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Encefalomielite Equina

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DOENÇAS INFECCIOSAS 
15/02/2023 
ENCEFALOMIELITE
Causa sério comprometimento neurológico no animal, atinge meninges, medula e encéfalo, e é uma importante zoonose que pode 
causar problemas sérios em humanos. 
Encefalomielite Equina leste, oeste e Venezuela 
Vírus da família Togaviridae e gênero Alphavirus (vírus transmitido ao homem que está relacionado com encefalite, transmitido 
por insetos), é envelopado, RNA 
Envelope do Leste e Oeste é glicoproteico e do Venezuela é lipoproteico 
Cada um desses tipos são denominados grupos/complexos, dentro de cada um deles temos subtipos e dentro deles as variantes. 
Grupos→ subtipos→ variantes 
Encefalomielite equina Venezuela: temos 3 subtipos → EVV, PIX e MUC → no EVV temos variantes A, B e C 
Encefalomielite equina Oeste: temos os subtipos → Y62-33, HJ, FM, SIN e Aura 
Encefalomielite equina Leste: não formam complexos, temos 2 subtipos → norte americano e sul-americano 
Amostras virulentas associadas a altas epizootias e amostras com virulência insignificante associadas a enzootias 
Atinge os equinos independente de sexo e idade, relacionado a sazonalidade (clima quente e chuvoso). 
Transmissão: aumenta nos meses mais quentes (artrópodes) quando ocorre maior reprodução de vetores. As epizootias têm sido 
provocadas pelo lipo leste, porém, levantamentos já demonstraram a existência dos três tipos de vírus no país. Por isso nossa vacina 
é bivalente (leste e oeste). 
Vírus continua se replicando no mosquito infectado (diferentemente da anemia infecciosa equina). Mosquitos, artrópodes hemató-
fagos transmitem esse vírus. 
Em cada região do mundo terá um mosquito associado a essa transmissão, no Brasil é o Aedes aegypti e o Culex. 
Fonte de infecção: aves silvestres infectadas 
Vias de eliminação: sangue 
Vias de transmissão: indireta através de vetores 
Porta de entrada: pele 
Susceptível: aves 
Hospedeiros acidentais: humanos e equinos 
Ciclo dos subtipos leste – responsáveis pela manutenção do vírus no ambiente: 
• Ciclo epizoótico: Espécie responsável pela manutenção do vírus na natureza são as aves silvestres, que são os reservatórios. 
Ele se mantém nessas aves por meio do vetor. O problema é quando o vetor escapa desse ciclo e acaba atingindo cavalo e ser 
humano. 
• Ciclo epidêmico epizoótico: Vetor atinge cavalo e ser humano. Doença que ocorre na forma de surtos que ocorre no verão 
(sazonal) e atinge o ser humano. 
Letalidade: tipo oeste 20-30%, leste 90% e Venezuela variável 
Patogenia: vírus sendo depositado no individuo se replica na porta de entrada (onde o animal foi picado). Através da circulação 
linfática atinge linfonodos, continua se replicando. Através de vasos linfáticos eferentes atinge ducto torácico e circulação sistêmica 
do paciente, ou seja, observamos viremia. Essa viremia primária possui carga viral não tão alta, e o vírus não consegue atingir 
tecidos neurais, temos ele se multiplicando nas células endoteliais dos vasos e células de músculos estriados. Isso vai garantir uma 
carga viral cada vez maior. 
Porta de entrada → linfonodo regional → corrente circulatória → viremia primária 
Viremia secundária: alta carga viral que leva a uma viremia intensa e prolongada, faz com que essa alta carga viral tenha condições 
de atravessar a barreira hematoencefálica, atinge SNC. Lesões principalmente em córtex renal (relacionado a substância cinzenta 
do cérebro). 
Congestão das meninges, edema de cérebro e medula, manguitos perivasculares (infiltração leucocitária e monocitária ao redor dos 
vasos do SNC, resposta inflamatória), petéquias e hemorragias no parênquima nervoso, trombos em capilares (pode levar a isque-
mia), nódulos de Babes (lesões do neurônio seguidas por necrose), infiltração leucocitária em espaços perineurais, infiltração de 
meninges. 
Sinais clínicos: depende da localização da lesão (depende da carga viral e status imunológico do tipo envolvido) 
Doença de evolução rápida 
PI 1 a 3 semanas 
Febre e depressão, intranquilidade, apatia, anorexia, andar em círculos, dificuldade de permanecer em estação e se locomover, 
tropeços. Abertura de membros, cabeça baixa, dor de cabeça, comprimem cabeça contra a parede. 
Paralisia facial, língua pendente, ausência de reflexos, pedalagem, óbito. 
Pode apresentar sequelas: dificuldade de se manter estação, caminhar, tremores. 
Prognóstico reservado em pacientes sem sinais neurológicos, e ruim em pacientes com sinais. 
Homem mortalidade de 50-75% 
Diagnóstico: 
• Clínico 
• Diferencial: raiva, encefalite japonesa, encefalopatia hepática, botulismo, envenenamento 
• Laboratorial: 
Isolamento viral, PCR (Rimencéfalo, tronco cerebral, ponte e bulbo) 
Inibição da hemaglutinação, soroneutralização e ELISA 
 
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Tratamento: não há específico 
Controle da febre, alívio da dor e suporte (tratamento sintomático) 
Fluidoterapia, sulfas (infecção secundária) 
Profilaxia: 
Inespecífica: controle de vetores (repelente) 
Específica: vacinação altamente efetiva, são bivalentes inativadas 
Potro com 3 meses de idade (2 ou 3 doses) e depois anualmente 
Éguas: 30 dias antes do parto 
Adultos: 2 doses 
Medidas: quarentena, isolamento de infectados, quando surto revacinação 
Surto → faz mais de 6 meses que vacinou? Revacina, se faz menos não justifica vacinar

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