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O estudo dos corpos cristalinos sólidos e das leis que governam seu crescimento, sua forma externa e sua estrutura interna, é conhecida como cristalografia. O termo cristal deriva do grego krystallos, que significa gelo. A seguir mostra-se a lei da constância dos ângulos: os ângulos internos correspondentes de cristais de uma mesma espécie mineral são iguais. Figura no próximo slide. Princípios de Cristalografia Lei da constância dos ângulos O crescimento de um cristal na Natureza ocorre geralmente com algum tipo de perturbação (crescimento interrompido pela presença de outro mineral, inclusões, etc.), o que lhe confere o crescimento imperfeito de algumas faces. Assim é comum encontrarmos um mineral ocorrendo com vários hábitos (prismático, tabular, etc.) A seguir mostra-se (Figura 2) a lei da constância dos ângulos: os ângulos internos correspondentes de cristais de uma mesma espécie mineral são iguais. Lei da constância dos ângulos (esquema) Poliedro cristalino: faces (F), vértices (V) e arestas (A) Para cálculo das relações utiliza-se a relação de Euler: F + V = A + 2 Relações entre Faces, vértices e arestas: Estado Cristalino O estado cristalino caracteriza-se por possuir um arranjo tridimensional de átomos, íons e grupos iônicos mais complexos. Os intervalos entre estas unidades estruturais de um cristal são da ordem de grandeza de 10-8 cm = 1 Angström (Å). Essa unidade é muito utilizada quando se trabalha com dimensões de calas unitárias de minerais. Por Exemplo, as dimensões da cela unitária da albita é: a = 8,137 Å; b = 12,785 Å; c = 7,1583 Å Estado Cristalino O arranjo das partículas em um cristal é representada por um retículo cristalino, como mostrado na Figura a seguir. Índices de Miller As notações que exprimem as interceptações de uma face com um eixo cristalográfico são conhecidas como índices. Os índices mais utilizados na cristalografia são os índices de Miller, números inteiros, geralmente (a b c) ou (x y z), cujos valores representam os pontos de interceptação de um eixo com uma face. A seguir, próximos slides, exemplos. Índices de Miller Cálculos: Índices de Miller Índices de Miller para alguns planos cristalográficos selecionados Índices de Miller Índices de Miller para alguns planos cristalográficos selecionados (cubo de aresta unitária) Simetria Cristalina Os minerais mostram pelo arranjo de suas faces uma simetria definida, conhecida por simetria cristalina, o que permite agrupá-los em várias classes cristalinas. Para isso utilizam-se os elementos de simetria (centro, eixo, planos) e realizam-se operações de simetria adequadas. A seguir, descrição dos elementos de simetria cristalina. Simetria Cristalina a) Centro de Simetria (C) - diz-se que um cristal tem centro de simetria, quando uma linha imaginária pode ser passada de um ponto qualquer sobre sua superfície através de seu centro, achando-se sobre ela, um ponto semelhante, a uma distância igual do centro. Simetria Cristalina b) Plano de Simetria (P) – é um plano imaginário que divide um cristal em duas metades, sendo uma o espelho da outra. . Planos de simetria (P) Simetria Cristalina c) Eixo de Simetria de Rotação (ou eixo de simetria) (A) – é uma linha imaginária passada através de um cristal, em torno do qual se pode girar o cristal que se repete em aparência, duas ou mais vezes durante uma rotação completa. Os eixos de simetria são denominados binários, ternários, quaternários e senários, conforme as repetições ocorram 2, 3, 4 ou 6, respectivamente. Simetria Cristalina d) Eixo de Simetria de Inversão Rotatória (I) – elemento de simetria que combina uma rotação em torno de um eixo com inversão através de um centro. Simetria Cristalina Notação de simetria Com estes elementos de simetria é possível descrever todos os elementos de simetria de qualquer cristal. A notação é expressa conforme mostrado a seguir: # Os eixos de simetria são representados por An, onde n é 2, 3, 4 ou 6. # Os planos de simetria são indicados por P. # Os centros de simetria são indicados por C. # Eixo de inversão rotatória é indicado por I. Simetria Cristalina Exemplos de notações de simetria: a) C, 1A6, 1P (centro de simetria, 1 eixo senário e 1 plano de simetria) b) C, 3A4, 4A3, 6A2, 9P (centro de simetria, 3 eixos quaternários, 4 eixos ternários, 6 eixos binários e 9 planos de simetria) c) 3A2, 4A3 , I (3 eixos binários, 4 eixos ternários, 1 eixo de inversão rotatória) Observação: nem todos cristais têm centro de simetria, e quando tem ele é único Simetria Cristalina Simbologia de eixos de simetria: Simetria Cristalina Elementos de simetria: Elementos de simetria de um cubo: C, 9P, 3A4, 4A3, 6A2 Simetria Cristalina Operações de simetria: As operações que podem ser efetuadas com um cristal resultam em fazê-lo coincidir com a posição inicial são denominadas de operações de simetria. Estas operações de simetria são: # Rotação em torno de um eixo de simetria de rotação. # Reflexão sobre um plano. # Rotação em torno de um eixo combinada com inversão (inversão rotatória). Simetria Cristalina Formas cristalinas: Forma cristalina é um conjunto de faces de um cristal relacionadas por uma dada operação de simetria. Por exemplo: A combinação entre eixos cristalográficos e o ângulo formado entre eles originam 7 sistemas cristalinos. Sistemas Cristalinos O padrão americano considera apenas 6 sistemas cristalinos: os sistemas hexagonal e o trigonal (romboédrico) são considerados como subdivisões do hexagonal (hexagonal e hexagonal-R) Eixos cristalográficos para os sistemas cúbico, tetragonal, ortorrômbico, monoclínico e triclínico Eixos cristalográficos para os sistemas hexagonal e trigonal Sistemas hexagonal e trigonal: Sistemas Cristalinos Eixos cristalográficos característicos e respectivas simbologias (em azul): (A) hexagonal e (B) trigonal Sistemas Cristalinos Quadro resumo: Sistemas Cristalinos Exemplos: a) a = 3; b = 3; c = 5/ = = = 90º sistema tetragonal b) a = 2; b = 3; c = 4/ 90º sistema triclínico c) a = 2,1; b = 2,1; c = 2,1/ = 90º; = 90º; = 90º sistema cúbico d) a = 2; b = 3; c = 5/ = 90º; = 90º; = 90,5º sistema monoclínico Obs. a, b, c são expressos em Angströns (Å), equivalente a 10-8 cm Exemplos de alguns minerais com respectivos sistemas cristalinos: Sistema cristalino Minerais Cúbico Cromita, cuprita, diamante, espinélios, fluorita, galena, granadas, jacobsita, pentlandita, pirita Tetragonal Anatásio, autunita, calcopirita, cassiterita, cristobalita, estanita, ilmenorutilo, rutilo, scheelita, zircão Ortorrômbico Andaluzita, anglesita, anidrita, aragonita, barita, boracita, bornita, celestita, cerussita, columbita, crisoberilo, crisocola, estroncianita, faialita, fosrterita, krennerita, tantalita Monoclínico Actinolita, allanita, arsenopirita, augita, azurita, bórax, brasilianita, calaverita, carnotita, datolita, espodumênio, gadolinita, gipsita, hessita, petalita, talco Trigonal Alunita, ankerita, brucita, calcita, cinábrio, coríndon, dolomita, hematita, ilmenita, rodocrosita, turmalina Hexagonal Triclínico Apatita, berilo, covellita, grafita, greenockita Albita, ambligonita, anortita, axinita, caulinita, cianita, rodonita, ulexita Sistemas Cristalinos Percentual aproximado de minerais por sistemas cristalinos: Sistema cristalino Percentual de minerais (%) Cúbico 10 Tetragonal 8 Ortorrômbico 20 Monoclínico 34 Trigonal 11 Hexagonal 7 Triclínico 9 Sistemas Cristalinos
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