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Curso Livre de Formação em Psicanálise Disciplina: Sociologia das Doenças Mentais FIC SERVIÇOS EDUCACIONAIS LTDA www.fic.vcx.com.br FIC SERVIÇOS EDUCACIONAIS LTDA CURSO LIVRE DE FORMAÇÃO EM PSICANÁLISE DISCIPLINA: SOCIOLOGIA DAS DOENÇAS MENTAIS http://www.fic.vcx.com.br/ Curso Livre de Formação em Psicanálise Disciplina: Sociologia das Doenças Mentais FIC SERVIÇOS EDUCACIONAIS LTDA www.fic.vcx.com.br CONCEITO GERAL Sociologia é a ciência comportamental que estuda os princípios organizadores da vida social, o impacto de forças sociais e históricas mundiais sobre estes princípios e o modo como estes princípios afetam o comportamento individual e organizacional. Os sociólogos supõem que forças sociais fundamentais influenciam a ação individual determinando áreas de opções comportamentais possíveis. A investigação sociológica busca esclarecer estas forças sociais a fim de entender os motivos que subjazem ao comportamento humano. A sociologia comportamental é relevante para os psiquiatras de diversas formas. Ao longo da ultima década os sociólogos estudaram os determinantes socioculturais da saúde e da doença mental, fatores sociais na busca de ajuda psiquiátrica, atitudes em relação aos doentes mentais e a organização do atendimento de saúde mental. Em cada uma destas áreas existe um corpo teórico e de pesquisa interdisciplinar, com contribuições http://www.fic.vcx.com.br/ Curso Livre de Formação em Psicanálise Disciplina: Sociologia das Doenças Mentais FIC SERVIÇOS EDUCACIONAIS LTDA www.fic.vcx.com.br feitas não apenas por sociólogos, mas também por psiquiatras, psicólogos e epidemiologistas. A sociologia aplica a biologia a processos sociais. Transtornos psiquiátricos podem ser considerados subconjuntos destes processos. O termo “sociobiologia” entrou em uso logo após a Segunda Guerra Mundial, quando a pesquisa sobre o comportamento animal prosperou, mas tomou- se popular e polêmico devido ao livro de Edward O. Wilson sobre comportamentos sociais na vida animal, Sociobiology: The New Symthesis, publicado em 1975. Wilson enfatizou fortemente os fatores evolutivos em sua formulação, mas omitiu a psiquiatria, exceto ao mencionar o suicídio em suas frases de abertura. http://www.fic.vcx.com.br/ Curso Livre de Formação em Psicanálise Disciplina: Sociologia das Doenças Mentais FIC SERVIÇOS EDUCACIONAIS LTDA www.fic.vcx.com.br O CONTEXTO SOCIAL DE ATIVIDADE PESSOAL No contexto da Sociologia deparamos com a profissão médica passando por imensas mudanças como veremos a seguir: a) Arranjos ambulatoriais diversificados. b) Grupos de Diagnósticos e Indústria de atendimento médico: Que trabalham suas fatias no mercado, na intenção lógico de simplificar o bom atendimento dos pacientes. Conseqüentemente, as competições e prestadores de serviço toma-se crescente e preocupante. c) Estas mudanças fazem parte de forças sociais mais amplas que incluem o envelhecimento da nossa população e mudanças de coorte, que levaram à expansão massiva na instalação da indústria de atendimento médico e a uni marcante aumento no número de médicos no mercado local. Os sociólogos têm estado intensamente interessados nas implicações destas tendências para o futuro da medicina. Uma perspectiva sustenta http://www.fic.vcx.com.br/ Curso Livre de Formação em Psicanálise Disciplina: Sociologia das Doenças Mentais FIC SERVIÇOS EDUCACIONAIS LTDA www.fic.vcx.com.br que a dominação de médicos do sistema de atendimento de saúde está demasiado firmemente estabelecida para ser abalada pelas mudanças em andamento no contexto social. A subordinação legal ao médico de enfermeiras, farmacêuticos e outros profissionais de atendimento de saúde, é citada como um fato crítico, assim como poderes de licenciamento exclusivos concedidos a médicos como guardiões do sistema de atendimento médico. Supõe-se que a profissão médica encontra-se em uma metamorfose ou diante de um período de declínio de concentração em decorrência do surgimento do consumismo em medicina. Quanto maior o número de pacientes médicos que sofrem de condições crônicas ao invés de agudas cria-se um grupo de interesse de pessoas leigas que adquirem considerável conhecimento técnico sobre suas próprias aflições, que se reúnem em grupos de auto-ajuda e às vezes desafiam os profissionais que cuidam deles. http://www.fic.vcx.com.br/ Curso Livre de Formação em Psicanálise Disciplina: Sociologia das Doenças Mentais FIC SERVIÇOS EDUCACIONAIS LTDA www.fic.vcx.com.br Considera-se que diversificação técnicas de procedimentos médicos e as crescentemente importantes contribuições ao atendimento de saúde por técnicos especializados que não são médicos também desempenham um papel. Com mudanças na organização do atendimento profissional, novos sistemas de propriedade e administração promoveram competição entre os médicos, o que inevitavelmente traz consigo um maior controle do consumidor. Finalmente, a posição dominante de grandes seguradoras consolida a posição de barganha dos consumidores de um modo novo. Estas visões são particularmente relevantes para os psiquiatras, porque a existência de especialistas auxiliares em saúde mental, como psicólogos clínicos e assistentes sociais psiquiátricos, não tem contrapartida entre outras especialidades médicas. Uma outra perspectiva sobre a natureza em transformação da prática médica envolve a proletarização do trabalho médico. ‘Mais e mais médicos, especialmente psiquiatras, estão trabalhando como empregados http://www.fic.vcx.com.br/ Curso Livre de Formação em Psicanálise Disciplina: Sociologia das Doenças Mentais FIC SERVIÇOS EDUCACIONAIS LTDA www.fic.vcx.com.br assalariados em grandes organizações burocráticas. A medida que estas organizações instituem estilos administrativos orquestrados pelos egressos de escolas de administração ao invés de escola de medicina, mudanças em procedimentos para o controle profissional invariavelmente ocorrerão. Revisão formal dos procedimentos está sendo aplicado a uma gama mais ampla de acompanhamentos profissionais. Dentro de instituições particulares, mecanismos estão sendo desenvolvidos para monitorar e controlar as decisões técnicas dos clínicos. Todas estas tendências resultarão em maior controle externo do domínio da prática profissional. http://www.fic.vcx.com.br/ Curso Livre de Formação em Psicanálise Disciplina: Sociologia das Doenças Mentais FIC SERVIÇOS EDUCACIONAIS LTDA www.fic.vcx.com.br DETERMINANTES SOCIAIS E CULTURAIS DE DOENÇA MENTAL Durante a década passada as pesquisas sobre fatores sociais e culturais em psicopatologia foram dominadas por um interesse nos efeitos prejudiciais à saúde de experiências de vida estressantes. Eventos de Vida: Embora a hipótese de que o estresse pode causar transtorno mental seja antiga, pesquisas populacionais sérias sobre o tópico, embasadas foram conduzidas apenas durante as duas últimas décadas. Grande parte da pesquisa usou um inventário de eventos de vida para medir o estresse e avaliar seus efeitos. A pesquisa inicial foi limitada a estudos de caso- controle nos quais relatos retrospectivos sobre eventos de vida foram obtidos de pacientes psiquiátricos e de controles. Trabalhos mais recentes foram embasados em amostras da população geral e em design Longitudinais. http://www.fic.vcx.com.br/ Curso Livre de Formação em Psicanálise Disciplina: Sociologia das Doenças Mentais FIC SERVIÇOS EDUCACIONAIS LTDA www.fic.vcx.com.br É difícil documentar efeitos causais de eventos de vida sobre doenças mentais, pois uma associação evento-doença pode refletir uma influência da doença sobre o evento ao invés do contrário. Perda de emprego, divórcio e muitos outros eventos de vida importante podem resultar de transtornos preexistentes e não há nenhum meio seguro para descontar esta possibilidade em estudosnão experimentais que são o suporte da pesquisa de estresse. Não obstante, estudos que focalizam sobre eventos sabidamente independentes de transtorno anterior elucidaram os efeitos do estresse. Estudos de perda de emprego devido a fechamentos de fábricas, por exemplo, documentaram taxas de ansiedade e depressão clinicamente significativas entre trabalhadores desempregados duas a três vezes superiores às encontradas entre os estavelmente empregados. Ao longo da última década, à medida que os cientistas sociais focalizaram sobre adaptação a crise de vida particulares, esforços foram empreendidos para especificar as dimensões de crises que os tornam estressantes. O impacto diferencial de eventos pode ser explicado em parte por diferenças http://www.fic.vcx.com.br/ Curso Livre de Formação em Psicanálise Disciplina: Sociologia das Doenças Mentais FIC SERVIÇOS EDUCACIONAIS LTDA www.fic.vcx.com.br nos modos como estas dimensões coalescem em casos particulares. Por exemplo, perda de emprego parece promover ansiedade e depressão aumentando a tensão financeira e intensificando reatividade a estresses não relacionados. Conseqüentemente, os resultados psiquiátricos mais sérios associados a perda de emprego são encontrados entre pessoas que carecem de reservas financeiras e experimentam uma outra crise importante (por exemplo, um filho desenvolve uma doença ameaçadora da vida) durante o período de desemprego. A próxima década tende a testemunhar uma importante expansão da pesquisa que visa delinear as feições contextuais de experiências que prevêem adaptação e recuperação saudáveis. Duas linhas de pesquisa relacionadas também se desenvolveram ao longo da última década: a) Estudos de transtorno de estresse pós traumático após estupro ou combate elaboraram o impacto de tais estressores por toda a existência. http://www.fic.vcx.com.br/ Curso Livre de Formação em Psicanálise Disciplina: Sociologia das Doenças Mentais FIC SERVIÇOS EDUCACIONAIS LTDA www.fic.vcx.com.br Este trabalho motivou os pesquisadores a considerar os efeitos a longo prazo de adversidades no inicio da vida (por exemplo, morte parental ou violência familiar) no contexto de uma perspectiva desenvolvimental sobre a psicopatologia. b) A outra linha de pesquisa estudou os efeitos de historia prévia da psicopatologia sobre reações de estresse, às vezes em conjunção com uma investigação do impacto de adversidades no início da vida sobre reações emocionais para eventos de vida adulta. Esta pesquisa estabeleceu que estresses em adultos promovem episódios clinicamente significativos de transtorno principalmente entre pessoas que já são vulneráveis. As implicações do achado para esforços de pesquisa e prevenção futuros ainda não foram plenamente apreciadas; espera-se que intervenções futuras visarão estas pessoas mais vulneráveis a estresses quando adultos. http://www.fic.vcx.com.br/ Curso Livre de Formação em Psicanálise Disciplina: Sociologia das Doenças Mentais FIC SERVIÇOS EDUCACIONAIS LTDA www.fic.vcx.com.br Estresse crônico e transtorno Emocional: É mais fácil determinar que um evento ocorreu do que medir a existência de uma situação estressante continuada e é mais fácil fazer uma interpretação causal sobre o efeito de um evento distinto do que de um estresse crônico. Conseqüentemente, muitos pesquisadores favoreceram medições de eventos de vida em relação a medições de estresse crônico. Esta preferência não implica que eventos de vida são mais importantes do que estresses crônicos. Pesquisas recentes usando levantamentos em comunidades sugerem que estresses crônicos são mais preditivos de transtornos psicológicos do que os eventos de vida. procedimentos mais confiáveis para medir estresses crônicos e seus efeitos ainda têm que ser desenvolvidos. A pesquisa mais desenvolvida deste tipo até o momento concentra-se em estresse de trabalho. Estudos naturalistas documentaram que pressões de tempo, proximidade da supervisão insegurança no emprego e uma variedade de outras dimensões de estresse no trabalho estão associadas a http://www.fic.vcx.com.br/ Curso Livre de Formação em Psicanálise Disciplina: Sociologia das Doenças Mentais FIC SERVIÇOS EDUCACIONAIS LTDA www.fic.vcx.com.br uma incidência mais elevada de depressão, ansiedade e abuso de substância. Com base nestes resultados, estudos mais proximamente focalizados de ocupações de alto risco como trabalho em linha de montagem e controle de tráfego aéreo foram realizados. Estes estudos associaram constelações particulares de condições de trabalho com incapacidade emocional. Por exemplo: Diversos estudos estabeleceram uma ligação entre a combinação de altas exigências de trabalho (por exemplo, um emprego no qual os trabalhadores devem apressar-se para cumprir prazos importantes) e baixa extensão decisória (ou seja, baixo controle tanto sobre o ritmo como sobre a organização de trabalho) com tanto incapacidade emocional quanto doença cardiovascular. Diversas grandes empresas concordaram em realizar experimentos de redesign de trabalho visando modificar algumas destas condições de trabalho prejudiciais à saúde. Motivados parcialmente por um desejo de aumentar a produtividade do trabalhador, os experimentos estão suprindo uma oportunidade sem paralelo para estudar os efeitos do estresse http://www.fic.vcx.com.br/ Curso Livre de Formação em Psicanálise Disciplina: Sociologia das Doenças Mentais FIC SERVIÇOS EDUCACIONAIS LTDA www.fic.vcx.com.br crônico. Eles deveriam produzir conhecimentos novos importantes acerca dos determinantes de estresse crônico de trabalho e sobre estratégias eficazes para mudar ambientes de trabalho para reduzir os tipos de estresse mais perniciosos. http://www.fic.vcx.com.br/ Curso Livre de Formação em Psicanálise Disciplina: Sociologia das Doenças Mentais FIC SERVIÇOS EDUCACIONAIS LTDA www.fic.vcx.com.br COMO LIDAR COM O STRESS Queremos compilar aqui escritos dos Drs. Dorival Caetano e Luiz Paulo de C. Becheili da Sociedade Brasileira de Psiquiatria Clínica, 1992. Publicação DHHS No (ADM) 87.502. Traduzido do original americano do “National institute of Mental Health “, Divisão de comunicação e Educação, “PIam Talk Series “, editora Ruth Kay. O Stress nos acompanha quase todo o tempo. Provém da atividade mental ou emocional e atividade fisica. E exclusivo e individual para cada um de nós. Tão individual, de fato, que o que pode ser relaxante para uma pessoa, pode ser estressante para outra. Por Exemplo: Se você for um executivo atarefado que gosta de se manter ocupado o tempo todo “ficar ocioso” na praia, em um lido dia, pode fazê-lo sentir-se extremamente frustrado, não produtivo e chateado. Você pode ficar emocionalmente tenso por “estar sem fazer nada”. Stress emocional em excesso pode produzir doenças físicas, tais como hipertensão arterial, http://www.fic.vcx.com.br/ Curso Livre de Formação em Psicanálise Disciplina: Sociologia das Doenças Mentais FIC SERVIÇOS EDUCACIONAIS LTDA www.fic.vcx.com.br úlceras oi mesmo doenças do coração; o stress físico produzido pelo trabalho ou exercício provavelmente não causa estes distúrbios. A verdade é que o exercício físico pode ajudá-lo a relaxar e a controla o seu “stress” emocional ou mental. O médico Hans Selye, um especialista reconhecido nesta área, definiu “stress” como: Uma resposta inespecífica do organismo a uma solicitação. O importante é aprender como nosso organismo reage a tais solicitações. Quando se torna prolongado ou particularmente frustrante, o “stress” pode tornar-se nocivo causando angústia, ou seja, “stress” ruim. Reconhecer os primeiros sinais de tensão e então fazer algo a respeito pode significar uma importante diferença na sua qualidade de vida e até mesmo influenciar sua sobrevivência. http://www.fic.vcx.com.br/ Curso Livre de Formaçãoem Psicanálise Disciplina: Sociologia das Doenças Mentais FIC SERVIÇOS EDUCACIONAIS LTDA www.fic.vcx.com.br Reagindo ao “stress”: Para usar o “stress” de forma positiva e evitar que ele se torne angústia, você deve se tomar consciente de suas próprias reações aos eventos estressantes. O organismo reage ao “stress” através de três estágios: 1º Alertar; 2º Resistência; 3º Exaustão. Vamos tomar o exemplo de uni motorista típico em horário de grande movimento. Se um carro subitamente avança o sinal à frente dele, a reação de alerta inicial que ele tem pode incluir medo de um acidente, raiva do infrator e frustração. O organismo pode responder ao estado de alerta com a liberação de hormônios na corrente sanguínea, o que causa rubor facial, transpiração, sensação de aperto no estômago e tensão muscular nos braços e pernas. http://www.fic.vcx.com.br/ Curso Livre de Formação em Psicanálise Disciplina: Sociologia das Doenças Mentais FIC SERVIÇOS EDUCACIONAIS LTDA www.fic.vcx.com.br () estágio seguinte é de resistência, no qual o organismo repara o distúrbio produzido pelo “stress”. Se, entretanto, o “stress” no trânsito tiver seqüência, por contingências como a atividade cotidiana ou congestionamentos freqüentes, o organismo não terá tempo suficiente para se restabelecer. O indivíduo pode se tomar tão condicionado a esperar problemas potenciais ao dirigir, que fica tenso cada vez que se sentar ao volante, podendo vir a desenvolver uma (ou mais de uma) das doenças do “stress”, como enxaqueca, hipertensão arterial, lombalgia ou insoma. Embora seja impossível viver completamente livre de “stress” ou angústia, é possível evitar-se alguma tensão bem como minimizar seu impacto quando ela não puder ser evitada. Ajudando a si próprio: Quando o “stress” de fato ocorre, é importante reconhecê-lo e saber lidar com ele. http://www.fic.vcx.com.br/ Curso Livre de Formação em Psicanálise Disciplina: Sociologia das Doenças Mentais FIC SERVIÇOS EDUCACIONAIS LTDA www.fic.vcx.com.br Algumas sugestões: Quando começar a compreender como o “stress” o afeta, o paciente desenvolverá suas próprias idéias de como aliviar a tensão. Reconheça seus limites: Se o paciente estiver diante de um problema além de seu controle e que não pode ser modificado no momento, não lute contra ele. Aprenda a aceitá-lo — por enquanto — até chegar o momento em que possa resolvê- lo. Compartilhe seu “stress”: Conversar com alguém sobre seus problemas e preocupações ajuda. Talvez um amigo, uma pessoa da família, um professor ou conselheiro possam ajudar esse paciente a ver seu problema sob um ângulo diferente. Se o individuo achar que o seu problema é grave, é melhor procurar a ajuda profissional, isto poderá evitar problemas mais graves no futuro. http://www.fic.vcx.com.br/ Curso Livre de Formação em Psicanálise Disciplina: Sociologia das Doenças Mentais FIC SERVIÇOS EDUCACIONAIS LTDA www.fic.vcx.com.br Procure praticar atividade física: Quando o indivíduo estiver nervoso, com raiva ou chateado, reduza a pressão através de exercícios ou atividades física. Correr, caminhar, jogar tênis ou trabalhar no jardim são algumas atividades adequadas para isso. O exercício físico alivia a sensação de “opressão”, relaxa e ajuda a transformar as contrações faciais em sorriso. Lembre-se de que seu corpo e sua mente trabalham juntos. Cuide-se: Você é especial. Repouse o suficiente e alimente-se bem. Se ficar tenso e irritável por dormir pouco, ou se não se alimentar corretamente, o indivíduo terá menor capacidade de lidar com situações estressantes. Reservar tempo para distrair-se: O profissional deve programar o tempo do paciente para trabalho e para recreação - Considerando que o lazer pode ser tão importante para o bem- http://www.fic.vcx.com.br/ Curso Livre de Formação em Psicanálise Disciplina: Sociologia das Doenças Mentais FIC SERVIÇOS EDUCACIONAIS LTDA www.fic.vcx.com.br estar quanto o trabalho. O paciente precisará de distrações na sua rotina diária de trabalho para relaxar e evitar o “stress”. O ser participante: Uma forma de evitar o tédio ou de se sentir triste e solitário é ir onde as coisas estão acontecendo. Ficar sentado sozinho, sem fazer nada pode deixar a pessoa frustrada. Ao invés de sentir pena de si mesma, tentar participar de algo bom e produtivo. Envolver-se com pessoas que precisem de você (paciente). Para tanto, incentivar o paciente que sempre que puder, ofereça seus préstimos à vizinhança ou participe de organizações assistenciais como voluntário. Ao ajudar os outros o paciente estará ajudando a si próprio. Envolvendo-se com o mundo e com as pessoas ao seu redor, ela descobrirá que elas aparecerão a sua iniciativa e isso abrirá Portas para o paciente fazer novas amizades e desfrutar de uma vida mais interessante. http://www.fic.vcx.com.br/ Curso Livre de Formação em Psicanálise Disciplina: Sociologia das Doenças Mentais FIC SERVIÇOS EDUCACIONAIS LTDA www.fic.vcx.com.br Organizar suas Atividades: Tentar fazer tudo ao mesmo tempo pode ser estressante e, como resultado, o individuo acaba não conseguindo fazer nada. Todavia, ao invés disso, o profissional deve ensinar o paciente a organizar uma lista das tarefas que ele precisará realizar e então fazer uma de cada vez, eliminando-a da relação até completar todas. Dando prioridade às mais importantes e fazendo-as primeiro. E quando o paciente reclamar porque as pessoas lhe chateiam por não fazerem as coisas do seu leito?: Instruir o paciente que tente a cooperação ao invés da confrontação; é melhor do que lutar e estar sempre “certo”. Um pouco de concessão de ambos os lados reduz a tensão e faz com que os dois se sintam mais confortáveis. http://www.fic.vcx.com.br/ Curso Livre de Formação em Psicanálise Disciplina: Sociologia das Doenças Mentais FIC SERVIÇOS EDUCACIONAIS LTDA www.fic.vcx.com.br Paciente estressado quer chorar: Chorar pode ser uma forma saudável de aliviar a ansiedade e pode até mesmo evitar uma enxaqueca ou outra conseqüência física de seu estado emocional. Procure inspirar profundamente, isto também alivia a tensão. Criar um ambiente Calmo: Ajudando o paciente de que ele não pode fugir sempre dos problemas ou dificuldades, mas pode “sonhar o sonho impossível”. Ela pode pintar mentalmente (ou na tela mesmo) uma cena tranqüila num campo, para escapar de uma situação conflitiva ou estressante Poderá inclusive, mudar de cenário lendo um bom livro ou ouvindo música agradável para criar sensação de paz e tranqüilidade. Automedicação: Instruir o paciente a evitar a automedicação. Apesar de que o paciente pode usar medicamentos para aliviar a tensão temporariamente (ou com prescrição médica). Todavia, lembre-se de que os remédios nem sempre http://www.fic.vcx.com.br/ Curso Livre de Formação em Psicanálise Disciplina: Sociologia das Doenças Mentais FIC SERVIÇOS EDUCACIONAIS LTDA www.fic.vcx.com.br removem as condições causadoras do “Stress”. Alguns medicamentos, na realidade, podem criar hábito e produzir, mais do que aliviar, o “stress”. Remédio só deve ser tomado quando prescrito pelo seu médico. A arte de relaxar: A melhor estratégia para evitar o “stress” é aprender a relaxar. Infelizmente muitas pessoas tentam relaxar no mesmo ritmo em que conduzem o resto de suas vidas. Por algum tempo desligue-se de suas preocupações com agendas, produtividade e com aquela filosofia de “fazer a coisa certa”. Informar o paciente: dê a si mesmo uma chance de sentir prazer em somente “se?’, sem esforço. Descubra atividades que lhe dêem satisfação e que sejam boas para seu bem-estar físico e mental. Desista de “vencer a todo custo”. Concentre-se em relaxamento, prazer e saúde. Sela bom para você mesmo. http://www.fic.vcx.com.br/ Curso Livre de Formação em Psicanálise Disciplina:Sociologia das Doenças Mentais FIC SERVIÇOS EDUCACIONAIS LTDA www.fic.vcx.com.br Fatores de Vulnerabilidade: Apenas uma pequena minoria de pessoas que são expostas a experiências de vida estressantes, desenvolvem transtornos emocionais clinicamente significativos. De fato evidências emergentes indicam que encontros estressantes podem ás vezes promover competência. Correspondentemente, o principal impulso da pesquisa corrente sobre estresses de vida é identificar variáveis que ajudam a explicar diferenças em resposta ao estresse. Alguns investigadores enfatizaram características psicológicas duradouras tais como flexibilidade cognitiva, comportamentos efetivos para a resolução de problemas e habilidades interpessoais. Outros focalizaram em recursos mais sociais como apoio social e recursos financeiros. Apoio Social: O termo apoio social tem sido amplamente usado para referir-se aos mecanismos pelos quais os relacionamentos interpessoais protegem pessoas dos efeitos deletérios do estresse. A popularidade do teimo foi http://www.fic.vcx.com.br/ Curso Livre de Formação em Psicanálise Disciplina: Sociologia das Doenças Mentais FIC SERVIÇOS EDUCACIONAIS LTDA www.fic.vcx.com.br disparada por uma série de artigos de revisão influentes realizados em meados da década de 70, os quais demonstraram uma relação consistente entre transtornos psiquiátricos e fatores como estado civil, mobilidade geográfica e isolamento social. Embora altamente inferenciais em seus argumentos e nem sempre claros sobre sua definição do conceito, os artigos geraram muito interesse cientifico na possibilidade de que apoio social possa apresentar efeitos promotores da saúde. Desde então, os tópicos e evidências foram sujeitos a exame crítico. Diversos tipos de apoio social foram identificados e distinções foram feitas empiricamente entre os efeitos das diversas dimensões. Várias funções diferentes de apoio social foram identificadas, tais como a expressão de julgamentos positivos, expressão de concordância com as crenças ou sentimentos da pessoa, encorajamento de ventilação e fornecimento de conselhos ou informações. http://www.fic.vcx.com.br/ Curso Livre de Formação em Psicanálise Disciplina: Sociologia das Doenças Mentais FIC SERVIÇOS EDUCACIONAIS LTDA www.fic.vcx.com.br População normal e estados de casos controle A pesquisa mais recente concentrou-se na habilidade do apoio social de reduzir o impacto do estresse sobre a saúde. Por exemplo: Foi mostrado que o impacto de eventos de vida em provocar episódios dc transtorno depressivo maior é reduzido entre pessoas que possuem relacionamentos íntimos, confidentes com amigos ou parentes. Em um estudo, quase 40% das mulheres estressadas sem um confidente tornaram se deprimidas em comparação com apenas 4 por cento das mulheres que tinham acesso a um confidente. Este resultado foi reproduzido em diversos levantamentos comunitários e estudos de caso- controle. Embora estes estudos supram evidências sugestivas. problemas metodológicos obscurecem os resultados. Não há virtualmente modo algum de descartar a possibilidade de que alguma predisposição, ou a seus correlatos na personalidade, ser menos propensas do que outras a formar relacionamentos pessoais íntimos, confidentes. http://www.fic.vcx.com.br/ Curso Livre de Formação em Psicanálise Disciplina: Sociologia das Doenças Mentais FIC SERVIÇOS EDUCACIONAIS LTDA www.fic.vcx.com.br Intervenção Experimental: Examinaram o efeito do suporte em resultados tais como ansiedade pré- operatória, recuperação de cirurgia e aderência a regimes médicos. Intervenções de apoio também lutam instituídas para facilitar o enfrentamento de crises de vida como viuvez, estupro e perda de emprego. Estas intervenções operacionalizaram apoio de diversos modos, embora todos tenham envolvido tanto interações emocionais tomo informativas com supridores de apoio. A maioria fora suprida por profissionais de atendimento de saúde e fora modestas em alcance, geralmente usando recursos limitados e envolvendo um pequeno número de sessões. Na vasta maioria dos casos, tais manipulações foram eficazes para promover ajustamento a crises de vida. Embora o apoio social possa proteger contra transtornos emocionais que podem estar Ligados a crises de vida, experimentos de intervenção não foram projetados para esclarecer os mecanismos através dos quais esta influência ocorre. Ademais, já que a http://www.fic.vcx.com.br/ Curso Livre de Formação em Psicanálise Disciplina: Sociologia das Doenças Mentais FIC SERVIÇOS EDUCACIONAIS LTDA www.fic.vcx.com.br maioria das intervenções foram multifacetadas. é impossível especificar que aspectos do apoio são mais eficazes. Direções Futuros: As evidencias sugerem que o apoio social pode desempenhar um papel importante para proteger tanto contra o inicio como contra a continuação de psicopatologia. Um entendimento mais claro destas influências requererá avanços de pesquisas em diversas direções. Um avanço envolveria a especificação adicional dos componentes do apoio social, incluindo seus efeitos diferenciais, dependendo do supridor. Um tópico relacionado refere-se aos efeitos de interações sociais negativas. A Literatura sugere claramente que interações entre indivíduos psiquiatricamente prejudicados e suas redes sociais não são meramente não apoiadoras, mas abertamente conflituosas. Seria útil avaliar trocas sociais negativas como fatores de risco para o inicio e o prolongamento de transtornos psiquiátricos. Nos poucos estudos que compararam elementos positivos e negativos da interação social, os elementos negativos foram http://www.fic.vcx.com.br/ Curso Livre de Formação em Psicanálise Disciplina: Sociologia das Doenças Mentais FIC SERVIÇOS EDUCACIONAIS LTDA www.fic.vcx.com.br uniformente mais fortemente relacionados a conseqüências na saúde mental. Deve-se aprender mais sobre a importância relativa de componentes positivos e negativos como pára-choques para o estresse e fatores de risco. Há até mesmo evidências de que alguns comportamentos de apoio são danosos e tornam as coisas piores. Estes esforços de ajuda fracassados parecem particularmente propensos a ocorrer quando a ajuda solapa o senso de autocontrole e competência da vítima na crise. O melhor pensamento atual sobre a importância da percepção de disponibilidade de apoio hipotético é que ele leva a avaliação da situação como manejável A percepção, por sua vez parece promover esforços de enfrentamento autoconfiantes e ativos que dão à pessoa algum senso de domínio sobre a situação de crise. Algumas intervenções de apoio foram desenvolvidas com esta perspectiva em mente. Pesquisas sobre vítimas de desastres naturais, por exemplo, mostram que a adaptação emocional é melhorada se a equipe de atendimento mobiliza as vítimas de desastres a participar ativamente no trabalho reconstrutivo ao invés de sentar-se por http://www.fic.vcx.com.br/ Curso Livre de Formação em Psicanálise Disciplina: Sociologia das Doenças Mentais FIC SERVIÇOS EDUCACIONAIS LTDA www.fic.vcx.com.br perto com cobertores e café. Pesquisas futuras são necessárias para ligar intervenções de apoio com intervenções de auto-ajuda e entender mais sobre a capacidade de apoio para mobilizar enfrentamento ativo. Psicopatologia Prévia: Uma importante pesquisa recente conceituou história prévia de psicopatologia como um fator de vulnerabilidade Nós agora sabemos que eventos estressantes exercem efeitos minto mais poderosos sobre a recorrência de depressão do que sobre o primeiro episodio de depressão tia fase adulta. História prévia também foi associada a muitas das variáveis psicossociais que são conhecidas como fatores de vulnerabilidade para depressão, incluindo variáveis sociodemográficas como classe social e sexo, recursos sociais como acesso a apoio social e variáveisde personalidade como neurose e auto-estima. A associação de história prévia com todos estes fatores de vulnerabilidade levanta a questão de se os efeitos supostos destas variáveis podem ser devidos, ao menos em parte, a história previa. http://www.fic.vcx.com.br/ Curso Livre de Formação em Psicanálise Disciplina: Sociologia das Doenças Mentais FIC SERVIÇOS EDUCACIONAIS LTDA www.fic.vcx.com.br DIFERENÇAS GRUPAIS EM TRANSTORNOS PSIQUIÁTRICOS Tratado de Psiquiatria Compreensiva: Grande parte da pesquisa sociológica sobre psicopatologia esteve interessada em correlatos estruturais de doenças psiquiátricas, como: classe social, sexo, raça, Idade e urbanicidade. Pesquisas recentes centraram-se nestas mesmas associações de um modo que reflete tópicos contemporâneos. A hipótese mais óbvia para testar ao examinar tais associações é que a exposição diferencial ao estresse explica diferenças grupais em doença mental. Agora está claro que esta hipótese pode ser rejeitada. Embora pessoas em posições comparativamente desvantajosas na sociedade (por exemplo: mulheres, pessoas com status sócio-econômico mais baixo, não-brancos) sejam expostas a mais estresse do que seus conclusivos avantajados, a exposição diferencial não pode explicar suas taxas mais altas de ansiedade, depressão e angústia não especifica em amostras na população geral. http://www.fic.vcx.com.br/ Curso Livre de Formação em Psicanálise Disciplina: Sociologia das Doenças Mentais FIC SERVIÇOS EDUCACIONAIS LTDA www.fic.vcx.com.br Classe Social: Uma das mais velhas e mais firmemente estabelecidas associações em epidemiologia psiquiátrica é a entre classe social e doença mental. Pessoas em posições socialmente desvantajosas apresentam taxas superiores de transtornos psiquiátricos em relação a suas contrapartidas mais avantajadas, conforme medido por tratamentos estatísticos, angústia não específica em levantamentos na comunidade e transtornos psiquiátricos clinicamente significativos em estudos epidemiológicos. Até o inicio da década de 70 a linha de pensamento dominante na literatura sobre classe e doença mental era que as pessoas de classe baixa expostas a experiências de vida mais estressantes do que as com status social mais avantajado e que esta exposição diferencial explicava o relacionamento negativo entre classe e doença mental. Há diversos modos pelos quais esta vulnerabilidade diferencial poderia surgir. Um dos mais plausíveis é que algum tipo de seleção ou “inclinação” de competidores incompetentes para a classe baixa poderiam conduzir ao relacionamento http://www.fic.vcx.com.br/ Curso Livre de Formação em Psicanálise Disciplina: Sociologia das Doenças Mentais FIC SERVIÇOS EDUCACIONAIS LTDA www.fic.vcx.com.br entre classe e vulnerabilidade. Todavia, um estudo verificou que as pessoas de classe baixa têm menos confidentes do que as de classe média, o que aparentemente aumenta sua vulnerabilidade a eventos de vida indesejáveis. Porquanto a maioria das investigações de classe e estresse focalizaram em eventos de vida, uma consideração mais séria de situações estressantes continuadas pode levar a um melhor entendimento do relacionamento entre classe e psicopatologia. Gênero: Estudos mostram uma interação significativa entre gênero e eventos indesejáveis em prever aflição, com as mulheres parecendo mais vulneráveis que os homens aos efeitos de eventos estressantes. Levantamentos na comunidade mostram que mulheres adultas são duas vezes mais propensas do que homens a relatar tanto níveis extremos de aflição psiquiátrica como uma história de transtornos de humor. Durante a última década a perspectiva dominante sustentou que as mulheres http://www.fic.vcx.com.br/ Curso Livre de Formação em Psicanálise Disciplina: Sociologia das Doenças Mentais FIC SERVIÇOS EDUCACIONAIS LTDA www.fic.vcx.com.br encontram-se em desvantagem em relação aos homens porque seus papeis as expõem mais a estresse crônico. Roca: Grande parte da pesquisa sobre diferenças raciais em psicopatologia focalizou em diferenças entre negros e brancos. As pesquisas também estão aumentando na comparação entre norte-americanos e mexicanos e de herança anglo-saxônica. O efeito “barreira” contra o estresse de solidariedade grupa lentre membros de grupos despossuídos há muito tem sido enfatizado. Teoricamente o efeito pode originar-se de pelo menos duas fontes: 1º O grupo provê cognições que designam a condições estruturais a responsabilidade por sua privação, deste modo removendo qualquer autocensura por falta de empreendimentos financeiros; e, 2º O grupo provê apoio emocional que pode barrar os efeitos de estresses de vida em uma variedade de maneiras Evidências foram apresentadas para apoiar indiretamente a visão de que os negros desenvolvem cognições que http://www.fic.vcx.com.br/ Curso Livre de Formação em Psicanálise Disciplina: Sociologia das Doenças Mentais FIC SERVIÇOS EDUCACIONAIS LTDA www.fic.vcx.com.br os protegem de ataques contra a auto-estima associados a alguns tipos de estresse. Diferencas anglo-hispânicas: Existem evidências consistentes de que americanos de ascendência mexicana estão sub-representados em estatísticas de tratamento relativamente a suas proporções na população. Ademais. levantamentos de comunidade sobre diferenças anglo-hispânicas em angústia inespecífica relatam resultados mistos, sem evidências consistentes para uma diferença dos níveis de angústia experimentos por membros dos dois grupos. Quanto à identidade pessoal e grupo: A identidade pessoal é criada no contexto de um ambiente do inicio da infância onde as interações mais significativas das crianças ocorrem com pessoas da mesma raça ou etnicidade. A identidade de Grupo, em comparação, ocorre posteriormente em decorrência de contatos com a sociedade maior. Há uma grande quantidade de interesse atual nos desenvolvimentos paralelos destas duas identidades e as condições sob as http://www.fic.vcx.com.br/ Curso Livre de Formação em Psicanálise Disciplina: Sociologia das Doenças Mentais FIC SERVIÇOS EDUCACIONAIS LTDA www.fic.vcx.com.br quais eles são resolvidos. A habilidade de desenvolver um entendimento mais profundo da saúde mental de minorias tem como ponto crítico o de deslindar estes processos desenvolvimentais e suas implicações em relação à auto-atribuições, suportes e esforços de enfrentamento. Idade e Angústia: Com angústia elevada ente adultos jovens, então, declinando a partir de aproximadamente 25 anos para um baixo nível estável e aumentando novamente começando aproximadamente a partir dos 75 anos. A aparente inconsistência da relação entre idade-angústia em estudos anteriores foi devido ao fato de que levantamentos com amostras mais jovens verificaram uma relação positiva e os com distribuições de idade equilibradas não encontraram qualquer relação linear. Há também uma grande quantidade de interesse nos níveis elevados de angústia encontrados entre pessoas idosas. As evidências de levantamentos da população geral mostram que este aumento inicia em meados da década dos 70 anos. http://www.fic.vcx.com.br/ Curso Livre de Formação em Psicanálise Disciplina: Sociologia das Doenças Mentais FIC SERVIÇOS EDUCACIONAIS LTDA www.fic.vcx.com.br O principal foco de trabalho ocorreu: Sobre os temas de ausência de compromissos e perda; exposição aumentada a eventos de perda e recursos reduzidos para lidar com eles aparentemente conspiram para promover altos níveis de angústia psicológica entre os idosos. Em aparente contradição com as evidências sobre angústia psicológica aumentada entre os idosos, levantamentos populacionais de transtornos psiquiátricos clinicamente significativos mostram que taxas de depressão, ansiedade, alcoolismo e abuso de drogas, todas reduzem ente às pessoas mais velhas. Entretanto, estes fatores não podem explicaro fato mais intrigante dos relatos de que não apenas transtornos atuais, mas transtornos ao longo do curso de vida são descritos serem menos prevalentes entre pessoas idosas. Busca de ajuda psiquiátrica: Devido talvez á carência de especialistas em saúde mental em algumas áreas do País, levantamentos de avaliação mostram que muitas pessoas diante de problemas emocionais não estão buscando ajuda de uni http://www.fic.vcx.com.br/ Curso Livre de Formação em Psicanálise Disciplina: Sociologia das Doenças Mentais FIC SERVIÇOS EDUCACIONAIS LTDA www.fic.vcx.com.br profissional competente, pelo contrário, muitos estão procurando alguém de nível primário. As mulheres tendem muito mais do que os homens a buscar atendimentos para saúde mental. A pesquisa sociológica ao longo dos últimos anos mostrou que as mulheres tendem mais do que os homens a reconhecer seus problemas e que reconhecimento é o principal ponto do processo de tomada que discrimina o homem e mulheres. Uma questão de considerável interesse atual é o achado de que pessoas com condições com comorbidade tendem mais do que as com um transtorno único a buscar ajuda profissional para dificuldades psiquiátricas. Este resultado é consistente com o achado mais geral de que a probabilidade de busca de ajuda está positivamente associada a severidade dos sintomas. Pessoas com transtornos com comorbidade são mais severamente angustiadas do que as com apenas um transtorno e elas muito freqüentemente apresentam problemas com álcool e drogas sobrepostos a ansiedade ou depressão. Seus padrões de busca de ajuda as direcionam desproporcionalmente a programas comunitários de uso de substância, http://www.fic.vcx.com.br/ Curso Livre de Formação em Psicanálise Disciplina: Sociologia das Doenças Mentais FIC SERVIÇOS EDUCACIONAIS LTDA www.fic.vcx.com.br onde problemas psiquiátricos subjacentes são freqüentemente negligenciados e não tratados. Os problemas associados a diagnósticos com comorbidade poderiam ser abordados por esforços de intervenção visando atrair pessoas com transtornos psiquiátricos ao tratamento antes que elas desenvolvam doenças secundárias. Intervenções precoces poderiam ser eficazes para prevenir o inicio de condições de comorbidade secundária. O desafio a implementar esta abordagem é que a motivação para buscar ajuda freqüentemente ocorre apenas no contexto de severos prejuízos de papel associados a condições em comorbidade. A Luz de evidências recentes sobre o inicio precoce de transtornos primários entre pessoas que posteriormente desenvolvem condições em comorbidade, a intervenção precoce eficaz quase certamente requererá a triagem de populações em idade escolar. http://www.fic.vcx.com.br/ Curso Livre de Formação em Psicanálise Disciplina: Sociologia das Doenças Mentais FIC SERVIÇOS EDUCACIONAIS LTDA www.fic.vcx.com.br Respostas Comunitárias aos mentalmente doentes: As preocupações centrais sobre pessoas mentalmente doentes giram ao redor d sua suposta imprevisibilidade e periculosidade. Estas preocupações possuem alguma base tia realidade, porque os pacientes com alta de hospitais psiquiátricos estaduais apresentam taxas de detenção comparativamente altas. No entanto, a maioria dos crimes cometidos por pacientes com alta são crimes contra a propriedade que não envolvem violência. Reações Comunitárias a Lares de atendimento protegido: Atitudes negativas em relação aos mentalmente doentes são importantes por diversas razões, incluindo o fato de que elas inibem busca de ajuda para problemas pessoais. Um assunto de atenção sociológica recente é o efeito da organização de atitudes negativas sobre tentativas de estabelecer lares grupais para os mentalmente doentes. Na extensa pesquisa sobre ações coletivas, a oposição comunitária a lares grupais tomou-se uma das atividades de mobilização estudadas. A pesquisa indica claramente que http://www.fic.vcx.com.br/ Curso Livre de Formação em Psicanálise Disciplina: Sociologia das Doenças Mentais FIC SERVIÇOS EDUCACIONAIS LTDA www.fic.vcx.com.br vizinhanças de classe média são muito mais resistentes do que vizinhanças de classe baixa a ter lares grupais em seu meio. Esta maior resistência pode ser rastreada a esforços de mobilização eficazes. Em particular, esforços par encontrar e organizar oposição local são efetuados mais rapidamente em vizinhanças de classe média onde uma pessoa ou um comitê tendem mais a ser selecionados para agir em nome da vizinhança e onde ações diversificadas tendem mais a ocorrer. Atitudes comunitárias também desempenham um importante papel no sucesso de lares grupais em promover readaptação entre pacientes desinstitucionalizados. A pesquisa etnográfica mostra claramente que os pacientes estão cientes dos climas de atitudes de aceitação ou rejeição em suas vizinhanças e que esta percepção influencia seu funcionamento social A facilidade com a qual os resistentes de lares de atendimento protegido adaptam-se à vida da comunidade depende em um grande grau da aceitação da comunidade. O conflito que pode acompanhar a criação de um lar não cria uma boa fundação sobre a qual construir esta aceitação. Em geral, levantamentos de opiniões pública mostram que contato com ex- http://www.fic.vcx.com.br/ Curso Livre de Formação em Psicanálise Disciplina: Sociologia das Doenças Mentais FIC SERVIÇOS EDUCACIONAIS LTDA www.fic.vcx.com.br pacientes não conhecidos exarceba qualquer medos e incertezas que os residentes da comunidade já tenham, particularmente em casos nos quais houve conflito em relação ao estabelecimento do lar grupal. Estes tópicos foram negligenciados na maioria dos estudos sociológicos de oposição comunitária a lares grupais, os quais geralmente concentram-se em determinantes estruturais de mobilização de vizinhança e em estratégias disponíveis para agências para dispersar a oposição. Pesquisas são urgentemente necessárias sobre o que ocorre após o lar ter sido aberto e os residentes devam conviver na vizinhança. Devido a que o contato com um ex-paciente mental que era conhecido antes da hospitalização pode promover mudanças de atitudes positivas, especialmente quando esta pessoa é vista desempenhando adequadamente em papéis normais, um desafio para o futuro é criar situações estruturadas que facilitarão o contato entre residentes de lares de atendimento protegido e seus vizinhos de tal modo que mudanças de atitudes positivas possam ocorrer. http://www.fic.vcx.com.br/ Curso Livre de Formação em Psicanálise Disciplina: Sociologia das Doenças Mentais FIC SERVIÇOS EDUCACIONAIS LTDA www.fic.vcx.com.br ORGANIZAÇÃO DE SERVIÇOS DE SAÚDE MENTAL Coordenação interorganizacional. Um foco tem sido sobre a redução continua de hospitais psiquiátricos estaduais e o impacto desta redução sobre hospitais gerais e programas embasados na comunidade. Embora seja geralmente percebido que a maioria das reduções de sistemas hospitalares estatais de saúde mental ao longo do país ocorreram nas décadas de 50 e 60, houve redução de até 50% nos números de pacientes internados em muitos sistemas de saúde mental estatais durante a década de 80. O resultado foi uma carga aumentada sobre os hospitais gerais e uma política de porta giratória por meio da qual os pacientes são tratados durante períodos de crise e largamente ignorados entre as internações. Fatores Organizacionais na prestação de serviços: http://www.fic.vcx.com.br/ Curso Livre de Formação em Psicanálise Disciplina: Sociologia das Doenças Mentais FIC SERVIÇOS EDUCACIONAIS LTDA www.fic.vcx.com.br Um outro tipo de pesquisa organizacional amplia a pesquisa sobre estresse de emprego estudando a influência da estrutura organizacional sobre a saúde, bem-estar e produtividade dos seus membros. Parte da pesquisa focalizou sobre os componentes estruturais de organizações de atendimento de saúde mentalque afetam a satisfação da equipe com seu trabalho. Poucos estudos também examinaram o impacto da estrutura organizacional sobre os resultados dos pacientes. Toda a pesquisa foi naturalista ao invés de experimental e comparativa ao invés de embasada em estudos de caso de settings de tratamento individuais. Avaliação de serviços de saúde mental comunitários: O desenvolvimento e a manutenção de uru sistema de atendimento de saúde mental comunitário requerem um processo cíclico de planejamento, implementação, avaliação e feedback do serviço. O primeiro passo é geralmente uma avaliação de necessidades que identifica os problemas de saúde mental na comunidade e estabelece prioridades par a criação de serviços para abordá-los. Tal avaliação é vitalmente importante para o http://www.fic.vcx.com.br/ Curso Livre de Formação em Psicanálise Disciplina: Sociologia das Doenças Mentais FIC SERVIÇOS EDUCACIONAIS LTDA www.fic.vcx.com.br sucesso organizacional monitorando a demanda por serviços e precisando necessidades não reconhecidas por residentes da comunidade. A FAMÍLIA DO ESOUIZOFRÉNICO A esquizofrenia é uma doença mental, que se caracteriza por apresentar sintomas próprios, como por exemplos: Alterações da volição, do pensamento, das emoções e da psicomotricidade; gerando uma desorganização da personalidade do indivíduo. A palavra esquizofrenia significa mente dividida e foi definida desta forma por E. Bleuler em 1911. Anteriormente, Kraepelin denominava demência precoce os quadros clínicos com desfecho desfavorável, de inicio na juventude ou no princípio da adultez (1896). Morei, em 1860, usou a denominação demência precoce pela primeira vez, designando um grupo de características semelhantes. No distúrbio de pensamento característico do esquizofrênico, aspectos periféricos e secundários de um conceito global, geralmente inibidos na atividade mental normal dirigida, surgem em primeiro piano e são utilizados em lugar dos elementos principais e apropriados à situação. O diagnóstico http://www.fic.vcx.com.br/ Curso Livre de Formação em Psicanálise Disciplina: Sociologia das Doenças Mentais FIC SERVIÇOS EDUCACIONAIS LTDA www.fic.vcx.com.br de “esquizofrenia” não deve ser feito a menos que ocorram ou tenham sido evidentes durante a mesma doença distúrbios característicos do pensamento, percepção, humor, conduta ou personalidade, de preferência ao menos em duas dessas áreas. O diagnóstico não deve restringir-se a afecções de curso prolongado, deteriorante ou crônico. Origem e Causas: A referência a alguma característica do corpo do paciente muitas vezes provoca o comentário de que a característica em questão é um traço de família. Uma paciente poderá comentar: “A minha mãe e a minha também têm as mesmas pernas curtas e coxas pesadas. Deve ser hereditário”. Sem dúvida, muitos fatores hereditários determinam até certo ponto a forma e o formato do corpo de uma pessoa. As crianças tendem a ser parecidas com seus pais. No entanto, estasemelhança também pode se dever, em parte pelo menos, a um identificação como o pai. Às vezes o filho é uma imagem exata do pai, ou a filha o retrato da mãe. Tais casos parecem conter fortes evidências de uma base hereditária para a personalidade. Nota-se, todavia, que estes “sósias” compartilham http://www.fic.vcx.com.br/ Curso Livre de Formação em Psicanálise Disciplina: Sociologia das Doenças Mentais FIC SERVIÇOS EDUCACIONAIS LTDA www.fic.vcx.com.br modos de pensar comuns, e possuem os mesmo padrões de comportamento, fato este que não pode ser explicado pelos atuais conceitos de hereditariedade. O papel da hereditariedade na determinação da estrutura corporal é difícil de avaliar. A estrutura do corpo não é fixa e imutável, O corpo está sujeito, no decorrer do seu desenvolvimento, a inúmeras influências externas que afluam sobre ele e modificam suas características, sua expressão, e sua motilidade. Da mesma forma que a natureza do solo, o índice de chuvas, e a quantidade de luz solar determinam o crescimento de uma árvore, a forma como a criança é criada afetará o seu desenvolvimento total. As suas experiências durante os anos deformação, quando ela é totalmente dependente dos pais, condicionarão as suas respostas quando adulta. O condicionamento resulta em padrões fixos de reação neuro-muscular a estímulos dados. A aprendizagem de como agir ou como não reagir é um processo de aquisição de domínio e coordenação muscular. Com o tempo estes controles se tomam automáticos. A resposta condicionada toma-se uma reação inconsciente e evolui para as atitudes caracteriológicas de http://www.fic.vcx.com.br/ Curso Livre de Formação em Psicanálise Disciplina: Sociologia das Doenças Mentais FIC SERVIÇOS EDUCACIONAIS LTDA www.fic.vcx.com.br comportamento. O caráter, no sentido de um padrão fixo de comportamento, é, portanto, determinado pela quantidade e qualidade dos controles impostos á atividade muscular Os músculos que se acham sujeitos a estes controles inconscientes são “cronicamente tensos, cronicamente contraídos, e desligados da percepção”. W. Reich empregou o termo “couraça” para descrever a função e o efeito destes músculos espáticos sobre a personalidade. A couraça muscular é uma defesa contra o meio ambiente externo, mas é ao mesmo tempo uma forma de manter reprimidos os impulsos perigosos. O caráter é, portanto, funcionamento idêntico à couraça muscular. A biologia nos diz que o formato dos ossos é influenciado pela tração dos músculos a eles ligados. A formação óssea é um processo continuo no corpo vivo, mais ativo durante os primeiros anos de vida, porém nunca inteiramente quiescente. Assim, a estrutura do corpo está sendo constantemente modificada, como um reflexo das tensões musculares às quais está sujeita. Tal fato justifica a utilização da estrutura corporal na análise da personalidade. E também oferece uma base para a tentativa de modificar a estrutura corporal por intermédio da liberação da http://www.fic.vcx.com.br/ Curso Livre de Formação em Psicanálise Disciplina: Sociologia das Doenças Mentais FIC SERVIÇOS EDUCACIONAIS LTDA www.fic.vcx.com.br tensão muscular crônica. Se a hereditariedade não é responsável pela tensão muscular, ela não pode ser culpada dos distúrbios criados por músculos cronicamente tensos. A origem e as causas da respiração diminuída, da motilidade reduzida, e da rigidez corporal encontradas na personalidade esquizóide devem ser buscadas nas condições de existência do primeiros anos de vida. Até que ponto da história passada da pessoa devemos recuar em busca dos fatores constitucionais que predispõem o individuo a esta perturbação? Temos que voltar ao útero, pois o efeito das influências pré-natais não pode ser ignorado se quisermos entender a etiologia da estrutura esquizóide. A constituição de um individuo já se encontra presente no nascimento. Fatores Constitucionais do tipo corporal Esquizóide: O tipo corporal esquizóide foi anteriormente descrito como Astênico, isto é, de constituição esguia e pouco desenvolvimento muscular. A palavra “astenia” significa fraqueza e debilidade. Existe uma fraqueza fundamental na personalidade esquizóide que está presente em todo e qualquer individuo esquizóide, independente do seu tipo físico. Esta fraqueza é a incapacidade de mobilizar a sua energia e sentimentos, http://www.fic.vcx.com.br/ Curso Livre de Formação em Psicanálise Disciplina: Sociologia das Doenças Mentais FIC SERVIÇOS EDUCACIONAIS LTDA www.fic.vcx.com.br dirigindo-os para a satisfação das suas necessidades. Independente da sua força aparente, o esquizóide carece de energia para suster uma atitude agressiva em relação ao mundo. A atual pesquisa que se preocupa com a etiologia da esquizofrenia, acha-se largamente voltada para o passado familiar. Clausen e Kohn: Notam que os primeiros autores sobre o assunto descrevemas mães de filhos esquizofrênicos como “frias, perfeccionistas, ansiosas, supercontroladoras e restritivas — o que conota um tipo de personalidade incapaz de dar amor e aceitação espontâneos para a criança”. Hill julga as mães dos esquizofrênicos ambivalentes e com tendência a congelar toda vez que é mencionada alguma coisa desagradável quer parecer que o assunto mais desagradável e que mais freqüentemente leva estas mães a congelar é o sexo. Dois outros pesquisadores deste problema, M. J. Boatman e S.A. Szurek descrevem estas mães como sexualmente apáticas ou insensíveis, e afirmam que elas são “extremamente medrosas e inibidas” com relação ao fato de manifestar http://www.fic.vcx.com.br/ Curso Livre de Formação em Psicanálise Disciplina: Sociologia das Doenças Mentais FIC SERVIÇOS EDUCACIONAIS LTDA www.fic.vcx.com.br qualquer desejo sexual aos seus maridos. Muitas delas são alcoólatras, ao passo que outras são viciadas em tranqüilizantes ou comprimidos de dormir. A personalidade esquizóide tem a sua origem num útero “frio”. Aquele do qual foi removido o sentimento como resultado da dissociação geral que a pessoa tem da parte inferior do corpo. Um grande número de autores tem chamado ultimamente a atenção para a importância dos fatores pré-natais no desenvolvimento do organismo. O individuo esquizóide expressa com muita freqüência a forte convicção de que o seu problema tem origem em experiências intra-uterina. Hill, faz a seguinte observação: Na minha análise a respeito da personalidade esquizóide, descobri que todo paciente, numa fase bastante precoce de sua vida, voltou-se da mãe em virtude da ansiedade e hostilidade inconscientes da mesma Como resultado desta troca, o pai de transforma numa figura de mãe substituta para a criança Porém, isto gera um problema real quando ocorre muito cedo. http://www.fic.vcx.com.br/ Curso Livre de Formação em Psicanálise Disciplina: Sociologia das Doenças Mentais FIC SERVIÇOS EDUCACIONAIS LTDA www.fic.vcx.com.br Causas Sociais da Esquizofrenia: As causas sociais da esquizofrenia têm sido pesquisadas tendo como chave o diagnóstico. Tem-se questionado de forma radical até a existência da doença mental. Para Laing, a enfermidade mental é negada e a sanidade é definida de forma relativa e não absoluta: “Sugiro, portanto, que sanidade ou psicose seja testada pelo grau de conjunção ou disjunção entre duas pessoas, onde uma esteja sã pelo consenso comum”. Segundo Laing, delírios e alucinações, indicativos da insanidade, estariam ligados a fatos reais ocorridos principalmente na infância e representariam uma estratégia criada por uma determinada pessoa, para poder defender- se de uma situação insustável. Exemplificando isto, pode-se citar o caso Schreber, estudado por Freud, onde as ações do pai interferiram diretamente no adoecer do filho. A http://www.fic.vcx.com.br/ Curso Livre de Formação em Psicanálise Disciplina: Sociologia das Doenças Mentais FIC SERVIÇOS EDUCACIONAIS LTDA www.fic.vcx.com.br esquizofrenia, segundo Laing e Bateson, vai além de um estratagema para se sobreviver em famílias impossíveis, podendo ser positiva e até mesmo algumas vezes, considerada como um processo de cura. Laing em seu livro “The Polities os Experience” considera que o esquizofrênico empreenderia uma viagem mística ao seu interior, podendo ou não retomar dela. Cita: “Não é necessário que a loucura seja toda colapso. Também pode ser ruptura das linhas inimigas. E potencialmente liberação e renovação, tanto quanto escravidão e morte existencial”. Já Batson, em “Perceval’s narrative: a patient account of bis psychosis 1830-1832”, argumenta que: “Esta é uma das características mais interessantes da estranha condição conhecida como esquizofrenia: que a doença, caso se trate de uma, parece ás vezes ter propriedades curativas”. O paciente, que seria uma vítima sacrificial de famílias desorientadoras, encontra na esquizofrenia, um percurso, uma viagem de descoberta. Apesar de Laig e Bateson terem feito importantes considerações sobre vários aspectos desta patologia, nunca conseguiram melhoras significativas, em seus http://www.fic.vcx.com.br/ Curso Livre de Formação em Psicanálise Disciplina: Sociologia das Doenças Mentais FIC SERVIÇOS EDUCACIONAIS LTDA www.fic.vcx.com.br pacientes, do que a psiquiatria convencional. Quanto á origem da esquizofrenia tentaremos sistematizar o esboço de um quadro evolutivo: Os Pais: Têm eles uma grande responsabilidade por transmitirem uma carga genética importante e também pela forma de criarem seus filhos. Além do que descobriu-se que haveria unia incidência de pais com personalidade incomum (esquizóide). Um outro resultado social seria decorrente á interpretação onde o individuo é estigmatizado, afastado de seus parentes e colocado junto aos loucos. Pelas próprias condições do hospital psiquiátrico haveria um aumento da incapacitação social do paciente esquizofrênico. Isto decorrente do ambiente de privação social e das expectativas de insanidade que impregnam tudo nos negligenciados pavilhões psiquiátricos carentes. A freqüência de parentes que visitam o doente fazem ou não com que exista unia maior alienação ao mundo externo. Acredita-se que a doença pode ser o fim patológico de um processo que começa como uma variante das possibilidades de adaptação humana. A retração do mundo externo para o interno, do público para o http://www.fic.vcx.com.br/ Curso Livre de Formação em Psicanálise Disciplina: Sociologia das Doenças Mentais FIC SERVIÇOS EDUCACIONAIS LTDA www.fic.vcx.com.br particular e da razão para a irracionalidade são decorrentes de processos cerebrais, familiares e sociais. Além destes fatores de risco, outros, ainda desconhecidos, são encontrados em diferentes casos de esquizofrenia. Na realidade, o estudo das questões sociais pertinentes à psiquiatria não é recente, iniciou-se no fim do século passado com Durkheim estudando suicídios. Os fatores sociais envolvidos na evolução da esquizofrenia podem ser familiares ou não, como exemplo deste último temos a questão das instituições psiquiátricas. Institucionalismo: Segundo Wing, o estudo da forma pela qual pacientes esquizofrênicos reagem a diferentes a Ambientes externos só poderia ser avaliado a partir de três concepções teóricas: O primeiro corpo teórico correspondem a três tipos de problemas que os pacientes podem apresentar: Pré-mórbidos, primários e secundários. O Segundo corpo teórico trata do modo pelo qual http://www.fic.vcx.com.br/ Curso Livre de Formação em Psicanálise Disciplina: Sociologia das Doenças Mentais FIC SERVIÇOS EDUCACIONAIS LTDA www.fic.vcx.com.br o ambiente social afeta os “handicaps” primários. Já o Terceiro corpo teórico, trata dos “handicaps” secundários. Rotulado Social: Thomas Scheff, sociólogo norte-americano, elaborou uma interessante aproximação teórica das relações entre o meio social e sintomas psiquiátricos: “teoria da rotulação social”. Basicamente considera o comportamento rotulado de doença mental como um tipo particular de quebra de regras do grupo social ou desvio. Logo, alucinações, autismo, embotamento afetivo, etc. seriam vistos como quebra de regras de comportamento. Para Scheff, a quebra de regras residuais viriam a partir de quatro “fontes” diversas: Orgânica; Psicológica; por “stress” externo ou por atos volitivos de inovação ou desafio. Compara isso com a que Balint chamou de fase tido organizada da doença. Este acredita que isso caminharia para uma doença organizada; http://www.fic.vcx.com.br/ Curso Livre de Formação em Psicanálise Disciplina: Sociologia das Doenças Mentais FIC SERVIÇOS EDUCACIONAIS LTDA www.fic.vcx.com.br Já Scheff pensa que isto pode se voltar para a excentricidade, genialidade, etc. Esta quebra de regras residuais vem a ser a reação social ao desvio, ou seja, a rotulaçãoque a sociedade outorga a ele. O estereótipo cultural da insanidade regeria a conduta individual após a instalação do desvio primário. Em termos gerais o estereótipo sena aprendido na infância. A “cristalização” do comportamento se daria em função de “expectativas” a esse respeito, ou seja, o comportamento passaria a ser semelhante ao de outras pessoas na cultura com o mesmo rótulo de doentes mentais. Eventos Vitais: Estudos realizados ultimamente mostraram haver relação entre fatores atemos de “stress” e as condições de saúde do indivíduo. Estes eventos vitais tanto podem ser “positivos” (casamento, promoção no emprego, mudança de moradia, etc) quanto “negativos” (perdas). Wing refere que os esquizofrênicos são mais susceptíveis a mudanças em seu ambiente social (tendem à recidiva). Estes percebem a vida, o dia-a-dia, como algo estressante, num limiar muito mais baixo do que a maioria das pessoas. http://www.fic.vcx.com.br/ Curso Livre de Formação em Psicanálise Disciplina: Sociologia das Doenças Mentais FIC SERVIÇOS EDUCACIONAIS LTDA www.fic.vcx.com.br Melhor visão da formação e origem da família, e sua importância no processo do adoecer esquizofrênico: Segundo Morgan, inicialmente, podemos generalizar a classificação dos estágios pré-históricos da cultura, da seguinte forma: Estado Selvagem - Período em que predomina a apropriação de produtos da natureza, prontos para serem utilizados; as produções artificiais do homem são, sobretudo, destinadas a facilitar essa apropriação. Barbárie -Período em que aparecem a criação de gado e agricultura, e se aprende a incrementar a produção da natureza por meio do trabalho humano. Civilização -Período em que o homem continua aprendendo a elaborar os produtos naturais, período da indústria propriamente dita e da arte Família Normal: Segundo Both, em qualquer grupo social, leigo ou técnico, conclui-se que não existe urna “família normal”. A própria definição toma forma diferentes. http://www.fic.vcx.com.br/ Curso Livre de Formação em Psicanálise Disciplina: Sociologia das Doenças Mentais FIC SERVIÇOS EDUCACIONAIS LTDA www.fic.vcx.com.br Alguns, por exemplo, entendem normal como “perfeita”, “média”, “habitual” e “comum”, termos muito ambíguos. Apesar disso, é impossível renunciar a utilização da idéia de normalidade, pois o conceito de família normal continua a ser empregado. E, Both e outros pesquisadores perceberam através de entrevistas com vários casais a dificuldade de definição das normas da família. Concluíram, então, que havia menos consenso sobre normas familiares do que, via de regra, se supõe; e também que muitos informantes achavam difícil declarar as normas de uma forma explícita. Em resumo, os pontos de concordância entre os casais entrevistados eram poucos: cada família elementar devia ser financeiramente independente dos parentes e amigos e possuir sua própria moradia; devia haver uma divisão de trabalho básica entre o marido e a esposa, sendo que o marido ficaria encarregado do sustento financeiro e a esposa pela tarefa de limpeza da casa, cozinha e atenção ás crianças; todos achavam que o http://www.fic.vcx.com.br/ Curso Livre de Formação em Psicanálise Disciplina: Sociologia das Doenças Mentais FIC SERVIÇOS EDUCACIONAIS LTDA www.fic.vcx.com.br adultério é uma séria ofensa e que os pais teriam a obrigatoriedade de cuidar de seus filhos, até que estes pudessem cuidar de si próprios. Estas normas não eram declaradas explicitamente por meios de tantas palavras. Elas eram, simplesmente tidas como assentes. Esses pontos gerais de concordância brotam das semelhanças gerais do meio ambiente social. A Família do Esquizofrênico: Laing, após cinco anos de estudos com 11 famílias de esquizofrênicos e uma série de 25 pacientes do sexo feminino, mostra os primeiros relatos dessa pesquisa. A palavra “esquizofrênico” é usada para uma pessoa, sua experiência ou comportamento, se estes forem considerados como produto de um processo patológico. Segundo Laing a “esquizofrenia” é um evento social, pois diz não existirem mudanças orgânico-estruturais notadas no desenvolvimento da “doença”, não terem qualquer forma de tratamento comprovado nem alterações patológicas post mortem, e ainda sem mudanças fisiopatológicas que possam ser correlacionadas com ela. A http://www.fic.vcx.com.br/ Curso Livre de Formação em Psicanálise Disciplina: Sociologia das Doenças Mentais FIC SERVIÇOS EDUCACIONAIS LTDA www.fic.vcx.com.br “esquizofrenia”, apesar de ocorrer em família, não observa nenhuma lei genética clara.bÉ importante notar, diz Laing, que o paciente é alguém que tem experiências estranhas e/ ou age de maneira estranha do ponto de vista normalmente adotado por seus parentes e por nós próprios. Interessa-se por cada pessoa, nas relações entre elas e nas características da família como um sistema composto de uma multiplicidade de pessoas. Cada pessoa não sena somente um objeto no mundo de outros, mas sim o seu próprio centro com seu ponto de vista próprio. Porém, cada pessoa não ocupa unia única posição definida em relação aos outros membros da família; podendo ser filha, irmã, esposa e mãe. Chama a atenção para o que chama de vinculo familiar: essa multiplicidade de pessoas pertencentes ao mesmo grupo de parentesco e de outras que, apesar de não serem ligadas por laço de parentesco, são consideradas como membro da família. Esses relacionamentos são caracterizados por influências recíprocas, duradouras e intensivas da experiência e comportamento de cada um. O indivíduo não seria a unidade da doença, mas sim a família; logo, não é o indivíduo que necessita dos serviços de http://www.fic.vcx.com.br/ Curso Livre de Formação em Psicanálise Disciplina: Sociologia das Doenças Mentais FIC SERVIÇOS EDUCACIONAIS LTDA www.fic.vcx.com.br um “clínico” para ser curado, mas sim toda a família. A família (ou mesmo a sociedade, em escala maior) seria um tipo de hiperorganismo, com unia fisiologia e patologia que podem ser boas ou doentias. Como a antipsiquiatria estuda principalmente a estrutura familiar de pacientes esquizofrênicos, a família seria o agente causador mais importante desta enfermidade. Sendo também o primeiro sistema de relações, é na família que forma-se a personalidade do indivíduo. Tanto para Laing quanto para Cooper, o individuo apresenta comportamentos “diferentes”, isto é, sintomas não de uma doença e sim manifestação de uma situação social patológica. Logo, a esquizofrenia constituiria uni modo mais ou menos característico de comportamento grupal perturbado. Pode se dizer também, que, o indivíduo esquizóide vive num limbo, isto é, não “foi de vez” como o esquizofrênico, e nem “está totalmente ai”. Com muita freqüência ele se encontra à margem da sociedade, onde ao lado de pessoas do mesmo tipo, sente-se mais cm casa. http://www.fic.vcx.com.br/ Curso Livre de Formação em Psicanálise Disciplina: Sociologia das Doenças Mentais FIC SERVIÇOS EDUCACIONAIS LTDA www.fic.vcx.com.br Vínculos duplos: A presença de uni esquizofrênico em determinadas famílias faz com que exista, freqüentemente, uma paralisia coletiva, O psiquiatra psicoterapeuta, quando penetra nestes intercâmbios familiares, percebe que sua razão está colocada em questão, não só pela patologia do doente, mas principalmente, pela forma de comunicação dos membros da família. Isto foi constatado por pesquisadores de Pato Alto, descobrindo-se assim o duplo vínculo (double bind). As condutas, atitudes e conversas do esquizofrênico se caracterizam por incomunicabilidade, impenetrabilidade, dissociação, extravagância, ambivalência e falso desprendimento. “Cada esquizofrênico” (J. haley) é uma linguagem não-linguagem, unia comunicação fundamentada na ruptura da comunicação. O paciente diverge, vive — e parece ter vivido num universo familiar afetivo e verbal detipo paradoxal, em que as atitudes e as trocas foram marcadas por uma incerteza desorientadora. Os comportamentos aberrantes do doente têm vínculos diretos com os modos habituais de relação cm sua família. O http://www.fic.vcx.com.br/ Curso Livre de Formação em Psicanálise Disciplina: Sociologia das Doenças Mentais FIC SERVIÇOS EDUCACIONAIS LTDA www.fic.vcx.com.br doente ilustra os paradoxos familiares descobrindo sentido no contra- senso”. O estatuto do esquizofrênico é formular-lhe a indagação essencial da psicopatologia: a angústia não é vivida? A angústia suprime o sujeito. Ela o cristaliza, no limite da confusão, entre o eu e o ele, entre a consciência e a loucura. Um breve contato com as situações esquizofrênicas mostra a confusão existente entre os planos verbais e comportamentais da comunicação; onde a mais exata das mensagens pode ser ambígua, em função do tom adotado ou mesmo das palavras escolhidas. Tanto Bateson quanto Don Jackson, Haley e Weakland apresentam em artigo publicado em 1956 os “ingredientes” do vínculo duplo. São eles: 1. Trata-se de relações entre duas ou mais pessoas. Fica urna delas designada como “vitima” para facilitar a descrição. Tanto a mãe quanto o pai ou mesmo parentes podem estar intervindo igualmente no vínculo duplo. http://www.fic.vcx.com.br/ Curso Livre de Formação em Psicanálise Disciplina: Sociologia das Doenças Mentais FIC SERVIÇOS EDUCACIONAIS LTDA www.fic.vcx.com.br 2. Essa experiência se repete ao logo da existência da vitima, que conta, portanto, com sua intervenção. 3. Emite-se uma injunção primária negativa, combinada com uma ameaça. Pode tratar-se de formulações como: “Não faça isso ou aquilo, caso contrário eu o punirei”. Enfatiza-se o caráter punitivo, tendo-se mais sanções do que recompensas têm-se como exemplo de punição o ódio e a cólera dos pais gerando o abandono e unia profunda confusão. 4. Trata-se de uma injunção secundária cm conflito com a primeira, onde verbaliza-se uma afirmação porém as atitudes (posturas. gestos, modulações da voz) transmitem outra mensagem. Por exemplo: “Não considere isto como uma punição”, “Não me encare como responsável por uma punição” ou ainda “Não leve em conta minhas proibições”. Quando os pais intervêm simultaneamente, podem desempenhar papéis opostos, cada qual exprimindo uma das mensagens, criando assim a interferência. 1. O bloqueio da relação é caracterizado pela injunção negativa terciária que proíbe á vítima qualquer escapatória. Para as crianças é impossível http://www.fic.vcx.com.br/ Curso Livre de Formação em Psicanálise Disciplina: Sociologia das Doenças Mentais FIC SERVIÇOS EDUCACIONAIS LTDA www.fic.vcx.com.br fugir da relação vital que representa os adultos que a cercam, podendo algumas vezes ocorrer substituição do bloqueio pela ambigüidade. 2. É fundamental no estudo de situações relacionais concretas, o esboço da aplicação do vínculo duplo, com o uso apenas de um dos ingredientes anteriores, gerando a partir desse sinal o essencial da reação emocional. No doente mental os personagens reais podem ser substituídos pelas alucinações. Quando um indivíduo se vê frente a injunções paradoxal, quando é impassível revoltar-se ou mesmo quando uma resposta lhe é exigida, ele responde utilizando uma expressão metafórica. Assim sendo, mantém preservada sai individualidade (um sentido pessoal), porém dando possibilidades de gerar múltiplas interpretações. Já os sintomas e as formas clínicas dos esquizofrênicos são também modos de responder ambiguamente, ou mesmo de dar respostas sem respostas. http://www.fic.vcx.com.br/ Curso Livre de Formação em Psicanálise Disciplina: Sociologia das Doenças Mentais FIC SERVIÇOS EDUCACIONAIS LTDA www.fic.vcx.com.br Haveria uma correlação evidente entre a comunicação esquizofrênica e as formas da esquizofrenia. Na forma paranóide, solicita-se o imaginário privado, com imagens, mito e palavras que chegam até a criar urna ruptura com o imaginário coletivo, apesar de manter o vinculo inicial com ele. Na forma hebefrênica a resposta efetiva em relação a outrem é feita de forma ambivalente, mesclando a intensidade da relação com a frieza e a hipersensibilidade com a indiferença Finalmente à forma catatônica, coloca o distúrbio das relações no uivei comportamental (um rosto que não reage ao contato, mau humor, retraimento patológico e rigidez cérea). Jackson, cm estudos sobre psicoterapia, lembrou que os tratamentos individuais podem resultarem efeitos sobre a família do paciente, seja negativa DLI positivamente. A semiologia esquizóide poderia aparecer quando a mãe pouco calorosa oculta urna atitude de rejeição sob um papel de mártir, ficando o pai em http://www.fic.vcx.com.br/ Curso Livre de Formação em Psicanálise Disciplina: Sociologia das Doenças Mentais FIC SERVIÇOS EDUCACIONAIS LTDA www.fic.vcx.com.br segundo plano, ausente ou morto. A mãe nega seus próprios sentimentos, “dizendo uma coisa que significa outra inteiramente diferente”. A semiologia histérica poderia aparecer quando uma criança tivesse sofrido a projeção dos desejos sentais e agressivos não aceitos de seus pais. A presença compensadora de um avô ou parente afetuoso, ou ainda uma ambivalência acentuada na mãe poderiam prevenir a evolução para a psicose. Os psicopatas viriam de famílias instáveis. J Haley fez a descrição sistêmica da família do esquizofrênico. Posteriormente na definição de “mãe esquizofrenogênica” viu-se a importância do papel de um pai inadequado e além da igual responsabilidade do pacientes não esquecendo também os parentes. Sendo assim, o essencial seria a natureza funcional do comportamento esquizofrênico no interior de um dado sistema familiar. Enfatizou também a necessidade de uma metodologia para obter-se estes dados. O observador deve sempre estar incluído no sistema familiar; sendo que o melhor modo http://www.fic.vcx.com.br/ Curso Livre de Formação em Psicanálise Disciplina: Sociologia das Doenças Mentais FIC SERVIÇOS EDUCACIONAIS LTDA www.fic.vcx.com.br de observar sena o contexto terapêutico. De uma maneira global a rigidez das regras é o que dificulta essencialmente este funcionamento familiar. Já para Laing, o efeito de camuflagem da mistificação aumenta quando “a mistificação é confirmada pela mistificação da consciência da mistificação”. A tomada de consciência é rotulada pelo mistificador: agressão ou loucura, O sujeito mistificado está perturbado, mas, quer sinta ou não estes distúrbios, sua percepção subjetiva é posta em dúvida pelo mistificador: “Isto é efeito de sua imaginação, você sonhou?”, “Não quero que você diga isso; bem sei que na verdade não pensa assim!”. Laing acredita que a mistificação se diferencia do duplo vínculo na medida em que deixa ao sujeito o direito inalienável de experimentar e agir. Bem depressa, no entanto, apenas um grau mais acima, aparecem o duplo vinculo e suas limitações fechadas. Já H. SEARLES, EM 1969: Teve a felicidade de elaborar a seguinte formulação: o esforço para tornar o outro louco. Ele dedicou inúmeros anos à psicoterapia de esquizofrênicos hospitalizados no Chestnut Lodge http://www.fic.vcx.com.br/ Curso Livre de Formação em Psicanálise Disciplina: Sociologia das Doenças Mentais FIC SERVIÇOS EDUCACIONAIS LTDA www.fic.vcx.com.br Sanitarium. O esforço para tornar o outro louco da origem ao drama da relação esquizofrênica. Searles assim precisou seu ponto de vista: “A instauração de roda e qualquer interação interpessoal que tenda a favorecer um conflito afetivo no outro — que tenda a fazer com que ajam umas contra as outras as áreas de sua personalidade — tende a torná-lo louco (ou seja, esquizofrênico)”. Diz ainda que a estimulação e a frustração simultânea, ou alterando-se rapidamente, podem ser exercidas tanto pela mãe excitada e logorréica quanto pelo esquizofrênico
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