração, implementação, 
coordenação, acompanhamento e avaliação do projeto 
político pedagógico, bem como para outros projetos 
e programas de interesse educacional, em ambientes 
escolares ou não escolares;
Conhecer os fundamentos teóricos e legais da 
Gestão Democrática;
Analisar as instâncias Colegiadas enquanto 
instrumentos de participação coletiva.
Então? Está preparado para uma viagem sem volta rumo ao 
conhecimento? Ao trabalho!
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Gestão Educacional12
Políticas e gestão da educação básica
Em se tratando de políticas para a educação básica 
brasileira, as mesmas são pensadas e implementadas em 
momentos diferentes da nossa sociedade e, geralmente, são 
pensadas a partir da ótica de grupos que se encontram no poder. 
Figura 1: Políticas para a educação nas escolas públicas.
 
Fonte: Pixabay
OBJETIVO
Caro aluno, estamos iniciando um capítulo sobre políticas 
e gestão da Educação Básica, vamos ler e estudar, fazer os 
exercícios e o término deste capítulo, você será capaz de 
compreender como funciona a estrutura e funcionamento da 
Educação Brasileira. Isso será fundamental para a sua profissão. 
As pessoas que tentaram ser um bom gestor sem a devida 
instrução tiveram problemas, pois para realizar uma gestão 
escolar com compromisso e responsabilidade, primeiro é preciso 
conhecer como é determinada a nossa estrutura e funcionamento 
da educação básica, e está determinado pela Lei de Diretrizes e 
Bases da Educação Nacional – 9394/96. E então? Motivado para 
desenvolver esta competência? Então vamos lá. Avante!
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Gestão Educacional 13
Exemplificando essa realidade podemos destacar o 
ensino técnico, pois nasce de uma necessidade de mão de obra 
qualificada para atender o mercado de trabalho.
Sobre Políticas Públicas, explica que: 
Políticas públicas são ações de Governo, portanto, 
são revestidas da autoridade soberana do poder 
público. Dispõem sobre ‘o que fazer’ (ações), 
‘aonde chegar’ (metas ou objetivos relacionados 
ao estado de coisas que se pretende alterar) e ‘como 
fazer’ (estratégias de ação). (RODRIGUES,2010, 
p.52/53).
Sobre o Financiamento da Educação como já é sabido, 
temos a garantia na lei que as escolas públicas e gratuitas. Deste 
modo, para garantir a eficiência dessa escola e que a mesma 
cumpra suas metas é preciso ter recursos financeiros. Por isso, 
há no âmbito de cada Estado e do Distrito Federal, ou Fundo 
de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de 
Valorização dos Profissionais da Educação, mais conhecido com 
FUNDEB. 
Tanto o estado, como o município são os responsáveis pela 
distribuição e fiscalização do uso deste recurso financeiro. A 
união também faz repasses de verbas para estados e municípios. 
SAIBA MAIS
Para saber mais sobre este assunto e como funciona recomendo 
a leitura do texto sobre: O financiamento da educação básica: 
limites e possibilidades de Luiz Fernando Dourado. Link: 
http://ref.scielo.org/55xzp4
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Gestão Educacional14
De acordo com Ferreira e Nogueira (1996, p.3), com o 
estabelecimento da Constituição Federal, que define a educação 
como competência da União, Estados e Municípios e que neste 
documento há a necessidade da organização de seus sistemas de 
ensino em regime de colaboração, os autores explicam que: 
A Constituição prevê também o sistema nacional 
de educação, a ser articulado por um plano decenal 
(Art. 214, alterado pela Emenda Constitucional 
59/2009). O Plano Nacional de Educação (PNE) e, 
consequentemente, os planos estaduais, distrital, 
e municipais ultrapassam os planos plurianuais 
de governo. Exigem articulações institucionais 
e participação social para sua elaboração ou 
adequação, seu acompanhamento e avaliação. Para 
o cumprimento do dispositivo legal, foi publicado 
o Plano Nacional de Educação, aprovado pela lei 
n° 13.005/2014. Este plano nacional desdobrou-se 
nos planos estaduais e municipais3 e constituem, 
na atualidade, o desafio maior para implantação 
de uma educação de qualidade. Como política 
pública educacional proporciona reflexos diretos 
no cotidiano escolar. (FERREIRA E NOGUEIRA, 
1996, p.3)
Os citados autores ainda explicitam que no âmbito 
educacional, há várias políticas públicas que foram lançadas 
por todos os setores do governo federal para se alcançar os 
objetivos propostos pela Constituição Federal e exemplifica uma 
série de políticas públicas que estão citadas a seguir, mas não é o 
objetivo deste componente curricular esgotar a discussão do que 
as mesmas representam em suas especificidades: 
a) 4 Fundo de Manutenção e Desenvolvimento 
do Ensino Fundamental e de Valorização 
do Magistério- (FUNDEF)4 ; b) Plano de 
Desenvolvimento da Escola (PDE); c) Programa 
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Gestão Educacional 15
de Dinheiro Direto na Escola (PDDE); d) 
Programa Bolsa Família; e) Programa Nacional 
de Alimentação Escolar (PNAE); f) Programa 
Nacional do Livro Didático (PNLD); g) Programa 
Nacional de Transporte Escolar (PNATE); h) 
Exame Nacional do Ensino Médio (ENEN; i) 
Sistema de Seleção Unificada (SISU); j) Programa 
Universidade para Todos (PROUNI); k) Programa 
Nacional de Reestruturação e Aquisição de 
Equipamentos para a Rede Escolar Pública de 
Educação Infantil (PROINFÂNCIA).
No Brasil, o que temos de mais atual em termos de 
políticas públicas, foi o estabelecimento do Plano Nacional de 
Educação, que prepara metas para acontecer na educação para 
10 anos. Dessa forma, no decênio (2011-2020) foi estabelecido 
o Plano Nacional de Educação, nele foi estabelecido um total de 
20 metas. As mesmas são referênciaspara que sejam elaboradas 
Políticas Educacionais, com a finalidade de conquistar as metas 
que foram propostas pelo plano. 
Deste modo, dentre as 20 metas, temos 4 que versam sobre 
a formação de professores. No plano, essa meta ganha ênfase 
na meta 15 estratégias voltadas para a formação de professores, 
como podemos ver a seguir:
Meta 15: tem como estratégia garantir, em regime de 
colaboração entre a União, os Estados, o Distrito Federal e 
os Municípios, que todos os professores da educação básica 
possuam formação específica de nível superior, obtida em 
curso de licenciatura na área de conhecimento em que atuam. 
E quanto as estratégias há a possibilidade de trazer programas 
específicos de formação de professores para as populações do 
campo, comunidades quilombolas e povos indígenas. Valorizar 
as licenciaturas, programar cursos e programas especiais para 
assegurar formação específica aos docentes que ainda não tem 
graduação. (BRASIL, PNE, 2011).
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Gestão Educacional16
O Plano Nacional de Educação (2011-2020), no que se 
refere à formação e a valorização dos professores, em síntese, 
é proposta a tanto de realização de provas para aprovação de 
docentes, como a implantação de uma política nacional de 
formação continuada para professores, com o estabelecimento 
de planos de carreira para todos os profissionais da educação. 
Desse modo, Gadotti (1992, p.70) explica que a estrutura 
educacional de nosso país deve garantir o “[...] acesso de todos à 
educação, independentemente de posição social ou econômica, 
acesso a um conjunto de conhecimentos e habilidades básicas 
que permitam a cada um desenvolver-se plenamente”.
Estrutura e funcionamento da educação 
básica
Caro estudante, nesta unidade vamos estudar a Estrutura e 
Funcionamento da Educação Básica. Você sabe como funciona 
a estrutura da educação básica brasileira? 
Figura 2: Legislação da educação brasileira
 
Fonte: Pixabay
Inicialmente, vamos entender o que é Estrutura e 
Funcionamento em seguida e a influência das políticas públicas 
da educação. Deste modo, para entender como é a estrutura e 
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Gestão Educacional 17
como é definida a nossa educação no Brasil, temos que primeiro 
conhecer a lei que rege a educação escolar: Lei de Diretrizes 
e Bases da Educação Nacional N.9394/96, mais conhecida 
com LDB. Para entendê-la, será apresentado a vocês, tanto as 
modalidades de ensino como os direitos e deveres do estado com 
a educação. 
Precisamos entender o que é estrutura e funcionamento, 
pois são elas que nos passam as ideias e valores que entusiasmam 
o que deve acontecer nas escolas e as práticas dos profissionais 
nela envolvidas. 
+++ EXPLICANDO DIFERENTE
Quando nos referimos a estrutura e o funcionamento de uma 
escola, estamos falando de como deve acontecer a organização 
de um sistema escolar e isso remete diretamente ao que 
minimamente deve acontecer no interior de uma escola, a 
exemplo da estrutura física do edifício escolar, as instalações tais 
como: refeitório, pátio, quadra, bibliotecas, laboratórios, sala de 
aula, quadra, banheiros femininos e masculinos. Já em relação 
ao funcionamento, esse depende da sua estrutura física da escola, 
pois ela proporciona o local em que uma escola deve estar em 
funcionamento e para funcionar de fato precisa de pessoas para 
garantir o seu funcionamento, tais como funcionários gerais, 
secretária, porteiros, da limpeza, professores, equipe técnica, 
diretores... Para tanto, em contrapartida também precisamos 
dos alunos para frequentá-la. Em relação ao funcionamento da 
escola? Se é bom ou ruim? Isso irá depender das pessoas que 
frequentam e fazem parte da escola, pois antes de tudo é preciso 
que se tenha compromisso com o trabalho deles e ao mesmo 
tempo com a aprendizagem. (VIEIRA, 2001).
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Gestão Educacional18
Por que estou explicando que ter a estrutura física de uma 
escola não garante o seu bom funcionamento? 
Porque a legislação garante a estrutura e como deve ser o 
seu funcionamento, conforme está descrito na Lei de Diretrizes 
e Bases da Educação Nacional, mas o seu bom funcionamento 
vai depender de quem está dentro da escola fazendo a sua parte. 
Por isso, tanto há a possibilidade de encontrarmos escolas com 
boa estrutura e bom funcionamento, podemos encontrar com a 
estrutura definida pela legislação da educação brasileira, mas 
com um mau funcionamento. 
Tudo isso é contraditório? 
Sim, é contraditório. Como trabalhamos com seres 
humanos nas escolas o grande desafio é que as pessoas façam 
a escola acontecer conforme dita a LDBEN 9393/96. O correto 
seria a estrutura e o funcionamento conforme rege nossa 
legislação, pois só assim iríamos trilhar no caminho da qualidade 
da educação.
SAIBA MAIS
Vamos falar sobre as políticas educacionais pós 1990, pois é a 
partir daí que constituirmos no Brasil uma nova Constituição 
Federal (1988), que garante a democracia em nosso país, garante 
que nossas escolas poderão trabalhar no sistema democrático e 
em seguida em 1996, temos a instituição da Lei de Diretrizes e 
Bases da Educação Nacional e, consequentemente, a política de 
Educação Nacional estão regidos pela nova configuração que o 
nosso país estava entrando, que foi o regime democrático, pós-
ditadura militar e como novas eleições presidenciais.
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Gestão Educacional 19
É nesse contexto entre a década de 1980 e 1990, que temos 
o uso da nomenclatura “educação básica” e começa a engatinhar 
uma política educacional que contemple os nossos alunos. Agora 
a luta é pela universalização da educação básica, no Governo do 
Presidente José Sarney, foi produzido um documento orientador 
para a política educacional do nosso país, chamado: Educação 
para todos: caminhos para mudança (BRASIL/MEC, 1995).
É com o estabelecimento da LDBEN (9394/96), que 
se retira o uso das denominações primeiro e o segundo grau, 
para o que ela denomina de educação básica: Educação infantil 
(creche e pré-escola), Ensino Fundamental e Médio, tendo como 
finalidade o pleno desenvolvimento do educando, e assegura 
a formação comum necessária ao exercício da cidadania e 
o desenvolvimento de meios para progredir no trabalho e em 
estudos posteriores. (Art.22, LDBEN 9394/96). 
Desta forma, compreende-se que a educação básica é 
necessária ao desenvolvimento do indivíduo, pois é através dela 
que o aluno vai buscar adquirir conhecimentos básicos, com a 
intencionalidade de progredir socialmente e o ideal seria que em 
estivesse nesta escola, trilha-se para formar um cidadão crítico e 
atuante em nossa sociedade. 
A LDBEN N.9.394/96, assegura para os alunos, no 
Capitulo I, Art. 24 a educação básica será organizada com 
regras, tais como uma carga horária de 800 horas, para o ensino 
fundamental e médio, distribuídas em 200 dias de aula, no ano 
letivo, excluindo daí o tempo reservado a exames finais, quando 
houver. 
Não podemos esquecer o que determina o Art. 21, da 
LDBEN, N. 9394/96, sobre os níveis e modalidades de ensino, 
podemos informar que os níveis da educação são educação 
básica e educação superior.
Educação Básica: Educação infantil, ensino fundamental 
e médio. 
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Gestão Educacional20
Educação Superior: graduação, especialização, mestrado, 
doutorado e pós-doutorado. 
As modalidades de Ensino são: 
 �Educação de Jovens e Adultos;
 �Educação Especial;
 �Educação Profissional e tecnológica;
 �Educação à Distância;
 �Educação Especial;
 �Educação Básica do Campo;
 �Educação Indígena;
 �Educação Quilombola.
Vamos o entender um pouquinho mais sobre a educação 
básica de nosso país:
 �A Educação Infantil 
É a primeira etapa da educação básica até os 5 anos, que 
inicia a creche de 0 a 3 anos, e pré-escola de 4 a 5 anos, que será 
ofertada pelos municípios. 
 �O Ensino Fundamental 
É a segunda tapa da educação Básica e está dividido entre 
Ensino Fundamental I e II, que tem uma duração de 9 anos, 
que deve acontecer com alunos de 6 a 14 anos. Ofertado pelos 
estados e municípios. 
 �O Ensino Médio 
Está na terceira etapa da Educação Básica, tem duração de 
3 anos, que contempla alunos de 15 a 17 anos aproximadamente, 
e deve ser ofertado pelo estado. 
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Gestão Educacional 21
 �O Ensino Superior 
Acontece após os 18 anos. É ofertada a nossos alunos, 
pelo Governo Federal, apesar de esta ser fundamental para o 
desenvolvimento do alunado e preparação para o mercado de 
trabalho, ainda não se tem o acesso para todos e, por isso, o seu 
acesso se dá a partir de seleção seja para as faculdades públicas 
ou particulares.
 �Educação de Jovens e Adultos
É ofertada para aqueles que não tiveram acesso ou 
continuidade dos estudos no ensino fundamental e médio na 
idade própria.
 �Educação Profissional e Tecnológica 
É entendida como uma ação voltada para o permanente 
desenvolvimento de aptidões para a vida produtiva. 
 �Educação Especial
É destinada aos educandos com necessidades educativas 
especiais, promovida pela rede regular de ensino, também 
podendo ser ofertada em instituições especializadas. 
Por fim, visando melhor compreensão (Vieira, 2001) 
explica que sua estrutura administrativa e normativa é composta 
por normas, diplomas legais, metodologia de ensino, etc.; 
entidades mantenedoras poder público, entidades articulares; 
administração, que está regido pot Ministério da Educação, 
Conselho Estaduais, Municipais de Educação, Secretarias de 
educação...
 �Educação Básica do Campo 
Atende a população rural. Deve se adequar as peculiaridades 
de quem vive no campo, que se difere de região para região. A 
identidade da escola do campo deve estar atrelada diretamente 
com as questões da realidade deles. Nisto, deve haver propostas 
pedagógicas que contemplem a diversidade nos seus aspectos 
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Gestão Educacional22
sociais, culturais, políticos, econômicos, de gênero, geração e 
etnia.
 �Educação Escolar Indígena 
Deve acontecer em territórios indígenas, valorizando a 
cultura deles, estando assim, de acordo com as particularidades 
de sua realidade, com pedagogia própria. 
 �Educação Escolar Quilombola 
É desenvolvida em unidades educacionais que estejam 
em territórios quilombolas. Tem que valorizar a cultura deles, 
também com o uso de pedagogia própria valorizando, assim 
à especificidade étnico-cultural deles, que em cada território 
possui suas particularidades.
Sobre a organização e funcionamento da estrutura escolar, 
observamos na LDBEN N. 9394/96, no Art. 23 que a educação 
básica pode ser organizada em séries anuais, períodos semestrais, 
ciclos, alternância regular de períodos de estudos, grupos não-
seriados, e para isso acontecer pode esta baseado na idade, na 
competência e em outros critérios, sempre que o interesse do 
processo de aprendizagem assim o recomendar. 
No Art. 50, da já citada lei no que diz respeito ao acesso a 
escola, isso é um direito, podendo qualquer cidadão ou grupo de 
cidadãos acionar o poder público para exigi-lo. Já o art. 5ª afirma 
que a educação básica é direito de todos e deve haver vagas 
para todos. No Art. 6o nos é informado que é dever dos pais 
ou responsáveis efetuar a matrícula das crianças na educação 
básica a partir dos 4 (quatro) anos de idade. (Redação dada pela 
Lei nº 12.796, de 2013). Por isso, é dever dos pais ir realizar a 
matrícula de seus filhos e se não houver vagas é preciso acionar 
o Poder Público para fazer valer esses direitos.
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Gestão Educacional 23
SAIBA MAIS
Quer se aprofundar neste tema? Recomendamos o acesso 
à seguinte fonte de consulta e aprofundamento: Artigo: “A 
Importância e Influência do Setor de Compras nas Organizações” 
(FRANCO & VALE), acessível pelo link https://bit.ly/3emon6i
E então? Gostou do que lhe mostramos? Aprendeu mesmo 
tudinho? Agora, só para termos certeza de que você realmente 
entendeu o tema de estudo deste capítulo, vamos resumir tudo 
o que vimos. Você deve ter aprendido que gesto escolar e 
políticas públicas devem caminhar de mãos dadas. As políticas 
públicas vêm para apoiar o gestor que deve atuar de acordo 
com o que manda a legislação brasileira. Vimos que a gestão 
democrática está apoiada no Brasil, a partir do momento em que 
estamos saindo de um modelo de Regime Militar e passamos 
para o presidencial, com a Constituição Federal (1988) temos 
os primeiros registro de direito a gestão democrática, logo em 
1996, temos estabelecido a Lei de Diretrizes e Bases para a 
Educação Nacional N.9.394/96, e nesse ínterim abre brechas 
para outras legislações apoiar para as escolas públicas serem 
administradas no modelo de gestão escolar democrática. Por 
isso, temos que determina os níveis e modalidades de ensino 
no Brasil. Educação de Jovens e Adultos. Educação Profissional 
e tecnologia, Educação Especial, Educação Básica do Campo, 
Educação Escolar Indígena, Educação Escolar.
RESUMINDO
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Gestão Educacional24
Políticas e organização da educação básica 
no Brasil: estrutura e funcionamento dos 
sistemas de ensino da educação básica
No contexto histórico da educação, nos primórdios das 
comunidades primitivas, os quais eram considerados as pessoas 
que faziam parte de grupos que não possuiam residências fixas, 
ou seja, nômades, que necessitavam mudar de lugar de acordo 
com as necessidades de alimentação, água e acabava indo para 
lugares que satisfaziam suas necessidades naquele momento e 
garantissem seu sustento. De acordo com o autor Aranha (2006), 
temos a oportunidade de confirmar que a educação seguia 
conforme a estrutura social vigente os quais viviam a população 
indígena. 
Com o passar do tempo, a população nômade passa a se 
fixar nas terras, pois conseguiam tirar das mesmas seu sustento 
e isso começou a fazer com que parassem de ficar se deslocando 
de um lugar para o outro em busca de melhorias para sustentar 
suas famílias, pois começaram a plantar e caçar.
OBJETIVO
Caro estudante, nesta unidade você vai ter a oportunidade de 
verificar qual é a importância da função social no contexto escolar 
e na educação. Será que ambas fazem parte da mesma coisa ou 
se cada uma tem uma função específica, pois seja na escola ou na 
área da educação? Será que a escola e a educação têm o intuito de 
colaborar com a formação das pessoas? Essas polêmicas serão 
trabalhadas através de teorias que nos possibilitem a chegar a 
uma conclusão em relação à temática abordada.
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Gestão Educacional 25
Observando a população nômade, passamos a indagar 
naquele tempo havia escolas? Existia a parte da educação? 
Podemos concluir que em relação a educação, a mesma existia, 
mas que não seguia o modelo formal da mesma, que tivesse 
lugar, hora e um local específico chamado de escola, não.
Após essas leituras, você deve estar pensando, como 
poderia existir educação se não tinha um local determinado 
chamado de escola? Mas, a educação é ampla, ultrapassando os 
limites do ensino que ocorre dentro de uma escola. 
Em relação a educação, o autor menciona que:
Ninguém escapa da educação. Em casa, na rua, na 
igreja ou na escola, de um modo ou de muitos todos 
nós envolvemos pedaços da vida com ela: para 
aprender, para ensinar, para aprender-e-ensinar. 
Para saber, para fazer, para ser ou para conviver, 
todos os dias misturamos a vida com a educação. 
Com uma ou com várias: educação? Educações. E 
já que pelo menos por isso sempre achamos que 
temos alguma coisa a dizer sobre a educação que 
nos invade a vida (BRANDÃO,2002, p.7). 
Brandão, na citação acima, menciona que a educação 
ultrapassa os limite do contexto escolar. A mesma existe sem que 
a pessoa tivesse estudado, pois o saber é repassado de geração 
para geração, em todas as estrururas da sociedade, mesmo sem 
ter algum modelo formal e centralizado de ensino de ensino. O 
autor relata que desde os primórdios já existia uma educação 
difusa, ou seja, uma educação que não tinha lugar, dia ou hora 
para ocorrer. A mesma era repassada tanto de geração para 
geração quanto para as pessoas que tinham o desejo de aprender 
um ofício.
A educação tem um sentido mais amplo do que a que 
aprendemos na escola, a qual adquiriu após estudos. A mesma 
resulta da sociedade e da cultura a que estamos inseridos, que 
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Gestão Educacional26
vivenciamos no cotidiano, no seio da sociedade, desse modo, 
somos educados. 
Assim, Brandão (2002, p.21) faz alusão que a escola, 
seja qual for a finalidade do ensino, é apenas um lugar com 
conhecidmentos elaborados e pensados para acontecer naquele 
detreminado lugar, com dia e hora marcada para promover uma 
determinada aprendizagem.
Com a população deixando de ser nômade, começou a 
surgir novas maneiras da sociedade se organizar, as propriedades 
deixam de ser comuns, e passam a serem privadas, mudando 
as relações entre as pessoas, ou seja, os proprietários de terras 
detinham o poder em relação aos menos favorecidos.
Sendo assim, o autor Aranha (2006) relata que foi a partir 
dos interesses individuais, que ocorre modificações na área da 
educação, onde anteriormente o mesmo era passado o ofício 
de geração para geração ou a quem se interessa. Mas, agora os 
interesses individuais passam a ser um ponto de desigualdade 
tanto na parte econômicas na sociedade quanto na área da 
educação.
+++ EXPLICANDO DIFERENTE
Após essas reflexões, devem ter surgidos algumas dúvidas 
entre os leitores dessa unidade. Qual o objetivo de estudarmos 
a partir de uma estrutura ocorrida na educação e suas divisões? 
Responderemos assim, estudamos para que possamos ampliar 
nosso conhecimento a cerca da temática, equiparando o contexto 
escolar passado e presente, verificando como ocorreu sua 
organização e políticas que atualmente são compostas para se 
trabalhar no interior das escolas do Brasil.
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Gestão Educacional 27
Sendo assim, podemos compreender que esse processo de 
divisão de bens, é que dependia a relação de poder na sociedade, 
mas a educação que antes era difusa, passa a ser uma educação 
para poucos, os ricos ficavam com a educação intelectual e as 
classes abastadas com a educação profissional o que faz com que 
haja desigualdades no campo da educação. 
 Assim, surgem as classes dos proletáriados e a dos 
assalariados, dominates e dominados, ou seja, inicia-se o que 
mais tarde era denominado de capitalismo. Não se olhava mais 
para o lado humano e sim para o lucro, o capital. Pouco importava 
se a pessoa iria ser explorada, o que interessava era quanto iria 
lucrar naquele negócio. Surge aí, a venda da força de trabalho, 
tornando-se apenas uma pessoa indispensável a produção.
Essa nova organização de sociedade, causa impactos, 
principalmente, nos modos de produção, mudando a concepção 
que tinhamos de homem, sociedade, educação e trabalho.
[...] não existe para elas outra via disponível de 
obtenção de seus meios de vida senão o trabalho 
assallariado, este goza já de aceitação social, os 
que o rejeitam têm sido relegados a uma posição 
marginal e a cultura dominante bendiz e reproduz 
a tudo isto. (ENGUITA, 1989, p.30).
Segundo Enguita (1989), pegando esse lado do capital, o 
qual deixa de lado o ser humano e passa a visar o lucro, a escola 
também começa a por em prática essa divisão de classes, ou 
seja, a mesma é o local específico para se por em prática o que a 
sociedade determinava seguindo o sistema capitalista. Ou seja, 
era na escola que os futuros adultos iriam ter conhecimentos do 
que mais tarde iriam fazer.
Enguita na citação acima tem a capacidade de julgar 
que o modelo de escola vigente da época seguia a lógica do 
capital, onde as mesmas passavam o mínimo de conhecimento 
acadêmico para as classes mais populares, mas adestrariam em 
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Gestão Educacional28
massa os futuros trabalhadores assalariados. Não se pode negar 
que a escola focava na disciplina, pontualidade, na realização 
dos trabalhos, controle e frequência.
Após ampliação de nossos conhecimentos a cerca do que 
era a educação nesse contexto histórico, podemos compreender 
que a educação que almejamos não é essa que faz a divisão de 
classes com base no capitalismo. Temos o intuito de provocar 
em vocês leitores, uma visão crítica em torno da realidade, que o 
mesmo passe a valorizar o ser humano em todos os seus aspectos 
seja do lado biológico, material, afetivo, estético ou lúdico. A 
mesma deve ter o intuito de valorizar o homem de acordo com 
sua necessidade.
Assim, as escolas devem ter o anseio de trabalhar projetos 
que valorize o lado humano, visando respeitar cada realidade 
escolar, buscando desenvolver o lado crítico, reflexivo que 
busque transformações da sociedade. Temos que ter em mente 
que a escola deve ter consideração ao seu papel na sociedade, 
buscando dar impulso a sistematização do saber e difusão da 
cultura que é passada degeração para geração.
Aqui, podemos verificar que a educação tem um 
entendimento de sua amplitude se maior do o alcance da 
educação escolar. A educação conforme explicação de Brandão 
está em todo lugar, seja na rua, na praça, na igreja... De um jeito 
ou de outro, estamos sempre sendo educados. A escola é mais 
delimitada para transmitir conhecimentos teóricos, científicos, 
formando o cidadão para a vida e que uma hora de sua vida vai 
ingressar no mercado do trabalho. 
A função social da escola e sua relação com 
a democracia
Com base nas leituras anteriores, podemos ter noção 
da função social tanto no lado educacional quanto na escola. 
Podemos compreender que a educação é mais amplo, pois a 
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Gestão Educacional 29
mesma acontece através de práticas oriundas da sociedade em 
que estão inseridas. Logo, em relação a educação, podemos 
observar que a mesma tambémacontece além dos muros da 
escola. (BRANDÃO, 2002).
Figura 3- Escola pública
 
Fonte: Pixabay
A educação não tem uma forma pronta, a mesma provém 
do meio em que estamos inseridos, das constates transformações, 
nas relações com a natureza, o que acaba acarretando entre os 
grupos sociais leis, normas e regras com o anseio que possam 
viver em harmonia com os demais grupos.
Nesse contexto, compreendendo a escola enquanto 
criação humana, só tem sentido se a mesma se legitimizar 
perante a sociedade. A mesma baseia-se sua função social na 
formação humana a qual tem o intuito de viabilizar a construção 
e socialização do saber produzido. 
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Gestão Educacional30
Assim, Frigoto (1999) retrata que tanto a educação quanto 
a formação devem caminhar de mãos dadas, visando sanar as 
necessidades humanas Logo “[...] a educação e a formação 
humana terão como sujeito definidor as necessidades, as 
demandas do processo de acumulação de capital sob as diferentes 
formas históricas de sociabilidade que assumem” (FRIGOTTO, 
1999, p. 30). 
Como instituição social, a escola deve trabalhar em cima 
dos valores, conhecimentos e atitudes o que acaba causando 
possíveis mudanças na sociedade.
Desta forma, quando falamos sobre a função social da 
escola, nossos esforços giram em torno de repensar o seu próprio 
papel, sua organização e a prática de seus os atores. 
De acordo com Althusser (1980), a escola contribui para 
a reprodução da ordem social. No entanto, ela também participa 
de sua transformação, às vezes intencionalmente. Outras vezes, 
as mudanças se dão, apesar da escola. 
A questão que deve ser posta de fato é que a instrução, 
ofertada na escola, não alcança de igual maneira todos os 
estudantes que estão contidos nela. 
De acordo com Silva (2005), currículo escolar ainda está 
muito ficado na cultura dominante. Emitem códigos que as 
SAIBA MAIS
Leia a resenho do livro: Ideologia e Aparelhos Ideológicos 
de Estado de autoria de Louis Althusser. IMA, Vinicius 
Siqueira. Ideologia e Aparelhos Ideológicos de Estado – Louis 
Althusser: uma resenha. Colunas Tortas. Disponível em: 
https://bit.ly/2xw1619.
eBook Completo para Impressao - Gestão Educacional - Aberto.indd 30eBook Completo para Impressao - Gestão Educacional - Aberto.indd 30 23/08/2021 11:58:1723/08/2021 11:58:17
Gestão Educacional 31
crianças das classes dominantes podem facilmente entender, pois 
faz parte da realidade deles. Mas, para as crianças das classes 
dominadas, tudo fica mais difícil de decifrar, se esse código 
não faz parte do seu dia a dia. Como elas não sabem do que se 
trata a escola termina sendo algo esntranho a ela. Algo que vai 
resultar em sucesso para as crianças das classes dominantes e 
bem encaminhadas para o ensino superior. Já as crianças que 
fazem parte das classes dominadas, com o seu insucesso acabam, 
desistindo e não concluindo se quer o Ensino Médio. 
Nas escolas se paramos para observar o contraste, 
percebemos a desigualdade, pois as crianças das classes 
dominantes veem a sua cultura reconhecida, já as crianças das 
classes dominadas ao frequentar a escola, não enxergam a sua 
cultura valorizada, e tudo fica muito maiis difícil quando já se 
tem um capital cultural baixo ou praticamente nulo, e não há 
incentivo para que haja o aumento desse capital cultural, rumo a 
transformação da sociedade e quando não se faz nada para que 
essa realidade mude, estamos contribuindo para a reprodução 
posta dessa classe dominante. (SILVA, 2005, p.35). 
A essa altura você de estar se perguntando por que estamos 
falando de relações de poderes, de reprodução ou invés de 
produzir, porque isso que estamos expondo aqui é para explicar 
que o sistema escolar é um formador e reprodutor, mas isso é 
lamentável pelo fato de reforçar que se perpetue a desigualdade 
social. 
SAIBA MAIS
Bourdieu e Passeron. A reprodução; elementos para uma teoria 
do sistema de ensino. Rio de Janeiro: Francisco Alves, 1982.
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Gestão Educacional32
Conforme Bourdieu e Passeron (1982, p.31-32), o “sistema 
educativo” é compreendido como o conjunto dos mecanismos 
institucionais, que se garante a transmissão entre as gerações 
da cultura acumulada (herdada), as teorias clássicas que 
difrenciam a reprodução cultural de sua função de reprodução 
social. É nesse ínterim que o diretor, professor, pais, alunos e 
a comunidade escolar devem compreender que a escola é um 
espaço contraditório. Tendo essa compreensão, é primordial que 
cada escola crie um Projeto Político-Pedagógico, com o intuito 
de atender as peculiaridades locais. Nas ações pedagógicas 
propostas, devo ressaltar que está dotado de sentidos, que 
reflete diretamente a vinculação de concepções que podem ser 
autoritárias ou democráticas, que podem estar explícitas ou não.
Deste modo, quando pensamos a função social da 
educação e da escola requer que seja problematizada a escola 
que queremos. Por isso, este não deve ser um documento que 
seja realizado por uma pessoa e sim por representantes de 
diversos seguimentos da escola. Para isso acontecer, é preciso 
que a escola proporcione espaços e mecanismos de participação 
para esse processo de construção desta documentação aconteça 
de forma democrática. 
De acordo com Libâneo, é preciso pensar e repensar o 
papel da escola numa perspectiva emancipadora e para que isso 
aconteça destaca quatro pontos: 
O primeiro deles é o de preparar os alunos para o 
processo produtivo e para a vida numa sociedade 
tecno-científica-informacional. Significa preparar 
para o trabalho e também para as formas 
alternativas do trabalho. (LIBÂNEO,1998, p. 34)
Em segundo lugar, proponho o objetivo de proporcionar 
meios de desenvolvimento de capacidades cognitivas e 
operativas, ou seja, ajudar os alunos nas competências do pensar 
autônomo, crítico e criativo. “[...] O terceiro objetivo é a formação 
para a cidadania crítica e participativa. [...]” O quarto objetivo 
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Gestão Educacional 33
é a formação ética. É urgente que os diretores, coordenadores e 
professores entendam que a educação moral é uma necessidade 
premente da escola atual (LIBANEO, 1998, p.1). 
Deste modo, a escola precisa repensar seu papel no sentido 
de ser espaço de formação geral privilegiando habilidades e 
conhecimentos necessários para inserção na sociedade.
Finalizando este tópico, é perceptível que discutimos 
sobre a função social da escola e caminharemos para discutir 
o papel das políticas públicas e o que isso implica num sistema 
escolar regido pelo modelo de gestão demoacrática. Adianto que, 
falamos em gestão democrática, porque é isto que está garantido 
na Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional 9394/96, que 
explicita, como o diretor, atualmente chamado de gestor que sua 
função não se limita a realizar atividades meramente burocráticas 
na escola e sim garantir espaços na escola em aconteçam ações 
colegiados, que envolvam democraticamente os representantes 
das cada categoria que trabalha na comunidade escolar.
SAIBA MAIS
Quer se aprofundar neste tema? Recomendamos o acesso 
à seguinte fonte de consulta e aprofundamento: Artigo: “A 
Importância e Influência do Setor de Compras nas Organizações” 
(FRANCO & VALE), acessível pelo link https://bit.ly/3emon6i
eBook Completo para Impressao - Gestão Educacional - Aberto.indd 33eBook Completo para Impressao - Gestão Educacional - Aberto.indd 33 23/08/2021 11:58:1723/08/2021 11:58:17Gestão Educacional34
RESUMINDO
E então? Gostou do que lhe mostramos? Aprendeu mesmo 
tudinho? Agora, só para termos certeza de que você realmente 
entendeu o tema de estudo deste capítulo, vamos resumir tudo o 
que vimos. Você deve ter aprendido que aqui, podemos verificar 
que a educação tem um entendimento de sua amplitude se 
maior do o alcance da educação escolar. A educação conforme 
explicação de Brandão (2002), está em todo lugar, seja na rua, 
na praça, na igreja... De um jeito ou de outro, estamos sempre 
sendo educados. A escola é mais delimitada para transmitir 
conhecimentos teóricos, científicos, formando o cidadão para a 
vida e que uma hora de sua vida vai ingressar no mercado do 
trabalho. Em relação a especificidade da escola, sua função é 
de cuidar para deixar esse espaço mais humanizado. Vivemos 
sim em um país, em que o regime é capitalista e temos que 
atender as necessidades do mercado? Mas, como? Só pensando 
no capital a ser ganho, entendendo a escola como reprodução 
do conhecimento ou como espaço para humanizar as pessoas, 
formar um cidadão crítico e atuante, que vai saber reivindicar 
seus direitos quando necessário. Portanto, em meio a uma gestão 
democrática, deve se pautar para não focar mais em questões 
meramente administrativas, também não passa ser mais a sua 
única responsabilidade, o gestor vai gerir junto a comunidade 
escolar as questões administrativas, pedagógicas, financeiras 
e relações pessoais. Tudo isso deve acontecer na escola, com 
as intencionalidades de juntos, num espírito de colaboração 
melhorias de um bom processo ensino – aprendizagem.
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Gestão Educacional 35
A gestão democrática da educação e da 
escola gestão educacional - Conceitos e 
princípios
A gestão democrática na escola pública, após anos 1990, 
veio para requerer mudanças de comportamentos e forma de 
pensar a escola. A mesma, no interior das escolas devem trilhar 
para promover espaços de atuação na escola que forme os 
alunos para o exercício de sua cidadania, e para isso acontecer 
é preciso trilhar rumo ao caminho que una sociedade, aluno e 
conhecimento. Para tanto, é necessário que se desenvolva ações 
cotidianamente, que viabilize o diálogo, que agregue desejos, 
interesses e necessidades da comunidade. 
OBJETIVO
Caro estudante, nesta unidade você vai ter a oportunidade de 
verificar qual é a importância da gestão democrática da Educação 
e da escola – Gestão educacional – Conceitos e princípios. Será 
que ambas fazem parte da mesma coisa ou se cada uma tem uma 
função específica, pois seja na escola ou na área da educação? 
Esses conteúdos serão trabalhados através de teorias que nos 
possibilitem a chegar a uma conclusão em relação à temática 
abordada. Vamos lá?
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Gestão Educacional36
Figura 4- Gestão democrática
 
Fonte: Pixabay
Segundo Henriques (2002, p.9), esse movimento em favor 
da Gestão Escolar, acontece durante a década de 1980, na qual 
era presente constantes discussões em favor da descentralização 
da gestão das escolas públicas e que teve apoio com reformas 
legislativas. A autora destaca três vertentes importantes em meio 
a este acontecimento e explica que agora as escolas passariam a 
contar com a participação da comunidade escolar para selecionar 
os seus diretores; a criação de um Conselho Escolar, e o repasse 
de recursos financeiros, para a escola utilizá-los com mais 
autonomia e isso representa a possibilidade de conseguir atender 
as mais particularidades de cada escola de nosso país. 
A autora citada acima ainda com a institucionalização da 
democracia e a promoção das discussões em prol da qualidade do 
ensino, a gestão democrática é uma prática que veio para somar, 
para estimular as formas de gerir as escolas brasileiras e para 
que isso aconteça é preciso mudar a concepção de participação, 
pois passou a ser preciso trazer a colaboração dos pais, alunos, 
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Gestão Educacional 37
funcionários, professores, e todos os interessados na qualidade 
do processo ensino-aprendizagem. 
Uma gestão que esteja interessada em integrar os desejos 
da escola deve ter como objetivo garantir a qualidade para 
todos e saber conduzir uma prática que respeite “diversidade 
local, étnica, social e cultural”. O desafio se baseia em educar 
e ser educado, para que isso seja realizado de fato, se deve 
romper com concepções estáticas e que são históricas nos 
acontecimentos internos da escola, tais como: “[...] como o 
consenso, a adaptação, a ordem, a hierarquia”, em troca, com 
a atualidade que requer profissionais que valorize a dinâmica 
na escola em que “[...] a contradição, a mudança, o conflito e a 
autonomia” aconteçam de fato. 
Deste modo, ainda há muito a se fazer no interior de 
nossas escolas, pois conquistar os profissionais da escola à 
participação e nem todos tem a consciência da importância 
do seu papel de colaborador, de divisor de responsabilidades, 
tais como a conquista que não é uma tarefa fácil, trazer a 
partipação dos pais, alunos, professores, funcionários e de todos 
os envolvidos no funcionamento da escola pública. É neste 
percurso que, na atualidade discussões primordiais giram em 
torno da aprendizagem dos alunos e que os mesmo se sintam 
sujeitos do processo de aprendizagem. Para tanto é preciso que o 
professor reconheça que seus alunos têm atitudes e desempenhos 
diferenciados no decorrer do processo ensino-aprendizagem. 
(GADOTTI E ROMÃO, 1998, p.28).
Segundo Luck (2001), a mudança do termo de administração 
para a gestão aconteceu com a intencionalidade de romper com 
a posição do administrador que por muito tempo nas escolas 
centralizou suas ações em suas mãos. Com esta mudança, o 
uso e termo gestor não veio apenas para mudar a nomenclatura 
deste nome e sim para descentralizar as tomadas de decisões 
no interior das escolas, dividindo, assim, responsabilidades 
com toda a comunidade escolar. Permitindo assim, que a gestão 
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democrática aconteça não mais a partir das relações de poderes 
e sim dos esforços para que haja um trabalho coletivo, na busca 
por tomada de decisões e ações conscientes em prol de um bem 
comum. Por isso, reforço que o diálogo, na gestão democrática, 
é estar a disposição de compreender o outro. 
E se tratando de Gestão Democrática é preciso que 
caminhos sejam abertos para que se promova a participação 
de todos que fazem parte das escolas, por isso é preciso pensar 
em mecanismos que facilite a participação em momentos 
decisórios, de forma democrática. É preciso que seja esclarecido 
entre os participantes das reuniões democráticas que cada 
escola tem a sua realidade, e não é só autoridade do diretor que 
vamos resolvê-la e precisamos desenvolver na escola o hábito 
da participação, da colaboração e de envolvimento político 
pedagógico. (PARO, 1997).
Por isso, o autor acima destaca que o conselho escolar é 
uma boa opção para que se exerça o espaço democrático dentro 
das escolas. Pois, as decisões que neles acontecem, funcionam 
como uma forma para dividir responsabilidades, proporcionando 
autonomia para as escolas. 
Com a gestão escolar democrática nas escolas públicas 
devemos compreender que o gestor escolar, deve se tornar o 
líder da escola. 
Conforme Ferreira (2004, p.30), para ser um gestor, é 
preciso ter perfil e cita: conhecimentoda realidade da escola, 
condições pessoais, vocação e formação contínua. Esse destaque 
se faz necessário, pois este profissional deve ter este perfil, pois 
esta é uma tarefa muito complexa, que exige que o mesmo seja 
um agente de mudança. 
Deste modo, a autora aqui destaca que “O líder de 
mudanças, é aquele que se encarrega levar a diante as tarefas, 
enfrenta conflitos, busca soluções e arrisca-se sempre diante 
do novo”. Por isso, se faz necessário, desenvolver o espírito 
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Gestão Educacional 39
de liderança, propondo coisas inovadoras, com parcerias e 
estratégias de ação, com muito trabalho em equipe, eficiência 
e saber colocar em prática a dimensão do como e quando fizer.
Figura 5 Legislação da educação brasileira
 
Fonte: Pixabay
Na atualidade, o mercado torna as escolas mais competitivas, 
flexíveis a mudança e o gestor escolar devem estar aberto as 
mudanças, inovações, no campo das ciências, da tecnologia, 
da comunicação e da informação. Por isso, é conscientizar que 
todos são sujeitos responsáveis por sua atuação, e nisto fazem 
parte da evolução constante de nossa sociedade. Dessa forma, 
A democracia é o meio político de salvaguardar 
a diversidade social e cultural dos membros da 
sociedade nacional ou local, simultaneamente 
à manutenção de uma língua nacional e um 
sistema jurídico que se aplique a todos; é a única 
possibilidade de limitar a crescente dissociação 
entre racionalidade instrumental e identidades 
culturais; é uma luta pela libertação em relação 
a um poder, seja o despotismo racionalista, seja 
a ditadura comunitária; é um espaço de tensões 
e conflitos, ameaçado constantemente por algum 
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poder; é o espaço institucional livre, no qual 
se desenvolve esse trabalho do sujeito sobre si 
mesmo, trabalho pelo qual as pessoas encontram 
o papel de criadoras e produtoras, não somente de 
consumidoras (GHANEM, 2004, p. 21-23).
Sendo assim, defendo que o espírito democrático deve se 
fazer presente nas escolas. Este é o principal norte da Gestão 
democrática. Portanto, a ideia é promover a população escolar, 
não importa a sua condição social, mas deve ser proporcionadas 
oportunidades de acesso e permanência nas escolas. 
Vamos lá! Será que os participantes da escola tem 
consciência do que é democracia? Para que uma escola se torne 
democrática é preciso formar as pessoas saber cobrar seus 
direitos e se tornar um cidadão atuante na escola.
Diálogo na escola, não significa dizer que vamos ter 
concensos, também surgirão conflitos e isso não remete a uma 
coisa ruim, mas que seja aberto um diálogo e será através dele que 
serão tomadas decisões. Para que tudo isso aconteça, é preciso 
criar um ambiente de seguro para o diálogo, aonde há confiança, 
comprometimento e responsabilidade no papel a escola 
desempenha. Sendo assim, o Conselho Escolar, tem se tornando 
um espaço que busca unir teoria e prática na democratização das 
escolas púbicas. (PARO, 2005).
Sobre esta questão, Libâneo (2004) explica que a 
participação leva a escola há um processo de alcançe de 
autonomia nas decisões da escola, deste modo:
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[...] requer vínculos mais estreitos com a 
comunidade educativa, basicamente os pais, a 
entidades e as organizações paralelas à escola. A 
presença da comunidade na escola, especialmente 
dos pais, tem várias implicações. Prioritariamente 
os pais e outros representantes participam do 
Conselho da Escola da Associação de Pais e 
Mestres para preparar o projeto pedagógico 
curricular e acompanhar e avaliar a qualidade dos 
serviços prestados. (LIBÂNEO, 2004, p. 144).
Por isso, o autor esclarece que para autonomia e democracia 
aconteçam na escola precisa deixar claro para os seus participantes 
a força transformadora que tem juntos. Para tanto, é preciso 
explicar como funciona as ações das instâncias colegiadas, tais 
como: a Associação de Pais Mestres e Funcionários, do Grêmio 
Estudantil, do Projeto Político Pedagógico e Conselho Escolar. 
Como será que funciona estas instâncias colegiadas?
 �Associação de Pais, Mestres e Funcionários: 
Deve ter representantes de cada segmentos. Tem objetivos 
administrativos e pedagógicos, mas é fundamental sua atuação 
no setor financeiro da escola, pois precisam deles para gerir de 
forma direta as verbas recebidas. São eles quem decide como 
os recursos que escola recebe serão gastos. Para que haja 
transparência sobre os gastos da escola, os mesmos devem 
ser registrados e expostos em local visível para a comunidade 
escolar. 
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Figura 6 - Associação de Pais, Mestres e Funcionários
 
Fonte: Pixabay
 �O Grêmio Estudantil: 
É uma liderança estudantil, na qual a participação deles 
na gestão democrática instiga a aprendizagem e a integração do 
aluno nas práticas sociais e democráticas. 
Figura 7 - O Grêmio Estudantil
 
Fonte: Pixabay
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�O Projeto Político Pedagógico: 
Figura 8 - O Projeto Político Pedagógico
Fonte: Pixabay
É um documento produzido a partir de planejamento, que 
deve acontecer com todos que fazem parte da escola e/ou por 
representantes de segmento escolar, com o intuito de construir 
um documento que vai funcionar como a identidade da escola, 
trazendo o histórico da escola, problemas e possíveis soluções. 
�O Conselho Escolar: 
Realiza reuniões ordinárias, as mesmas podem ser 
realizadas mensalmente e as extraordinárias, quando for preciso. 
Essas reuniões é o momento que os representantes dos diversos 
segmentos da escola dialogem e a partir deste, sejam tomadas 
decisões. Também existe o Conselho Disciplinar, de natureza 
consultiva e deliberativa e em caso necessário aplica sanções 
disciplinares que constam no Regimento Escolar.
Porque só assim, ao fi nalizar este documento, todos 
os que fazem parte da escola: gestores, docentes, discentes, 
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Gestão Educacional44
pais, técnicos administrativos e de apoio, tais como: porteiro, 
merendeira, limpeza e comunidade local, após ter colaborado 
para a sua construção, devem contribuir com a escola, no sentido 
de tentar cumprir metas, ações e objetivos neles propostos sejam 
alcançados, fiscalizando e avaliando como as decisões estão 
sendo colocadas em prática. 
Figura 9- Conselho Escolar
 
Fonte: Pixabay
SAIBA MAIS
Quer se aprofundar neste tema? Recomendamos o acesso 
à seguinte fonte de consulta e aprofundamento: Artigo: “A 
Importância e Influência do Setor de Compras nas Organizações” 
(FRANCO & VALE), acessível pelo link https://bit.ly/3emon6i
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Gestão Educacional 45
RESUMINDO
E então? Gostou do que lhe mostramos? Aprendeu mesmo 
tudinho? Agora, só para termos certeza de que você realmente 
entendeu o tema de estudo deste capítulo, vamos resumir tudo oque vimos. Você deve ter aprendido que o formato de gestão de 
uma escola deve seguir a democracia, por isso a denominação 
Gestão Democrática. Para tanto, estes princípios devem ser 
colocados em prática por um gestor líder e não aquele que impõe 
as coisas sem o diálogo posto para resolver as particularidades 
de uma escola. Não podemos esquecer a legislação que rege a 
educação brasileira e ao mesmo tempo ter autonomia para que 
algumas decisões internas aconteçam em prol do melhor processo 
ensino aprendizagem. Por isso, é preciso colocar em prática a 
conscientização do papel de todos que fazem parte da escola 
e da importância das instâncias colegiadas: Grêmio estudantil, 
Associação de pais, mestres e funcionários, instituição de um 
Conselho Escolar, o Projeto Político Pedagógico e a representação 
de pais, professores, alunos, funcionários... Todos que fazem a 
comunidade escolar devem mandar seus representantes para 
discutir questões que diz respeito à escola.
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Gestão Educacional46
A gestão democrática da educação e 
algumas políticas que influenciam no 
processo 
Mas, por que foi preciso fazer esta inserção do direito a 
gestão democrática das escolas na Constituição Federal? 
Porque nosso pai estava saindo de uma configuração em 
que estava saindo do Regime Militar, foram anunciadas eleições 
presidenciais e era preciso que esse documento fosse atualizado 
e nele temos garantido o direito a educação pública e gratuita, 
como direito e que as escolas serão administradas através da 
gestão democrática. 
Por isso, afirma-se que o marco legal da Gestão 
Democrática das escolas públicas se deu com o seu primeiro 
registro na Constituição Federal e logo em seguida, de forma 
mais detalhada na Lei de Diretrizes e Bases da Educação 
Nacional N.9394/96. 
Vamos conhecer como isso aconteceu e até os dias atuais 
continua sendo colocado em prática? 
Conforme já foi explicado acima, o nosso país passou 
pelo regime Ditatorial e ao sair, em 1988, temos promulgado 
a Constituição Federal brasileira, que traz, em seus artigos 205 
OBJETIVO
Inicialmente para entendermos a gestão educacional, precisamos 
entender o porquê nossa legislação brasileira tem um marco legal 
sobre Gestão Democrática nas escolas públicas. Sendo assim, o 
documento Brasileiro que, inicialmente assegura esse direito é a 
Constituição Federal de 1988.
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Gestão Educacional 47
e 206, a base para se colocar em prática o princípio da gestão 
democrática na educação pública brasileira, para formar o 
cidadão integral e pleno para desenvolver a sua cidadania. 
Em meio a este acontecimento muito importante de nosso 
país, esse foi um fato muito importante, na história da educação 
brasileira, pois acabávamos de sair do regime autoritário, pela 
democracia que deixou as portas abertas para o diálogo e as 
críticas para tudo que acontece nas escolas públicas. (CURY, 
2005).
A Constituição Brasileira (1988), no Art.205 encontramos 
que: “A educação, direito de todos e dever do Estado e da família, 
será promovida e incentivada com a colaboração da sociedade, 
visando ao pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o 
exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho”. E no 
Art. 206 encontramos as seguintes afirmações: 
I - igualdade de condições para o acesso e 
permanência na escola;
II - liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e 
divulgar o pensamento, a arte e o saber;
III - pluralismo de ideias e de concepções 
pedagógicas, e coexistência de instituições 
públicas e privadas de ensino;
IV - gratuidade do ensino público e 
estabelecimentos oficiais;
V - valorização dos profissionais da educação 
escolar, garantidos, na forma da lei, planos 
de carreira, com ingresso exclusivamente por 
concurso público de provas e títulos, aos das redes 
públicas;
VI - gestão democrática do ensino público, na 
forma da lei; 
VII - garantia de padrão de qualidade;
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Gestão Educacional48
VIII - piso salarial profissional nacional para os 
profissionais da educação escolar pública, nos 
termos de lei federal. (BRASIL, CONSTITUIÇÃO 
FEDERAL DO BRASIL, art. 206, 1988).
Para tanto, é preciso estar atento, pois para ser um bom 
gestor, ser democrático em relação aos acontecimentos de 
uma escola, não significa aceitar tudo e escutar a todos, sem 
diálogo, pois este é suma importância para entender o que é 
solicitado, quais são as necessidades de fato, e para se chegar a 
algum encaminhamento é preciso que este venha embasado na 
legislação brasileira. 
Para ser um bom gestor, é preciso que o escolhido se 
esforce para conhecer a legislação que rege a educação brasileira 
e as políticas públicas, pois deve zelar para que sejam colocadas 
em prática nas escolas públicas. Informo isto, porque a escola 
tem o respaldo da ter certa autonomia para o seu funcionamento. 
SAIBA MAIS
Neste momento de sua leitura você pode estar se perguntando: 
se a escola é pública, até onde o gestor tem autonomia ou 
não para tomar decisões coletivas na escola? Porque estou 
questionando isto? Porque nem sempre ouvir a todas as ideias 
e soluções que aparecerão por meio do diálogo, como caminhos 
para ser resolvido algo, mas nem todas as propostas poderão 
ser colocadas em prática. É o gestor quem vai dar a palavra 
final, se acata ou não as sugestões e o mesmo do jeito que tem 
que ter sensibilidade para saber ouvir, dialogar e em meio as 
propostas e ter sabedoria para alcançar a melhor solução e esta 
tem obrigatoriamente que estar dentro do que manda a legislação 
brasileira.
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Gestão Educacional 49
Continuando retratando a legislação brasileira e sua relação 
com a gestão democrática, após a promulgação da Constituição 
Federal (1988), é sancionado em 1996, a Lei 9.394/96, que é 
Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, que tem em 
seus artigos 12, 13 e 14 informações que tocam diretamente 
na questão dos Sistemas de Ensino e como os mesmos devem 
acontecer, em relação à gestão escolar: 
Artigo 12. Os estabelecimentos de ensino, 
respeitadas as normas comuns e as do seu sistema 
de ensino, terão a incumbência de:
I - elaborar e executar a sua proposta pedagógica;
II - administrar seu pessoal e seus recursos 
materiais e financeiros;
III - assegurar o cumprimento dos dias letivos e 
horas aulas estabelecidas;
IV – velar pelo cumprimento do plano de trabalho 
de cada docente;
V – prover meios para a recuperação dos alunos 
de menor rendimento;
VI – articular-se com as famílias e a comunidade, 
criando processos de integração da sociedade com 
a escola;
VII – informar aos pais e responsáveis sobre a 
frequência e o rendimento dos alunos, bem como 
sobre a execução de sua proposta pedagógica.
 Artigo 13. Os docentes incumbir-se-ão de:
I – participar da elaboração da proposta pedagógica 
do estabelecimento de ensino;
II – elaborar e cumprir plano de trabalho, segundo 
a proposta pedagógica do estabelecimento de 
ensino;
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Gestão Educacional50
III – zelar pela aprendizagem de ensino;
IV – estabelecer estratégias de recuperação para 
os alunos de menor rendimento;
V – ministrar os dias letivos e horas-aula 
estabelecidos, além de participarintegralmente 
dos períodos dedicados ao planejamento, à 
avaliação e ao desenvolvimento profissional; 
VI – Colaborar com as atividades de articulação 
da escola com as famílias e a comunidade.
Artigo 14. Os sistemas de ensino definirão 
as normas da gestão democrática do ensino 
público na educação básica, de acordo com suas 
peculiaridades e conforme os seguintes princípios: 
I - participação dos profissionais da educação na 
elaboração do Projeto Pedagógico da escola;
II - participação da comunidade escolar e local em 
Conselhos Escolares ou equivalentes. (BRASIL, 
LDBEN 9394/96, art. 12, 13 e 14, 1996).
Assim podemos verificar que os artigos 12, 13 e 14 
têm atribuições e destacam as responsabilidades não só dos 
professores, como da necessidade de todo um trabalho conjunto 
dos demais profissionais da escola, que deve estar embasado na 
teoria e, consequentemente, na prática da gestão democrática. 
Compreende-se por comunidade local, representantes 
de todos os profissionais da escola, tais como pais, alunos, 
funcionários da escola e comunidade escolar, e devem agir em 
parcerias na busca incessante do melhor desenvolvimento da 
aprendizagem dos alunos nas escolas, algo que vai implicar na 
colaboração de todos na elaboração do Projeto Pedagógico da 
escola, pois a gestão deve trilhar para não ficar, subordinada ao 
Ministério da Educação, a Secretaria de Educação Municipal ou 
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Gestão Educacional 51
Estadual, que propõe o mesmo modelo de projetos educativos 
para diferentes realidades sob o olhar de longe deles. 
A gestão democrática acontece de fato para colocar 
em práticas normas e legislações previstas e lei e atender as 
particularidades que as demandas de uma escola particularizando 
com autonomia e responsabilidade as escolas públicas. Por isso, 
está posto na LDBEN (9394/96) que os estabelecimentos de ensino, 
regidos pela gestão democrática, devam ter a responsabilidade 
de elaborar e executar coletivamente a sua proposta pedagógica, 
administrando assim os recursos administrativos, financeiros, 
pedagógicos e humanos da escola, articulando-se também com a 
comunidade e as famílias, provendo a interação entre sociedade 
e a escola.
Já discorremos sobre a importância e determinação da 
Gestão democrática estar garantida por meio da Constituição 
Federal (1988) e a LDBEN (9394/96), agora vai discorrer sobre 
a gestão escolar e o Plano Nacional de Educação. 
Deste modo, apenas recapitulando a gestão escolar 
democrática chega na legislação brasileira, após estas discussões 
já terem ganhado corpo no cenário internacional, e no Brasil 
estamos saindo do modelo do Regime da Ditadura Militar por 
volta da década de 1980. A gestão escolar passa a acontecer nas 
escolas públicas com o objetivo de promover a descentralizações 
de poderes no interior das escolas. 
O Plano Nacional de Educação foi uma exigência posta 
em nossa legislação e quando passou a ter validade no Brasil, 
lançou tanto diretrizes, metas e estratégias, para acontecer nas 
escolas e com o auxílio também de políticas educacionais que 
aconteçam e deem conta das demandas em prazos de dez em 
dez anos.
O PNE foi um desejo para acontecer em nosso país, desde 
o Manifesto dos Pioneiros da Educação Nova, em 1932. Na de 
Constituição de 1934, no Art. 150 já constava a solicitação para 
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que a União estabelecesse um Plano Nacional de Educação, mas 
naquele período, pouco se fez em relação a esta questão.
Por isso, é perceptível que esse é um desejo antigo e que 
também se repete através das tentativas de atualizar as políticas 
educacionais, que acontecem em nosso país. 
Na Tailândia (1990), em Nova Delhi, o Brasil participou 
da Conferência Mundial de Educação para Todos, à convite 
da UNESCO, UNICEF, PNUD e Banco Mundial e lá foram 
discutidas questões relacionadas à construção de bases para 
o Plano Decenal de Educação focando essa projeção para os 
países subdesenvolvidos. Nas conferências foram debatidas 
temáticas em relação à educação, principalmente, em relação 
à democratização e descentralização na educação, que foram 
colocadas em prática, mais tarde no Brasil. Algo que culminou 
no debate para ser colocado em prática questões que envolvem 
assuntos administrativos e propostas de gestão escolar 
democrática com fins de melhorar o sistema de ensino. 
Deste modo, passamos a trabalhar com prática de 
desenvolver a “autonomia das escolas”, a “descentralização dos 
recursos financeiros”, ou seja, surgiram e foram colocados em 
prática mecanismos com a finalidade de superar as dificuldades 
educacionais e administrativas. 
Tudo isso culmina no que Luck (2000), explica que 
culminar após o regime ditatorial, com a abertura política do 
nosso país, no decorrer da década de 1990, novas legislações 
brasileiras, inclusive para as escolas públicas no que passaria a 
determinar o modelo de gestão escolar pública democrática. 
A LDBEN nº 9.394, de 1996, trouxe orientações para 
a elaboração de um Plano Decenal de educação. No Art. 
9º, é destacado que cabe à União, a elaboração do Plano, em 
colaboração com os Estados, o Distrito Federal e os Municípios. 
No Art.87, há a instituição da Década da Educação. 
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Gestão Educacional 53
Quando passou os primeiros dez anos, foi feita outra 
avaliação de como se encontrava a educação de nosso país, algo 
que reestruturou o PNE e resultou com diretrizes, vinte metas 
e estratégias para serem colocadas em prática na educação, no 
período de 2014 a 2024. 
Não é objetivo deste Componente Curricular, discorrer 
detalhadamente o PNE, destaco aqui, questões que tratam apenas 
sobre gestão escolar democrática. 
Deste modo, destaco que o Art. 2º, trata do acesso da gestão 
democrática nas escolas públicas. No Art. 9º, tem o prazo de 2 
anos para aprovarem leis detalhem como deve acontecer a gestão 
democrática. A meta 19, tem a discussão sobre a aprovação de 
condições para a sua execução, estabelecendo 8 estratégias para 
a sua construção no âmbito educacional.
19.1 priorizar o repasse de transferências 
voluntárias da União na área da educação para os 
entes federados que tenham aprovado legislação 
específica que regulamente a matéria na área 
de sua abrangência, respeitando-se a legislação 
nacional, e que considere, conjuntamente, para 
a nomeação dos diretores e diretoras de escola, 
critérios técnicos de mérito e desempenho, bem 
como a participação da comunidade escolar;
19.2 ampliar os programas de apoio e formação 
aos(às) conselheiros(as) dos conselhos de 
acompanhamento e controle social do FUNDEB, 
dos conselhos de alimentação escolar, dos 
conselhos regionais e de outros e aos(às) 
representantes educacionais em demais conselhos 
de acompanhamento de políticas públicas, 
garantindo a esses colegiados recursos financeiros, 
espaço físico adequado, equipamentos e meios de 
transporte para visitas à rede escolar, com vistas 
ao bom desempenho de suas funções;
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Gestão Educacional54
19.3 incentivar os estados, o Distrito Federal e 
os municípios a constituírem fóruns permanentes 
de educação, com o intuito de coordenar as 
conferências municipais, estaduais e distrital bem 
como efetuar o acompanhamento da execução 
deste PNE e dos seus planos de educação;
19.4 estimular, em todas as redes de educação 
básica, a constituiçãoe o fortalecimento de grêmios 
estudantis e associações de pais, assegurando-se-
lhes, inclusive, espaços adequados e condições de 
funcionamento nas escolas e fomentando a sua 
articulação orgânica com os conselhos escolares, 
por meio das respectivas representações;
19.5 estimular a constituição e o fortalecimento 
de conselhos escolares e conselhos municipais 
de educação, como instrumentos de participação 
e fiscalização na gestão escolar e educacional, 
inclusive por meio de programas de formação 
de conselheiros, assegurando-se condições de 
funcionamento autônomo;
19.6 estimular a participação e a consulta de 
profissionais da educação, alunos(as) e seus 
familiares na formulação dos projetos político-
pedagógicos, currículos escolares, planos de 
gestão escolar e regimentos escolares, assegurando 
a participação dos pais na avaliação de docentes e 
gestores escolares;
19.7 favorecer processos de autonomia 
pedagógica, administrativa e de gestão financeira 
nos estabelecimentos de ensino;
19.8 desenvolver programas de formação de 
diretores e gestores escolares, bem como aplicar 
prova nacional específica, a fim de subsidiar a 
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Gestão Educacional 55
definição de critérios objetivos para o provimento 
dos cargos, cujos resultados possam ser utilizados 
por adesão (SAVIANI, 2014, 59-60). 
Deste modo, estas metas que se encontram no PNE 
foram propostas, com a preocupação de sanar as limitações 
das práticas de gestão que há nas legislações anteriores. Por 
isso, esclarece mecanismos de como colocar em prática e a sua 
devida prática para ser manter viva nas escolas públicas, dando 
funções aos níveis Estaduais, Federais e a todos da escola. 
Portanto, está claro aqui que não há mais espaços para as antigas 
práticas autoritárias, sendo então redefinidas, com políticas 
educacionais que fortalecem a prática da Gestão Escolar, com o 
estabelecimento da criação de projetos e programas do governo 
que visam a mudança do cenário educacional já existente. 
Recapitulando, o Plano Nacional de Educação, foi 
aprovado em 2001 e instituiu a obrigatoriedade de Estados e 
municípios de elaborarem os seus planos. Consta nas Diretrizes 
da Educação Nacional, no: 
Art. 5º Os planos plurianuais da União, dos 
Estados, do Distrito Federal e dos Municípios 
serão elaborados de modo a dar suporte às metas 
constantes do Plano Nacional de Educação e dos 
respectivos planos decenais. (BRASIL – 2000).
Por isso, é importante esclarecer a importância da 
participação de toda a comunidade escolar interna e externa à 
escola no processo de elaboração do Plano Decenal Municipal, 
pois nele deve estar expresso a articulação de ideias, para a 
elaboração da com a identidade local bem esclarecida. De tal 
modo, na sequência deve haver a aprovação do plano a ser 
realizada na Câmara Municipal, pelo poder Legislativo. Para 
tanto, o Governo Federal esclarece que para a construção de um 
Plano Municipal de Educação, significa:
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Gestão Educacional56
[...] um grande avanço, por se tratar de um 
plano de Estado e não somente um plano de 
governo. A sua aprovação pelo poder legislativo, 
transformando-o em lei municipal sancionada pelo 
chefe do executivo, confere poder de ultrapassar 
diferentes gestões. Nesse prisma, traz a superação 
de uma prática tão comum na educação brasileira: 
a descontinuidade que acontece em cada governo, 
recomeçar a história da educação, desconsiderando 
as boas políticas educacionais por não ser de sua 
iniciativa (BRASIL – 2005, p.9).
Deste modo, é a obrigação de diversos segmentos, 
participarem dessa elaboração para produzir o Plano Municipal 
de Educação, pois:
[...] constitui-se como o momento de um 
planejamento conjunto do governo com a 
sociedade civil que, com base científica e com a 
utilização de recursos previsíveis, deve ter como 
intuito responder às necessidades sociais. Todavia, 
só a participação da sociedade civil (Conselho 
Municipal de Educação, associações, sindicatos, 
Câmara Municipal, diretores das escolas, 
professores e alunos, entre outros) é que garantirá 
a efetivação das diretrizes e ações planejadas. O 
desafio para os municípios é elaborar um plano 
que guarde consonância com o Plano Nacional 
de Educação e, ao mesmo tempo, garanta sua 
identidade e autonomia (BRASIL – 2005 p. 10).
Destaco aqui, que o Plano Municipal de Educação deve 
ter sua estrutura semelhante ao PNE. Nele deve constar o 
diagnóstico da realidade do município, seguido de princípios e 
objetivos gerais. Deve ser realizando a por meios dos Conselhos 
municipais, através de uma análise de como está a realidade 
da educação daquele município. Considerando o seu contexto 
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Gestão Educacional 57
social, os aspectos demográficos, avaliando dados dos censos 
escolares, do desempenho das escolas, da gestão e análise do 
currículo escolar. Será de posse das avaliações e dos resultados, 
que vai para a etapa seguinte que será a de propor diretrizes, 
objetivos e metas para a educação no município. Uma orientação 
é por colocar em prática o princípio da Gestão democrática. 
Com este documento pronto e após a sua elaboração e 
aprovação, destaco que o processo para aí, porque deve sempre 
passar por avaliação e reavaliação, com o intuito de melhor 
colocar em práticas as metas nele proposto, por isso é dinâmico. 
Para tanto, é necessário a criação de um Comitê permanente de 
avaliação do plano, com o objetivo de realizar as análises das 
propostas e políticas públicas referentes à educação.
 Ao final deste tópico, esclareço que a gestão democrática é 
uma prática que está legalizada, faz parte da legislação brasileira 
por meio da Constituição Federal (1988), Lei de Diretrizes e 
Bases da Educação Nacional, no. 9394/96 e Plano Nacional de 
Educação (PNE, 2001 e 2014). 
SAIBA MAIS
Quer se aprofundar neste tema? Recomendamos o acesso 
à seguinte fonte de consulta e aprofundamento: Artigo: “A 
Importância e Influência do Setor de Compras nas Organizações” 
(FRANCO & VALE), acessível pelo link https://bit.ly/3emon6i
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Gestão Educacional58
RESUMINDO
E então? Gostou do que lhe mostramos? Aprendeu mesmo 
tudinho? Agora, só para termos certeza de que você realmente 
entendeu o tema de estudo deste capítulo, vamos resumir tudo o 
que vimos. Você deve ter aprendido que a educação brasileira tem 
uma estrutura e funcionamento da educação, está regida sobre o 
modelo de Gestão Educacional no que diz respeito a forma de 
gerir as escolas, que possui legislação específica. Vimos que o 
Plano Nacional de Educação acontece a cada dez anos, o último 
foi elaborado com metas que contempla a qualidade da educação 
pública e para que isso aconteça determina políticas públicas 
para auxiliar no alcance das metas estipuladas para a educação 
brasileira, em suma o Brasil também requer que haja o plano 
Estadual e Municipal Escolar, ambos com especificidades das 
particularidades de onde a educação escolar se encontre presente.
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Gestão Educacional 59
UNIDADE
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Gestão Educacional60
Você sabia que a área gestão educacional é uma das mais 
novas demandas na área educacional, e será responsável pelo 
gerenciamento de diversos cursos na área educacional nos 
próximos anos, Esta é uma área da pedagogia em que vai trabalhar 
com educação em espaços escolares e não escolares? Isso 
mesmo. A área de Gestão Educacional é a parte de uma empresa 
que lidera tudo que vai acontecer no âmbito, administrativo, 
financeiro, pedagógico e das relações interpessoais de uma 
empresa. Sua principal responsabilidade é zelar pelo processo 
de ensino aprendizagem. Tudo isso, deve acontecer regido por 
políticas educacionais, que são subordinadas ao Plano Decenal 
de Educação que exige dos municípios o Plano Municipal de 
Educação. Em meios a estas questões, temos o gestor que vai 
lidar com processos pedagógicos, por isso vai cuidar para que 
a sua equipe tenha autonomia na hora de resolver as principais 
questões que envolvem o desenvolvimento de uma escola. 
É primordial que o gestor zele para que sua equipe trabalhe 
interagindo com os demais colegas em prol de atingir os objetivos 
educacionais de sua unidade escolares. No texto foi explicado 
como o curso pedagogia entendeu que a gestão, a teoria e a 
pesquisa podem trabalhar juntas, seja em espaços escolares ou 
não escolares. Entendeu? Ao longo desta unidade letiva você vai 
mergulhar neste universo!
INTRODUÇÃO
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Gestão Educacional 61
Olá. Seja muito bem-vindo à Gestão Educacional II. Nosso 
objetivo é auxiliar você no desenvolvimento dos seguintes 
objetivos profissionais até o término desta etapa de estudos:
OBJETIVOS
Conhecer os fundamentos teóricos e legais da Gestão 
Democrática;
Conhecer os fundamentos e as ferramentas da 
gestão em ambientes escolares e não escolares que 
atendam aos desafios da contemporaneidade;
Compreender os princípios e diferentes características 
da gestão democrática;
Compreender como a gestão pode acontecer em 
espaços escolares e não escolares, com o foco na 
atuação pedagógica.
Então? Está preparado para uma viagem sem volta rumo ao 
conhecimento? Ao trabalho!
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Gestão Educacional62
A Gestão Educacional foi institucionalizada no Brasil a partir 
da Constituição Federal, depois tivemos ela garantida também na 
Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Também vai 
gerenciar uma escola em seus aspectos pedagógicos, aos quais 
seu principal agora também faz parte do foco administrativo de 
um gestor trabalhar os aspectos pedagógicos de uma escola, com 
a finalidade de sempre ofertar uma educação de qualidade para os 
que ali frequentam e vamos ver que tudo isso faz parte da educação 
e assim compreendendo o gestor educacional pode trabalhar 
em espaços escolares e não escolares focando em processos 
pedagógicos, seja qual for a finalidade de seu gerenciamento em 
espaços formais e não formais de educação. 
Então? Preparado para uma viagem sem volta rumo ao 
conhecimento? Ao trabalho! Tenho certeza, que assim como 
eu, você vai cada vez mais ficar apaixonado e almejará um dia 
trabalhar na área da gestão educacional, seja numa escola, ou 
seja em qualquer outra área em que você coloque em práticas os 
conhecimentos adquiridos aqui.
Organização Democrática da Escola 
Pública: Bases Legais e os desafios
OBJETIVO
Neste primeiro momento de estudo, temos como responsabilidade 
em fazer com que você conheça os fundamentos teóricos e 
legais da Gestão Democrática. Ao término deste capítulo você 
será capaz de entender como funciona a Gestão Educacional 
e seus respectivos marcos legais. Isto será fundamental para o 
exercício de sua profissão. E então? Motivado para desenvolver 
esta competência? Então vamos lá. Avante!
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Gestão Educacional 63
Figura 1: Educação, ciência e Tecnologias
Fonte: Pixabay
Dando início a este texto, afirmo que a Constituição Federal 
(1988) é um dos primeiros documentos pós-ditadura militar em 
que garante o direito das escolas trabalharem de forma a garantir 
a gestão democrática nas escolas públicas. 
Após a promulgação da Constituição Federal, ocorrido em 
1988, temos sancionado no Brasil a Lei de Diretrizes e Bases da 
Educação Nacional N.9394/96, mais conhecida como LDB. É 
este documento em que temos artigos que detalham como será a 
gestão democrática nas escolas brasileiras.
Essa inserção do princípio da Gestão Democrática, na 
Constituição Federal de 1988, foi considerada algo formidável 
na história da educação brasileira. Aconteceu após o fim do 
regime ditadorial e representou a substituição do autoritarismo 
pela democracia que trouxe para dentro dos muros das escolas 
diálogo e críticas. Deste modo, é na década de 1980, que as 
discussões acentuaram-se em favor da descentralização da gestão 
das escolas públicas e teve apoio com reformas legislativas. 
(CURY, 2005).
Na Constituição Federal brasileira, promulgada em 1988, 
no Artigo 205, sobre a educação, encontra-se escrito que: “A 
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Gestão Educacional64
educação, direito de todos e dever do Estado e da família, será 
promovida e incentivada com a colaboração da sociedade, 
visando ao pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o 
exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho”. 
Na sequência no artigo 206, temos determinado: 
I - igualdade de condições para o acesso e 
permanência na escola;
II - liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e 
divulgar o pensamento, a arte e o saber;
III - pluralismo de ideias e de concepções 
pedagógicas, e coexistência de instituições públicas 
e privadas de ensino;
IV -gratuidade do ensino público e estabelecimentos 
oficiais;
V - valorização dos profissionais da educação 
escolar, garantidos, na forma da lei, planos 
de carreira, com ingresso exclusivamente por 
concurso público de provas e títulos, aos das redes 
públicas;
VI - gestão democrática do ensino público, na 
forma da lei; 
VII - garantia de padrão de qualidade;
VIII - piso salarial profissional nacional para os 
profissionais da educação escolar pública, nos 
termos de lei federal. (Constituição Federal do 
Brasil, art. 206, 1988)
Nos dois artigos acima, percebemos princípios de um 
modelo de educação democrática. 
Em seguida, praticamente onze anos após a Constituição 
Federal, temos sancionado a Lei de Diretrizes e Bases da Educação 
Nacional 9394/96. Esta legislação foi um acontecimentrto muito 
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Gestão Educacional 65
importante na área educacional, pois detalha como deve acontecer 
a educação sistematizada em nosso país. Mas, como não é 
objetivo deste componente curricular detalhar a LDB, destaco 
aqui os Artigos 12, 13 e 14, que destacam que a normatização do 
nosso Sistema de Ensino, deve zelar para que em nossas escolas, 
ocorra a gestão escolar, de forma democrática, deste modo: 
Artigo 12. Os estabelecimentos de ensino, 
respeitadas as normas comuns e as do seu sistema 
de ensino, terão a incumbência de:
I - elaborar e executar a sua proposta pedagógica;
II - administrar seu pessoal e seus recursos 
materiais e financeiros;
III - assegurar o cumprimento dos dias letivos e 
horas aulas estabelecidas;
IV– velar pelo cumprimento do plano de trabalho 
de cada docente;
V – prover meios para a recuperação dos alunos 
de menor rendimento;
VI – articular-se com as famílias e a comunidade, 
criando processos de integração da sociedade com 
a escola;
VII – informar aos pais e responsáveis sobre a 
frequência e o rendimento dos alunos, bem como 
sobre a execução de sua proposta pedagógica.
Artigo 13. Os docentes incumbir-se-ão de:
I – participar da elaboração da proposta pedagógica 
do estabelecimento de ensino;
II – elaborar e cumprir plano de trabalho, segundo 
a proposta pedagógica do estabelecimento de ensino;
III – zelar pela aprendizagem de ensino;
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Gestão Educacional66
IV – estabelecer estratégias de recuperação para 
os alunos de menor rendimento;
V – ministrar os dias letivos e horas-aula 
estabelecidos, além de participar integralmente 
dos períodos dedicados ao planejamento, à 
avaliação e ao desenvolvimento profissional; 
VI – Colaborar com as atividades de articulação 
da escola com as famílias e a comunidade.
Artigo 14. Os sistemas de ensino definirão 
as normas da gestão democrática do ensino 
público na educação básica, de acordo com suas 
peculiaridades e conforme os seguintes princípios: 
I - participação dos profissionais da educação na 
elaboração do Projeto Pedagógico da escola;
II - participação da comunidade escolar e local em 
Conselhos Escolares ou equivalentes. (LDBEN 
9394/96, art. 12, 13 e 14, 1996).
+++ EXPLICANDO DIFERENTE
Deste modo, é perceptível que os artigos citados dão enlevo para 
que aconteça uma escola em sintonia com um projeto educativo, 
em que todos da escola tenham a sua parcela de participação em 
fazer que as coisas aconteçam de fato, dividindo responsabilidades 
e que se comprometam a execução de suas atribuições de forma 
flexível, dialogada e em forma de trabalho conjunto, adequando-
se a realidade local. É importante que as escolas tenham a sua 
própria Proposta Pedagógica, e autonomia para gerenciar as suas 
prioridades, seus materiais e seus recursos financeiros. 
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Gestão Educacional 67
No artigo 14, temos destacado que é atribuição dos Sistemas 
de Ensino, determinar as normas de gestão democrática do ensino 
público, conforme particularidades locais em que a escola está 
inserida. Para tanto, é necessário à participação dos profissionais 
da educação e comunidade local na realização e execução do 
Projeto Político Pedagógico da escola. Na construção de um 
PPP, contamos com a presença de representantes de todos os 
setores da escola, como também dos pais e alunos. Todos devem 
estar conscientizados da importância de sua participação para 
a construção da melhor proposta pedagógica rumo a nova 
aprendizagens na escola. Tudo isso, dever acontecer zelando 
para que a escola tenha autonomia, e que essa ação aconteça 
de fato no interior da escola, e zelar para que a escola não 
fique subordinada ao Ministério da Educação, a Secretaria de 
Educação Municipal ou Estadual, com propostas prontas. 
A gestão escolar democrática se estabeleceu no Brasil, 
em um período em que essas discussões chegam ao Brasil, 
quando já tinham sido muito debatida e colocada em prática, 
em um cenário internacional, as quais foram ser entusiasmadas 
pelas políticas neoliberais nas décadas de 1980 a 1990. Essas 
discussões aconteceram, ainda que de forma muito tímida, nas 
escolas públicas, na corrida pela busca das descentralizações de 
poderes, com foco no trabalho em equipe, que deve adequar a 
realidade escolar ao contexto social dos educando, sempre de 
forma autônoma, na busca por soluções que estejam dentro 
da realidade das escolas. Por isso, afirma-se que a figura do 
diretor ganha novos contornos, e com isso passa a se preocupar 
com dimensões da gestão, não só administrativa e financeira, 
mas é incluída também a responsabilidade a figura do gestor 
com a dimensão pedagógica e que inclui também as relações 
interpessoais. Esta última dimensão ao que parece ser a 
mais simples, também é complexa no sentido em que reflete 
diretamente no trabalho coletivo. 
Em se tratando de Gestão Democrática no ambiente 
escolar, o gestor deve trilhar no caminho em zelar para que 
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Gestão Educacional68
aconteça a participação ativa das pessoas que fazem parte da 
escola, em prol de resoluções de problemas tanto educativa, 
como administrativos e financeiros. Por isso é preciso que haja, 
no interior das escolas, a descentralização de poderes, e que se 
gaste mais energia nas ações e discussões que busque troca de 
conhecimentos, a compreensão e a participação na elaboração 
de normas que contemple o coletivo. (VEIGA, 2001).
+
OBSERVAÇÃO
Agora que já entendemos um pouco do que consta na 
Constituição Federal e na LDBEN (9394/96) a respeito de como 
a gestão democrática deve trilhar no campo educacional, tempo 
o surgimento do Plano Nacional de Educação que a vigorar no 
Brasil, com a intencionalidade de propor diretrizes, metas e 
estratégias para que fossem elaboradas políticas educacionais, 
com metas para mudar a educação de nosso país, para que se 
cumpra no decorrer de prazos de dez em dez anos.
Sendo assim, na LDB 9394/96, há orientações para a 
elaboração do PNE, e em seu art. 9º, tem a redação que afirma 
que cabe à União, a elaboração do Plano, em colaboração com 
os Estados, o Distrito Federal e os Municípios e mais à frente, no 
Art. 87, encontra-se situada a instituição da Década da Educação. 
Na atualidade, já passamos pelo o prazo dos primeiros dez anos, 
e conforme já foi mencionado aqui, já foram feitas as avaliações 
das conquistas, problemas e necessidades, resultando de como se 
encontra a educação do nosso país, resultando na reestruturação 
do PNE, que agora passou a ter diretrizes, com vinte metas e 
estratégias para serem colocadas em prática na educação, no 
período de 2014 a 2024. 
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Gestão Educacional 69
Sobre o PNE, em relação a Gestão Escolar Democrática, 
no art. 2º, que traz à tona, discussões em relação a gestão 
democrática na educação pública. 
No art. 9º, tem estabelecido um prazo de 2 anos para sejam 
aprovadas legislações que detalhe, como deve acontecer a gestão 
democrática. 
Na meta 19, do Plano Nacional de Educação, temos a 
aprovação de condições para a execução da gestão democrática, 
com 8 estratégias estabelecidas para a sua estabilização na área 
educacional, tais como:
19.1. priorizar o repasse de transferências 
voluntárias da União na área da educação para os 
entes federados que tenham aprovado legislação 
específica que regulamente a matéria na área 
de sua abrangência, respeitando-se a legislação 
nacional, e que considere, conjuntamente, para 
a nomeação dos diretores e diretoras de escola, 
critérios técnicos de mérito e desempenho, bem 
como a participação da comunidade escolar;
19.2. ampliar os programas de apoio e formação 
aos(às) conselheiros(as) dos conselhos de 
acompanhamento e controle social do FUNDEB, 
dos conselhos de alimentação escolar, dos 
conselhos regionais e de outros e aos(às) 
representantes educacionais em demais conselhos 
de acompanhamento de políticas públicas, 
garantindo a esses colegiados recursos financeiros, 
espaço físico adequado, equipamentos e meios de 
transporte para visitas à rede escolar, com vistas 
ao bom desempenho de suas funções;
19.3. incentivaros estados, o Distrito Federal e 
os municípios a constituírem fóruns permanentes 
de educação, com o intuito de coordenar as 
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Gestão Educacional70
conferências municipais, estaduais e distrital bem 
como efetuar o acompanhamento da execução 
deste PNE e dos seus planos de educação;
19.4. estimular, em todas as redes de educação 
básica, a constituição e o fortalecimento de grêmios 
estudantis e associações de pais, assegurando-se-
lhes, inclusive, espaços adequados e condições de 
funcionamento nas escolas e fomentando a sua 
articulação orgânica com os conselhos escolares, 
por meio das respectivas representações;
19.5. estimular a constituição e o fortalecimento 
de conselhos escolares e conselhos municipais 
de educação, como instrumentos de participação 
e fiscalização na gestão escolar e educacional, 
inclusive por meio de programas de formação 
de conselheiros, assegurando-se condições de 
funcionamento autônomo;
19.6. estimular a participação e a consulta de 
profissionais da educação, alunos(as) e seus 
familiares na formulação dos projetos político-
pedagógicos, currículos escolares, planos de 
gestão escolar e regimentos escolares, assegurando 
a participação dos pais na avaliação de docentes e 
gestores escolares;
19.7. favorecer processos de autonomia pedagógica, 
administrativa e de gestão financeira nos estabeleci-
mentos de ensino;
19.8. desenvolver programas de formação de 
diretores e gestores escolares, bem como aplicar 
prova nacional específica, a fim de subsidiar a 
definição de critérios objetivos para o provimento 
dos cargos, cujos resultados possam ser utilizados 
por adesão (BRASIL, PNE,2005). 
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Gestão Educacional 71
SAIBA MAIS
Como é perceptível, no Plano Nacional de Educação, foram 
organizadas metas, que visam organizar e ampliar o que estava 
posto legislações anteriores, fornecendo assim um suporte 
para que aconteça de fato, a gestão democrática nas escolas 
públicas. Por isso, dá funções importantes ao Estado, ao 
Governo Federal, e aos que fazem parte da escola em geral, 
para agirem de forma democrática.
Em meio a toda esta discussão temos posto a necessidade da 
elaboração de um Plano Decenal Municipal de Educação, porque 
é neste documento que deve estar articulado ideias, necessidades 
e prioridades na busca por uma proposta de mudança com 
identidade local. Esse documento deve ser elaborado a várias 
mãos, e ao ser concluído dever ser submetido a aprovação na 
Câmara Municipal, pelo poder Legislativo: 
A elaboração de um PME constitui-se como o 
momento de um planejamento conjunto do governo 
com a sociedade civil que, com base científica e 
com a utilização de recursos previsíveis, deve ter 
como intuito responder às necessidades sociais. 
Todavia, só a participação da sociedade civil 
(Conselho Municipal de Educação, associações, 
sindicatos, Câmara Municipal, diretores das 
escolas, professores e alunos, entre outros) é 
que garantirá a efetivação das diretrizes e ações 
planejadas. (BRASIL – 2005 p. 10).
Deste modo, o PME deve seguir a estrutura parecida ao 
PNE, constando neste documento diagnóstico da realidade do 
município, com princípios e objetivos gerais. Os Conselhos 
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Gestão Educacional72
municipais, devem realizar a análise da realidade educacional 
do município, considerando assim o seu contexto, a realidade 
social, a demografia, os dados do censo escolar, do padrão 
de desempenho das escolas, padrões da gestão e análise do 
currículo escolar. Com estes dados em mãos é preciso realizar 
avaliações sobre a realidade daquele município em questão, e 
de posse dos resultados, é chegada a hora de propor diretrizes, 
objetivos e metas para a educação daquele município. Para tal, se 
faz necessário que seja citado que as escolas públicas trabalhem 
com a Gestão democrática. 
Finalizando esta discussão, esclareço que a gestão 
democrática é uma prática legalizada, que está determinada 
nos documentos oficiais Constituição Federal (1988), Lei de 
Diretrizes e Bases da Educação Nacional, no. 9394/96 e Plano 
Nacional de Educação (PNE, 2001 e 2014). Assim, afirmo 
que nas legislações aqui citadas, em todas as discussões são 
travadas sempre na busca pela qualidade da educação. Gostaria 
também que você não esqueça que os artigos 12, 13, 14 e 15 
da LDBEN 9394/96 normatizam a Gestão Democrática das 
Escolas Públicas brasileiras. 
SAIBA MAIS
Quer se aprofundar neste tema? Recomendamos o acesso à 
seguinte fonte de consulta e aprofundamento: Artigo e vídeo: 
“O que é gestão democrática e como aplicá-la.” (FIRMINO, 
Fabiana), acessível pelo link: https://bit.ly/359ivJt.
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Gestão Educacional 73
RESUMINDO
E então? Gostou do que lhe mostramos? Aprendeu mesmo 
tudinho? Agora, só para termos certeza de que você realmente 
entendeu o tema de estudo deste capítulo, vamos resumir tudo 
o que vimos. Você deve ter aprendido que os artigos 12, 13, 
14 e 15 da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, 
N. 9394/96, são os capítulos que dão início a normatização 
da educação básica, logo após a Constituição Federal, que na 
sua redação assegurou o direito de gestão democrática para a 
escola pública. Neste capitulo também vimos as discussões em 
torno do Plano Nacional de Educação, que também detalha mais 
como deve acontecer a Gestão Democrática nas escolas pública 
e a exigência para que as prefeituras elaborem o seu Plano 
Municipal de Educação. 
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Gestão Educacional74
A Gestão do Trabalho Pedagógico em 
espaços escolares e não escolares
Conhecer os fundamentos e as ferramentas da gestão em 
ambientes escolares e não escolares que atendam aos desafi os 
da contemporaneidade.
Ao término deste capítulo você será capaz de entender que 
a teoria da Gestão Educacional pode ser utilizada tanto em 
espaços escolares como em espaços não escolares, tendo 
ambos os espalho o princípio de um projeto educativo, que o 
seu foco de trabalho será o pedagógico. Isto será fundamental 
para o exercício de sua profi ssão. Motivado para desenvolver 
esta competência? Então vamos lá. Avante!
OBJETIVO
Figura 2: Refl exão da gestão educacional em espaços escolares e não escolares
Fonte: Pixabay
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Gestão Educacional 75
SAIBA MAIS
Você sabia que quando vamos nos reportar em relação à área 
de atuação dos pedagogos, existe uma linha de entendimento, 
em que teóricos ainda questionam a decisão de pedagogo poder 
atuar em espaços escolares e não escolares? Pois é, mas esse não 
será o nosso percurso e sim vamos trilhar no caminho em que 
explicam as discussões em relação a área de atuação do pedagogo, 
que abordam as questões que se encontram nas Diretrizes 
Curriculares do Curso Pedagogia (2006) que defendem que o 
pedagogo pode sim atuar em espaços escolares e não escolares, 
tendo como base do curso a formação do pedagogo, a defesa é 
que essa formação deve privilegiar as categorias fundantes do 
trabalho educativo que fundamentarão com seus aportes teórico-
metodológicos paraa atuação do pedagogo em outros espaços, 
que não se limitam a escola. 
Vamos ver como tudo isso aconteceu? 
A partir da década de 1990, com a crescente demanda do 
capitalismo, acontecem no Brasil, diversas transformações nas 
relações sociais. Com isso, temos instaurado novas configurações 
organizacionais no mundo do trabalho e que se articula com o 
processo de descentralização produtiva, com novos métodos 
de gestão da força de trabalho e trabalho vivo, baseados na 
qualidade total. 
Com o advento das novas tecnologias e a base técnica da 
produção do capital, as relações sociais foram sendo alteradas, 
pois havia posto ali novas formas de exploração das forças 
de trabalho e, principalmente em relação aos seres humanos, 
começam a mudar, exigindo profissionais qualificados de formas 
diferentes para o mercado de trabalho. 
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Gestão Educacional76
De acordo com Sá (2000) esse foi um período muito 
complexo em nossa sociedade, com diversos problemas 
e conforme já foi dito acima, com o advento da ciência e 
das tecnologias foram ai proporcionando mudanças, novas 
formas de produção e reprodução da existência humana. Algo 
que acarretou na precarização e diminuição das formas e 
oportunidades de trabalho, pois passou a surgir no mercado de 
trabalho à informatização e a robotização das empresas. 
Em meio a todos estes acontecimentos, com esses novos 
problemas na sociedade precisamos aprender para conviver e 
nos atualizar com as novas demandas da sociedade. 
SAIBA MAIS
É ai, que houve também o surgimento das Organizações 
Não Governamentais, mais conhecidas como ONGs, que estão 
vinculadas ao Terceiro Setor. 
Você já deve estar se perguntando o que este componente 
curricular tem a ver com estes acontecimentos na sociedade e 
curso Pedagogia? 
Vamos lá, explicando este questionamento, informo que 
é muito importante compreender que estes acontecimentos no 
mercado de trabalho, refletem diretamente em na sociedade, 
em nossas vidas e também na área educacional, pois abre 
possibilidades para ampliar práticas educacionais de diversos 
profissionais que atuam em espaços não escolares. Isso demanda 
a necessidade de profissionais especializados, entre os quais, 
temos o pedagogo.
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Gestão Educacional 77
Nesse percurso, deve-se entender que os novos problemas 
sociais e pedagógicos, terminam impondo novas demandas. 
É neste momento em que se discute a necessidade de 
rever o papel e o perfil profissional do pedagogo no campo 
da Pedagogia, uma vez em que muitos espaços de atuação no 
mercado de trabalho estão surgindo ou sendo resinificados. 
Neste sentido, observa-se que na história da educação 
brasileira, em se tratando da formação de pedagogos, que 
acontece a partir de 1939, até os dias atuais, temos o saber que 
era unitário e este passou a ser plural. 
Em relação a esta questão Cambi (1999) informa que não é 
uma apenas uma questão epistemológica atrelada a mudanças de 
saberes, mas é algo que acontece por diversas razões histórico-
sociais. A sociedade muda, sua dinâmica também, pois a mesma 
se encontra mais aberta, e requer a formação de homens com uma 
sensibilidade diferente do proposto no passado. Sendo assim, 
havia de fato, a necessidade de o curso ser redimensionado. 
Foram estas mudanças que movimentaram as mudanças no 
campo da Pedagogia, pois com esse novo modelo de sociedade 
que estava surgindo, foi preciso reescrever a identidade 
do curso. Foi com a ampliação desse entendimento que a 
educação está em todo lugar, sendo compreendida de forma 
plurifacetada, acontecendo em várias modalidades, sendo estas 
institucionalizadas ou não. Nunca se falou tanto em educação, e 
concordamos com Brandão quando ele explica que a educação 
é muito mais do que aquela que está preparada para acontecer 
dentro dos muros da educação escolar. 
+++ EXPLICANDO DIFERENTE
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Gestão Educacional78
É ai que temos institucionalizado em 2006, as Diretrizes 
Curriculares para o Curso de Pedagogia – DCNP. Neste 
documento, está escrito práticas educativas em contextos não 
escolares. 
Essa amplitude nos espaços de atuação do pedagogo 
acontece a partir dos anos de 1990, em que se observa o 
aumento das funções docentes, a ampliação de suas tarefas 
e responsabilidades, além das relacionadas diretamente ao 
processo de ensino e aprendizagem. (VIEIRA, 2008) 
Kuenzer e Rodrigues (2007) nos informam que a linha que 
orienta a concepção que vai ao sentido de formar especialistas 
no campo da pedagogia surgiu a partir da admissão de múltiplas 
possibilidades de organização curricular e modos de aprender. Os 
autores citados explicam que é a partir dessas mudanças sociais 
que, na sociedade, foram-se abrindo novas possibilidades: 
[...] de atuação dos profissionais da educação, docentes 
e não docentes, no trabalho, nas organizações não 
governamentais, nos meios de comunicação, nos 
sindicatos, nos partidos, nos movimentos sociais 
e nos vários espaços que têm sido abertos no setor 
de serviços para atender às demandas sociais 
(KUENZER; RODRIGUES, 2007, p. 40).
REFLITA
Com esta nova mentalidade no em relação as especificidades do 
campo de atuação do pedagogo, junto tivemos as discussões que 
também solicitava limites. 
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Gestão Educacional 79
Como resultado tivemos discussões em que solicitavam um 
processo de reconstrução de novos percursos interdisciplinares 
nos cursos, era preciso articular os conhecimentos em relação ao 
trabalho pedagógico com os campos de outras ciências. Nisto, 
precisamos urgente formar profissionais de educação com os 
novos perfis em que a sociedade passava a exigir, tais como o 
profissional capaz de atuar junto às novas tecnologias, com a 
participação social, com o lazer, com a inclusão dos culturalmente 
diversos, com as pessoas com necessidades educativas especiais 
e com as mais diversas possibilidades formativas em que a 
sociedade passou a demandar.
Sendo assim, Kuenzer & Rodrigues (2007) defendem 
que em relação à formação do pedagogo, naquele momento era 
preciso que se garantisse uma formação consistente em relação 
às teorias do curso, nos fundamentos e nas práticas pedagógicas, 
pois já que o seu espaço de atuação estava se ampliando muito 
rapidamente. Por isso, é ai que surge a defesa da docência como 
base na formação do pedagogo, encontram-se argumentos 
importantes que precisam ser explicitados. 
Sá esclarece (2000, p.179) que o pedagogo, ao encaminhar 
o processo educativo não escolar, com o que chama de professor, 
tem que ficar claro que a Pedagogia é uma ciência aplicada da 
e para a Prática Educativa, compreendendo aqui as práticas 
escolares e as não-escolares, sendo assim, entende-se que esta 
“[...] é uma postura intencionalizada que possui suas nuances em 
função das especificidades das naturezas dos locus de formação 
humana, porém a atividade docente é basilar.” 
Outra linha de entendimento que se posiciona em oposição 
a estes esclarecimentos, temos pesquisadores que têm realizado 
análises das DCNP (2006) sob outra perspectiva, pois entendem 
que a docência não se restringe às atividades de sala de aula de 
uma escola, e compreendem que também está no envolvimento 
de atividades de organização, gestão de sistemas e instituições de 
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Gestão Educacional80
ensino escolares e não escolares. Isso atenderia ao princípio do 
que chamamos de flexibilização da área de atuação do pedagogo.
Compreendendo desta forma, o licenciado em Pedagogia é 
entendido com sendo um profissional polivalente. Essa é a 
formação que oportunizará a este profissional desenvolver 
diversas atividades em espaços escolares e não escolares, 
adaptando-se assim as demandas existentes no mercado de 
trabalho. Por isso, no curso pedagogia a docência, a gestão e a 
pesquisa formam uma tríade que estabelece um novo perfil do 
pedagogo. (VIEIRA, 2008) 
IMPORTANTE
Com esta explicação você pode estar se perguntado se 
não será a docência quem ocupa o principal lugar no curso 
Pedagogia? Sim, mas não como simples docência, mas junto 
vem uma nova concepção de docência. 
Na classificação de Quintana (1993), existem os seguintes 
campos de atuação da Pedagogia Social em espaços escolares e 
não escolares:
01. Atenção à infância com problemas (abandono 
e ambiente familiar desestruturado);
02. Atenção à adolescência (orientação pessoal e 
profissional, tempo livre, férias);
03. Atenção à juventude (política de juventude, 
associacionismo, voluntariado, atividades, emprego);
04. Atenção à família em suas necessidades 
existenciais (famílias desestruturaradas, adoção, 
separações);
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Gestão Educacional 81
05. Atenção à terceira idade (a educação da pessoa 
idosa);
06. Atenção aos deficientes físicos, sensoriais e 
psíquicos;
07. Atenção a pessoas hospitalizadas (pedagogia 
hospitalar);
08. Prevenção e tratamento das toxicomanias e do 
alcoolismo;
09. Prevenção da delinquência juvenil (reeducação 
dos dessocializados);
10. Atenção a grupos marginalizados (imigrantes, 
minorias étnicas, presos e ex-presidiários);
11. Promoção da condição social da mulher;
12. Educação de jovens e adultos;
13. Educação no campo. (BRASIL, PNE,2005). 
Meu caro, no campo da Pedagogia Empresarial e a 
atuação em organizações não governamentais de diversas 
áreas, sejam elas ambiental, educacional, cultural e recreativo. 
Temos mais novas áreas de atuação em nossa sociedade, que 
são a Ecopedagogia, que é pensada de forma a se repensar os 
problemas ambientais, no âmbito educativo de modo a considerar 
os aspectos econômicos, culturais e políticos.
Deste modo, compreende-se que em meio aos novos 
campos de atuação do pedagogo, é preciso compreender que 
temos novos cenários de educação não escolar e que estes se 
caracterizam de forma diferente a educação formal escolarizada. 
Sobre essa questão, Assis (2007, p.172) arrisca explicar 
o pedagogo vai trabalhar a partir dos diversos saberes e as 
articulações a serem realizadas pelo pedagogo, pois seja qual 
for a sua área se atuação “gestão ou docência”, tem que se ter o 
cuidado com soluções simplistas que queiram resolver algo num 
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Gestão Educacional82
curto espaço de tempo, a exemplo de redução de carga horária 
para atender demandas financeiras. O autor ainda explica que a 
educação sempre deve estar a serviço de si mesma e do homem. 
Este seja qual for professor ou gestor, será o responsável para 
promover o diálogo entre o homem e o processo formativo que 
juntos podem e devem começar a construir. 
Desta forma, compreende-se que é através das discussões 
que envolvem a ampliação do campo de atuação do pedagogo 
e a sua possibilidade de articular com as diversas áreas do 
conhecimento, que se explica a que a gestão do trabalho do 
pedagogo, por estar atuando em espaços não escolares, não pode 
de forma alguma relaxar e deixar de fazer um planejamento, que 
sempre deve ser um planejamento interdisciplinar, mas trilhar 
para que sua atuação possa ocorrer através do trabalho coletivo, 
de forma interdisciplinar. (TARDIF; LESSARD, 1999)
Deste modo, é perceptível o foco da atuação dos 
pedagogos será na interdisciplinaridade que é considerada 
a Pedagogia Social que tem como a principal ligação a de 
transmissão dos saberes (VEIGA, 2008). Por isso, é primordial 
mantear o diálogo, e acredita-se que este ultrapassa os limites de 
cada saber, reorganizando assim, o mesmo, com a intenção de 
produzir mais novos conhecimentos que podem ser cultivados 
na vida dos sujeitos.
ACESSE
Quer se aprofundar neste tema? Recomendamos o acesso à seguinte 
fonte de consulta e aprofundamento: Vídeo: “Programa: Roda de 
Conversa - Tema: Espaços não-formais do conhecimento: a escola 
além da escola.” Acessível pelo link: https://bit.ly/2S7YFcf. 
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Gestão Educacional 83
RESUMINDO
E então? Gostou do que lhe mostramos? Aprendeu mesmo 
tudinho? Agora, só para termos certeza de que você realmente 
entendeu o tema de estudo deste capítulo, vamos resumir tudo 
o que vimos. Você deve ter aprendido os fundamentos e as 
ferramentas da gestão em ambientes escolares e não escolares 
que atendam aos desafios da contemporaneidade. O mais 
importante, é o entendimento que o gestor educacional pode 
levar os mesmos fundamentos de atuação pedagógica e de gestão 
democrática para espaços sejam eles escolares ou não escolares. 
O foco será sempre na atuação pedagógica e na aprendizagem 
de qualidade. 
Neste momento de estudo, nosso intuito é que você compreenda 
os princípios e diferentes características da gestão democrática. 
Ao término deste capítulo você será capaz de entender como 
funciona os princípios de características dos diferentes tipos de 
gestão. Isto será fundamental para o exercício de sua profissão. 
E então? Motivado para desenvolver esta competência? Então 
vamos lá. Avante!
Princípios e Características dos diferentes 
Tipos de Gestão
OBJETIVO
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Gestão Educacional84
Figura 3: Princípios democráticos
Fonte: Pixabay
Vamos iniciar este capitulo, retomando os artigos 14 e 15 
da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, N. 9394/96, 
que regula a Gestão Democrática, pois se entende que o mesmo 
serve de princípio para regulamentar todo o processo de gestão 
democrática na escola pública e dele nasce outras legislações, 
normas e políticas públicas para educação pública brasileira em 
termos de gestão:
Art. 14 - Os sistemas de ensino definirão as 
normas da gestão democrática do ensino público 
na educação básica, de acordo com as suas 
peculiaridades e conforme os seguintes princípios:
I. participação dos profissionais da educação na 
elaboração do projeto pedagógico da escola;
II. participação das comunidades escolar e local 
em conselhos escolares ou equivalentes.
Art. 15 - Os sistemas de ensino assegurarão às 
unidades escolares públicas de educação básica 
que os integram progressivos graus de autonomia 
pedagógica e administrativa e de gestão financeira, 
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Gestão Educacional 85
observadas as normas de direito financeiro 
público.(LDB, N. 9394/96)
Observa-se nos artigos acima, o princípio da gestão 
democrática, a autonomia e a importância da participação de 
todos os envolvidos na escola no processo de gestão da escola 
pública. Destaco que essa autonomia deve acontecer de forma 
articulada com a legislação da educaçãobrasileira. Para tanto, 
é preciso organizar ações e processo de tomada de decisões 
internas, com o objetivo de melhor resolver demandas que são 
particulares a cada unidade escolar. 
REFLITA
Neste momento você pode estar se perguntando: Isso é algo que 
pode acontecer em espaços escolares e não escolares? 
Sim, pode acontecer a gestão democrática em espaços 
escolares e não escolares. Mas, professora como saberei como 
agir nestes espaços? 
Eu oriento a observar qual o foco de aprendizagem do 
espaço pedagógico em que estarás atuando futuramente. 
Será na área das tecnologias, no hospital ou na empresa? 
A ideia aqui é orientar você aluno, para entender 
que o pedagogo pode atuar em espaços em que haja novas 
aprendizagens. Sendo assim, a gestão de forma democrática, com 
seus princípios de autonomia, liderança, diálogo, participação, 
trabalho coletivo, formar pessoas para a cidadania, entre outros 
cabe tanto no espaço escolar, como no espaço não escolar, mas 
sempre estaremos nos reportando no curso sobre como deve 
acontecer na escola, mas lembre-se que o casamento da teoria 
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Gestão Educacional86
e da prática que vamos estudar neste curso, com foco para as 
escolas, caberá também para outros espaços não escolares. 
O importante é que o princípio da gestão pedagógica seja 
entendido e realmente colocado em prática quando necessário 
na sua futura profissão. Sobre a importância da participação 
Libâneo explica que:
[...] a participação é o principal meio de se 
assegurar a gestão democrática da escola, pois 
possibilita envolvimento de profissionais e 
usuários no processo de tomada de decisões e 
no funcionamento da organização escolar: a 
organização escolar democrática implica não 
só a participação na gestão, mas a gestão da 
participação, em função dos objetivos da escola. 
(LIBÂNEO,2004,p.102)
Sobre esta questão Luck (2011, p.55) esclarece que é preciso 
que se amplie a compreensão de organização educacional, não 
substituindo a administração, mas a que superando a abordagem 
da fragmentação, ou seja, superar a visão de cada um atuando 
no seu lugar, sem diálogo e perspectiva do trabalho coletivo, por 
isso enfoca que “[...] abrange uma série de concepções, tendo 
como foco a interatividade social, não considerada pelo conceito 
de administração, e, portanto, superando-a”. 
Deste modo, assumir que o gestor vai trabalhar no princípio 
da Gestão Democrática implica dizer que serão desenvolvidas 
ações disciplinadas, que respeita o ideal de democracia, com 
discussões e conflitos que culmine em um consenso. Porém, 
essa é uma sistemática de gestão que pode acontecer em espaços 
escolares e não escolares. 
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Gestão Educacional 87
REFLITA
Mas, você ai pode estar se perguntando por que a pedagogia 
se remete o tempo todo ao espaço escolar? Isso acontece 
porque precisamos formar uma base sólida em nossa formação 
profissional e essa base se dá a partir do espaço escolar e nos 
outros espaços, em que o pedagogo for atuar no decorrer de sua 
atuação profissional. Entendemos que podemos levar a teoria, 
a prática e a pesquisa realizada em todo o curso com o foco 
no espaço escolar, para espaços não escolares, adequando a 
demanda do espaço de trabalho em que o pedagogo está inserido. 
Por isso, entendemos que toda ação educativa em 
espaço não escolar vai acontecendo com a atuação de práticas 
educativas alternativas, que inicialmente não eram consideradas 
como educação, pois não estavam dentro das normas formais 
da escola, mas, apesar disso estava-se construindo uma relação 
forte de ensino e aprendizado, como acontecia nas escolas. 
Nesse sentido, Gohn explica que a educação não formal:
[...] aborda processos educativos que ocorrem fora 
das escolas, em processos educativos da sociedade 
civil, ao redor de ações coletivas do chamado 
terceiro setor da sociedade, abrangendo movimentos 
sociais, organizações não governamentais e outras 
entidades sem fins lucrativos que atuam na área. 
(GOHN, 2001, p. 32).
Para tanto, a atuação da gestão em espaços não escolares 
pode abranger tanto espaços escolares, como não escolares, pois 
a educação não formal vai além das ONG’s, estão presentes 
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Gestão Educacional88
em diversos locais: nas associações de bairro, nos movimentos 
sociais, igrejas, sindicatos, espaços de culturas, entre outros. 
Por isso, a autora, Gohn (2005) explica que o uso do termo 
educação nas escolas é diferente da educação não escolar, pois 
a primeira trabalha questões educacionais em específico e quem 
trabalha com espaços não escolares, trabalha sim com educação, 
mas em sentido mais amplo. Franco informa que “[...] toda ação 
educativa carrega em seu fazer uma carga de intencionalidades 
que integra e organiza sua práxis” (2003, p.73-75). Por isso, a 
gestão da educação no espaço não escolar também propõe um 
fazer educativo.
De acordo com Luck a gestão escolar constitui:
[...] uma dimensão e um enfoque de atuação que 
objetiva promover a organização, a mobilização 
e a articulação de todas as condições materiais e 
humanas necessárias para garantir o avanço dos 
processos socioeducacionais dos estabelecimentos 
de ensino orientadas para a promoção efetiva da 
aprendizagem pelos alunos, de modo a torná-los 
capazes de enfrentar adequadamente os desafios 
da sociedade globalizada e da economia centrada 
no conhecimento.(Luck,2000,p.11)
Por isso, a gestão escolar é constituída por uma dimensão de 
atuação dos que dela fazem parte, tais como gestor, supervisores, 
coordenadores, professores, pais, alunos, comunidade, etc. Ela 
objetiva identificar e propor soluções em relação às demandas e 
problemáticos presentes nas escolas, em que vise cada vez mais, 
melhorar o processo de aprendizagem e que seja de qualidade.
 Santos menciona uma série de métodos que devem 
estar envolvidos na função da gestão:
1) criação de um ambiente em que o respeito e 
efetividade sejam uma constante;
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Gestão Educacional 89
2) Favorecimento do crescimento pessoal e 
profissional de todos os elementos da escola;
3) Humanização do relacionamento, evitando 
quaisquer preconceitos, mesmo que velados;
4) Exercício da cidadania pela comunidade;
5) Envolvimento em todas as decisões fundamentais 
da escola. (Santos,2002, p.40)
A partir deste entendimento, a gestão deve trabalhar para 
que haja uma participação mais efetiva da comunidade escolar 
e para que isso aconteça é preciso que haja maior participação 
de todos nas tomadas de decisões da escola, algo que acaba 
colaborando para que a comunidade escolar tenha ciência da 
importância de sua participação para que se desenvolva uma 
educação de qualidade.
 De acordo com Luck (2001) para ser um bom gestor 
é preciso que se tenha um conhecimento consistente sobre 
a realidade em que se pretende atuar, deve ser um trabalho 
dinâmico, criativo, inovador. Também deve acontecer a partir 
do princípio da liderança, de forma a despertar o interesse da 
participação de todos os envolvidos na escola, em busca de 
trabalhar de forma colaborativa de um projeto educativo que 
eleve cada vez mais as aprendizagens dos alunos das escolas. 
Incentivando assim a luta por uma sociedade melhor. 
Devo esclarecer aqui, que se deve ser um desejo de todos 
que fazem parte da escola, também é um desejo de quem trabalhacom educação, fora dos muros das escolas. Por isso, reforço que 
não é difícil entender que o princípio da gestão democrática 
pode e deve acontecer dentro do que determina a legislação que 
rege nossas escolas, e também em espaços não escolares. Nos 
espaços não escolares, a prática consiste em o gestor realizar 
uma análise sobre o que pede o contexto tanto formal, quanto não 
formal, unindo assim direitos, oportunidades e experiências que 
podem ser proporcionando a quem se dispõe a aprender. Tudo 
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Gestão Educacional90
isso pode acontecer em meio a um processo coletivo, sustentado 
sempre pela importância do diálogo com todos os segmentos 
da comunidade em que se está atuando, disseminando saberes, 
competências, conhecimentos e habilidades.
Por isso, defendo que há sim possibilidades da gestão 
democrática acontecer em espaços não escolares e a cada dia 
cresce os desafios que se apresentam para a atuação de um 
gestor. Nossa sociedade está sempre mudando e isso exige do 
gestor estar aberto para as mudanças estrutural, comportamental 
e cultural da atualidade. Por isso, a gestão deve ser democrática 
e isso deve estar sempre redimensionando a prática educativa 
dos gestores, seja em espaço escolar ou não.
Libâneo (2007, p.328) defende que a participação é um 
princípio primordial, para garantir, o bom desenvolvimento da 
gestão democrática, pois possibilita [...] o envolvimento de todos 
os integrantes da escola no processo de tomada de decisões e no 
funcionamento da organização escolar.” 
A autora também tem essa mesma linha de entendimento: 
O próprio conceito de gestão pressupõe, em si, a 
ideia de participação, isto é, do trabalho associado 
de pessoas através da interação, analisando 
situações, decidindo sobre seu encaminhamento e 
agindo sobre elas, em conjunto. Isso porque o êxito 
de uma organização depende da ação construtiva 
de seus componentes, mediante reciprocidade que 
cria um ‘todo’ orientado por uma vontade coletiva 
para chegar ao mesmo fim. (Luck,2000, p.37)
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Gestão Educacional 91
A autora defende que a ação gestora deve estar focada para as 
atividades educacionais, que busque cada vez mais democratizar 
o acesso ao saber. Por isso, deve haver uma preocupação com o 
fazer pedagógico, em conseguir que a sua equipe se comprometa 
de forma responsável, conscientizando assim de que cada um 
na escola possui sua parcela de responsabilidade, seja ela 
individual, como a em relação a sua parcela de contribuição do 
trabalho coletivo.
+++ EXPLICANDO DIFERENTE
Quando falamos em gestão democrática, falamos também 
em compreender o ser humano enquanto pessoa dotada de 
valores, que faz parte de nossa sociedade, cultura e escola, na 
qual a concepção de cidadania que vamos disseminar é a de que 
é através da educação, que buscamos a transformação da escola 
e da sociedade.
Fonseca (1994), explica que a cultura democrática cria-se 
com prática da democracia. Sendo assim, podemos dizer que 
um espaço educacional não é democrático só por sua prática 
administrativa, ele torna-se democrático por toda sua ação 
pedagógica.
O conceito de gestão da educação em espaço não escolar 
pede a uma nova compreensão de como estão sendo conduzidas 
as organizações, que a cada dia, trabalham com superação dos 
limites da administração (LUCK, 2011)
As possibilidades, entre outras, se abrem para possíveis 
enfrentamentos do que vai ser encontrado na realidade escolar, 
que vai exigir do gestor a tomada de decisões, que podem 
acontecer após a promoção de discussões coletivas, com a 
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Gestão Educacional92
participação dos envolvidos direta e indiretamente, de modo 
que se abram para buscar soluções de acordo com a realidade 
local, seja este um espaço escolar ou não escolar. Tudo isso deve 
acontecer em prol da busca da qualidade dos serviços que estão 
sendo ofertados. 
De acordo com as DCNs do curso pedagogia (2006), o 
docente habilitado em Pedagogia deverá estar apto a exercer as 
seguintes funções:
Trabalhar, em espaços escolares e não escolares, 
na promoção da aprendizagem de sujeitos em 
diferentes fases do desenvolvimento humano, 
em diversos níveis e modalidades do processo 
educativo; participar da gestão das instituições em 
que atuem planejando, executando, acompanhando 
e avaliando projetos e programas educacionais, 
em ambientes escolares e não escolares (CNE, nº 
05, 2005, p. 8-9).
Deste modo, entende-se, que a função do pedagogo está 
relacionada com a prática pedagógica em diversas modalidades 
e manifestações. A escola deve ser um local em que deve atender 
aos interesses da maioria, agindo com votações para assunto do 
interesse de todos, garantindo assim a democracia. 
Em se tratando da gestão democrática na escola, é 
preciso que cada vez mais, haja a união família e escola, por 
compreender que esta união pode trazer melhorias no processo 
ensino e aprendizagem.
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Gestão Educacional 93
Quer se aprofundar neste tema? Recomendamos o acesso à 
seguinte fonte de consulta e aprofundamento: Vídeo: Roda de 
Conversa - Tema: Espaços não-formais do conhecimento: a escola 
além da escola - 2/3. Acessível pelo link: https://bit.ly/2zsLuMB. 
E então? Gostou do que lhe mostramos? Aprendeu mesmo 
tudinho? Agora, só para termos certeza de que você realmente 
entendeu o tema de estudo deste capítulo, vamos resumir tudo 
o que vimos. Você deve ter aprendido que a gestão democrática, 
deve respeitar e zelar para que a gestão aconteça de fato de forma 
democrática, para isso deve eleger representantes da comunidade 
escolar e reuniões com instâncias colegiadas é o caminho para 
buscar o melhor para a escola pública, onde a prática desta gestão 
deve evitar o autoritarismo, a centralização de poderes que por 
muito tempo aconteceu em nossas escolas.
RESUMINDO
SAIBA MAIS
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Gestão Educacional94
A Gestão nos Espaços Escolares e Não 
Escolares: foco na atuação pedagógica
OBJETIVO
Compreender como a gestão pode acontecer em espaços escolares 
e não escolares, com o foco na atuação pedagógica. Ao término 
deste capítulo você será capaz de entender como funciona a gestão 
democrática, seus princípios e características, e ainda sobre a sua 
relação com espaços não escolares, compreendendo que o foco 
dos diferentes espaços de atuação do pedagogo é o pedagógico. 
Isto será fundamental para o exercício de sua profi ssão. E então? 
Motivado para desenvolver esta competência? Então vamos lá. 
Avante!
Figura 4: Como trabalhar com espaços escolares e não escolares?
Fonte: Pixabay
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Gestão Educacional 95
O marco legal que estabelece a atuação do pedagogo 
nos espaços escolares e não escolares está embasado que na 
Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, n. 9.394/96, 
que regulamenta a gestão Escola Democrática para as escolas 
públicas brasileiras, que já discutimos aqui, em estudos anteriores 
e as Diretrizes Curriculares Nacionais de Pedagogia - DCNP, 
Resolução CNE/CP n. 1/2006.
Sobrea atual LDB, sobre a atuação do pedagogo nos 
espaços escolares, situa o pedagogo é um profissional da educação 
escolar e que deve ter sólida formação profissional, garantindo 
assim os estágios, a capacitação em serviço e aproveitamento de 
estudos, se este for o caso. No Artigo 61, tem-se estabelecido:
Art. 61. Consideram-se profissionais da educação 
escolar básica os que, nela estando em efetivo 
exercício e tendo sido formados em cursos 
reconhecidos, são:
I – professores habilitados em nível médio ou 
superior para a docência na educação infantil e 
nos ensinos fundamental e médio;
II – trabalhadores em educação portadores 
de diploma de pedagogia, com habilitação em 
administração, planejamento, supervisão, inspeção 
e orientação educacional, bem como com títulos de 
mestrado ou doutorado nas mesmas áreas;
III – trabalhadores em educação, portadores de 
diploma de curso técnico ou superior em área 
pedagógica ou afim.
Parágrafo único. A formação dos profissionais da 
educação, de modo a atender às especificidades 
do exercício de suas atividades, bem como aos 
objetivos das diferentes etapas e modalidades da 
educação básica, terá como fundamentos:
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Gestão Educacional96
I – a presença de sólida formação básica, que 
propicie o conhecimento dos fundamentos 
científicos e sociais de suas competências de 
trabalho;
II – a associação entre teorias e práticas, 
mediante estágios supervisionados e capacitação 
em serviço;
III – o aproveitamento da formação e experiências 
anteriores, em instituições de ensino e em outras 
atividades (BRASIL, 1996).
Sobre a formação do professor, no Art. 62, está determinado 
que para atuar na educação básica, os docentes deverão ter:
[...] nível superior, em curso de licenciatura, de 
graduação plena, em universidades e institutos 
superiores de educação, admitida, como formação 
mínima para o exercício do magistério na 
educação infantil e nas quatro primeiras séries do 
ensino fundamental, a oferecida em nível médio, 
na modalidade Normal (BRASIL, 1996).
No Art. 67, § 2º, está definido que as funções de magistério 
que devem ser colocadas em prática os professores e especialistas 
com o desempenho de atividades educativas. Estas podem ser 
estabelecidas em estabelecimentos de educação básica e também 
nos diversos níveis e modalidades de ensino, que contempla 
também o exercício da docência, as de gestão escolar e as de 
coordenação e assessoria pedagógica.
A seguir podemos ler o artigo 4 e o parágrafo único 
das DCNP (2006), para a atuação do pedagogo nos espaços 
escolares e como vocês poderão analisar nada impede que 
esse conhecimento seja colocado em prática em espaços não 
escolares, nos quais sejam previstos o uso de conhecimentos 
pedagógicos e isso envolve a gestão de sistemas e de ensino:
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Gestão Educacional 97
Art. 4º O curso de Licenciatura em Pedagogia 
destina-se à formação de professores para exercer 
funções de magistério na Educação Infantil e nos 
anos iniciais do Ensino Fundamental, nos cursos 
de Ensino Médio, na modalidade Normal, de 
Educação Profissional na área de serviços e apoio 
escolar e em outras áreas nas quais sejam previstos 
conhecimentos pedagógicos.
Parágrafo único. As atividades docentes também 
compreendem participação na organização e 
gestão de sistemas e instituições de ensino, 
englobando:
I - planejamento, execução, coordenação, acompa-
nhamento e avaliação de tarefas próprias do setor 
da Educação;
II - planejamento, execução, coordenação, acom-
panhamento e avaliação de projetos e experiências 
educativas não-escolares;
III - produção e difusão do conhecimento científico-
tecnológico do campo educacional, em contextos 
escolares e não-escolares (BRASIL, 2006).
Agora vamos entender um pouco mais sobre o uso do 
termo gestão, em detrimento do conceito de direção, a autora 
Luck (1997, p.1) explica: 
[...] o conceito de gestão está associado ao 
fortalecimento da democratização do processo 
pedagógico, pela participação responsável de 
todos nas decisões necessárias e na sua efetivação, 
mediante seu compromisso coletivo com 
resultados educacionais cada vez mais efetivos e 
significativos (1997, p. 1).
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Gestão Educacional98
Deste modo, conforme estudo já realizado na unidade 
anterior, sobre a concepção de gestão, acontece para mudar o uso 
do termo diretor, que vinha carregado de sentidos autoritários, 
agora para gestão que deverá acontecer em espaço escolar ou 
não, mas deve acontecer justamente para garantir na instituição 
educativa, seja ela escolar ou não, o exercício da democracia, e 
de uma boa gestão de práticas pedagógicas, a partir do diálogo 
e trabalho em equipe, seja qual for a instituição em que o 
pedagogo for trabalhar. Essa instituição deve envolver o trabalho 
pedagógico. 
Sobre esta questão, a autora acima, ainda esclarece que o 
termo Gestão Educacional é colocado em prática para que haja a 
substituição da Administração educacional:
A expressão ‘gestão educacional’, comumente 
utilizada para designar a ação dos dirigentes surge, 
por conseguinte, em substituição a ‘administração 
educacional’, para representar não apenas 
novas ideias, mas sim um novo paradigma, que 
busca estabelecer na instituição uma orientação 
transformadora, a partir da dinamização de rede 
de relações que ocorrem, dialeticamente, no seu 
contexto interno e externo. Assim, como mudança 
paradigmática está associada à transformação de 
inúmeras dimensões educacionais, pela superação 
pela dialética, de concepções dicotômicas que 
enfocam ora o diretivismo, ora o não-diretivismo; 
ora a heteroavaliação, ora a auto avaliação; ora 
a avaliação quantitativa, ora a qualitativa; ora a 
transmissão do conhecimento construído, ora a 
sua construção, a partir de uma visão da realidade 
(LUCK, 1997, p. 4).
Luck ainda esclarece que ao empregarmos o termo gestão, 
é necessário saber diferenciar os termos “gestão educacional” 
de “gestão escolar”. A primeira é empregada para estabelecer 
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Gestão Educacional 99
questões a nível macro na área da Educação. O segundo termo, 
se depara sendo colocado em prática com os órgãos superiores 
dos sistemas de ensino e as políticas públicas destinadas às 
escolas, pois quando nos referirmos ao termo “gestão escolar”, é 
para se referir as questões micro, pois se refere às escolas.
Voltado ao Art. 4º, Inciso IV, das DCNP (BRASIL, 2006), 
o estudante de Pedagogia deverá estar apto também a trabalhar, 
em espaços escolares e não escolares. Sendo assim, entende-
se que os cursos de Pedagogia, no Brasil, teve que reformular 
seus currículos, pois agora se tinha a finalidade de buscar por 
conhecimentos que exigem os campos de atuação do pedagogo. 
Essa é uma área do curso pedagogia, que ainda precisa de muitos 
estudos, é algo novo e consente a ampliação de conhecimentos 
na formação do pedagogo. 
Por isso a autora, explica que ai se tem um espaço 
de educação não formal, não tem as formalidades de uma 
instituição escolar formalizada, mas isso não impede que suas 
potencialidades sejam trabalhadas, pois a educação não formal é 
um processo contínuo dado em espaços sociais, por isso evidência 
aos interesses e necessidades do grupo envolvido. Recomenda-
se o diálogo sempre, independente da idade do público alvo ou a 
situação em que esse público se encontra,pois devemos o nosso 
respeito e valorização à diversidade. 
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Gestão Educacional100
+++ EXPLICANDO DIFERENTE
Recomenda-se para que essa proposta de educação “não formal” 
funcione como espaço e prática de vivência social, primeiro 
que seja reforçado o contato com o coletivo e estabelecendo 
assim afetividade com o público alvo. Nesse interim, também 
é preciso que se abra espaços para que atuar com atividades 
lúdicas, algo que provoque e seja envolvente ao mesmo tempo 
e vá ao encontro de interesses, é preciso realizar atividades que 
comtemple vontades e necessidades dos adultos até as crianças. 
(SIMSON; PARK; FERNANDES, 2001, p. 10). A atividade 
escolhida deverá ser encantadora para o público em que você vai 
trabalhar. Para tanto, é preciso que se tenha um conhecimento 
inicial da realidade de quem você vai trabalhar e assim iniciar 
suas atividades com finalidades pedagógicas. Toda atividade 
tem uma finalidade de aprendizagem nova para o seu aluno, o 
foco deve ser em qual local você está, entender essa finalidade, 
planejar e avaliar sempre como está ocorrendo todo o processo 
de aprendizagem, seja ele na escola, na igreja, na associação, nas 
ONGs, nos presídios, entre outros. 
Sobre educação não formal Gohn (2001, p,32) explica: 
[...] aborda processos educativos que ocorrem 
fora das escolas, em processos educativos da 
sociedade civil, ao redor de ações coletivas 
do chamado terceiro setor da sociedade, 
abrangendo movimentos sociais, organizações 
não governamentais e outras entidades sem fins 
lucrativos que atuam na área. (2001, p. 32).
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Gestão Educacional 101
Deste modo, é preciso esclarecer que o termo “não formal” 
se opõe ao formal das escolas e das leis que rege estes colégios, 
no entanto, com o contexto histórico-social, em relação a criança 
e o adolescente é preciso que haja “práticas socioeducativas” que 
ocorrem em espaços não escolares, como práticas formalizadas. 
Por isso, apesar de ser educação não formal, é preciso que haja 
o compromisso das práticas e a escolha por abordar questões 
que são importantes para um grupo em específico, prática está 
muito mais importante do que se qualquer outro conteúdo fosse 
estabelecido antecipadamente por pessoas ou instituições.
Apesar das recomendações, educação não formal 
também deve se fundamentar no critério de solidariedade e 
identificar no grupo de alunos a sua identificação por interesses 
comuns. Também é preciso trabalhar a cidadania do grupo. Os 
conhecimentos produzidos ali devem considerar os modos de 
agir em grupo. 
Todas estas explicações para o espaço não formal 
é diferente do que acontece na educação formal, que tem 
objetivos relativos ao ensino e a aprendizagem, de conteúdos 
sistematizados, normatizados por lei.
Libâneo (2004) que para que uma gestão seja democrática 
de fato, na escola pública é preciso que a participação leve a 
escola a um processo de alcançar sua autonomia nos processos 
decisórios da escola, e trabalhar com o princípio da autonomia 
não é tarefa nada fácil, é preciso esclarecer seus participantes 
da importância de sua participação ativa, no processo de 
colaboração com a proposta pedagógica da escola e assim 
explica que é muito importante a presença da comunidade 
escolar e dos pais dos alunos, nos processos decisórios e de 
fiscalização das coisas se estão acontecendo da forma legal ou 
não na escola, é o que auxilia uma gestão democrática trabalhar 
junto aos seus cidadãos com democracia de fato: Por isso é 
preciso que a escola eleja “[...] os pais e outros representantes 
participam do Conselho da Escola da Associação de Pais 
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Gestão Educacional102
e Mestres para preparar o projeto pedagógico curricular e 
acompanhar e avaliar a qualidade dos serviços prestados”. Por 
isso, o gestor deve sempre optar por agir sempre como um 
líder e não com relações autoritárias, que passe para o outro 
imposições de poder, e sim que pregue o diálogo constante entre 
comunidade interna e externa à escola, zelando para que tudo 
isso aconteça em um ambiente saudável, que todos convivam 
como cidadãos que tem direitos e deveres respeitados, a partir 
de discussões e decisões coletivas. (LIBÂNEO, 2004, p. 144).
É ai que a escola deve instrumentalizar os participantes da 
escola, para entender como funciona e devem acontecer as ações 
das instâncias colegiadas e seus respectivos processos decisórios, 
tais como: a Associação de Pais Mestres e Funcionários, do Grêmio 
Estudantil, do Projeto Político Pedagógico e Conselho Escolar. 
Deste modo, finalizamos este capitulo afirmando que o 
pedagogo deve conhecer seus campos de atuação por meio de 
experiências, estágios, pesquisas de campo desenvolvidas no 
decorrer da sua formação acadêmica e também posteriormente na 
sua formação continuada. Por isso, fica evidenciado aqui que o 
campo de atuação do pedagogo ampliou-se, reformulou-se com 
questões ocorridas nos cursos de Pedagogia. Podendo ainda, 
posteriormente se especializar na sua área de atuação e pesquisa, 
a fim de suprir ausências e deficiências que alguns cursos.
SAIBA MAIS
Quer se aprofundar neste tema? Recomendamos o acesso à seguinte 
fonte de consulta e aprofundamento: Vídeo: “Programa: Roda de 
Conversa - Tema: Espaços não-formais do conhecimento: a escola 
além da escola - 3/3 ”. Acessível pelo link: https://bit.ly/3cQ8u6S. 
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Gestão Educacional 103
RESUMINDO
E então? Gostou do que lhe mostramos? Aprendeu mesmo 
tudinho? Agora, só para termos certeza de que você realmente 
entendeu o tema de estudo deste capítulo, vamos resumir tudo 
o que vimos. Você deve ter aprendido que o pedagogo, pode 
trabalhar com os princípios da Gestão Democrática, não só nas 
escolas públicas, pode trabalhar também em espaços escolares 
e não escolares, pois todos os seus princípios e características 
podem ser usados em qualquer lugar que envolva processos 
pedagógicos, para que haja novas aprendizagens. Quando falamos 
em gestão democrática na escola pública, estamos querendo 
garantir que os princípios e características da mesma, sejam 
garantidos. Para isso, é preciso que a escola instrumentalize os 
seus participantes, tanto para entender como funciona e devem 
acontecer as ações das instâncias colegiadas, como os seus 
respectivos processos decisórios, tais como: a Associação de 
Pais Mestres e Funcionários, do Grêmio Estudantil, do Projeto 
Político Pedagógico e Conselho Escolar. 
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Gestão Educacional 105
UNIDADE
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Gestão Educacional106
Você sabia que a área da Gestão Educacional é um campo 
muito importante na educação? Pois, trata-se de uma área 
responsável pela geração de muitos empregos, pois gerir uma 
instituição educacional é a chave para o sucesso dos que ali 
transitam,e será um dos empregos que não acaba, pois educação 
está em todo lugar. Isso mesmo. A área de Gestão Educacional 
faz parte da cadeia de ações que devem acontecer em prol do 
processo Ensino-aprendizagem de uma instituição educativa, em 
nosso caso a escola. Sua principal responsabilidade é gerenciar 
questões financeiras, administrativas, pedagógicas e relações 
interpessoais. Tudo isso envolve normas, leis, princípios e 
gerenciamento de recursos humanos, nosso principal capital 
dentro de uma escola é o ser humano. Por isso, vamos conhecer 
um pouco sobre a LDBEN (9394/96) o Plano Municipal de 
Educação e como deve acontecer uma gestão na escola de forma 
democrática. Entendeu? Ao longo desta unidade letiva você vai 
mergulhar neste universo!
INTRODUÇÃO
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Gestão Educacional 107
Olá. Seja muito bem-vindo à Unidade III, nosso objetivo 
é auxiliar você no desenvolvimento dos seguintes objetivos de 
aprendizagem até o término desta etapa de estudos:
OBJETIVOS
Reconhecer a gestão como um processo que integra 
aspectos políticos, humanos, pedagógicos, culturais, 
administrativos, financeiros e tecnológicos;
Refletir sobre os mecanismos de participação 
no processo de gestão nas instituições escolares, 
contribuindo de forma significativa para elaboração, 
implementação, coordenação, acompanhamento 
e avaliação do projeto político pedagógico, bem 
como para outros projetos e programas de interesse 
educacional, em ambientes escolares ou não escolares;
Conhecer os fundamentos teóricos e legais da Gestão 
Democrática;
Analisar as instâncias Colegiadas enquanto instru-
mentos de participação coletiva.
Caro aluno. Acredito que agora estamos prontos para iniciar nossos 
estudos. Vamos então compreender o que é gestão democrática, os 
desafios da participação efetiva e o Projeto Político Pedagógico. 
Vamos começar? Boa leitura!
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Gestão Educacional108
Os Desafi os da Escola, Gestão Escolar 
Democrática e o Projeto Político Pedagógico
OBJETIVO
Ao término deste capítulo você será capaz de identifi car os 
desafi os da escola frente à gestão democrática e a importância 
da construção do Projeto Político pedagógico na busca de 
melhorias para a escola. Isto será fundamental para o exercício 
de sua profi ssão. E então? Motivado para desenvolver esta 
competência? Então vamos lá. Avante!
Figura 1: Gestão democrática
Fonte: Pixabay
Trabalhar com gestão democrática, não é tarefa fácil, 
haja vista em que foi histórico em nosso país um modelo de 
gestão vertical, mas não é tarefa impossível. Por isso, podemos 
dizer que estar gestor exige deste profi ssional da escola, um 
perfi l de gestão que pregue os valores da democracia. Existe o 
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Gestão Educacional 109
perfil de liderança, de agregar pessoas, trazer para perto, trazer a 
participação, a colaboração. É fazer as pessoas produzirem mais 
e de forma que fique leve para todo mundo, não sobrecarregando 
“A” ou “B”. Tudo isso requer que seja desenvolvido um espírito 
de equipe, um clima saudável na escola, onde todos sejam 
convidados a participar do projeto educativo da escola.
REFLITA
Você pode estar aí do outro lado se perguntando: Como fazer 
isto? Como ter esta varinha mágica onde dá os comandos e 
tudo acontece?
É bem assim estudante, como eu já mencionei aqui, não 
é tarefa nada fácil. Ver tudo funcionando direitinho, para quem 
vê do lado de fora parece ser muito simples, Vamos rumo de 
entender como a gestão democrática acontece e a ideia aqui não 
será a de receitar um caminho único sem possibilidades de erro 
e se apontar como deve acontecer. E você aluno, será quem vai 
trilhar no caminho de colocar em prática, frente a cada realidade 
em que vocês podem encontrar no caminho, buscando realizar 
ou iniciar através da conscientização que é preciso que haja todo 
um esforço coletivo e comprometimento de todos que fazem 
parte da escola, na busca de alcançar os objetivos pedagógicos 
propostos para a escola? 
Então, para que haja conscientização de uma gestão 
democrática de fato é preciso que o gestor una toda sua equipe 
e explique a importância do trabalho em equipe em prol de um 
projeto educativo, que forma as pessoas para exercer a cidadania 
e saber cobrar seus direitos. O gestor deve fazer isto, através do 
diálogo. Diálogo franco, aberto sobre as necessidades e o que a 
escola precisa para que a realidade da escola mude, sempre em 
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Gestão Educacional110
busca da qualidade do trabalho educativo. Também informo que 
é preciso ter cuidado, pois dialogar, ser democrático e líder, não 
quer dizer que o gestor vai encontrar soluções para todas as coisas 
de forma consensual, também irão acontecer conflitos dos mais 
diferentes pontos de vista, que se fazem presentes na escola. 
Será que o conflito na escola é algo bom ou ruim? A ideia 
seria que todos estejam prontos para concordar com tudo que 
será posto nas reuniões? 
+++ EXPLICANDO DIFERENTE
Seria muito boa e prática uma escola que só receba comandos 
e execute-os, não discutindo o que é bom ou não para a sua 
realidade local. A escola que não dá trabalho seria maravilhosa. 
Não é bem assim, que a gestão democrática deve acontecer, pois 
se assim fosse, então para que mudar a concepção de diretor para 
gestor? Não fazia sentido, não é mesmo! 
Os conflitos na escola devem ser vistos como algo 
saudável. Algo que deve acontecer na base do diálogo, escuta e 
propostas de soluções que estejam dentro da legislação escolar e 
que contemple a realidade local da escola. 
Os mesmos não podem, jamais, se misturar a favoritismos, 
a questões pessoais de grupo “A” ou “B” na escola e sim 
remar juntos ao caminho democrático de buscar soluções para 
problemáticas da escola e ao encontrar essa solução, a equipe 
deve estar amadurecida para ouvir possíveis não ou sim. 
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Gestão Educacional 111
+
OBSERVAÇÃO
Por que estou ressaltando isso para vocês? Por que é de inteira 
responsabilidade do gestor guiar esse diálogo na busca de 
diagnosticar realidades, planejar e avaliar junto a sua equipe, 
a busca de soluções para problemáticas que acontecem 
cotidianamente na escola. 
Destaco que é importante que o gestor seja uma pessoa conhecedora 
da legislação da educação, para que não autorize propostas 
que possam prejudicar a escola, que possam dar margem para 
posteriormente aconteçam denúncias e/ou até mesmo responder a 
processos judicialmente, simplesmente porque autorizou algo que 
não era legalizado para acontecer na escola. 
Por isso, o gestor que é o líder desse diálogo democrático, 
e o mesmo deve conhecer a legislação, para dialogar e escutar 
problemas e soluções junto a sua equipe de trabalhos, mas não 
pode dar sim ou negar todas as soluções. 
IMPORTANTE
Por isso, o gestor será a pessoa que deve dialogar sempre, 
mas isso não implica concordar com tudo e ter sabedoria para 
conduzir esse diálogo rumo a boas propostas para o crescimento 
da qualidade da escola. 
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Para que tudo isso aconteça, é preciso ter uma equipe 
amadurecida para o diálogo e suas implicações e o caminho é se 
tivemos um sim, explicar o porquê deste sim e se tivemos não, 
explicar a todos o porquê deste não, na tentativa de evitar após a 
reunião discursos de prediletíssimos e favoritismos. 
Escrevo estas recomendações sobre diálogo, escuta, 
diagnósticos, planejamentos, avaliação, reavaliação quando 
for preciso, porque não é tarefa fácil ser democrático, mas 
é um princípio rumo a qualidade dos afazeres da escola, que 
deve primar ter como resultado um bom desempenho na maior 
preocupação que uma escola deve ter que é o Processo de Ensino 
e de Aprendizagem. 
Para que tudo isso aconteça, é preciso comprometimento 
e responsabilidade de toda a equipe escolar no papel que cada 
um desempenha, já que não existe na escola funcionário maior 
ou menor, precisamos de todos para que escola aconteça de fato, 
precisamos da participação de todos. 
Por isso, Gadotti e Romão (1997, p. 16) dão destaque para 
a importância da participação que influencia no processo de 
democratização e melhoria da qualidade de ensino. 
Figura 2: Qualidade do ensino
Fonte: Pixabay
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Gestão Educacional 113
O diálogo é um ponto chave para auxiliar cada segmento 
da comunidade escolar, a compreender como deve ser o 
funcionamento e acompanhamento da educação que ali acontece. 
Também é importante para a convivência em sociedade, o diálogo 
sobre inclusão, justiça, participação, diversidade, entre outros. 
É preciso conscientizar que é muito importante à participação 
de todos nos processos decisórios da escola. Esse debate pode 
contemplar à comunidade interna e externa da escola, convidando 
todos para participar e entender as funções da escola e o que 
implica direta e indiretamente no projeto educativo. 
Sobre a participação Libâneo (2004, p.144), menciona que 
esta é uma construção coletiva e que deve resultar na autonomia 
da escola. Destaca que a presença da comunidade interna e 
externa a escola tem implicações positivas para a escola, pois os 
seus respectivos representantes irão contribuir com os afazeres 
do “[...] Conselho da Escola da Associação de Pais e Mestres 
para preparar o projeto pedagógico curricular e acompanhar e 
avaliar a qualidade dos serviços prestados”. 
Tudo isso deve acontecer, pois:
Considera-se que a gestão democrática veio 
substituir a gestão autoritária, com espaço sem 
coletividade, onde apenas um gestor decretava os 
objetivos, decidia tudo, ninguém tinha o direito 
de falar, de participar das decisões tomadas ou de 
pelos menos pensar sobre elas, que controvérsia, 
afinal, a escola não é o lugar onde as pessoas 
desenvolvem suas habilidades intelectuais, 
emocionais e sociais? Como a organização desse 
lugar pode ser dessa forma? 
Partindo desse ponto, surge a necessidade de que 
cada um coloque em pratica suas habilidades, 
opiniões acerca de um determinado assunto, 
com possibilidades de participar nas decisões, 
assim o gestor que era detentor de todo poder, 
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Gestão Educacional114
se vê em posição de partilhar suas decisões em 
prol da melhoria da educação. Nascem assim 
novos desafios, que o impulsiona a necessidade 
de repensar suas práticas, adequando-se ao novo 
modelo de sociedade. (SILVA, 2017, 16997)
Libâneo destaca que muitos podem não ter a consciência 
do seu papel em processos democrático da escola, por isso é 
preciso que a escola se organizar de forma a instrumentalizar 
os seus participantes a entender a força transformadora que 
tem e que o diálogo aconteça de forma madura, em que todos 
convivam como sujeitos, com seus direitos e deveres respeitados 
a partir de discussões e decisões coletivas. 
Dessa forma, Medeiros (2003, p.61) explica que o trabalho 
com a gestão democrática da educação, não pode trabalhar 
dissociado com mecanismos legais da educação: 
[...] está associada ao estabelecimento de 
mecanismos legais e institucionais e à organização 
de ações que desencadeiem a participação social: 
na formulação de políticas educacionais; no 
planejamento; na tomada de decisões; na definição 
do uso de recursos e necessidades de investimento; 
na execução das deliberações coletivas; nos 
momentos de avaliação da escola e da política 
educacional. Também a democratização do acesso 
e estratégias que garantam a permanência na escola, 
tendo como horizonte a universalização do ensino 
para toda a população, bem como o debate sobre 
a qualidade social dessa educação universalizada, 
são questões que estão relacionadas a esse debate.
( MEDEIROS,2003, p.61)
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Gestão Educacional 115
+
OBSERVAÇÃO
Tudo isso que o autor explica deve estar articulado com o 
trabalho do gestor, por isso não cansamos de explicar aqui, a 
gestão é democrática, mas este gestor deve ser conhecedor de 
como acontece a legislação da educação brasileira, as políticas 
públicas brasileiras, para atuar politicamente da forma correta, 
como manda a gestão democrática. 
Por que estou explicando isso? Porque nem sempre os 
participantes de reuniões nas escolas entendem a importância que 
tem o seu diálogo, o seu ponto de vista como pais, professores, 
alunos, funcionários, entre outros. São neste momento, que 
a escola deve entrar conscientizando os seus participantes, 
explicando como acontece o funcionamento da escola e as ações 
das instâncias colegiadas e seus respectivos processos decisórios, 
tais como: a Associação de Pais Mestres e Funcionários, do 
Grêmio Estudantil, do Projeto Político Pedagógico. Vamos 
entender muito brevemente o que signifi ca cada um desses:
�Associação de Pais e Mestres
Figura 3: Representantes de cada categoria escolar
Fonte: Pixabay
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Gestão Educacional116
É uma instância de participação, que acontece com a 
intencionalidade de unir os pais e mestres, no sentido de fortalecer 
o relacionamento de família e escola. A partir da união, irão ser 
eleitos representantes de cada um destes, na busca de contribuir 
para a prática de gestão democrática da escola.
�O Grêmio Estudantil
Figura 4 : Grêmio estudantil: Representação dos alunos
Figura 5: Participaçãos e colaboração
Fonte: Pixabay
Fonte: Pixabay
É um espaço onde os alunos se reúnem para eleger seus 
representantes. É também o lugar de onde os alunos estão 
aprendendo atuar de forma democrática. É um acontecimento, 
em que refl etirá mais tarde na vida dos estudantes, no exercício 
da cidadania na vida em sociedade, pois a participação deles 
na construção da gestão democrática da escola proporciona a 
experiência de como participar de práticas sociais e democráticas. 
�O Projeto Político Pedagógico
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Gestão Educacional 117
O Projeto Político Pedagógico, mais conhecido como 
PPP é um documento construído na escola. Esse documento 
define a identidade da escola e indica caminhos para ensinar 
com qualidade. Por isso, trata-se de um planejamento, que 
acontece mediante a participação conjunta de todos que fazem 
parte da escola, através dos representantes de cada categoria 
que representa a escola. Estes representantes reunidos dialogam 
sobre a finalidadede construir um documento que retrate a 
escola como ela é na sua realidade local, trazendo o histórico de 
sua existência, seus problemas e indicações para que aconteça 
soluções dos problemas nele elencados. 
SAIBA MAIS
Como podemos entender acima o Projeto Politico Pedagógico é 
um documento, no qual representa a identidade de cada escola 
brasileira. É um documento que é construído para a escola. 
A esta altura, a pergunta, aí do outro lado pode estar 
surgindo: Por que este documento deve ser uma construção com 
representante de todas as categorias que daqueles que fazem 
parte da escola? 
Esse documento deve ser construído junto aos 
representantes de cada categoria dos participantes da escola, tais 
como: gestores, técnicos administrativos e de apoio, docentes, 
discentes, pais e comunidade local, porque ao se unirem para 
construir o PPP, se encontrarão na perspectiva de dar a sua 
contribuição na elaboração deste documento, colaborando assim, 
com a sua ótica sobre a realidade da escola e zelam para que que 
este não se torne um trabalho fragmentado e sem norteamentos 
definidos por alguém de fora da escola, que provavelmente por 
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Gestão Educacional118
mais que esteja cheio de boas intenções, conhece pouco sobre a 
realidade local daquela unidade escolar.
Por isso, deve haver um esforço coletivo, em que seja 
realizado neste espaço da escolar, discussões sobre a atual 
realidade da escola, e a partir deste diálogo, planejar, registrar 
neste documento a realidade em que a escola se encontra, 
elencar necessidades e planejar tomadas de decisões em prol 
da qualidade da educação proporcionada na escola. Para que 
tudo isso aconteça, é necessário conscientizar toda a equipe 
escolar que dialogar não implica concordar com tudo que está 
sendo discutido, é preciso também se posicionar sobre algumas 
questões, defendendo assim os seus respectivos pontos de vista. 
Também deve ser zelado, para que estes representantes não se 
tornem objetos de manipulação dos interesses de poucos que 
fazem parte da escola. Tudo isso deve acontecer, com o intuito 
de garantir no decorrer do processo o direito a voz, defendendo 
a diversidades, autonomia da escola e a participação de todos. 
Porque só assim, após ter colaborado para a sua construção 
deste documento que vamos ter elementos para contribuir com 
a escola, no sentido de tentar cumprir metas, ações e objetivos 
nele proposto sejam alcançados.
ACESSE
Quer se aprofundar neste tema? Recomendamos o acesso 
à seguinte fonte de consulta e aprofundamento: Artigo: “A 
importância da Gestão democrática dentro do processo escolar” 
Josiele Leal dos Santos Flôres[1] Mara Lucia T Brum[2] 
acessível pelo link: https://bit.ly/2Yc41aa.
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Gestão Educacional 119
RESUMINDO
E então? Gostou do que lhe mostramos? Aprendeu mesmo 
tudinho? Agora, só para termos certeza de que você realmente 
entendeu o tema de estudo deste capítulo, vamos resumir tudo 
o que vimos. Você deve ter aprendido que a gestão democrática 
é de suma importância para as escolas, pois permite que através 
da participação ativa dos membros que fazem parte do contexto 
escolar, busquem através do diálogo, emitirem opiniões e 
aprenderem a respeitar a dos outros, onde juntos buscarão o 
melhor caminho para tentar solucionar a problemática oriunda 
no cotidiano escolar. Por isso, devemos ter em mente que a 
participação ativa é que faz com que nossos direitos e deveres 
sejam respeitados. E dentro desse contexto tem o Projeto 
Político Pedagógico (PPP), que é um documento construído na 
escola, que define sua identidade e aponta caminhos para que 
juntos possamos ir em busca de melhorar o processo ensino e 
aprendizagem. E para que ocorra de forma concreta, não fique 
só no papel todos que fazem parte e representam a escola devem 
se reunir e dialogar construir um documento que retrate a escola 
como ela é, na busca de soluções para os problemas elencados.
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Gestão Educacional120
A Gestão democrática requer mudança 
de comportamentos na Escola
OBJETIVO
Ao término deste capítulo você será capaz compreender a 
importância das mudanças de comportamentos na gestão 
democrática escolar. Isto será fundamental para o exercício 
de sua profi ssão. E então? Motivado para desenvolver esta 
competência? Então vamos lá. Avante!
Figura 6 : Gestão democrática: decisão por qual caminho seguir
Fonte: Pixabay
Na atualidade, para uma gestão, o desafi o maior da escola 
se dá na busca da união de seus profi ssionais, inclusive em maior 
esforço por parte dos professores, para que sejam desenvolvidas 
competências e habilidades específi cas nos alunos. Essa visão 
deve contemplar os alunos, analisando o contexto social deles, 
na busca de propor ações e metodologias competentes, para 
o melhor desempenho do processo ensino aprendizagem. É 
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Gestão Educacional 121
necessário que o professor compreenda que, em pleno século 
XXI, que seus alunos tem maneiras e desempenhos distintos no 
decorrer do processo ensino-aprendizagem. 
Por isso, temos que ver gestor escolar, na ótica de um 
aliado aos trabalhos dos professores, e vê-lo com um líder, em 
que suas ações devem envolver todos que fazem parte da escola. 
Para ser gestor é preciso ter o perfil que essa profissão 
exige, e isso envolve conhecimento, condições pessoais, vocação 
e formação contínua, haja vista em que, ser gestor é uma tarefa 
complexa e o mesmo deve ser um agente de mudança na escola, 
pois irá propor a resolução de conflitos, zelar para que as tarefas 
das escolas sejam realizadas, vai correr atrás de soluções para 
questões que irão acontecer no dia a dia da escola, que vão desde 
a sua estrutura física, administrativas, financeiras, pedagógicas e 
até as relações interpessoais. (LUCK, 2001) 
Em se tratando de perfil do gestor escolar, esclareço 
aqui que há, um novo perfil de gestor que não é mais o do 
Administrador Escolar, pois conforme já foi descrito acima, é 
a figura do gestor é daquele que vai ser o líder provocador de 
mudanças. Nisto, é preciso ser a pessoa que vai junto a sua equipe 
apresentar propostas inovadoras, realizar parcerias, apresentar 
estratégias de ação, para ser desenvolvido em equipe, na busca 
pela eficiência do que é proposto a sua equipe de trabalho. 
Para ser gestor, é preciso estar atento as mudanças, pois 
as mesmas estão acontecendo em diversos campos em nossa 
sociedade, que acontecem, tanto na Legislação, a exemplo 
da Base Nacional Curricular Comum, como nas ciências, na 
tecnologia da comunicação e da informação. No mundo da 
competitividade, o gestor deve zelar para que as atualidades da 
sociedade, não fiquem de fora. 
Um entendimento que não pode faltar dentro dos muros 
da escola, é o entendimento do que é democracia, pois é preciso 
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Gestão Educacional122
conscientizar que todo cidadão tem direitos, mas também deve 
cumprir com seus deveres. De acordo com o autor, a democracia é: 
[...] o meio político de salvaguardar a 
diversidade social e cultural dos membros da 
sociedade nacional ou local, simultaneamente 
à manutenção de uma língua nacional e um 
sistema jurídicoque se aplique a todos; é a única 
possibilidade de limitar a crescente dissociação 
entre racionalidade instrumental e identidades 
culturais; é uma luta pela libertação em relação 
a um poder, seja o despotismo racionalista, seja 
a ditadura comunitária; é um espaço de tensões 
e conflitos, ameaçado constantemente por algum 
poder; é o espaço institucional livre, no qual 
se desenvolve esse trabalho do sujeito sobre si 
mesmo, trabalho pelo qual as pessoas encontram 
o papel de criadoras e produtoras, não somente de 
consumidoras. (GHANEM,2004, p. 21-23)
SAIBA MAIS
É a partir deste entendimento que o gestor deve trilhar na busca 
de tornar a escola em que atua em um espaço democrático, pois 
este é o princípio este que é norteador da Gestão democrática. 
É preciso democratizar o ensino, pois ele não é para 
acontecer para poucos, e sim atingir a todas as camadas sociais 
da população em geral, oferecendo assim mais oportunidades 
de os alunos ingressarem nas escolas e se manterem na mesma, 
frequentando-as com a finalidade de dar continuidade aos seus 
estudos. Por isso, a escola deve ser democrática e garantir que 
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Gestão Educacional 123
o pleno exercício da cidadania, aconteça no interior das escolas 
públicas. 
Luck (2001) esclarece para que pra que tudo isso aconteça, 
é preciso que o gestor conte com participação e colaboração de 
todos que fazem parte da escola na construção e no cumprimento 
do plano de desenvolvimento. Para tudo isso ser colocado em 
prática é preciso uma ação gestora que envolva trabalho em 
equipe, levando em conta características locais, da realidade 
escolar, e temas que sejam considerados relevantes para serem 
discutidos com os que fazem parte da escola. 
Outro ponto importante é a gestão deve trabalhar, 
incessantemente, pela busca da descentralização do ensino, da 
autonomia e da gestão democrática. Conforme já discutimos, 
para que tudo isso aconteça é preciso que aconteça mudanças 
de mentalidades dos que fazem parte da escola, pois é histórica 
a prática de alguns desses as centralizações de suas práticas, 
deixando para segundo plano, a que deveria ser a principal, que 
é o fazer pedagógico. 
Por isso, a gestão de uma escola precisa de um foco e 
ele deve existir para que diariamente todos os segmentos da 
escola, trabalhem unidos traçando caminhos, possibilidades, 
compromisso e, principalmente, zelar pelas responsabilidades 
que cada um assume. Por isso, afirmo que trabalhar na 
perspectiva da gestão democrática, exige de um gestor o perfil 
de agregar pessoas, de saber trazê-las para perto, a participação, 
através do diálogo e para que tudo isso aconteça é preciso 
comprometimento dos que fazem parte da escola, na busca de 
alcançar os objetivos pedagógicos propostos para a escola e o seu 
fruto será a qualidade da educação, que deve ser constantemente 
cultivada para que se adote uma nova cultura de organização, 
unindo teoria e prática. (PARO, 2005). 
Nessa linha de entendimento, a institucionalização de 
instâncias colegiadas na escola pública, a exemplo do Conselho 
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Gestão Educacional124
Escolar, tem se tornado o lugar, em que une teoria e prática, na 
busca da democratização das escolas públicas. 
Gadotti e Romão (1998, p. 16) atestam a importância 
da participação de todos é algo que acaba por influenciar na 
democratização da gestão e também na melhoria da qualidade 
de ensino. Para tanto, é preciso diálogo, para que todos passem a 
compreender de forma mais efetiva o funcionamento da escola. 
Nesse ínterim, é importante discutir aos valores que se quer, 
que sejam praticados na escola, tais como a inclusão, a justiça, 
a participação, entre outros, sem esquecer-se de contemplar a 
diversidade, reconhecendo como é importante ouvir diferentes 
pontos de vista, na hora de tomar decisões, deixando isso bem 
claro: participação, decisão e ideia do outro. 
Libâneo (2004) esclarece que para estas necessidades e 
possibilidades aconteçam de fato no interior das escolas é preciso 
que haja participação. É justamente a promoção da participação 
nos espaços da escola que esta alcança, cada vez mais, a sua 
autonomia nos processos decisórios da escola, e cita que o 
princípio da autonomia requer proximidade com a comunidade 
educativa e os pais, pois defende que:
A presença da comunidade na escola, especialmente 
dos pais, tem várias implicações. Prioritariamente 
os pais e outros representantes participam do 
Conselho da Escola da Associação de Pais e 
Mestres para preparar o projeto pedagógico 
curricular e acompanhar e avaliar a qualidade dos 
serviços prestados. (LIBÂNEO, 2004, p. 144)
Para tanto, a escola precisa se organizar de forma a 
instrumentalizar os seus participantes dela, para perceber a força 
transformadora que terão: juntos, unidos, colaborando com a 
escola. Por isso, volto a bater na tecla do diálogo, pois este é o 
caminho para a democracia acontecer em um clima saudável, 
em que todos convivam como sujeitos de direitos e deveres, que 
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Gestão Educacional 125
devem ser respeitados, na sua diversidade, a partir de discussões 
e decisões coletivas. 
REFLITA
Você pode estar aí se perguntando, como tudo isso deve 
acontecer?
Instrumentalizando os seus participantes, para como a 
escola funciona e que a mesma deve ter instâncias colegiadas, para 
atuar nos decisórios, tais como: Conselho escolar, a Associação 
de Pais Mestres e Funcionários, do Grêmio Estudantil, do Projeto 
Político Pedagógico. 
Neste capítulo vamos entender um pouco mais sobre como 
acontece o Conselho Escolar, a associação de pais e mestres, 
deixando o Projeto Político Pedagógico para o próximo capítulo.
�Conselho Escolar 
Figura 7: Conselho escolar: representantes de cada segmento
Fonte: Pixabay
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Gestão Educacional126
O Conselho Escolar é uma instância colegiada que busca 
a participação de todos da escola, mas lida diretamente com os 
representantes de cada segmentos escolar, por isso faz a eleição dos 
mesmos, de forma democrática, zelando por seus direitos e deveres.
De acordo com o Programa Nacional de Fortalecimento 
dos Conselhos Escolares, através da publicação do caderno: 
Conselhos Escolares: Democratização da escola e construção da 
cidadania (2004, p. 34) os Conselhos Escolares “[...] são órgãos 
colegiados compostos por representantes das comunidades 
escolar e local, que têm como atribuição deliberar sobre questões 
político-pedagógicas, administrativas, financeiras, no âmbito da 
escola. [...]”. 
Este caderno produzido pelo Ministério da Educação, 
explica que faz parte dos Conselhos, a tarefa de analisar as ações 
a empreender nas escolas, os meios a serem usados e acompanhar 
o cumprimento das mesmas. 
As pessoas que compõem este Conselho devem estar 
cientes que estão ali, não para representar seus interesses 
pessoais e sim, os de sua comunidade escolar e local, atuando 
com união na busca por traçar percursos realizarem deliberações 
que são de sua responsabilidade. 
Dessa forma, segundo este caderno, citado acima as 
pessoas que fazem parte do Conselho da escola: “Representam, 
assim, um lugar de participação e decisão, um espaço de 
discussão, negociação e encaminhamento das demandas 
educacionais, possibilitando a participação social e promovendo 
a gestão democrática.” (2004, p.35) Esteórgão vem acontecer 
na escola, com a finalidade de ser uma instância de “discussão, 
acompanhamento e deliberação”, de forma democrática. 
Deste modo, este caderno ainda explica as funções do 
Conselho Escolar que são:
a) Deliberativas: quando decidem sobre o 
projeto político-pedagógico e outros assuntos da 
escola, aprovam encaminhamentos de problemas, 
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Gestão Educacional 127
garantem a elaboração de normas internas e o 
cumprimento das normas dos sistemas de ensino 
e decidem sobre a organização e o funcionamento 
geral das escolas, propondo à direção as ações 
a serem desenvolvidas. Elaboram normas 
internas da escola sobre questões referentes ao 
seu funcionamento nos aspectos pedagógico, 
administrativo ou financeiro.
b) Consultivas: quando têm um caráter de asses-
soramento, analisando as questões encaminhadas 
pelos diversos segmentos da escola e apresentan-
do sugestões ou soluções, que poderão ou não ser 
acatadas pelas direções das unidades escolares.
c) Fiscais (acompanhamento e avaliação): 
quando acompanham a execução das ações 
pedagógicas, administrativas e financeiras, 
avaliando e garantindo o cumprimento das normas 
das escolas e a qualidade social do cotidiano 
escolar.
d) Mobilizadoras: quando promovem a participa-
ção, de forma integrada, dos segmentos representa-
tivos da escola e da comunidade local em diversas 
atividades, contribuindo assim para a efetivação 
da democracia participativa e para a melhoria da 
qualidade social da educação. (Caderno produzido 
pelo Ministério da Educação,2004, p.41)
Nesta escolha de representantes, é preciso ter o cuidado 
para os que não sejam pessoas indicadas pela gestão e sim de 
cada segmento escolar. Esse zelo deve acontecer para que 
cada categoria, nas reuniões possam defender seus respectivos 
pontos de vista e não servir de instrumento para legitimar a 
voz da direção, pois estes devem representar a diversidade e a 
pluralidade do segmento ao qual pertence. 
Deste modo, o Caderno Conselhos Escolares: Democrati-
zação da escola e construção da cidadania (2004, p.44) informa 
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Gestão Educacional128
que o Conselho escolar deve ser composto pela: “[...] a direção 
da escola e a representação dos estudantes, dos pais ou respon-
sáveis pelos estudantes, dos professores, dos trabalhadores em 
educação não-docentes e da comunidade local. [...]”. Este ca-
derno esclarece que as decisões só podem ser tomadas após dis-
cussões realizadas coletivamente, e só podem acontecer quando 
estão reunidos. Nenhum de seus membros têm autorização para 
tomar decisões de forma individual, fora das reuniões destinadas 
a este fim. No entanto é o diretor quem:
[...] atua como coordenador na execução das 
deliberações do Conselho Escolar e também como 
o articulador das ações de todos os segmentos, 
visando a efetivação do projeto pedagógico na 
construção do trabalho educativo. Ele poderá – ou 
não – ser o próprio presidente do Conselho Escolar, 
a critério de cada Conselho, conforme estabelecido 
pelo Regimento Interno. (Caderno produzido pelo 
Ministério da Educação,2004, p.44)
Na eleição para os membros do Conselho de Escola, deve 
haver candidatos de representantes de cada segmento da escola. 
Tendo também os o cargo dos suplentes, que não estão impedidos 
de estar nas reuniões, mas sua atuação será de direito a voz, na 
presença do membro efetivo. Só na falta do membro efetivo, que 
o mesmo participará do voto. O diretor tem a sua participação 
garantida no Conselho Escolar. 
O caderno ainda informa algumas atribuições dos 
Conselhos Escolares:
 � elaborar o Regimento Interno do Conselho 
Escolar;
 � coordenar o processo de discussão, elaboração 
ou alteração do Regimento Escolar;
 � convocar assembleias-gerais da comunidade 
escolar ou de seus segmentos;
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Gestão Educacional 129
 � garantir a participação das comunidades 
escolar e local na definição do projeto político-
pedagógico da unidade escolar;
 � promover relações pedagógicas que favoreçam 
o respeito ao saber
 � do estudante e valorize a cultura da comunidade 
local;
 � propor e coordenar alterações curriculares na 
unidade escolar, respeitada a legislação vigente, 
a partir da análise, entre outros aspectos, do 
aproveitamento significativo do tempo e dos 
espaços pedagógicos na escola;
 � propor e coordenar discussões junto aos 
segmentos e votar as alterações metodológicas, 
didáticas e administrativas na escola, respeitada a 
legislação vigente;
 � participar da elaboração do calendário escolar, 
no que competir à
 � unidade escolar, observada a legislação vigente;
 � acompanhar a evolução dos indicadores 
educacionais (abandono
 � escolar, aprovação, aprendizagem, entre ou-
tros) propondo, quando se fizerem necessárias, 
intervenções pedagógicas e/ou medidas socioedu-
cativas visando à melhoria da qualidade social da 
educação escolar;
 � elaborar o plano de formação continuada 
dos conselheiros escolares, visando ampliar a 
qualificação de sua atuação;
 � aprovar o plano administrativo anual, elaborado 
pela direção da
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Gestão Educacional130
 � escola, sobre a programação e a aplicação de 
recursos financeiros,
 � promovendo alterações, se for o caso;
 � fiscalizar a gestão administrativa, pedagógica e 
financeira da unidade escolar;
 � promover relações de cooperação e intercâmbio 
com outros Conselhos Escolares. (2004, p.49)
Este caderno: Conselhos Escolares: Democratização 
da escola e construção da cidadania (2004) ainda nos explica 
que exercitar estas atribuições, para os seus participantes, tem 
se tornado um aprendizado que democrático, pois estas só 
conseguem serem colocadas em prática se os cidadãos forem 
respeitados e ouvidos, para serem tomadas decisões a partir de 
práticas democráticas. 
Antunes (2002, p.23) explica que é por meio do conselho 
de escola que os problemas que envolvem a gestão escolar serão 
debatidos, analisados e votados “[...] em plenária, - ser aprovadas 
e remetidas para o corpo diretivo da escola, instância executiva, 
que se encarrega de pôr em prática, as decisões ou sugestões do 
Conselho de Escola”. 
Por isso, condizente com o que está proposto no Caderno, 
Navarro (2004) defende que o Conselho Escolar, é um órgão 
colegiado, democrático, que delibera, sobre diversas questões 
que estão presentes no interior de cada escola e que tem 
decisões que precisam serem tomadas para casos específicos, 
que envolvem tanto o lado pedagógico, como o administrativo 
e financeiro. Por isso, se faz necessárias reuniões com a 
participação dos que fazem parte da escola e suas respectivas 
representações nos debates, nas propostas que visem a tomada 
de decisões. Portanto, é preciso que o Conselho Escolar se forme 
com pessoas que sejam ativas, comprometidas como o mesmo 
objetivo da escola e que defendem ferrenhamente a melhoria na 
qualidade do ensino.
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Gestão Educacional 131
ACESSE
Quer se aprofundar neste tema? Recomendamos o acesso à 
seguinte fonte de consulta e aprofundamento: Artigo: “Gestão 
da educação: inovação e mudança“ Rita SCHULTZ. acessível 
pelo link: https://bit.ly/2xYgeVq. 
E então? Gostoudo que lhe mostramos? Aprendeu mesmo 
tudinho? Agora, só para termos certeza de que você realmente 
entendeu o tema de estudo deste capítulo, vamos resumir tudo o 
que vimos. Você deve ter aprendido que um dos maiores desafios 
atualmente na gestão democrática é conscientizar as pessoas 
que fazem parte do contexto educacional que sua participação é 
importante na busca de soluções das dificuldades encontradas na 
escola e que sua participação faz com que seu direito de cidadão 
seja respeitado. Um entendimento que não pode faltar dentro dos 
muros da escola, é o entendimento do que é democracia, pois é 
preciso conscientizar que todo cidadão tem direitos, mas também 
deve cumprir com seus deveres. Nesse contexto, o Conselho 
Escolar é uma instância colegiada que busca a participação de 
todos da escola, mas lida diretamente com os representantes de 
cada segmentos escolar, por isso faz a eleição dos mesmos, de 
forma democrática, zelando por seus direitos e deveres.
RESUMINDO
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Gestão Educacional132
Gestão Escolar Democrática: Defi nições, 
princípios e Mecanismos básicos de 
implementação
OBJETIVO
Ao término deste capítulo você será capaz de compreender 
como ocorreram os princípios e mecanismos da gestão escolar 
democrática. Isto será fundamental para o exercício de sua 
profi ssão. E então? Motivado para desenvolver esta competência? 
Então vamos lá. Avante!
Figura 8: Participação e todos
Fonte: Pixabay
Para tratar aqui sobre gestão democrática, primeiro é 
preciso entender que a pessoa que faz o papel de quem está 
direção escolar, mais conhecido como o(a) diretor(a) escolar, 
por muito tempo, foi uma pessoa que centralizou suas práticas, 
baseadas nas relações de poder, em processos administrativos 
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Gestão Educacional 133
e financeiros, e colocava em prática as imposições do sistema, 
sem questioná-los. 
O ganho maior das escolas brasileiras, foi a partir da 
segunda metade da década de 1990, com a promulgação da 
LDB 9394/96. A LDB citada, garantia a gestão democrática, 
garantia uma prática de descentralização de poderes nas escolas, 
passamos a ter como prioridade os diálogo, o estímulo ao 
trabalho coletivo e ênfase no incetivo a participação de todos no 
axílio do trabalho da gestão da escola. Uma destaque, para esse 
novo modelo de gestão foi o interesse com o fazer pedagógico, 
relações interpessoais, desempenho de quem trabalha na escola 
e dos alunos, a avaliação e reavaliação constante de tudo que 
é planejado na escola e a auto-avaliação, sem deixar de lado a 
avaliação dos alunos aprendentes. Por isso, podemos afirmar que 
o princípio de Gestão Democrática, foi confirmado e aprimorado 
pelo estabelecimento demais legislações após a LDB 9.394/96, 
com o aparecimento deste princípio, tanto no Plano Nacional de 
Educação – PNE, da Lei 10.172, de 09/01/2001 e continua no 
PNE Lei 13.005/2014. 
REFLITA
Você pode estar aí do outro lado, realizando essa leitura e 
questionando: Tudo isso aconteceu assim, como se tivesse uma 
varinha mágica e tudo se transformou de uma hora patra a outra?
Não foi bem assim que tudo aconteceu, vamos entender 
o contexto, estávamos saindo do regime militar, precisávamos 
realizar mudança de posturas de comportamento e até os dias 
atuais podemos dizer que alguns profissionais que trabalham 
com educação ainda não compreenderam essas mudanças. Mas, 
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Gestão Educacional134
isso está mudando, já mudou muito e o ideal é lutar para que esses 
profissionais que possuem uma prática autoritária compreenda 
que passamos por mudanças e precisamos acompanhar o que 
dita a nossa legislação educacional brasileira. No entanto, 
podemos dizer que a partir dessa determinação da legislação 
brasileira que autoriza as escolas públicas atuarem no modelo 
gestão democrática, os esforços foram concentrados em buscar 
que mudanças de mentalidades, de atitudes e de postura ética 
passassem a acontecer de fato e não ficassem no âmbito de estar 
prometido de acontecer apenas na lei. (LUCK, 2000). 
É preciso esclarecer aqui que descentralizar atividades é 
dividir responsabilidades e isso não vai tirar ou dar autoridade 
do gestor e de ninguém na escola, mas abre possibilidades de 
todos crescerem juntos, em busca de alcançar melhorias para a 
escola. Por isso, Luck destaca que para ser um gestor, é preciso 
que o mesmo tenha um perfil de quem lidera o seu grupo: 
Abertura na aceitação das expressões das pessoas 
no trabalho, observando os desafios, dificuldades e 
limitação na tentativa de possibilitar a superação. 
Observar e desenvolver o que de melhor existe 
nas pessoas ao seu redor, partindo com uma visão 
proativa da sua atuação. Ter uma visão clara diante 
da missão dos valores educacionais permitindo a 
compreensão dos indivíduos na expressão de suas 
atitudes.( Luck,2009, p.75)
A autora, ainda explica que para ser gestor, é preciso 
que o mesmo tenha o perfil de líder, ao qual deve realizar a 
conscientização de seus membros orientando que a prática de 
seus membros é muito importante para que: 
[...] sejam promovidas melhorias a todos, em 
principal aos processos educativos. Permitir 
um diálogo aberto com capacidade de ouvir e 
compreender as questões de modo contínuo. 
Possibilitar oportunidades a todos a fim de 
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Gestão Educacional 135
compartilhar responsabilidades. Ter atitudes e 
expressões de liderança e não de chefia. Exercício 
contínuo do diálogo aberto e da capacidade de 
ouvir (LUCK, 2009, p.75). 
Quando explico que é preciso provocar mudanças de 
mentalidades, assim como a autora acima nos explica, é porque 
se torna preciso entender que quando algo é pensado para 
acontecer, na singularidade de uma pessoa, por mais cuidado 
e carinho que pode ter sido planejado, apenas foi pensado na 
visão desta pessoa e quando jogamos nossas propostas para 
serem discutidas em grupo, o que foi pensado de início por uma 
pessoa, após as discussões, pode ganhar uma dimensão muito 
maior ou não. Explico aqui também poderá acontecer também de 
diminuir essa proposta, porque após a reunião, os participantes 
podem pode chegar à conclusão também que não há condições 
de nem fazer nem a metade do que foi planejado por esta única 
pessoa, pois na reunião foram apresentados prós e contras, a 
proposta apresentada e ela podem crescer ou diminuir. Por isso, 
se torna primordial que as pessoas quando em reuniões, devam 
estar abertas ao diálogo, às críticas, para ouvir contras e saber 
também propor sugestões que atenda a diversidade que se faz 
presente nas escolas. 
+++ EXPLICANDO DIFERENTE
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Gestão Educacional136
Figura 9 : O líder e o diálogo com todos que fazem parte da escola
Fonte: Pixabay
Por isso, é preciso que o grupo esteja maduro para trabalhar 
em grupo, com diálogo e não podemos negar que sempre irá 
haver conflitos para crescimento do grupo. É através do diálogo 
que se abrem portas para acontecer às mesmas coisas, mas de 
outras formas. Essa soma de experiências entre os colegas de 
trabalho, aconteça de forma dialogada, pois são eles quem fazem 
a gestão democrática acontecer de forma produtiva, resolvendo 
assim conflitos,realizando planejamentos e avaliações, das 
coisas que deve acontecer nas escolas públicas. Sobre essa 
questão democrática de se fazer as coisas acontecerem Paro 
(2001, p.51) explica: 
No campo da liberdade, o papel da gestão escolar está 
inextricavelmente ligado à questão da democracia, 
não apenas porque, pela educação, faculta-se ao 
educando o acesso à ciência, à arte, à tecnologia, 
enfim, ao saber histórico que possibilita o domínio 
das leis da natureza e seu uso em benefício humano, 
fazendo afastar assim o âmbito da necessidade, 
mas também porque pode propiciar a aquisição de 
valores e recursos democráticos propiciadores da 
convivência pacífica entre os homens em sociedade 
(PARO, 2001 p. 51). 
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Gestão Educacional 137
Logo que, já foi discutida na LDB (9394/96) que as escolas 
públicas atuarão conforme a gestão democrática, a gestão escolar 
deve ter como um de seus objetivos de trabalho o processo 
educativo, considerando os seus sujeitos sociais. Por isso, as 
ações desta escola deve envolver todos os segmentos escolares, 
dialogando sempre neste sentido, contemplando uma concepção 
de escola inclusiva, que traga todos os seus participantes para 
dentro do projeto educativo que a escola defende que aconteça, 
e zelar para que o mesmo seja colocado em prática e esteja em 
constante avaliação. Por isso, é preciso que à gestão escolar, esteja 
focada em sua área de atuação, garantindo que se estabeleça a 
“[...] efetivação das finalidades, princípios, diretrizes e objetivos 
educacionais orientadoras da promoção de ações educacionais 
com qualidade social [...].” (LUCK, 2000, p.23).
É por esse entender sobre a gestão democrática, que a 
gestão deve trabalhar sempre com a finalidade de obter uma 
escola com qualidade, em que todos os alunos reconheçam que 
somos diferentes e devemos respeitar às diferenças. E quando 
menciono práticas inclusivas é no sentido de que essas devem 
ser participativas, promovendo o acesso e a construção do 
conhecimento, proporcionando assim “[...] condições para que 
o educando possa enfrentar criticamente os desafios de se tornar 
um cidadão atuante e transformador da realidade sociocultural e 
econômica vigente, e de dar continuidade permanente aos seus 
estudos”. (LUCK, 2000, p.23)
Sobre a gestão democrática, Ferreira ainda nos explica que: 
[...] gestão é administração, é tomada de decisão, 
é organização, é direção. Relaciona-se com a 
atividade de impulsionar uma organização a atingir 
seus objetivos, cumprir sua função, desempenhar 
seu papel. Constitui-se de princípios e práticas 
decorrentes que afirmam ou desafirmam os 
princípios que a geram. Estes princípios, entretanto 
não são intrínsecos à gestão como a concebia 
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Gestão Educacional138
a administração clássica, mas são princípios 
sociais, visto que a gestão da educação se destina 
à promoção humana (FERREIRA, 2008, p. 306).
Nessa linha de entendimento, é preciso que todos que 
fazem a escola acontecer, perceba o quanto é importante nas 
práticas educativas da escola, o trabalho coletivo, seguido do 
respeito, da participação, do diálogo, entre outros, trabalhando 
em prol de que seja colocado em prática o que foi planejado no 
projeto educativo da escola. 
IMPORTANTE
Nesse ínterim, não podemos esquecer-nos da importância que 
tem da gestão trabalhar junto, com o corpo de especialista que 
há na escola, tais como a orientação educacional, a supervisão 
escolar, psicólogo escolar e assistente social. 
Para tanto, a gestão deve garantir a participação de todos 
da comunidade escolar, sejam eles pais, alunos, professores, 
secretários, merendeiras, etc., em uma gestão democrática 
participativa que aconteça de fato, envolvendo-os em processos 
de decisões coletivas na escola, a exemplo de seleção de diretores 
de escola, criação de Conselho Escolar, entre outros. 
O gestor, que não age mais de forma hierárquica, na 
distribuição de atividades da escola, impondo o seu poder, tem 
sua parcela de responsabilidade frente ao sucesso ou insucesso 
da gestão democrática, pois é primordial que o mesmo não 
continue perpetuando as práticas do diretor escolar, que foi 
por muito tempo baseada nas relações de poder, agora o foco 
deve ser, além do administrativo e financeiro, também deve ser 
na organização do trabalho escolar. Por isso, a importância do 
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Gestão Educacional 139
diálogo com toda a comunidade escolar, buscando processos 
que torne a escola mais autônoma, e para que isso aconteça é 
preciso assegurar que as decisões na escola possam acontecer de 
forma participativa e coletiva.
Para que haja uma gestão escolar democrática de fato, o 
gestor deve garantir que na sua equipe escolar estejam claras as 
concepções de organização democrático-participativa, por isso 
em sua postura de atuação na escola deve estar explícito: 
a) Definição explicita, por parte da equipe escolar, 
de objetivos sociopolíticos e pedagógicos da escola;
b) Articulação da atividade de direção com 
iniciativa e a participação das pessoas da escola e 
das que se relacionam com ela;
c) Qualificação e competência profissional;
d) Busca de objetividade no trato das questões 
da organização e da gestão, mediante coleta de 
informações reais;
e) Acompanhamento e avaliação sistemáticos 
com finalidade pedagógica: diagnostico, acompa-
nhamento dos trabalhos, reorientação de rumos e 
ações, tomada de decisões;
f) Todos dirigem e são dirigidos, todos avaliam e 
são avaliados;
g) Ênfase tanto nas tarefas quanto nas relações. 
(LIBÂNEO, 2012, p.449).
Essas posturas estando explícitas nas práticas 
democrático-participativa, vem para dentro da escola, com 
a intencionalidade de promover a democracia, onde todos 
que dela participa tem a oportunidade de participar de sua 
organização de forma coletiva, com a finalidade de garantir a 
autonomia da escola e de sua equipe. 
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Gestão Educacional140
Figura 10: A gestão precisa de todos que fazem parte da escola
Fonte: PixabayFonte: Pixabay
Deste modo, Luck (2009, p.75) defende que: 
[...] a gestão democrática pressupõe a mobilização 
e organização das pessoas para atuar coletivamente 
na promoção de objetivos educacionais, o 
trabalho dos diretores escolares se assenta sobre 
sua competência de liderança, que se expressa 
em sua capacidade de infl uenciar a atuação de 
pessoas (professores, funcionários, alunos, pais, 
outros) para a efetivação desses objetivos e o seu 
envolvimento na realização das ações educacionais 
necessárias para sua realização.( Luck,2009, p.75)
Portanto, é preciso a compreensão que para que haja a 
efi cácia da gestão escolar, o gestor sozinho não dará conta de 
tudo, precisa de sua equipe no sentido de também dar conta 
da qualidade pedagógica, do currículo, da capacitação de 
professores, entre outros. A autora acima, ainda nos explica que 
num modelo de gestão democrática, o gestor precisa e muito do 
trabalho coletivo de todos que fazem partes da escola pública. 
Dentro deste trabalho democrático é preciso que o gestor 
conscientize os seus participantes sobre a responsabilidade que 
cada um que faz a escola pública acontecer, pois devo relembrar 
que esse modelo de gestão é proposto para a escola que é pública. 
Deste modo, para que a gestão escolar aconteça de forma 
democrática é preciso que seja desenvolvidomecanismos de 
autonomia da escola; o Financiamento das escolas; que a mesma 
possa participar da escolha de seus dirigentes escolares; que sejam 
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Gestão Educacional 141
garantidos meios para que haja a Criação de órgãos colegiados; 
a construção democrática do Projeto Político Pedagógico; e 
Participação da comunidade interna e externa a escola. 
A gestão democrática sendo colocada em prática escola pública 
serve também para conscientizar o cidadão para a sua emancipação. 
De acordo com o Ministério da Educação, na publicação Gestão 
democrática nos sistemas e na escola, explica 4 pontos necessários 
para a efetivação deste modelo de gestão, são eles: 
a) participação - é quando os projetos são 
construídos pela mediação da coletividade, 
oferecendo a todos os participantes a oportunidade 
de desenvolver de forma conjunta ações que visam 
à melhoria da educação;
b) pluralismo - quando há o reconhecimento 
da presença das diversidades e dos diferentes 
interesses daqueles que fazem parte da escola;
c) autonomia - é a descentralização do poder, onde 
a escola pode se adequar às reais necessidades da 
comunidade na qual se encontra inserida, onde o seu 
Projeto Político Pedagógico – PPP - é construído 
de forma coletiva, visando à emancipação e à 
transformação social;
d) transparência - é o retrato da dimensão política 
da escola, mostrando que esta é um espaço público 
que se encontra aberto à diversidade e às opiniões 
daqueles que participam da estrutura da escola. 
(BRASIL/MEC, 2007).
Trabalhar com o modelo de gestão escolar democrática 
se torna dentro da escola uma decisão política, porque suas 
ações implicam entender a visão dos que fazem parte direta e 
indiretamente desta escola, tais como: pais, alunos, professores, 
funcionários e a própria comunidade interna e externa a escola. 
É uma ação política, porque implica diretamente na perspectiva 
de tornar as decisões, e para isso acontecer é preciso que haja 
participação, trabalho coletivo, união na hora de gerir e organizar 
a escola sem hierarquização de poderes. 
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Gestão Educacional142
ACESSE
Quer se aprofundar neste tema? Recomendamos o acesso à seguinte 
fonte de consulta e aprofundamento: Artigo: “a Gestão Democrática 
e a participação dos educadores na elaboração do projeto político 
pedagógico de escolas públicas no Brasil” Pauleany Simões de 
Morais (et.al) acessível pelo link: https://bit.ly/2Y6qUMu.
E então? Gostou do que lhe mostramos? Aprendeu mesmo tudinho? 
Agora, só para termos certeza de que você realmente entendeu o 
tema de estudo deste capítulo, vamos resumir tudo o que vimos. 
Você deve ter aprendido que com a implementação da gestão 
democrática nas escolas que a partir da década de 1990, com a 
promulgação da Lei de Diretrizes e Bases 9394/96 (LDB) passou 
a garantir que nas escolas a gestão fosse descentralizada, ou seja, 
começou a implementar a divisão das tomadas de decisões da escola 
que deixa de ser só do gestor e passa a ser responsabilidade de todos 
que representam a escola, onde através de reuniões podemos emitir 
nossas opiniões e debater através do diálogo possíveis soluções 
que possam auxiliar a solucionar as problemáticas surgidas na 
escola em prol de melhorias para a mesma. A gestão democrática 
através da participação ativa, do pluralismo, da autonomia e da 
transparência começa a fazer com que as pessoas se sintam parte 
da escola e que esses 4 pontos são necessários para a efetivação 
deste modelo de gestão. Assim, essas posturas estando explícitas 
nas práticas democrático-participativa, vem para dentro da escola, 
com a intencionalidade de promover a democracia.
RESUMINDO
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Gestão Educacional 143
OBJETIVO
A gestão democrática na escola pública
Ao término deste capítulo você será capaz de compreender como 
ocorre de fato a gestão democrática na escola pública. E então? 
Motivado para desenvolver esta competência? Então vamos lá. 
Avante!
A gestão democrática na escola pública deve atuar 
de forma democrática, sempre trilhando na busca da “[...] 
qualidade de ensino é, portanto, qualidade cognitiva e operativa 
das aprendizagens escolares em contextos concretos.” Libâneo 
(2007, p. 26). 
Nesse sentido, nas práticas educativas são respondidas as 
cobranças da sociedade, que tem como objetivo colaborar com o 
desenvolvimento dos alunos. 
Essa mesma gestão tem princípios tem o intuito de 
melhorar a qualidade do ensino e aprendizagem. O segmento 
de cada comunidade, escolar deve trabalhar junto ao gestor, 
sabendo aonde querem chegar junto aos alunos, pois a educação 
se torna um ato político. 
Este deve ter como fruto as tomadas de decisões, por 
isso se afirma que a gestão da escola deve funcionar de forma 
política, pois o ato político:
[...] Exige um posicionar-se diante das alternativas. 
A gestão escolar não é neutra, pois todas as ações 
desenvolvidas na escola envolvem atores e tomadas 
de decisões. Nesse sentido, ações simples, como a 
limpeza e a conservação do prédio escolar, até ações 
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Gestão Educacional144
mais complexas, como as definições pedagógicas, o 
trato com situações de violência, entre outras, indicam 
uma determinada lógica e horizonte de gestão, pois 
são ações que expressam interesses, princípios e 
compromissos que permeiam as escolhas e os rumos 
tomados pela escola. (OLIVEIRA; MORAES; 
DOURADO, 2009, p. 7).
Dourado e Oliveira (2009) explicam que para que haja 
efetivação de fato nesse processo, é de suma importância que a 
escola se organize o trabalho escolar com: 
Planejamento, monitoramento e avaliação dos 
programas e projetos; organização do trabalho 
escolar compatível com os objetivos educativos 
estabelecidos pela instituição, tendo em vista a 
garantia da aprendizagem dos alunos; mecanismos 
adequados de informação e de comunicação entre 
todos os segmentos da escola; gestão democrático 
participativa, incluindo condições administrativas, 
financeiras e pedagógicas; mecanismos de 
integração e de participação dos diferentes grupos 
e pessoas nas atividades e espaços escolares. 
(DOURADO; OLIVEIRA, 2009, p. 209).
O trabalho da gestão democrática tem a função de 
acompanhar o processo ensino e aprendizagem que ocorre na 
escola. Também deve abrir espaços para que as pessoas possam 
participar ativamente no processo decisões da escola e o gestor 
deve estar capacitado para lidar diversas formas de pensar, 
agindo assim, para que colabore que sua equipe chegue para a 
busca da qualidade do ensino.
Para Dourado e Oliveira (2009) o gestor escolar, por 
intermédio de sua competência, deve garantir um:
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Gestão Educacional 145
Projeto pedagógico coletivo da escola que contemple 
os fins sociais e pedagógicos da escola, a atuação 
e autonomia escolar, as atividades pedagógicas e 
curriculares, os tempos e espaços de formação; 
disponibilidade de docentes na escola para todas 
as atividades curriculares; definição de programas 
curriculares relevantes aos diferentes níveis, ciclos 
e etapas do processo de aprendizagem; métodos 
pedagógicos apropriados ao desenvolvimento 
dos conteúdos; processos avaliativos voltados 
para a identificação,monitoramento e solução 
dos problemas de aprendizagem e para o 
desenvolvimento da instituição escolar; tecnologias 
educacionais e recursos pedagógicos apropriados 
ao processo de aprendizagem; planejamento e 
gestão coletiva do trabalho pedagógico; jornada 
escolar ampliada ou integrada, visando a garantia 
de espaços e tempos apropriados às atividades 
educativas; mecanismos de participação do aluno na 
escola; valoração adequada dos usuários no tocante 
aos serviços prestados pela escola. (DOURADO; 
OLIVEIRA, 2009, p. 209).
A partir desta realidade, o gestor tem que a garantir que 
os diversos segmentos da escola participem de forma ativa, 
tais como os docentes, alunos, funcionários, gestores, pais, 
comunidade extra e interescolar, na construção do Projeto 
político-pedagógico. 
Este planejamento maior, que visa a construção do PPP, 
deve fornecer condições, espaços e escolha de tempo, com o 
intuito de seus participantes tenham a formação e conhecimentos 
necessários para colocar em prática o que lhes forem propostos 
para ação e execução de forma efetiva. 
A direção deve dividir responsabilidades, auxiliar o 
Conselho de Classe a dividir, as tomadas de decisões, com todos 
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Gestão Educacional146
no contexto escolar. Por isso, compreende-se que a gestão que 
trabalha ainda de forma tradicional, onde o gestor é autoritário, 
e não compartilha as tomadas de decisões com a comunidade 
escolar começa a enfrentar dificuldades e assim não atingir os 
objetivos que a comunidade escolar almeja.
O gestor é o líder de uma instituição escolar. O mesmo, 
deve trabalhar junto a equipe de funcionários da escola. Esta 
equipe é constituída pelo pessoal da cozinha, da limpeza, da 
merenda escolar, nos serviços da secretária, pelo diretor e vice-
diretores, coordenação pedagógica e orientação. 
O Conselho escolar caracteriza-se então, como órgão de 
representação da comunidade escolar e, desse modo, zela para 
que se mantenha a cultura de participação. 
Este é considerado um espaço, que constitui um 
aprendizado político, democrático e de formação político-
pedagógica. Apto a participar ativamente da Construção do 
Projeto Político Pedagógico. 
O Conselho Escolar deve buscar formas de incentivar 
a participação de todos os segmentos envolvidos no processo 
educativo da escola e isso implica se organizar para construção 
de outros documentos da escola (MARQUES, 1992, p. 22).
O Regimento escolar é um documento da escola, que 
provavelmente deve se elaborado e acompanhado pelas pessoas 
que compõe o Conselho Escolar. 
Os respectivos membros do Conselho Escolar devem 
agir da mesma forma de elaboração e acompanhamento da 
execução do Projeto Político Pedagógico, ou seja, o mesmo 
deve acompanhar e fiscalizar tanto a gestão pedagógica quanto 
a financeira. 
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Gestão Educacional 147
Figura 11: Discussão saudável
Fonte: Pixabay
O conselho escolar, também tem a função de planejar 
e aprovar o Plano anual da escola. Seus membros devem 
acompanhar o desenvolvimento dos indicadores educacionais, 
tais como o da aprendizagem dos alunos, a evasão, a 
aprovação, reprovação, entre outros detalhes que envolvem o 
lado pedagógico. 
O Conselho escolar pode fazer formações, juntos aos 
seus componentes, com a finalidade de disseminar informações 
e conhecimentos que contribuam para melhorias na escola. 
IMPORTANTE
Neste percurso, é primordial que um gestor democrático, 
crie um ambiente agradável para seus componentes falarem 
abertamente, e que não fiquem mais criando barreiras para 
atuação do Conselho Escolar, e sim facilitando o diálogo, toda 
vez que for preciso para a realização de uma plenária. 
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Gestão Educacional148
Portanto, a democratização adequada ao Conselho escolar 
permite aos seus membros se reunirem, que possam discutir 
questões em relação a assuntos tais como: conteúdo curricular, 
informações novas ou não, as experiências dos colegas. 
A gestão democrática está entendendo que a participação 
e a democracia ajudam a melhorar as ações que envolvem o 
processo de ensino aprendizagem nas escolas. 
Mas, os diversos segmentos escolares também devem 
cuidar para percorrer um caminho para que essa preparação para 
o exercício da democracia e cidadania não fi que no papel. 
Figura 12: Participação
Fonte: Pixabay
Por isso, destaco que ainda tem muito a se fazer, para 
conscientizar todos os membros da comunidade escolar: pais, 
professores, alunos, gestores, funcionários, comunidade, entre 
outros, no sentido da importância de sua participação no debate. 
Outra medida, é a busca a qualidade do ensino, que deve 
advir pela democratização do espaço da sala de aula, através dos 
conteúdos, métodos, onde o aluno deve fazer parte do processo 
de aprendizagem e forma ativa, crítica e refl exiva. 
A escola deve proporcionar um ambiente para a comunidade 
de trocar dados e conhecimentos na busca de solucionar para 
problemáticas escolares, promovendo assim a integração.
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Gestão Educacional 149
Ela também deve atender aos interesses da maioria, agindo 
por votação? Na busca de garantir um espaço democrático, com 
espaços dos mesmos, para formação ampla discente, zelando 
para formar o aluno integral. Estes últimos devem agir de 
forma consciente, crítica e refl exiva apoiando-o como sujeito 
sociocultural.
Figura 13 : Formar alunos solidários, críticos, éticos e participativo
Fonte: Pixabay
Meu caro, a escola democrática pública tem a função 
social de formar o cidadão de forma aluno para a vida, para 
saber exercer a sua cidadania, para isso é preciso proporcionar a 
construção de conhecimentos, valores que forme um ser humano 
pronto para atuar em sociedade, permitindo-o a ser solidário, 
crítico, ético e participativo, na sua vida em geral. 
A escola ao organizarem os Conselhos Escolares, 
democraticamente, irá agir de forma organizada em buscar a 
participação de todos da comunidade escolar, respeitando os 
seus direitos e deveres. 
Para tanto, nesse percurso é preciso ter o cuidado para os 
representantes de a comunidade escolar podem expressar seus 
diferentes pontos de vista e cuidar para que implicitamente, esses 
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Gestão Educacional150
representantes ajam de forma a apenas servir de instrumento para 
legitimar a voz da direção, por isso, esse cuidado deve iniciar na 
origem, no momento da escolha de quem vai fazer parte dos 
conselhos, pois estes precisam representar, de fato, a diversidade, 
a pluralidade de que faz parte da comunidade escolar. 
Antunes (2002, p.23) esclarece que os conselhos têm 
os problemas da gestão escolar e este serão discutidos e as 
reclamações educativas serão “[...] analisadas para, se for o caso 
dependendo dos encaminhamentos e da votação em plenária, - ser 
aprovadas e remetidas para o corpo diretivo da escola, instância 
executiva, que se encarrega de pôr em prática, as decisões ou 
sugestões do Conselho de Escola”. 
Figura 14 : Votação
Fonte: Pixabay
Sobre a participação dos pais na escola, Libâneo (2004, 
p.114) destaca: “[...] a escola não pode ser mais uma instituição 
isolada em si mesma, separada da realidade circundante,mas 
integrada numa comunidade que interage com a vida social 
ampla”. Por isso, deve conquistar a representação dos pais no 
Conselho de Escola. 
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Gestão Educacional 151
A atuação dos diversos segmentos da comunidade escolar 
deve acontecer de forma que este cidadão brasileiro se expresse 
numa relação de saudável, aberta para as críticas, diálogos 
e a defesa do ponto de vista dos argumentos de cada um dos 
segmentos das comunidades escolares. 
Navarro (2004) nos explica que é através dos Conselhos 
que a escola se une para atuar de forma democrática, deliberando 
assim, sobre questões particularizadas da escola, que deve 
envolver também o pedagógico, administrativo e financeiro. 
Por isso, deve acontecer aqui a participação, debates, propostas 
e tomada de decisões, que só devem acontecer após muitas 
reivindicações das necessidades educacionais. 
O debate, portanto, deve ser fomentada assim, a cultura 
que resgate nas escolas a democracia, a participação, a cidadania, 
em substituição a cultura patrimonialista. 
Deste modo devemos entender que o Conselho escolar, 
nas escolas públicas, deve atuar com o sustentáculo de Projetos 
Políticos Pedagógicos.
Paro (2004, p.12) destaca que este percurso é o que vai 
tratar a escolas como democrática, superando assim, as práticas 
burocráticas e passam a serem vistas como desafios a serem 
superados.
Fundamentado o Projeto Político Pedagógico nestas 
considerações, a escola só poderá desempenhar um papel 
transformador ao organizar-se para atender os seus interesses, 
daí temos a aprendizagem coletiva, condição mister para agir 
democraticamente, visando construir, efetivamente, uma 
educação de qualidade social.
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Gestão Educacional152
RESUMINDO
ACESSE
Quer se aprofundar neste tema? Recomendamos o acesso à seguinte 
fonte de consulta e aprofundamento: Artigo: “Gestão Democrática 
da escola pública: desafios e perspectiva” SOUZA, Débora Quetti 
Marques de. Acesso pelo link: https://bit.ly/2y11Qvv.
E então? Gostou do que lhe mostramos? Aprendeu mesmo tudinho? 
Agora, só para termos certeza de que você realmente entendeu o 
tema de estudo deste capítulo, vamos resumir tudo o que vimos. Você 
deve ter aprendido que na gestão democrática, o gestor deve ser um 
líder que compartilhe as tomada de decisões com as pessoas que 
fazem parte do contexto escolar. Essa gestão visa atuar de maneira 
democrática, através da participação ativa dos membros, do diálogo, 
da escuta e opinião de todos na busca de melhorias na qualidade de 
ensino e a sociedade deve cobrar essas melhorias com o intuito de 
colaborar com o desenvolvimento dos alunos. Este deve ter como fruto 
as tomadas de decisões, por isso se confirma que a gestão da escola 
deve funcionar de forma política. O trabalho da gestão democrática 
tem a função de acompanhar o processo ensino e aprendizagem que 
ocorre na escola. O gestor deve ter em mente que trabalhar com a 
gestão democrática só tende a fortalecer a escola, e não como alguns 
gestores pensavam, que a mesma iria tirar sua autoridade nas tomadas 
de decisões. Pelo contrário, a gestão democrática é um espaço para 
que todos os envolvidos no processo escolar possam participar 
ativamente na divisão das tomadas de decisões da escola, onde o 
gestor devidamente capacitado, baseado nas leis, possa dialogar 
escutar, abrir espaços para opiniões e juntos com a comunidade 
escolar lutar por melhorias na qualidade de ensino.
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Gestão Educacional 153
UNIDADE
04
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Gestão Educacional154
Você sabia que a área da Gestão Educacional é uma das 
mais demandadas na área educacional, está garantida para 
acontecer nas escolas públicas pela Lei de Diretrizes e Bases da 
Educação Nacional N.9394/96. É responsável pela elaboração e 
execução do Projeto Político Pedagógico de forma democrática. 
Por isso, instituiu na escola pública a importância do diálogo e 
participação efetiva de todos nas decisões da escola. Também é 
responsável por institucionalizar o Conselho de Escola, como 
forma de organizar os representantes de uma escola. Vamos 
ver como isso acontece na prática? Isso mesmo. Entendeu? Ao 
longo desta unidade letiva você vai mergulhar neste universo!
INTRODUÇÃO
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Gestão Educacional 155
1
2
3
4
Olá. Seja muito bem-vindo a nossa Unidade 4. Nesta 
unidade, o nosso objetivo é auxiliá-lo no desenvolvimento das 
seguintes competências profissionais: 
OBJETIVOS
Reconhecer os mecanismos de participação no 
processo de gestão nas instituições escolares;
Entender o que é e como funciona um Projeto 
Político Pedagógico;
Perceber o processo de cidadania que acontece no 
interior da gestão democrática;
Compreender como é a gestão na educação 
básica que deve garantir o princípio da autonomia 
administrativa, financeira e pedagógica.
Então? Está preparado para uma viagem sem volta rumo ao 
conhecimento? Ao trabalho!
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Gestão Educacional156
A escola e o Projeto Político Pedagógico
 
Figura 1 - Imagem: PPP – Diversos olhares sobre a escola.
Fonte: Pixabay
Na atualidade, temos nas escolas públicas acontecendo o 
modelo de gestão escolar democrática. Conforme já foi visto em 
capítulos anteriores, esta é uma prática que está assegurada por 
Lei, e se baseia na gestão de tudo que acontece no interior das 
escolas, respeitando as particularidades de cada uma e suas ações 
envolvem tanto as pessoas no contexto escolar, como recursos 
OBJETIVO
Ao término deste capítulo você será capaz de reconhecer 
os mecanismos de participação no processo de gestão nas 
instituições escolares. Isto será fundamental para o exercício 
de sua profissão. A gestão deve garantir que o Projeto Político 
Pedagógico seja construído de forma democrática. E então? 
Motivado para desenvolver esta competência? Então vamos lá. 
Avante!
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Gestão Educacional 157
materiais e financeiros, sobre questões que envolvem o ensinar 
e aprender. 
O foco do gestor deve estar principalmente na proposta 
pedagógica da escola, que deve ser construída a partir da 
construção coletiva e este documento, numa escola, representa o 
que orientará as atividades deste processo.
Veiga (1995) defende que o projeto pedagógico construído 
na escola seja político e deve estar ligada diretamente com o 
modelo de cidadão que quero formar para a sociedade, essa 
preocupação deve atender aos interesses coletivos da população. 
Trabalhar com educação é um ato que deve ser político, na 
intenção de sabermos em qual modelo de sociedade vivemos 
e precisamos estar atentos para questionar qual perfil de aluno 
queremos formar? 
+++ EXPLICANDO DIFERENTE
Como já foi informado aqui, nos capítulos anteriores, a prática 
do gestor escolar, deve acontecer através de um ambiente 
acolhedor e que as decisões tomadas na escola devemacontecer 
focadas na melhoria da qualidade do ensino. Na escola pública, 
é preciso que se abra espaço para dialogar, expor opiniões, 
trocar experiências, sempre na busca de buscar soluções para as 
problemáticas cotidianas da escola, para tanto se faz necessário 
a construção de uma proposta educativa e que esta seja de 
conhecimento de todos.
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Gestão Educacional158
É preciso que o gestor e os profissionais que fazem parte 
da escola, busquem caminhos para colocar em prática o que 
foi pensado para acontecer na escola e foi registrado neste 
documento que chamamos que é a identidade da escola pública. 
No PPP, é preciso que nele esteja registrado a concepção teórica 
que desejamos trabalhar, o contexto histórico destas escolas, as 
necessidades e problemas enfrentados e propor soluções para 
que a mesma busque a mudança da realidade para a situação e 
que a escola se encontra no momento. 
Para a construção do Projeto Político Pedagógico de 
uma escola é preciso entender que a escola pública trabalha 
com gestão democrática e que esta deve definir a sua prática 
político-pedagógica e administrativa, que o mesmo, deve 
estar fundamentado na participação da comunidade escolar. 
Esses representantes juntos devem ter claro o tipo de escola 
que pretendem alcançar e propor a construção de um Projeto 
Político Pedagógico condizente com a realidade escolar local. 
(DOURADO, 2001, p.18).
IMPORTANTE
Para tanto, é preciso estarmos atentos para as transformações da 
sociedade e a gestão deve estar atenta para nos orientar a repensar 
as diversas formas de estrutura de poder da escola. A autora 
acima orienta que a construção do Projeto Político Pedagógico é 
algo muito importante de uma escola e não podemos cair no erro 
de produzi-lo e guardá-lo.
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Gestão Educacional 159
Figura 2 - Imagem: Para construir o PPP é preciso ter planejamento.
Fonte: Pixabay
Quando uma escola se propõe a construir um projeto, a 
ideia primordial é a de realizar um planejamento, que não fi que 
só no âmbito do registro no papel, mas que este esteja apto para 
propor ações para o futuro dos que fazem a escola acontecer e 
para isso acontecer, precisamos que os que fazem parte desta 
escola tenha consciência do presente. Por isso, devemos construir 
os projetos planejando com as intencionalidades do que deve 
acontecer na escola. (VEIGA, 1995, p.13)
A necessidade na hora da elaboração deste documento, é 
que todos os segmentos da escola estejam presentes. Sabemos 
que, reunir representantes de todos os seguimentos da escola, 
num determinado horário não é uma tarefa fácil. Mas, o ideal 
seria poder contar e ouvir todos da escola de uma só vez. Outra 
difi culdade é que para a construção do PPP, será preciso mais de 
uma reunião, e isso requer tempo e disponibilidade em colaborar 
dos representantes de cada segmento escolar, e podem acontecer 
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Gestão Educacional160
uma não, mas diversas reuniões com a intencionalidade de ouvir 
os profissionais que ali trabalham.
Como foi visto neste conteúdo, temos a necessidade que 
o Projeto Político Pedagógico não seja construído pela visão 
de poucos e para que isso não aconteça, é preciso que o gestor 
articule um dia e horário para conseguir a maior quantidade 
possível de participantes. 
Destaco que é preciso ter o cuidado, para evitar que se faça 
a cópia de um projeto de outra escola, pois jamais podemos tê-
lo igual ao de outra escola, haja vista que, cada escola possui a 
sua elaboração conjunta, no qual, o foco deve levar em conta a 
realidade de cada escola e afirmo que, por mais que uma escola 
tenha as mesmas características físicas, ela são diferentes e o 
importante é que cada escola possa junto a sua equipe escolar 
pensar ou repensar seus métodos, fins pedagógicos baseados na 
realidade de sua comunidade escolar. 
A determinação para a construção do Projeto político-
pedagógico, nas escolas públicas, está assegurado ao modelo 
de Gestão Democrática, que está determinado através da LDB 
9394/96, através dos seguintes artigos: Artigo 12, inciso I: “os 
estabelecimentos de ensino, respeitados as normas comuns e 
as do seu sistema de ensino, terão a incumbência de elaborar 
e executar a sua proposta pedagógica.” Artigo 14 defende que 
nas escolas deverá haver “I - a participação dos profissionais 
da educação na elaboração do projeto pedagógico da escola” 
e ainda garante a “II - participação das comunidades escolar e 
local em conselhos escolares ou equivalentes”.
Portanto, fica claro que a elaboração deste documento, deve 
acontecer em conjunto, nunca só na visão de uma pessoa, mas 
com a finalidade de ouvir a todos e ao final, a intencionalidade é 
de a escola nele, registar as necessidades reais da escola e justos os 
profissionais dessas escolas devem colocar em prática, de forma 
coesa o projeto tão sonhado pela escola. (GRACINDO, 2007). 
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Gestão Educacional 161
Dourado (2001, p. 28) destaca que este documento não 
pode ser algo que vai ser escrito e depois guardado em uma 
gaveta, é preciso que este sirva de base para movimentar a escola 
na busca por melhores resultados da escola, por isso chama este 
processo de dinâmico, por que além de ser uma exigência legal, 
precisa que todos da escola caminhem juntos cotidianamente na 
escola, no sentido de colocá-lo em prática e refletir sobre ele 
constantemente. 
Após termos entendido a importância de que o PPP é um 
documento muito importante, informar que o mesmo deve servir 
de base para orientar o trabalho docente. De acordo com Veiga 
(2003, p.18-19) o PPP está ligado diretamente a autonomia 
pedagógica, pois quando a escola também reúne seus professores 
e demais profissionais, ela também se organiza para traçar seu 
caminho pedagógico e educativo a partir da realidade da escola. 
Dessa forma, a “[...] autonomia e liberdade fazem parte da 
própria natureza do ato pedagógico”.
Recapitulando, na construção do Projeto Político 
Pedagógico, mais conhecido como o PPP, deve-se levar em 
contar com a colaboração dos representantes que fazem parte 
da comunidade escolar. Nesta construção, é preciso realizar 
o diagnóstico da realidade, favorecendo assim o diálogo e a 
cooperação de todos. 
Libâneo (2004) destaca algumas questões que não podem 
faltar na formulação do Projeto Político Pedagógico. Trata-se de 
documento muito importante para a escola, para a construção do 
mesmo, é preciso contemplar os seguintes pontos: contextualizar 
e caracterizar a escola, a concepção de educação que a escola quer 
seguir, e na sequência também se deve escrever sobre as práticas 
escolares, realizar o diagnóstico da situação atual da escola, deve-
se traçar os objetivos gerais, estruturar a organização e gestão da 
escola, definir como as propostas curriculares serão trabalhadas, 
a da formação continuada de professores, dos pais de alunos, 
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Gestão Educacional162
com a comunidade e se haverá integração com escolas próximas 
a sua escola, e finalmente como serão as avaliações do projeto. 
O Projeto Político Pedagógico nas escolas públicas, como 
um planejamento maior, que reflete o projeto educativo e envolvetodos os que fazem parte da escola. Nele, há a identidade da 
escola, um conjunto de princípios que explicita a maneira que 
o aluno deve aprender como o professor deve ensinar e como é 
avaliada a aprendizagem do aluno. Sendo assim, Libâneo (2004, 
p.72) define o PPP como “[...] um instrumento de avaliação 
entre fins e meios que faz o ordenamento de todas as atividades 
pedagógicas, curriculares e organizativas da escola, tendo em 
vista os objetivos educacionais”. 
Deste modo, na ótica de Veiga o Projeto Político 
Pedagógico é um meio de unir a comunidade escolar para 
integrar com diversas ações, propostas e:
[...] soluções alternativas para diferentes momentos 
do trabalho pedagógico-administrativo, desenvolver 
o sentimento de pertença, mobilizar os protagonistas 
para a explicitação de objetivos comuns definindo o 
norte das ações a serem desencadeadas, fortalecer 
a construção de uma coerência comum, mas 
indispensável, para que a ação coletiva produza seus 
efeitos. (VEIGA,2003, p.275) 
REFLITA
Este é um documento muito importante da escola, pois no mesmo 
se tem o registrado a identidade da escola, os princípios que vai 
esclarecer, a forma como o professor vai ensinar e aluno vai 
aprender e como será entendida as avaliações que os professores 
deverão realizar. 
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Gestão Educacional 163
De acordo com Gadotti (1994) para o Projeto Político 
Pedagógico ser colocado em prática, este não depende, apenas 
da direção da escola, mas de todos que fazem parte dela. Deve 
ser um elo de aproximação de professor e alunos, em busca de 
melhores aprendizagens, tendo o aluno sujeito do processo do 
aprender. 
Este documento tem de maneira resumida, as 
características do fazer educativo para um grupo, que se faz 
presente em determinado espaço e tempo. Nele deve conter as 
intencionalidades da escola e o planejamento dos caminhos em 
que a escola quer seguir. 
Ferreira (2007) enfatiza o caráter político que deve estar 
explícito no Projeto Político Pedagógico, pois deve estar claro 
as intencionalidades do grupo, como serão as interações e 
intencionalidades, como a escola irá agir, com objetivos e desejos. 
Por isso, esta atividade educacional requer planejamento. 
As etapas necessárias para a organização do PPP exigem 
construção coletiva e planejamento participativo uma vez que é 
um esboço das competências esperadas do educador e das ações 
escolares. 
Para realizar a construção de um PPP, é preciso se 
organizar com muita antecedência e ter a clareza, pois não é algo 
que se resolve com, uma duas ou três reuniões, demanda tempo 
e planejamento. 
Tudo isso deve acontecer na tentativa de contemplar a 
realidade da escola, com as suas aspirações e interesses locais. 
No entanto, trata-se de um documento que é burocrático, 
tem estrutura formal para ser seguida e deve ser realizado com 
bases no modelo de gestão democrática. Ferreira nos apresenta 
algumas características que o Projeto Político Pedagógico deve 
ter:
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Gestão Educacional164
a. Singularidade: por representar as características 
daquela comunidade, seus anseios e suas 
perspectivas. Portanto, uma percepção diferenciada 
da educação, da escola, do conhecimento, 
porque própria daquele ambiente cultural, não se 
aplicando a nenhum outro;
b. Intencionalidade: não há ingenuidades nas 
escolhas dos sujeitos da escola. Escolhem porque 
acreditam ser necessárias estas escolhas e não 
outras. Em decorrência, é necessário apresentar 
objetivos sem ambiguidades, revelar as teorias 
que embasadoras, enfim, estar em acordo com um 
rumo pensado pela comunidade escolar;
c. É democrático e democratizante: muitas 
experiências têm demonstrado que o PPP 
ao ser elaborado em gabinetes fica restrito a 
poucas pessoas. O processo de planejamento 
é uma excelente oportunidade para a prática 
democrática, não só na discussão, mas no assumir 
responsabilidades e contribuir. Por isso, o PPP é 
político, porque compromete a partir das escolhas 
feitas.
d. Sistematização: além de organizar o trabalho 
pedagógico, relacionando os espaços e os tempos 
educativos a que se propõe a instituição, o PPP 
prevê os rumos da instituição.
e. Coerência: o PPP deverá estar embasado em 
um referencial teórico que contenha as definições 
dos elementos que, para aquela realidade, faz-
se necessário conhecer e considere os elementos 
próprios da cultura institucional e de seu contexto.
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Gestão Educacional 165
f. Inclusão: através de uma proposta educacional 
centrada nos sujeitos, o PPP pretende a inclusão 
das diversidades. (FERREIRA,2007, p.42-43)
Este documento ainda deve contemplar os princípios 
éticos da autonomia, da responsabilidade, da solidariedade e 
o respeito, de formar o cidadão apto a atuar e ser crítico em 
sociedade, de forma democrática.
Para a construção do Projeto Político Pedagógico o 
planejamento inicial, muitas vezes modificado em reuniões e por 
sugestão das equipes, previa, em acordo com minhas crenças, as 
seguintes etapas:
 � constituição de espaços-tempos para diálogo 
em todos os níveis da instituição e envolvendo os 
diferentes sujeitos;
 � estímulo à circulação da palavra, como 
possibilidade de reinventar a dialogicidade nos 
espaços instituídos e instituintes da escola;
 � reconstituição da historicidade dos sujeitos da 
práxis pedagógica;
 � reflexão sobre a pesquisa, buscando torná-la 
fundamento pedagógico;
 � reflexão sobre a profissionalidade dos sujeitos 
da práxis pedagógica;
 � revisão da práxis pedagógica, em suas crenças 
e fazeres;
 � sistematização da historicidade, crenças, 
propostas e perspectivas da instituição;
 � aprovação do texto em plenária, envolvendo 
o máximo da população integrante dessa 
comunidade escolar;
 � implementação da proposta;
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Gestão Educacional166
 � acompanhamento, avaliação e revitalização 
contínua dos princípios orientadores: pesquisa, 
dialogicidade, historicidade e reflexão. 
(FERREIRA, 2007, p. 43-44)
Como podemos ver, a questão do espaço tempo, 
historicidade da escola, reflexão sobre a importância da pesquisa, 
estímulo ao diálogo, a práxis pedagógicas, aprovação do texto 
em plenária, implementação da proposta devem acontecer 
como manda os trâmites para a elaboração do Projeto Político 
Pedagógico. 
SAIBA MAIS
Quer se aprofundar neste tema? Recomendamos o acesso à 
seguinte fonte de consulta e aprofundamento: LOPES, Noêmia. 
Artigo: O que é o Projeto Político Pedagógico. acessível pelo 
link: https://bit.ly/3c3z9Mm.
E então? Gostou do que lhe mostramos? Aprendeu mesmo 
tudinho? Agora, só para termos certeza de que você realmente 
entendeu o tema de estudo deste capítulo, vamos resumir 
tudo o que vimos. Você deve ter aprendido o Projeto Político 
Pedagógico é um documento importante da escola e que 
nele deve conter todos os aspectos da escola administrativo, 
pedagógico e financeiro o qual deve estar baseado na lei. O 
PPP não deve ser construído em apenas um dia, deve haver 
várias reuniões para que possam discutir o tema e vir a bater o 
martelo em relação ao tema abordado. Esse documento deve ser 
RESUMINDO
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Gestão Educacional 167
Conceitose finalidades do Projeto Político 
Pedagógico 
(CONTINUAÇÃO)RESUMINDO
construído na escola com a participação de todos que compõem 
o contexto escolar interno e externo em busca de melhorias na 
qualidade de ensino. É importante que tenhamos a consciência 
da importância da participação dos membros da escola em prol 
de soluções. O PPP deve contemplar os princípios éticos da 
autonomia, da responsabilidade, da solidariedade e o respeito, 
na busca de formar cidadãos críticos e reflexivos para viver em 
sociedade, de forma democrática.
OBJETIVO
Ao término deste capítulo você será capaz de entender o que 
é e como funciona um Projeto Político Pedagógico. Isto será 
fundamental para o exercício de sua profissão. Nesta aula você 
vai compreender o significado do Projeto Político Pedagógico e 
o porquê de sua existência na escola pública. E então? Motivado 
para desenvolver esta competência? Então vamos lá. Avante!
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Gestão Educacional168
Figura 3 - Imagem: Projeto Político Pedagógico: diálogo e participação.
Fonte: Pixabay
O Projeto Político Pedagógico trata-se de um documento 
que tem muito importância para a escola. Nele constam dados que 
o consideramos como a identidade da escola, pois foi construído 
a partir de um esforço coletivo, na busca de retratar a realidade 
em que a escola se encontra, e propor soluções, em busca de 
atingir a qualidade da educação. No entanto, a sua construção, 
mas escola não tem acontecido na prática como deveria. Vamos, 
ver teoricamente como o mesmo deve acontecer de fato nas 
escolas públicas?
Conforme a Constituição Brasileira, na sequência a Lei 
de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, temos garantidos 
que os objetivos da educação deve ser provida com base nos 
princípios de igualdade, liberdade de aprender, respeito à 
pluralidade de ideias, gestão democrática do ensino público e 
valorização das experiências extraescolares (BRASIL, 1996). 
Estes são objetivos educacionais que a escola democrática deve 
garantir que aconteça no seu interior. 
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Gestão Educacional 169
Quando falamos em construir um Projeto Político 
Pedagógico Veiga (1995) realiza a explicação sobre projeto, 
projeto pedagógico e porque deve ser político:
O projeto busca um rumo, uma direção. É uma 
ação intencional, com um sentido explícito, com 
um compromisso definido coletivamente. Por isso, 
todo projeto pedagógico da escola é, também, um 
projeto político por estar intimamente articulado 
ao compromisso sociopolítico com os interesses 
reais e coletivos da população majoritária. É 
político no sentido de compromisso com a 
formação do cidadão para um tipo de sociedade. 
[...] Pedagógico, no sentido de definir as ações 
educativas e as características necessárias às 
escolas de cumprirem seus propósitos e sua 
intencionalidade. (VEIGA, 1995, p. 13).
Ainda sobre o projeto pedagógico da escola Vasconcellos 
(1995, p.143) destaca que se trata de um ser “[...] um instrumento 
teórico-metodológico que visa ajudar a enfrentar os desafios do 
cotidiano da escola, só que de uma forma refletida, consciente, 
sistematizada, orgânica e, o que é essencial, participativa.” 
CURIOSIDADE
Sobre estas questões Araújo (2000, p.155) explica que na 
dimensão política, é preciso que haja transparência “[...] sua 
existência pressupõe a construção de um espaço público vigoroso 
e aberto à diversidade de opiniões e concepções de mundo, 
contemplando a participação de todos os que estão envolvidos 
com a escola.”
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Gestão Educacional170
Marques (1990) explica que é através da ampla participação 
dos diversos segmentos da escola, que na hora de decidir se 
garante a transparências das coisas discutidas e “[...] fortalece as 
pressões para que elas sejam legítimas, garante o controle sobre 
os acordos estabelecidos e, sobretudo, contribui para que sejam 
contempladas questões que de outra forma não entrariam em 
cogitação”.
Segundo Dourado , a gestão democrática configura-se em 
descentralização de poderes, a participação e a transparência:
 � Descentralização: a administração, as decisões 
e as ações devem ser elaboradas, tomadas e 
executadas de forma não hierarquizada;
 � Participação: todos os envolvidos no dia a 
dia escolar devem participar da gestão, ou seja, 
professores, estudantes, funcionários, pais ou 
responsáveis, pessoas que participam de projetos 
escolares e toda a comunidade ao redor da escola;
 � Transparência: qualquer decisão e ação 
tomada/decidida ou implantada na escola deverá 
ser de conhecimento de todos.(DOURADO; 
DUARTE,2001)
É preciso destacar que o sistema educacional brasileiro, 
lança normas gerais sobre as instituições escolares, que devem 
funcionar como um caminho que orienta o ensino escolar. 
Na Construção do Projeto Político Pedagógico, é 
importante que o gestor o perfil de ser um gestor democrático 
e participativo. Acredita-se que apenas com a participação, de 
modo ativo, por meio do diálogo, opiniões, escuta do outro, tão 
comum no decorrer do processo de ensino e aprendizagem, que 
a gestão se tornará de fato democrática. 
Sobre a organização das escolas públicas que trabalham no 
modelo de gestão democrática, afirma-se que o Conselho escolar 
é o local em que há o direito a fala, a realizar debates e votações 
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Gestão Educacional 171
sobre questões particulares da escola. Fazem parte do Conselho 
Escolar: representantes dos docentes, dos funcionários, da 
direção escolar, dos alunos, dos pais e da comunidade interna e 
externa a escola. 
A escolha, dos membros do Conselho Escolar deve 
acontecer de forma democrática, através da eleição dos 
candidatos representantes de cada segmento da escola, com a 
votação sobre a escolha dos mesmos. 
O candidato, que poderá ser um representante eleito, no 
momento de sua candidatura, deve estar consciente que é uma 
pessoa, que tenha tempo e se disponibilize a participação efetiva 
e responsável dos processos decisórios da escola. 
O mesmo, deve se comprometer com o bem comum, a 
dialogar e expor os desejos e opiniões do grupo que representa. 
Também é preciso que tenha o perfil de saber realizar a escuta do 
outro, e respeitar as decisões tomadas em grupo. Vale salientar 
que todas as propostas e decisões devem ser tomadas dentro do 
que permite as leis brasileiras, e que sejam propostas em prol da 
qualidade do ensino.
Navarro (2004) explica que o Conselho escolar tem 
responsabilidades e criar o seu Regimento interno, tais como 
realizar o seu calendário de reuniões e como acontecerá o 
processo de tomada de decisões, e assim por diante. 
Assim, precisamos entender que o Conselho Escolar, é 
um dos sustentáculos do Projeto Político Pedagógico da escola, 
pois os membros têm importante participação da elaboração 
deste documento da escola, pois deve acompanhar o que está 
acontecendo no interior da escola e de que o que foi prometido, 
neste documento, está sendo colocado em prática ou não. 
Também destaco a sua importância em zelar para manter 
as relações pedagógicas, respeitar a diversidade, cuidando para 
valorizar a cultura da comunidade escolar e da escola. Todo o 
trabalho do Conselho Escolar deve acontecer em um ambiente 
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Gestão Educacional172
agradável, com discussões organizadas em assembleias, com 
seus representantes, onde os mesmo deve se sentir a vontade 
para opinar, saber ouvir e dialogar, na busca de tomadas de 
decisões em prol da qualidade do ensino. 
Figura 4 - Imagem: Respeitas difrentes culturas.
Fonte: Pixabay
A escola deve ter noção, de que o Conselho Escolar, deve 
acompanhar o que está de fato acontecendo dentro e fora da 
escola, e para que isto aconteça é preciso que o Projeto Político 
Pedagógico não esteja apenas no papel. 
É função do Conselho Escolar fi scalizar, através de seus 
membros, se o PPP saiu das gavetas da escola, para ser aplicado 
na prática. Os seus membros devem estar atentos às mudanças 
que ocorrem constantemente dentro e fora do contexto escolar, 
para saber registrá-las no PPP, aperfeiçoando de tal modo 
o procedimento de aprendizagem de acordo com a história, 
proporcionando informações aos discentes e comunidade que 
necessitam ter conhecimento dos fatos ocorridos.
Veiga (1995) explica que o Projeto político-pedagógico 
trilha a uma determinada direção. É uma ação propositada, 
com um sentido explícito, em relação ao acordado defi nido 
coletivamente. 
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Gestão Educacional 173
O Projeto Político Pedagógico, após sua produção serve 
para termos conhecimento sobre a realidade da escola, em que 
estamos inseridos. Para que este documento se encontre pronto, é 
preciso que [...] a participação dos profissionais da educação deve 
ser assegurada e incentivada na preparação do projeto pedagógico 
da escola, assim como das comunidades escolar e local nos órgãos 
de decisão colegiada. (DOURADO, 2001, p. 28).
O Conselho Escolar tem a responsabilidade de realizar 
procedimentos avaliativos e acompanhar o Projeto Político 
Pedagógico das escolas. Em meios a estas responsabilidades, 
podemos destacar a importância de manter as relações 
pedagógicas que vise, além de respeitar o saber do discente, que 
busque valorizar a cultura histórica tanto da comunidade escolar 
quanto da escola. 
Este órgão colegiado tem função de aprovar o plano anual, 
que é construído pela direção escolar relacionado à parte dos 
recursos financeiros. Sobre a parte pedagógica, o Conselho deve 
acompanhar desenvolvimento dos indicadores educacionais, 
a exemplo da aprendizagem dos alunos, o abandono escolar, 
a aprovação, buscando sugerir intervenções e/ou medidas 
socioeducativas na busca pela qualidade da educação nas escolas.
O processo de democratização da gestão permite que 
os membros do Conselho Escolar, que devem estar presentes 
juntos na Construção do Projeto Político Pedagógico, para tanto 
é preciso que os mesmos, discutam em relação ao conteúdo 
curricular exposto, possam trocar informações, experiências, a 
fim de chegarem a soluções que possam resolver os problemas 
oriundos do contexto escolar e isso amplia nossos saberes e 
esses espaços se tornam aliados na luta para que de fato ocorra 
a democratização.
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Gestão Educacional174
Figura 5 - Construção coletiva. 
Fonte: Pixabay
Ao longo dos anos, houve um avanço signifi cativo na aceitação 
da gestão democrática, por parte de alguns gestores que estão 
compreendendo que a participação democrática ajudará na melhoria 
do processo escolar. Mas, sabe-se que ainda há muito a percorrer 
para que de fato a mesma não fi que apenas no papel. Os membros da 
comunidade escolar (pais, professores, alunos, gestores, funcionário, 
comunidade, entre outros) devem ter consciência da importância de 
sua participação nesse processo, para que de fato a gestão democrática 
não fi que apenas no papel, mas, que vá para a prática.
IMPORTANTE
Não podemos esquecer que a teoria e a prática devem andar 
de mãos dadas, pois os termos conhecimento da teoria podem 
refl etir no que foi melhor para que busquemos evitar os erros do 
passado, ou seja, a escola deve fornecer conhecimentos e buscar 
o apoio e a participação ativa da comunidade escolar, através de 
uma ação política, e isso só ocorre se tivermos conhecimento, 
e competência técnica ligada ao compromisso político da 
transformação da sociedade.
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Gestão Educacional 175
Na construção do Projeto Político Pedagógico é preciso que 
tenhamos como uma das principais medidas e democratização, 
que deve ocorrer dentro do espaço da sala de aula, deve se tornar 
ativo, crítico e refl exivo. Esse alunos deve ter consciência que 
é um cidadão, com direitos e deveres. O mesmo, precisa estar 
consciente que pode emitir suas opiniões e propor soluções.
Figura 6 - Participação de todos da escola.
Fonte: Pixabay
Chegando até aqui é preciso compreender que ainda há 
um distanciamento na gestão democrática em relação à teoria e 
prática. Nesse contexto, o Conselho Escolar surge para conhecer 
a realidade da escola e trabalhar em prol de melhorias de 
qualidade no processo ensino e aprendizagem. 
A escola democrática proporciona aos seus representantes 
um momento de fundamental importância, no sentido de facilitar 
para que haja reuniões em um ambiente favorável e propício ao 
diálogo, troca de conhecimentos, da escuta do outro, de respeitar 
a opinião da maioria, da refl exão, avaliação e reconstrução do 
Projeto Político Pedagógico.
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Gestão Educacional176
Schneckenenberg (2009, p. 118) afirma que “[...] o gestor 
escolar se torna porta voz de propostas, de intenções que nem 
sempre se concretizam, já que a transformação da realidade 
depende da reflexão crítica do trabalho coletivo para fins 
específicos [...]”
A escola, na construção do Projeto Político Pedagógico, 
deve lutar para que haja a participação de todos os representantes 
nas reuniões com finalidade de Construção ou reconstrução dos 
mesmos, envolvidos nesse processo. Algo que acaba fortalecendo 
a autonomia e a identidade escolar A autonomia de trabalhar 
dessa forma, só é garantida de fato, se as escolas trabalharem 
com a consciência da importância do trabalho coletivo na busca 
de soluções para as problemáticas oriundas do cotidiano escolar.
Dourado (2001, p.67) explica que “A autonomia da escola 
se amplia com ações de incentivo à participação e, também, 
com a criação de mecanismos de construção coletiva do projeto 
pedagógico.” 
Dessa forma, o autor acima, explica que a reflexão coletiva 
tem a intenção de no coletivo propor ações que façam parte da 
identidade da escola, propondo novos conteúdos, objetivos, 
avaliação, aos quais devem estar de acordo com a realidade do 
contexto escolar. 
Dourado (2001, p.67) ainda adverte que ter autonomia 
implica conhecer diferentes pontos de vista dos seus 
representados e argumentar a respeito de ideias e decisões, para 
só assim colocar em prática uma proposta educativa que seja 
fruto da vontade das comunidades escolar e local.
Dentro desse processo, o gestor, na gestão democrática 
tem papel importante, o de mediar, observar e direcionar as 
aspirações das pessoas envolvidas nesse processo. A troca de 
experiências, opiniões, reflexões e divisão de responsabilidades 
através da participação ativa na gestão democrática contribuem 
na busca de uma educação de qualidade.
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Gestão Educacional 177
.
SAIBA MAIS
Quer se aprofundar neste tema? Recomendamos o acesso à 
seguinte fonte de consulta e aprofundamento: OLIVEIRA, 
Emmanuele. Artigo: “Projeto Político Pedagógico”. Acessível 
pelo link: https://bit.ly/2ZxIBFn
E então? Gostou do que lhe mostramos? Aprendeu mesmo 
tudinho? Agora, só para termos certeza de que você realmente 
entendeu o tema de estudo deste capítulo, vamos resumir tudo 
o que vimos. Você deve ter aprendido que o Projeto Político 
Pedagógico (PPP) é um documento que contém a identidade da 
escola. Após ser construído dentro da escola com os membros da 
escola serve para termos conhecimento em relação à realidade 
do cotidiano escolar. No PPP da escola, temos a participação do 
Conselho Escolar, que é encarregado de realizar procedimentos 
avaliativos e vir a acompanhar o PPP no contexto escolar. Assim, 
em meio a responsabilidades, merece destaque as relações 
pedagógicas, que além de respeitar o conhecimento do professor 
deve valorizar a cultura histórica da comunidade e da escola. O 
Conselho Escolar tem a finalidade de aprovar o plano anual da 
escola, o qual é elaborado pela direção escolar ligado à parte dos 
recursos financeiros.
RESUMINDO
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Gestão Educacional178
O projeto Político Pedagógico da escola 
na perspectiva de uma Educação para a 
Cidadania
Figura 7 - Gestão democrática e cidadania.
 
Fonte: Pixabay
OBJETIVO
Ao término deste capítulo você será capaz de perceber o processo 
de cidadania que acontece no interior da gestão democrática. 
Isto será fundamental para o exercício de sua profi ssão. A 
gestão deve garantir que na sua escola aconteça a democracia, 
na hora de tomar decisões, promovendo discussões, garantindo 
a participação de todos, escutando possibilidades de sugestões, 
resolvendo confl itos através do diálogo. A escola deve saber que 
tipo de cidadão quer formar, preparando assim os seus alunos 
para a vida, exercendo a sua cidadania. E então? Motivado para 
desenvolver esta competência? Então vamos lá. Avante!
 
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Gestão Educacional 179
A elaboração de um Projeto Político Pedagógico para uma 
escola existe na perspectiva de ter uma sistematização do trabalho 
pedagógico da escola de uma maneira geral. A construção deste 
documento surge a partir da determinação de sua elaboração 
na Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional N. 9394/96 
e serve para tornar o espaço interno da escola, por meio de 
um planejamento que engloba toda a escola, para que toda a 
comunidade interna e externa realizem suas atividades de modo 
dinâmico e participativo.
É exatamente, na elaboração deste documento global, 
que estará registrado a história da escola desde a sua fundação 
(principais acontecimentos) até a atualidade, como também ali 
se encontra o currículo da escola, o planejamento, as formas de 
avaliações, como deverá acontecer o funcionamento da escola, 
profissionais, cômodos da escola (estrutura física) e materiais 
duráveis, haverá o quadro de funcionários e no e professores o 
detalhamento da formação acadêmica dos mesmos e assim por 
diante. Não posso deixar de lembrar que é neste documento que 
também se encontra os princípios educacionais da escola, é lá 
que está registrado como é compreendida a educação e que tipo 
de cidadão quer formar para atuar futuramente na sociedade. 
Por isso, para a sua elaboração precisamos contar com a gestão, 
professores, especialistas... Enfim, representantes da comunidade 
interna e externa à escola.
Sobre essas questões, Libâneo adverte que é preciso ficar 
atento, pois se a gestão é democrática e está garantida por lei, não 
podemos fazer uma opção neste documento sobre a concepção 
funcionalista, conforme vamos ver a seguir: 
As concepções de gestão escolar refletem, 
portanto, posições políticas e concepções de 
homem e sociedade. O modo como uma escola se 
organiza e se estrutura tem um caráter pedagógico, 
ou seja, depende de objetivos mais amplos sobre 
a relação da escola com a conservação ou a 
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Gestão Educacional180
transformação social. A concepção funcionalista, 
por exemplo, valoriza o poder e a autoridade, 
exercidas unilateralmente. Enfatizando relações 
de subordinação, determinações rígidas de 
funções, hipervalorizando a racionalização do 
trabalho, tende a retirar ou, ao menos, diminuir 
nas pessoas a faculdade de pensar e decidir sobre 
seu trabalho. Com isso, o grau de envolvimento 
profissional fica enfraquecido. (LIBANEO,2016, 
p.3 - 4)
Deste modo, este autor ainda recomenda que deve haver 
a forma coletiva de gestão, com decisões tomadas em coletivo e 
discutidas com público. Após essas tomadas de decisões a equipe 
escolar deve assumir a sua parte no trabalho, com coordenação e 
avaliação sistemática das decisões tomadas em coletivo. 
 � Definição explícita de objetos sócio-políticos 
e pedagógicos da escola, pela equipe escolar. 
Articulação entre a atividade de direção e a 
iniciativa e participação das pessoas da escola e 
das que se relacionam com ela.
 � A gestão é participativa, mas espera-se, 
também, a gestão da participação.
 � Qualificação e competência profissional.
 � Busca de objetividade no trato das questões 
da organização e gestão, mediante coleta de 
informações reais.
 � Acompanhamento e avaliação sistemáticos 
com finalidade pedagógica: diagnóstico, 
acompanhamento dos trabalhos, reorientação dos 
rumos e ações, tomada de decisões.
 � Todos dirigem e são dirigidos, todos avaliam e 
são avaliados. (LIBÂNEO, 2016, p. 3)
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Gestão Educacional 181
Reforço que este projeto deve estar atento para atender 
as diferentes presenças que se encontram nas escolas e que 
isso não é tarefa fácil, haja vista em que, os pensamentos não 
são e nem deve ser homogêneos e dentro da heterogeneidade 
de pensamentos deve-se haver reuniões, nas quais deve haver 
o debate sobre problemas, necessidades e possibilidades de 
melhorias para a escola, na qual após serem problematizados. 
Não espere que tudo seja acordado com todos balançando 
a cabeça e dando um sim sem questionar as discussões 
problematizadas, é justamente ai que Luck (1998) nos explica 
que nasce o conflito e o grupo só cresce se for maduro para 
ouvir e esgotar as possibilidades de ideias propostas com sim e 
também com não. 
A seguir segue as especificidades da participação para a 
construção de um Projeto Político Pedagógico:
Figura 8 – Projeto Político Pedagógico
Fonte: Elaborada pela Autora
O mais importante, nas reuniões com finalidade de 
construção do Projeto Político Pedagógico é que haja o diálogo 
e cada profissional saia da reunião entendendo porque a sua 
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Gestão Educacional182
proposta ganhou um sim, ou um não. Por que estou explicando 
isso? 
Para evitar que se crie um clima de só aceitou isso porque 
foi esse ou aquele profissional quem sugeriu e não eu e a 
vitimização de que eu só recebo não. Isso pode alimentar a ideia 
de não participação e essa tecla do diálogo, foi a mais digitada 
para a construção deste livro. Tudo isso deve estar claro que vai 
acontecer em prol de, cadavez mais, os profissionais das escolas 
alinharem seus discursos e suas práticas em prol da qualidade do 
ensino das escolas públicas. 
Neste momento, você pode estar aí do outro lado da 
telinha, se perguntando por que é que a prefeitura ou o estado 
não manda este documento pronto e acaba de uma vez por todas 
essas necessidades de reuniões, elaboração de documento e 
possibilidades de conflitos nas discussões com os profissionais 
das escolas?
É por entender que a legislação da educação existe, mas 
apesar dessa existência, temos um Brasil muito grande e cada 
escola em seu funcionamento interno possui particularidades e 
necessidades de que precisam ser resolvidas e com a construção 
deste documento, entende-se que ele dá autonomia à escola para 
resolver as coisas mais urgentes em parceria com a Secretaria de 
Educação do seu Estado ou Município. 
Explico isso, porque o Projeto Político Pedagógico deve 
ser escrito de forma responsável, de forma a ter posicionamento 
de possíveis soluções, em prol da qualidade do ensino, mas estas, 
devem obrigatoriamente estar conforme a legislação brasileira. 
Nada, que está escrito nele poderá acontecer de forma 
ilegal, só porque foi sugestão dos profissionais, por isso há a 
necessidade de não resolver tudo que vai para o documento em 
uma única reunião, e sim, antes deve haver muitas discussões até 
bater o martelo, no que pode e não pode acontecer no interior da 
escola. Você já imaginou se cada decisão em particular, de cada 
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escola brasileira, ter que ser escrita e enfrentar a burocracia de 
mandar para o Ministério da Educação e voltar à decisão em forma 
de lei? Não daria tempo de resolver todas as particularidades de 
nosso país, como já foi justificado aqui, que é enorme. 
Figura 9 - A diversidade nas particularidades das escolas brasileiras.
Fonte: Pixabay 
Todos devem ser pensados de forma que sejam 
beneficiados com o projeto, já que se espera a qualidade no ensino 
aprendizagem, que é o objetivo fundamental das instituições de 
ensino. A escola deve possuir autonomia para suas deliberações, 
observando as normas vigentes, as esferas superiores, porém, 
sempre buscando inovar para que se efetive a qualidade do 
ensino.
Um bom Projeto Político Pedagógico deve acontecer com 
representantes de toda a comunidade interna e externa à escola. 
É importante que tudo que for acontecer nestas reuniões sejam 
propostos e decididos de forma democrática, pois se trata de 
decisões importantes que vai buscar formar cidadãos críticos e 
atuantes em nossa sociedade. Também são decisões que busca a 
qualidade da educação da escola pública. 
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Gestão Educacional184
É por isso que essa reunião não dá para acontecer de 
qualquer forma e em uma única reunião e sim várias e não se 
encerra na finalização da constituição do documento. 
A partir da finalização deste documento a escola deve 
divulgar o documento com todos que fazem parte da escola e 
começar a colocar o que foi escrito no papel em prática. 
Neste momento, você pode estar se perguntando: As 
reuniões não param a partir da materialização das ideias escritas 
no papel e na execução?
Não, pois reuniões periódicas devem ser marcadas para 
avaliação do mesmo, com a finalidade discutir se o que foi 
planejado como possíveis soluções para atingir a qualidade 
da escola. Estas reuniões tem o papel de verificar se o que foi 
proposto está sendo feito, se está como vai indo o andamento, se 
não estiver tentar entender porque ainda não foram colocadas em 
prática e quem sabe até redimensionar ou redirecionar a equipe 
escolar em prol de cumprir metas que foram propostas a curto, 
médio e longo prazo. 
A Gestão Escolar Democrática e o Projeto 
Político Pedagógico na perspectiva de uma 
educação para a cidadania
Na gestão democrática, é um fator primordial para que 
ela seja de fato democrática é que o gestor conquiste a sua 
equipe escolar, para que venha para dentro do projeto maior 
da escola que é o educativo. Para tanto, foi preciso para acabar 
com aquela versão histórica hierárquica de autoritarismo e de 
os funcionários trabalharem sob pressão, temos garantido pela 
Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional N. 9394/96 
o direito da Gestão Democrática e um de seus sustentáculos 
principal é o Projeto Político Pedagógico. Por isso, deve haver 
uma boa articulação entre a gestão e colocar em prática o que foi 
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Gestão Educacional 185
decidido para acontecer globalmente na escola pública, de forma 
particularidade, através do PPP. 
Conforme já foi descrito nos capítulos anteriores, o PPP 
é o documento ao qual está escrito a identidade da escola, ele 
dá vida ao que deve acontecer no interior das escolas públicas, 
apontando caminhos para remar rumo à educação de qualidade.
Oliveira (2006) defende que o estabelecimento do 
entendimento do conceito de gestão como administração 
e organização da escola, e junto ao entendimento de PPP 
organizado também de forma democrática esses dois devem 
caminhar na escola de forma entrelaçadas e reconhecer a sua 
complexidade. Assim, o planejamento global da escola, que se 
materializa neste documento, deve ser subsidiado pela realidade 
escolar. 
Insisto a gestão deve fazer um trabalho de conquista e 
comprometimento de toda a sua comunidade escola e esse 
vínculo tem que começar com o gestor. 
CURIOSIDADE
É por meio do Projeto Político Pedagógico se decide, o modelo 
de cidadão que essa escola quer formar. Sobre esta questão 
Pimenta (1991, p.79) acrescenta que o que este documento é 
o que resulta da construção coletiva dos atores da educação 
escolar. “Ele é a tradução que a escola faz de suas finalidades, a 
partir das necessidades que lhe estão colocadas, com o pessoal 
- professores/alunos/equipe pedagógica/pais - e com os recursos 
de que dispõe.
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Gestão Educacional186
 Você aí, pode estar se perguntando o porquê desta 
insistência? 
Porque conquistar uma equipe para trabalhar de forma 
democrática e com comprometimento ao que foi definido pela 
escola, requer primeiro compromisso do gestor. Como vou me 
comprometer com algo, como parte da equipe, se não enxergo 
esse comprometimento junto aos meus gestores. O gestor para 
realizar esse trabalho, é com que tenha o perfil de liderança, que 
traga a equipe para junto dele, todos unidos em prol do projeto 
educativo da escola. 
A partir deste entendimento, Libâneo (2016) cita como 
princípios da organização escolar, que visa buscar a participação, 
são: 
 �A autonomia das escolas e da comunidade educativa;
 �Relação orgânica entre a direção e a participação dos 
membros escolares;
 �Envolvimento da comunidade escolar;
 � Planejamento de tarefas;
 � Formação continuada para o desenvolvimento pessoal 
e profissional dos integrantes da comunidade escolar; 
 �Utilização de informações concretas e análise de cada 
problema em seus múltiplos aspectos, com ampla democratização 
das informações;
 �Avaliação compartilhada;
 �Relações humanas produtivas criativas assentadas na 
busca por objetivos comuns. 
O autor ainda detalha: “Autonomia aqui é definida com 
a faculdade de pessoas se autogovernarem-se, de decidir o seu 
próprio destino”. Frente a esta responsabilidade de cada um e 
a gestão da escola, a gestão democrática não pode ficarrestrita 
ao discurso da participação, as eleições, as assembleias e as 
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reuniões e Libâneo ainda ressalta: “[...] a organização escolar 
democrática implica não só a participação na gestão, mas a 
gestão da participação”. (LIBÂNEO, 2015, p.118)
Sobre estes princípios é interessante destacar que o 
primeiro “[...] conjuga o exercício responsável e compartilhado 
da direção, a forma participativa da gestão e a responsabilidade 
individual de cada um.” (LIBÂNEO, 2015, p.119). Devo chamar 
atenção também para ter cuidado nas manipulações de desejos, 
de interesses e que se deve zelar para que esse grupo não se torne 
um jogo de interesses e vire massa de manobra para atender os 
interesses de poucos. 
Enfim, é preciso que a gestão também realize uma boa 
gestão, se organizando para se comprometer com toda equipe 
escolar e não com alguns deles. Deve envolver nas discussões 
as ideias e propostas sugeridas, de todos e que não se esqueça 
da maior finalidade da escola que é a sua finalidade educativa, o 
lado pedagógico também merece atenção da gestão.
SAIBA MAIS
Quer se aprofundar neste tema? Recomendamos o acesso à 
seguinte fonte de consulta e aprofundamento: BRUINI, Eliane 
da Costa. Artigo: “PPP, Escola e Cidadania” acessível pelo link 
https://bit.ly/2X0Yfaz
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Gestão Educacional188
RESUMINDO
E então? Gostou do que lhe mostramos? Aprendeu mesmo 
tudinho? Agora, só para termos certeza de que você realmente 
entendeu o tema de estudo deste capítulo, vamos resumir tudo o 
que vimos. Você deve ter aprendido que a gestão democrática e 
o Projeto Político Pedagógico na perspectiva de uma educação 
para a cidadania visa que através de sua construção, o Projeto 
Político Pedagógico, dentro do contexto escolar, na gestão 
democrática deve ter um gestor que tenha responsabilidade, 
liderança, que saiba trazer as pessoas que fazem parte do 
contexto escolar a participarem ativamente de sua construção, 
saibam ouvir, opinar, dialogar e juntos cheguem a uma conclusão 
sobre determinados temas em busca de soluções que abranjam 
melhorias na qualidade do ensino. A construção do Projeto 
Político Pedagógico surgiu a partir da LDB - Lei de Diretrizes 
e Bases da Educação Nacional N. 9394/96 com o intuito de que 
todos os membros da comunidade escolar atuem ativamente em 
suas atividades de forma dinâmica e participativa. Sendo assim, 
é de suma importância que haja uma boa articulação entre a 
gestão para que possam colocar em prática o que foi decidido 
para ocorrer globalmente na escola pública, especificamente, 
por intermédio do Projeto Político Pedagógico.
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Gestão Educacional 189
A Gestão da Escola básica e o princípio da 
autonomia Administrativa, Financeira e 
Pedagógica
Figura 10 - Gestão democrática: participação e diálogo
Fonte: Pixabay
Estamos chegando à fi nalização do nosso livro, e aqui 
foi discorrido por diversas vezes a questão da importância de 
práticas autônomas na escola pública. De preocupações de 
a escola poder andar com suas próprias pernas, entender seus 
fundamentos, de emancipar-se. Qual será o tipo de aluno que a 
escola pretende formar e assim por diante. Trabalho colaborativo, 
participação, envolvimento de comunidade interna e externa 
OBJETIVO
Ao término deste capítulo você será capaz de compreender como 
é a gestão na educação básica que deve garantir o princípio da 
autonomia administrativa, fi nanceira e pedagógica. Isto será 
fundamental para o exercício de sua profi ssão. A gestão deve 
garantir que o Projeto Político Pedagógico seja construído de 
forma democrática, seja fi scalizado pelo Conselho de Escola e 
colocar em prática os princípios da autonomia administrativa, 
fi nanceira e pedagógica. E então? Motivado para desenvolver 
esta competência? Então vamos lá. Avante!
Fonte: Pixabay
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Gestão Educacional190
à escola. Práticas estas garantidas por Lei. Enfim, vamos aqui 
detalhar essa autonomia. 
Também foi visto que para garantir essa autonomia 
da escola é preciso que haja a construção coletiva do Projeto 
Político Pedagógico nas escolas públicas, com questões bem 
particularizadas de cada unidade escolar brasileira. 
O uso do termo gestão democrática é algo real, e acontece 
com o intuito de se contrapor a concepção centralizadora e 
burocrática de administração, que por muito tempo perdurou em 
nossa sociedade brasileira. Por isso, é entendida como dinâmica, 
mobilizadora, que faz articulações na escola como intuito de 
buscar a cooperação e participação de todos que fazem parte da 
escola. Sobre a questão da gestão educacional, Ferreira explica 
que: 
[...] a gestão da educação, enquanto tomada de 
decisão, organização, direção e participação, 
não se reduz e circunscreve na responsabilidade 
de construção do projeto político-pedagógico. 
A gestão da educação acontece e se desenvolve 
em todos os âmbitos da escola, inclusive e 
especialmente na sala de aula, onde se objetiva 
o projeto 8 político-pedagógico não só como 
desenvolvimento do planejado, mas como fonte 
privilegiada de novos subsídios para novas 
tomadas de decisões e para o estabelecimento de 
novas políticas [...](FERREIRA, 2003. p.16)
Deste modo, é perceptível que a gestão deve se fazer 
presente dentro dos muros da escola de forma democrática. 
Nisto não tem funcionários maior ou menor, deve existir o gestor 
que é o líder, e vai atuar junto aos especialistas, professores, 
conselheiros, funcionários de modo em geral, alunos, pais de 
alunos e assim por diante. Todo contribuído conforme suas 
competências. 
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Gestão Educacional 191
Vale salientar aqui, que o professor também é um gestor 
pedagógico, pois media a aprendizagem entre os conhecimentos 
que se encontram as propostas pedagógicas curriculares e a 
realidade encontrada em relação aos seus alunos.
Na sala de aula, o professor como gestor de sua turma, 
deve trabalhar em prol da democratização do conhecimento, 
socializando com todos, tendo claro seus objetivos, os critérios 
avaliativos, com respeito aos combinados para acontecer de fato 
na escola e regulamentos registrados no Regimento da escola. 
Tudo isso deve acontecer na busca do professor se preocupar em 
melhor gerenciar processo ensino-aprendizagem. 
Sobre a gestão democrática Veiga explica que:
Gestão democrática é um princípio consagrado 
pela Constituição vigente e abrange as dimensões 
pedagógica, administrativa e financeira. Ela exige 
uma ruptura histórica na prática administrativa 
da escola, com o enfrentamento das questões de 
exclusão e reprovação e da não-permanência do 
aluno na sala de aula, o que vem provocando 
a marginalização das classes populares. Esse 
compromisso implica a construção coletiva de um 
projeto político-pedagógico ligado à educação das 
classes populares. A construção do projeto político 
pedagógico parte dos princípios de igualdade, 
qualidade, liberdade, gestão democrática e 
valorização do magistério. (VEIGA,1995, p.17)
Pensando na questão da gestão democrática, na construção 
do Projeto Político Pedagógico e nas questões de garantir a todos 
que fazem parte da escola, princípios de igualdade,qualidade, 
liberdade, gestão democrática e valorização do magistério, 
Bastos ainda complementa: 
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A gestão democrática da escola pública deve ser 
incluída no rol de práticas sociais que podem 
contribuir para a consciência democrática e 
a participação popular no interior da escola. 
Esta consciência, esta participação, é preciso 
reconhecer, não tem a virtualidade de transformar 
a escola numa escola de qualidade, mas têm o 
mérito de implantar uma nova cultura na escola: a 
politização, o debate, a liberdade de se organizar, 
em síntese, as condições essenciais para os sujeitos 
e os coletivos se organizarem pela efetividade do 
direito fundamental: acesso e permanência dos 
filhos das classes populares na escola pública. 
(BASTOS,2001, p. 22-23)
Após entender que, para tudo isso acontecer é preciso criar 
uma cultura de politização dos que fazem parte da escola, em 
saber aonde querem chegar, podemos observar que o Projeto 
Político-Pedagógico está associado a um documento que legitima 
a gestão democrática, e tem como foco busca pela melhoria da 
qualidade da educação.
Figura 11 - Diálogo com comunidade interna e externa à escola.
Fonte: Pixabay
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Gestão Educacional 193
Deste modo, entendo que essa autonomia, veio para dentro 
dos muros escolares, com a ideia de descentralizar certo poder 
que por muito tempo fi cou centralizado nas mãos de poucas 
pessoas, que decidia muito pela escola de forma hierarquizada. 
A partir da década de 1980 as coisas começam a mudar no Brasil 
e junto com essas mudanças vem a democracia, que também é 
regulamentada para acontecer dentro das escolas. É aí, que entra 
a participação, a colaboração, poder sugerir, discutir e chegar 
a conclusões para possíveis tomadas de decisões. O principal 
foco discutido o tempo todo em relação a estas mudanças é a 
autonomia, que o tempo todo visa trilhar por caminhos que atinja 
a qualidade, com equidade que tente dar conta da diversidade. 
Deste modo, podemos dividir a autonomia em 4 dimensões:
Administrativa 
Figura 12 - O líder é o gestor.
Fonte: Pixabay 
Esta dimensão visa tomar decisões por meio da elaboração 
de planos, programas e projetos. Para tanto, é preciso que 
seja elaborado por pessoas que fazem parte da escola, porque 
conhecendo essa realidade escolar, entende-se que este tem 
possibilidades de melhor acertar nas decisões tomadas para o bem 
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Gestão Educacional194
de todos que fazem parte dela. Sendo assim, é preciso organizar 
um grupo com esta fi nalidade. Neste caso, é o Conselho Escolar, 
já discutido em capítulos anteriores. Conforme, já explicado e 
reviso um pouquinho para vocês, o Conselho Escolar é um órgão 
colegiado. 
Para fazer parte, é preciso que haja candidatura de pessoas 
que se disponibilize a representar a categoria, da qual faz parte 
na escola. Feita a eleição, tem a função que cada um deve 
desempenhar neste conselho e acontecem reuniões periódicas, 
lideradas pelo presidente do conselho, que devem ser públicas. 
Aquele da comunidade interna ou externa que desejar participar 
pode frequentar ter momentos de fala nos debates sobre 
questões da pauta do dia, mas quem tem direito ao voto, são cada 
representante, eleito para representar cada categoria. 
O Conselho Escolar também tem a função fi scalizadora de 
ir atrás se tudo o que aconteceu e foi decidido está acontecendo 
de fato. Se está, ótimo e se, não está tentar descobrir o porquê 
e buscar caminhos de resolvê-los. Portanto, o Conselho 
escolar tem este caráter de contribuir efetivamente para que a 
comunidade escolar participe, por meio de sua representação, de 
forma democrática, nas tomadas de decisões.
Financeira
Figura 13 - Administrar recursos fi nanceiros
Fonte: Pixabay
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Gestão Educacional 195
A escola recebe recursos financeiros e esses recursos 
financeiros não podem ser gastos de qualquer forma, ele possui 
regras e finalidades. Isso quer dizer que eu não posso pegar um 
recurso financeiro que foi destinado para uma determinada coisa 
e colocar em prática para comprar outros gêneros que não foram 
destinados à verba. 
Também, não se trata do simples fato de destinar o dinheiro 
para comprar o que ela foi destinada precisa que sejam exigidas 
quais são as necessidades nestas área, para ter o cuidado de não 
comprar o que não está precisando e faltar outras, por isso é 
preciso discutir em grupo e planejar esta compra. Ainda precisa-
se analisar se tudo o que a escola precisa, o dinheiro que chegou 
vai dar e se não der promover uma discussão também em cima 
de quais então seriam as prioridades para este gasto. Preciso 
salientar que também, não é só comprar o que precisa de fato ser 
comprado, é preciso que seja emitido uma nota fiscal e cumprir 
pré-requisitos que vem recomendados quando o dinheiro chega 
na conta da escola. 
Feito isso, chega o momento da prestação de contas e neste 
momento se faltar algum desses pré-requisitos, a sua prestação 
de contas é rejeitada para que se resolva o que faltou ser feito, 
e enquanto a escola não resolver e finalizar esta prestação de 
contas, não se faz o envio de outra verba para a escola. Desse 
modo, conforme o Programa Nacional de Fortalecimento dos 
Conselhos Escolares, os sistemas de legislação e normas de 
ensino no Brasil, conferem aos conselhos escolares as seguintes 
competências: deliberativas, consultivas, fiscais e mobilizadoras, 
com as seguintes funções. 
a. Deliberativas: quando decidem sobre o projeto 
político-pedagógico e outros assuntos da escola, 
aprovam encaminhamentos de problemas, 
garantem a elaboração de normas internas e o 
cumprimento das normas dos sistemas de ensino 
e decidem sobre a organização e o funcionamento 
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geral das escolas, propondo à direção as ações 
a serem desenvolvidas. Elaboram normas 
internas da escola sobre questões referentes ao 
seu funcionamento nos aspectos pedagógico, 
administrativo e financeiro. 
b. Consultivas: quando têm um caráter de 
assessoramento, analisando as questões 
encaminhadas pelos diversos segmentos da 
escola e apresentando sugestões ou soluções, que 
poderão ou não ser acatadas pelas direções das 
unidades escolares. 
c. Fiscais (acompanhamento e avaliação): quando 
acompanham a execução das ações pedagógicas, 
administrativas e financeiras, avaliando e 
garantindo o cumprimento das normas das escolas 
e a qualidade social do cotidiano escolar. 
d. Mobilizadoras: quando promovem a 
participação, de forma integrada, dos segmentos 
representativos da escola e da comunidade local 
em diversas atividades, contribuindo assim para 
a efetivação da democracia participativa e para 
a melhoria da qualidade social da educação. 
(FONTE: BRASIL, 2004, p. 41)
Desse modo, fica visível que a escola tem que adequar 
os recursos financeiros no caminho para efetivar seus planos e 
projetos. 
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Jurídica 
Figura 14 - Fiquem atentos a legislaçãobrasileira e legislação da educação.
Fonte: Pixabay
Cada unidade escolar pode e deve elaborar suas normas 
escolares, respeitando o que rege a legislação de ensino, tais 
como: transferências, disciplina, avaliações, admissão de 
professores, entre outros. 
Essas normas de funcionamento fazem parte de um regime 
interno, elaborado com a colaboração dos representantes de 
cada segmento da escola. Não estou me reportando aqui sobre o 
regimento que pertence a todas as instituições escolares.
Pedagógica 
Figura 15: O professor é o gestor da sua sala de aula.
Fonte: Pixabay
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Gestão Educacional198
As questões pedagógicas devem estar definidas de forma 
bem clara no Projeto Político Pedagógico, não esquecendo a 
condição necessária ao ensino e a pesquisa. Nesse sentido, temos 
a identidade e função social da escola. Também é nesta parte, em 
que a escola decide as atividades pedagógicas curriculares.
Deste modo, quando falamos em autonomia, deve-se 
lembrar de que deve acontecer como uma forma de inserir 
a comunidade nos processos decisórios da escola. Tendo a 
gestão como democrática, isso passa a ser uma prática diária, 
comum a todos, assumindo assim uma postura de participação e 
emancipação. A autonomia deve acontecer na escola no sentido de 
buscar formas eficazes de trilhar sempre o caminho do ensino de 
ensino de qualidade. Por isso, exige muito diálogo, participação, 
debates, conflitos e resolução de conflitos, amadurecimento 
da equipe escolar, em prol de buscar as melhores decisões que 
visem o desenvolvimento da aprendizagem dos alunos. Por isso, 
se avalia os seus custos e benefícios políticos, ajustando sempre 
aos interesses da escola. 
SAIBA MAIS
Quer se aprofundar neste tema? Recomendamos o acesso à 
seguinte fonte de consulta e aprofundamento: SILVA, Gilvanildo 
da; SANTOS, Inalda Maria dos. Artigo: “A autonomia na gestão 
escolar: um olhar sobre a realidade da escola pública em Maceió” 
disponível no link: https://bit.ly/3c3Ay5Q
eBook Completo para Impressao - Gestão Educacional - Aberto.indd 198eBook Completo para Impressao - Gestão Educacional - Aberto.indd 198 23/08/2021 11:58:3723/08/2021 11:58:37
Gestão Educacional 199
RESUMINDO
E então? Gostou do que lhe mostramos? Aprendeu mesmo 
tudinho? Agora, só para termos certeza de que você realmente 
entendeu o tema de estudo deste capítulo, vamos resumir tudo 
o que vimos. Você deve ter aprendido o texto a gestão da escola 
pública e o princípio da autonomia administrativa, financeira e 
pedagógica nos fez compreender que a gestão democrática surge 
com o intuito de não ser vista como uma gestão que é burocrática, 
centralizadora, rígida em relação a parte administrativa e sim 
como uma gestão que permite a participação, divisão nas tomadas 
de decisões, na construção do PPP nos assuntos que garantem 
às pessoas da comunidade escolar fazer parte da escola, em 
relação aos princípios de igualdade, qualidade, liberdade, gestão 
democrática e que vise valorizar o magistério, a mesma deve 
ser dinâmica, mobilizadora que tenha um gestor líder que vise 
buscar abertura para que a comunidade escolar interna e externa 
na troca de conhecimentos em relação a busca de soluções de 
problemas que visem a melhorar a qualidade do ensino.
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Gestão Educacional200
REFERÊNCIAS
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improdutiva: Um (re) exame das relações entre educação e 
estrutura econômico-social capitalista. 4ªed. São Paulo: Cortez, 
1993.
ALTHUSSER, L. Ideologia e aparelhos ideológicos de 
Estado. 3. ed. Lisboa: Editorial Presença/Martins Fontes, 1980.
BOURDIEU E PASSERON. A reprodução; elementos 
para uma teoria do sistema de ensino. Rio de Janeiro: Francisco 
Alves, 1982.
BRANDÃO, C. R. O que é educação. São Paulo: 
Brasiliense, 1981.
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BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria de 
Educação Básica. Conselhos escolares: uma estratégia de gestão 
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SEB, 2004.
BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria de Educação 
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Municipal de Educação – PME / Elaboração: Clodoaldo José 
de Almeida Souza. – Brasília: Secretaria de Educação Básica, 
2005. 98p.
BRASIL. Plano nacional de educação: Lei Federal n. 
13.005, de 25 de junho de 2014. 
eBook Completo para Impressao - Gestão Educacional - Aberto.indd 200eBook Completo para Impressao - Gestão Educacional - Aberto.indd 200 23/08/2021 11:58:3723/08/2021 11:58:37
Gestão Educacional 201
BRASIL. Plano Nacional de Educação-PNE. 2001. 
Disponível em: <http://portal.mec.gov.br/arquivos/pdf/pne.
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