Buscar

Revisão Neuroanatomia

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 5 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

1 Neurologia - Fernanda Pereira - 8º período – 2023.1 – Exclusivo assinante @medicomfe 
NEUROANATOMIA 
Aula 1 – Parte 1 
Revisão básica de neuroanatomia 
 
Sistema nervoso central - células da glia 
• Micróglia 
• Astrócito 
• Oligodendrócitos 
• Células ependimárias 
• Neurônio multipolares 
As principais neoplasias do SNC estão associadas a células da glia. 
Estruturas do SNC 
• Cérebro 
• Mesencéfalo 
• Ponte Cerebelo 
• Bulbo 
• Medula espinhal 
Segmentos medulares 
Correlação entre as vértebras e os segmentos medulares 
Vértebras cervicais: C1 – C7 
Vértebras torácicas: T1 – T12 
Vértebras lombares: L1 – L5 
Vértebras sacrais: 5 vértebras fundidas, constituem o sacro 
Vértebra coccígea: 1 vértebra 
Os segmentos medulares até C7 seguem por cima de suas 
respectivas vértebras. A partir do segmento medular C8 todos 
começam a sair por baixo. Isso acontece porque existem 8 nervos 
cervicais e apenas 7 vértebras cervicais. 
 
Figura 1: https://www.auladeanatomia.com/upload/htmleditor/1niveismedula.jpg. 
Dermátomo é uma área da pele que apresenta sensibilidade (tato, 
dor, temperatura e vibração) determinada pelos nervos sensoriais 
de uma única raíz nervosa. 
 
Figura 2: https://static.tuasaude.com/media/article/cc/ac/dermatomos_22065_l.jpg. 
Quando o dermátomo é acometido por uma patologia, como a 
Herpes Zoster, a doença localiza-se respeitando a área daquele 
dermátomo, em faixa hemilateral. 
 
Figura 3: https://www.mastereditora.com.br/periodico/20191208_112915.pdf. 
Sistema aferente X Sistema eferente 
 
Vias ascedentes são sempre sensitivas. Pode-se pensar que tudo 
que acontece na periferia, no ambiente, precisa ser levado até o 
tálamo, para ser interpretado e elaborar respostas. Por isso, a 
informação precisa ascender (subir até o cérebro). 
Vias descendentes são sempre motoras. Nesse caso, pode-se 
pensar que a informação já chegou, foi interpretada e, agora, o 
corpo vai responder à esta com ações/ movimentos, isto é, resposta 
motora. A resposta motora precisa chegar até o grupamento 
muscular que irá desempenhar a ação modulada, por isso, é 
descendente. 
https://www.auladeanatomia.com/upload/htmleditor/1niveismedula.jpg
https://static.tuasaude.com/media/article/cc/ac/dermatomos_22065_l.jpg
https://www.mastereditora.com.br/periodico/20191208_112915.pdf
 
2 Neurologia - Fernanda Pereira - 8º período – 2023.1 – Exclusivo assinante @medicomfe 
 
Figura 4: https://www.kenhub.com/pt/library/anatomia/tratos-ascendentes-e-
descendentes-da-medula-espinhal. 
Para lembrar sobre a função do trato, pense que o início do nome 
refere ao local de onde sai o estímulo/informação e o fim do nome 
se refere para onde o estímulo está indo. Por exemplo, trato 
espinotalâmico → espino (informação está saindo da periferia); 
talâmico (em direção ao tálamo). 
Histologia do nervo 
Vamos do micro para o macro... 
O axônio é envolto pela bainha de mielina que é produzida pelas 
células de Schwann no SNP. 
Cada axônio é envolto por uma membrana chamada endoneuro. 
O conjunto de axônios com essas características é chamado de 
fascículo. Cada fascículo é envolto pelo perineuro. 
Os fascículos quando reunidos são envoltos pelo epineuro, e são 
nutridos pelos sistema de vasa nervorum (vasos que fornecem 
suprimento sanguíneo para os nervos periféricos, especificamente 
para as partes internas dos nervos, e seus revestimentos). O 
conjunto de fascículos é chamado de nervo. 
Anotações 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Vias sensitivas, ascendentes 
 
https://www.kenhub.com/pt/library/anatomia/tratos-ascendentes-e-descendentes-da-medula-espinhal
https://www.kenhub.com/pt/library/anatomia/tratos-ascendentes-e-descendentes-da-medula-espinhal
 
3 Neurologia - Fernanda Pereira - 8º período – 2023.1 – Exclusivo assinante @medicomfe 
A via funículo posterior-lemnisco medial (cordão posterior) 
transmite o tato discriminativo (toque leve) e sinais de 
propriocepção consciente para o córtex cerebral. 
A via espinotalâmica transmite sensibilidade não discriminativa 
(dor, temperatura, pressão) para o córtex somestésico primário) 
A via espinocerebelar transmite informações de propriocepção 
inconsciente para o cerebelo, e ascendem no mesmo lado. Este 
trato não cruza suas fibras. 
Vias motoras, descendentes 
Córtex 
• Trato corticoespinal lateral 
• Trato corticoespinal ventral 
• Trato corticonuclear 
Núcleos do tronco encefálico 
• Trato rubroespinal 
• Trato reticuloespinal 
• Trato vestibuloespinal 
• Trato tetoespinal 
1º neurônio motor: tem origem no córtex motor, passa pela 
cápsula interna, mesencéfalo, ponte, cruza as fibras para o lado 
contralateral no bulbo (decussação das pirâmides) e segue pela 
medula neste mesmo lado, onde faz sinapse com o 2º neurônio 
motor. 
2º neurônio motor: leva a informação do SNC até o grupamento 
muscular que vai desempenhar atividade. 
Reflexo tendinoso profundo 
O reflexo ocorre na medula espinhal na altura em que o 2º 
neurônio motor entra nesta. Como ocorre o reflexo? Quando o 
examinador faz o estímulo mecânico ocorre a excitação de um 
nervo aferente sensitivo que faz sinapse com o 2º neurônio motor 
na medula espinhal (excitando-o), gerando o sistema reflexo. 
É importante lembrar que a resposta do sistema reflexo é 
controlada pelo 1º neurônio motor. Em caso de lesão do 1º 
neurônio motor haverá hiperreflexia. 
Como saber se há hiperreflexia? Deve-se realizar o exame reflexo 
de todos os membros e comparar o reflexo entre eles, para 
determinar o padrão reflexo de cada indivíduo. 
 
Anotações 
 
 
 
 
Principais tratos 
 
 
Tratos da medula 
 
Figura 5: Principais tratos da medula espinhal em nível cervical. Disponível em: 
https://edisciplinas.usp.br/pluginfile.php/2298264/mod_resource/content/1/sistema
%20motor.pdf. 
Lesões medulares 
Síndrome posterior da coluna: hiperstesia + ataxia (perda de 
propriocepção e sensibilidade vibratória) em membros inferiores 
(bilateral). 
Síndrome do corno posterior na altura de C5-C8: analgesia e perda 
de sensibilidade térmica do membro superior do ipsilateral. 
Lesões radiculares: herpes zóster 
Nervos periféricos: refere-se a parte do sistema nervoso fora do 
cérebro e da medula. 
Nervo óptico e vias ópticas 
 
Como examinar o nervo óptico? 
1. Acuidade visual 
É testada separadamente em cada olho; 
Deve ser testada corrigindo erros de refração; 
https://edisciplinas.usp.br/pluginfile.php/2298264/mod_resource/content/1/sistema%20motor.pdf
https://edisciplinas.usp.br/pluginfile.php/2298264/mod_resource/content/1/sistema%20motor.pdf
 
4 Neurologia - Fernanda Pereira - 8º período – 2023.1 – Exclusivo assinante @medicomfe 
Para visão de longe usa-se o painel de Snellen (6m/20pés); 
Para visão de perto usa-se o cartão de Rosenbaum (36cm/14pol); 
Distúrbios graves da visão são descritos como: contar dedos 
(menos acometido), movimentos da mão, percepção da luz (mais 
acometido). 
2. Campo visual: é todo o limite da nossa visão periférica, é 
tudo que se consegue ver até o limite que a visão 
periférica atinge. 
Teste de confrontação: é testada separadamente em cada olho; 
deve ser testada corrigindo erros de refração; O examinador fica 
há uma distancia de 1 braço de comprimento do paciente; testar 
os campos direito, esquerdo, superior e inferior. 
A visão pode ser dividida em quatro quadrantes: (1) temporal 
superior; (2) temporal inferior; (3) nasal superior; e, (4) nasal 
inferior. 
O campo visual só pode ser analisado corretamente quando o 
examinador esta na mesma altura do paciente. 
Quando os dois olhos estão abertos os campos nasais se fundem, 
assim os olhos devem ser avaliados individualmente. Para a 
avaliação do campo visual nasal o outro olho deve estar fechado. 
3. Reflexo fotomotor 
Nervo óptico é a via aferente do reflexo fotomotor. 
As fibras que medeiam a visão também medeiam o reflexo pupilar 
a luz. Parte delas seguem direto (reflexo fotomotordireto), e 
outras decussam (reflexo fotomotor consensual ou indireto) até 
os núcleos de Edinger-Westphal; A partir do núcleo de Edinger-
Westphal (mesencéfalo) saem as fibras parassimpáticas que são 
levadas pelo nervo oculomotor ao esfíncter pupilar. 
Deve-se incidir luz no olho do paciente e observar a contração 
pupilar que é feita pelo sistema parassimpático junto com o nervo 
oculomotor (eferência do reflexo fotomotor). 
Como as informações se cruzam no quiasma óptico ao incidir a luz 
no olho esquerdo o olho direito também irá apresentar contração 
pupilar (reflexo fotomotor indireto ou consensual). 
4. Acomodação visual: tem por objetivo dar foco a visão, 
sem ela a vista fica turva ou dupla (diplopia). 
Exame: pede-se ao paciente para olhar a distância (relaxa a 
acomodação) e depois olhar um objeto próximo (o melhor objeto 
próximo é um dos dedos do próprio paciente). 
Resposta: convergência dos olhos e miose. 
5. Fundo de olho (fundoscopia) 
Necessário a presença de oftalmoscópio. 
Áreas de interesse neurológico: o disco óptico, a mácula e as 
artérias. 
Hipertensão intracraniana: pode refletir como um edema no 
nervo óptico, o que é conhecido como papiledema, as bordas do 
nervo óptico ficam difusas. 
Neurite óptica: atrofia optica e fica pálido. 
Nervos motores oculares: oculomotor, troclear, abducente 
Fazem parte em conjunto da motricidade ocular extrínseca. Assim, 
a avaliação é feita de forma conjunta porque eles trabalham em 
sinergia. 
Os 3 nervos cranianos motores oculares controlam a ação dos 
músculos intraoculares (esfíncter da pupila) e dos músculos 
extraoculares 
Olhar para cima: M. reto superior e M. oblíquo inferior; 
Olhar para baixo: M. reto inferior e M. oblíquo superior; 
Olhar para os lados: M. reto lateral e M. reto medial. 
Na visão anterior do globo ocular tem-se os músculos reto 
superior, inferior, medial e lateral. 
Na visão posterior do globo ocular tem-se os músculos oblíquo 
superior e inferior. 
Movimentação ocular extrínseca 
Nervo abducente (VI NC) - Motor 
Carreia fibras motoras a um músculo extraocular, o M. reto 
lateral. 
Ação: Olhar para fora, para lateral!!! 
Lesão (paresia): desvio do olhar para dentro, para o quadrante 
nasal. 
Mobilidade ocular intrínseca corresponde a motilidade da pupila 
Exame das pupilas: observar o tamanho e simetria; tamanho 
normal das pupilas (2 a 6 mm diâmetro); reflexos pupilares 
(reflexo fotomotor direto e indireto e reflexo de acomodação). 
Simetria: isocoria ou anisocoria 
Tamanho: miose ou midríase 
Exame dos nervos motores oculares 
Exame da motilidade ocular extrínseca 
Examinar os olhos ao mesmo tempo; avaliar as 6 direções 
principais do olhar; verificar a convergência; observar a presença 
de nistagmo. 
6 direções principais: obliquo inferior, reto medial, obliquo 
superior, reto inferior, reto lateral e reto superior. 
Nervo facial (VII) - motor e sensitivo 
Componente secretor: glândulas lacrimais e glândulas salivares 
(submandibular e sublingual) 
Componente motor: mimica/expressão fácil; músculos do couro 
cabeludo; músculos do ouvido; musculo bucinador, platisma, 
estapédio, etc. 
Componente sensitivo: paladar 2/3 anteriores da língua; 
sensibilidade exteroceptiva do tímpano e canal auditivo externo. 
Exame da mímica facial: observar a face em repouso e depois aos 
comandos motores; solicitar ao paciente que levante as 
sobrancelhas, franza a testa, feche os olhos, sorria, infle as 
bochechas com ar. Solicite que mantenha os olhos fechados 
contra resistência. Observar qualquer assimetria dos movimentos 
ou incapacidade de fazê-los. 
 
5 Neurologia - Fernanda Pereira - 8º período – 2023.1 – Exclusivo assinante @medicomfe 
Diferença de paralisia central e periférica 
Paralisia facial periférica: lesão no nervo facial 
Toda hemiface está acometida! Pode ser paralisia de Bell 
Paralisia ipsilateral à lesão. 
A paralisia facial periférica cursa com olho ipsilateral à 
lesão que não fecha. 
Paralisia facial central: lesão supra nucleares (acima do núcleo do 
nervo craniano). 
Só acomete o andar inferior da hemiface. 
Paralisia contralateral a lesão. 
Isso acontece porque o andar superior da face é inervado por 
fibras de dois hemisférios cerebrais, enquanto o andar inferior da 
face é inervado por fibras que vem de apenas um hemisfério 
cerebral. 
Lesões do córtex frontal: alteração comportamental 
Temas extra 
Coreia de Sydenham: afecção causada pelo S. beta hemolítico que 
ccausa alargamento do corpo estriado (globo pálido, putamen e 
núcleo caudado). Esse distúrbio do movimento (extra piramidal) 
acontece como uma dança e, pode estar associado à fraqueza, 
perda dos movimentos distais (movimentos finos) e hemibalismo. 
Controle motor do cérebro 
O planejamento do movimento é feito pelo córtex motor 
suplementar que envia as informaçãoes para o Striatum. O striatum 
recebe modulação da subtância negra através da dopamina, que 
age por duas vias. 
Na primeira via, via direta, a dopamina atua nos receptores D1, 
inibe o globo pálido medial (GPM), não consegue inibir o tálamo, 
assim, o tálamo estará livre para enviar informações ao córtex 
motor primário para gerar o movimento. 
Na segunda via, via indireta, a dopamina atua sobre os receptores 
D2, inibindo-os. Essa inibição permite que o globo pálido lateral 
(GPL) fique parcialmente ativado e faça a inibição do núcleo 
subtalâmico, inibindo a atividade do GPM, o que permite a 
atividade do tálamo para gerar o moviemnto. 
Mal de Parkinson: patologia que degenera os neurônios 
dopaminérgico na substância negra. Assim, as duas vias terão 
carência de dopamina. Não haverá inibição do GPM, o tálamo será 
inibido e não irá conseguir excitar o córtex motor primário e gerar 
o movimento. Da mesma forma, na via indireta, a carência de 
dopamina na via indireta não conseguirá ativar o GPL para provocar 
a inibição do núcleo subtâlamico, assim, o núcleo subtalâmico irá 
excitar o GPM que inibe o tálamo e o movimento.

Continue navegando