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Taliane G. Aranha2 DOENÇAS INFECCIOSAS DA POLPA – · agora tem bactéria no canal e polpa morta/necrosada · tentativa de evasão dos microrganismos do canal e consequentemente alterações periapicais · decorridas de uma inflamação da polpa que não é resolvida leva a uma necrose/morte da polpa. Quando isso acontece não tem mais defesa no local, abre então um espaço para bactérias se proliferarem no local (GANGRENA PULPAR) · pode ser pensada em fazer em uma única sessão. Porem depende de cada caso (apenas necrose, sem alterações periapicais, sem sintomatologia, sem alterações clinicas...) · a recuperação não ocorre em 15 dias com a medicação. Deve ser um acompanhamento a longo prazo para ver se realmente a lesão está regredindo · a necrose pode ser de 3 divisões. Clinicamente essa divisão não é visível. Apenas didaticamente · devemos fazer o desbridamento foraminal, mas jamais instrumentar fora do canal. Não há justificativas plausíveis para isso. Quem alimenta a infecção são as bactérias dentro do canal, então tratando delas conseguimos regredir a lesão. necropulpectomia 1: necrosa pulpar, sem alterações periapicais clinicas ou radiograficas necropulpectomia 2: necrose pulpar, com invasão de microrganismos que saem do canal e causam modificais periapicais, clinicas e radiograficamente (não significa que tem bactéria lá no periapice. Apenas que elas estão tentando sair do canal) necrose de liquefação: é a necrose mais comum, devido a atuação de microrganismos dentro do canal. Há uma interação dos microrganismos com os neutrofilos presentes, os neutrófilos liberam enzimas para degradas as bactérias e acabam degradando o material pulpar presente (a degradação é uma consequência da resposta imune frente a bactérias no local) necrose de coagulação/asséptica: necrose devido a um rompimento do feixe vasculho nervoso por trauma. Ocorre um bloqueio dos suprimentos sanguíneos e isquemia do tecido conjuntivo do local, necrosando o tecido pulpar. A característica da polpa continua a mesma (mesmo volume do canal radicular e câmara pulpar) (traumas muito leves, onde o paciente nem se lembra de ter esse trauma – bater com o garfo no dente; morder com uma força anormal) necrose gangrenosa: quando um tecido que sofreu necrose de coagulação é invadido por bactérias posteriormente e provocam a liquefação do local. Por onde vem esses microrganismos? · ANACORESE: bactérias que circulam na corrente sanguínea invadem o canal pelo ápice do dente, entra no local vazio agora e se multiplicam Metamorfose cálcica da polpa: necrose devido a um rompimento parcial do feixe vasculho nervoso por trauma. Leva a uma alteração interna, onde a dentina depositada começa a ser uma dentina atípica, de outra coloração, que reflete pelo esmalte. O dente não está necrosado, mas vai sofrendo calcificação com o tempo, diminuindo o volume da câmara pulpar e do canal radicular, encaminhando para uma necrose posteriormente. Dificuldade de acesso do canal é muito maior · ANACORESE: a partir do momento que o dente necrosar, o canal pode ser invadido por bactérias pela via anacoretica Depois que a bactéria se instala, ocorre a necrose/gangrena pulpar, o estágio clinico pode ser AGUDO (com dor) ou CRÔNICO CRÔNICOS: · Alta resistência do hospedeiro · Baixa virulência dos microrganismos · Sem dor, no máximo um incomodo · Pode virar agudo (momento de estresse, ansiedade, gripe – baixa do processo imunológico) FENIX ou SECUNDÁRIO · O quadro clinico é mais favorável Pericementite/periodontite apical crônica: ocorre um ligeiro espessamento do ligamento periodontal, mas não chega a ser uma grande lesão (assintomático, espessamento do LP e polpa necrosada) Abscesso dento-alveolar crônico: é uma rarefação óssea difusa na analise radiográfica Alterações clinicas e radiográficas: · Anamnese e exame clinico relativos · Teste de sensibilidade pulpar negativo, pois o dente estará necrosado · Exame radiográfico fundamental: lesão difusa · Sinais: pode ter escurecimento da coroa. Mas não é sempre. Grandes chances de ter fistula (aparece e some com frequência) · Importante saber a origem da fistula (periodontal, endodôntica, perioendo). Para saber onde deve ser tratado. Se o teste de sensibilidade der positivo é de origem periodontal e não precisa tratar canal. Se tiver na dúvida faz rastreamento · O que é a fistula: local onde a secreção purulenta da infecção vai sair Tratamento: 1- Considerado necropulpectomia 2 2- Abertura coronária 3- Neutralização do conteúdo séptico toxico ou penetração desinfectante (por terços de forma passiva) irrigo, aspiro, inundo 4- Odontometria 5- Desbridamento foraminal 6- Instrumentação (batente apical e escalonamento). Em 0 o crt 7- Irrigação final (hipoclorito – EDTAt – hipoclorito) 8- Medicação intracanal (callen com PMCC) de 15 a 30 dias 9- Não da medicação sistêmica nenhuma. Se o processo crônico virar fênix, aí sim o tratamento passa a ser igual os agudos e precisa de antibiótico e analgésico. Porem quando é fênix a amoxicilina não serve mais 10- Obturação 11- Acompanhamento a longo prazo para ver o reparo da porção apical Tratamento sistêmico – FENIX: AMOXICILINA 500mg + METRONIDAZOL 400mg de 8 em 8hs (amoxicilina de 5 a 7 dias) (metronidazol só 5 dias) CLAVULIN (AMOXICILINA +CLAVULANATO) AZITROMICINA 500mg OU CLINDAMICINA 300mg DIPIRONA 6/6h por 2 dias PARACETAMOL 750mg de 6/6hs por 2 dias se a dor estiver insuportável entra com analgésicos de ação central – tramal, codeína) – problemas hepáticos, ou pressão baixa também Obs.: não precisa da fase de formocresol. Pois não vai ter drenagem via canal de pus, então não terá dor Granuloma/cisto periapical: é uma rarefação óssea circunscrita na analise radiográfica. Alterações clinicas e radiográficas: · A anamnese é relativa pois o paciente não sente dor (as vezes quando aperta no local sente um incômodo, mas na maioria das vezes nem sente nada). · O exame clinico também é relativo, normalmente não tem nada visual (pode o dente estar escurecido, mas nem sempre) · O teste de sensibilidade pulpar da negativo, pois há uma necrose no local · O exame radiográfico é o mais importante, assim como uma tomografia · Sinais: pode ter escurecimento coronário · Imagem radiográfica é circunscrita · Na maioria o tratamento endodôntico tem o reparo da lesão com neoformação óssea. Mas pode ser necessário um complemento com cirurgia perendodôntica · Pode ter uma reagudização – FENIX ou ABSCESSO SECUNDÁRIO · Granuloma pode se transformar em um cisto e ao contrario também. Mas só sabemos com histopatológico (clinico e radiograficamente não dá pra saber) Tratamento: 1- Considerado necropulpectomia 2 2- Abertura coronária 3- Neutralização do conteúdo séptico toxico ou penetração desinfectante (por terços de forma passiva) irrigo, aspiro, inundo 4- Odontometria 5- Desbridamento foraminal 6- Instrumentação (batente apical e escalonamento). Em 0 o crt 7- Irrigação final (hipoclorito – EDTAt – hipoclorito) 8- Medicação intracanal (callen com PMCC) de 15 a 30 dias 9- Não da medicação sistêmica nenhuma. Se o processo crônico virar fênix, aí sim o tratamento passa a ser igual os agudos e precisa de antibiótico e analgésico. Porem quando é fênix a amoxicilina não serve mais 10- Obturação 11- Acompanhamento a longo prazo para ver o reparo da porção apical Tratamento sistêmico – FENIX: AMOXICILINA 500mg + METRONIDAZOL 400mg de 8 em 8hs (amoxicilina de 5 a 7 dias) (metronidazol só 5 dias) CLAVULIN (AMOXICILINA +CLAVULANATO) DIPIRONA 6/6h por 2 dias PARACETAMOL 750mg de 6/6hs por 2 dias AGUDAS: · Baixa resistência do hospedeiro · Alta virulência dos microrganismos · Dor, atendimento de urgência pois o paciente não aguenta · Pode virar crônico Pericementite apical aguda: geralmente não tem o espessamento do ligamento periodontal, porem o paciente tem dores que caracterizam essa doença (dor ao toque, polpa necrosada) Abscesso dento-alveolar agudo: muitas bactérias, baixa resistência do hospedeiro Alterações clinicas e radiográficas: · FASE INICIAL: ausência de vitalidade pulpar; dor espontânea,intensa e localizada; muitas vezes tem mobilidade dentária; sensação de dente crescido; sensibilidade a palpação apical; sensibilidade a percussão; sem edema; sem sinais radiográficos, no máximo ligeiro espessamento do LP (não tem lesão). Quando abre o dente pode sair pus via canal · FASE EM EVOLUÇÃO: ausência de vitalidade pulpar; dor espontânea e difusa; aumento da mobilidade dentaria; sensação de dente crescido; sensibilidade a palpação apical; sensibilidade a percussão vertical; edema sem ponto de floculação; pode ter trismo, cefaleia e prostração. Quando abre o dente pode sair pus via canal · FASE EVOLUIDA: ausência de vitalidade pulpar; dor espontânea e difusa; sensação de dente crescido; sensibilidade a palpação apical; sensibilidade a percussão vertical; edema com ponto de flutuação (deve ser feito incisão para a drenagem do pus) Tratamento: 1- abertura do dente (tira a dor com a mão, pois libera o gás no local) 2- penetração desinfectante ou neutralização do conteúdo séptico toxico (o local está lotado de microrganismos diferentes a cada terço do canal). Com uma lima fina, de forma passiva vai por terços irrigando, aspirando até o CTP 3- lava, seca, coloca formocresol ou tricresol (em bolinha de algodão) na câmara pulpar. Fecha com ionômero 4- 24/48hs depois continua o tratamento de canal convencional 5- Odontometria: CRT 6- Desbridamento foraminal (lima bem fina, 0,5m depois do CRT) 7- Vai trabalhar no 0 o CRT, pois tinha muita bactéria 8- Faz batente apical e escalonamento regressivo 9- Curativo de demora/medicação intracanal (MIC) – ultracal ou calen PMCC 10- No mínimo 15 dias, a 30 dias fechado com MIC e ionômero 11- Obturação do canal Tratamento sistêmico: precisa controlar a dor AMOXICILINA 500mg 8/8h de 5 a 7 dias AZITROMICINA 500mg 1cp ao dia por 3 a 5 dias CLINDAMICINA 300mg 8/8hs de 5 a 7 dias, porém pode causar colitepseudomembranosa (alteração da flora intestinal) DIPIRONA 4/4h ou 6/6h por 2 dias PARACETAMOL 750mg de 6/6hs por 2 dias se a dor estiver insuportável entra com analgésicos de ação central – tramal, codeína) obs.: DOSE DE ATAQUE: 30min antes do procedimento. Entrar com o antibiótico já na corrente sanguínea (amoxicilina da 1g e metronidazol nada se for fazer a associação). Se não for ter associação não dobra nada, apenas dá o remédio antes do procedimento nas concentrações normais DOSE PROFILÁTICA: dobro da concentração do medicamento em pacientes com risco de endocardite alto e médio risco (pacientes diabéticos descompensados). 2g de amoxicilina; 2cp (600mg) de clindamicina; 500mg de azitromicina (não dobra) Obs.: único caso onde será dado antinflamatório em endodontia é em casos de TRISMO para favorecer a abertura bucal (ibuprofeno) Complicações clinicas quando não é tratado: · Pode virar uma lesão crônica · Angina de Ludwig · Osteomielite
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