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Trabalho Jose Fernando

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Tema: Preconceitos e Realidade cotidiana dos cantores e catadoras no Brasil.
Beatriz Blanc Nobre
Beatriz De Souza Marques
Resumo: O presente artigo tem como objetivo analisar o contexto socio histórico das pessoas que sobrevivem do lixo reciclável no Brasil, suas realidades e de como influenciam e são representantes da luta pela preservação do meio ambiente. Os catadores e catadoras, sendo em sua maioria formada por homens jovens, que se declaram negros ou pardos, frente ao impacto do processo de escravização, a qual provocou a marginalização dessa população. Relatando também o trabalho precarizado em condições insalubres e de como essa profissão não tem valorização no país.
Palavra-chave: Catadores (as), jovens negros, marginalização e precarizadas.
INTRODUÇÃO
Correlacionando o debate realizado dentro do campo universitário durante a aula de fundamentos do serviço social: o debate marxista contemporâneo na profissão, com a palestra ministrada pela assistente social Barbara Rosa e também a assistente social Maria de Fátima Picin da Silva, sobre a temática da questão ambiental. Refletindo também sobre o processo socio histórico, foi analisado que o sequestro e escravização do povo negro influenciou nas relações sociais e produtivas no sistema capitalista atual, que seguem perpetuando opressões e violências dessas pessoas, as quais tem questões de gênero, raça e etnia.
Dessa forma, a negação de direitos e falta de reparação ocasionou na marginalização dessa população que estão inseridos no trabalho subalterno, precarizado e com condições insalubres, como está explicito na realidade dos catadores. Profissão a qual não é reconhecida, estando na linha de frente no processo de sustentabilidade, reutilização e preservação do meio ambiente. 
Também o presente artigo tem o intuito de relacionar o compromisso dos (as) assistente sociais com a população catadora por meio de serviços públicos e de direitos, conscientizando a sociedade sobre a questão ambiental e as consequências geradas quando os lixos não são separados e destinado para o caminho correto. Atuando com o projeto ético politico e com o código de ética do Serviço Social, fazendo a mediação capital X trabalho.
Portanto iremos dialogar criticamente sobre o assunto, ressaltando a identidade da maioria dos catadores, destacando a insegurança alimentar, ausência de direitos básicos e de como suas histórias de vida e seu trabalho perpassam por múltiplas violências, devido ao racismo configurado pelo sistema capitalismo, o preconceito e o não reconhecimento com a profissão.
O cotidiano de pessoas que sobrevivem do lixo na indagação por direitos básicos inseridos na contradição do sistema capitalista.
Uma vez que a falta de qualificação profissional, promovem as desigualdades sociais no Brasil, pelo fato da mesma ser a “chave de entrada” para o mundo do trabalho, muitas pessoas não têm acesso a essa qualificação ficando à margem deste espaço, procurando atividades em que possam se manter na sociedade capitalista brasileira. O fato dessas mesmas pessoas não terem acesso as questões meritocráticas vivenciadas na cidade e impostas pelo sistema capitalista, é devido ao contexto histórico de sequestro e escravização do povo negro, que influenciam na condição atual dessa população, perpetuando a miséria, a analfabetização, a saúde precária e o modo de produção e vida dos catadores. 
Um dos debates construídos em sala pela assistente social Barbara, a qual também reflete em seu livro” Carolinas, catadoras de sonhos”, publicado em 2020, é a relação das condições de trabalho e vida da Carolina Maria de Jesus e das situações atuais de catadoras e catadores no Brasil, evidenciando a perpetuação da precariedade do trabalho e das violências vivenciadas. Carolina, catadora de letras, sonhos e papéis, foi uma das primeiras escritoras negras do Brasil, nascida em 14 de março de 1914 na cidade de sacramento-MG, em uma comunidade rural, filha de pais analfabetos e que aos 33 anos, desempregada e gravida, mudou-se para a favela do Canindé na zona norte de São Paulo. Na cidade trabalhava como catadora de papel registrando o seu cotidiano na favela em cadernos, construindo um diário que deu origem ao seu primeiro livro “Quarto de Despejo - Diário de uma favelada”, publicado em 1960 a qual teve sucesso em 40 países e traduzido para 16 idiomas. O livro retrata nitidamente a vivencia de Carolina Maria de Jesus, que procura sobreviver como catadora de lixo na metrópole de São Paulo, relatando a dificuldade de ser mãe solteira inserida na extrema pobreza. Em um trecho presente no dia 15 de julho de 1955, ela relata um acontecimento da sua rotina que diz:
 “Aniversário de minha filha Vera Eunice. Eu pretendia comprar um par de sapatos para ela. Mas o custo dos generos alimenticios nos impede a realização dos nossos desejos. Atualmente somos escravos do custo de vida. Eu achei um par de sapatos no lixo, lavei e remendei para ela calçar.”
Em outro trecho ela relata:
“Saí indisposta, com vontade de deitar. Mas, o pobre não repousa. Não tem o previlegio de gosar descanço. Eu estava nervosa interiormente, ia maldizendo a sorte. Catei dois sacos de papel. Depois retornei, catei uns ferros, uma latas, e lenha.”
Portanto, desde de 1948 no cotidiano de Carolina Maria de Jesus observamos que as situações de trabalho dos catadores e catadoras se perpetua até hoje, na falta de acesso à direitos básicos, inseridos no pauperismo provocado pelo sistema capitalista que exclui, marginaliza, e os violenta. 
Segundo a Lei nº 12.305, a qual prevê desde 2 de agosto de 2010, que todos os rejeitos do país devem ter uma disposição final ambientalmente adequada em quatro anos, ou seja, determinado a extinção dos lixões a céu aberto. Contudo na pratica vários estados ainda não desativaram, provocando além do risco e poluição ambiental, o trabalho insalubre e violento de pessoas que vivem do lixo. Uma notícia publicada no dia 4 de maio de 2022 pelo Jornal da Paraíba relata que no estado tem 29 cidades depositando lixo a céu aberto, regiões como Alagoa Grande, Manaíra, Pitimbu, Lastro, dentre outras, dados divulgados pelo Ministério Público (MP). 
 O documentário passado durante o debate em sala de aula, Catadores de história, filme de Tânia Quaresma, mostra a realidade sobre os lixões, usando como referência o maior lixão da américa latina, que ficava á 18km do palácio do planalto em Brasília, que contavam com 2.500 catadores, apresentando situações de miséria, insegurança alimentar, de trabalho, saúde e educação, visto que essa população se alimentavam de restos de comida do lixão, muitos também construíam suas casas com materiais que encontravam e reciclavam. Um dos perigos encontrados eram matérias vindos de hospitais, UBS, pronto socorro, como agulhas, seringas, luvas, e até mesmo sangue, inclusive uma das catadoras foi contaminada pelo material descartado, tendo que ir ao hospital receber atendimento médico, tomando injeção contra hepatite, coquetel contra HIV. Também é representado a organização e movimentação política que faziam entre os mesmos, reunindo assembleias para tratar de questões como o fechamento do lixão e aonde eles poderiam ganhar uma renda após o governo fazer o fechamento do mesmo, tendo como principal politica a união e comprometimento dentre eles. Um dos grandes parceiros dos catadores era a centcoop (central de cooperativas de matérias reciclados) uma rede criada em 2006, fazendo a comercialização conjunta com várias cooperativas para avançar na produção, com o crescimento da organização atenderam as demandas sobre identidade de gênero para representar as mulheres. O maior meta dessa população era o reconhecimento e respeito pela profissão, fazendo também a conscientização de uma coleta seletiva.
Outra analise que afirma a utilização de lixões e também evidencia as condições do trabalho infantil nesse espaço, é uma notícia publicada no dia 2 de julho de 2022 pelo Radioagência Nacional, a qual relata que” um adolescente de 14 anos foi encontrado no lixão do município deItapecuru. O jovem e outros adultos, catadores de materiais reciclados, disputavam espaço com urubus, em um ambiente insalubre e sem utilizar nenhum equipamento de proteção individual”. Desse modo foi encaminhado o caso para a rede de proteção para que possa ser realizado o acompanhamento das famílias, e serem inseridos nos programas da assistência social. 
Indo de encontro com a temática do trabalho infantil e sobre a perda da infância de muitos catadores as quais tem suas infâncias interrompidas para contribuir na renda familiar. Um relato feito em uma entrevista realizada no dia 06 de julho de 2008, utilizada no artigo “A trajetória de vida dos catadores de matérias recicláveis: uma infância marcada pela exclusão”, a catadora “P” afirma:
“Bom minha infância foi um pouco difícil com idade de 07 ano perdi meu pai. Aí ficou minha mãe viúva muito nova. Nos sofreu muito mesmo. Eu me lembro que como, logo após meu pai ter morrido eu trabalhava pra sobreviver. Com sete anos eu quebrava aquelas pedra, hoje chama concreto. Eu trabalhei muito tempo com aquilo ali, quebrando pedra, até hoje minha mão é atravessada de calo, sofremo muito”
Portanto é necessário refletirmos que a lei não se aplica na pratica, colocando jovens, famílias e pessoas que vivem do lixo em condições violentas, insalubres e de insegurança alimentar, podendo ocasionar doenças, pois muitos se alimentam por meio do lixo, e de como também o desgoverno atual de Jair Bolsonaro está contribuindo para uma política de extermínio dessa população pois não são ouvidas e reconhecidas como sujeitos políticos de direitos, permanecidas em situações de vulnerabilidade. Cabe ressaltar que os perfis dessas pessoas têm raça, gênero e classe, visto que em sua maioria o percentual de pessoas negras chega a 97,1%, destacando jovens negros, sendo alvos do sistema perverso capitalista e da configuração do mesmo. Deste modo percebemos que a hegemonia branca perpetua e atua frente a manutenção da suposta condição inferiorizada do negro. A psicanalista Neusa Soares em seu livro ‘Torna-se Negro’ publicado em 1990 menciona:
“Na ordem social escravocrata, a representação do negro como socialmente inferior correspondia a uma situação de fato. Entretanto, a desagregação desta ordem econômica e social e sua substituição pela sociedade capitalista tornou tal representação obsoleta. A espoliação social que se mantém para além da Abolição busca, então, novos elementos que lhe permitam justificar-se. E todo um dispositivo de atribuições de qualidades negativas aos negros é elaborado com o objetivo de manter o espaço de participação social do negro nos mesmos limites estreitos da antiga ordem social (SOUZA, 1990, p.20).”
Debatendo com a segurança do trabalho traz-se a reflexão marcante do catador Sergio Bispo que diz: “O catador faz mais do que Ministro do Meio Ambiente”. Essa afirmação nos faz pensar na contradição da profissão, na falta de valorização econômica e na ausência de proteção básica do trabalho, pelo fato de que o piso salarial do ministro do meio ambiente ser muito maior do que os coletores conseguem ganhar em um ano. De fato, que se essa profissão fosse reconhecida tendo um registro em carteira assinada, receberiam por periculosidade pelo risco que correm todos os dias, pela falta de equipamentos de segurança e contaminação de doenças. 
 Segundo a noticia publicada pelo Correio Braziliense, destaca que vazamento de substância desconhecida causa reação em catadores, de acordo com o Bombeiro Cidemar da Silva Neves “Um dos sacos se rompeu quando um dos catadores manuseou o material. O saco continha um pó de cor amarelada e, após esse pó se espalhar pelo local, três dessas pessoas começaram a se sentir mal. O Corpo de Bombeiros tomando conhecimento dessa situação e do mal-estar dos catadores mobilizou uma operação que envolvia uma equipe especializada em produtos perigosos. Essa equipe possui roupas e materiais específicos para localizar esses produtos", isso evidencia o descarte inadequado de lixo e falta de informação, conscientização da população.
Refletindo sobre a necessidade e importância dos catadores e catadoras para a questão ambiental, segundo dados do site observatório do terceiro setor, relata que a capital mais populosa, conhecida como grande São Paulo produz cerca de 20 mil toneladas de lixo diariamente, dados do Instituto de pesquisa econômico aplicada (IPEA) relata e descreve que os catadores e catadoras são os responsáveis por aproximadamente 90% do lixo reciclado no Brasil. Outra notícia que demonstra a relevância da reciclagem, publicada no site da defensoria pública da Bahia, no dia 07 de junho de 2022, informa que catadores e catadoras coletam mais de mil toneladas de materiais recicláveis do incêndio da rede de mercados Atacadão, localizada em Vitória da Conquista – BA, traz a fala do catador Wallace Souza Costa :
“O material coletado ajudou muitas famílias. Tem gente que trabalha o mês inteiro e não consegue fazer nem R$ 300. Nesse período trabalhando no Atacadão, teve gente que conseguiu fazer mais de um salário mínimo”
Essa ação proporcionou uma arrecadação mais expressiva para os catadores, pois na maioria das vezes, segundo o catador Wallace Souza Costa:
“Geralmente, a gente não tem lugar específico para coletar materiais recicláveis, vamos de porta em porta. Isso dificulta muito o nosso trabalho”
O debate realizado em sala também citou a cooperativa Cooperfran, que atua no município de Franca – SP, espaço cedido pela prefeitura a qual se nomeia como uma associação civil, de direito privado, de caráter socio ambientalista, frente a educação e preservação do meio ambiente, não tendo fins lucrativos. A Cooperativa é contida atualmente por quarenta cooperados, as quais efetivam a triagem, possuindo uma produção de cento e dezesseis toneladas ao mês, realizando também a comercialização dos materiais recicláveis coletados na cidade. Os perfis da cooperativa são compostos aproximadamente pela representação de 55% mulheres, sendo 45% homens, com idade entre vinte um á sessenta oito anos. Desse modo, a associação atende 40 famílias que vivem dos matérias reciclados, além de contribuírem para a preservação de áreas verdes, e sustentabilidade, pensando no futuro das próximas gerações. 
Para “encobrir” a invisibilidade dos catadores e catadoras, foi criado um projeto em 2012 chamado PIMP MY CARROÇA, um movimento o qual teria intuito de aumentar a renda, por meio da arte, sensibilização, tecnologia e participação coletiva. Assim criando um dispositivo chamado CATAKI, que informa os catadores e catadoras aonde e quando coletarem a reciclagem da população. O movimento se organiza contando com, 2.022 catadores e catadoras, 2.324 voluntários, 1.240 artistas, atuando em 50 cidades e 15 países com 25 cooperativa. Na pratica vemos que o projeto é funcional e efetivo, sendo extremamente importante para esses catadores e catadoras, para a questão ambiental e cultural. Contudo observa-se que ele não atende todas as demandas, não acabando com o fim da invisibilizarão e não impactando na renda de todos os catadores e catadoras, sendo um projeto elitizado. 
O Serviço Social atua na mediação da garantia de direitos, na contradição capital X trabalho, contra todo o tipo de desigualdades, preconceitos e violências, por uma nova ordem societária, como explicito no projeto ético politico do serviço social, onde em um trecho se esclarece “ O quarto se manifesta nas lutas e posicionamentos políticos acumulados pela categoria através de suas formas coletivas de organização política em aliança com os setores mais progressistas da sociedade brasileira.” Portanto os (as) assistentes sociais tem o compromisso de estarem na luta por garantia de políticas públicas e por direitos, juntamente com os catadores e catadoras. De acordo com Iamamoto (2015, p.141) é importante destacar a aproximação e criação de vínculos da atuação profissional com as condições de vida e de trabalho dos catadores e catadoras, criando estratégias politicas a qual relata:
“Teimamosem reconhecer a liberdade como valor ético central, o que implica desenvolver o trabalho profissional para reconhecer a autonomia, emancipação e plena expansão dos indivíduos sociais, reforçando princípios e práticas democráticas. Aquele reconhecimento desdobra-se na defesa intransigente dos direitos humanos, o que tem como contrapartida a recusa do arbítrio e de todos os tipos de autoritarismo. Intimamente relacionada, encontra-se a afirmação prático-política da democracia na várias dimensões da vida em sociedade no horizonte de aprofundamento dos princípios democráticos, como socialização da riqueza socialmente produzida, da política e da cultura. Envolve o empenho na eliminação de todas as formas de preconceito, afirmando-se o direito à participação dos grupos socialmente discriminados e o respeito às diferenças”
	Relacionando a temática de questão ambiental com o trabalho de conclusão de curso (TCC), sobre “O processo de trabalho do serviço social na ressocialização dos detentos na sociedade brasileira”, evidenciando que a ressocialização no brasil, seria o processo de retorno do condenado ao convívio social, compreendendo a retomada da sua vida pessoal após ter cumprido um período de sentença no sistema prisional. Sabemos que infelizmente a ressocialização é um dos grandes desafios da segurança pública no Brasil. 
Vários fatores contribuem para isso, mas podemos estabelecer que o índice de reincidência criminal no Brasil é muito alto, os números são extremamente divergentes, á estudo que já foram divulgados que asseguram que o índice de reincidência criminal no Brasil chegam ser em até 70%, há vários aspectos que contribuem para a dificuldade da ressocialização no brasil, como a falta de oportunidades, o preconceito, o racismo, a falta de apoio material por falta do estado, a falta de políticas públicas especificas para lidar com questões envolvendo o estudo e a profissionalização do apenado, podemos destacar a miséria, a pobreza e ampliação das desigualdades sociais, de modo que o sistema prisional brasileiro ele costuma refletir a desigualdade que os negros vivenciam na sociedade. De acordo com o filósofo Silvio de Almeida, em seu livro, “O que é racismo estrutural” parte da coletânea feminismos plurais menciona:
O racismo, de acordo com esta posição, é uma manifestação das estruturas do capitalismo, que foram forjadas pela escravidão. Isso significa dizer que a desigualdade racial é um elemento constitutivo das relações mercantis e das relações de classe, de tal sorte que a modernização da economia e ate seu desenvolvimento também podem representar momentos de adaptação dos parâmetros raciais a novas etapas da acumulação capitalista. Em suma: para se renovar, o capitalismo precisa, muitas vezes, renovar o racismo, como, por exemplo, substituir o racismo oficial e a segregação legalizada pela indiferença em face da igualdade racial sob o manto da democracia (ALMEIDA (2019, p.144).
Visto que a condição do negro após o cárcere na tentativa da ressocialização é barrada pelo racismo e preconceito, assim a maior parte das pessoas que saem do sistema prisional brasileiro vão trabalhar como catadores. Um grande exemplo desta situação é a notícia publicada no site GZH – Educação e trabalho, que relata que o Ex-detento Rodrigo Ramos, homem negro de 38 anos, encontra na reciclagem uma segunda chance, como ele afirma:
“Eu e meu irmão tivemos muita sorte de ter uma oportunidade de trabalho nesse meio da reciclagem. Não era aquilo que nós queríamos, mas foi o que nos foi oferecido e somos muito gratos por isso, porque da reciclagem surgiram grandes oportunidades para as nossas vidas e de outras pessoas.”
Posto que o presente artigo disserta a temática em aula sobre a questão ambiental com a luta dos catadores e catadoras de reciclagem, dialogando com o contexto histórico de marginalização da população negra, e sobre as condições de trabalho e vida após o cárcere. Podemos concluir que a escravização do povo negro influenciou e segue perpetuando opressões e violências frente ao racismo configurado pelo sistema capitalista, invisibilizando trabalhos subalternos as quais as identidades tem raça, gênero e classe. Ressaltando a importância da profissão dos catadores para o meio ambiente, assim como também na luta do Serviço Social junto desta população que contribui muito com a preservação, proteção do clima, áreas verdes e da sustentabilidade, pensando nas gerações futuras. Visualizando construir estratégias afim da emancipação de catadores, refletindo também a educação ambiental no processo de conscientização. Visto que também a luta desse povo é cotidiana e não para, como expressada na letra da música escrita por catadores:
“Há quem diga olé, olé, olé, olá, catador de norte a sul e de acolá, nessa marcha sem parar, caminhar é resistir, e se unir é reciclar”
	
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Sites:
· https://pimpmycarroca.com/
· https://www.facebook.com/cooperfran.franca/
· https://www.defensoria.ba.def.br/noticias/vitoria-da-conquista-catadoresas-coletam-mais-de-mil-toneladas-de-materiais-reciclaveis-do-incendio-do-atacadao/
· https://observatorio3setor.org.br/carrossel/catadores-sao-responsaveis-por-90-do-lixo-reciclado-no-brasil/
· https://www.correiobraziliense.com.br/cidades-df/2021/03/4911174-vazamento-de-substancia-desconhecida-causa-reacao-em-catadores.html
· https://www.mncr.org.br/
· https://jornaldaparaiba.com.br/politica/pleno-poder/2022/05/04/paraiba-tem-29-cidades-depositando-lixo-a-ceu-aberto-e-denuncias-contra-17-prefeitos-veja-lista
· https://www1.folha.uol.com.br/fsp/cotidian/ff17069921.htm#:~:text=No%20Brasil%2C%2046%20milh%C3%B5es%20de,sobe%20para%2049%2C8%25.
· https://agenciabrasil.ebc.com.br/radioagencia-nacional/direitos-humanos/audio/2022-06/adolescentes-sao-resgatados-trabalhando-em-lixoes-no-maranhao
· https://broseguini.bonino.com.br/ojs/index.php/CBAS/article/view/1455/1424
· https://www.cfess.org.br/arquivos/CEP_CFESS-SITE.pdf
Livro:
Quarto de despejo – Diário de uma favelada – Carolina Maria de Jesus, publicado em 1960.
Tornar-se negro – Neusa Soares, publicado em 1983.
Artigo:
· A realidade de pessoas que vivem do lixo na busca por inclusão social e qualidade de vida – Autoras - Rita Cristina de Oliveira da Silva, Flávia Rodrigues Bezerra de Lima, Daniela Maria de Santana, Fabiane Alves Regino 
· As condições de vida e trabalho dos catadores de lixo do bairro do Pedregal em Campina Grande- PB – Autores - Josimery Amaro de Melo, Jordeana Davi Pereira, Josean da Silva.
Documentário: 
Catadores de História- Tânia Quaresma

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