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Fatores que influenciam a reversibilidade de irreversibilidade de lesões celulares ✔Tipo de agente agressor ✔Intensidade da ação do agente agressor ✔Tempo de ação do agente agressor ✔Tipo de tecido acometido pelo agente agressor Lesões Celulares Reversíveis - Degenerações Lesões celulares reversíveis caracterizadas por alterações bioquímicas que resultam no acúmulo de substâncias no interior da célula. → Classificação das degenerações de acordo com o tipo de substância acumulada na celula ✔Degeneração hidrópica Lesão celular reversível caracterizada pelo acumulo de agua e eletrolitos no interior da celula; Causada por: · Hipóxia pela diminuição da concentração de ATP, que por consequência diminui a atividade da bomba Na/K ATPase; · Hipertermia, pelo aumento da velocidade das reações bioquímicas do metabolismo celular, aumentando o consumo de ATP, e consequentemente, diminuindo a concentração de ATP; · Radicais livres, se reagirem com os fosfolípides da membrana plasmática, alterando sua função e estrura, alterando sua integridade morfológica e funcional. Isso diminui a atividade da bomba Na/K ATPase; · Toxinas bacterianas com atividades lipásica, degradando os fosfolípides da membrana plasmática; · Drogas inibidoras da bomba Na/K ATPase, ligando-se diretamente aos componentes da bomba e inibem a atividade dela. Anatomia patológica da degeneração hidrópica → O órgao aumenta de peso e de volume, com coloração mais clara e bordas arredondadas; → Célula aumenta de volume, o citoplasma fica mais claro e granular. A degeneração hidrópica não causa grandes prejuízos na função, mas é um sinal para a retirada do agente agressor antes que se torne uma lesão irreversível. ✔Esteatose Lesão celular reversível caracterizada pelo acúmulo de gorduras neutras (mono, di e triglicerideos) em células que normalmente não as armazenam. O fígado é um local onde normalmente ocorre a esteatose, uma vez que o metabolismo de lípides ocorre nele. Metabolismo de lípides no fígado → Triglicerídeos e ácidos graxos advindos da alimentação e lipólise; → Adentram a membrana do hepatócito os ácidos graxos (os triglicerídeos se quebram em ácidos graxos); → No hepatócito o ácido graxo pode ser utilizado para: · Síntese de lípides complexos (com consumo de ATP), como colesterol, triglicerideos e etc; · Síntese de AcetilCoA, que pode ser metabolizado no ciclo de Krebs; ou sintetizar corpos cetônicos · A sobra de ácido graxo se transforma em triglicerídeo no Retículo Endoplasmático Liso, para que esse lípide possa ser utilizado em outras células. No complexo de golgi, esse triglicerídeo se associa a apoproteínas, formando as lipoproteínas. · As lipoproteínas ganham a circulação e atingem os tecidos através de um transporte intracitoplasmático por vesículas por ação de microtúbulos. Etiopatogênese da Esteatose A hipóxia é um fator importante, pois: · Aumenta a concentração de AcetilCoA, uma vez que o ciclo de Krebs se paralisa; · O excesso de AcetilCoA forma ácidos graxos; · O excesso de ácidos graxos forma triglicerídeos, que se acumulam e não conseguem sair completamente da célula; · Aumento do volume celular por acumulo de triglicerídeos no interior das células Além disso, a hipóxia: · Diminui a concentração de ATP, logo, não consegue realizar a síntese de lípides complexos · Acontece acúmulo ácidos graxos, gerando também acúmulo de triglicerídeos · Aumento do volume celular por acumulo de triglicerídeos no interior das células A esteatose também pode ser causada por: · Desnutrição, pelo aumento de lipólise; a lipólise gera excesso de ácido graxo; Degenerações Lesões Celulares Reversíveis · Uma pessoa com desnutrição também possui menos síntese de proteínas, diminuindo a formação de apoproteínas → não é possível transportar o · triglicerídeos para fora da célula · Etilistas possuem alto nível de etanol no sangue, sendo este metabolizado no fígado. O etanol forma AcetilCoA e acetaldeído · O aumento de [AcetilCoA] gera acumulo de ácidos graxos; o acetaldeído gera aumento de polimerização/ despolimerização de microtúbulos, dificultando o transporte de triglicerideos para o exterior da célula. Anatomia Patológica da Esteatose → Aumento do peso e volume do órgao, coloração amarelada e bordas arredondadas; → Hepatócitos com grande volume, presença de imagem negativa de gotas de lípide no citoplasma. O núcleo é deslocado para a periferia, “anel de cinete”. A esteatose não altera de forma relevante a função do fígado, a menos que esteja muito alterada e descompensada. Porém, ela pode ser o primeiro passo de uma lesão irreversível. →Outras degenerações por acúmulo de substâncias: ✔Lipidose Acúmulo de colesterol - aterosclerose e xantomas Acumulo de esfingolípides ✔Acúmulo de proteínas Degeneração hialina Degeneração mucoide ✔Acúmulo de carboidratos Glicogenoses Mucopolissacarideos
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