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Apontamentos em Fisioterapia Responsável pelo Conteúdo: Prof. Me. Danilo Cândido Bulgo Revisão Textual: Prof. Me. Claudio Brites Políticas da Atenção Fisioterapêuticas Políticas da Atenção Fisioterapêuticas • Identificar as principais áreas de atuação profissional; • Conhecer as especialidades reconhecidas pelo conselho de classe, baseando-se nos deveres e direitos do profissional. OBJETIVOS DE APRENDIZADO • Introdução; • Sistema Único de Saúde; • Princípios do Sistema Único de Saúde (SUS); • Núcleo de Apoio à Saúde da Família (NASF) e Estratégia de Saúde da Família (ESF); • Fisioterapia em Saúde Coletiva. UNIDADE Políticas da Atenção Fisioterapêuticas Introdução Chegamos à nossa última unidade da disciplina e você pôde identificar a importância da fisioterapia nas mais variadas áreas nas quais o profissional pode atuar. Recursos e técnicas a serem utilizados, bem como a compreensão acerca da sua importância no cenário de cuidados e de atenção à saúde. Abordaremos nesta Unidade aspectos que possibilitam o entendimento sobre os ní- veis de atenção e complexidade, órgãos e sistemas de saúde nos quais o fisioterapeuta poderá atuar; deveres e direitos desse profissional, além de estudarmos políticas públi- cas, Sistema Único de Saúde (SUS) e saúde coletiva. Sistema Único de Saúde O Sistema Único de Saúde (SUS) é considerado mundialmente como um dos mais modernos, complexos e eficazes sistemas de saúde pública, abarcando em sua concep- ção desde um simples atendimento – como aferição da pressão arterial, por meio da Atenção Primária – até serviços mais complexos – como cirurgias complexas e trans- plantes de órgãos, por exemplo. O SUS prioriza e garante o acesso integral, universal e gratuito para todos os cidadãos brasileiros, inclusive a estrangeiros que aqui estão por algum motivo. Após sua criação, o SUS possibilitou o acesso universal ao sistema públi- co de saúde, sem discriminação, propiciando atenção integral à saúde, e não somente aos cuidados assistenciais. Desse modo, passou a ser direito de todos os brasileiros e permeia a vida desses do momento da gestação a todas as fases do ciclo vital, enfatizan- do a saúde com qualidade de vida, trabalhando em prol da prevenção e da promoção em saúde. Importante! Independentemente da cor, raça, religião, renda, sexo ou outro aspecto, o SUS é para todos. É um sistema que visa a atender toda população sem distinção e preconceito, priorizando as necessidades individuais, pois cada cidadão tem sua especificidade. A gestão das ações e dos serviços de saúde se tornou solidária e participativa entre os três eixos federativos: a União (federal), os estados e os municípios. Ao se pensar na rede que está estruturada ao sistema, ela é ampla e abrange tanto ações quanto os serviços de saúde. Vale destacar que engloba a atenção primária, secundária e terciária, das situações mais simples às da mais alta complexidade, além do direito aos serviços de urgência e emergência, atenção no âmbito hospitalar, as ações e serviços das vigilâncias epidemiológica, sanitária e ambiental e a assistência farmacêutica. 8 9 Importante! A Constituição Federal de 1988 (CF-88) define a saúde como “direito de todos e dever do Estado”. No período anterior a CF-88, o sistema público de saúde brasileiro prestava assistência apenas aos trabalhadores vinculados à Previdência Social. Eram atendidos aproximadamente 30 milhões de brasileiros aos serviços hospitalares, cabendo o aten- dimento para os demais cidadãos às entidades filantrópicas. Figura 1 – Sistema Único de Saúde Fonte: Wikimedia Commons Importante! Lembre-se que a Lei Orgânica de Saúde n. 8080 de 19 de setembro de 1990 foi elaborada para regulamentar o SUS, criado na Constituição Federal de 1988. A Lei n. 8.142/1990, de 28 de dezembro de 1990, dispõe sobre a participação da comunidade (Conselhos de Saúde) na gestão do SUS e sobre as transferências intergovernamentais de recursos fi- nanceiros para a área da saúde. A assistência pública à saúde ficava restrita ao público- -alvo formado pelos empregados que contribuíam com a previdência social; os demais eram atendidos apenas em serviços filantrópicos. E qual é a estrutura do SUS? Esse sistema de saúde é composto pelo Ministério da Saúde, pelos estados e pelos municípios, conforme determinação da Constituição Federal, tendo cada um seu respaldo e suas obrigações. • Ministério da Saúde: gerencia nacionalmente o SUS, além de elaborar, normati- zar, fiscalizar, monitorar e avaliar políticas e ações, em articulação com o Conselho Nacional de Saúde; • Secretaria Estadual de Saúde (SES): participa da formulação das políticas e ações de saúde, é um prestador de suporte aos municípios em articulação com o conselho estadual e participa da Comissão Intergestores Bipartite (CIB) para apro- var e implementar o plano estadual de saúde; 9 UNIDADE Políticas da Atenção Fisioterapêuticas • Secretaria Municipal de Saúde (SMS): visa em sua essência o planejamento, organização, controle, avaliação e execução das ações e serviços de saúde em ar- ticulação com o conselho municipal e a esfera estadual para aprovar e implantar o plano municipal de saúde; • Conselhos de Saúde: no âmbito de atuação (Nacional, Estadual ou Municipal), em caráter permanente e deliberativo, órgão colegiado composto por representantes do governo, prestadores de serviço, profissionais de saúde e usuários, atua na formula- ção de estratégias e no controle da execução da política de saúde na instância cor- respondente, inclusive nos aspectos econômicos e financeiros, cujas decisões serão homologadas pelo chefe do poder legalmente constituído em cada esfera do governo; • Comissão Intergestores Tripartite (CIT): foro de negociação e pactuação entre gestores federal, estadual e municipal, quanto aos aspectos operacionais do SUS; • Comissão Intergestores Bipartite (CIB): foro de negociação e pactuação entre gestores estadual e municipais, quanto aos aspectos operacionais do SUS; • Conselho Nacional de Secretário da Saúde (Conass): órgão representativo dos entes estaduais e do Distrito Federal na CIT para tratar de matérias referentes à saúde; • Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (Conasems): entida- de representativa dos entes municipais na CIT para tratar de matérias referentes à saúde; • Conselhos de Secretarias Municipais de Saúde (Cosems): reconhecidos como órgãos/entidades que representam os entes municipais, no âmbito estadual, para tratar de matérias referentes à saúde, desde que esses estejejam vinculados institu- cionalmente ao Conasems, na forma que dispuserem seus estatutos. Princípios do Sistema Único de Saúde (SUS) A seguir, definiremos os três princípios que regem o SUS: • Universalidade: a saúde é um direito de cidadania de todas as pessoas e pertence ao Estado garantir esse direito, sendo que o acesso às ações e serviços deve ser garantido a todas as pessoas, sem distinção, independentemente de sexo, raça, ocupação ou outras características sociais ou pessoais; • Equidade: este princípio visa reduzir às desigualdades. Apesar de todos os cidadãos possuírem direito aos serviços, as pessoas não são iguais e, por isso, têm neces- sidades distintas. Em outras palavras, equidade significa tratar desigualmente os desiguais, investindo mais onde a carência é maior; • Integralidade: esse princípio visa identificar a pessoa de maneira integral, atenden- do a todas as suas necessidades. Desse modo, é necessário a integração de ações, incluindo a promoção da saúde, a prevenção de doenças, o tratamento e a reabi- litação. Juntamente, o princípio de integralidade pressupõe a articulação da saúde com outras políticas públicas, para assegurar uma atuação intersetorial entre as di- ferentes áreas que tenham repercussão na saúde e qualidade de vida dos indivíduos. 10 11 Você consegue diferenciar igualdade de equidade? Observe a imagem a seguir: Figura 2 – Diferença de igualdade e equidadeFonte: Divulgação Perceba na sequência relacionada na Figura 2 a igualdade: Todos possuem o meio de transporte, porém, não atendem às necessidades reais da maioria dos indivíduos, ou seja, é notória a diferenciação entre os sujeitos, visto que se tem uma pessoa deficiente, um cidadão adulto e outra criança que possui a bicicleta conforme suas necessidades. Na sequência, observa-se a equidade: visto que todos possuem seu meio de transporte e ele atende às suas necessidades e especificidades particulares. Isso pode possibilitar uma reflexão sobre a atuação fisioterapêutica, pois você prestará atendimento para di- versos grupos populacionais e cada indivíduo necessita de tratamento visando às suas características e necessidades. Assim, a identificação das especificidades de cada paciente se torna indispensável para a inserção de tratamentos e procedimentos fisioterapêuticos, pois você poderá verificar a real necessidade daquele indivíduo. Observe o vídeo a seguir e amplie seu conhecimento sobre os princípios do SUS, “Os princípios do SUS | Aprendendo com exemplos”. Disponível em: https://youtu.be/dsXvFGQBKUU Princípios Organizativos A regionalização e hierarquização: os serviços a serem prestados devem se manter organizados em níveis crescentes de complexidade, circunscritos a uma determinada área geográfica, planejados por meio de critérios epidemiológicos e com definição e co- nhecimento da população a ser atendida. A regionalização se torna então, um processo de articulação entre os serviços que já existem, visando ao comando unificado deles. Já a hierarquização proporciona a divisão de níveis de atenção e garante formas de acesso a serviços que façam parte da complexidade requerida pelo caso, nos limites dos recur- sos disponíveis em uma dada região. 11 UNIDADE Políticas da Atenção Fisioterapêuticas Pensando na descentralização, pode-se dizer que a essência é redistribuir poder e responsabilidade entre os três níveis governamentais. Com relação à saúde, descen- tralização objetiva a prestar serviços com maior qualidade e a garantir o controle e a fiscalização por parte dos cidadãos. No SUS, a responsabilidade pela saúde deve ser descentralizada até chegar no município, ou seja, devem ser fornecidas ao município condições gerenciais, técnicas, administrativas e financeiras para exercer essa função. Para que valha o princípio da descentralização, existe a concepção constitucional do mando único, onde cada esfera de governo é autônoma e soberana nas suas decisões e atividades, respeitando os princípios gerais e a participação da sociedade. A participação popular visa que a sociedade deve participar na rotina do SUS. Para isto acontecer de maneira efetiva, devem ser criados os Conselhos e as Conferências de Saúde, que possibilitam a formulação de estratégias, controle e avaliação da execução da política de saúde. Responsabilidades dos Entes que Compõem o SUS • União: a gestão federal da saúde é realizada por meio do Ministério da Saúde. O gover- no federal é o principal financiador da rede pública de saúde. Historicamente, o Minis- tério da Saúde aplica metade de todos os recursos gastos no país em saúde pública em todo o Brasil, e estados e municípios, em geral, contribuem com a outra metade dos re- cursos. O Ministério da Saúde formula políticas nacionais de saúde, mas não realiza as ações. Para a realização dos projetos, depende de seus parceiros (estados, municípios, ONGs, fundações, empresas etc.). Também tem a função de planejar, elaborar normas, avaliar e utilizar instrumentos para o controle do SUS; • Estados e Distrito Federal: os estados possuem secretarias específicas para a gestão de saúde. O gestor estadual deve aplicar recursos próprios, inclusive nos municípios, e os repassados pela União. Além de ser um dos parceiros para a aplicação de políticas nacionais de saúde, o estado formula suas próprias políticas de saúde. Ele coordena e planeja o SUS em nível estadual, respeitando a normatização federal. Os gestores estaduais são responsáveis pela organização do atendimento à saúde em seu território; • Municípios: são responsáveis pela execução das ações e serviços de saúde no âmbito do seu território. O gestor municipal deve aplicar recursos próprios e os repassados pela União e pelo estado. O município formula suas próprias políticas de saúde e é um dos parceiros para a aplicação de políticas nacionais e estaduais de saúde. Ele coordena e planeja o SUS em nível municipal, respeitando a norma- tização federal. Pode estabelecer parcerias com outros municípios para garantir o atendimento pleno de sua população, para procedimentos de complexidade que estejam acima daqueles que pode oferecer. Nessa concepção dos usuários do SUS, surge um importante documento denomina- do Carta dos direitos dos usuários do Sistema Único de Saúde (SUS), visto que traz informações para que o usuário tenha conhecimento dos seus direitos na hora de procu- rar atendimento de saúde. O documento possui diversas informações, porém, reúne os seis princípios básicos do exercício da cidadania que asseguram ao cidadão brasileiro o ingresso digno nos sistemas de saúde, seja ele público ou privado. 12 13 Observe a seguir os seis princípios básicos: 1. Todo cidadão tem direito ao acesso ordenado e organizado aos sistemas de saúde; 2. Todo cidadão tem direito a tratamento adequado e efetivo para seu problema; 3. Todo cidadão tem direito ao atendimento humanizado, acolhedor e livre de qual- quer discriminação; 4. Todo cidadão tem direito a atendimento que respeite a sua pessoa, seus valores e seus direitos; 5. Todo cidadão também tem responsabilidades para que seu tratamento aconte- ça de forma adequada; 6. Todo cidadão tem direito ao comprometimento dos gestores da saúde para que os princípios anteriores sejam cumpridos. Fonte: Adaptado de Carta dos direitos dos usuários de Saúde (BRASIL, 2011) Leia a Carta dos direitos dos usuários do Sistema Único de Saúde na íntegra. Disponível em: https://bit.ly/2XbO425 O SUS possui um glossário com diversas palavras na qual contempla significados que visam a favorecer uma melhor compreensão sobre assuntos básicos para o usuário se nortear. Confira alguns a seguir: Quadro 1 Assistência farmacêutica É o processo de planejamento, aquisição, distribuição, controle da qualidade e uso de medicamentos voltados para proteção e recu- peração da saúde. Atenção à saúde Tudo que envolve o cuidado com a saúde do cidadão, incluindo atenção básica e especializa, ações e serviços de promoção, pre- venção, tratamento e reabilitação. Ciência e tecnologia Ações de pesquisa, desenvolvimento, difusão e aplicação de co- nhecimentos nas áreas de saúde, educação, gestão, informação, além de outras ligadas à inovação e difusão tecnológica. Educação em saúde Processo para aumentar a capacidade das pessoas no cuidado da saúde e no debate com os profissionais e gestores, a fim de alcan- çar uma atenção à saúde de acordo com suas necessidades. Gestão do trabalho É a organização das relações de trabalho baseada na participação do trabalhador de saúde como sujeito e agente transformador do seu ambiente. Gestão participativa Atuação efetiva de cidadãos, conselheiros, gestores, profissionais e entidades civis na formulação de políticas, na avaliação e na fis- calização de ações de saúde. Promoção da saúde Conjunto de ações sanitárias integradas, inclusive com outros se- tores do governo e da sociedade, que busca o desenvolvimento de padrões saudáveis de: qualidade de vida, condições de trabalho, moradia, alimentação, educação, atividade física, lazer entre outros. 13 UNIDADE Políticas da Atenção Fisioterapêuticas Regulação É o poder exercido pelo Estado para fiscalizar e estabelecer padrões, normas e resoluções para serviços, produtos, estabelecimentos e atividades públicas ou privadas em prol do interesse coletivo. Sangue e hemoderivados Sangue é o líquido que circula no corpo humano, o qual, quando doado,será utilizado em transfusões ou transformado em outros produtos, os hemoderivados, como plasma e albumina. Saúde suplementar É o sistema privado de assistência à saúde das operadoras de pla- nos de saúde e prestadores de serviços aos beneficiários, sob a regulação da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS). Vigilância em Saúde Conjunto de atividades que proporcionam conhecimento, detec- ção, análise e monitoramento de doenças decorrentes, inclusive, de fatores ambientais, com a finalidade de controlar e prevenir problemas na saúde humana. Fonte: Adaptado do Ministério da Saúde, BRASIL, 2017 Quando pensamos na Atenção Básica de Saúde, essa é considerada o primeiro nível de atenção no sistema de saúde e tem como objetivo e missão: atuar como porta de en- trada do sistema, ou seja, ser o primeiro passo para se buscar recursos para sua saúde. Esse serviço tem a característica de contemplar ampla cobertura populacional, além de estabelecer atendimento por meio de equipe multidisciplinar, possibilitando a todos cida- dãos atenção às necessidades de saúde no âmbito de sua atuação e garantindo o acesso justo e qualificado aos demais serviços de saúde. Você sabia que o Ministério da Saúde preconiza a atenção com a saúde da pessoa idosa, bem como aspectos de prevenção e promoção à saúde integral a esse grupo populacional. O site a seguir evidencia pontos importantes sobre o idoso nos pilares da saúde pública nacional. Disponível em: https://bit.ly/38d1MbB O modelo de atenção preconiza, além dos serviços de atenção primária, modelo de atenção especializada ambulatorial, atenção especializada no âmbito hospitalar e os siste- mas de apoio diagnóstico e terapêutico. Esses eixos tecnológicos levam aos usuários do serviço a terapêutica baseada na promoção, prevenção, apoio diagnóstico, tratamento, gestão de casos, reabilitação e inserção aos serviços não curativos e que preconizam a as- sistência frente às doenças ameaçadoras da vida, ação denominada de cuidados paliativos, devendo atuar de forma articulada e integrada. Lembre-se que o fisioterapeuta, junto com a equipe multidisciplinar, atua em todos os níveis de atenção e modelos de complexidade, pois, em sua formação, possui subsídios e conhecimentos para atender às mais variadas demandas de diversos grupos populacionais. 14 15 SERVIÇOS HOSPITALARES DE MAIOR COMPLEXIDADE Hospitais terciários e quaternários de caráter regional, estadual ou nacional. SERVIÇOS AMBULATORIAIS Serviços ambulatoriais com especialidades clínica e cirúrgicas. Serviço de apoio diagnóstico e terapêutico. Serviços de atendimento de urgência e emergência. HOSPITAIS GERAIS UNIDADES DE SAÚDE Atenção primária à grupos populacionais situado em uma área de abrangência delimitada. PORTA DE ENTRADA do sistema para os níveis superior de maior complexidade. SERVIÇOS HOSPITALARES DE MAIOR COMPLEXIDADE Atenção Terciária Atenção Secundária Atenção Primária Figura 3 – Modelo de Atenção à Saúde Integral da Pessoa Idosa no SUS O tripé da seguridade social, instituído pela Constituição de 1988, garante os direito à: saúde, previdência e assistência social. Núcleo de Apoio à Saúde da Família (NASF) e Estratégia de Saúde da Família (ESF) Os Núcleos de Apoio à Saúde da Família (NASF) foram criados pelo Ministério da Saúde, no ano de 2008, tendo como objetivo o apoio na consolidação da Atenção Pri- mária no território brasileiro, ampliando as ofertas de saúde na rede de serviços, assim como sua resolutividade, abrangência e manter o alvo das ações. Hoje em dia, regulamentados pela Portaria n. 2.488, de 21 de outubro de 2011, os núcleos são compostos por equipes multiprofissionais que trabalham de maneira inte- grada com as equipes da Estratégia de Saúde da Família (ESF), as equipes de atenção primária para populações específicas (consultórios na rua, equipes ribeirinhas e fluviais) e com o Programa Academia da Saúde. Essa integralização possibilita a realização de discussões de casos clínicos, o atendimento de maneira compartilhada entre profissionais que compõem as equipes, tanto na Unidade de Saúde, como nas visitas domiciliares; possibilita ainda a construção conjunta de projetos terapêuticos de maneira que maximiza, empodera e qualifica as intervenções no território e na saúde dos mais variados grupos populacionais. Essas ações de saúde também podem ser intersetoriais, com foco prioritário nas ações de prevenção e promoção da saúde. Você conhece a história da saúde pública no cenário brasileiro? Assista ao vídeo a seguir e veja a evolução da saúde passando por todo contexto histórico. Disponível em: https://youtu.be/EOACL0yhxBU 15 UNIDADE Políticas da Atenção Fisioterapêuticas Se tratando do NASF diversos profissionais compõem a equipe multidisciplinar, sendo eles: médico acupunturista; assistente social; profissional/professor de educação física; farmacêutico; fisioterapeuta; fonoaudiólogo; médico ginecologista/obstetra; médico ho- meopata; nutricionista; médico pediatra; psicólogo; médico psiquiatra; terapeuta ocupa- cional; médico geriatra; médico internista (clínica médica); médico do trabalho; médico veterinário; profissional com formação em arte e educação (arte educador) e profissional de saúde sanitarista, ou seja, profissional graduado na área de saúde com pós-graduação em saúde pública ou coletiva ou graduado diretamente em uma dessas áreas. Já em relação à Estratégia Saúde da Família, a atenção é voltada para a reorganiza- ção da atenção básica no Brasil, mas seguindo os preceitos do Sistema Único de Saúde. É compreendida pelo Ministério da Saúde e gestores estaduais e municipais como uma estratégia de expansão, qualificação e consolidação da atenção básica por corroborar para uma melhor reorientação do processo de trabalho com maior potencial de aprofun- dar os princípios, diretrizes e fundamentos da atenção básica, além de ampliar a resolu- tividade e impacto na situação de saúde das pessoas e coletividades, além de propiciar uma importante relação custo-efetividade (BRASIL, 2012). Um ponto importante é o estabelecimento de uma equipe multiprofissional (equipe de Saúde da Família) composta por, no mínimo: médico generalista, ou especialista em Saúde da Família, ou médico de Família e Comunidade; enfermeiro generalista ou espe- cialista em Saúde da Família; auxiliar ou técnico de enfermagem; e agentes comunitários de saúde. Podem ser acrescentados a essa composição os profissionais de Saúde Bucal: cirurgião-dentista generalista ou especialista em Saúde da Família, auxiliar e/ou técnico em Saúde Bucal (BRASIL, 2012). Você conhece a importância dos agentes comunitários de saúde? Esses profissionais são fundamentais para conhecimento, execução, planejamento e resolutividade de ações nas comunidades, pois estão diretamente ligados à rotina, história e manejo diário dos mora- dores. Disponível em: https://youtu.be/7e3BTrR-Q-I Figura 4 – Equipe Multidisciplinar Fonte: Getty Images 16 17 A composição de cada um dos NASF será definida pelos gestores municipais, se- guindo os critérios de prioridade identificados a partir dos dados epidemiológicos e das necessidades locais e das equipes de saúde que serão apoiadas. Figura 5 – Símbolo do NASF Fonte: cempes.org Na Estratégia Saúde da Família (ESF), a promoção pela qualidade de vida da popula- ção é prioritária na atenção em saúde, possibilitando a compreensão de modo a intervir nos aspectos que colocam a saúde populacional em risco, tendo como principais objeti- vos a orientação e inserção de ações sobre a inatividade física, mãos hábitos alimentares, uso de tabaco e álcool, dentre outros. Com atenção integral, equânime e contínua, a ESF se fortalece como a porta de entrada do Sistema Único de Saúde (SUS). O vínculo entre a equipe de saúde com o usuário dos serviços possibilita maior intera- ção sobre diferentes assuntos que permeiam o cenário da saúde e atenção. Isso garante maior adesão do usuário aos tratamentos e às intervenções propostas pelaequipe de saúde. O resultado é mais problemas de saúde resolvidos na Atenção Básica, sem a necessidade de intervenção de média e alta complexidade em uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA 24h) ou hospital. A Equipe de Saúde da Família está ligada à Unidade Básica de Saúde (UBS) local. Esse nível de atenção soluciona cerca de 80% dos problemas de saúde da população. Porém, se o indivíduo necessitar de um cuidado mais avançado, a ESF faz esse encaminhamento. O número de agente comunitário de saúde deve ser suficiente para cobrir e atender 100% da população cadastrada, com um máximo de 750 pessoas por agente e de 12 agentes comunitários por equipe de Saúde da Família, não ultrapassando o limite má- ximo recomendado de pessoas por equipe. Cada equipe de Saúde da Família deve ser responsável por, no máximo, 4.000 pessoas de uma determinada área, que passam a ter corresponsabilidade no cuidado com a saúde. Pode parecer pouco, porém esses 17 UNIDADE Políticas da Atenção Fisioterapêuticas números auxiliam as famílias a terem acesso básico a diferentes profissionais de maneira mais rápida, o que corrobora à promoção da saúde dos indivíduos. Atividades básicas de uma equipe de Saúde da Família: • Conhecer a realidade das famílias pelas quais são responsáveis e identificar os proble- mas de saúde mais comuns e situações de risco aos quais a população está exposta; • Executar, de acordo com a qualificação de cada profissional, os procedimentos de vigilância à saúde e de vigilância epidemiológica, nos diversos ciclos da vida; • Garantir a continuidade do tratamento, pela adequada referência do caso; • Prestar assistência biopsicossocial, respondendo de forma contínua e racionalizada à demanda, buscando contatos com indivíduos sadios ou doentes, visando promo- ver a saúde por meio da educação sanitária; • Promover ações intersetoriais e parcerias com organizações formais e informais existentes na comunidade para o enfrentamento conjunto dos problemas; • Discutir, de forma permanente, junto à equipe e à comunidade, o conceito de cida- dania, enfatizando os direitos de saúde e as bases legais que os legitimam; • Incentivar a formação e/ou participação ativa nos conselhos locais de saúde e no Conselho Municipal de Saúde. Amplie seu conhecimento e conheça a cobertura nacional das equipes de Saúde da Família. Veja se seu município é atendido pelo programa. Disponível em: https://bit.ly/2MxFLf7 A atuação do fisioterapeuta no NASF viabiliza ações de educação permanente em saúde e prevenção de enfermidades, além de organizar o fluxo e o manejo dos usuários com demanda por reabilitação, prevenção e tratamento de doenças ocupacionais e de- senvolvimento de práticas integrativas e complementares. A prática mostra como o fisioterapeuta no NASF possui um papel relevante junto às equipes de saúde no que se refere à atenção às demandas do município, porém, faz- -se necessária a consolidação do apoio matricial e o planejamento coletivo das ações (BRAGHINI; FERRETTI; FERRAZ, 2016). Contudo, o fisioterapeuta possui em seu rol de habilidades e competências, para além das atividades de atenção à saúde, as que o permitem trabalhar também no processo administrativo (na organização dos serviços de saúde, coordenação e gestão dos serviços de fisioterapia), na educação em saúde voltada ao acompanhamento dos programas de saúde pública e visitas domiciliares; e de maneira assistencial (na assistência de vigilância epidemiológica e sanitária, crescimento e desen- volvimento da criança, atenção à saúde dos adolescentes, da mulher, do adulto e do idoso). NASF-AB: Atuação do fisioterapeuta e do terapeuta ocupacional. Disponível em: https://youtu.be/Bglj9TdajRI 18 19 Figura 6 – Discussão de casos com a equipe multidisciplinar Fonte: Getty Images Compreenda a Portaria n. 2916, de 13 de novembro de 2007, emitida pelo ministro de Estado da saúde, no uso das atribuições e considerando a necessidade de regulamentar a atenção em Fisioterapia no âmbito do Sistema Único de Saúde. Disponível em: https://bit.ly/2X9pW0a Fisioterapia em Saúde Coletiva No modelo assistencial em saúde, o fisioterapeuta atuará em diversos programas, contribuindo para promoção da saúde e na prevenção de variadas patologias como: do- enças cardiovasculares desencadeadas por fatores de risco como: obesidade, tabagismo, diabetes e hipertensão. Os profissionais da fisioterapia atuam nas orientações de saúde, sendo essas fun- damentais para a prevenção de doenças e para o incentivo de aumento da qualidade e interesse pela saúde por parte dos indivíduos, evidenciando ações como: os benefícios da prática de atividades físicas monitoradas e a prática de hábitos saudáveis, atuar junto às famílias, com ações interdisciplinares, enfatizando a assistência, acessibilidade e a in- clusão social de pessoas com deficiência; orientações para saúde do trabalhador, grupos especiais, gestantes, dentre outras ações. As desigualdades sociais em saúde e a exclu- são social devem permear as prioridades da atuação do fisioterapeuta na saúde coletiva. Importante! Por muito tempo, a fisioterapia era conhecida apenas no campo curativo e da reabilita- ção, e com a evolução da profissão, bem como participação na equipe multidisciplinar, o fisioterapeuta passou a ser agente de ações de promoção, prevenção e educação pela saúde. Quando se trata da interdisciplinaridade, todos os profissionais avaliam e tratam seus pacientes individualmente, mas com objetivo em comum. 19 UNIDADE Políticas da Atenção Fisioterapêuticas Quando se fala na atenção básica da população idosa, o fisioterapeuta deve desenvol- ver ações e estratégias em saúde para fortalecer campanhas que aumentem a aderência a práticas de bons modos de viver de maneira mais saudável; suporte e orientações ao idoso, familiares e cuidadores na prevenção de quedas, o que é um fenômeno grave no cenário de saúde pública, atuar nas incapacidades e deformidades; construção de espa- ços para práticas de atividade física, troca de experiências comunitárias, espaços para prática de atividades que trabalhe os aspectos motores, sensoriais e cognitivos: hortas e jardinagem comunitária, artesanato, danças coletivas, jogos e brincadeiras são excelen- tes estratégias para trabalhar a promoção da saúde desse grupo populacional, possibi- litando a transformação do ambiente seja domiciliar ou de espaços compartilhados na comunidade que atendam em elevação das condições favoráveis à saúde e acessibilidade da pessoa idosa. Amplie seu conhecimento sobre a saúde da pessoa idosa, lendo a cartilha a seguir e reflita sobre a promoção da saúde a fim de evitar quedas no ambiente domiciliar e urbano. Disponível em: https://bit.ly/2X9bi9d Figura 7 – Fisioterapia em promoção da saúde de idosos Fonte: Getty Images A presença do Fisioterapeuta no âmbito comunitário se tornou fundamental, pois vai de encontro com o modelo de saúde que não se integra ao conceito biomédico, que iden- tifica apenas conceitos voltados à compreensão de que a saúde é mero estado de ausência de doença e, desse modo, a fisioterapia na atenção básica, obedecendo aos princípios do atual modelo de saúde – denominado biopsicossocial – possibilita um conhecimento amplo do indivíduo, priorizando seu estado biopsicossocial e espiritual, o que consequentemente promove a melhoria da qualidade de vida da população. O modelo de saúde coletiva visa a ampliar novas possibilidades e necessidades da atuação do Fisioterapeuta frente ao novo conceito de organização do SUS, porém, sem extinguir as ações de cura e reabilitação. Perceba, a seguir, alguns princípios norteadores que auxiliam na atuação do fisiotera- peuta no nível primário em saúde: 20 21 • O fisioterapeuta deve atuar juntamente com a equipe multiprofissional visando à participação interdisciplinar em prol da integralidade assistencial; • Conhecer o ambiente em que a população esteja inserida, proporcionando diálogo e a prática do cuidado continuado; • Viabilizara participação populacional e integração dos saberes em prol da promo- ção da saúde local; • Articular ações nos diversos pilares que compõem a sociedade, priorizando atenção multiprofissional aos fatores sociais, econômicos, culturais, étnicos/raciais, psico- lógicos e comportamentais que influenciam a ocorrência de problemas de saúde e seus fatores de risco na população; • Formação profissional para consolidação do modelo de fisioterapia coletiva; • Trabalhar e reconhecer a fisioterapia como profissão que visa auxiliar a população nos pilares da promoção e prevenção. Importante! O papel do fisioterapeuta na saúde pública não se resume apenas na recuperação de pa- cientes, mas também na prevenção. Essa prevenção é feita em grupos por profissionais que orientam gestantes no parto, realizam orientações sobre a postura correta e entre outras formas de terapias. A fisioterapia em situações coletivas surge como uma oportunidade e estratégia para atender a uma grande demanda daquela determinada comunidade, o que auxilia na ade- são e continuidade do tratamento e fortalecimento de vínculos, além de, sempre que pos- sível, interligar com a equipe de saúde o atendimento domiciliar – o qual é imprescindível, pois é nesse nível de atenção que a realidade dos indivíduos é evidenciada ao profissional, possibilitando a realização de abordagens educativas ao indivíduo e aos familiares; e a orientação postural, como um meio de prevenção visando à manutenção da saúde. No que tange à saúde da mulher, o Fisioterapeuta atua no processo gestacional, pois, nessa etapa do ciclo vital, diversas mudanças fisiológicas e anatômicas acontecem, como: as mudanças posturais, no processo de marcha/deambulação, possíveis edemas, diminuição do retorno venoso, dores lombares e desconforto respiratório. Desse modo, o fisioterapeuta atua no processo de educação em saúde com orientações quanto às posturas corporais, prescrição de exercícios de alongamento, relaxamento e auxílio ao retorno venoso, orientações sobre o aparelho respiratório, prevenindo lombalgias e pro- movendo o fortalecimento perineal, além de incentivar no processo de aleitamento e nas orientações de como cuidar do bebê. Outra estratégia interessante é realizar trabalhos de grupos com gestantes, pois as atividades em grupo abrangem um espaço para situações vivenciadas entre as futuras mães, inseguranças, expectativas e experiências. Esses encontros permitem um contato humanizado e relevante, sempre buscando a qualidade de vida nesse período gestacional. Vale ressaltar a presença de outros profissionais, a fim de aumentar o cuidado e prestação de uma assistência de qualidade. 21 UNIDADE Políticas da Atenção Fisioterapêuticas Figura 8 – Fisioterapia na atenção primária: gestante Fonte: Getty Images Leia mais sobre a saúde coletiva: Manual técnico de promoção da saúde e prevenção de riscos e doenças na saúde suplementar. Disponível em: https://bit.ly/2JOI4ti No modelo assistencial do SUS, existe a Política Nacional de Humanização (PNH) – HumanizaSUS, elaborada em meados de 2003, que possibilita a efetivação dos prin- cípios do SUS na rotina das práticas de atenção e gestão, dando maior qualidade para a saúde pública no território brasileiro e incentivando trocas solidárias entre gestores, trabalhadores e usuários. Figura 9 – Logo HumanizaSUS Fonte: Divulgação A PNH assegura a presença em todas as políticas e programas relacionados ao SUS. Em sua essência de criação, visa propor o acolhimento, sendo esse definido como o processo constitutivo das práticas de produção e promoção de saúde que implica res- ponsabilização do trabalhador/equipe pelo usuário, desde a sua chegada até a sua saída. 22 23 O paciente recebe atenção integral, desde o início da busca pelo atendimento de saúde, onde o profissional inicia ouvindo sua queixa, levando em consideração suas pre- ocupações, anseios e angústias, utilizando da técnica da escuta ativa e qualificada, que permita analisar a demanda e os limites necessários, além de garantir atenção integral, resolutiva e responsável por meio do acionamento/articulação das redes internas dos serviços (visando à horizontalidade do cuidado) e redes externas, com outros serviços de saúde, para continuidade da assistência quando necessário (BRASIL, 2006). Explore mais sobre o HumanizaSUS. Leia e aprofunde seu conhecimento. Disponível em: https://bit.ly/3hHeIcB 23 UNIDADE Políticas da Atenção Fisioterapêuticas Material Complementar Indicações para saber mais sobre os assuntos abordados nesta Unidade: Vídeos Brasil – 500 anos na busca de soluções https://youtu.be/7ouSg6oNMe8 Princípios do SUS https://youtu.be/PzVxQkNyqLs Porque o SUS hoje é assim? https://youtu.be/wV_SPOJfqgk Leitura Glossário em análise de política em saúde https://bit.ly/359dd1O Cartilha de Políticas Públicas em Fisioterapia https://bit.ly/3ofYI3I Código de Ética Fisioterapia https://bit.ly/3ofN5d8 Política Nacional de Atenção Básica https://bit.ly/38bx81X 24 25 Referências BRAGHINI, C. C.; FERRETTI, F.; FERRAZ, L. Atuação do fisioterapeuta no NASF: percepção dos coordenadores e da equipe. Fisioter. mov. [online], v. 29, n. 4, p. 767- 776, 2016. Disponível: <https://doi.org/10.1590/1980-5918.029.004.ao13>. Acesso: 14/12/2020. BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil de 1988. Artigos 196 a 200. Brasília, DF: Presidência da República, [2016]. Disponível em: <http://conselho. saude.gov.br/web_sus20anos/20anossus/legislacao/constituicaofederal.pdf>. Acesso em: 01/01/2017. ________. Ministério da Saúde. HumanizaSUS: documento base para gestores e traba- lhadores do SUS. Brasília, DF: MS, 2006. ________. Ministério da Saúde. Portaria n. 2.488, de 21 de outubro de 2011. Apro- va a Política Nacional de Atenção Básica, estabelecendo a revisão de diretrizes e normas para a organização da Atenção Básica, para a Estratégia Saúde da Famí- lia (ESF) e o Programa de Agentes Comunitários de Saúde (Pacs). Diário Oficial da República Federativa do Brasil, Brasília, DF, 22 out. 2011. Disponível em: <http://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/2011/prt2488_21_10_2011.html> Acesso em: 13/08/2020. ________. Ministério da Saúde. Relatório Final. VIII Conferência Nacional de Saúde, Brasília, 1986. Disponível em: <http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/8_confe- rencia_nacional_saude_relatorio_fin al.pdf>. Acesso em: 13/08/2020. ________. Presidência da República. Casa Civil. Lei n. 8.080, de 19 de setembro de 1990. Dispõe sobre as condições para a promoção, proteção e recuperação da saúde, a organização e o funcionamento dos serviços correspondentes e dá outras providências. D.O.U., 20 set. 1990. Disponível em <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l8080. htm>. Acesso em: 13/08/2020. ________. Presidência da República. Casa Civil. Lei n. 8.142, de 28 de dezembro de 1990. Dispõe sobre a participação da comunidade na gestão do Sistema Único de Saú- de (SUS) e sobre as transferências intergovernamentais de recursos financeiros na área da saúde e dá outras providências. D.O.U., 31 dez. 1990. Disponível em: <http://www. planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l8142.htm>. Acesso em: 13/08/2020. MATTA, G. C. Princípios e diretrizes do Sistema Único de Saúde. In: MATTA, G. C.; MOURA, A. L. Políticas de saúde: a organização e a operacionalização do Sistema Único de Saúde. Rio de Janeiro: EPSJV/FIOCRUZ, 2007. p. 61-79. 25
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