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Apontamentos para saúde 1 Frequência

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Apontamentos - P. Saúde (1ª Frequência)
Psicologia da Saúde    (Universidade do Algarve)
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Apontamentos - P. Saúde (1ª Frequência)
Psicologia da Saúde    (Universidade do Algarve)
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PSICOLOGIA	DA	SAÚDE	
2º	ANO,	2º	SEMESTRE	
APONTAMENTOS	1ª	FREQUÊNCIA	
	
	 1	
INTRODUÇÃO	À	PSICOLOGIA	DA	SAÚDE	
• Conteúdos:	
a) Contexto	histórico;	
b) Definição;	
c) Objetivos	e	áreas	de	investigação	e	intervenção.	
	
• Enquadramento	histórico	do	surgimento	da	psicologia	da	saúde:	
a) As	conceções	de	saúde	e	doença	acompanharam	a	evolução	da	Humanidade.		
b) Cinco	períodos	marcam	a	história	da	Saúde.	
	
Cinco	períodos:	
1.	Período	pré-científico	(até	ao	século	XVII);		
2.	Período	de	início	do	desenvolvimento	do	modelo	biomédico;		
3.	Primeira	revolução	da	saúde	(século	XIX);
	
4.	Segunda	revolução	da	saúde	(início	na	década	de	1970);		
5.	Terceira	revolução	da	saúde.		
	
Período	pré-científico:	
A	assistência	aos	doentes	era	baseada	na	observação	dos	animais.	A	doença	era	
concebida	como	consequência	de	“espíritos	malignos”.	Civilização	grega:	contributo	de	
Hipócrates.		
	
Período	de	inicio	do	desenvolvimento	do	modelo	biomédico:	
Galileu,	 Newton,	 Descartes	 delinearam	 os	 princípios	 básicos	 da	 ciência.	 O	
Homem	 era	 comparado	 a	 uma	 máquina	 -	 perspetiva	 mecanicista.	 Doença	
corresponderia	 a	 uma	 avaria	 temporal	 ou	 permanente	 do	 funcionamento	 de	 um	
componente	ou	da	relação	entre	componentes.	
Cura:	Reparação	da	máquina;	
Desenvolvimento	da	“Teoria	do	Germe”:	
a) 	
Um	determinado	agente	patogénico	influencia	o	organismo;	para	conhecer	
a	cura	é	necessário	identificá-lo.	
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PSICOLOGIA	DA	SAÚDE	
2º	ANO,	2º	SEMESTRE	
APONTAMENTOS	1ª	FREQUÊNCIA	
	
	 2	
Modelo	Biomédico,	enquanto	quadro	de	referência.	Em	que	consiste?		
a) Causas	da	doença:	biológicas;	
b) Tipo	de	tratamentos:	médicos;	
c) Responsabilidade	pelo	tratamento:	médico;	
d) Saúde	e	doença:	completamente	distintas;	
e) Relação	mente/corpo:	independência	da	mente	e	do	corpo.	
	
A	teoria,	a	prática	e	a	investigação	passaram	a	assentar	nos	seguintes	princípios:		
a) Os	sistemas	corporais	deixam	de	ser	vistos	como	um	todo	passa-se	a	valorizar	a	
sua	divisão	em	partes	pequenas;		
b) As	características	particulares	de	cada	indivíduo	deixam	de	ser	o	foco	de	atenção	
médica	e	passa-se	a	valorizar	as	características	universais	de	cada	doença;		
c) O	corpo	é	o	mais	importante	(e	não	o	meio	ambiente	ou	as	emoções).		
	
Primeira	revolução	da	saúde:	
Caracteriza-se	pela	aplicação	do	modelo	biomédico	à	prevenção	das	doenças.	
Proporcionou	 o	 desenvolvimento	 de	 novas	 medidas	 de	 saúde	 pública	 baseadas	 na	
Teoria	 do	 Germe.	 Argumentos	 que	 justificaram	 a	 aplicação	 do	modelo	 biomédico	 à	
saúde	pública:		
a) O	tratamento	e	a	cura	(quando	possível)	das	doenças	infeciosas	eram	difíceis	e	
dispendiosos;	
b) As	 doenças	 infeciosas	 eram	 contraídas	 em	 contacto	 com	o	 ambiente	 físico	 e	
social	que	continha	o	agente	patogénico;		
c) As	 doenças	 infeciosas	 só	 se	 contraiam	 quando	 o	 organismo	 hospedeiro	
representava	um	meio	favorável	para	a	instalação	do	agente	patogénico.		
	
Condições	sociais	e	causas	de	mortalidade:	
Contexto:	revolução	industrial	(séc.	XVIII).
	
Condições	de	salubridade	e	habitabilidade:	precárias.	
Consequências:	Doenças	(tuberculose,	pneumonia,	sarampo,	gripe,	difteria).	
Aumento	da	mortalidade	causado	pelas	doenças	infectocontagiosas.	
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PSICOLOGIA	DA	SAÚDE	
2º	ANO,	2º	SEMESTRE	
APONTAMENTOS	1ª	FREQUÊNCIA	
	
	 3	
Modelo	Biomédico:	
a) Prós:	
a. Contribuiu	para	a	diminuição	da	taxa	de	mortalidade	devido	às	doenças	
infecto-	contagiosas;	
b. Eficiente	no	combate	às	doenças	agudas.		
b) Contras:	
a. Desvaloriza	o	papel	dos	aspetos	psicológicos,	sociais,	comportamentais,	
pois	foca-se	exclusivamente	no	corpo	e	na	doença;	
b. Foco	no	corpo		
	
Segunda	revolução	da	saúde:	
A	intervenção	deixa	de	estar	focada	nas	doenças	e	passa	a	estar	na	promoção	da	
saúde.	Características	principais:
	
a) Foca-se	na	saúde	e	não	na	doença;
	
b) Defende	o	retorno	a	uma	perspetiva	ecológica.		
É	defendida	uma	perspetiva	biopsicossocial.	As	doenças	mais	responsáveis	pela	
mortalidade	tinham	uma	etiologia	comportamental	–	epidemia	comportamental.		
a) Fumar;	
b) Sedentarismo;	
c) Dieta	desequilibrada;	
d) Consumir	álcool	ou	drogas;	
e) Riscos	que	originam	acidentes	(e.g.,	condução	perigosa).		
Um	estudo	desenvolvido	nos	Estados	Unidos	da	América,	em	1976,	mostrou	que	
as	mortes	prematuras	se	deviam	a	(Richmond,	1979):		
a) 50%	ao	estilo	de	vida;	
b) 20%	a	fatores	ambientais;	
c) 20%	biologia	humana;	
d) 10%	a	cuidados	de	saúde	inadequados.	
Desde	meados	do	século	XX:	a	mortalidade	causada	pelas	doenças	oncológicas	e	
pelas	doenças	cardiovasculares	aumentou	substancialmente.	As	doenças	oncológicas	e	
cardiovasculares	são	desenvolvidas,	em	parte,	por	fatores	comportamentais.		
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PSICOLOGIA	DA	SAÚDE	
2º	ANO,	2º	SEMESTRE	
APONTAMENTOS	1ª	FREQUÊNCIA	
	
	 4	
É	preciso	mudar	COMPORTAMENTOS!
à	Psicologia	da	Saúde	
	
Modelo	Biopsicossocial:	Em	que	consiste?	
Causas	da	doença:	Interação	entre	fatores	biológicos,	psicológicos	e	sociais.	
Tipo	de	tratamentos:	médicos	,	psicológicos,	sociais,	...	
Responsabilidade	pelo	tratamento:	Aumento	da	responsabilidade	do	doente.	
a) Saúde	e	doença:	Saúde	e	doença	como	um	contínuo;	
b) Relação	mente/corpo:	Interinfluência	corpo-mente.	
	
Engel	(1977):	
De	 acordo	 com	 o	 modo	 bio-psico-social,	 para	 a	 saúde	 e	 para	 a	 doença	
contribuem,	de	igual	modo,	os	aspetos	biológicos,	psicológicos	e/ou	sociais.	Agora,	as	
causas	das	doenças	podem	referir-se	a	uma	multiplicidade	de	fatores;	o	sujeito	pode	ser	
responsável	 pelo	 tratamento	 deixar	 de	 ser,	 apenas,	 o	 médico,	
havendo	responsabilização	na	atitude	do	dente	face	a	este.	
	
	
Modelo	Biomédico	vs.	Modelo	Biopsicossocial:	
	 Modelo	Biomédico	 Modelo	Biopsicossocial	
Causas	 Fatores	 de	 natureza	
biológica,	 internos	 ou	
externos	ao	sujeitodoente:	
fisiologia,	bactérias,	vírus.	
Multiplicidade	 de	 fatores:	 os	
mesmos	 fatores	 biológicos,	mais	 os	
fatores	sociais	e	psicológicos.	
Responsável	 O	 sujeito	 é	 considerado	
vitima	 dos	 condicionantes	
O	 sujeito	 pode	 ser	 parcialmente	
considerado	 responsável	 pela	 sua	
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PSICOLOGIA	DA	SAÚDE	
2º	ANO,	2º	SEMESTRE	
APONTAMENTOS	1ª	FREQUÊNCIA	
	
	 5	
biológicos	 que	 determinam	
a	 doença:	 contacto	 com	
vírus.	
doença:	a	responsabilização	pode	ser	
negativa	 no	 sentido	 em	 que	 passa	
para	a	culpabilização.	
Tratamento	 Medicação,	 vacinação,	
cirurgia,	 quimioterapia,	
radioterapia,	etc.	
Considerando	 a	 pessoa	 na	 sua	
totalidade:	 a	medicina	em	conjunto	
com	o	suporte	social,	as	crenças	e	a	
personalidade.	
Responsável	
pelo	
tratamento	
Médico.	 O	médico	e	o	doente:	o	doente	tem	
uma	 participação	 ativa	 no	
tratamento	e	na	tomada	de	decisão.	
Relação	entre	a	
mente	 e	 o	
corpo	
Entidades	separadas:	mente	
contém	 a	 vida	 psicológica;	
corpo	 refere-se	 à	 matéria	
física.	
Interação	 mente-corpo:	 o	 facto	 de	
uma	 pessoa	 estar	 deprimida	 pode	
levar	 a	 que	 desenvolva	 mais	
problemas.	
O	 papel	 da	
psicologia	
A	 doença	 (biológica)	 tem	
consequências	psicológicas.	
Os	 fatores	 psicológicos	 podem	 ser	
considerados	na	etiologia	da	doença	
e	da	saúde.	
	
Terceira	revolução	da	saúde:	
Teve	início	nos	anos	90,	do	século	XX.	O	que	surge	de	novo	na	3.a	revolução?	
Fatores	 que	 acarretam	 custos	 aos	 serviços	 de	 saúde.	 Alterações	
demográficas.
Aumento	da	expectativa	de	vida.
Aumento	da	prevalência	de	doenças	
crónicas.	Novas	necessidades	que	ultrapassam	a	cura	da	doença.
Preocupação	com	a	
qualidade	 de	 vida.
Potencializar	 determinantes	 da	 eficácia	 das	 intervenções.	
Aproximação	dos	serviços	à	comunidade.	
	
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PSICOLOGIA	DA	SAÚDE	
2º	ANO,	2º	SEMESTRE	
APONTAMENTOS	1ª	FREQUÊNCIA	
	
	 6	
Síntese:	
Modelo	Biomédico	–	centrou-se	na	doença;		
Primeira	Revolução	da	Saúde	–	centrou-se	na	prevenção	das	doenças;		
Segunda	Revolução	da	Saúde	–	centrou-se	na	saúde;		
Terceira	Revolução	–	qualidade	de	vida;	controlo	de	custos.		
	
• Surgimento	da	psicologia	da	saúde:	
	
Prevenção	da	doença/promoção	da	saúde:	
Há	o	surgimento	de	tecnologias	que	incentivam	a	promoção	da	saúde:	
a) Dar	informação;	
b) Criar	espaços	saudáveis	(espaços	verdes);	
c) Criar	obstáculos	aos	comportamentos	de	risco	(aumento	do	preço	do	tabaco);	
d) Disseminar	 modelos	 de	 comportamento	 –	 Identificar	 os	 líderes	 de	 uma	
comunidade,	como	o	presidente,	e	levá-lo	a	mudar	o	seu	comportamento	(se	o	
virem	a	fazer,	vão	fazer	igual);	
e) Estimar	competências	psicológicas	(regulação	das	emoções);	
f) Incentivar	 a	 apoiar	 as	mudanças	 de	 comportamentos	 (espaços	 onde	 possam	
obter	ajuda).	
	
• Definições:	
“Qualquer	 aplicação	 científica	 ou	 profissional	 de	 conceitos	 e	 métodos	
psicológicos	a	todas	as	situações	próprias	do	campo	da	saúde,	não	apenas	nos	cuidados	
da	saúde	mas	também	na	saúde	pública,	educação	para	a	saúde,	planificação	da	saúde,	
financiamento,	etc...”		
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PSICOLOGIA	DA	SAÚDE	
2º	ANO,	2º	SEMESTRE	
APONTAMENTOS	1ª	FREQUÊNCIA	
	
	 7	
Conjunto	 de	 contribuições	 específicas,	 educacionais,	 científicas	 e	 práxicas	 da	
disciplina	 da	 Psicologia,	 para	 a	 promoção	 e	 manutenção	 da	 saúde,	 prevenção	 e	
tratamento	da	doença	e	disfunções	relacionadas.		
Estudo	 científico	 do	 comportamento,	 pensamentos,	 atitudes	 e	 crenças	
relacionadas	com	a	saúde	e	a	doença.		
Área	da	psicologia	emergente	no	final	dos	anos	70	para	examinar	as	causas	das	
doenças	e	estudar	vias	para	promover	e	manter	a	saúde,	prevenir	e	tratar	a	doença	e	
melhorar	o	sistema	sanitário.		
Convergência	das	contribuições	específicas	das	diversas	áreas	de	conhecimento	
da	Psicologia	(Psicologia	clínica,	Psicologia	educacional,	Psicologia	social,	Psicobiologia),	
tanto	 na	 promoção	 e	 manutenção	 da	 saúde	 como	 na	 prevenção	 e	 tratamento	 da	
doença.		
	
Síntese:		
Aplicação	dos	conhecimentos	científicos	e	técnicos	das	diversas	áreas	da	Psicologia:		
a) Aos	conhecimentos	das	causas	psicológicas	da	saúde	e	da	doença;		
b) À	prevenção	da	doença	e	promoção	da	saúde;		
c) À	adaptação	à	doença	e	ao	tratamento;		
d) À	melhoria	das	dimensões	organizacionais	associadas	aos	serviços	de	saúde;		
e) À	melhoria	da	qualidade	de	vida.		
	
• Objetivos:	
Compreender,	explicar,	desenvolver	e	testar	teorias:	
a) O	papel	do	comportamento	na	etiologia	da	doença;		
b) As	variáveis	psicológicas	associadas	aos	comportamentos;		
c) O	papel	da	Psicologia	na	vivência	da	doença;
	
d) O	papel	da	Psicologia	no	tratamento	da	doença.		
	
Aplicar	essas	teorias:	
a) Promoção	de	um	comportamento	saudável;		
b) Prevenção	do	aparecimento	da	doença;	
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PSICOLOGIA	DA	SAÚDE	
2º	ANO,	2º	SEMESTRE	
APONTAMENTOS	1ª	FREQUÊNCIA	
	
	 8	
c) Função	preventiva;	
d) Promover	um	comportamento	saudável;	
e) Prevenir	o	aparecimento	da	doença.	
	
Função	terapêutica:	
a) Promover	a	adaptação	à	doença	e	adesão	ao	tratamento;	
b) Potenciar	os	fatores	de	eficácia	da	intervenção;	
c) Aumentar	a	qualidade	de	vida	relacionada	com	a	doença;	
d) Melhorar	a	qualidade	da	prestação	dos	serviços	de	saúde;	
e) Através	da	intervenção	na	componente	organizacional	dos	serviços.	
	
• Psicologia	da	saúde	a	nível	internacional	e	nacional:	
Nível	internacional:	
1976	–	APA	task	force	on	health	research	
	
1978	–	Divisão	de	Psicologia	da	Saúde	na	APA	
	
1982	–	Journal	of	Health	Psychology	
	
1984	–	OMS	sugere	a	aplicação	prática	da	psicologia	aos	problemas	de	saúde		
	
Nível	nacional:	
1980	 –	 Artigo	 de	 Pereira	 sobre	 a	 relação	 entre	 comportamento,	 saúde	 e	 doenças	
(Ribeiro,	2005);		
1987	-	Cadeira	de	Psicologia	da	Saúde	no	ISPA;	
	
1989	 -	 “A	Psicologia	nos	 serviços	de	 saúde”,	 seminário	organizado	pela	APPORT,	em	
Lisboa;
	
1992	-	“Psicologia	e	Saúde”,	primeiro	número	temático	na	Análise	Psicológica;		
1993	–	1o	Mestrado	na	FPCE	na	Universidade	de	Lisboa;	
	
1994	-	1o	Congresso	Nacional	de	Psicologia	da	Saúde	(ISPA	e	APP);	
	
Psicologia	Clínica	na	carreira	de	Técnicos	Superiores	de	Saúde;		
1995	-	Fundação	da	Sociedade	Portuguesa	de	Psicologia	da	Saúde;	
	
1997	-	2o	Congresso	Nacional	de	Psicologia	da	Saúde;	I	Conferência	de	Psicologia	nos	
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PSICOLOGIA	DA	SAÚDE	
2º	ANO,	2º	SEMESTRE	
APONTAMENTOS	1ª	FREQUÊNCIA	
	
	 9	
Cuidados	de	Saúde	primários;	Regulamento	dos	estágios	profissionais	pré-carreira;
	
2000	–	Publicação	da	primeira	edição	da	revista	“Psicologia:	Saúde	&	Doenças”	pela	SPPS	
(Sociedade	Portuguesa	de	Psicologia	da	Saúde);
	
2001	 –	 Fundação	 da	 Associação	 Portuguesa	 dos	 Psicólogos	 dos	 Cuidados	 de	 Saúde	
Primários;	...		
2016	 –	 11.o	Congresso	Nacional	 de	 Psicologia	 da	 Saúde	 -	 "Desafios	 da	 Psicologia	 da	
Saúde	num	Mundo	em	Mudança“.		
	
Investigação:	
a) Desenvolveu-se	sobretudo	a	partir	de	1990;		
b) Em	contexto	académico;	
c) Estudos	focados	sobretudo	na	doença	e	não	na	saúde;	
d) Prioridade:	responder	às	necessidades	de	investigação	identificadas	nos	serviços	
de	saúde.		
	
Formação:	
a) ISPA;	
b) Universidade	do	Minho;	
c) FPCE	das	Universidades	de	Lisboa,	Porto	e	Coimbra;	
d) UALG	(DPCE)	–	Mestrado	em	Psicologia	Clínica	e	da	Saúde		
e) Existem	pós-graduaçõesem	todo	o	País.	
	
Intervenção:	
a) Em	Centros	de	Saúde	(1994);	
b) Cuidados	de	saúde	diferenciados;	
c) Em	maternidades;	
d) Pediatria;	
e) Neuropsicologia;	
f) Oncologia;	
g) Cirurgia;	
h) Doenças	infeciosas;	
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PSICOLOGIA	DA	SAÚDE	
2º	ANO,	2º	SEMESTRE	
APONTAMENTOS	1ª	FREQUÊNCIA	
	
	 10	
i) Toxicodependências;	
j) Reabilitação;	
k) Saúde	mental...	
	
O	psicólogo	a	trabalhar	em	Psicologia	da	Saúde:		
a) Psicólogos	Clínicos;	
b) Nos	cuidados	de	saúde	primários.	
O	que	faz	com	que	se	considere	que	o	psicólogo	trabalha	em	psicologia	da	saúde	
é	o	objeto	de	estudo,	a	metodologia	de	investigação,	avaliação	e	intervenção	utilizados	
e	não	somente	o	facto	de	trabalhar	num	contexto	relacionado	direta	ou	indiretamente	
com	a	saúde	e	a	doença.		
	
Recursos	para	estudar	Psicologia	da	Saúde:	
a) Web	of	Science;	B-ON;	
b) Centenas	de	revistas	com	a	palavra	“health”
Mais	as	revistas	de	especialidade,	
por	exemplo:	
a. “Journal	of	Pain”;	
b. “Journal	of	Primary	Prevention”;	
c. “Diabetes	Care”;	
d. “Journal	of	Substance	Abuse	Treatment”;	
e. “Psicologia:	 saúde	 &	 doenças”	 (revista	 da	 Sociedade	 Portuguesa	 de	
Psicologia	da	Saúde);	
f. www.sp-ps.com		
	
Validade	Social	da	Psicologia	da	Saúde:	
A	 Ordem	 dos	 Psicólogos	 Portugueses	 (OPP)	 produziu	 recentemente	 um	
documento	 onde	 apresenta	 evidências	 dos	 benefícios	 em	 termos	 de	 custos	 da	
intervenção	psicológica	nos	cuidados	de	saúde:	
a) Saúde	Mental;	
b) Mas	também	no	controlo	das	doenças:	
a. Doença	cardiovascular;	
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PSICOLOGIA	DA	SAÚDE	
2º	ANO,	2º	SEMESTRE	
APONTAMENTOS	1ª	FREQUÊNCIA	
	
	 11	
b. Doença	oncológica;	
c. Artrite	reumatoide;	
d. Dor	crónica.	
Criou	uma	especialidade	“Psicologia	Clínica	e	da	Saúde”	(Regulamento	n.o	107-A/2016).	
	
Áreas	estratégicas	para	o	futuro	da	Psicologia	da	Saúde	em	Portugal:		
a) Promoção	da	saúde;	
b) Prevenção	e	controlo	de	problemas	de	saúde	prioritários;	
c) Saúde	de	grupos	de	maior	vulnerabilidade;	
d) Comunicação	em	saúde;	
e) Utilização	dos	serviços	e	recursos	de	saúde;	
f) Satisfação	dos	utentes;	
g) Doenças	crónicas;	
h) Humanização	e	qualidade;	
i) Participação	dos	cidadãos	e	da	comunidade.	
	
ADAPTAÇÃO	À	DOENÇA	
• Conteúdos:	
Adaptação	à	doença:	
a) A	doença	como	facto	biológico,	psicológico	e	social;	
b) Modelos	teóricos	de	adaptação	à	doença;	
c) Avaliação	da	adaptação	à	doença.	
	
• Modelos	de	adaptação	à	doença:	
a) Modelo	do	Senso	Comum	de	Autoregulação	da	Saúde	e	Doença	-	Leventhal	et	al.		
b) Estratégias	de	coping	na	adaptação	à	doença	-	Lazarus	e	Folkman		
c) Estratégias	de	coping	na	adaptação	à	doença	-	Moss	e	Schaefer		
	
	
	
	
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PSICOLOGIA	DA	SAÚDE	
2º	ANO,	2º	SEMESTRE	
APONTAMENTOS	1ª	FREQUÊNCIA	
	
	 12	
• Modelo	do	Senso	comum	de	autorregulação	da	saúde	e	doença	–	Leventhal	et	al.:	
Modelo	de	autorregulação	do	comportamento	de	doença	de	Leventhal:	
O	modo	como	os	indivíduos	lidam	com	as	doenças	ou	com	outros	problemas	é	
similar.	O	estado	de	normalidade	equivale	a	estar	saudável.	Este	modelo	é	bastante	
importante	pois	foi	criado	nesta	área	e	não	adaptado	de	outras	e	após	aplicado	a	esta.	
Início	de	doença	=	problema	=	necessidade	de	readquirir	o	estado	de	
normalidade	(saúde).	
	
Diferentes	fases	do	modelo:		
Fase	1	-	Interpretação	/	Representação	cognitiva	e	emocional	da	ameaça	à	saúde.	
Fase	2	-	Coping	/	Plano	de	ação.	
Fase	3.	Avaliação	/	Ponderação.	
	
Quaisquer	 estratégias	 de	 coping	 terão	 de	 estar	 relacionadas	 tanto	 com	 as	
cognições	da	doença,	como	com	o	estado	emocional	do	indivíduo.	
De	 acordo	 com	 Leventhal,	 pode-se	 dar	 sentido	 ao	 problema	 ao	 aceder	 às	
cognições	que	o	indivíduo	tem	acerca	da	doença.	Através	dos	sintomas	e	das	mensagens	
sociais,	estas	representações	dar-lhe-ão	sentido	e	permitirão	ao	indivíduo	desenvolver	
e	considerar	as	estratégias	de	coping.	
A	identificação	do	problema	também	resultará	a	nível	emocional.	A	perceção	do	
sintoma	pode	levar	ao	medo	de	estar	doente	e	ter	de	imediato	a	iniciativa	de	planos	de	
ação	com	o	objetivo	de	voltar	a	sentir-se	bem.	
O	 afeto	 negativo	 (preocupação)	 depende	 da	 presença	 em	 simultâneo	 das	
expetativas	(negativas)	e	dos	sintomas	(input).	
Cognitiva	
	
	
	
	
	
Emocional	
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PSICOLOGIA	DA	SAÚDE	
2º	ANO,	2º	SEMESTRE	
APONTAMENTOS	1ª	FREQUÊNCIA	
	
	 13	
Estímulos	Internos:	
O	ser	humano	está	permanentemente	atento	às	sensações	corporais	de	modo	a	
identificar	todo	o	tipo	de	sintomatologia	que	provoca	desconforto	e/ou	ameaça	o	seu	
equilíbrio.	Exemplo:	dor,	tosse,	náuseas.		
Inicia-se	um	processo	de	autoinquirição.	
	
	
Fase	1.	Interpretação	/	Representação	cognitiva	e	emocional	da	ameaça	à	saúde		
Variabilidade	individual	na	perceção	de	sintomas:	
a) Nível	de	atenção	dispensada	aos	estados	internos;	
b) Humor	(tipos	de	humor);	
c) Cognições	(quanto	maior	tendência	hipocondríaca,	mais	ligam);	
d) Ambiente	(influência	do	meio).	
Mensagens	sociais.	
	
Há	necessidade	de	atribuir	uma	designação	ao	problema,	quer	para	o	próprio,	
quer	para	as	pessoas	à	sua	volta.	Sintomas	correspondem	a	protótipos	de	doenças	–	
construção	social.	Equivalência	entre	sintomas	e	os	protótipos	de	doença.	
Regra	de	Simetria	-	Necessidade	que	o	individuo	tem	para	procurar	uma	resposta	
para	os	 sintomas	que	está	 a	 sentir	 (protótipo	de	doença);	 pode	não	 corresponder	 à	
realidade.	
	
Dimensões	da	representação	da	ameaça/doença:	
a) Sintomas	e	identidade:	
a. Sintomas	e	nome	da	doença.	
b) Tempo:	
a. Duração	esperada	do	sintoma.	
c) Consequências:	
a. Esperadas	em	função	da	doença.	
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PSICOLOGIA	DA	SAÚDE	
2º	ANO,	2º	SEMESTRE	
APONTAMENTOS	1ª	FREQUÊNCIA	
	
	 14	
d) Causa:	
a. Biológica	vs.	Psicológica.	
e) Controlo:	
a. Há	expectativa	de	tratamento.	
	
Vias	da	representação	da	ameaça:	
a) Percetiva:	
a. Experiência	concreta	experienciada	no	corpo.	
b) Semântica:	
a. Representação/conhecimento	abstrato	acerca	da	experiência	concreta		
As	vias	percetivas	e	semântica	interagem.	Processos	bottom-up	e/ou	top-down.	
	
Fase	2.	Coping	/	Plano	de	Ação:	
a) Plano	de	aproximação:	
a. Na	tentativa	de	encontrar	resolução	para	o	problema.	
b) Plano	de	evitamento:	
a. Comportamento	de	negação,	fuga,	afastamento.	
	
Fase	3.	Avaliação:	
a) Estimar	quanto	a	fase	de	coping	foi	bem-sucedida;	
b) Decidir	 se	mantém	 a	 estratégia	 de	 coping	 selecionada	 ou	 se	 opta	 por	 outra	
alternativa.		
	
O	contexto	social:	
O	 ajustamento	 à	 doença	 ocorre	 numa	 cultura	 com	 regras,	 valores	 e	
conhecimentos	(linguagem,	significado	das	doenças,	organização	do	sistema	de	saúde).	
As	 características	 do	 contexto	 social	 interagem	 com	 as	 características	 individuais	 no	
processo	de	adaptação	à	doença.		
As	 três	 fases	 do	 modelo	 estão	 interrelacionadas	 para	 garantir	 o	 retorno	 do	
indivíduo	à	normalidade.	O	modelo	apresenta	vantagens	e	desvantagens.		
	
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PSICOLOGIA	DA	SAÚDE	
2º	ANO,	2º	SEMESTRE	
APONTAMENTOS	1ª	FREQUÊNCIA	
	
	 15	
• Estratégias	de	Coping	na	adaptação	à	doença:	
Modelo	de	Lazarus	e	Folkman	(1984):	
Modelotransacional.
Stress	como	transação	estímulo/resposta.	
“Uma	relação	particular	entre	o	indivíduo	e	o	ambiente	que	é	avaliada	por	este	como	
excedendo	os	seus	recursos	e	ameaçando	o	seu	bem-estar.”		
AVALIAÇÃO	à	aquilo	que	nós	tendemos	a	chamar	como	stressante,	depende	da	
avaliação	que	a	pessoa	faz	da	situação.	
	
Balanço	do	Stress:	
A	avaliação	do	stress	depende	do	balanço	que	nós	fazemos	entre	as	exigências	do	meio	
e	as	estratégias	que	temos	para	lidar	com	essas	exigências.	
	
Quando	as	exigências	correspondem	aos	
recursos	 existentes,	 há	 um	 balanço	
adequado,	o	que	leva	a	uma	ausência	de	
stress	ou	stress	reduzido.	
Quando	 os	 recursos	 existentes	 são	
superiores	 às	 exigências	 necessárias,	 há	
um	 balanço	 desadequado	 de	 stress	
reduzido	e	uma	vida	monótona.	
Quando	 as	 exigências	 necessárias	 são	
superiores	aos	recursos	existentes,	há	um	
balanço	 desadequado	 e	 níveis	 de	 stress	
elevado.	
	
Relação	entre	doença	e	stress:	
Os	 resultados	 das	 investigações	mostram	que	 a	 doença	 é	 uma	 situação	 indutora	 de	
Stress:	
A	doença	em	quase	todos	os	casos	causa	stress	porque	é	avaliada	como:	
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PSICOLOGIA	DA	SAÚDE	
2º	ANO,	2º	SEMESTRE	
APONTAMENTOS	1ª	FREQUÊNCIA	
	
	 16	
a) Dano/perda	(ameaça	à	integridade	física):	Perda	de	um	órgão	(ex.	apêndice),	
perda	de	uma	capacidade	 (ex.	 fala),	ou	de	ambas	 (ex.	útero	e	 capacidade	
reprodutora);	
b) Ameaça:	 Imediata	 (dor	 ou	 imobilidade);	 Demorada	 (perda	 de	 controlo,	
desconhecimento	do	que	pode	acontecer);	Papéis	Normais	(sociais,	laborais,	
familiares,	sexuais).	
	
Não	 é	 necessário	 ter	 uma	 doença	 para	 sentir	 stress,	 sendo	 que	 apenas	 a	
antecipação	da	mesma	já	provoca	stress.	Contudo,	a	doença	aumenta	a	vulnerabilidade	
ao	stress:	em	pessoas	doentes	situações	geralmente	neutras	 tornam-se	 indutoras	de	
stress.	Ex:	Indivíduos	com	diabetes,	quando	sentem	alguma	sensação	diferente	e	dita	
estranha,	calculam	de	imediato	que	esse	estado	pode	dever-se	a	uma	piora	dos	seus	
diabetes.	
A	doença	causa	stress	nos	familiares	da	pessoa	doente,	sendo	que	se	produzem	
alterações	nos	papéis	habituais	dos	elementos	da	família.	Ex:	normalmente	são	os	pais	
que	cuidam	dos	filhos,	mas	no	caso	de	haver	uma	mãe	doente,	o	filho	ajudará	o	pai	a	
tratar	da	mãe.	
	As	consequências	emocionais	do	stress	provocado	pela	doença	são	geralmente	
a	ansiedade	e	a	depressão.	Ansiedade	de	sentirem	a	antecipação	de	poderem	piorar	e	
a	depressão	da	tristeza	que	sentem	por	estar	a	acontecer	isso	com	eles	e	um	medo	de	
perder	a	vida.	
	
Perante	uma	situação	de	doença*:	
Ocorre	 um	 primeiro	 momento	 de	 avaliação	 que	 é	 designada	 por	 Avaliação	
Primária.	
*Em	 comparação	 com	 o	 modelo	 de	 Leventhal	 este	 modelo	 não	 se	 foca	
detalhadamente	na	construção	de	uma	representação	acerca	da	doença.		
	
Avaliação	primária:	
A	avaliação	primária	pode	levar	a	que	se	considere	a	doença	como	uma	situação:	
a) Irrelevante/Neutra:	
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PSICOLOGIA	DA	SAÚDE	
2º	ANO,	2º	SEMESTRE	
APONTAMENTOS	1ª	FREQUÊNCIA	
	
	 17	
a. A	 situação	 é	 avaliada	 como	 sem	 implicações	 ou	 sem	 consequências	
negativas	para	a	pessoa	à	Há	uma	reação	emocional	neutra.	
b) Stressante;	
c) (Positiva).	
	
Avaliação	secundária:	
Tenta	responder	às	seguintes	questões:	
Tenho	recursos	suficientes	para	fazer	face	à	situação?	Quais	são	os	recursos	que	posso	
utilizar?	
	
Será	que	sou	capaz	de	aplicar	esses	recursos?	Será	que	resulta?	
	
A	resposta	a	estas	questões	define	o	modo	como	a	pessoa	vai	lidar	com	a	doença.		
A	diferença	entre	elas	situa-se	no	conteúdo	avaliado:	
a) A	primária	avalia	a	fonte	de	stress;	
b) A	secundária	avalia	os	recursos	para	fazer	face	à	fonte	de	stress.	
	
A	avaliação:	
a) A	avaliação	primária	não	é	mais	importante	do	que	a	secundária;	
b) A	diferença	entre	elas	situa-se	no	conteúdo	avaliado;	
c) A	primária	avalia	a	fonte	de	stresse;	
d) A	secundária	avalia	os	recursos	para	fazer	face	à	fonte	de	stresse.	
	
O	coping:	
Em	que	consiste	o	COPING?		
...representa	os	esforços	cognitivos	e	comportamentais	realizados	pelo	indivíduo	para	
lidar	 com	 exigências	 específicas,	 internas	 ou	 externas,	 que	 são	 avaliadas	 como	
ultrapassando	os	seus	recursos,	i.e.,	que	excedem	os	recursos	adaptativos	do	indivíduo.		
	
a) São	as	respostas	cognitivas	e	comportamentais	perante	uma	situação	stressante;	
b) Trata-se	de	um	processo;	
c) Exige	esforço;	
d) Pode	ser	mediado	por	outras	variáveis	psicológicas	e	sociais.	
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PSICOLOGIA	DA	SAÚDE	
2º	ANO,	2º	SEMESTRE	
APONTAMENTOS	1ª	FREQUÊNCIA	
	
	 18	
O	processo	de	coping	constitui-se	em	uma	mobilização	de	esforços,	através	do	
qual	 indivíduos	 irão	 empreender	 esforços	 cognitivos	 e	 comportamentais	 para	
administrar	 (reduzir,	 minimizar	 ou	 tolerar)	 as	 demandas	 internas	 ou	 externas	 que	
surgem	da	sua	interação	com	o	ambiente.	
	
Tipos	de	coping:	
a) Coping	dirigido	ao	problema;	
b) Coping	dirigido	à	emoção.	
	
Coping	dirigido	ao	problema:	
Respostas	para	lidar	ou	alterar	a	situação	stressante	(a	doença):		
a) Procura	de	informação	especializada	(eg.,	ir	ao	médico);		
b) Instruções	 comportamentais	 para	 lidar	 com	 os	 sintomas	 (eg.,	 colocar	 gelo	
quando	tiver	dor);		
c) Modificar	comportamentos	para	prevenir	a	recidiva	(eg.,	fazer	dieta).		
	
Coping	dirigido	à	emoção:	
Respostas	para	lidar	com	as	resultantes	da	situação	stressante:		
a) Ver	o	lado	positivo;	
b) Regular	as	emoções;	
c) Distanciamento	emocional.		
É	um	coping	paliativo:	
a) A	 pessoa	 sente-se	 melhor	
sem	fazer	nada	para	alterar	
ou	 modificar	 a	 situação	
problemática.		
	
Avaliação	terciária:	
O	que	fiz	para	lidar	com	a	doença	e	com	as	emoções	resultou?	Há	um	controlo	dos	
sintomas?	As	emoções	são	ajustadas	ao	problema?...	E	não	afetam	a	adaptação	ao	
tratamento?	
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PSICOLOGIA	DA	SAÚDE	
2º	ANO,	2º	SEMESTRE	
APONTAMENTOS	1ª	FREQUÊNCIA	
	
	 19	
Se	a	avaliação	não	é	eficaz	e	satisfatória	mantém-se	a	situação	stressante	e	a	
necessidade	de	continuar	a	lidar	(coping)	com	o	problema	(doença)	e	com	as	emoções.		
	
• Estratégias	de	coping	à	doença	–	Moss	e	Schaefer:	
Competências	de	coping:	
a) Coping	centrado	na	Avaliação;	
b) Coping	centrado	no	Problema;
	
c) Coping	centrado	nas	Emoções.
	
	
Coping	centrado	na	avaliação:	
Análise	lógica:	
a) Um	evento	aparentemente	incontrolável	é	dividido	em	partes	controláveis.	
Redefinição	cognitiva:	
a) Aceitação	 da	 realidade	 da	 situação	 e	 redefinição	 da	 mesma	 de	 um	 modo	
aceitável	e	positivo		
Evitamento	cognitivo	ou	negação:	
a) Minimização	do	problema	ou	mesmo	negação.	
Tentativas	para	compreender	a	doença	e	representa	a	busca	de	significado.	
	
Coping	centrado	no	problema:	
Procura	de	informação:	
a) Organização	de	uma	base	de	conhecimentos.	
Começar	a	resolução	de	problemas:	
a) Ações	específicas	e	adequadas	para	resolver	o	problema.	
Identificar	as	recompensas:	
a) Planear	acontecimentos	e	objetivos	que	proporcionem	satisfação	a	curto	prazo.	
Envolve	a	confrontação	e	a	reconstrução	deste	de	modo	que	se	torne	controlável.	
	
Coping	centrado	nas	emoções:	
Regulação	afetiva:	
a) Envolve	o	esforço	para	manter	esperança.	
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https://www.studocu.com/pt?utm_campaign=shared-document&utm_source=studocu-document&utm_medium=social_sharing&utm_content=apontamentos-p-saude-1a-frequenciaPSICOLOGIA	DA	SAÚDE	
2º	ANO,	2º	SEMESTRE	
APONTAMENTOS	1ª	FREQUÊNCIA	
	
	 20	
Descarga	emocional:	
a) Expressão	de	sentimentos	de	raiva,	de	desespero,	de	tristeza.	
Aceitação	resignada:	
a) Implica	a	aceitação	dos	resultados	inevitáveis	da	doença		
Implica	que	o	indivíduo	controle	as	suas	emoções	e	mantenha	o	equilíbrio	emocional.	
	
Doença	e	coping:	
 
Poderá	a	negação	ter	um	efeito	adaptativo?		
a) Numa	fase	inicial	a	negação	pode	ser	útil	para	lidar	com	uma	doença	grave.		
Podemos	optar	por	uma	perspetiva	pragmática	e	avaliar	a	sua	eficácia	em	função	dos	
resultados	esperados	e	dos	resultados	obtidos.	
a) Se	o	coping	ajuda	no	tratamento/adaptação	à	doença,	ou	se	é	esse	o	seu	
resultado	esperado,	então	é	eficaz.	
	
Assim,	de	acordo	com	esta	teoria	de	coping,	com	a	crise	da	doença	física,	os	indivíduos	
avaliam	a	doença	e	usam	depois	uma	diversidade	de	tarefas	adaptativas	e	de	
competências	de	coping	que,	por	sua	vez,	vão	determinar	os	resultados.	
	
• Avaliação	da	adaptação	ao	tratamento:	
Avaliação:	
Técnicas	e	Instrumentos:	
a) Entrevista;	
b) Inventários/questionários:	
a. IPQ-R	–	Revised	Illness	Perception	Questionnaire	(Moss-Moris);	
b. Cope	/	Brief	Cope…	
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PSICOLOGIA	DA	SAÚDE	
2º	ANO,	2º	SEMESTRE	
APONTAMENTOS	1ª	FREQUÊNCIA	
	
	 21	
c) Observação	direta;	
d) Auto-observação.	
	
Avaliação	adaptada	à	doença:	
Será	que	a	pessoa	está	a	adaptar-se	à	doença/tratamento?	
Conhece	a	doença?	
a) A	representação	da	doença	não	corresponde	à	realidade	da	mesma?		
Conhece	o	tratamento?	
a) Julga	que	o	tratamento	pode	ser	gerido	de	uma	forma	que	não	corresponde	ao	
que	realmente	deve	ocorrer?
	
O	que	faz	ajuda	a	lidar	emocionalmente	com	a	doença?		
a) Não	 fala	 com	 os	 outros	 para	 não	 os	 preocupar	 quando	 aquilo	 que	 não	
preocuparia	os	outros	era	que	se	falasse	sobre	a	doença?		
	
Será	que	a	pessoa	está	a	adaptar-se	à	doença/tratamento?		
a) Qual	o	impacto	que	a	doença	teve	na	sua	vida?	
a. Como	alterou	os	seus	hábitos,	interesses,	estilo	de	vida,	etc...		
b) Qual	o	significado	que	a	doença	teve	para	a	pessoa?	
a. “Obrigou-me	a	redefinir	objetivos	de	vida...”;	“agora	sinto	as	coisas	de	
uma	maneira	diferente...”		
	
ADESÃO	AO	TRATAMENTO	
• Conteúdos:	
Adesão	ao	tratamento:	
a) O	comportamento	de	adesão;	
b) Relevância	da	adesão;	
c) Fatores	preditores	da	adesão;	
d) Modelo	da	hipótese	cognitiva	da	adesão	de	Ley;	
e) Avaliação	da	adesão;	
f) Estratégias	que	promovem	a	adesão	ao	tratamento.	
	
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PSICOLOGIA	DA	SAÚDE	
2º	ANO,	2º	SEMESTRE	
APONTAMENTOS	1ª	FREQUÊNCIA	
	
	 22	
• Adesão:	
Em	que	consiste:	
Medida	 em	 que	 o	 comportamento	 de	 um	 indivíduo	 (tomar	 a	 medicação	
prescrita,	seguir	a	dieta	e/ou	mudar	o	estilo	de	vida)	corresponde	às	recomendações	de	
um	profissional	de	saúde.		
	
	
	
Adesão	–	Biopsicossocial;	relação	similar;	relação	contratual.	
Cumprimento	–	Biomédico;	autoridade	–	profissional;	submisso	–	paciente.	
Diferenças:	tipo	de	relação	entre	o	profissional	e	o	doente;	grau	de	responsabilidade	
atribuído	pelo	resultado.	
	
Cumprimento	de	adesão	dependem	do	padrão	de	comunicação	subjacente:	
Relacionamento	mítico	(Cumprimento)		 Relacionamento	contratual	(Adesão)		
o Dependência	afetiva;	
o Estatuto	social	e	científico;	
o Autonomia	afetiva;	
o Contrato	 que	 define	 as	 funções	 do	
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PSICOLOGIA	DA	SAÚDE	
2º	ANO,	2º	SEMESTRE	
APONTAMENTOS	1ª	FREQUÊNCIA	
	
	 23	
o Dependência	 das	 explicações	 do	
médico;	
o Permeabilidade	à	influência	do	médico.	
	
Os	médicos	consideram	“bom	doente”		
aquele	que	se	apoia	no	primado	da		
relação	mítica.	
(Joyce-Moniz	&	Barros,	2005,	p.199)		
cuidador;	
o Reação	crítica;	
o Co-construção	 de	 significados	 (o	
cuidador	 explicita	 as	 sugestões	 que	
são	negociadas	com	o	doente).	
	
	
Relevância:	
a) Progressão	da	doença;	
b) Efeitos	secundários	da	doença;	
c) Baixa	qualidade	de	vida;	
d) Menor	taxa	de	sobrevivência;	
e) Problemas	psicossociais;	
f) Subaproveitamento	dos	recursos	do	sistema	de	saúde;	
g) Impacto	económico;	
h) Morte.	
	
Se	for	o	diagnóstico	incorreto	e	não	aderir,	é	bom	resultado.	
	
O	panorama:	
Entre	46%	e	61%	das	vezes,	os	pacientes	com	intenção	de	seguir	o	tratamento,	
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PSICOLOGIA	DA	SAÚDE	
2º	ANO,	2º	SEMESTRE	
APONTAMENTOS	1ª	FREQUÊNCIA	
	
	 24	
não	o	seguem.	A	adesão	é	superior	em	doenças	agudas.	A	adesão	é	de	cerca	de	50%	em	
doenças	crónicas,	no	entanto,	tende	a	diminuir	a	partir	dos	6	meses	de	tratamento.		
a) A	dieta	não	é	cumprida	em	51%	das	vezes;	
	
b) O	exercício	físico	não	é	cumprido	em	51%	das	vezes;	
c) 20-30%	falha	o	cumprimento	de	tratamentos	curtos;	
d) 30-40%	falha	se	o	regime	é	de	caráter	preventivo;	
e) Somente	55%	dos	doentes	adere	aos	tratamentos	para	processos	crónicos.		
Em	metade	dos	tratamentos	prescritos	não	há	adesão	(Brannon	&	Feist,	2001).	
	
Preditores:	
Preditores	de	Adesão:	
a) Fatores	relacionados	com	os	profissionais	de	saúde:	
a. Comunicação	verbal;	
b. Caraterísticas	do	profissional	de	saúde.	
b) Fatores	relacionados	com	o	paciente;
	
c) Fatores	relacionados	com	a	doença	e	o	tratamento;		
d) Fatores	relacionados	com	a	prevenção.		
	
Fatores	relacionados	com	os	profissionais	de	saúde:	
Comunicação	verbal:	
Falta	de	comunicação	é	o	melhor	preditor	-	Menos	comunicação	significa	menor	adesão.	
Médicos:	
a) Procuram	informação	sobre	sintomas;	
b) Prestam	menos	atenção	a	dimensões	emocionais:	
a. Pode	ser	interpretado	como	falta	de	preocupação.	
Os	pacientes	consideram	que	os	médicos	prestam	pouca	informação	sobre	como	
modificar	 o	 estilo	 de	 vida,	 quando	 surge	 essa	 necessidade.	 Quando	 prestam	 essa	
informação	dão	pouco	suporte	à	mudança	comportamental.		
	
	
	
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PSICOLOGIA	DA	SAÚDE	
2º	ANO,	2º	SEMESTRE	
APONTAMENTOS	1ª	FREQUÊNCIA	
	
	 25	
Caraterísticas	do	profissional	de	saúde:	
Mais	adesão	quando	o	médico:	
a) Tem	atitude	calorosa,	amistosa	e	preocupada	com	o	bem-estar	do	paciente;	
b) Estabelece	contacto	visual,	sorri	e	é	bem-humorado.	
Menos	adesão	quando	o	médico:	
a) Tem	uma	atitude	autoritária;	
b) Não	considera	a	opinião	dos	doentes	no	momento	de	tomar	decisões.	
Para	melhorar	a	adesão:		
a) O	médico/profissional	de	saúde	deve:
	
a. Considerar	 o	 doente	 como	 um	 todo,	 atendendo	 também	 às	 variáveis	
emocionais;		
b. Adotar	 um	 estilo	 de	 relação	 contratual	 e	 treinar	 competências	
relacionais;		
c. Indicar	informação	comportamental	para	adesão;		
d. Confirmar	e	valorizar	as	mudanças	conseguidas.	
	
Fatores	relacionados	com	o	paciente:	
	
Os	 estereótipos	 do	doente	 em	 relação	 às	 significações	 do	médico	podem	 ser	
determinantes	na	adesão	(Joyce-Moniz	&	Barros,	2005).		
	
Características	Pessoais:	
a) Idade;	
b) Sexo;	
c) Apoio	Social;	
d) Personalidade;	
e) Crenças.	
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PSICOLOGIA	DA	SAÚDE	
2º	ANO,	2º	SEMESTRE	
APONTAMENTOS	1ª	FREQUÊNCIA	
	
	 26	
Para	melhorar	a	adesão:		
a) Implicar	pessoas	significativas	no	tratamento;	
b) Diminuir	a	instabilidade	emocional;	
c) Aumentar	a	perceção	de	autocontrolo	sobre	a	doença.	
	
Fatores	relacionadoscom	a	doença	e	o	tratamento:	
Gravidade	da	doença:	
Ao	contrário	do	que	seria	de	esperar	não	há	relação	direta	entre	gravidade	da	
doença	e	cumprimento	das	prescrições:	
a) Quando	a	avaliação	é	feita	pelo	médico.	
No	entanto,	a	gravidade	da	doença	avaliada	pelo	doente	e	a	dor	associada	 já	
prediz	a	adesão.	A	adesão	é	maior	quando	os	pacientes	se	sentem	mais	ameaçados	e	
acreditam	na	eficácia	do	tratamento:	
a) A	adesão	depende	da	avaliação	de	ameaça	em	combinação	com	a	avaliação	
de	eficácia	do	tratamento.	
	
Características	do	tratamento		
a) Complexidade;	
b) Duração;	
c) Múltiplos;	
d) Efeitos	retardados;	
e) Efeitos	secundários.	
	
Fatores	relacionados	com	a	prevenção:	
	
	
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PSICOLOGIA	DA	SAÚDE	
2º	ANO,	2º	SEMESTRE	
APONTAMENTOS	1ª	FREQUÊNCIA	
	
	 27	
Avaliação:	
	
Modelos	psicológicos	da	adesão:	
Modelo	da	hipótese	cognitiva	de	adesão	de	Ley:	
Ley,	1981,	1989.	
Modelo	 da	 hipótese	 cognitiva	 da	
adesão	 defendendo	 que	 esta	 se	 podia	
prever	 através	 da	 combinação	 da	
satisfação	do	doente	em	relação	à	consulta	
com	a	compreensão	da	informação	dada	e	
a	capacidade	de	recordar	essa	informação.	
Compreensão:	
a) Conhecimentos	de	anatomia;	
b) Causas	da	doença;	
c) Gravidade.	
Estudos	 realizados	 indicam	 que	 os	 doentes	 não	 possuem	 informação	 e	
conhecimento	acerca	dos	mecanismos	que	explicam	a	doença.	Não	compreender	o	que	
está	subjacente	à	doença	limita	a	adesão	ao	tratamento.	
	
Memória:	
a) Entre	 22%	 e	 37%	 das	 pessoas	 esquecem	 os	 procedimentos	 associados	 ao	
tratamento;	
b) Nome	do	tratamento;	
c) Dose;	
d) Duração.	
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PSICOLOGIA	DA	SAÚDE	
2º	ANO,	2º	SEMESTRE	
APONTAMENTOS	1ª	FREQUÊNCIA	
	
	 28	
Alguns	estudos	sugerem	que	a	memorização	não	depende	somente	da	idade.	A	
informação	memorizada	depende:		
a) Ansiedade;	
b) Competências	intelectuais;	
c) Conhecimentos	médicos;	
d) Da	comunicação	do	médico;	
e) Efeito	da	primazia;	
f) Afirmações	do	médico.	
	
Satisfação:	
a) Afeto	(e.g.,	apoio	emocional);	
b) Comportamento	(e.g.,	explicações/informação);	
c) Competência	(e.g.,	diagnóstico).	
Alguns	estudos	indicam	que	a	satisfação	com	a	consulta	melhora	a	adesão.	
	
Intervenientes:	
	
Estratégias	para	melhorar	a	adesão:	
Uma	possível	solução	para	estes	problemas	será	evitar	as	prescrições	na	primeira	
consulta,	outra,	bem	menos	radical,	poderá	comportar	uma	melhor	informação	sobre	a	
prescrição,	propondo,	por	exemplo,	uma	sequência	temporal	(calendário)	para	integrar	
os	diferentes	medicamentos	e	a	doses	indicadas	em	casa	caso.	
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PSICOLOGIA	DA	SAÚDE	
2º	ANO,	2º	SEMESTRE	
APONTAMENTOS	1ª	FREQUÊNCIA	
	
	 29	
“A	estratégia	mais	adequada	para	assegurar	a	adesão	ao	tratamento	é	o	fornecimento	
[comunicação]	de	informação”	(Joyce-Moniz	&	Barros,	2005).		
	
	
	
Simplificar:	
a) Dividir	uma	prescrição	complexa	e/ou	longa	em	partes.	
Especificar:	
a) Utilizar	indicações	específicas.	
Realçar	o	mais	importante:	
a) Comunicar	o	mais	importante	no	início	e	no	fim.	
Repetir	 a	 informação	 e	 pedir	 ao	 paciente	 que	 a	 repita.
Explicitar	 a	 importância	 da	
adesão.
Apresentar	a	informação	por	escrito	e	com	recurso	a	materiais.	
	
O	 esquecimento	 do	 estabelecido	 será,	 contudo,	 a	 razão	 mais	 frequente	 do	
incumprimento	da	prescrição	de	medicamentos,	principalmente	quando	diz	respeito	à	
medicação	complexa.	
	
Folhas	 de	 registo	 da	
medicação:	
Planeamento	 da	
medicação:	
Monitorização:	
	 	 	
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PSICOLOGIA	DA	SAÚDE	
2º	ANO,	2º	SEMESTRE	
APONTAMENTOS	1ª	FREQUÊNCIA	
	
	 30	
Feedback	 imediato;	 maior	 facilidade	 de	 ajustamento;	 acompanhamento	
familiar;	cumprimento	de	horário;	importante	para	a	avaliação	do	tratamento	permite	
ao	paciente	ter	um	melhor	conhecimento	da	sua	participação	na	adesão.	
	
A	informação	escrita:	
Numa	 meta-análise,	 em	 90%	 dos	 estudos,	 a	 informação	 escrita	 sobre	 a	
medicação:	
a) Aumenta	os	conhecimentos	dos	doentes;	
b) Aumenta	o	grau	de	adesão	em	50%;	
c) Aumenta	os	resultados	em	57%.	
Recomenda-se	que	a	prescrição	seja:		
a) Escrita	e	se	utilize	ilustrações	no	esquema	de	prescrição	(Ogden,	2004).	
	
Perícias	básicas	de	comunicação	do	médico:	
(Corney,	2000;	Ribeiro,	2005)		
a) Escutar	e	observar	o	comportamento	do	doente;	
b) Ter	uma	atitude	empática	e	compreensiva:	
a. Pode	ser	treinado;	
b. Colocar-se	no	lugar	do	outro;	
c. Não	julgar	nem	criticar.	
	
Estratégias	comportamentais:	
Exemplo:	Auto-monitorização:	
a) Aderir	ao	tratamento	significa	controlo	sobre	um	comportamento	prescrito;	
b) A	auto-monitorização	pode	ser	reforçada	para	aumentar	o	autocontrolo;	
c) Associação	entre	autoavaliação,	autorreforço	e	autocontrolo:	
a. Quando	há	reforço	pela	adesão,	o	autocontrolo	é	também	reforçado:	
i. Aumenta	a	adesão;	
ii. Ensinar	a	reforçar	a	adesão	com	autoinstruções.	
d) É	necessário	definir	autorreforços	e	treinar	a	autoinstrução.	
	
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PSICOLOGIA	DA	SAÚDE	
2º	ANO,	2º	SEMESTRE	
APONTAMENTOS	1ª	FREQUÊNCIA	
	
	 31	
É	a	metodologia	mais	utilizada	para	controlar	este	problema	e	também	a	que	
apresenta	 formas	 mais	 variadas	 de	 aplicação.	 Deste	 modo,	 há	 quem	 recorra	 à	
memorização	de	um	plano	de	medicação,	para	se	lembrar	de	tomar	os	medicamentos	
no	momento	indicado.	
Exemplo:	Programação	de	contingências:	
a) Sistema	de	reforços	que	premeiam	a	adesão	e	que	punem	a	ausência	de	adesão:	
a. Adesão	nos	tratamentos	das	dependências:	
i. Quando	é	mantida	a	abstinência,	a	pessoa	ganha	mais	autonomia;	
ii. Quanto	é	quebrada	a	abstinência,	é	 retirada	a	possibilidade	de	
gerir	o	seu	tratamento.	
Também	poderá	ser	aplicado	ao	cumprimento	da	toma	de	medicamentos	ou	de	
outros	tratamentos,	integrando	as	prescrições	nos	hábitos	e	nas	atividades	rotineiras	do	
paciente.	A	maior	vantagem	destas	metodologias,	por	vezes	integradas	nos	modelos	de	
aprendizagem	de	aptidões	de	confronto,	reside	no	facto	de	requererem	ao	paciente	um	
envolvimento	ativo	na	sua	conceção	e	execução.	
	
Em	síntese:	
a) Aderir	 ao	 tratamento	 significa	 cumprir	 de	 modo	 ativo	 as	 prescrições	 dos	
profissionais	de	saúde,	 sendo	que	estas	podem	ser	negociadas	 se	existir	uma	
conceção	da	relação	entre	médico	e	paciente	do	tipo	contratual;	
b) A	não-adesão	tem	custos	a	nível	individual,	familiar,	social,	económico;	
c) A	adesão	depende	de	múltiplos	fatores;	
d) Esses	fatores	podem	ser	alvo	de	intervenção	no	sentido	de	melhorar	a	adesão.		
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