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GED Partes dos Neurônios Corpo celular Contém núcleo, citoplasma, mitocôndria, É onde que se produz o sinal elétrico (ou seja, o potencial de ação). Dentritos Dentritos ("dedinhos” que se ligam a outros neurônios - porção de recebimento de informações do neurônio). Axônios É por onde que o sinal viaja. A extensão pode variar de 0,2 cm até 2 metros. Neuróglia Divide-se: astrócitos, oligodendrócitos, micróglia e ependimarias. Suporte dos neurônios; Envolve as sinapses, isolando-as. Sustentação e isolamento de neurônios. Controle dos níveis de potássio, mantém a baixa concentração extracelular. Formam uma barreira hematoencefálica. Astrócitos São responsáveis pela formação da bainha de mielina em axônios do sistema nervoso central. Oligodendrócitos Removem células mortas, detritos e microrganismos invasores. Papel central na resposta imune do SNC (aumentam em caso de lesão ou inflamação). Está relacionada à neurodegeneração das doenças de Parkinson e Alzheimer. Micróglia O LCS é produzido, a partir do sangue, pelas células ependimárias que cobrem os plexos corióideos dos ventrículos. Ependimária Não propagam nem geram impulsos Neurotransmissores Neurotransmissores são substâncias químicas produzidas pelos neurônios, que enviam informações para outras células neurais. Glutamato: excitatório (é o mais produzido). GABA: inibitório (segundo mais produzido). Neurotransmissores são diferentes de hormônios. Os hormônios são substâncias químicas mensageiras, com funções específicas, que são produzidas por glândulas e que passam pelo sistema sanguíneo. Outros neurotransmissores O cérebro muda à medida que interage com o ambiente. Toda a experiência que o indivíduo tem de vida afeta o cérebro. Graças às alterações morfológicas que nós conseguimos nos adaptar ao ambiente. O cérebro muda com base nas experiências. Toda experiência que passamos modifica o padrão de sinapses nervosas. Ambiente rico em estímulo estimula a comunicação entre os neurônios. A neuroplasticidade também está envolvida nas células da neuróglia, que dá suporte neuroquímico para que o neurônio funcione bem. O ambiente influencia em mudanças no padrão dos neurônios, nas células da neuróglia, e na vascularização. A janela de oportunidade até os 3/4 anos, onde é mais intensa, mas dura a vida toda. É a capacidade do cérebro reorganizar as suas vias neurais com base em novas experiências. Neuroplasticidade Epilepsia Na epilepsia há confusão eletroquímicas nos neurônios motores, o que faz que a pessoa tenha contrações musculares por conta do estímulo no próprio córtex cerebral (excesso de glutamato ou falta de GABA - inibitório) Tipos de Epilepsia Crises Epilépticas é diferente de Epilepsia. Crise epiléptica: forma mais extrema de atividade encefálica sincrônica. Crise Generalizada: envolve todo o córtex cerebral de ambos os hemisférios: Tônico-clônica: tem 2 fases principais, na fase tônica há perda de consciência, o paciente cai, o corpo se contrai e enrijece. Já na fase clônica o paciente contrai e contorce as extremidades do corpo perdendo a consciência que após a crise vai voltando. Todos os grupos musculares podem ser estimulados. Há, ainda, as crises de ausência, onde há a perda da consciência por menos de 30 segundos. Os sinais motores são muito sutis, como pálpebras trêmulas e contorção da boca. Tipos de Epilepsia Crise focais (ou parciais): envolve somente uma área circunscrita do córtex (embora se inicie apenas em um local, essas crises podem ter generalizações secundárias). Se iniciar em uma pequena área do córtex motor, podendo causar movimentos clônicos de parte de um membro. Se iniciar em uma área sensorial, pode causar uma sensação anormal, como odores ou luzes cintilantes (aura). Se for no córtex temporal (principalmente hipocampo e amígdala), pode prejudicar a memória, pensamento e consciência. Epilepsia: O indivíduo apresenta crises espontâneas repetidas. # Durante as crises os padrões de EEG apresentam grande amplitude. Memória A informação fica armazenada em estruturas neuronais p/ ser recuperada posteriomente. O armazenamento dos traços de memória (engramas) ocorre difusamente nos hemisférios. Temporária, pela manipulação da informação. Servindo para que operações mentais sejam realizadas no decorrer de sua coleta ou recoleta. Processamento pelo córtex préfrontal dorsolateral bilateral e orbitofrontal. Memória de operacional Faculdade da mente pelo qual é codificada, armazenada e processada. Permite que o indivíduo se lembre da conotação emocional de um dado estímulo. Amígdala, hipocampo e nucleus acumbens. Memória Emocional Memória Àquelas as quais não se pode ter um acesso consciente. Desempenho cognitivo e motor. Processamento e o armazenamento da memória implícita ocorrem nos núcleos basais. Memória Implicita (memórias não declarativas) Memórias explícitas referem-se àquelas as quais o indivíduo pode ter acesso conscientemente. ex.: episodica e semantica (fatos gerais). O circuito de Papez desempenha um importante papel no armazenamento da memória explícita. Memória declarativa (explicita) Funções executivas As funções executivas correspondem a um conjunto de habilidades que, de forma integrada, permitem ao indivíduo direcionar comportamentos a metas, avaliar a eficiência e a adequação desses comportamentos, abandonar estratégias ineficazes em prol de outras mais eficientes e, desse modo, resolver problemas imediatos, de médio e de longo prazo. Funções executivas Nucleares Memória operacional: é nossa capacidade de reter uma quantidade de informação na mente no período de curto prazo, e sequenciar essa informação trabalhando com ela. Permite raciocinar, manter o foco, se concentrar e resolver problemas. Controle inibitório: capacidade de resistir a uma forte inclinação para fazer algo e, ao invés de ceder a essa inclinação, fazer o que é mais adequado ou necessário faz com que possamos resistir ao primeiro impulso, de modo a não fazer algo de que nos arrependeríamos. Flexibilidade Cognitiva: capacidade de se manter atualizado e ser flexível para aprender informações novas e de diferentes áreas. Estresse É uma resposta do sujeito com componentes cognitivos, emocionais e fisiológicos diante de uma situação percebida como ameaçadora (estressor). Tal sistema de resposta emergencial parece muito funcional e adaptativo quando os estressores são efêmeros e são percebidos como desafios em vez de ameaças. Nesses casos, eles podem ter efeitos positivos. Estresse A ativação prolongada da resposta ao estresse, ou seja, o aumento prolongado da produção de catecolaminas (noraadrenalina, adrenalina e dopamina) e os glicocorticoides (anti-inflamatórios esteroidais sintetizados a partir do cortisol) levam a consequências prejudiciais ao danificar o sistema imunológico, exacerbando a inflamação, aumentando a produção de mediadores inflamatórios. Ou seja, quando sobrecarrega nossos recursos de enfrentamento, o estresse pode prejudicar nossa saúde. Sistema endocrino no estresse Eixo simpato-adreno-medular (SAM): A resposta inicial de ação rápida do corpo ao estresse, envolvendo a liberação de adrenalina e noradrenalina da medula adrenal, sob ordens do sistema nervoso simpático. Eixo hipotálamo-hipófise-adrenal (HAA ou HPA): Resposta retardada do corpo ao estresse, envolvendo a secreção de hormônios corticosteroides do córtex adrenal. Sistema endocrino no estresse Sono Por que dormimos? Economia de energia, manutenção do corpo, consolidação da memória, gravar e destruir as suas memórias. Consolidação da memória acontece no sono REM (corpo paralizado e movimento rápido dos olhos) Fases do sono Sem movimentos oculares rápidos (NREM) 4 etapas em grau crescente de profundidade, os estágios I, II, III e IV. No sono NREM, há relaxamento muscular comparativamente à vigília, porém, mantém-se sempre algum tônus basal (estado parcial de contração de um músculo em repouso). Com movimentos oculares rápidos (REM/sono paradoxal/sonodessincronizado) sono profundo de dificil despertar alta ativação cortical padrão eletrencefalográfico que se assemelha ao da vigília. atonia muscular Movimento rápido dos olhos Sonhos Alguns dos seus aspectos bizarros dos sonhos são vistos como associações e memórias do córtex cerebral, causadas por descargas aleatórias da ponte durante o sono REM. Os neurônios da ponte, via tálamo, ativam várias áreas do córtex cerebral, suscitam imagens ou emoções bem conhecidas, e o córtex, então, tenta sintetizar as imagens disparatadas em um todo sensato. Por isso, o produto é estranho ou sem sentido, pois é disparado por atividade semialeatória da ponte. Durante o sono não REM, são raros os sonhos detalhados, irracionais e elaborados. Normalmente, as pessoas relatam lembrar apenas pensamentos plausíveis breves, fragmentados, com poucas imagens visuais. Fases do sono Acordado: 30Hz Leve: de 5 a 10 min (4 a 12 Hz - 70% menos) Moderado: 4 a 7 Hz, meditação Profundo: de 20 a 30 minutos (dist. da consciência) REM: 30 Hz Arquitetura do sono Na primeira metade da noite, ocorre sono de ondas lentas, estágios III e IV, em alternância com os demais estágios, Porém, o sono delta, III e IV, tende a não mais ocorrer na segunda metade da noite e no amanhecer, quando há alternância entre os estágios I, II e REM, especialmente nos adultos. Arquitetura do sono O sono REM ocorre de forma cíclica durante a noite a cada 90–120 min. Períodos breves de vigília ocorrem de modo intermitente. ciclo de sono tipico em adultos Arquitetura do sono O sono REM ocorre de forma cíclica durante a noite a cada 90–120 min. Períodos breves de vigília ocorrem de modo intermitente. ciclo de sono tipico em adultos Drogas Depressoras: Diminuição da atividade motora, da reatividade à dor e da ansiedade. Psicoestimulantes: Agem no SNC, bloqueiam os transportadores de noradrenalina e dopamina. Aumenta a liberação e a concentração desses neurotransmissores. Alucinógenos (Perturbadoras): Facilita a transmissão de serotonina. Provocam alucinações, distorcem e intensificam as sensações, distorcem o tempo. Drogas Cocaína se liga aos transportadores de dopamina (DAT), serotonina (5-HTT) e noradrenalina, bloqueando o transporte. Ação sobre o sistema dopaminérgico. Álcool Facilita a atividade do neurotransmissor GABA nas sinapses, inibindo centros de desprazer (menor ansiedade), Facilita a atividade do neurotransmissor dopamina (estimulando centros de recompensa). Maconha Ativação de receptores canabinóides. Opiodes se conectam a receptores no tálamo e nas células na parte posterior da medula espinal. LSD interfere no mecanismo de ação da serotonina, facilita a transmissão de serotonina. Efeitos psicologicos das drogas Cocaína: Agudos: Euforia, prazer, autoconfiança, ansiedade, paranoia Crônicos: depressão, humor alterado, insônia, psicose Álcool: Agudos: Euforia, prazer, autoconfiança, desatenção, amnésia, baixa capacidade para julgamento, instabilidade emocional. Crônicos: Déficits cognitivos irreversíveis (memória, atenção, funções executivas) e Problemas afetivo-emocionais (irritabilidade, ansiedade). Efeitos psicologicos das drogas Maconha Agudos: Relaxamento, Criatividade, Problemas de memória, Problemas de atenção Crônicos: Dependência psicológica, Irritabilidade, Esquizofrenia, Bipolaridade, Disfunção executiva Opioides: Agudos: Analgesia (aliviar ou minimizar a dor), Anestesia (bloqueio da dor), Prazer Crônicos: Forte dependência química, Icterícia LSD: Agudos: Alucinações, Delírios, Ilusões,Diminuição da sensação de medo, Euforia. Crônicos: Flashbacks, Psicose (esquizofrenia) Fissura (craving) A dependência de drogas induz à neuroadaptação cerebral, que altera a memória de estímulos associados ao comportamento de usar a droga. Regiões cerebrais associadas à excitação, comportamentos compulsivos, memória e integração de estímulos sensoriais são ativadas durante a exposição a estímulos relacionados à droga, os quais, por sua vez, estimulam o craving. Estado de motivação orientado para o consumo de drogas Desejo intenso por uma substância. Antecipação do resultado positivo do uso da substância. Alívio dos sintomas de abstinência ou afeto negativo. Vulnerabilidade de temperamentos Temperamentos ciclotímico e eufórico estão relacionados ao desenvolvimento de transtorno do espectro bipolar Ciclotimico: Seu humor é imprevisível e instável (altos e baixos), muda rapidamente ou de maneira desproporcional aos fatos; tem fases de grande energia, entusiasmo e agilidade que se alternam com outras fases de lentidão, perda de interesse e desânimo. Euforico: É expansivo, rápido, falante e intenso; tem muitas ideias e se distrai facilmente; é imediatista, explosivo e impaciente; se expõe a riscos por excesso de confiança ou empolgação; exagera no que lhe dá prazer; não gosta de rotina e de regras. Vulnerabilidade e temperamentos Temperamentos lábil, desinibido e apático estão relacionados a aspectos do transtorno do déficit de atenção e hiperatividade (TDAH). O temperamento depressivo em juntamente com a distimia, em seu extremo, geralmente, conduz a um quadro clínico de depressão maior. Depressivo: Tem tendência à tristeza e à melancolia; vê pouca graça nas coisas; tende a se desvalorizar; não gosta muito de mudanças; prefere ouvir a falar. Defesas imaturas e neuróticas, usualmente associadas percepção distorcida de si próprio, dos outros e das emoções eliciadas pelos objetos percebidos, apresentam baixa resolutividade dos problemas e modo disfuncional de lidar com o estresse.