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Iluminismo (“Século das Luzes”) Origens: ideologia burguesa, críticas ao “Antigo Regime”. Iluminismo: criação de uma sociedade fundada nos postulados da Razão e no progresso da espécie humana; defesa ao Liberalismo em todos os setores da vida; crítica ao absolutismo, às práticas mercantilistas e ao poder da Igreja; era preciso usar a razão para lançar luz sobre as trevas (representadas pela religião) que impediam os homens de ver o mundo ao seu redor; o Iluminismo não é ateu, mas, sim, anticlerical (prega o deísmo) originou-se no racionalismo do Renascimento Cultural e no Cientificismo do século XVII; defesa à liberdade e ao progresso; defesa da propriedade privada (filosofia burguesa). Deísmo: doutrina que considera a razão como a única via capaz de nos assegurar da existência de Deus, rejeitando, para tal fim, o ensinamento ou a prática de qualquer religião organizada. Newton: precursor; em seus estudos sobre leis universais que regem o mundo físico, inspirou os iluministas na busca de leis gerais que fossem aplicáveis ao comportamento humano. Descartes: precursor; proposição de um conhecimento irrefutável, “claro e distinto”; estímulo ao desenvolvimento da “dúvida metódica”, pela qual os conhecimentos deveriam ter a inspiração matemática; condena o cristianismo, pois, para ele, basta estudar a natureza para conhecer as leis divinas. John Locke: precursor. defendeu a liberdade religiosa, o princípio da tolerância e a organização política a partir do consentimento → o poder não deve ser exercido pelo princípio da submissão, mas a partir da concordância dos súditos; defesa do direito à propriedade, vida e liberdade e o princípio da vontade da maioria; “tábua rasa”: o ser humano nasce uma “folha em branco” e suas experiências o moldam; o Estado deve garantir os direitos através do “contrato social” com o povo; empirista. Enciclopédia: grande símbolo; difusão de ideias iluministas; preocupação com a formação da opinião pública. Maçonaria: difusão de ideias iluministas; organizações fraternas que remontam às fraternidades locais de pedreiros que, a partir do final do século XIV, regulamentavam as qualificações de sua profissão e sua interação com autoridades e clientes. Voltaire: crítica à Monarquia (cerceadora das liberdades individuais) e aos abusos da Igreja (anticlericalismo); defesa à monarquia esclarecida e às liberdades de expressão e pensamento. Montesquieu: em Espírito das Leis, defende a doutrina dos três poderes (executivo, legislativo e judiciário) → oposição à centralização do absolutismo. Rousseau: todos os homens devem ser “súditos e soberanos ao mesmo tempo” → crítica à noção de representação política, que impede a preservação da igualdade, já que os representantes políticos estariam acima dos representados; com o contrato social (consentimento), o homem perde a liberdade natural e o direito ilimitado, mas ganha a liberdade civil e a propriedade; noção de infância: preservação da criança com a educação formal (deixar a criança ser criança); teoria do “bom selvagem”: a bondade é natural do homem. François Quesnay: crítica ao mercantilismo através da fisiocracia - doutrina econômica e filosófica que se baseia no conhecimento e no respeito às leis naturais, considerando a terra como única fonte de riqueza; defesa a uniões aduaneiras. formulação da teoria da liberdade econômica, o “laissez faire les homme, laissez passer les merchandise” → desvinculação das atividades econômicas do Estado (não intervenção do Estado na economia). Déspotas esclarecidos: monarcas que, embora continuassem a exercer o poder de forma absoluta, adotaram medidas iluministas, visando à racionalização administrativa, diminuindo privilégios de setores da nobreza e a influência da Igreja, sobretudo ao privilegiarem a difusão do ensino laico. Adam Smith: liberalismo econômico; condena a intervenção do Estado na economia; defende a lei de mercado (lei da oferta e da procura), que a riqueza provém do trabalho e a divisão do trabalho nas unidades produtivas. Heranças do Iluminismo: vertente política autoritária, distante e hostil à participação popular; estabelecimento de um modelo paradigmático da verdade única e indiscutível, acima de qualquer dúvida: a ciência; igualdade e liberdade. Prática superadas pelo Iluminismo: economia agrícola e autossuficiente; autonomia de feudos e cidades; hierarquia social estamental; poder pessoal do senhor feudal; cultura teológica (subordinação à universalidade da Igreja católica). Princípio estabelecidos pelo Iluminismo: ênfase na cultura racional e científica; centralização do poder na pessoa do rei; fortalecimento das relações comerciais; desenvolvimento dos centros urbanos → fortalecimento da burguesia; adoção de língua, moeda e legislação nacionais; soberania do Estado no território nacional; exército permanente; flexibilização da sociedade estamental com a ascensão da burguesia comercial.