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A conduta só é reprovável quando, diante das circunstâncias do fato, o sujeito tenha a possibilidade de realizar outra conduta, de acordo com o ordenamento jurídico. Teoria das circunstâncias concomitantes de frank Frank, em 1907, em sua obra Estrutura do conceito de culpabilidade, advertiu que, em face de um fato criminoso, devemos observar as circunstâncias que o acompanham, que denominou “concomitantes”. Para ele, as circunstâncias que concorrem no cometimento de um fato têm grande importância, posto que não só podem atenuar a pena, como também excluir a culpabilidade. Apresenta dois exemplos: um viajante apropria-se de dinheiro sob sua custódia a fim de levar uma vida de luxo; um carteiro mal remunerado, angustiado pelos problemas econômicos, apropria-se do dinheiro da correspondência para adquirir alimentos para sua família. Nos dois casos, é a mesma a relação psicológica entre os sujeitos e o resultado; não existe, porém, a mesma culpabilidade. Efeito da inexigibilidade de conduta diversa Só há culpabilidade quando, devendo e podendo o sujeito agir de maneira conforme ao ordenamento jurídico, realiza conduta diferente, que constitui o delito. A inexigibilidade de conduta diversa é, então, causa de exclusão da culpabilidade. Isso ocorre no caso de coação moral irresistível. Referências: JESUS, Damásio de. Parte geral – arts. 1 ao 120 do CP. Vol 1. Atualizador: André Estefam. 37 ed. – São Paulo: Saraiva Educação, 2020.
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