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A POLÍTICA NACIONAL DE ASSISTÊNCIA TÉCNICA E EXTENSÃO RURAL (PNATER) Antonio Lázaro Sant’Ana (Unesp – Ilha Solteira) UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA “JÚLIO DE MESQUITA FILHO” Câmpus de Ilha Solteira Departamento de Fitotecnia, Tec. Alimentos e Sócio-Economia UNESP Maio 2019 Revolução Verde e os pacotes tecnológicos; Concepção bancária de educação; Revisão crítica da extensão rural (após 1980); Constituição de 1988: garantia a extensão rural; Desmonte do SIBRATER em 1990; Emergência da proposta agroecológica; PRONAF em 1995; Discussão da necessidade de outras políticas dirigidas à agricultura familiar. 1. ANTECEDENTES Seminários regionais que culminaram em um seminário nacional, em 2003; resultou de amplo processo de consulta a organizações sociais, extensionistas e representações de agricultores; elegeu os agricultores familiares como público exclusivo para a ação extensionista; propunha gratuidade, universalidade e caráter público dos serviços; Concepções, métodos e princípios baseados na agroecologia. 2. Construção da PNATER de 2003/04 Governo enviou proposta de uma Lei de ATER ao Congresso em 2009, sem mesmo discuti-la no CONDRAF (Conselho Nacional de Desenvolvimento Rural Sustentável); Após algumas mudanças, que corrigiram parte de suas lacunas, foi aprovada a Lei nº 12.188/2010; Nesta Lei de ATER é instituído o PRONATER – Programa Nacional de Assistência Técnica e Extensão Rural; Em seguida o Decreto Nº 7.215, de 15/6/2010 regulamentou o PRONATER. 3. Lei de ATER: a PNATER de 2010 DEFINIÇÃO DE ATER: “serviço de educação não formal, de caráter continuado, no meio rural, que promove processos de gestão, produção, beneficiamento e comercialização das atividades e dos serviços agropecuários e não agropecuários, inclusive das atividades agroextrativistas, florestais e artesanais” (Artigo 2, Lei 12.188/2010). 4. Características da PNATER de 2010 PRINCÍPIOS: I - Desenvolvimento rural sustentável II - Gratuidade, qualidade e acessibilidade aos serviços de ATER; III - adoção de metodologia participativa, com enfoque multi e interdisciplinar e intercultural; IV - adoção dos princípios da agricultura de base ecológica, de forma preferencial; V - Equidade nas relações de gênero, geração e etnia VI - contribuir para a segurança e soberania alimentar e nutricional. 4. Características da PNATER de 2010 OBJETIVOS: I - promover o desenvolvimento rural sustentável; II - apoiar iniciativas econômicas que promovam as potencialidades e vocações regionais e locais; III - aumentar a produção, a qualidade e a produtividade das atividades e serviços agropecuários e não agropecuários, inclusive agroextrativistas, florestais e artesanais; IV - promover a melhoria da qualidade de vida de seus beneficiários; 4. Características da PNATER de 2010 OBJETIVOS: V - assessorar a gestão e a organização da produção, da inserção no mercado e do abastecimento; VI - desenvolver ações voltadas ao uso, manejo, proteção, conservação e recuperação dos recursos naturais, dos agroecossistemas e da biodiversidade; VII - construir sistemas de produção sustentáveis a partir do conhecimento científico, empírico e tradicional; VIII - aumentar a renda do público beneficiário e agregar valor a sua produção; 4. Características da PNATER de 2010 OBJETIVOS: IX - apoiar o associativismo e o cooperativismo, bem como a formação de agentes de ATER; X - promover o desenvolvimento e a apropriação de inovações tecnológicas e organizativas adequadas ao público beneficiário e a integração ao mercado; XI - promover a integração da Ater com a pesquisa; e XII - contribuir para a expansão do aprendizado e da qualificação profissional e diversificada, apropriada à realidade do meio rural brasileiro. 4. Características da PNATER de 2010 No texto da Conferência de ATER de 2012 ficou definido que toda vez que se tratar da agricultura familiar e/ou dos povos e comunidades tradicionais, e/ou das mulheres do campo, da floresta e das águas, compreende-se como sendo a diversidade dos seguintes segmentos: agricultura familiar tradicional, camponeses, acampados, assentados da reforma agrária, povos indígenas, povos de terreiro e ciganos/as, quilombolas, açorianos, atingidos por barragens, mineradoras e hidrelétricas, extrativistas, seringueiros/as, quebradeiras de coco, fundos de pasto, faxinalenses, pescadores/as artesanais, ribeirinhos/as, aquicultores familiares, caiçaras, marisqueiros/as, retireiros/as, torrãozeiros/as, geraizeiros/as, vazanteiros/as, pomeranos/as, pantaneiros/as, caatingueiros/as, dentre outros/as. Habilidades para trabalhar com planejamento participativo e em equipe; Capacidade de atuar como Animador - Articulador - Conciliador em trabalhos com grupos; Capacidade de análise e síntese; Habilidade e conhecimento para contribuir na sua área de formação técnico-profissional; Habilidade para incentivar e apoiar a construção de novos conhecimentos; Visão holística e enfoque sistêmico. 5. OS PRINCÍPIOS E OBJETIVOS DA PNATER EXIGEM QUE O EXTENSIONISTA BUSQUE CONSTRUIR: Dispor de recursos financeiros e humanos em quantidade suficiente para universalizar os serviços; Mudança substancial das chamadas públicas, visando adequá-las à proposta metodológica do trabalho de ATER previsto na PNATER; Formação continuada e crítica dos agentes de ATER; 6. DESAFIOS PARA IMPLANTAÇÃO DA PNATER Mudanças na formação básica dos agentes de ATER, especialmente na área de ciências agrárias; Valorização do trabalho extensionista; Remodelar a pesquisa em ciências agrárias; Organização dos extensionistas e do público beneficiário para exigir estas mudanças. 6. DESAFIOS PARA IMPLANTAÇÃO DA PNATER A - Desenvolver um trabalho com agricultores familiares de forma planejada, com regularidade ao longo dos anos e adaptado às condições locais/regionais e socioculturais dos produtores; B - Construir com os agricultores alternativas tecnológicas e políticas que viabilizem uma maior autonomia dos mesmos, menores impactos ao meio ambiente e a produção de alimentos na quantidade e qualidade desejada pela sociedade; 7. DESAFIOS DA EXTENSÃO RURAL NO BRASIL C - Formar profissionais que tenham uma visão crítica da questão agrária brasileira, conheçam a realidade dos agricultores familiares e estejam capacitados para trabalhar com metodologias participativas e inovadoras que permitam a construção do conhecimento e soluções conjuntas entre agricultores e técnicos; D - Desenvolver pesquisas que auxiliem os profissionais de ATER a escolher os métodos, opções técnicas e de mobilização social mais viáveis para a realidade dos agricultores familiares; 7. DESAFIOS DA EXTENSÃO RURAL NO BRASIL E - Organizar equipes interdisciplinares que possam trabalhar com os múltiplos aspectos da produção familiar que envolvem questões agronômicas, sociais, culturais, ambientais, econômicas e políticas; F - Contribuir (mas não impor ou liderar) para estimular a organização dos produtores e famílias rurais de acordo com seus legítimos interesses; 7. DESAFIOS DA EXTENSÃO RURAL NO BRASIL G - Organização dos profissionais da extensão rural de modo a lutar pela valorização da profissão e do público que atendem, buscando mais recursos, melhores condições de trabalho e maior qualidade dos serviços. Em suma, trata-se de romper com a concepção difusionista de extensão rural e, junto com os agricultores familiares, contribuir para a construção de processos que levem ao desenvolvimento sustentável em uma perspectiva territorial, atendendo a proposição que já se encontra fundamentada na atual PNATER. 7. DESAFIOS DA EXTENSÃO RURAL NO BRASIL BRASIL. Política Nacional de Assistência Técnica e Extensão Rural para a Agricultura Familiar e Reforma Agrária - PNATER e o Programa Nacional de Assistência Técnica e Extensão Rural na Agricultura Familiar e na Reforma Agrária – PRONATER. Brasília: MDA, 2010. CAPORAL, F. R. Lei deAter: Exclusão da Agroecologia e outras armadilhas. Cadernos de Agroecologia, v. 6, n. 2, p.01-07, dez 2011. 7. BIBLIOGRAFIA UTILIZADA MUITO OBRIGADO!! A POLÍTICA NACIONAL DE ASSISTÊNCIA TÉCNICA E EXTENSÃO RURAL (PNATER) 1. ANTECEDENTES 2. Construção da PNATER de 2003/04 3. Lei de ATER: a PNATER de 2010 4. Características da PNATER de 2010 4. Características da PNATER de 2010 4. Características da PNATER de 2010 4. Características da PNATER de 2010 4. Características da PNATER de 2010 Número do slide 10 5. OS PRINCÍPIOS E OBJETIVOS DA PNATER EXIGEM QUE O EXTENSIONISTA BUSQUE CONSTRUIR: 6. DESAFIOS PARA IMPLANTAÇÃO DA PNATER 6. DESAFIOS PARA IMPLANTAÇÃO DA PNATER 7. DESAFIOS DA EXTENSÃO RURAL NO BRASIL 7. DESAFIOS DA EXTENSÃO RURAL NO BRASIL 7. DESAFIOS DA EXTENSÃO RURAL NO BRASIL 7. DESAFIOS DA EXTENSÃO RURAL NO BRASIL 7. BIBLIOGRAFIA UTILIZADA Número do slide 19