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SISTEMA DE ENSINO
NOÇÕES DE 
SISTEMA 
BANCÁRIO
Mercado de Câmbio
Livro Eletrônico
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Mercado de Câmbio
NOÇÕES DE SISTEMA BANCÁRIO
Douglas Xavier
Sumário
Apresentação .....................................................................................................................................................................3
Mercado de Câmbio .........................................................................................................................................................4
Mercado de Câmbio: Conceitos Introdutórios .................................................................................................4
Operações Básicas ..........................................................................................................................................................4
Arbitragem ...........................................................................................................................................................................7
Mercado Primário e Secundário ..............................................................................................................................8
Instituições Autorizadas .............................................................................................................................................8
Taxas de Câmbio .............................................................................................................................................................12
Taxas de Câmbio Nominal e Real ..........................................................................................................................14
Regimes Cambiais .........................................................................................................................................................15
Impacto do Câmbio nas Exportações e Importações .................................................................................17
Fatores que Influenciam a Taxa de Câmbio .....................................................................................................18
Contratos de Câmbio ....................................................................................................................................................21
Liquidação ......................................................................................................................................................................... 22
Papel do Banco Central e Política Cambial .................................................................................................... 24
Posição de Câmbio .......................................................................................................................................................25
Posição de Câmbio do SFN ......................................................................................................................................26
Implementação da Política Cambial ...................................................................................................................27
Remessas ..........................................................................................................................................................................29
Siscomex .............................................................................................................................................................................31
Resumo ...............................................................................................................................................................................33
Exercícios ...........................................................................................................................................................................38
Gabarito ..............................................................................................................................................................................52
Gabarito Comentado ...................................................................................................................................................53
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a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
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Mercado de Câmbio
NOÇÕES DE SISTEMA BANCÁRIO
Douglas Xavier
ApresentAção
Olá, guerreiro (a), como estão as coisas? E os estudos? Espero que esteja tudo correndo bem!
Na presente aula, iremos estudar o mercado de câmbio. Partindo dos conceitos iniciais, 
nos aprofundaremos no que mais têm chances de aparecer na sua prova, tal como: as princi-
pais operações realizadas nesse mercado, as instituições que operam nele, o papel do Banco 
Central do Brasil, as taxas de câmbio, bem como a relação entre câmbio e exportações e im-
portações, além de contratos de câmbio, regimes cambiais, remessas e Siscomex.
A aula terá a seguinte metodologia: em primeiro lugar faremos a exposição do conteúdo, 
explorando conceitos chaves, conforme a incidência nas provas de concurso. Durante essa 
exposição, já introduziremos alguns mapas mentais para a melhor fixação.
No decorrer da aula, teremos, também, questões comentadas para que seja possível visu-
alizar a forma como o conteúdo é cobrado, pois acredito que só se aprende verdadeiramente 
quando se vê a utilidade do que se está estudando (mesmo que seja para passar na prova! rs).
Ao final, trabalharemos mais questões comentadas para treinarmos bastante. Afinal, a re-
solução de muitas questões é vital para a sua aprovação. Apresentamos também a lista das 
questões sem comentários, caso prefira.
Sem mais delongas, vamos ao que interessa!
Bons estudos!
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Mercado de Câmbio
NOÇÕES DE SISTEMA BANCÁRIO
Douglas Xavier
MERCADO DE CÂMBIO
MercAdo de câMbio: conceitos introdutórios
A primeira coisa que precisamos saber é que, quando falamos em “moeda”, estamos falan-
do do dinheiro daquele país. Por exemplo: a moeda brasileira é o Real, a moeda dos Estados 
Unidos é o dólar e a moeda da maioria dos países europeus é o Euro.
A partir desse entendimento, podemos falar sobre Câmbio. A palavra câmbio significa “troca”. 
Nesse sentido, em nosso estudo, câmbio trata-se da operação de troca de moeda de um país pela 
moeda de outro país. Por exemplo, quando um(a) brasileiro(a) viaja para os Estados Unidos ele(a) 
troca reais por dólar para levar em sua viagem: eis uma operação de câmbio. O mesmo ocorre quan-
do uma empresa exporta produtos, recebendo o pagamento em dólar, e, em seguida, o troca por real.
https://www.transportal.com.br/
Assim, o Mercado de Câmbio trata-se do ambiente onde são realizadas as operações de 
câmbio entre os agentes autorizados pelo Banco Central do Brasil e os seus clientes, direta-
mente ou por meio de seus correspondentes (BCB, 2021)1.
A partir da definição de mercado de câmbio, podemos extrair elementos importantes para 
nosso estudo, quais sejam: as operações básicas de câmbio, os agentes autorizados a operar 
no mercado de câmbio e o papel do Banco Central do Brasil (BCB) em tal mercado, dos quais 
trataremos nos tópicos a seguir.
operAções básicAs
Em primeiro lugar, é preciso dizer que utilizaremos amplamente a legislação sobre o tema, uma 
vez que ela é base para a maioria das questões de prova. Nesse sentido, apesar de trazermosaqui 
1 https://www.bcb.gov.br/acessoinformacao/perguntasfrequentes-respostas/faq_mercadocambio
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NOÇÕES DE SISTEMA BANCÁRIO
Douglas Xavier
os principais pontos cobrados, recomendamos a leitura da Resolução n. 3.568, do Banco Central 
do Brasil, que dispõe sobre o mercado de câmbio.
Tal legislação aponta em seu art. 8º o seguinte:
As pessoas físicas e as pessoas jurídicas podem comprar e vender moeda estrangeira ou 
realizar transferências internacionais em reais, de qualquer natureza, sem limitação de valor, 
sendo contraparte na operação agente autorizado a operar no mercado de câmbio, observada 
a legalidade da transação, tendo como base a fundamentação econômica e as responsabilida-
des definidas na respectiva documentação (GRIFO NOSSO).
Preste atenção, pois a literalidade desse artigo aparece bastante em prova! As partes que grifa-
mos são importantes uma vez que expressam dois pontos essenciais de nosso estudo, quais sejam:
• as operações com câmbio podem ser feitas por pessoas físicas e jurídicas sem limita-
ção de valor.
• as transações com câmbio devem ser realizadas por meio de um agente autorizado 
pelo Banco Central do Brasil a operar no mercado de câmbio. Por exemplo: bancos. Isso 
quer dizer que as pessoas e empresas não podem negociar moedas entre si, por conta 
própria, devendo fazê-lo com a intermediação de instituição autorizada.
A propósito, a resolução n. 3.568, do Banco Central do Brasil, elenca como operações no 
mercado de câmbio as seguintes atividades:
a. de compra e de venda de moeda estrangeira e as operações com ouro-instrumento 
cambial, realizadas com instituições autorizadas pelo Banco Central do Brasil a operar no 
mercado de câmbio.
Um residente no Brasil que irá viajar para fora do país pode comprar Euros, por exemplo, 
para levar consigo. Um residente ou uma pessoa que chegue no país, por exemplo, também 
pode vender essa moeda estrangeira nas instituições autorizadas, pegando em troca moeda 
nacional para utilizar no Brasil.
É importante dizer que estamos falando de operações com moeda em espécie, que é tam-
bém chamado de câmbio manual. Lembre-se do câmbio manual do carro, que é aquele que 
você muda a marcha com suas mãos. No mesmo sentido, o câmbio manual é aquela moeda 
que vem para suas mãos. As transações com moeda em espécie são pouco utilizadas (atual-
mente, têm se restringido aos casos de viagens internacionais), pois a maioria das operações 
são realizadas por meio de contas bancárias e cheques.
Já o ouro-instrumento cambial (ou ativo financeiro), trata-se do ouro que é adquirido para 
ser mantido como reserva ou para especulação (ganhos com sua variação de valor). Nesse 
caso, submete-se à legislação tributária e o agente que o adquire deve efetuar o pagamento do 
IOF (Imposto sobre Operações Financeiras).
Demos exemplos de pessoas físicas, mas pessoas jurídicas (empresas) também podem 
fazer essas operações.
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b. operações em moeda nacional entre residentes, domiciliados ou com sede no País e 
residentes, domiciliados ou com sede no exterior.
Ao contrário da compra e venda de moeda em espécie, esse ponto se refere às operações cam-
biais com emissão de ordem de pagamento, ou seja, por meio de contas bancárias. Por exemplo: 
quando uma empresa exportadora recebe o pagamento por venda de mercadorias no exterior.
Nesse tipo de operação não é remetida (nem recebida) moeda em espécie. A troca de mo-
eda é apenas escritural (eletrônica). Os bancos mantêm correspondentes em outros países. 
Com isso, eles “trocam” os valores entre si e os debitam ou creditam nas contas dos clientes.
Outro exemplo é o caso de um(a) brasileiro(a) que reside no exterior e envia dinheiro para 
sua família no Brasil e vice-versa. Esse serviço, geralmente, está disponível para quem tem con-
ta em bancos. Nesse caso, quem deposita informa os dados de quem irá sacar no outro país e, 
com isso, é expedida uma ordem de pagamento em nome do(a) beneficiário(a). Para execução 
desse serviço, os bancos cobram uma taxa, é claro – que não costuma ser muito barata.
c. Operações relativas aos recebimentos, pagamentos e transferências do e para o exte-
rior mediante a utilização de cartões de crédito e de débito de uso internacional.
Quando se compra um produto em outro país, é preciso que seja feita uma operação cambial, 
uma vez que você pagará a fatura em reais e a empresa vendedora da mercadoria receberá na 
moeda de seu país. Sobre isso, a resolução n. 3.568 do Banco Central do Brasil diz o seguinte:
Art. 6º. O Banco Central do Brasil definirá os critérios para recebimentos, pagamentos e transferên-
cias do e para o exterior mediante a utilização de cartões de crédito e de débito de uso internacional, 
bem como para a realização de transferências financeiras postais internacionais, incluindo vale pos-
tal e reembolso postal internacional.
d. transferências financeiras postais internacionais, inclusive vales postais e reembolsos 
postais internacionais.
No Brasil, esse tipo de transferência é realizado por meio dos Correios – daí o nome postal. 
Veja que curioso! É possível enviar ou receber recursos para/do exterior utilizando-se os Correios, 
uma vez que a empresa possui acordos com diversos países no mundo. Quando o recurso chega 
ao país, o(a) destinatário(a) é notificado(a) para que se dirija ao local de recebimento dos valores.
O vale postal eletrônico internacional é a modalidade pela qual se envia/recebe dinheiro 
utilizando os Correios, mediante o pagamento de taxa definidas pela empresa2. É importante 
dizer esse serviço é destinado apenas para pessoas físicas e com limite de valor igual ou infe-
rior a US$ 50.000 (50 mil dólares). Além disso, a conversão para a moeda do(a) destinatário(a) 
será realizada no momento da postagem do valor e será paga em Reais.
2 Em consulta ao site dos Correios no dia 17/06/2021, a taxa está em R$ 35,00+ 1,5% sobre o valor da remessa enviada.
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Falamos apenas dos vales postais que são os mais importantes, mas, só para não restarem 
dúvidas: reembolso postal ocorre quando os Correios ressarcem o(a) cliente por danos causa-
dos nas entregas.
Além das operações básicas, precisamos tratar também de um tipo de operação muito 
utilizada. Trata-se da Arbitragem.
ArbitrAgeM
Arbitragem é uma atividade muito comum no mercado de câmbio e, também, muito sim-
ples de entender. Veja bem! Imagine que você conheça uma pessoa em Belo Horizonte que 
queira comprar uma bicicleta de determinado modelo e esteja disposta a pagar por ela 1.500 
reais. Ao mesmo tempo, você conhece outra pessoa em Aracajú que tenha uma bicicleta desse 
mesmo modelo e aceite vender por 1.200. Esperto(a) que é, você compra essa bicicleta por 
1200 e a vende para a outra pessoa por 1500, se beneficiando do diferencial de preços(des-
considere os custos de frete). Grosso modo, é assim que é feita uma operação de arbitragem.
Agora que já entendemos a ideia geral, vamos ao conceito: arbitragem trata-se da compra de 
uma moeda em um mercado e a venda dela em outro, de forma a se aproveitar da diferença das 
cotações. Tal diferença entre o preço de venda e o preço de compra de uma moeda é chamada 
de spread cambial. Os contratos de câmbio podem, inclusive, prever operações de arbitragem.
Quando a arbitragem envolve dois mercados é chamada de arbitragem direta – a mais co-
mum. Ao passo que, se forem utilizados mais de dois mercados, trata-se de arbitragem indireta.
Vejamos uma questão de prova para entendermos melhor esse tema e visualizarmos a for-
ma como é cobrado. Preste atenção, pois é um conceito simples e que o(a) examinador(a) adora!
001. (CESGRANRIO/BASA/TÉCNICO BANCÁRIO/2018/Q972341) Considere que, em deter-
minado dia, o dólar seja, simultaneamente, negociado à taxa de câmbio de R$ 3,10/US$ em 
São Paulo e R$ 3,20/US$ no Rio de Janeiro.
Quando um investidor, perfeitamente informado da diferença entre ambas as taxas de câmbio, 
compra dólares em São Paulo a fim de obter lucros certos com a venda de moeda estrangeira 
no Rio de Janeiro, ele estará fazendo uma operação de
a) especulação
b) arbitragem
c) hedging
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d) triangulação
e) manipulação
Perceba que o investidor comprou dólares em um mercado (São Paulo) para vender em outro (Rio 
de Janeiro), de modo a lucrar com a diferença nos preços. Trata-se de uma operação de arbitragem.
Caso a questão perguntasse qual foi o ganho com a arbitragem ou spread cambial, bastava 
fazer o seguinte cálculo:
3,20 – 3,10 = 0,10. Ou seja, ele lucrou 10 centavos por dólar.
Letra b.
MercAdo priMário e secundário
No mercado primário de câmbio ocorrem as transações que implicam em entrada ou saída 
de moeda estrangeira do Brasil. Nesse sentido, estão incluídas, por exemplo, operações de im-
portação e exportação de produtos. Perceba que, quando se vende um produto para o exterior 
(exportação), há entrada de moeda estrangeira no País. O oposto ocorre quando há importa-
ção, ou seja, há saída de moeda estrangeira para fazer o pagamento. Portanto, o mercado pri-
mário envolve o recebimento ou a entrega de moeda estrangeira por parte de clientes no Brasil.
Ao passo que no mercado secundário os negócios são realizados entre as instituições au-
torizadas a operar no mercado de câmbio, como bancos. Nesse caso, não há fluxo de entrada 
ou saída de moeda no país. Na verdade, ela apenas migra do ativo de um banco para o ativo do 
outro. O mercado secundário também é chamado de mercado interbancário.
É preciso deixar claro que as operações de compra e venda de moeda estrangeira devem obri-
gatoriamente ser realizadas com a intermediação de alguma instituição autorizada a operar no 
mercado de câmbio ou de seu correspondente.
Qualquer operação que seja realizada por instituição ou pessoa não autorizada constitui mer-
cado paralelo e é ilegal.
instituições AutorizAdAs
O mercado de câmbio pode ser operado somente por instituições autorizadas. É o Banco 
Central do Brasil (BACEN) a entidade responsável por conceder tal autorização. Além disso, o 
BACEN possui outras funções no que se refere ao mercado de câmbio e a política cambial, as 
quais veremos em tópico próprio.
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Por ora, tratemos dos tipos de instituições que PODEM ser autorizadas a atuar no mercado 
de câmbio. São elas:
1. Bancos comerciais: são instituições financeiras, públicas ou privadas, cujo principal 
objetivo é disponibilizar recursos financeiros a empresas e pessoas físicas em geral, tendo 
como principal fonte de recursos depósitos à vista. Operam no mercado de câmbio realizando 
transferências financeiras internacionais, compra e venda de moedas estrangeiras, bem como 
investimentos em tais moedas e intermediação de contratos de importação e exportação.
2. Caixas econômicas: são as instituições mais antigas do sistema financeiro brasileiro. 
Elas realizam as mesmas atividades que os bancos comerciais, ou seja, recebem depósitos a 
vista, prestam serviços de compensação de cheques, recebimentos de boletos, dentre outros. 
No Brasil, atualmente, só existem uma caixa econômica que é Caixa Econômica Federal (CEF).
3. Bancos múltiplos: os bancos comerciais operam com carteira comercial, cuja principal 
característica é o recebimento de depósitos à vista. Enquanto a carteira de investimento (ope-
rada pelos bancos de investimento) tem como principal serviço o recebimento de depósitos 
a prazo. Ao passo que os bancos múltiplos são como uma união de diversos tipos de institui-
ções em uma só, pois operam em mais de uma carteira ao mesmo tempo, tais como: Comer-
cial; Investimento; crédito imobiliário, dentre outras.
4. Bancos de investimento: são instituições financeiras privadas que não possuem con-
tas correntes, portanto, não podem captar depósitos à vista, sendo suas principais fontes de 
recursos, além de recursos próprios: repasses de recursos governamentais e de empréstimos 
obtidos no exterior, vendas de cotas em fundos de investimentos, dentre outras.
5. Bancos de desenvolvimento: tal como os bancos de investimento, o objetivo principal dos 
bancos de desenvolvimento é suprir a demanda por recursos de médio e longo prazo, prioritaria-
mente do setor privado. No entanto, o foco são programas e projetos que visem o desenvolvimento 
social e econômico dos estados da federação aos quais pertençam. Outra diferença em relação 
aos bancos de investimento é que os bancos de desenvolvimento são instituições PÚBLICAS.
6. Bancos de câmbio: são instituições financeiras autorizadas a realizar, sem restrições, 
operações de câmbio e operações de crédito vinculadas às operações de câmbio (por exem-
plo: financiamentos à importação ou exportação), além de transações de adiantamentos sobre 
contratos de câmbio. Podem manter contas de depósitos para que os clientes movimentem 
recursos provenientes dessas operações que realizam.
7. Corretoras de câmbio: certamente, você já viu uma dessas, pois são as populares “casas 
de câmbio”. Segundo o BACEN, elas atuam, exclusivamente, no mercado de câmbio, interme-
diando operações entre clientes e bancos ou comprando e vendendo moedas estrangeiras de/
para seus clientes.
Também realizam operações financeiras de ingresso e remessa de valores do/para o exterior e 
operações vinculadas a importação e exportação, desde que limitadas ao valor de US$ 100.000,00” 
(BACEN,2021). Perceba que nesse aspecto, as corretoras de câmbio se assemelham aos bancos 
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que operam no mercado de câmbio, mas a principal diferença é que os bancos não possuem limite 
de valor. Além disso, os bancos podem realizar empréstimos e financiamentosde importações e 
exportações, bem como adiantamentos sobre contratos de câmbio e operações no mercado futu-
ro de dólar em Bolsa.
8. Agências de fomento: são instituições públicas membros da administração indireta dos 
estados e do distrito federal, que possuem como intuito principal o financiamento de capital 
fixo e capital de giro para projetos integrantes de planos de desenvolvimento das unidades da 
federação (estados e do distrito federal) onde estão sediadas. Surgiram no sentido de “ocupar 
um lugar” deixado pelo fechamento de bancos de desenvolvimento que existiram nos estados, 
exercendo papel essencial no desenvolvimento econômico e social das regiões em que atuam. 
Podem realizar operações específicas de câmbio, conforme legislação sobre o tema.
9. Sociedades de crédito, financiamento e investimento (financeiras): são empresas priva-
das que trabalham com o fornecimento de financiamento e empréstimo para compra de bens, 
serviços, bem como para a constituição de capital de giro. Elas podem ser ligadas a algum 
banco ou não. As financeiras (como são conhecidas) estão muito presentes no cotidiano dos 
brasileiros, uma vez que muitas delas são o chamado “braço financeiro” de lojas de departa-
mento e de montadoras de veículo, por exemplo. Tais empresas, atualmente, mantém suas 
próprias financeiras para vender seus produtos parcelados.
Outra esfera de atuação dessas instituições são os empréstimos de alto risco. Quando 
você vê por aí propagandas do tipo: “concedemos crédito para negativados”, por exemplo, 
pode ter certeza de que se trata de uma financeira.
10. Corretoras e distribuidoras de títulos e valores mobiliários (CDTVM): são instituições 
autorizadas pelo BACEN a operarem fazendo a intermediação entre os investidores e os mer-
cados organizados de títulos e valores mobiliários, como Bolsa de valores, por exemplo.
A seguir, recapitulamos as instituições que podem receber autorização do BACEN para 
operar no mercado de câmbio.
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Cada uma das instituições citadas está autorizada a realizar alguns tipos de operações no mer-
cado de câmbio. Segundo o artigo 2º da Resolução n. 3.568 do BACEN, funciona da seguinte forma:
a. Bancos, exceto de desenvolvimento: podem realizar todas as operações previstas na 
legislação.
b. bancos de desenvolvimento e caixas econômicas: operações específicas autorizadas 
pelo Banco Central do Brasil
Obs.: � A Resolução n. 3.568 não cita as agências de fomento, mas de acordo com o BACEN3 
elas podem realizar operações de câmbio específicas. Situando-se, portanto, nesse 
grupo dos bancos de desenvolvimento e caixas econômicas.
c. As financeiras, corretoras e distribuidoras de títulos e valores mobiliários e corretoras de 
câmbio podem realizar:
• Compra e venda de moeda estrangeira em cheques vinculados a transferências unilaterais;
• Compra e venda de moeda estrangeira em espécie, cheques e cheques de viagem relati-
vos a viagens internacionais;
• Operações de câmbio simplificado de exportação e de importação e transferências do 
e para o exterior, de natureza financeira, não sujeitas ou vinculadas a registro no Banco 
Central do Brasil, até o limite de US$50.000,00 ou seu equivalente em outras moedas.
• Operações no mercado interbancário, arbitragens no País e, por meio de banco autoriza-
do a operar no mercado de câmbio, arbitragem com o exterior;
Para finalizar esse tópico, vamos resolver uma questão de prova!
002. (CESPE/CEBRASPE/BASA/TÉCNICOBANCÁRIO NOVO/2009/Q693253) Podem ope-
rar em câmbio, nas posições compradas e vendidas, bancos múltiplos; bancos de investimen-
to; bancos comerciais; sociedades de crédito, financiamento e investimento, corretoras de títu-
los e valores mobiliários; distribuidoras de títulos e valores mobiliários e corretoras de câmbio.
3 https://www.bcb.gov.br/estabilidadefinanceira/agenciafomento
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Mercado de Câmbio
NOÇÕES DE SISTEMA BANCÁRIO
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Ainda vamos estudar o que são posições compradas e vendidas, mas abstraindo isso, po-
demos constatar que a assertiva elenca corretamente as instituições que podem operar no 
mercado de câmbio.
Certo.
tAxAs de câMbio
No começo da aula, nós vimos que câmbio se trata da operação de troca de moeda de um 
país pela moeda de outro país. Pois bem! Concorda que para se trocar uma moeda por outra é 
preciso saber quanto elas valem? Para isso existe a taxa de câmbio.
Nesse sentido, taxa de câmbio é o preço de uma moeda estrangeira expresso em moeda 
nacional. Por exemplo: a taxa de câmbio real/dólar diz quantos reais eu preciso entregar para 
comprar uma unidade de dólar.
Exemplo 1 = . Para comprar 1 dólar são necessários 3 reais
Exemplo 2 = . Para comprar 1 dólar são necessários 4 reais
Perceba que do exemplo 1 para o exemplo 2 houve uma elevação da taxa de câmbio, que pas-
sou de 3 para 4. Ou seja, aumentou-se a quantidade de Reais necessários para se adquirir 1 Dólar.
A elevação da taxa de câmbio significa, na prática, que a moeda nacional sofreu desvalori-
zação frente à moeda estrangeira – damos o nome de desvalorização cambial.
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Ao passo que a queda na taxa de câmbio significa que eu preciso de menos moeda nacio-
nal para comprar a moeda estrangeira. Ou seja, a moeda nacional valorizou-se frente à moeda 
estrangeira – a isso damos o nome de valorização cambial.
Perceba que há uma relação inversa entre taxa de câmbio e valorização/desvalorização 
cambial. Tal como mostro no esquema a seguir.
Não se preocupe tanto com essa relação inversa entre taxa de câmbio e valorização/des-
valorização cambial. Só apresentamos aqui para que você não seja surpreendido(a) por al-
gum(a) examinador(a) mais exigente.
Geralmente, as questões vão utilizar o termo “Câmbio”, tal como é falado na mídia. Por 
exemplo: “o câmbio desvalorizou” – isso significa que houve desvalorização cambial. Ou seja, 
são necessários mais reais para comprar 1 dólar ou um euro, por exemplo.
Ou então: “o câmbio valorizou, saindo de 3,80 para 3,50”. Isso significa que são necessários 
menos reais para comprar um dólar, por exemplo.
Nesse caso, a relação é direta:
Daqui para frente vamos falar somente “câmbio” nos referindo ao valor do Real frente a ou-
tras moedas. Então quando dissermos o câmbio desvalorizou ou houve desvalorização cam-
bial, estamos dizendo que a moeda nacional (Real) se desvalorizou frente a outra moeda. Bem 
mais fácil do que falar em taxa. Não é mesmo?
O mais importante é sempre termos em mente que o câmbio expressa o valor de uma 
moeda em relação a outra. Portanto, quando o valor do Euro cai frente ao Real, por exemplo, 
significa que o valor do Real subiu frente ao Euro.
O contrário também ocorre: se o preço do Euro sobe frente ao Real, significa que o preço 
do Real caiu frente ao Euro.
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Obs.: � Apresentamos um exemplo com o Euro para lhe dizer o seguinte: citamos muito o 
Dólar, pois é a moeda mais “forte” e mais utilizada no mundo (além de aparecer em 
questões), mas a taxa de câmbio expressa o valor de uma moeda frente a outra moeda, 
seja ela qual for. Portanto, temos taxa de câmbio Real/Dólar, Real/Euro, Real/Peso etc.
tAxAs de câMbio noMinAl e reAl
A taxa de câmbio que estudamos até o momento é a taxa de câmbio nominal, que é aquela divul-
gada na mídia, ou seja, a taxa de câmbio que costumamos utilizar. A taxa de câmbio nominal expres-
sa a quantidade de uma moeda necessária para comprar uma unidade de uma moeda estrangeira.
Suponha que a taxa de câmbio nominal Real/Dólar seja 4,50. Isso significa que são ne-
cessários 4,50 reais para se comprar 1 dólar. No entanto, há um detalhe importante: concorda 
comigo que com 1 dólar nos Estados Unidos você não necessariamente compra as mesmas 
coisas que compraria com 4,50 no Brasil? O motivo de isso acontecer é que os países pos-
suem custos de vida diferentes entre si, o que chamamos de poder de compra.
Pois bem! A taxa de câmbio real expressa a relação de poder de compra entre países, ao 
levar em consideração a inflação dos dois países. Guarde essa informação: a diferença entre a 
taxa de câmbio nominal e a taxa de câmbio real é que a última considera a inflação dos países.
Como se calcula a taxa de câmbio real?
Existe uma fórmula para fazer esse cálculo. Não se assuste, pois é simples! Vamos lá!
E = câmbio real
e = câmbio nominal
P*= inflação externa
P = inflação interna
Vejamos um exemplo para ficar bem claro! Imagine uma taxa de câmbio Real/Dólar de 
5,00. Significa que são necessários 5 reais para comprar 1 dólar. Imagine também uma taxa 
de inflação brasileira de 4% e uma taxa de inflação dos EUA de 2%. Qual a taxa de câmbio real?
Aplicando a fórmula temos:
E = 2,5
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Considere duas cestas com produtos idênticos, uma no Brasil e outra nos Estados Unidos. 
A taxa de câmbio real de 2,5 significa que com o preço de uma unidade dessa cesta no Brasil é 
possível comprar 2,5 cestas nos Estados Unidos. Ou seja, o poder de compra lá é maior.
regiMes cAMbiAis
Cada país faz opção por uma forma de determinar a taxa de câmbio. Trata-se do Regime 
Cambial, o qual pode ser, basicamente, de três modalidades: a) Câmbio fixo, b) Câmbio flutu-
ante e c) Híbrido ou intermediário.
Câmbio Fixo: nesse regime, o governo do país determina a taxa de câmbio. Esse recurso, 
geralmente, é utilizado para evitar a desvalorização da moeda nacional e, consequentemente, 
conter surtos inflacionários, uma vez que, quando o preço do Dólar aumenta, o preço das mer-
cadorias importadas também sobe e esse efeito é sentido por toda a economia (não vamos 
entrar em muitos detalhes que não nos interessam para a prova). No Brasil, o câmbio fixo foi 
utilizado na implantação do Plano Real (1994 - 1999).
Câmbio Flutuante: é o regime adotado pelo Brasil desde 1999, no qual a taxa de câmbio flutua 
livremente, conforme as condições de mercado, isto é, oferta e procura de moeda. Entenda a mo-
eda como uma mercadoria. Dessa forma, quando existe uma grande quantidade de agentes que-
rendo comprá-la e uma menor quantidade de agentes querendo vendê-la, o preço tende a subir. É a 
famosa lei da oferta e da procura. Dada determinada oferta, quanto maior a procura por uma mer-
cadoria, maior tende a ser o seu preço e vice-versa. Por isso, a Resolução n. 3.568 diz o seguinte:
Art. 19. A taxa de câmbio é livremente pactuada entre os agentes autorizados a operar no mercado 
de câmbio ou entre estes e seus clientes.
Guarde o artigo acima, pois aparece bastante em prova.
É importante dizer também que os agentes autorizados a operar no mercado de câmbio 
pactuam livremente a taxa de câmbio, mas respeitando os mecanismos normais de mercado, 
ou seja, não devem comercializar moeda a preços que destoem dos praticados no mercado, 
sob pena de sofre sanções, como aponta a resolução que estamos estudando:
Art. 22. Sujeitam-se os agentes autorizados a operar no mercado de câmbio às sanções previstas 
na legislação e regulamentação em vigor para a compra ou a venda de moeda estrangeira a taxas 
que se situem em patamares destoantes daqueles praticados pelo mercado ou que possam confi-
gurar evasão cambial, formação artificial ou manipulação de preços.
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A figura abaixo, retirada do portal do Banco Central, ilustra bem o mecanismo do regime de 
câmbio flutuante.
Banco Central do Brasil (2021).
Resumindo: novamente, pense na moeda como uma mercadoria, isto é, o valor dela obedece 
a “lei da oferta e da procura”. Por isso, quando há escassez de moeda estrangeira, por exemplo, 
dólar, o preço dessa moeda se eleva em relação ao Real, o que significa uma desvalorização 
cambial, uma vez que será preciso mais unidades de Real para comprar uma unidade de dólar.
Ao passo que, se houver abundância de dólar, há desvalorização dele (diminui seu preço) e, 
consequentemente, o Real passa a valer mais – há uma valorização cambial.
Como a vida do (a) concurseiro(a) não é das mais fáceis, preciso lhe dizer mais uma coisi-
nha. Embora o regime cambial no Brasil seja o flutuante, essa flutuação do câmbio não é dei-
xada totalmente livre, sob pena de o Real se valorizar ou desvalorizar demais. Por isso, o Banco 
Central intervém para garantir que tal flutuação não seja desenfreada. Ele o faz comprando e 
vendendo moeda estrangeira, de modo a influenciar no seu valor. Por isso dizemos que o Brasil 
adota o Regime de Flutuação Suja ou Dirty Floating.
Híbrido ou intermediário: trata-se de uma combinação entre o regime fixo e o flutuante. Nes-
sa modalidade o câmbio flutua entre limites, as chamadas bandas cambiais. Por exemplo: supo-
nha que seja estabelecido que o valor do dólar pode flutuar ente R$ 2,00 e R$ 2,50. Dessa forma, 
o Banco Central intervém sempre que a cotação da moeda estrangeira ultrapasse o limite inferior 
(R$2,00) ou o limite superior (R$ 2,50), de modo a manter a taxa de câmbio dentro da banda.
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Você pode estar se perguntando qual a diferença entre esse regime e o de flutuação suja. 
É simples! No regime híbrido existe a banda cambial, indicando quando o Banco Central deve 
intervir. Enquanto na flutuação suja essa interferência é discricionária, ou seja, é realizada sem 
critérios tão específicos, dependendo muitodos objetivos de política cambial do governo e da 
dinâmica do mercado cambial – maior ou menor entrada de moeda no País.
Como nem só de teoria vive o (a) concurseiro (a) esperto (a), vamos resolver uma ques-
tão de prova!
003. (CESPE/CEBRASPE/BB/ESCRITURÁRIO/2007/Q192007) As taxas de câmbio pratica-
das no Brasil são definidas pelo BACEN.
O regime adotado pelo Brasil desde 1999 é o de câmbio flutuante. A assertiva define, na verda-
de, o regime de câmbio fixo.
Errado.
iMpActo do câMbio nAs exportAções e iMportAções
Saiba que o câmbio afeta fortemente a vida das pessoas e a economia do País, sobretudo 
as exportações e importações. Uma alta no preço do dólar, por exemplo, significa que é preci-
so mais unidades de Real para comprar um dólar (desvalorização do real). Isso quer dizer que 
os produtos importados tendem a ficar mais caros, o que pode diminuir a importação no país.
No entanto, essa desvalorização do Real tende a incentivar as exportações, uma vez que 
os compradores estrangeiros tendem a comprar mais produtos brasileiros, que ficarão mais 
baratos para eles.
Vamos trazer para um nível mais cotidiano! Imagine que o dólar nesse momento que você 
está estudando essa aula esteja custando R$ 3,50. Agora imagine que, daqui a uma semana, 
esse valor suba para R$ 4,00. Concorda que uma viagem internacional ou a compra de um pro-
duto importado ficará bem mais cara agora? Pois bem! Esse é um dos efeitos da desvalorização 
do câmbio (será preciso mais reais para comprar um dólar) - desvalorização da moeda nacional.
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Resumindo os efeitos do câmbio nas exportações e importações:
QUADRO-RESUMO
FAtores que inFluenciAM A tAxA de câMbio
Já sabemos que a flutuação do câmbio se dá devido a abundância ou escassez de moeda 
estrangeira no País, a qual depende do fluxo de entrada e saída de tal moeda. E esse fluxo está 
subordinado tanto a variáveis internas, como nível de inflação, taxa de juros, crescimento do 
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PIB, aumento das exportações e estabilidade política, quanto a variáveis externas, como taxas 
de outros países. Vejamos como isso se dá!
Aumento das Exportações: vimos no tópico anterior que o câmbio interfere nas importações 
e exportações de um país. Sabemos que um câmbio desvalorizado, por exemplo, impacta posi-
tivamente nas exportações, ao tornar os produtos brasileiros mais baratos para o resto mundo.
Saiba que a recíproca também é verdadeira. Explico: o próprio aumento das exportações 
impacta no câmbio, uma vez que a maior quantidade de vendas ao exterior aumenta a quantida-
de de Dólar entrando no Brasil, diminuindo seu valor e forçando, portanto, a apreciação do Real.
Perceba que o câmbio é algo complexo, sobre o qual atuam forças contrárias! Ao mesmo 
tempo em que o câmbio desvalorizado induz ao aumento das exportações, o próprio aumento 
das exportações força, em sentido contrário, a valorização do câmbio.
Diminuição das Exportações: a diminuição das exportações atua no sentido oposto do 
aumento das exportações. Explico: o menor volume de vendas ao exterior diminui a entrada 
de Dólar no país. A menor quantidade de Dólar no País, tende a valorizar o Dólar frente ao Real, 
causando, portanto, uma desvalorização do Real frente ao dólar.
Aumento das exportações = tendência de valorização do câmbio (valorização do Real)
Diminuição das exportações = tendência de desvalorização do câmbio (desvalorização do Real)
Aumento das Importações: o aumento das importações, ou seja, de compras do exterior, 
amplia a saída de dólar do Brasil. A menor quantidade de dólar no Brasil tende a aumentar o 
seu valor e reduzir o valor do Real. Dessa forma, ocorre desvalorização do Real.
Queda das Importações: de forma sucinta, a queda das importações significa menos saída 
de Dólar. Isso tende a desvalorizar o Dólar (pois ele fica abundante no Brasil) e valorizar o Real.
Aumento das importações = tendência de desvalorização do câmbio (desvalorização do Real)
Diminuição das importações = tendência de valorização do câmbio (valorização do Real)
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Taxa básica de juros da economia (SELIC): uma elevação da taxa de juros no Brasil pode 
ocasionar uma corrida de investidores estrangeiros para investir no País, em busca do au-
mento da rentabilidade. Lembre-se que os juros é que remuneram os investimentos em títulos 
públicos federais, por exemplo. Portanto, quanto maiores os juros, mais os investidores se 
interessam por esse país.
Com a entrada de capitais, há forte entrada de moeda estrangeira, diminuindo seu valor e 
valorizando o Real.
Ao passo, que uma diminuição da taxa de juros pode levar a uma “fuga de capitais”, cau-
sando o efeito contrário, ou seja, aumento do valor da moeda estrangeira e desvalorização da 
moeda nacional. Imagine assim: muitos investidores estrangeiros querendo pegar seus dóla-
res de volta. Isso faz o valor desse dinheiro subir. Não é mesmo? (um exemplo grosseiro para 
que possamos entender).
Há outros motivos pelos quais os investidores podem querer retirar o seu capital do País, 
tal como uma crise política interna, que aumenta a percepção de risco e reduz o nível de con-
fiança desses investidores no Brasil, por exemplo.
Variáveis externas: além das coisas que acontecem no País, há outras variáveis que po-
dem incentivar a maior entrada ou saída de capitais. Um exemplo é a alta de taxas de juros 
em outros países. Suponha que os Estados Unidos anunciem uma elevação na taxa de juros 
deles. Certamente, haverá uma corrida de investidores retirando seus recursos de países em 
desenvolvimento como o Brasil e os direcionando para os Estados Unidos, que são um país 
desenvolvido e que possui mais credibilidade.
Portanto a taxa de câmbio, ou seja, o valor da moeda nacional frente a moeda estrangeira, 
tende a ser influenciada tanto por fatores internos, quanto por fatores externos.
Exemplo com dólar
Grande entrada de dólar = desvalorização do dólar e valorização do Real
Grande saída de dólar = valorização do dólar e desvalorização do Real.
Como nem só de teoria vive o(a) concurseiro(a) esperto(a), vamos ver uma questão de prova!
004. (CESGRANRIO/PETROBRAS/PETROBRAS/ECONOMISTAJÚNIOR/2008/Q439516) 
No regime cambial de taxa flutuante (ou flexível), uma subida dos juros domésticos
a) tende a desvalorizar a moeda do país.
b) tende a prejudicar as importações.
c) tende a prejudicar as exportações.
d) aumenta o preço dos produtos importados.
e) causa fuga de capitais do país.
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A elevação dos juros domésticos (taxa básica de juros do país – no Brasil, a SELIC) pode oca-
sionar uma corrida de investidores estrangeiros para investir no País, em busca do aumento 
da rentabilidade. Com isso, há forte entrada de moeda estrangeira, diminuindo seu valor e va-
lorizando a moeda nacional.
Qual o efeito da valorização da moeda nacional nas exportações e importações do país? Benefi-
cia as importações, que ficam mais baratas, já que a moeda nacional está valendo mais lá fora. 
Por outro lado, prejudica as exportações, visto que os produtos nacionais ficam mais caros para 
o resto do mundo. Com base nesse raciocínio, vamos analisar cada uma das alternativas.
�a) Errada. A entrada de capitais desvaloriza a moeda estrangeira (fica abundante) e valoriza a 
moeda do país
�b) Errada. A valorização da moeda do país tende a beneficiar as importações
�c) Certa. A valorização da moeda do país tende a prejudicar as exportações
�d) Errada. A valorização da moeda do país diminui o preço dos produtos importados. Pense: 
se a nossa moeda vale mais do que valia na semana passada, comprar produtos importados 
é mais barato agora.
�e) Errada. A subida de juros no país incentiva a entrada de capitais. Lembre-se que os juros é 
que remuneram os investimentos em títulos públicos federais, por exemplo.
Letra c.
contrAtos de câMbio
Contrato de Câmbio trata-se do documento que formaliza as transações envolvendo com-
pra e venda de moeda estrangeira. No contrato constam as condições da operação, tal como 
taxa pactuada, além de informações relevantes como nomes do vendedor e do comprador. Os 
contratos de Câmbio devem ser registrados no Sistema Integrado de Registro de Operações de 
Câmbio (Sistema Câmbio), gerido pelo BACEN.
É importante dizer que o contrato de câmbio é OBRIGATÓRIO para operações acima de 10 
mil dólares (US$ 10 mil) ou seu equivalente em outras moedas estrangeiras.
Portanto, o contrato pode ser dispensado para operações abaixo de US$ 10 mil. Nesse 
caso, deve ser entregue ao cliente um comprovante para cada operação realizada, o qual deve 
conter as seguintes informações mínimas:
• identificação das partes
• a indicação da moeda estrangeira,
• o fato-natureza da operação (o fato que origina a operação. Ex: pagamento de exportação),
• a taxa de câmbio,
• os valores em moeda estrangeira e em moeda nacional
• Valor Efetivo Total (VET) da operação
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Para não ficarem dúvidas: o Valor Efetivo Total (VET) trata-se do total em Reais recebidos/
pagos por unidade de moeda estrangeira (por exemplo: R$ 4,00 por dólar). O VET considera a 
taxa de câmbio, o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) e as tarifas cobradas pela insti-
tuição financeira que intermedia a operação de câmbio, tal como bancos.
Segundo o Bacen, as instituições autorizadas a operar no mercado de câmbio devem infor-
mar o VET ao cliente antes de a operação ser realizada para todas as operações de liquidação 
pronta (até dois dias úteis – vamos estudar liquidação daqui a pouco) de valor igual ou inferior 
a USD 100.000,00 (cem mil dólares dos Estados Unidos).
Apesar de operações com valores inferiores a US$ 10 mil poderem ser realizadas sem contrato 
de câmbio, tais transações devem ser registradas no Sistema Câmbio, com a devida identifica-
ção do comprador e vendedor da moeda estrangeira.
Preste atenção que isso é muito importante para a prova: Todas as transações com câmbio 
devem ser registradas, mesmo que não tenha contrato.
liquidAção
A liquidação do contrato de câmbio trata-se da efetiva entrega da moeda comprada/vendi-
da. Essa liquidação pode ser pronta ou futura. Vejamos!
Liquidação pronta: é realizada em até dois dias úteis, contados da data da contratação. 
Esse tipo de liquidação é obrigatório em alguns casos, como compras ou vendas de moeda 
estrangeira em espécie. Por exemplo: quando uma pessoa compra dólares para levar a uma 
viagem internacional.
Liquidação futura: é realizada em prazo superior a dois dias úteis. Operações de câmbio futuro, 
como são chamadas, são realizadas com o objetivo de se proteger de oscilações cambiais. Com 
ela é possível “travar” o câmbio. Nesse sentido, uma empresa que exporta produtos, por exemplo, 
pode garantir a cotação atual do dólar, mesmo que vá receber em data futura. Com isso, o valor da 
venda fica protegido de oscilações da moeda estrangeira até a data de liquidação da transação.
Acabamos de ver as características gerais dos contratos de câmbio. Para finalizar esse 
tópico, vejamos algumas operações que podem ser previstas nos contratos de câmbio e que 
aparecem em prova. São elas:
a. Adiantamento sobre contrato de câmbio (ACC): trata-se de uma espécie de empréstimo 
bancário, no qual o banco antecipa recursos em moeda nacional (Reais) decorrentes de uma 
operação de exportação que será realizada no futuro. Ou seja, o recebimento dos recursos se 
dá na fase pré-embarque das mercadorias ou anterior à prestação de serviços.
Imagine que um exportador tenha fechado um contrato para venda de 100 sacas de soja 
para um comprador do exterior, que fará o pagamento em dólares daqui a 3 meses, quando 
da entrega da soja. Dessa forma, esse exportador pode recorrer a algum banco que opere em 
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câmbio para vender (total ou parcialmente) os dólares que receberá no futuro. Na operação 
de ACC, o banco antecipa para o exportador o valor em reais desses dólares que receberá no 
futuro. Para tanto, o exportador paga juros ao banco.
A antecipação sobre contrato de câmbio (ACC) é muito utilizada por exportadores ou pro-
dutores rurais com negócios no exterior que precisam de capital de giro para custear a produ-
ção ou comercialização de seus produtos.
b. Adiantamento sobre cambiais entregues (ACE): tal como o ACC, é um adiantamento, 
total ou parcial, de recursos em Reais referente a uma exportação ou prestação de serviços. 
No entanto, a principal diferença é que o adiantamento só é realizado após o embarque das 
mercadorias para o exterior ou a prestação do serviço.
c. Carta de Crédito: é um instrumento por meio do qual um banco, atuando como um in-
termediário, compromete-se a realizar determinado pagamento referente a uma operação de 
exportação ou importação.
É emitida pelo banco, por ordem do importador, a fim de garantir o pagamento ao exporta-
dor, desde que este apresente todos os documentos necessários e atenda as condições espe-
cíficas expressas na carta de crédito.
Como nem só de teoria vive o(a) concurseiro(a) esperto(a), vamos resolver uma ques-
tão de prova!
005. (IADES/APEX BRASIL/AGÊNCIA BRASILEIRA DE PROMOÇÃO DE EXPORTAÇÕES E 
INVESTIMENTOS/ANALISTA/2018/Q1015088) Para obtenção de financiamento na fase 
pré-embarque ou anterior à prestação de serviço, os exportadores brasileiros podem recorrer 
aos bancos e obter linha de crédito com taxa de juros internacional, sendo a operação formali-
zada por meio de contrato de câmbio. Essa operação é denominada
a) Adiantamento sobre Cambiais Entregues (ACE).
b) Programa de Financiamento às Exportações (Proex).
c) Adiantamento sobre Contrato de Câmbio (ACC).
d) Notade Crédito à Exportação (NCE).
e) Liquidação de Contrato de Câmbio.
A modalidade de financiamento na fase pré-embarque das mercadorias ou anterior à presta-
ção de serviços, a qual as empresas exportadoras podem recorrer é denominada Adiantamen-
to sobre Contrato de Câmbio (ACC).
Letra c.
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A seguir, trazemos um mapa que resume os principais pontos que vimos nesse tópico.
pApel do bAnco centrAl e políticA cAMbiAl
O papel do Banco Central do Brasil (BACEN) no mercado de câmbio é bastante importante, 
uma vez que é ele, por exemplo, que autoriza as instituições a operar com câmbio. Para tanto, edi-
ta as regras cambiais gerais, como é o caso da resolução n. 3.568, que é a base da presente aula.
Como dissemos, é o BACEN que autoriza as instituições a operarem no mercado de câm-
bio. Para serem autorizadas, a instituição financeira deve, segundo o artigo 5º da resolu-
ção n. 3.568:
I – Apresentar projeto, nos termos fixados pelo Banco Central do Brasil, indicando, no mínimo, os 
objetivos operacionais básicos e as ações desenvolvidas para assegurar a observância da regula-
mentação cambial e prevenir e coibir os crimes tipificados na Lei 9.613, de 3 de março de 1998 (tal 
lei trata dos crimes de lavagem de dinheiro).
II – Indicar diretor responsável pelas operações relacionadas ao mercado de câmbio.
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Se o BACEN concede autorização, ele pode também revogar, cassar ou cancelá-la, em al-
guns casos. Vejamos o que a resolução n. 3568 do Bacen diz sobre isso:
Art. 7º. O Banco Central do Brasil, no que diz respeito às autorizações concedidas na forma deste 
capítulo, pode, motivadamente:
I – Revogá-las ou suspendê-las temporariamente em razão de conveniência e oportunidade.
II – Cassá-las em razão de irregularidades apuradas em processo administrativo, ou suspendê-las 
cautelarmente, na forma da lei;
III – Cancelá-las em virtude da não realização, pela instituição, de operação de câmbio por período 
superior a cento e oitenta dias.
Resumindo. No que diz respeito às autorizações concedidas, o Bacen pode:
posição de câMbio
Além de conceder autorização para as instituições que operam no mercado de câmbio, 
outra função do Bacen é controlar a chamada posição de câmbio, que se trata do resultado lí-
quido das transações de compra e venda de moeda estrangeira realizadas por uma instituição 
autorizada desde o começo de suas atividades.
Por exemplo: a corretora X opera no mercado de câmbio desde 2010. Nesse caso, a posi-
ção de câmbio dela trata-se do cálculo do total de vendas de moeda estrangeira menos o total 
de compras desde 2010 até o período atual (isto é o resultado líquido).
Posição de Câmbio = Total de vendas – Total de compras
O valor da posição de câmbio de uma instituição é apurado todos os dias, somando-se ou 
subtraindo-se de sua posição do dia anterior cada um dos registros efetuados no dia atual.
Tal cálculo resulta em 3 tipos de posições de câmbio:
Nivelada: o valor total de compras é igual ao valor de vendas
Vendida: quando o valor total de vendas é maior que o de compras
Comprada: é o oposto da posição vendida. Ou seja, o valor de compras é maior que o valor 
de vendas.
Imagine que no dia 20 de janeiro o saldo acumulado das operações de com moeda estran-
geira realizadas pela corretora X, registre um valor de compras superior ao valor de vendas. 
Isso significa que tal instituição apresenta uma posição de câmbio comprada naquele dia. 
Trata-se de um conceito bastante intuitivo, com o qual você não deve ter dificuldades na prova.
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Pois bem! Já entendemos o que são as posições de câmbio. Agora vamos ver as defini-
ções formais para que você se familiarize com as palavras que costumam cair em prova. É 
importante dizer que as questões de prova costumam cobrar as posições vendida e comprada. 
Vejamos as definições segundo o Bacen.
Posição de câmbio: representa o resultado entre as operações de compra e venda de mo-
eda estrangeira, acrescida ou diminuída da posição no dia anterior.
Posição de câmbio vendida: é o saldo em moeda estrangeira registrado em nome de uma 
instituição autorizada que tenha efetuado vendas, prontas ou para liquidação futura, de moeda 
estrangeira, em valores superiores às compras.
Posição de câmbio comprada: é o saldo em moeda estrangeira registrado em nome de 
uma instituição autorizada que tenha efetuado compras, prontas ou para liquidação futura, de 
moeda estrangeira, em valores superiores às vendas.
posição de câMbio do sFn
Agora que já sabemos do que se trata a posição de câmbio de cada instituição que opera 
no mercado de câmbio, podemos falar de outro conceito. Trata-se da posição de câmbio do 
Sistema Financeiro Nacional (SFN).
Não se assuste! A posição de câmbio do sistema é simplesmente a somatória das posi-
ções de câmbio de todas as instituições autorizadas a operar no mercado de câmbio.
As questões de prova costumam abordar esse assunto cobrando as hipóteses que afetam 
ou não a posição de câmbio do sistema financeiro nacional. Vejamos o que nos pode ser útil.
1. Operações de câmbio entre instituições autorizadas (por exemplo, entre dois bancos): 
NÃO alteram a posição de câmbio do sistema. Pense bem! Se o Banco A vende 100 dólares 
para o banco B, tal operação apenas altera a posição vendida de um e a posição comprada do 
outro. Perceba que somente as posições individuais são alteradas e se compensam.
2. Operações de câmbio entre o Bacen e as instituições autorizadas ou entre as instituições 
e os clientes. Esse caso é diferente! Se o Bacen vende 100 dólares para o Banco A, alterará a 
posição de câmbio desse banco e, consequentemente, a posição de todo o sistema. O mesmo 
ocorre se o Banco A vende/compra dólares para clientes.
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iMpleMentAção dA políticA cAMbiAl
Vimos em tópicos anteriores que o Brasil adota o regime de câmbio flutuante, isto é, a taxa 
de câmbio flutua livremente, conforme as condições de mercado (oferta e procura de moeda). 
No entanto, essa flutuação não pode se dar sem nenhum controle, sob pena de colocar em 
risco a estabilidade do sistema.
Sei que você é um(a) concurseiro(a) esperto(a) e já percebeu que as oscilações do câmbio 
podem ter diversos efeitos. Em determinado momento, o governo do País pode desejar ampliar 
as exportações, o que dependerá de um câmbio mais desvalorizado. No entanto, se deixardesvalorizar demais, pode causar dificuldades nas importações, as quais são essenciais para 
o Brasil, uma vez que a indústria em geral depende de componentes importados para produzir.
Com esse rápido esforço, nós já podemos ter uma noção do quão complexo é controlar a 
taxa de câmbio de modo a perseguir os propósitos de desenvolvimento econômico do País. 
Para tentar atingir tais propósitos, o governo traça a chamada Política Cambial.
A política cambial trata-se “do conjunto de medidas que define o regime de taxas de câm-
bio - flutuante, fixo, administrado - e regulamenta as operações de câmbio. Dessa forma, a polí-
tica cambial define as relações financeiras entre o país e o resto do mundo, a forma de atuação 
no mercado de câmbio, as regras para movimentação internacional de capitais e de moeda e 
a gestão das reservas internacionais” (BACEN, 2021)4.
Em suma: a política cambial, é o conjunto de medidas visando a atuação no mercado de 
câmbio, de modo a garantir seu bom funcionamento e protegê-lo de flutuações contrárias aos 
objetivos da nação. Para tanto, existem alguns instrumentos de política cambial, tal como a 
compra e venda de moeda estrangeira, efetuada pelo Bacen. Vejamos o que diz a legislação!
A Lei Complementar n. 179 de 2021 elenca, como uma das funções do BACEN, “efetuar, 
como instrumento de política cambial, operações de compra e venda de moeda estrangeira”.
O mecanismo de compra e venda de moeda estrangeira é realizado a fim de innfluenciar na 
taxa de câmbio, controlando o valor da moeda nacional. Como isso se dá?
4 https://www.bcb.gov.br/estabilidadefinanceira/politicacambial
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Considere uma quantidade fixa de dólar existente no País. Se a procura por essa moeda 
aumenta, o seu preço sobe. Nesse cenário, o BACEN pode intervir vendendo dólar, ou seja, co-
locando mais dólar no mercado, influenciando assim, a queda do seu valor.
Se o BACEN faz o contrário, ou seja, compra dólares, ele retira dólar do mercado e, portanto, 
influencia a alta dessa moeda e a queda do valor do Real. É assim que se utiliza o instrumento 
de compra e venda de moeda estangeira para controlar a taxa de câmbio de acordo com os 
propósitos do País.
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reMessAs
Nessa seção, vamos tratar um pouquinho do tema Remessas, que se refere ao envio de 
recursos do Brasil para o exterior, bem como do exterior para o Brasil.
Os exemplos que daremos serão sobre a remessa de recursos de residentes no exterior 
para residentes no Brasil, pois é o mais comum de ocorrer. No entanto, é claro, que também há 
envio de recursos do Brasil para o exterior.
Vamos lá!
Há três formas de se enviar recursos de outros países para o Brasil. São elas:
1. Ordem de pagamento
Uma ordem de pagamento é um serviço utilizado para enviar e receber recursos. Trata-se, 
grosso modo, de uma autorização para que determinada pessoa saque recursos no banco, 
mesmo que ela não seja correntista da instituição. A ordem de pagamento é bastante utilizada 
para remessas de recursos ao exterior.
Quando se referem às remessas ao exterior, as ordens de pagamento podem ser denomi-
nadas em moeda estrangeira ou em reais, mas sempre serão pagas aos residentes no Brasil 
em reais. Isso quer dizer que, se a ordem de pagamento for feita em moeda estrangeira, será 
necessária a realização da operação de câmbio no Brasil entre o beneficiário e uma instituição 
autorizada a operar no mercado de câmbio.
Ao passo que, se a ordem de pagamento for feita em reais, a operação de câmbio que se 
fizer necessária irá ocorrer entre o remetente e a instituição no exterior. Nesse caso, o benefi-
ciário aqui no Brasil recebe os reais sem necessidade de operação de câmbio, já que não terá 
que converter nada.
Parece complicado, mas é algo muito simples. Pense comigo:
• José Carlos está nos Estados Unidos e deseja mandar dinheiro para Cristina no Brasil. 
Uma das opções é ele procurar um banco para emitir uma ordem de pagamento. Essa 
ordem de pagamento pode ser feita em dólares ou em reais.
Caso seja feita em dólares, a operação de câmbio, ou seja, a transformação dos dólares em 
Reais será feita no Brasil, sob responsabilidade do beneficiário do recurso, que é Cristina. Isso quer 
dizer que é Cristina que negociará com uma instituição autorizada a operar no mercado de câmbio. 
Em linguagem de prova: a operação de câmbio será entre a beneficiário e a instituição no Brasil.
Lembre-se que Cristina não pode sacar esses simplesmente sacar os dólares, pois como 
dissemos, as ordens de pagamento podem ser denominadas em moeda estrangeira ou em 
Reais, mas sempre serão pagas aos residentes no Brasil em reais.
• No entanto, se José Carlos fizer a ordem de pagamento nos Estados Unidos já em 
Reais. Cristina não precisará realizar nenhuma operação de câmbio no Brasil (afinal, 
não há o que converter). Nesse caso, será José Carlos que realizar uma operação de 
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câmbio (dólar/real) nos Estados Unidos para enviar recursos em Reais para o Brasil. 
Em linguagem de prova: A operação de câmbio será entre o remetente (José Carlos) 
e a instituição no exterior.
Obs.: � Demos o exemplo de uma remessa via banco, mas é possível fazer a remessa de 
moeda estrangeira do exterior por meio de empresas não financeiras especializadas 
em transferências internacionais, dependendo da legislação de cada país.
Cartilha de Câmbio. (BACEN, 2018).
Se o valor não ultrapassar R$10 mil, é possível receber o dinheiro em espécie ou em qualquer 
instrumento de pagamento em uso no mercado financeiro. A partir desse valor, somente me-
diante crédito em conta, transferência bancária ou cheque.
2. Cartão internacional
Outra forma de se fazer remessas é a utilização de cartão internacional. Nesse sentido, é 
permitido aos bancos brasileiros e à Caixa Econômica Federal aceitar remessas de valores dos 
brasileiros que estão no exterior por meio de cartão emitido também no exterior.
Com essa operação, o valor, em reais, pode ser creditado em conta corrente ou poupança 
no Brasil, do próprio remetente ou de outro beneficiário, ou ser recebido em dinheiro, direta-
mente pelo beneficiário, desde que observado o limite em vigor de R$10 mil.
Para fazer a remessa, o remetente, no exterior, precisa procurar uma instituição que ofere-
ça o serviço de transferência de valores via cartão internacional.
3. Correios
Os Correios também estão autorizados a prestar o serviço de transferências financeiras 
internacionais. Nesse sentido, o envio e o recebimento de valores são feitos eletronicamente 
entre o Brasil e os países conveniados.
O processo é bem simples. Por exemplo, o remetente que está no exterior, procura a em-
presa de correio no exterior, a qual faz a remessa de dinheiro para os Correios no Brasil. O 
beneficiário recebeo dinheiro em reais.
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Cartilha de Câmbio. (BACEN, 2018).
siscoMex
O último assunto que vamos tratar é o Siscomex. Vamos lá! Está acabando!
Instituído pelo Decreto n. 660, de 25 de setembro de 1992, o Sistema Integrado de Comér-
cio Exterior - Siscomex é um instrumento administrativo que integra as atividades de registro, 
acompanhamento e controle das operações de comércio exterior no Brasil.
A instituição do Siscomex constituiu extraordinário avanço, ao informatizar os controles 
existentes, que eram realizados por meio de declarações em papel, carimbos e assinaturas. 
Além disso, inovou ao criar um fluxo único de informações, em que todos os intervenientes, 
públicos e privados, registram informações, declarações em sucessivas etapas, conforme flu-
xograma estabelecido, uniformizando assim os procedimentos. Não é possível, por exemplo, 
prestar uma informação a um órgão, e prestar outra, diferente, a outro5.
O Siscomex é acessível por meio de seu portal eletrônico: http://portal.siscomex.gov.br/. Nes-
se portal, os usuários podem acessar diversas informações, serviços e estatísticas referentes ao 
comércio exterior, assim como direciona para os sítios eletrônicos de todos os participantes.
Quem são os participantes do Siscomex?
Participam do Siscomex alguns órgãos governamentais, denominados intervenientes.
Os órgãos governamentais intervenientes no Siscomex classificam-se como: a) Gestores e 
b) Anuentes. Vejamos cada um deles.
Gestores: responsáveis pela administração, manutenção e aprimoramento do Sistema 
dentro de suas respectivas áreas de competência. São eles:
1. Secretaria da Receita Federal do Brasil - RFB, responsável pelas áreas aduaneira e 
tributária;
5 https://www.gov.br/receitafederal/pt-br/assuntos/aduana-e-comercio-exterior/importacao-e-exportacao/sistema-integra-
do-de-comercio-exterior-siscomex
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2. Secretaria de Comércio Exterior - SECEX, responsável pela área administrativa; e
3. Banco Central do Brasil - BACEN, responsável pelas áreas financeira e cambial.
Anuentes: responsáveis pela autorização do processo de importação/exportação na etapa 
administrativa/comercial, de determinados bens, como por exemplo: Ministério da Agricultura, 
Pecuária e Abastecimento, Ministério da Saúde e IBAMA, entre outros.
Quem pode acessar o Siscomex?
Os módulos do Siscomex Importação têm como principais usuários:
1. Aduana: AFRFB, ATRFB e outros servidores aduaneiros;
2. Secex, Bacen e anuentes: atuam no controle administrativo e cambial;
3. Importador;
4. Depositário: responsável pelo Recinto Alfandegado (RA), fiel depositário das cargas sob 
controle aduaneiro;
6. Transportador: transportador de cargas do percurso internacional e/ou transportador de 
trânsito aduaneiro.
Segundo o Decreto 660 de 1992, a gestão do Siscomex compete ao Ministério da Economia, 
que possui as seguintes atribuições:
Art. 3º. § 1º São atribuições do Ministério da Economia relativas à gestão do SISCOMEX:
I – administrar os módulos de sistemas de tecnologia da informação integrantes do SISCOMEX;
II – atuar junto aos órgãos e entidades da administração federal participantes do SISCOMEX na re-
visão periódica de demandas de dados e informações e de procedimentos administrados por meio 
do SISCOMEX, com vistas à sua padronização, atualização, harmonização e simplificação;
III – auxiliar os órgãos e entidades da administração federal, respeitadas as suas competências, nas 
iniciativas que interfiram em procedimentos e exigências administrados por meio do SISCOMEX, 
com vistas à sua padronização, atualização, harmonização e simplificação;
IV – criar grupos técnicos para o desenvolvimento de atividades específicas relativas à gestão do 
SISCOMEX;
V – emitir os atos necessários à gestão do SISCOMEX e à integração dos operadores públicos e 
privados ao SISCOMEX; e
VI – cooperar com entes públicos ou privados para o desenvolvimento, implantação e aprimoramen-
to de soluções tecnológicas integrantes do SISCOMEX.
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RESUMO
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QUADRO: EFEITO DO CÂMBIO NAS EXPORTAÇÕES E IMPORTAÇÕES
Evento Efeitos Explicação
DESVALORIZAÇÃO 
CAMBIAL
Aumento das 
exportações
Com a desvalorização do Real, os 
produtos brasileiros ficarão mais baratos 
para os estrangeiros, o que fará com 
que eles comprem mais os produtos 
brasileiros. Portanto, a desvalorização do 
Real beneficia as exportações.
Queda das 
importações
Por outro lado, a desvalorização do Real 
fará com que os produtos importados 
fiquem mais caros – será preciso 
mais reais para comprar o mesmo 
produto importado. Isso prejudica as 
importações.
VALORIZAÇÃO 
CAMBIAL
Queda das 
exportações
A valorização do Real significa que os 
produtos brasileiros ficarão mais caros 
para o resto do mundo, o que diminui as 
exportações dos produtos brasileiros.
Aumento das 
importações
Por outro lado, a valorização do Real 
beneficiará as importações, uma vez que 
os produtos estrangeiros ficarão mais 
baratos para os compradores brasileiros.
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Ufa, chegamos

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