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Abscessos e Flegmão em Animais

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Abscessos
Fator determinante: agentes
bacterianos
● Entrada dos microrganismos no
tecido ou implantação direta
(trauma perfurante)
Pode ocorrer a disseminação por via
linfática ou hematogênica de um foco
distante
Qual fator determinante e
predisponente? Resposta imunológica
deficiente
e/ou presença de corpos estranhos,
trauma, picada de cobra
Fisiopatologia: entrada da bactéria e
multiplicação do agente bacteriano,
causando resposta inflamatória
inespecífica (os responsáveis são os
neutrófilos - PMNs), às vezes o corpo
consegue combater = formação da
membrana piogênica para
individualização do processo (para
bactéria não se espalhar pelo corpo), a
medida que o processo vai passando
ocorre necrose tecidual e formação de
pus, com o tempo ocorre supuração
(organismo elimina o pus; isso varia
conforme a resposta imunológica,
conforme a localização) e reparação
tecidual
● abcessos mais profundos tendem
a ser mais crônicos quando
comparados aos abcessos
superficiais
O abscesso é uma forma de defesa do
organismo para infecção não se alastrar
Membran� Piogênic�:
2 camadas:
camada interna: constituída por tecido
fibroso (conjuntivo)
camada externa: extremamente
vascularizada (presença de células
inflamatórias, como neutrófilos e
reparadoras)
A parte externa é a responsável por
cicatrizar todo esse processo
Funções:
● circunscrever o processo
infeccioso
● realizar o processo de reparação
tecidual após a maturação e
drenagem do conteúdo purulento
Classificaçã� d� a�scess�
Quanto a localização:
Superficial = mais comum devido a
principal forma de aparecer uma
abscesso è trauma devido à perfuração
da pele e a entrada de uma bactéria
● Muscular
● Subcutâneo
Profundos = menos comuns de aparecer
● Intraperitoneais = na cavidade
abdominal
● Retroperitoneais = exemplo o rim
fica fora do peritônio
● Viscerais = próstata em cães
eventualmente desenvolvem
abscessos prostático
Quanto a evolução:
Agudos = 3-5 dias começa a ter volume
no local e em até 7 dias já está com o
acúmulo de pus, ou seja, è algo rápido e
geralmente são superficiais
Crônicos = evolução lenta, geralmente
intraperitoneais ou viscerais
A evolução está relacionada com a
resposta imunológica do hospedeiro
Quanto ao grau de maturação:
Imaturo: centro da lesão firme e
periferia pastosa
Maturo: centro da lesão flutuante e
periferia firme
● Presença de cavidade única com
conteúdo purulento
Sinais clínicos:
Abscesso superficiais
- aumento de volume (edema)
- Hiperemia local
- Sensibilidade
- Aumento da temperatura local
Sinais sistêmicos eventualmente:
● Febre
● Hiporexia
E cães è comum aparecer abscessos
interdigitais
Diagnóstico:
Histórico
Sinais clínicos
Exames complementares (citologia,
punção exploratória)
Superficiais: punção exploratória
quando maduros, citologia
Profundos: ultrassom, tomografia
Diagnósticos diferenciais: hematoma ou
neoplasia
Tratamento: sempre devemos intervir
nos abscessos
Intervir conforme o grau de maturação
Superficiais:
Imaturos (não intervir) = esperar a
evolução para maturo
Maturo:
● Drenagem de conteúdo
● Debridamento se houver necrose
tecidual
● Limpeza com soluções
antissépticas (líquido de Dakin: ⅓
ele possui ação adstringente e
desodorizante; soro fisiológico;
iodo; clorexidina) - não usar
água-oxigenada
● Antibióticos (cefalexina;
oxitetraciclina)
● Controle da dor
Aves e répteis possuem o abscesso em
forma caseosa
Lagomorfos possuem abscessos que
tendem a voltar, então deve fazer
uma cirurgia para retirar a cápsula
inteira
Profundos: possuem três possibilidades
de tratamento
● Remoção cirúrgica total
● Marsupialização: è um processo
que dá trabalho, pois ele è feito
quando o abcesso está aderido,
então criticamente a parede do
abcesso mais próximo à parede
abdominal, fazer a incisão da pele
(4cm), fazer a divulsão, fazer
incisão da fáscia do músculo e
chego no abscesso e faço a
fixação da capsula do abscesso
com a parede muscular com
pontos contínuos em toda
circunferência (evitando a
contaminação), abro o abscesso e
faz a aspiração do pus, suturar a
borda do abscesso a pele e
cicatriza
● Omentalização = abscesso na
cavidade abdominal, não è um
muito grande, você não consegue
retirar ele ou não consegue fazer
a marsupialização, primeiro
aspira todo o pus, entra com uma
tesoura, tirar a maioria da
cápsula e deixar apenas um
pedaço do abscesso, então pega o
omento coloca com o pedaço que
deixou, ajudando a resolver o
processo
● Abscesso apical do dente deve
retirar o dente para que ele
fecha, pois fica formando
fístulas
Flegmã�
Processo patológico bacteriano,
supurativo, sem limites definidos do
subcutâneo, caracterizado pela presença
de pus e tecido necrótico
● Restrito ao tecido subcutâneo
Menos comum que o abcesso
Presença de sinais sistêmicos
Mais agressivo
Fatores etiológicos:
Fator determinante: agente bacteriano
Fatores predisponentes:
● Resposta imunológica deficiente
● Presença de corpos estranhos
● Isquemia ou necrose tecidual
● Trauma
Fisiopatologia:
Fatores determinantes e
predisponentes (idênticos ao do
abscesso)
Entrada e multiplicação do agente
bacteriano -> resposta inflamatória sem
individualização do processo -> formação
de pus e supuração e reparação
Sinais clínicos:
Local:
● Edema cutâneo
● Pele com aspecto brilhante
● Rarefacção pilosa (queda de pelo)
● Hiperemia
● Sensibilidade
Ocorre grande deslocamento da pele em
relação ao tecido adjacente
- necrose tecidual
Sinais sistêmicos: febre e prostração
Diagnóstico:
● Histórico
● Sinais clínicos
● Exames complementares (punção
exploratória;citologia;hemograma
= leucocitose)
Tratamento: antibióticos, analgésicos
(tramadol e dipirona)
Incisão (2 a 3) para drenagem do
conteúdo purulento
Limpeza com soluções antissépticas
Peritonit� secundári�
Processo inflamatório do peritônio,
caracterizado como severa complicação
de afecção da vaidade abdominal
● Processo patológica grave que
causa óbito do paciente quando
não diagnosticado e tratado de
maneira correta
Cavalo è um animal muito sensível e fácil
de ter peritonite
Ruminantes são mais resistentes
Quanto à origem:
Primária (menos de 1%) = migração de
baterias para cavidade abdominal por via
hematogênica e linfática
Secundária = decorrente de ferida
penetrante da cavidade abdominal,
complicação de procedimento cirúrgico,
abscessos e perfurações viscerais
Quanto à extensão:
Localizada: limitada a uma área
anatômica específica
Ex: cirurgia da vesícula biliar, ocorrer o
vazamento do líquido vesicular; ou
sutura do intestino que rompeu; existe a
inflamação do peritônio local
Difusa: comprometimento generalizado
da membrana peritoneal (visceral e
parenteral)
Quanto ao grau de contaminação:
Séptica: 50% tem origem em deiscência
de intervenções cirúrgicas em órgãos
ocos
● Escherichia coli/Clostridium
SP/Streptococcus sp
Asséptica: geralmente devido a
substâncias químicas, secreções (biliar,
gástrica, pancreática e urina)
Mista: evolução da peritonite química
Ex: ruptura da vesícula biliar
Fisiopatologia:
Inflamação peritoneal + bactérias
(liberação de substâncias vasoativas) ->
vasodilatação peritoneal (aumento da
permeabilidade microvascular) -> perda
importante de líquidos, proteínas
plasmáticas e eletrólitos pata a cavidade
abdominal = HIPOVOLEMIA
Fibrina e produtos da inflamação causam
obstrução e diminuição da drenagem
linfática -> aumento do sequestro de
líquidos para a cavidade abdominal ->
hipocalemia/hipoproteinemia/hipoglicemi
a = CHOQUE HIPOVOLÊMICO
Distúrbios de coagulação por agregação
plaquetárias na microcirculação ->
COAGULAÇÃO INTRAVASCULAR
DISSEMINADA (CID)
Redução da perfusão esplâncnica ->
isquemia visceral -> comprometimento da
mucosa intestinal -> translocação
bacteriana -> CHOQUE SÉPTICO
● Em casos de uroperitonio ocorre
extravasamento de urina para a
cavidade abdominal causado
instabilidade hemodinâmica e
acidose metabólica = peritonite
químicaResumindo:
● Comprometimento da perfusão
tecidual
● Sepse
● CID
● Hipoglicemia
● Hipoproteinemia
● Acidose metabólica
● Insuficiência múltipla de órgãos
● Óbito do paciente
Defesas naturais do organismo:
Fibrina = selar as perfurações e
localizar as infecções
Os ruminantes produzem bastante
fibrina, possuindo maior resistência a
peritonite
Omento =
- adere na lesão inicial = possui
mobilidade
- Rico em vascularização
(oxigenação - diminui bactérias
anaeróbicas)
- Aumento da drenagem linfática
- Maior afluxo de células
inflamatórias
Tenta conter o processo localmente
Sinais clínicos: variam segundo a causa
e localização
● Hipertermia
● Hiporexia
● Prostração
● Distensão abdominal
● Sensibilidade abdominal difusa ou
localizada
● Vômitos e diarreia
Diagnóstico:
Histórico e anamnese
Sinais clínicos
Ultrassom: detecção de líquido livre,
partículas livres no líquido, detecção de
irregularidades na superfície serosa dos
órgãos
Exames laboratoriais:
hemograma/função renal/glicemia/
proteínas séricas
● Abdominocentese para fazer a
análise do líquido abdominal
Lavado abdominal diagnóstico: indicado
na ausência de líquido nas aspirações por
paracentese
Infusão de 20 ml/kg ringer lactato na
cavidade abdominal
Resultados:
Peritonite séptica: citologia com
presença de bactérias e neutrófilos
degenerados = cirurgia
Uroperitonio: fazer bioquímico =
observar resenha de valores elevados de
creatinina e ureia
Tratamento:
Estabilizar o animal
● Balanço hídrico e eletrolítico
● Correção da hipoproteinemia
● Antibióticos (associações)
cefalotina;amoxicilina;
metronidazol; IMIPENEM (mais
potente, usa em casos urgentes
de último caso)
● Suporte nutricional
● Controle da glicemia
● Tratar a CID
Laparotomia exploratória: correção da
causa primária
Lavagem abdominal: solução fisiológica
ou ringer lactato deve ser SEM
ANTIBIÓTICO, POIS ELES
INFLAMAM AS SEROSAS e podem
intoxicar os animais
● Suspeita de peritonite =
cirurgia na hora
Lavagem da cavidade abdominal em
caso de peritonite difusa:
Eliminação mecânica de tecidos
necrosadas
Diluição de bactérias e endotoxinas
Solução fisiológica ou ringer lactato
levemente aquecida
- remover o líquido com aspirador
Atenção: remover todo o líquido
(presença de líquido prejudica a ação
das células de defesa do organismos
tanto macrófago quanto neutrófilos)
Após a lavagem fechar a cavidade
abdominal, se eventualmente formais
mais iludido de ser feita a drenagem do
líquido
Drenagem da cavidade abdominal:
controverso em casos mais complicados
Drenagem peritoneal aberta (DPA): na
hora da sutura fazer uma continua e
deixa dois dedos abertos entre as
bordas do músculo, uso de curativo
estéril e trocado duas vezes ao dia
Vantagens:
- oxigenação
- Melhora a atividade fagocitaria
- Diminuição da produção de
toxinas e líquidos
Desvantagem:
- trabalhoso (internação)
- Maior morbidade e complicações

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