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FACULDADE ÚNICA
CLAUDIANE CONCEIÇÃO REZENDE
A INSERÇÃO DO SERVIÇO SOCIAL NO ÂMBITO EDUCACIONAL
CONCEIÇÃO DO ARAGUIA - PARÁ
2022
FACULDADE ÚNICA
CLAUDIANE CONCEIÇÃO REZENDE
A INSERÇÃO DO SERVIÇO SOCIAL NO ÂMBITO EDUCACIONAL 
Artigo Científico apresentado à Faculdade Única, como parte das exigências para a obtenção do título de Pós-Graduado.
CONCEIÇÃO DO ARAGUAIA- PARÁ
2022
A INSERÇÃO DO SERVIÇO SOCIAL NO ÂMBITO EDUCACIONAL 
Claudiane Conceição Rezende
RESUMO
O Serviço Social desempenha na educação a inclusão, garante direitos e obrigações, cumpre as normas e regras da assistência social e beneficia a população. Os assistentes sociais são responsáveis ​​por instruir diretores, coordenadores, professores, pais e alunos a seguir e cumprir os importantes papéis sociais da escola, respeitando e compreendendo os direitos e responsabilidades de todos no ambiente educacional, trazendo as famílias para a escola, para que a escola seja mais próxima da família, passaram a trabalhar juntos para contribuir com a formação de novos cidadãos. Através desta pesquisa, será vista a importância do trabalho social e da educação juntos e sua contribuição para a sociedade, pois os assistentes sociais devem sempre trabalhar com as famílias e escolas para desenvolver a vida escolar e social dos alunos, a fim de capacitá-los para se tornarem cidadãos conhecedores de seus direitos. Uma vez que é fundamental que os assistentes sociais estejam sempre em parceria com a família e escola para desenvolver a vida escolar e social dos alunos.
Palavras chave: Educação 1. Inclusão 2. Escola 3. Assistente Social 4. Serviço Social 5.
	Introdução
As políticas públicas na área de Educação são ações voltadas para a educação básica e são importantes e necessárias para o nosso contexto contemporâneo, pois, segundo Lessa (2013), “a educação influencia e é influenciada pela produção e reprodução das relações sociais, sendo objetivada nas vidas humanas”; assim, na educação supõe-se o desenvolvimento do indivíduo como ser coletivo”. 
Para Martins (2012), a articulação da Política de Educação e do assistente social é essencial especialmente no que tange os projetos sociais que envolvam famílias, visando efetivar uma ação conjunta que incida sobre os resultados de uma melhor qualidade de vida dessas famílias.
Ainda para Martins, (2012, p. 225) o significado político da “inserção do serviço social na política de educação está ligado à trajetória histórica da profissão [...] podendo contribuir para a necessária articulação da educação pública, de qualidade e como direito social”. Essa articulação contribui para o avanço da inserção desse profissional no cenário educacional, mas, sobretudo, da prerrogativa que abarca as prevenções do risco social, numa lógica de proteção social (Dentz, 2015).
Assim as atribuições e competência dos assistentes sociais, seja na área da educação ou em qualquer outra área sócio ocupacional, é regida pelo Código de Ética Profissional (CEP) e Regulamento Profissional 1993, nº 8.662/93 (CFESS, 2012, p. 26). Um código de ética é organizado em torno de um conjunto de princípios, deveres, direitos e proibições que orientam a conduta ética e fornecem parâmetros para a conduta cotidiana (Barroco; Terra, 2014, p. 53). Representa a dimensão ética da profissão, com seu caráter normativo e legal, delineando referências ao exercício profissional (Piana, 2009) (Piana, 2009).
Sendo assim o assistente social é um profissional que trabalha as questões sociais com diversas expressões (Piana, 2009). Sua atuação no contexto educacional pode contribuir para “a efetividade da democratização da educação, a ampliação do acesso da população às escolas públicas, a participação efetiva da comunidade escolar na área de poder decisório escolar, e a parceria entre escola e família, comunidade e sociedade, relacionamento” (Martins, 2012).
O Serviço Social, nesse contexto, tem a possibilidade de desempenhar um papel importante, pois poderá trabalhar no âmbito da garantia dos direitos e deveres da população. Ainda há de se “compreender que a trajetória da política educacional é um esforço que requer mais do que o resgate de uma história marcada por legislações e mudanças institucionais” (Campos, 2012, p. 12); 
É importante que o assistente social tenha uma concepção clara do contexto educacional vigente. Em relação à política de educação, a interpretação do Serviço Social é importante para compreender a legislação vigente e sua concretização de forma coerente como princípios e diretrizes do projeto ético político profissional nos dias atuais (Martins, 2012).
A presença dos assistentes sociais na escola ainda tem pouca representatividade quantitativa. O registro mais antigo do Serviço Social no âmbito educacional remete ao Estado do Rio Grande do Sul, quando foi implantado o Serviço de Assistência Escolar, em 25 de março de 1946, pelo Decreto nº 1394 (Amaro, 2011). Segundo Piana (2009), Pernambuco e Rio Grande do Sul foram pioneiros no debate e deram início à inserção desse profissional na escola. Nessa época esses profissionais estavam na escola com o objetivo de identificar e intervir em situações consideradas desvio, defeito, anormalidade social. Fatos históricos revelam que houve a tentativa da atuação da profissão nessa política social pública por meio de vários trabalhos isolados em municípios do Brasil, porém sem muitos avanços (Piana, 2009).
 Desenvolvimento
A história da educação tem uma clara distinção entre as esferas pública e privada.
Costa (2006) apud Piana (2009a, p. 53-54) afirmou que a política social é como "um mecanismo eficaz de democratização do acesso da população a bens e serviços, condição necessária para o progresso econômico e social".
Sabe-se que no Brasil, as Políticas Educacionais são unidas com as políticas sociais, e que são percebidas como força e resistência dos cidadãos, e que se destacam de maneira fundamental na economia e política. A política educacional é marcada elas questões sociais que representam as lutas de classes, no âmbito da educação como direito.
A educação hoje, se enxerga marcada por uma série de conflitos, que, no entanto, lhe sendo familiar no contexto escolar, se destaca atualmente de uma maneira extensa.
No campo do papel social, as políticas sociais atendem os recursos sociais por meio de serviços sociais e assistenciais, para um benefício salarial às partes carentes da sociedade. Ainda que, tal objetivo não contemplem as reais funções de reduzir as desigualdades sociais no intuito de originar mais serviços sociais à população menos beneficiada (PASTORINI, 1997 apud PIANA, 2009a, p. 35).
Devemos buscar as transformações sociais, ficando para os assistentes sociais, a responsabilidade de lutar com o Estado, para finalmente haver políticas sociais garantidas a todos, deve ser garantida a sociedade, educação sem medir a classe social. No entanto, para compreendermos as políticas sociais, devemos entender o contexto das políticas públicas.
A escola, como uma das principais instituições sociais, é desafiada continuamente em apresentar o conhecimento que é trabalhado no contexto educacional com o contexto social do aluno, ou seja, as questões sociais. No entanto é imprescindível que a escola conheça a realidade social dos alunos, encurtando a distância que a separa do âmbito familiar.
O âmbito escolar, é a instituição que se deve resgatar os valores sociais do indivíduo, e ela deve ter capacidade de orientar bem o indivíduo para a sociedade, através dela enfatizar o trabalho de inserção do grupo familiar no contexto educacional, com o objetivo de fortalecer os vínculos sociais e familiares de um modo geral.
A escola só poderá desempenhar um papel político, se ela desenvolver o senso crítico do aluno, de acordo com a realidade que ele se encontra inserido na sociedade, entendendo a realidade cultura, social e econômica do aluno e propiciar a interação familiar no processo sócio pedagógico educacional.
No entanto, introduzir o Serviço Social na educação, contribuirácom ações que transformem a educação com práticas de formação da cidadania, emancipação dos sujeitos sociais e inclusão social, com oportunidade de orientar o indivíduo que se torne consciente de empoderamento da sua própria história.
Amaro (1997) reflete que Educadores e Assistentes Sociais compartilham desafios semelhantes, e tem na escola como ponto de encontro para enfrentá-los. Tem-se a necessidade de fazer algo em torno dos problemas sociais que repercutem e implicam de forma negativa no desempenho do aluno e leva o educador pedagógico a recorrer ao Assistente Social.
É extremamente importante frisar, que a inserção do Serviço social na educação por si só não resolve conflitos existentes e nem substitui profissionais da educação. Sua participação é útil no sentido interdisciplinar, e serve para subsidiar os demais autores escolares no enfrentamento de questões sociais sobre as quais, geralmente a escola não sabe de que maneira agir e intervir.
O Serviço Social é uma profissão que trabalha no sentido educativo de revolucionar consciências, de proporcionar novas discussões, de trabalhar as relações interpessoais e grupais. Assim, a intervenção do assistente social é uma atividade veiculadora de informações, trabalhando em consciências, com a linguagem que é a relação social (MARTINELLI, 1998), que estando frente às mudanças sociais, pode desenvolver um trabalho de articulação e operacionalização, de interação de equipe, de busca de estratégias de proposição e intervenção, resgatando-se a visão de integralidade e coletividade humana e o real sentido da apreensão e participação do saber, do conhecimento. Desta forma, pode-se afirmar:
O campo educacional torna-se para o assistente social hoje não apenas um futuro campo de trabalho, mas sim um componente concreto do seu trabalho em diferentes áreas de atuação que precisa ser desvelado, visto que encerra a possibilidade de uma ampliação teórica, política, instrumental da sua própria atuação profissional e de sua vinculação às lutas sociais que expressam na esfera da cultura e do trabalho, centrais nesta passagem de milênio (ALMEIDA, 2000, p.74).
No entanto, a contribuição do Assistente Social se dá também atuando em equipes interdisciplinares, nas áreas das quais, os diferentes saberes aliados a diferentes formações profissionais possibilitam cooperação e uma visão ampla em volta das questões sociais. Então, o Assistente Social pode propor ideias efetivas e resgatar a integridade do indivíduo.
Para Amaro (1997), a interdisciplinaridade, no contexto escolar, representa estágios de superação do pensar fragmentado e disciplinar, resultando-se na ideia de complementaridade recíproca entre as áreas e seus respectivos saberes.
Entende-se que é na escola, no dia-a-dia dos alunos e familiares, que se originam as expressões das questões sociais, como fome, desemprego, problemas de saúde, habitação inadequada, trabalho-infantil, drogas, pedofilia, baixa-renda, desnutrição, extrema pobreza, abandono, violência doméstica, negligencia, problemas familiares, desigualdade e exclusão social, etc.
O que justifica a inserção do Assistente Social na educação são as demandas emergentes das questões sociais, que entra nessa área com a intenção de atender tais demandas.
Neste sentido, Yamamoto (1998) afirma: O desafio é redescobrir alternativas e possibilidades para o trabalho profissional no cenário atual; traçar horizontes para a formulação de propostas que façam frente à questão social e que sejam solidárias com o modo de vida daqueles que a vivenciam, não só como vítimas, mas como sujeitos que lutam pela preservação e conquista da sua vida, da sua humanidade. Essa discussão é parte dos rumos perseguidos pelo trabalho profissional contemporâneo (IAMAMOTO, 1998, p.75).
Segundo a autora, o Assistente Social exerce funções educativo-organizativas sobre as classes trabalhadoras. E, não poderia ser diferente, na escola, pois seu trabalho se insere sobre o modo de viver da comunidade educacional, a partir de situações vivenciadas em seu cotidiano, justamente pelo seu trabalho diretamente com ideologia.
No livro “O Serviço Social na Educação”, elaborado pelo Conselho Federal de Serviço Social, o CFESS (2001), encontram-se dados estatísticos, os quais revelam que cerca de 36 milhões de pessoas vivem nas cidades abaixo da linha de pobreza absoluta, e que o nosso país ocupa o último lugar nos relatórios da ONU, o qual enfoca a questão social. Tudo isso, consequentemente, se reflete em uma quantia de aproximadamente 60% de alunos, que em determinadas regiões do Brasil, iniciam seus estudos e não chegam a concluir a 8ª série do ensino fundamental (CFESS, 2001, p.11).
Com o intuito de incluir aqueles que se encontram em exclusão social, a escola incentiva aos alunos a participarem da sociedade em que vivem. A escola, sendo instituição social, deve estar atenta para as manifestações da exclusão social incluindo violência, discriminações, de gêneros, etnia, sexo, classe social, física e mental, reprovações, evasão escolar e etc. É nessa questão que é origina a falha escolar, pois ela deve estar atenta a realidade social do aluno.
Segundo Almeida (2000), as demandas provenientes do setor educacional, no que se refere a sua ação ou ao fazer profissional do Serviço Social, recaem em diversas situações. Tem-se assim necessidade do trabalho com crianças e adolescentes, através de projetos como o Apoio Socioeducativo em Meio Aberto (ASEMA), como prevê o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA, 1990).
Inclui-se, também neste contexto a importância na participação das famílias, por meio do desenvolvimento de ações, como trabalho de grupo e, muitas vezes, com os próprios professores da Unidade de Ensino, podendo ainda promover reuniões interdisciplinares para decisões e conhecimento a respeito de determinadas problemáticas enfrentadas pela comunidade escolar. Isso tudo, sem deixar de lado a ação junto ao campo educacional, mediada pelos programas e ações assistenciais que tem marcado o trabalho dos profissionais do Serviço Social.
 Na educação, o Assistente Social deve ser o profissional que promove o encontro da realidade social do aluno, da escola, da família e da sociedade, a qual o aluno esteja introduzido.
Entende-se, que uma das grandes vantagens que o Assistente Social pode fazer no contexto escolar é a união dos laços familiares. É interagindo através de ações com os pais, que se destaca a relação escola-aluno-família. Este profissional poderá perceber os fatores que determinam as questões sociais na área educacional, e preventivamente trabalhar na intenção de evitar que se repita novamente.
O Assistente Social na educação deverá também propor ações e não somente atentar em solucionar problema, deverá prever os problemas e se antecipar a eles, compreendendo que a política social de educação necessariamente deve garantir os direitos sociais, podendo aumentar o conceito educacional na sociedade atualmente. No entanto, a contribuição do Serviço social no âmbito educacional se dá nas seguintes atribuições:
-Melhorar a convivência entre escola, família e aluno;
-Beneficiar a abertura de canais nos processos decisórios da escola;
-Favorecer o aprendizado do processo democrático;
-Incentivar as ações coletivas;
-Efetuar pesquisas para analisar a realidade social dos alunos;
-Contribuir com a formação profissional de novos assistentes sociais, disponibilizando campo de estágio adequado às novas exigências do perfil profissional (MARTINS, 1999, p.70). 
Contudo as políticas públicas em Educação consistem em programas ou ações elaboradas em âmbito governativo que auxiliam na efetivação dos direitos previstos na Constituição Federal; um dos seus objetivos é colocar em prática medidas que garantam o acesso à Educação para todos os cidadãos para que isso ocorra e importante a inserção do assistente social na educação.
A educação é um direito social garantido pela Constituição Federal de 1988, Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDBEN) e Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA),sendo obrigação do Estado garanti-la a todos (AREQUE e SOUZA, 2009).
A escola apresenta grande importância no desenvolvimento do cidadão, de acordo com Piana (2009) a presença do Serviço Social na política educacional confere tarefas que ultrapassam o ambiente escolar, levando em conta a evasão escolar, a ausência dos pais na vida escolar dos filhos, inadequação da escola, falta de estrutura educacional que respeite a igualdade de acesso aos educandos.
Assim, Almeida (2004) afirma que.
É de fundamental importância um amplo processo de mobilização da categoria profissional em torno deste tema, não só com o intuito de transformar expectativas em adesão, mas com o de instrumentalizar os assistentes sociais quanto ao significado político desta aproximação. Entendendo que o referido processo não diz respeito apenas ao âmbito do mercado de trabalho, mas ao conhecimento necessário sobre a educação, a política educacional e as possibilidades e demandas para a atuação dos assistentes sociais. Pode compor uma importante estratégia a organização de comissões de assistentes sociais que atuam, ou tenham proximidade e interesse nesta área, junto aos Conselhos Regionais de Serviço Social, conforme já ocorre em Minas Gerais e no Rio de Janeiro (2004, p. 51).
O profissional do serviço social atua como parceiro no campo educacional, auxiliando os demais profissionais a sanar possíveis problemas com os quais a escola de maneira isolada não é capaz de solucionar. O assistente social não atua isoladamente no cenário escolar, assim como nas demais políticas este se utiliza de uma rede de serviços e programas que consubstanciam sua atuação profissional. Órgãos como o Centro de Referência da Assistência Social (CRAS) e o Centro de Referência Especializado de Assistência Social (CREAS), cuja política destina-se a esfera da assistência, assim como a política da saúde, são essenciais para que o trabalho desenvolvido pelo assistente social dentro da escola ultrapasse os muros da instituição e adentre nas casas e famílias dos usuários possibilitando a real modificação da sua vida e cotidiano.
 Nestas ações cabe ao serviço social, no âmbito educacional,
 […] desenvolver as seguintes atividades: Pesquisa de natureza socioeconômica, elaboração e execução de programas, participação em equipe multidisciplinar, articulação com instituições públicas, realização de visitas sociais, empreender e executar as demais atividades pertinentes ao serviço social, previstas pelos artigos 4º e 5º da Lei 8.662/93 (CFESS, 2001, p.13). 
A ação correspondente ao serviço social não se restringe apenas ao aluno, visto que os possíveis problemas que este enfrente em seu cotidiano escolar estão interligados com os demais fatores sociais e econômicos nos quais ele está inserido. Ou seja, o profissional deve ter uma visão amplificada do problema percebido na escola, podendo assim avaliar de forma crítica e totalitária quais os fatores que gestam tal problemática para, assim, melhor determinar os objetivos de sua intervenção profissional.
 Conclusão
Concluímos que o serviço social na educação é uma questão importante no auxílio de formação educacional. O papel do serviço social na educação é de administrar os problemas sociais enfrentados no âmbito educacional, onde muitas vezes o profissional da área possui algumas dificuldades de lidar. Podemos perceber que a presença do profissional de Serviço Social é importante, para que haja bom desempenho do indivíduo na área educacional, é indiscutível a necessidade do Assistente Social, comunidade escolar e sociedade, que é a principal responsável pelo sucesso do estudante.
Como apresentado, a presença de um especialista em serviço social é muito importante no campo educacional (que é a base de uma sociedade justa e igualitária para todos), para prevenir e/ou resolver diversos problemas sociais em conjunto com outros especialistas no trabalho interdisciplinar. 
 O trabalho social no contexto educacional e sua contribuição para a política educacional e, portanto, para a sociedade. Assim, o que foi pesquisado e apresentado sobre esse tema foi alcançado com sucesso e foram demonstrados os benefícios que esse profissional pode proporcionar no campo da educação. 
 No entanto, é inegável que a sociedade em geral reconhece a importância do assistente social nos campos da educação, educação social e cívica para a construção de uma sociedade mais justa e igualitária para todos, sem discriminação. 
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