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Gestão competência versus gestão de desempenho Apresentação Seja bem-vindo! No contexto organizacional, as mudanças ocorridas devido às rápidas transformações que afetam o mercado exigem que as empresas reestruturem seus processos e encontrem formas de gestão que ofereçam respaldo nas decisões estratégicas. Nesta Unidade de Aprendizagem, você vai conhecer a gestão de competências e a gestão de desempenho, por meio de um comparativo entre elas. Ademais, você vai ser capaz de embasar informações para a utilização dessas formas de gestão, como complemento em tomadas de decisões estratégicas. Bons estudos. Ao final desta Unidade de Aprendizagem, você deve apresentar os seguintes aprendizados: Identificar os principais pontos de uma comparação entre a gestão de competências e a gestão de desempenho, para um realinhamento. • Determinar a importância da fixação de metas para um realinhamento organizacional.• Apontar como se dá a realização de realinhamento organizacional.• Desafio Imagine que você faz parte da equipe de RH da empresa ABC, a qual atua no ramo de Tecnologia da Informação e tem em torno de 140 funcionários, divididos em três grandes áreas: administrativa, comercial e operacional. Após uma análise de mercado, identificou-se a necessidade de modernização de processos e de rapidez para desenvolver novos produtos e serviços, para superar a concorrência. Para resolver este Desafio, é necessário definir os seguintes pontos: Indicadores para cada área.• Competências que as áreas precisam apresentar.• Formas de comunicar à equipe sobre a nova gestão.• Infográfico A combinação entre a gestão de desempenho e a gestão por competências é cada vez mais utilizada pelas organizações, diante da singularidade mercadológica e corporativa que se vivencia no mundo contemporâneo. No Infográfico a seguir, confira as principais diferenças entre a gestão de competências e a gestão de desempenho, duas vertentes gerenciais que se complementam no contexto organizacional. Conheça, também, as características predominantes em cada uma. Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para acessar. https://statics-marketplace.plataforma.grupoa.education/sagah/af4a7c59-47c7-4a73-add2-c4b594a947b7/b9a8863b-c0d3-4115-b922-3f3c15eb88c3.png Conteúdo do livro A gestão de competências e a gestão de desempenho podem ser consideradas duas formas distintas de orientar a empresa aos resultados esperados. Contudo, quando combinadas, são capazes de produzir o retorno planejado, ao tornar a empresa mais competitiva e melhor estruturada. No capítulo Gestão de competências versus gestão de desempenho, da obra Gestão do Desempenho Organizacional, você vai estudar as diferenças entre gestão de competências e gestão de desempenho, a importância da fixação de metas para um realinhamento organizacional, além de identificar como se dá esse realinhamento. Boa leitura. GESTÃO DO DESEMPENHO ORGANIZACIONAL Fernanda da Luz Ferrari C03_Indicadores_desempenho.indd 20 03/04/2018 15:34:01 Gestão de competências versus gestão de desempenho Objetivos de aprendizagem Ao final deste texto, você deve apresentar os seguintes aprendizados: Identificar os principais pontos para comparação entre gestão de competências e gestão do desempenho. Determinar a importância da fixação de metas para realinhamento organizacional. Apontar como se dá a realização de realinhamento organizacional. Introdução As mudanças no contexto organizacional que ocorrem devido as rápidas transformações que afetam o mercado exigem que as empresas rees- truturem seus processos e encontrem formas de gestão que ofereçam respaldo nas decisões estratégicas. Neste capítulo, conheceremos sobre a gestão de competências e a gestão de desempenho, oferecendo um comparativo entre elas e, até mesmo, embasando informações para sua utilização como complemento a tomadas de decisão estratégica. Comparativo entre gestão de competências e gestão de desempenho As transformações sociais, econômicas e políticas, aliadas às novas tecnologias e aos clientes ainda mais exigentes, conduziram as empresas para uma rees- truturação de seus processos internos para ganho de competitividade, gerando novos modelos de gestão empresarial (BRANDÃO; GUIMARÃES, 2001). O departamento de recursos humanos foi a área mais afetada com essas grandes mudanças dentro das organizações, assumindo um papel estratégico para o alcance de resultados e para a valorização do capital intelectual existente nelas (KNAPIK, 2012). Juntamente com o nível estratégico, atua na implantação de modelos que estabeleçam melhores resultados para a empresa e seus colaboradores, que são incentivados a estarem em constante aprendizagem e desenvolvimento, porque a demanda do mercado exige profissionais altamente qualificados para as atividades. Gestão de competências A defi nição de competência é a capacidade de fazer algo melhor que os demais (TAKAHASHI, 2015), abrangendo não só as capacidades das pessoas, mas também da própria empresa para se diferenciar dos seus concorrentes. Os primeiros estudos sobre competência nas organizações surgiram na década de 1970, com David McClelland que, por meio do artigo intitulado “Testando por competência ao invés de inteligência”, sugeriu que testes de QI (inteligência) para a seleção de pessoas fossem substituídos por competências que seriam essenciais para execução de determinadas tarefas, visando ao favoreci- mento das competências organizacionais como um todo (TAKAHASHI, 2015). A partir desses estudos, desenvolveram-se dois focos para o estudo de competências: os que estão alinhados com a estratégia e análise organizacional e os que direcionam para o indivíduo e a gestão de pessoas. O foco nas competências organizacionais tem por finalidade identificar as competências essenciais de cada empresa, que, segundo os autores Hamel e Prahalad (1995), são formadas por três aspectos: 1. ser um fator fundamental de flexibilidade para a mudança e adaptação a diferentes mercados; 2. ser difícil de ser copiado ou imitado; 3. ter recursos essenciais na produção de bens e serviços. As competências pessoais são formadas pela tríade: conhecimento, ha- bilidades e atitudes. Esses três elementos, quando trabalhados em conjunto, geram resultados melhores do que os esperados. A gestão estratégica de RH implanta a gestão de competências para alocar as pessoas adequadas nos lugares certos, formando o terceiro item da com- petência essencial de uma empresa, que são os recursos para a produção de bens e serviços que gerem os resultados necessários para que a organização esteja sempre em constante desenvolvimento e crescimento. Gestão de competências versus gestão de desempenho2 Quando falamos em gestão de competências, precisamos nos atentar para os objetivos estratégicos das empresas, que englobam tanto competências de seus colaboradores quanto as próprias da organização. As competências necessárias podem ser desenvolvidas com os colaboradores já existentes ou selecionadas por meio do recrutamento com base nas descrições de funções e competências identificadas como necessárias para cada cargo e função. Gestão de desempenho Os mecanismos de avaliação de desempenho são utilizados desde a antiguidade para medir a efi cácia dos trabalhadores e como forma de controle. Com a evolução da indústria e modernização dos processos de trabalho em razão da entrada das tecnologias nas empresas, essa forma de mensuração de resultados dos colabo- radores adquiriu um novo signifi cado, mudando o paradigma mais burocrático e servindo de apoio para as empresas medirem e entenderem o desempenho dos funcionários nas diversas atividades e funções que existem dentro das empresas. A avaliação de desempenho vai além de medir as competências e o compor- tamento dos colaboradores. Sua função estratégica é identificar as necessidades de treinamento e desenvolvimento que os envolvidosnecessitam, juntamente com a área de educação corporativa (MARRAS, 1999). Dessa forma, estimula ações para o autodesenvolvimento das pessoas. Ela serve, também, de base para feedbacks com fundamentação, identifica a contribuição de cada um para o desenvolvimento e crescimento da organização, descobrindo talentos e apoiando promoções, premiações e, até mesmo, demissões dos funcionários. A gestão de desempenho dos colaboradores contribui para a identificação do envolvimento e desempenho de determinada função, além do comportamento, da motivação e do esforço. Como resultado, é possível apontar os pontos fortes e fracos das pessoas na função, além das necessidades e oportunidades de ambos os lados: empresa e funcionário. Gestão de competências versus gestão de desempenho A gestão estratégica das empresas tem o papel de defi nir o planejamento a ser executado, as metas e os resultados que a empresa precisa entregar. Com isso, são avaliados vários pontos para determinar qual será a forma de gestão quanto aos seus recursos humanos, seja com a gestão de competências ou de desempenho. 3Gestão de competências versus gestão de desempenho Não existe uma forma de determinar qual dessas é a correta, sendo que é preciso identificar qual gestão atende às necessidades do planejamento estratégico, seja a de competências ou de desempenho. Contudo, por meio da pontuação dos principais aspectos de cada uma, é possível perceber que elas estão relacionadas com a outra, principalmente no que tange à identificação dos gaps de competências e treinamentos, além de contribuir para a mensu- ração dos resultados que tais competências indicam para determinada função. A gestão de desempenho pode ser aplicada simultaneamente à gestão de competências. Cada um dentro da organização apresenta um desempenho específico para cada cargo, e isso está intensamente relacionado às competências pessoais de quem atua neles. É possível medir o comportamento, a motivação, o esforço e o empenho individual que resultam nos resultados. Metas para o realinhamento organizacional Após as decisões do nível estratégico das organizações, é hora de iniciar o realinhamento organizacional, onde são realizados mudanças e redesenho de processos para atingir os resultados esperados pela organização. As profundas mudanças nos ambientes organizacionais exigem rapidez na tomada de decisão e descentralização do poder, além de um comporta- mento diferenciado quanto ao relacionamento com as pessoas que executam, principalmente, as atividades estratégicas. A flexibilidade se tornou o fator de vantagem competitiva, e a valorização do capital humano, a chave para obtenção de resultados (SILVA, 2003). A partir da década de 1980, os indicadores financeiros deixaram de ser referência para as tomadas de decisões das organizações porque a entrada das tecnologias e as rápidas mudanças no mercado começaram a atingir o retorno dos capitais investidos, e a inovação se tornou a principal fonte para impulsionar a sobrevivência no ambiente competitivo. Nos anos 1990, Norton e Kaplan apresentaram seus estudos no livro A estratégia em ação, onde trazem o conceito do balanced scorecard. Basica- mente, estamos falando de indicadores para o desempenho organizacional com o intuito de ser competitivo no mercado, aproveitando os recursos da Gestão de competências versus gestão de desempenho4 empresa e medindo não só os recursos financeiros, mas dos clientes quanto à lealdade e pontualidade nas entregas dos processos internos e à aprendizagem de seus recursos humanos, ao crescimento das pessoas e às contribuições para o crescimento da empresa (SILVA, 2003). O BSC, como é conhecido o balanced scorecard, representa a capacidade de comunicar a visão e a estratégia da empresa por meio de indicadores de desempenho (SILVA, 2003). Podemos definir ele como detentor de duas funções específicas: tradutor da estratégia e comunicador do desempenho (Figura 1). Figura 1. Balanced scorecard: indicadores financeiros, de clientes, processos internos e aprendizado e crescimento. Fonte: Adaptada de Bakhtiar Zein/Shutterstock.com. Fixação de metas Para que esses indicadores apresentem resultados para a empresa, é preciso que sejam defi nidos as metas e os objetivos da organização, que são estabelecidos de acordo com a visão de futuro que o plano estratégico da empresa deseja. Kotler (1998) define que as metas são as especificações dos objetivos em termos de impacto e tempo que são quantificados. Já, para Fischman e 5Gestão de competências versus gestão de desempenho Almeida (1991), elas são as fragmentações dos objetivos que indicam valo- res, quantidades e datas para nortear a empresa na fase de implementação do realinhamento organizacional que visa à competitividade no mercado. Para medir o desempenho das pessoas que executam as funções, é preciso definir quais são os objetivos desses cargos que contribuem para a estratégia da empresa e, a partir desses, fragmentar as metas que os colaboradores precisam atingir, definindo datas, valores, tempo, etc. Somente a partir de indicadores con- cretos é possível medir e apontar as competências necessárias para tais funções. O balanced scorecard se constitui não apenas de um mecanismo de controle, mas, também, de um sistema de comunicação de objetivos e aprendizagem. É um modelo que promove de forma efetiva a melhoria do desempenho da organização e desenvolve os recursos humanos por meio da criação de indi- cadores de desempenho e mapeamento de competências. Questionamentos que conduzem a implantação do balanced scorecard nas empresas: Financeiro – para satisfazer nossos acionistas, quais objetivos financeiros devem ser atingidos? Clientes – para atingir nossos objetivos financeiros, quais as necessidades dos clientes que devemos atender? Processos internos – para satisfazer nossos clientes e acionistas, em quais processos internos devemos ser excelentes? Aprendizado e crescimento – para atingir nossas metas, como a organização deve aprender e inovar? A aplicação do balanced scorecard consiste, então, em quatro elementos básicos dentro de cada perspectiva, que são: 1. definição dos objetivos estratégicos. 2. indicadores— cada objetivo deve ter ao menos um indicador, pelo qual será possível medir se o objetivo está sendo alcançado. 3. metas claras — deve-se estipular uma meta para cada indicador, com valores e prazos definidos. 4. ações — para atingimento dos objetivos. Fonte: Liberato (2017, documento on-line). Realização do realinhamento organizacional A necessidade de realizar um realinhamento organizacional nas empresas se dá por forças externas e internas. As análises de mercado e concorrência Gestão de competências versus gestão de desempenho6 são importantes para determinar quais decisões serão tomadas com base na visão que as organizações têm. As alterações no comportamento organizacional podem ocorrer em função de mudanças de mercado, que geram novos patamares de competitividade, porque a todo o momento surgem novos concorrentes ou produtos semelhan- tes. Conforme vimos no balanced scorecard, há necessidade de mensurar os resultados com os clientes que, com o acesso à informação e a entrada de novas tecnologias, estão cada vez mais exigentes em relação aos padrões dos produ- tos no que se refere à qualidade, aos serviços e aos preços (FLEURY, 1993). Os fatores internos também precisam servir de parâmetro para a realiza- ção do realinhamento organizacional. Percebem-se grandes alterações nas diretrizes após a troca da cúpula diretiva ou das lideranças, além de fatores financeiros e de recursos humanos. Assim, há a necessidade de alterações na forma de organização e gestão do trabalho (FLEURY, 1993). Indicadores e gestão de desempenho na empresa Para entender o funcionamento dos processos e resultados que eles estão gerando para a empresa, é preciso que a implantação da gestão de desempenho ocorra por meio de indicadores de resultados.Os indicadores são medidas qualitativas e quantitativas para avaliar os objetivos e as metas estabelecidos pela organização. Já o desempenho mostra o que foi operacionalizado com base nas expectativas. Apenas com base nos indicadores não haverá resolução de problemas, pois eles somente apontam quais exigem maior dedicação. No realinhamento organizacional, eles servem para controlar se as mu- danças executadas gerarão os resultados esperados e importantes para o planejamento estratégico. Com a execução do controle, é possível agir com melhorias, caso não estejam atendendo às expectativas, ou mudar o direcio- namento das estratégias. Um exemplo nesse aspecto é o da empresa Ford que, em 1909, implantou um sistema de produção do carro Ford T, produzindo o mesmo modelo na cor preta para atingir a eficácia na produção. Entretanto, precisou mudar a estratégia por perceber que seu desempenho de vendas no mercado não estava mantendo-se de acordo com os indicadores antigos e os planejados para o futuro. Assim que perceberam que estavam perdendo mercado para outras montadoras que tinham o foco no cliente, mudaram a estratégia para manter a competitividade. O planejamento e a gestão de uma empresa só são efetivos se há indicadores e controle dos resultados. Sem isso é impossível determinar que as estratégias 7Gestão de competências versus gestão de desempenho estão seguindo o curso esperado. O desempenho é o resultado de tudo que foi realizado e está de acordo com as expectativas. Indicadores-chave de desempenho (KPIs) O KPI, sigla de key performance indicator, é um indicador de desempenho que pode ser utilizado no realinhamento da empresa para controlar os resultados das ações tomadas por ela, indicando o que está funcionando e o que não está. As empresas podem ter um número enorme de opções de indicadores para controlar, contudo esse tipo de ação acaba afastando do real propósito, que é o foco em melhorias dos processos e resultados — quanto menor o número de indicadores, o controle se torna mais efetivo. No método do KPI, cada gestor deve ter, no máximo, sete indicadores-chave para controlar, visando à priorização de apenas os importantes. Diferentemente de métricas, os KPIs são as informações-chave e importantes para o andamento do negócio, principalmente, no realinhamento organizacional. Eles servem de base para a tomada de decisão. Esses indicadores tomados isoladamente não servem para fornecer in- formações sobre o desempenho de uma empresa, mas o conjunto de dados e informações analisados de todos os KPIs em conjunto que formam uma base de conhecimentos que será importante para fundamentar as decisões. Estratégias para realinhamento organizacional As tecnologias infl uenciam fortemente o comportamento do mercado, seja por meio do comportamento dos clientes que se tornam mais exigentes, da entrada de novos concorrentes no mercado ou, ainda, da necessidade de ampliar seu leque de produtos e serviços. O planejamento estratégico é o principal ponto e deve ser robusto para sustentar grandes projetos de mudanças organizacionais, além de uma execução e um controle de qualidade. O realinhamento organizacional é construído sob a ponderação dos principais objetivos da empresa. Visando ao realinhamento organizacional e à implantação de novos modelos de gestão, realiza-se o diagnóstico por meio da análise das forças, fraquezas, oportunidades e ameaças, que são levantadas pela matriz SWOT, ou FOFA — como é conhecida no Brasil. Assim, é possível reformular os processos e alocar recursos, implantar as mudanças e acompanhar os resultados. Para poder acompanhar e medir os resultados das ações e medidas tomadas, existem algumas estratégias de realinhamento, tais como: Gestão de competências versus gestão de desempenho8 definição das metas — ações para se chegar aos objetivos organizacionais. forma de gestão dos recursos — definição dos responsáveis pelo controle dos recursos, sejam eles financeiros, humanos, etc. definição dos KPIs — quais são os indicadores-chave que apresentarão informações referentes aos resultados das metas e o direcionamento da empresa frente ao que foi indicado como objetivo. comunicação das estratégias — envolvimento dos recursos humanos para que as ações sejam executadas e monitoradas com excelência. Os indicadores que falamos são as metas desejadas, comparando-se com a situação atual. Sem esse controle, fica inviável saber se as decisões estão gerando os resultados esperados e se os esforços estão sendo dispensados da maneira correta. Alguns indicadores importantes, segundo o BSC, como vimos nas seções anteriores, são financeiros, de clientes, processos internos e aprendizagem e crescimento. Pode-se incluir, ainda, indicadores de mercado, estratégia e design. O indicador de mercado se torna um pouco mais próximo do indicador de clientes, mas sem centralizar exatamente neles e foca nos comportamentos de fornecedores e concorrência. O indicador de estratégia se refere às tomadas de decisões frente aos demais indicadores, e o de design se refere à marca e ao posicionamento. Para manter a vantagem competitiva, as empresas precisam adaptar seus processos e decisões conforme o andar do mercado e, para tal, estabelecer indicadores que comprovem o desempenho da organização frente às suas escolhas. A gestão de desempenho é uma forma de controlar o resultado do trabalho, conforme as expectativas da empresa, baseadas na visão de futuro. BRANDÃO, H. P.; GUIMARÃES, T. A. Gestão de competências e gestão de desempenho: tecnologias distintas ou instrumentos de um mesmo construto? Revista de Adminis- tração de Empresas, v. 41, n. 1, p. 8-15, jan.-mar. 2001. Disponível em: <http://rae.fgv. br/rae/vol41-num1-2001/gestao-competencias-gestao-desempenho-tecnologias- -distintas-ou-instrumentos-mesm>. Acesso em: 24 jun. 2018. FISCHMANN, A. A.; ALMEIDA, M. I. R. Planejamento estratégico na prática. 2. ed. São Paulo: Atlas, 1991. 164 p. 9Gestão de competências versus gestão de desempenho FLEURY, M. T. L. Cultura da qualidade e mudança organizacional. Revista de Admi- nistração de Empresas, v. 33, n. 2, p. 26-34, mar.-abr. 1993. Disponível em: <http://rae. fgv.br/rae/vol33-num2-1993/cultura-qualidade-mudanca-organizacional>. Acesso em: 24 jun. 2018. KNAPIK, J. Gestão de pessoas e talentos. Curitiba: InterSaberes, 2012. 356 p. KOTLER, P. Administração de marketing: análise, planejamento, implementação e controle. 5. ed. São Paulo: Atlas, 1998. 725 p. LIBERATO, R. Balanced Scorecard na Prática. Entenda a importância deste modelo para seu negócio. Marketti: blog sobre gestão, vendas e tecnologia, [s.l.], 27 fev. 2017. Disponível em: <http://marketti.com.br/balanced-scorecard-na-pratica/>. Acesso em: 24 jun. 2018. MARRAS, J. P. Administração de recursos humanos: do operacional ao estratégico. 3. ed. São Paulo: Futura, 1999. 332 p. HAMEL, G.; PRAHALAD, C. K. Competindo pelo futuro: estratégias inovadoras para obter o controle de seu setor e criar os mercados de amanhã. Rio de Janeiro: Cam- pus, 1995. 377 p. SILVA, L. C. O balanced scorecard e o processo estratégico. Caderno de Pesquisas em Administração, São Paulo, v. 10, n. 4, p. 61-73, out.-dez. 2003. Disponível em: <http:// www.bmainformatica.com.br/pdfs/BSC%20eo%20Plano%20Estrategico.pdf>. Acesso em: 24 jun. 2018. TAKAHASHI, A. R. W. Competências, aprendizagem organizacional e gestão do conhe- cimento. Curitiba: InterSaberes, 2015. 264 p. Leitura recomendada KAPLAN, R. S.; NORTON, D. P. A estratégia em ação: balanced scorecard. 26. ed. Rio de Janeiro: Elsevier; Campus, 1997. 344 p. Gestão de competências versus gestão de desempenho10 Encerra aqui o trecho do livro disponibilizado para esta Unidade de Aprendizagem. Na Biblioteca Virtual da Instituição, você encontra a obra na íntegra. Conteúdo: Dica do professor Diariamente, os clientes exigem excelência dos empreendedores no atendimento, preços competitivos e diferenciais que sejamcapazes de fidelizá-los. Assim, aprimorar processos com o uso de ferramentas e de metodologias que auxiliem as organizações se torna fundamental para a maximização de resultados. Investir e gerenciar ativos tangíveis e intangíveis são estratégias adotadas por organizações que apresentam boas ações para permanecer no mercado. O Balanced Scorecard é uma dessas ferramentas de gestão. Surgida na década de 1990, visa a mediar resultados e a definir objetivos. Para obter mais detalhes sobre o BSC, assista, a seguir, à Dica do Professor. Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para acessar. https://fast.player.liquidplatform.com/pApiv2/embed/cee29914fad5b594d8f5918df1e801fd/bab6fc492ae73a4edb55eb28e41323fe Exercícios 1) A gestão de competências se desenvolveu em dois focos dentro das organizações. No que tange à parte de recursos humanos, é possível citar os aspectos que a compõem. Quais são eles? A) Fator fundamental de flexibilidade para a mudança e para a adaptação a diferentes mercados. B) Conhecimento, habilidades e atitudes. C) Ser difícil de ser copiado ou imitado. D) Dados, fatos e informação. E) Possuir recursos essenciais na produção de bens e serviços. 2) A avaliação de desempenho vai além de medir as competências e o comportamento dos colaboradores. Selecione a alternativa que apresenta as demais funções estratégicas desse tipo de gestão. A) Somente identificar as necessidades de treinamento e de desenvolvimento dos colaboradores. B) Mudar o paradigma burocrático das organizações, facilitando a tomada de decisões. C) Estimular ações para o desenvolvimento da organização. D) Estimular ações para o autodesenvolvimento das pessoas. Serve, também, de base para feedback com fundamentação. E) Apontar os pontos fracos das pessoas. 3) Quando se fala em indicadores para o desempenho organizacional com o intuito de ser competitivo no mercado e medindo não só os recursos financeiros, está sendo apresentada a definição de: A) BSC (Balanced Scorecard). B) KPIs (Indicadores-Chave de Desempenho). C) Gestão de desempenho. D) Gestão de competências. E) Competências e indicadores organizacionais. 4) A necessidade de realizar um realinhamento organizacional nas empresas se dá por forças externas e internas. Aponte um exemplo de desta última. A) Entrada de novas tecnologias. B) Clientes mais exigentes em relação aos padrões dos produtos, no que se refere à qualidade, a serviços e a preços. C) Troca da cúpula diretiva ou das lideranças. D) Mensurar os resultados com os clientes. E) Necessidade de alterações na forma de organização e na gestão do trabalho. 5) A coleta de dados e de informações fundamentam os caminhos e as decisões que a empresa tomará no planejamento estratégico e no realinhamento organizacional. Para tanto, os objetivos são definidos com base em quê? A) Na matriz SWOT ou FOFA. B) Na definição dos KPIs: os indicadores-chave. C) Na comunicação das estratégias. D) Na definição de metas e de objetivos. E) No realinhamento organizacional. Na prática Visando ao ganho de competitividade no mercado e à melhora de seu desempenho, a empresa Contábilfácil realizou o trabalho de mapeamento do mercado em que está inserida, de alinhamento das estratégias e de diagnóstico das competências organizacionais e essenciais. A partir desse estudo, a referida organização desenvolveu um planejamento, a fim de contemplar quatro perspectivas do negócio: 1. Definição dos objetivos estratégicos. 2. Indicadores: cada objetivo deve possuir ao menos um indicador, a partir do qual será possível medir se o objetivo está sendo alcançado. 3. Metas claras: deve-se estipular uma meta para cada indicador, com valores e prazos definidos. 4. Ações: para o atingimento dos objetivos. Considere, ainda, que o objetivo principal da empresa é aumentar seu faturamento em 65% nos próximos cinco anos. Neste Na Prática, acompanhe o passo a passo desse planejamento. Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para acessar. https://statics-marketplace.plataforma.grupoa.education/sagah/f71f8627-e3e7-4f63-96d3-eba5e1ecc9a7/f71b63cc-df96-4974-b62d-67ab8bc74977.png Saiba + Para ampliar o seu conhecimento a respeito desse assunto, veja abaixo as sugestões do professor: Indicadores de desempenho: resultados Nesta videoaula de Administração Geral, o professor Marco Ferrari aborda os indicadores de desempenho sob a visão de resultado. Não deixe de assistir! Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para acessar. Gestão de competências e gestão de desempenho: tecnologias distintas ou instrumentos de um mesmo construto? Leia este estudo e aprenda sobre a evolução, sobre as características e sobre as aplicações práticas da gestão de competências e da gestão de desempenho. Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para acessar. https://www.youtube.com/embed/ogbi003EaVA https://www.scielo.br/pdf/rae/v41n1/v41n1a02.pdf
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