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Estudar a fisiologia da degradação da lactose (ação bioquímica e imunológica) Compreender a etiologia e a fisiologia da intolerância e alergia à lactose, diferenciando-as (ação bioquímica e imunológica). Discutir os fatores de risco, epidemiologia, manifestações clinicas e diagnostico da intolerância e alergia a lactose. Conhecer as orientações médicas (mudança na dieta e hábitos de vida) envolvidas na intolerância e alergia à lactose. Degradação da Lactose A lactose é um carboidrato responsável por dar o gosto ao leite de origem animal, além de fornecer energia ao nosso organismo. Para que o nosso organismo consiga fazer uso dessa energia primeiro a lactose deve ser quebrada em partes menores facilitando assim a sua absorção. Dessa maneira, a lactose se transforma em galactose e glicose o que a transforma em um carboidrato dissacarídeo. Degradação Bioquímica da Lactose Na digestão dos carboidratos o organismo só consegue absorver monossacarídeos (glicose, galactose e frutose), devido a absorção intestinal restrita. Como falado anteriormente, a lactose é um dissacarídeo que deve ser transformada em galactose e glicose para poder ser absorvida. A lactose deve ser degradada na borda em escova do intestino delgado, pois nesse local encontrasse a lactase uma enzima que contém dois sítios ativos idênticos dentro de uma cadeia polipeptídica simples. Os produtos dessa reação de hidrólise são, por sua vez, ambos substratos para o SGLT-1 e, portanto, podem ser acumulados contra um gradiente de concentração. A absorção intestinal da glicose e da galactose usa transportadores simporte apical Na+ - glicose – SGLT 1 e o transportador basolateral GLUT 2, sendo que ambos conseguem transportar tanto glicose quanto galactose Sistema imune do aparelho gastrointestinal O trato gastrointestinal (GI) é o maior órgão imune do corpo. Isso se dá devido a sua superfície luminal ser continuamente exposta a organismos causadores de doenças fazendo com que as células imunes do tecido linfático associado ao intestino (GALT - Gut-Associated Lymphoid Tissue) impeçam que esses patógenos entrem no corpo através dos tecidos absortivos. Dessa maneira, o trato GI tem como sua primeira linha de defesa as enzimas e as imunoglobulinas da saliva e o ambiente ácido do estômago. Caso os patógenos ou materiais tóxicos consigam atravessar essa linha de defesa ou são produzidos no intestino delgado, os receptores sendoriais e as células imune do GALT responde. Duas respostas comuns são a diarreia, recém-descrita, e o vômito. O sistema imune da mucosa intestinal consiste em células que se espalham por toda a mucosa, aglomerados de células imunes nas placas de Peyer e células epiteliais especializas conhecidas como células M. As células M vão fornecer informações sobre o conteúdo do lúmen para as células imunes do GALT. Problema 3 – Se não for um problema na rota bioquímica, é uma falha no sistema imune... Imagem 2: Digestão na borda em escova e assimilação dos dissacarídeos lactose – Fisiologia gastrointestinal A atividade da lactose é inibida pela glicose, no processo conhecido como “inibição pelo produto final”. Dessa maneira, se os níveis de glicose aumentarem na proximidade da enzima a degradação da lactose será ainda mais inibida. Imagem 1: Digestão e absorção de carboidratos – Silverthorn Quando os antígenos se ligam aos receptores de membrana (clatrina) das células M, essas células usam transcitose para transportá-los para sua membrana basolateral, onde eles serão liberados para dentro do liquido intersticial. Os macrófagos e linfócitos, que estão no meio extracelular, ficam no aguardo da apresentação dos antígenos pela célula M. Caso os antígenos sejam substancias que ameacem o corpo, as células imunes mudam a sua ação. Dessa maneira, elas liberam citocinas para atrair células imunes adicionais que podem atacar os invasores e citocinas que desencadeiam uma resposta inflamatória. Uma terceira resposta às citocinas é o aumento da secreção de Cl, de fluido e de muco para retirar os invasores do trato GI. A principal proteção celular inata da mucosa se dá pela ação de fagócitos (essencialmente macrófagos e em menor proporção neutrófilos) que são capazes de reconhecer padrões de partículas potencialmente danosas ao organismo, como bactérias, e destruí-las. Inclusos no arsenal dessas células destacam-se as espécies reativas de oxigênio (EROs) que dispõem de alta capacidade oxidativa. As citocinas produzidas também induzem atividade da resposta adaptativa subsequente. Outras barreiras inatas da mucosa são o próprio epitélio, cuja composição celular é renovada a cada 3-4 dias, e secreções celulares de mucinas e de defensinas, cuja função é respectivamente, produzir um muco viscoso que dificulta a penetração de patógenos no tecido, e induzir a lise de células bacterianas. A imunidade adaptativa envolve o reconhecimento especifico de sequencias antigênicas distintas, que podem ser encontrados nos microrganismos, assim como em células anormais do hospedeiro (ex.: as que sofreram transformação maligna ou que estão infectadas por vírus.). Esse reconhecimento é feito por dois receptores específicos que podem ser divididos em duas classes de células linfoides, T e o B. As células T conseguem reconhecer antígenos por meio do APC (células apresentadoras de antígenos), que pode ser um macrófago ou uma célula dendrítica, por meio do complexo principal de histocompatibilidade (MHC I ou MHC II) para posterior multiplicação clonal da célula sensibilizada (TCD4+ ou TCD8+). Em geral, as células células T CD4+ podem ser células “auxiliares” (Th) que induz a produção de anticorpos pela células B, além disso, podem servir como reguladoras inibindo a atividade linfoide nas inflamações. As células TCD4+ também conseguem se diferenciar em subgrupos específicos, que secretam produtos característicos dependendo da influência das citocinas mensageiras específicas. A imunidade adaptativa também pode ser mediada pelas células B, que podem ser plasmócitos, essas células podem secretar anticorpos específicos sob a influência das células T especificas de um certo antígeno. Se a citocina liberada for a IL-4, a diferenciação se dá para Th2, capaz de produzir interleucinas como IL-4, IL- 5, IL-6, IL-13 e IL-25, e, portanto, está envolvido com a diferenciação de linfócitos B em plasmócito secretores de anticorpos, fundamentais na fisiopatologia das alergias alimentares. As células T CD8+ reconhecem antígenos apresentados por meio do MHC I e suas principais ações incluem a citotoxicidade direta contra células danificadas ou infectadas, induzindo sua apoptose. O braço aferente do sistema adaptativo localiza-se em estruturas conhecidas como placas de Peyer. No colo, esses agregados de linfócitos estão mais frouxamente organizados, porém funcionam de maneira análoga. As células T e B virgens da corrente sanguínea são direcionadas para as placas de Peyer, visto que reconhecem um tipo específico de célula endotelial que é encontrada no suprimento sanguíneo dessas estruturas linfoides. Os outros componentes importantes das placas de Peyer incluem a célula M, que substitui os enterócitos normais como revestimento epitelial do folículo linfoide e que é importante na captação inicial de partículas luminais, e as células dendríticas e macrófagos, que processam e apresentam os antígenos às células T e B. Uma vez estimuladas, as células T e B ativadas migram para fora do folículo linfoide e retornam finalmente à lâmina própria. Alergia e Intolerância à lactose A alergia e a intolerância são reações adversas à ingestão de qualquer alimento ou aditivo alimentar. Estas reações adversas podem ser classificadas em tóxicas e não tóxicas. As reações tóxicas não dependem totalmente dasensibilidade do individuo e vão ocorrer, geralmente, a Imagem 3: Vias de captação de antígenos ao longo do epitélio intestinal – Fisiologia gastrointestinal partir da ingestão de determinadas substâncias, como: toxina bacteriana, alimentos com propriedades farmacológicas e doenças metabólicas. Já as reações não toxicas são aquelas que dependem de uma susceptibilidade individual e podem ser classificadas em: imunomediadas (alergia alimentar) e não imunomediadas (intolerância alimentar). Alergia à Proteína do Leite da Vaca (APLV) A alergia ao leite envolve mecanismos imunológicos contra as proteínas do leite (caseína, alfa-lactoalbumina, beta-lactoglobulina). As alergias são reações adversas aos alimentos, que dependem de intervenções imunológicas, podendo ser classificadas de acordo com o mecanismo imunológico: IgE mediada, reações mistas e não IgE mediadas. Reação Mediada por IgE É a manifestação mais comum entre as alergias alimentares, elas surgem imediatamente ou após algumas horas depois da ingestão do alimento (entre minutos até 2 horas após). A reação e a quantidade de alimento ingerido até o desencadeamento de uma reação vão depender do grau de sensibilidade do paciente. A maioria dos pacientes reage a um ou dois alimentos/grupos de alimentos específicos, embora um número crescente de pacientes reaja a vários alimentos. Na reação mediada por IgE há o envolvimento súbito e generalizado de mastócitos e basófilos. O IgE vai se unir aos mastócitos sensibilizando-os e quando os mastócitos que possuem o IgE entram em contato com o antígeno o IgE preso aos mastócitos provoca rapidamente sua degranulação, com isso ocorre a liberação de uma alta dose de histamina e heparina (vasodilatador e anticoagulante), além de mediadores de inflamação tardia. Reação NÃO Mediada por IgE Diferente da reação mediada por IgE, esse tipo de reação vai atuar de forma mais lenta, ou seja, pode ocorrer após umas 2 horas ou até dias após a ingestão. Essa reação ocorre através da mediação de células, ou seja, os linfócitos Th1 são os principais agentes dessa reação, pois estão presentes nos sítios inflamatórios onde se encontra o antígeno. O antígeno será apresentado através do complexo de histocompatibilidade principal (CHP) classe I das células apresentadoras de antígenos aos linfócitos Th1, que se ativam e liberam interleucinas e moléculas de adesão, facilitando assim a migração e a ativação das células inflamatórias. Nesse processo ocorrerá a alteração vascular, migração de mais células e amplificação da resposta inflamatória. Reação Mista Alguns distúrbios de alergia alimentar podem ter componentes mediados por IgE e não-IgE. Nessa reação as manifestações vao ocorrer devido a mecanismos mediados por IgE, por conta dos linfócitos T e por causa de citocinas pró-inflamatórias, que resultam na destruição celular ou no sequestro mediados por uma interação entre anticorpos IgG e/ou IgM, complemento e um antígeno associado a membranas celulares Imagem 4: Diferença entre alergia e intolerância a lactose – Intolerância à Lactose e Alergia Imagem 5: reações de hipersensibilidade imediata – imunologia molecular e celular Imagem 6: Reações não mediadas por IgE Imagem 7: Reações mista O leite de vaca faz parte do grupo dos oito alergênicos alimentares, classificado como “The big-8”, que também inclui o ovo, a soja, o trigo, o amendoim, os frutos secos, o peixe e o marisco. No Brasil, os dados sobre a APLV são escassos, de acordo com estudos observacionais de pediatras gastroenterologistas a prevalência é de 5,4% e a incidência de 2,2%, dessa forma, essa alergia é mais comum em crianças menores de 4 anos de idade. Aproximadamente 50% das crianças têm demonstrado resolver a APLV espontaneamente até o primeiro ano de vida, e 80-90% até o quinto ano A APLV pode ocorrer, inclusive, em crianças alimentadas exclusivamente com leite materno. A incidência neste grupo é baixa, cerca de 0,5%. Sua apresentação clínica é geralmente leve a moderada, pois a concentração da proteína do leite de vaca no leite humano é 100.000 vezes menor do que no leite de vaca Já na população adulta a prevalência é menor, estimando ser de 3,5%. Os indivíduos que tem mais chances de apresentar a APLV são: Crianças menores de 4 anos Indivíduos com histórico familiar de alergia (até a alergia alimentar) Hipótese da higiene ↪ Tem sido considerada uma das possíveis causas do aumento das alergias alimentares, pois os hábitos de limpeza, as vacinas e os antibióticos tornam as pessoas menos expostas a infecções, acarretando alterações no sistema de defesa e aumentando as chances de desenvolver alergias. Na maioria das vezes os sinais e sintomas ocorrem quando há interrupção do aleitamento materno exclusivo e utilização de fórmulas à base de proteína do leite de vaca (PLV). No entanto, reações adversas ao leite de vaca podem estar presentes desde o nascimento (por sensibilização transplacentária). As manifestações clínicas decorrentes da APLV podem ser divididas em reações imediatas mediadas por IgE (início dos sintomas até 2 horas após a ingestão do leite de vaca) e reações tardias não-mediadas por IgE (horas ou dias após a ingestão do alimento) O diagnóstico da APLV pode ser feito por várias etapas, contudo conhecer a história clínica da criança é de fundamental importância nesse processo e direcionamento dos exames solicitados A natureza dos sintomas, descrição detalhada das reações, quantidade de alimento e o tempo de ingestão para o aparecimento dos sintomas são uns dos questionamentos necessários na anamnese. Após colher a história clínica, os exames laboratoriais serão indicados. Os testes utilizados na prática clínica revelam sensibilização à PLV, que não necessariamente está associada à alergia propriamente dita. Porém graus elevados (como grau III ou mais realizados pelo RAST) sugerem grande probabilidade de haver APLV. Há diversos métodos para avaliar a sensibilização ao leite: Testes cutâneos, incluindo o immediate prick test (SPT) e o atopy patch test (APT) Dosagem de anticorpos igE-específico para alimentos (RAST) Intolerância a Lactose Uma intolerância alimentar caracteriza-se por uma reação adversa, reprodutível, que ocorre após a exposição a um determinado alimento, mas que ao contrário da alergia alimentar não envolve o sistema imunológico. A intolerância à lactose é um exemplo desta condição, que se caracteriza pela incapacidade do organismo de digerir a lactose, um açúcar naturalmente presente no leite. A incapacidade da lactase em degradar a lactose pode ser classificada em três formas distintas: Intolerância Primária: É geneticamente programada e irreversível ↪ Caracterizada por uma baixa produção da enzima lactase nas células intestinais (pode ser total ou parcial). ↪ Isso é resultado de uma condição autossômica recessiva, pois a atividade Imagem 8: – Reações imediatas e tardias em crianças com APLV enzimática diminui gradativamente na época do desmame chegando a desaparecer até a idade adulta. ↪ Conforme o genótipo do indivíduo, a atividade enzimática passa por uma mutação e se mantém durante a maior parte da vida adulta Intolerância secundária: É passageira e reversível. ↪ Ocorre devido a perda das células epiteliais que são responsáveis por produzir a enzima lactase. ↪ Quando ocorre lesão tecidual, as células epiteliais do intestino são substituídas por células imaturas, porém estas são deficientes na produção desta enzimática. ↪ Alguns fatores que podem causar a lesão é: quimioterapia, gastroenterites, diarreia crônica, rotavírus, as parasitoses (como giardíase), a infecção crônica pelo HIV e a doença de Crohn Intolerância congênita: ↪ Essa deficiência é umaherança genética que acomete recém-nascidos, nos primeiros dias de vida após a ingestão da lactose. ↪ É considerada uma patologia rara, porém extremamente grave e, se não for identificada no início, pode levar a óbito. ↪ É herdada por uma mutação autossômica recessiva no gene LCT, que codifica a enzima lactase Quando a lactose não é hidrolisada no intestino delgado, ela alcança intacta o cólon, onde é fermentada em ácidos graxos de cadeia curta, CO2 e H2 pela microbiota intestinal. Os gases podem ser expelidos pelos pulmões, e os ácidos graxos são absorvidos pela mucosa A fermentação da lactose leva a aumento da pressão intracolônica e do trânsito intestinal, podendo resultar em sensação de inchaço, e dor abdominal. A acidificação do conteúdo intracolônico leva a perda de água e eletrólitos, acarretando em fezes amolecidas e diarreia Os índices de intolerância à lactose na população mundial são correlacionados com os aspectos culturais e a tradição da pecuária leiteira, pois as populações que não possuem em sua cultura o hábito do consumo de leite e derivados manifestam um maior número dos sintomas de intolerância à lactose No mundo, mais de 50% dos adultos são intolerantes à lactose, e estudos informam que a intolerância devida à má absorção é muito mais frequentes em negros do que em brancos. Isso ocorre, pois está relacionado com o ambiente onde viviam os ancestrais de cada povo. Por exemplo: os europeus e americanos viviam em locais oportunos a criação do gado, o que propiciou uma melhor condição de digerir o leite. Já no caso dos africanos e asiáticos, a criação de rebanhos para a produção de leite não era possível devido ao clima muito quente e pelas doenças bovinas mortais de 1900 Os principais fatores que podem ocasionar o aparecimento da intolerância são: Idade: geralmente se desencadeia com o passar do tempo. São raros os bebês que apresentam esta condição. Etnia: a intolerância à lactose é mais comum em pessoas de ascendência africana, asiática, hispânica e americana. Parto prematuro: crianças nascidas prematuramente podem ter a produção de lactase afetada, porque o intestino delgado pode não ter desenvolvido as células responsáveis por sua produção. Doenças que afetam o intestino delgado: podem causar o supercrescimento bacteriano as doenças celíaca e de Crohn. Tratamentos para o câncer: A radioterapia no abdômen ou problemas intestinais provenientes da quimio aumentam as chances de desenvolver a intolerância à lactose. A lactose que não é hidrolisada se acumula no colón onde é fermentada pela flora intestinal. Essa fermentação leva a formação de gases como o metano (CH4), hidrogênio (H2) e dióxido de carbono (CH2), que são os responsáveis por flatulências, dores abdominais e distensão. Há também a produção dos ácidos acético, propiônico e butirico que irão acidificar o pH do meio. Dessa maneira, os sintomas mais comuns são: Náusea, Dores Abdominais, Diarréia Ácida e Abundante, Gases Desconforto. A severidade dos sintomas depende da quantidade ingerida e da quantidade de lactose que cada pessoa pode tolerar. O diagnóstico envolve a avaliação da história clínica do paciente, o exame físico e a busca completa da história do paciente como análise do seu histórico gestacional, alimentar bem como fatores desencadeantes Existem muitos métodos diagnóstico específicos e muito sensíveis, entretanto a maioria é invasivo e caro, sendo pouco acessível para a população geral. Vários métodos diretos e indiretos são utilizados, dentre os principais métodos estão: Teste do pH fecal; Pesquisa de substâncias redutoras nas fezes; Teste de tolerância à lactose; Teste de tolerância à lactose com etanol; Teste respiratório com 14C-lactose; Teste respiratório com 13C-lactose; Teste de hidrogênio expirado; Biópsia intestinal O teste de intolerância à lactose envolve a administração oral de lactose pura na concentração de 2g/kg sem exceder a dose de 50 gramas, seguida pela dosagem das concentrações de glicose no sangue de pacientes em jejum de 8 a 10 horas. Este teste tem uma sensibilidade de 94% e uma especificidade de 96%. A interpretação do teste é baseada na diferença entre a glicemia de jejum e o pico da curva, se menor que 20mg% a curva é chamada de plana representando má absorção da lactose Orientação Alimentar A terapêutica nutricional da APLV é um grande desafio aos profissionais da área da saúde por ser diretamente ligada à retirada de um alimento e seus derivados do cardápio diário. A escolha da substituição do LV pode ser feita por alimentos à base de soja e os hidrolisados protéicos, desde que o paciente/lactente apresente apenas APLV. A adequação alimentar deve ser avaliada cuidadosamente, considerando as necessidades nutricionais para a faixa etária e a aceitação pelo paciente e seus familiares; a ingestão de cálcio, quando não é obtida pela dieta, deve ser efetuada por suplementação com o devido acompanhamento, para que assim o fator de crescimento não seja atingido Para pacientes com intolerância à lactose é recomendado que ocorra a exclusão de produtos lácteos em suas dietas, porém isso pode trazer problemas por que esses alimentos são fontes primárias de cálcio e o corpo perde quantidades consideráveis desse mineral diariamente. Contudo, isso vai depender de como cada paciente reage ao consumo de lácteos de forma diferente, ou seja, cabe ao profissional a sensibilidade de compreender como e em qual situação cada paciente reage à LC para, então, montar uma dieta adequada garantindo o aporte ideal de macro e micronutrientes sem prejuízos nutricionais. Referências Fisiologia humana: uma abordagem integrada, 2017. Fisiologia gastrintestinal, 2015. Imunologia celular e molecular, 2015. https://docs.bvsalud.org/biblioref/sms-sp/2011/sms- 3719/sms-3719-2327.pdf https://s3.amazonaws.com/downloads.editoracientifica. com.br/articles/210404160.pdf https://www.alergiaaoleitedevaca.com.br/entenda- alergia/quais-sao-as-possiveis-causas-associadas-a- aplv#:~:text=A%20influ%C3%AAncia%20gen%C3%A9 tica%20%2F%20familiar%20%C3%A9,alergia%20tamb %C3%A9m%20podem%20apresentar%20APLV. http://portal.unisepe.com.br/unifia/wp- content/uploads/sites/10001/2018/06/021_intolerancia_lacto se_alergia.pdf https://apcdaracatuba.com.br/revista/2016/01/trabalho6. pdf https://www.prmjournal.org/article/10.4322/prmj.2019.0 33/pdf/prmjournal-4-e33.pdf https://www.scielo.br/j/ramb/a/LzYNt4zJkPy4rMznyct zRwM/?format=pdf&lang=pt Medicamentos no tratamento da APLV são empregados em duas situações: na crise alérgica aguda ou em manifestações crônicas de alergia mediada por IgE. Outras opções são os comprimidos com lactase exógena obtida a partir de leveduras, que, mesmo não sondo capazes de hidrolisar toda a lactose da dieta, podem reduzir significativamente os sintomas, tabletes e preparações líquidas de lactase e leites com baixo teor de lactose https://docs.bvsalud.org/biblioref/sms-sp/2011/sms-3719/sms-3719-2327.pdf https://docs.bvsalud.org/biblioref/sms-sp/2011/sms-3719/sms-3719-2327.pdf https://s3.amazonaws.com/downloads.editoracientifica.com.br/articles/210404160.pdf https://s3.amazonaws.com/downloads.editoracientifica.com.br/articles/210404160.pdf https://www.alergiaaoleitedevaca.com.br/entenda-alergia/quais-sao-as-possiveis-causas-associadas-a-aplv#:~:text=A%20influ%C3%AAncia%20gen%C3%A9tica%20%2F%20familiar%20%C3%A9,alergia%20tamb%C3%A9m%20podem%20apresentar%20APLV https://www.alergiaaoleitedevaca.com.br/entenda-alergia/quais-sao-as-possiveis-causas-associadas-a-aplv#:~:text=A%20influ%C3%AAncia%20gen%C3%A9tica%20%2F%20familiar%20%C3%A9,alergia%20tamb%C3%A9m%20podem%20apresentar%20APLV https://www.alergiaaoleitedevaca.com.br/entenda-alergia/quais-sao-as-possiveis-causas-associadas-a-aplv#:~:text=A%20influ%C3%AAncia%20gen%C3%A9tica%20%2F%20familiar%20%C3%A9,alergia%20tamb%C3%A9m%20podem%20apresentar%20APLVhttps://www.alergiaaoleitedevaca.com.br/entenda-alergia/quais-sao-as-possiveis-causas-associadas-a-aplv#:~:text=A%20influ%C3%AAncia%20gen%C3%A9tica%20%2F%20familiar%20%C3%A9,alergia%20tamb%C3%A9m%20podem%20apresentar%20APLV https://www.alergiaaoleitedevaca.com.br/entenda-alergia/quais-sao-as-possiveis-causas-associadas-a-aplv#:~:text=A%20influ%C3%AAncia%20gen%C3%A9tica%20%2F%20familiar%20%C3%A9,alergia%20tamb%C3%A9m%20podem%20apresentar%20APLV http://portal.unisepe.com.br/unifia/wp-content/uploads/sites/10001/2018/06/021_intolerancia_lactose_alergia.pdf http://portal.unisepe.com.br/unifia/wp-content/uploads/sites/10001/2018/06/021_intolerancia_lactose_alergia.pdf http://portal.unisepe.com.br/unifia/wp-content/uploads/sites/10001/2018/06/021_intolerancia_lactose_alergia.pdf https://apcdaracatuba.com.br/revista/2016/01/trabalho6.pdf https://apcdaracatuba.com.br/revista/2016/01/trabalho6.pdf https://www.prmjournal.org/article/10.4322/prmj.2019.033/pdf/prmjournal-4-e33.pdf https://www.prmjournal.org/article/10.4322/prmj.2019.033/pdf/prmjournal-4-e33.pdf https://www.scielo.br/j/ramb/a/LzYNt4zJkPy4rMznyctzRwM/?format=pdf&lang=pt https://www.scielo.br/j/ramb/a/LzYNt4zJkPy4rMznyctzRwM/?format=pdf&lang=pt
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