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Encefalomielite Equina

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Encefalomielit� Equin�
O qu� �?
É uma doença
infectocontagiosa causada por um
vírus e caracterizada por sinais
neurológicos, febre, anorexia e severa
depressão.
Acomete aves e roedores
silvestres, e acidentalmente equídeos
e o ser humano.
Etiologi�
É causada por um Arbovírus,
da família Togaviridae, gênero
Alphavirus.
É um vírus de RNA transmitido
por artrópodes, possui um capsídeo
icosaédrico e replicam-se em
citoplasma das células-alvo. Além
disso, o envelope é de natureza
lipoprotéica com espículas e
atividades hemaglutinantes.
Por ser um vírus envelopado é
extremamente sensível ao calor, pH
abaixo de 5,5, solventes lipídicos,
detergentes, formol 5%, éter,
clorofórmio, calor e tem sua
infectividade reduzida pela irradiação.
Esse vírus possui uma alta
capacidade de mutação e adaptação
em novos hospedeiros e possui
variações geográficas distintas (Tipo
Leste (VEEL), tipo Oeste (VEEO) e
Venezuelano (VEEV).
Epidemiologi�
É um vírus restrito às Américas
havendo diferenças entre os diferentes
vírus causadores da enfermidade.
O homem e os equinos são
hospedeiros acidentais.
Possui uma morbidade variável devido
às condições estacionais e aos insetos
vetores, podendo ocorrer surtos
graves esporádicos.
A taxa de mortalidade difere
com a cepa do vírus, sendo os vírus
VEEL e Venezuelano mais
patogênicos.
VEE�
O ciclo de transmissão se
mantém na natureza por meio de aves
e roedores silvestres, nos quais ocorre
viremia.
Os artrópodes hematófagos
(Culex, Aedes e Mansonia), por meio
do repasto sanguíneo, infectam outras
aves silvestres suscetíveis e também
pássaros da fauna local, levando a
infecção de seres humanos e animais
domésticos, como os equinos.
Por ser uma arbovirose,
apresenta caráter sazonal e é mais
frequente em épocas quentes e
regiões úmidas. Além disso, todas as
idades são suscetíveis, no entanto, as
manifestações neurológicas são mais
pronunciadas em animais jovens e
crianças.
Não realiza viremia em
humanos e equinos, visto que são
hospedeiros acidentais. Também já foi
observado em cobras, que suspeita-se
atuarem como reservatórios.
Histórico no Brasil
É o vírus com maior virulência e
patogenicidade, sendo frequente no
Brasil e endêmico na região
amazônica.
Existe uma grande falha na
obtenção de dados, o que é
preocupante, visto que as ações
governamentais para controle dessa
enfermidade dependem desses dados.
VEEO
Esse tipo está mais
relacionado a surtos, tendo sido
associado a epidemias.
O ciclo de transmissão é o
mesmo da VEEL, sendo o Culex
tarsali o principal vetor em áreas
agrícolas irrigadas e margens de
lagos.
Possui dois subtipos
antigênicos mais patogênicos: Vírus
clássico EEO e o vírus Highlands J
(HJ), mais associado com
encefalomielites em equinos e
também em perus e pássaros
silvestres.
VEEV
Possui várias variantes e seis
subtipos (I-VI), sendo que só o I tem 5
variantes, sendo I-AB, I-C e I-E os
“tipos epidêmicos”.
As epidemias podem estar
relacionadas a cães infectados, que
servem como amplificadores do vírus,
sendo feita a transmissão por meio
dos carrapatos Amblyomma
cajennense e Hyalomma truncatum.
Os equinos também são
amplificadores do vírus e fontes de
infecção para outros equídeos e
humanos.
Esse tipo de vírus possui dois
tipos de ciclos: o enzoótico (endêmico)
e o epizoótico (epidêmico).
Patogeni�
A patogenia é semelhante entre
os tipos virais, sendo que a VEEL e as
amostras epizoóticas do VEEV são
mais neurotrópicas que a VEEV
enzoóticas e do VEEO.
A infecção pode ser inaparente
ou na forma mais grave pode ocorrer
taquicardia, depressão, anorexia,
diarreia ocasional, febre e sintomas
neurológicos.
Inicialmente o vírus se replica
nos linfonodos regionais, levando a
viremia primária, onde ocorre invasão
dos tecidos extraneurais. No SNC, o
vírus atinge o córtex cerebral
(substância cinzenta), tálamo e
hipotálamo.
Sinai� Clínic��
Clinicamente são
indistinguíveis, sendo que a
sintomatologia em equídeos
geralmente é rápida e muito letal. A
febre é, na maioria dos casos, a
primeira manifestação observada,
precedendo os sinais neurológicos.
Vírus Período de
incubação
VEEL 2 a 3 dias
VEEO 1 a 3 semanas
VEEV 1 a 3 dias
Sintomatologia
Hipersensibilidade; cegueira
aparente; animal anda em círculos;
movimentos circulares involuntários;
depressão mental; sonolência;
apatia;abdução de membros; animal
em decúbito esterno-abdominal e em
postura de autoauscutação, animal
com dificuldade de se manter em pé;
corpo apoiado em paredes e objetos;
diminuição do tônus da língua; perda
dos reflexos, coma e morte.
Pode ocorrer infecção
inaparente.
Macr�scopi� � Micr�scopi�
Na macro são raras as lesões,
podendo haver a presença de
congestão do cérebro e meninges.
Já na micro, é possível
observar intensa infiltração
inflamatória mononuclear intersticial e
perivascular e edema intersticial.
Também se pode ver degeneração da
substância cinzenta e lesões em
miocárdio, intestino, estômago,
vesícula urinária e baço.
Envi� d� am�stra�
O cérebro é o tecido de eleição,
mas recomenda-se o envio de fígado
e baço também.
Deve-se sempre enviar a
amostra em duplicata - uma amostra
refrigerada (período máximo de 48
horas) para se realizar o isolamento
viral e outra amostra em formol a 10%
para se realizar o histopatológico.
Diagn�stic�
Para se realizar o isolamento
do vírus faz-se uma inoculação
intracranial em camundongos recém
nascidos, em cultivo celular ou em
ovos embrionados.
Para identificação do agente
se utiliza RT-PCR (padrão ouro
OMSA), imunofluorescência direta ou
hemaglutinação.
Para diagnóstico em animais
vivos pode-se realizar exames
sorológicos. Nesse caso, devem ser
feitas amostras pareadas de soro com
intervalo de 10 a 14 dias de intervalo.
Dessa forma é possível comparar o
título de anticorpos da fase aguda e da
convalescença. Um aumento de 4x ou
mais é indicativo da doença.
É importante ressaltar que
animais vacinados e potros filhos de
éguas imunizadas podem confundir o
diagnóstico. Além disso, os Ac’s
podem permanecer por vários anos
em animais que se infectaram.
Diagn�stic� Diferencia�
Raiva
● Herpesvírus equino (HVE-1)
● Mieloencefalite por protozoários
(EPM)
● Meningoencefalite bacteriana
● Botulismo
● Leucoencefalomalácia
● Febre do Nilo
● Traumas encefálicos
Tratament�
Não existe tratamento
específico, mas pode ser realizado um
tratamento sintomático e de suporte.
● AINE (flunixina meglumina)
● Corticosteróides (prednisona) e
manitol
● Fenobarbital e Diazepam
(convulsões)
● Baía acolchoada
● Correção da desidratação
● Mudança de posicionamento
(animais que não levantam)
Mesmo com o tratamento os
animais sobreviventes podem ficar
com sequelas (VEEL e VEEO).
Profilaxi� � Control�
● Quarentena para animais
recém-adquiridos
● Controle de vetores (telas em
portas e janelas de baias;
drenagem de valas e terrenos
alagadiços e produtos
repelentes)
● Evitar criação de equídeos
próximo a aviários e matas
nativas
● Notificação obrigatória e envio
de amostras para o laboratório
● Vacinação
Vacinaçã�
As vacinas disponíveis são as
inativadas (monovalente, bivalentes ou
trivalentes). Não há imunidade
cruzada total entre os tipos virais e no
Brasil se faz uso da vacina inativada
bivalente (VEEL e VEEO), sendo que
a imunidade dura cerca de 1 ano.
Animais primovacinados
● Potros filhos de éguas
vacinadas = 6 a 8 meses de
idade e reforço com 1 ano
● Potros filhos de éguas não
vacinadas = 2 a 4 meses de
idade, reforço 30 dias e
revacinação semestral ou anual
● Fêmeas prenhes = 4 a 6
semanas antes do parto
previsto
● Adultos não vacinados = 2
doses com intervalos de 30 dias

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