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28 UNIDADE 2 A COMUNICAÇÃO Caro(a) Aluno(a) Seja bem-vindo(a)! Nesta unidade vamos trabalhar com a comunicação. Na primeira parte, ou seja, no capítulo três, você terá a oportunida- de de ver o processo de comunicação e no seguinte o planejamen- to da organização da comunicação para os objetivos aos quais se intenciona. A sociedade da contemporaneidade é a sociedade da comu- nicação e esta habilidade é requerida nos tempos atuais cada vez mais. Por mais que se faça em termos de tentar uma comunicação eficiente, sempre haverá ruídos, portanto aqui está o desafio: esti- mular a boa comunicação, dando o melhor de si. 29 CAPÍTULO 3: O PROCESSO DE COMUNICAÇÃO O PROCESSO DE COMUNICAÇÃO 30 O dicionário Houaiss define a comunicação como: “ação de transmitir uma mensagem e, eventualmente, receber outra men- sagem como resposta.” A partir desta definição podemos constatar que a comunicação não tem sentido se não chegar ao outro de for- ma clara e objetiva. Ou seja, a pessoa para a qual se fala deve en- tender exatamente o que você disse, e não outra coisa além disso. Num detalhamento da definição, ainda segundo o dicionário Houaiss, a comunicação é um “processo que envolve a transmissão e a re-cepção de mensagens entre uma fonte emissora e um destinatário receptor, no qual as informa- ções, transmitidas por intermédio de recursos físicos (fala, audição, visão, etc) ou de aparelhos e dispositivos técnicos, são codificadas na fonte e decodificadas no destino com o uso de sistemas convencionados de signos ou símbolos sonoros, escritos, iconográficos, gestuais, etc. (Houaiss - https://houaiss.uol.com.br/pub/apps/www/ v3-3/html/index.php#1)” A comunicação é fundamental para o ser humano e para que as relações, a cultura, as organizações e instituições sobrevivam. Para que a comunicação possibilite a sobrevivência dessas relações ou instituições, é necessário interação inter e intrapessoal. Só atra- vés dessa interação o processo de comunicação se torna factível. Seja no mundo do trabalho, dos estudos, das famílias, da cultura, economia ou crenças. Para tanto, é preciso entender a importância da comunica- ção nas nossas vidas e desenvolvê-la de maneira mais eficaz, ou O PROCESSO DE COMUNICAÇÃO 31 seja, de modo que o nosso interlocutor compreenda a mensagem que emitirmos. Uma mensagem mal comunicada pode gerar danos irrever- síveis. Um desses danos pode ser deflagrado pelo medo ou falta de confiança. As pessoas de uma empresa, por exemplo, nem sempre são propensas a confiar ou acreditar umas nas outras. Por conse- quência, pode ser que o medo de dizer a coisa errada ou di- zer de maneira errada imobilize as pessoas ou não favoreça a eficácia na comunicação. Por isso, o líder deve sempre deixar claro que errar é consequência de uma tentativa de trabalho bem feito. É melhor a pessoa tentar e errar, e o melhor dos mundos é aprender com o erro, do que não ter feito nada a respeito. Mas nesse caso, como você amenizaria ou evitaria uma situação dessas? Algo com- plexo, não? Bem, certamente sua opinião considerou pensar que o medo de dizer a coisa errada ou dizer de maneira errada está vinculado ao papel do líder que, por meio das relações interpessoais, pode identificar nos liderados as características pessoais ou necessida- des que devem ser consideradas especialmente no quesito comu- nicação. Se a mensagem chegou a seu destino adequadamente, as chances de sucesso aumentam. Portanto promover um ambiente de acolhimento e de abertura no qual as pessoas sintam-se bem para perguntarem quando não entenderem é fundamental. Nesses casos, todos saem ganhando: líder e liderados. Acrescente-se a essa situação o fato de que a dúvida de uma pessoa pode muito bem representar a dúvida de outra mais introvertida e que não per- guntaria por timidez. Até aqui, já tratamos um pouco sobre mensagem, emissor e receptor. Agora vamos tratar de simplificar as mensagens! Sim, O PROCESSO DE COMUNICAÇÃO 32 isso mesmo, simplificando mensagens podemos atingir mais rapi- damente nossos objetivos. A comunicação quando falha, pode levar a consequências de- sastrosas e até prejuízos materiais e imateriais, portanto, a palavra da vez é que a comunicação seja o mais eficaz possível! Para ser eficaz a comunicação precisa estabelecer um certo padrão, por exemplo, dentro de determinada organização. Ou seja, o truque é que todos na organização sigam o mesmo tipo de men- sagens de forma completa e concisa. Dessa maneira, a comunica- ção, ou o discurso estarão livres de ruídos ou falhas. Outra maneira de se evitar falhas na comunicação é garantir que todos na organização compreendem os significados dos ter- mos técnicos ou não técnicos, mas que não mais utilizados. Muitas vezes, palavras técnicas geram dificuldades no entendimento da mensagem ou podem até ocasionar uma dupla interpretação ou equívoco. Quando a comunicação está sendo utilizada numa formação é preciso garantir que todos os participantes estejam compreen- dendo as mensagens e que estejam acompanhando os materiais que compõem as formações, como por exemplo, material impresso ou mesmo internet. A mais eficaz maneira de se tentar garantir uma boa comuni- cação é a divisão do assunto em pequenos trechos e evitar o uso de linguagem rebuscada ou muito complicada. Porém, a linguagem técnica, algumas vezes precisa fazer parte do cotidiano das organi- zações. Nessas situações é interessante que o líder ou o formador desenvolvam e disponibilizem um glossário de fácil entendimento e ágil manuseio. Aliado a isso é preciso que as mensagens sejam bem claras, objetivas e sem dupla interpretação. O PROCESSO DE COMUNICAÇÃO 33 Falamos bastante do emissor da mensagem, do receptor e um pouco da mensagem em si e agora vamos nos ocupar de possíveis falhas na comunicação, para tentar identificá-las e evitá-las, certo? As falhas na comunicação precisam ser devidamente trata- das, pois podem impactar negativamente ou gerar sérios proble- mas. Se há falhas na comunicação, estas devem ser rápida e efi- cazmente resolvidas para que cessem os impactos negativos e se retomam a normalidade. Quando não se resolvem os problemas de comunicação podem levar até a perdas de lucro significativas, além de abalar a credibilidade da organização, por exemplo. Portanto, é extremamente necessário que se reconheçam os problemas para que sejam resolvidos e que as situações voltem ao controle. Uma falha importante é a na comunicação completa. Ou seja, se na comunicação há respostas concisas e rápidas demais, em mensagens de texto, e-mail, despachos, os detalhes importan- tes podem ser perdidos, ignorados ou simplesmente incompreen- didos pelo receptor da mensagem. É dessa maneira que responder com um “sim” ou mesmo um “ok” a um e-mail que tem várias perguntas vai gerar dúvidas e deixar as coisas nada claras para quem recebe a resposta! O “ok” é ainda mais grave, pois pode deixar o receptor ainda mais perdido. Vamos refletir um pouco. O que você poderia fazer para so- lucionar essa questão? Como você está se colocando no lugar do líder e está no comando da situação de gestor, certamente uma possibilidade para evitar ruídos na sua comunicação, pensou que, ao terminar de escrever o e-mail, deve retomá-lo e ler a resposta se fazendo as seguintes perguntas: “Respondi a cada pergunta que me foi feita?” “O leitor de minhas mensagens terá dúvidas ou eu me fiz compreender?” O PROCESSO DE COMUNICAÇÃO 34 Agindo dessa forma cuidadosa, você estará de fato ganhando tempo, uma vez que agiliza a comunicação e não trava as atividades e tarefas dos liderados tentando entender o que você quis dizer. Outra significativa falha na comunicação que leva a grandes prejuízos também, é achar que há alguém cuidando do “processo”, executando a “tarefa”. Quando todos pressupõem que alguém está cuidando do trabalho, o trabalho inevitavelmente é negligencia- do e deixado de lado. Conhece aquele ditado que diz: “Cachorro de muitos donosmorre de fome”? Pois é, se cada dono acha que o outro colocou comida para o cachorro, as chances de nenhum colocar comida para o cachorro são grandes.... No momento que as consequências começam a surgir, as pessoas passam a culpabilizar uns aos outros pelos erros e danos, culpas, prazos perdidos, etc. Neste caso, o que você sugeriria? Tenho quase certeza que uma saída que você pensou foi na definição de papéis dentro do grupo, uma vez que em qualquer dinâmica de grupo é importante definir papéis e deixar bem clara a função de cada integrante do grupo, até para quem fará a síntese ao final da discussão ou debate. Muitas vezes nem é necessária uma reunião para essa definição de papéis, certo? Sei que você já deve ter enviado um mesmo e-mail para toda a sua equipe, distribuindo as tarefas e responsabilidades, assim como os prazos e resultados esperados com cópia para todos os integrantes. Concentração no que está fazendo ao escrever um e-mail ou um recado para outra pessoa é o caminho mais seguro para se evi- tar uma forma verbal ou escrita equivocada. A cada escrita ou fala é pertinente você fazer uma autoavaliação e verificar se não está exagerando nos sentimentos, emoções ou reações desnecessárias, agindo com mágoa ou ressentimentos. O PROCESSO DE COMUNICAÇÃO 35 Para se evitar esse equívoco com certeza você verifica o con- teúdo, a ortografia, a concordância, a gramática e até as palavras, cuidadosamente escolhidas... A ferramenta mais adequada como meio de comunicação deve ser considerada igualmente, pois se em determinada situa- ção o e-mail é a ferramenta mais adequada, em outra situação, o telefone ou mesmo uma reunião a portas fechadas pode ser a me- lhor saída.
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