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Degeneração hidrópica e gordurosa

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Lesões reversíveis: degeneração hidrópica e gordurosa 
Processo patológico geral: lesão reversível e 
irreversível 
Processo patológico específico: degeneração 
hidrópica, gordurosa e hialina, necrose e 
apoptose. 
Degeneração: acúmulo de substâncias na região 
intracelular, consequentes à diminuição da 
função celular (distúrbios bioquímicos/
metabólicos). Na degeneração hidrópica há 
acúmulo intracelular de água e eletrólitos. A 
degeneração gordurosa pode ser dividida em 
duas: esteatose e lipidose. Na esteatose, há 
acúmulo intracelular de triglicerídeos. E, na 
lipidose, há acúmulo intracelular de colesterol e 
seus ésteres. 
Degeneraçao hidrópica!
	 A depleção de ATP é a principal causa do 
acúmulo intracelular de água. A depleção de ATP 
pode ser causada por diversos fatores: hipóxia, 
lesão mitocondrial, aumento da consumação de 
ATP (em quadros de hipertemia endógena ou 
exógena, por exemplo), baixa disponibilidade de 
ATP. 
	 Com o ATP reduzido, a bomba de sódio e 
potássio dependente de ATPase é a primeira 
prejudicada. Em decorrência disso, o equilíbrio 
entre o meio externo e interno da célula é 
quebrado. A bomba joga sódio pra fora e potássio 
pra dentro, porém esse processo ocorre somente 
com a utilização de ATP. Sem ATP suficiente, o 
sódio fica acumulado no meio intracelular devido 
a disfunção da bomba. Como consequência 
progressiva, a água também se acumula no meio 
intracelular devido ao alto teor de sódio. 
	 Caso o quadro seja revertido, a 
disponibilidade de ATP retorna e as bombas 
voltam a funcionar corretamente, equilibrando o 
gradiente. 
Alterações morfológicas microscópicas: 
	 ➢ A célula fica maior devido ao acúmulo 
de água e eletrólitos: tumefação. 
	 ➢ As organelas ficam mais espalhadas, ou 
seja, o citoplasma fica com um aspecto granular. 
	 ➢ Não há movimento no núcleo. 
Alterações morfológicas 
macroscópicas: 
	 ➢ O órgão aumenta de tamanho e de peso. 
	 ➢ A coloração do órgão fica mais pálida, 
devido os vasos sanguíneos ficarem comprimidos 
e não realizarem a irrigação adequadamente. 
BAIXA DISPONIBILIDADE DE ATP 
 
DISFUNÇÃO DA BOMBA DE Na+/K+ 
 
INFLUXO DE Na+ 
 
EFLUXO DE K+ 
 
ACÚMULO DE H2O
	 Em condições normais, os hepatócitos 
retiram da circulação ácidos graxos e 
triglicerídeos provenientes da absorção 
intestinal e da lipólise no tecido adiposo. Nas 
células hepáticas, ácidos graxos são utilizados 
para: produção de colesterol e seus ésteres; 
síntese de lipídeos complexos ou de glicerídeos; 
geração de energia por meio da β-oxidação até 
acetil-CoA e da formação de corpos cetônicos. 
Glicerídeos sintetizados no REL são 
transportados ao complexo de Golgi, no qual 
são conjugados com apoproteínas para formar 
lipoproteínas. 
	 A absorção intestinal e a lipólise liberam 
ácido graxo. Esse ácido graxo livre é captado 
pelos hepatócitos e acaba entrando nessas 
células. O ácido graxo é utilizado para várias 
funções, como: betaoxidação, que forma acetil-
CoA para o ciclo de Krebs e virar energia; e 
esterificação, o ácido graxo é esterificado e 
convertido em triacilgerol, colesterol e 
fosfolipídeo. 
	 O triacilglicerol é transportado nos 
hepatócitos pelo complexo de golgi. E para 
ocorrer esse transporte, é necessário o 
citoesqueleto e seus microtúbulos e 
microfilamentos. 
	 Os agentes lesivos causam esteatose 
hepática por interferirem em diferentes passos 
do metabolismo lipídico, como: maior aporte 
de ácidos graxos por ingestão excessiva ou 
lipólise aumentada; síntese de ácidos graxos a 
partir do excesso de acetil-CoA que não 
encontra condições de rápida oxidação no ciclo 
de Krebs; redução na utilização de 
triglicerídeos ou de ácidos graxos para a 
síntese de lipídeos complexos, por carência de 
fatores nitrogenados e de ATP; menor formação 
de lipoproteínas por deficiência na síntese de 
apoproteínas; distúrbios no deslocamento de 
vesículas de lipoproteínas por alterações 
funcionais no citoesqueleto. 
Mecanismos 
Entrada excessiva de ácidos graxos 
nos hepatócitos: aumento nã ingestão 
de alimentos resulta em mais ácidos 
graxos, já que provém da absorção 
intestinal; e nas situações de jejum, 
desnutrição ou diabetes 
descompensado, também há aumento 
de ácidos graxos devido a lipólise no 
tecido adiposo. Dessa forma, com o 
excesso de ácidos graxos, também há 
produção excessiva de triglicerídeos, 
que acaba ficando armazenado no fígado 
e causando esteatose. 
Degeneraçao gordurosa!
	 A degeneração gordurosa pode ser 
classificada em esteatose e lipidose. 
Esteatose!
	 Lesão reversível causada por acúmulo 
intracelular de triglicerídeos em células 
parenquimatosas. A esteatose pode ocorrer no 
fígado, miocárdio, epitélio tubular renal, músculo 
estriado esquelético, pâncreas. 
Etiologia: causas tóxicas e infecciosas: 
envenenamento por benxeno, clorofórmia, eitonina, 
fósforo, bismuto, álcool, drogas e medicamentos, 
ureia, toxinas de diversos microrganismos; 
dietéticas e metabólicas: obesidade, desnutrição, 
erros inatos do metabolismo lipídico, diabetes; 
hipóxicas e anóxicas: insuficiência cardíaca 
congestiva, anêmias crônicas, esteatose cardíaca; 
indeterminadas: esteatose aguda da gravidez e 
síndrome de Reye (crianças com quadro virais em 
tratamento com AAS). 
Esteatose no fígado 
	 Esteatose pode ser provocada por agressões 
muito diversas. A lesão aparece todas as vezes que 
um agente interfere no metabolismo de ácidos 
graxos da célula, aumentando sua captação ou 
síntese ou dificultando sua utilização, seu transporte 
ou sua excreção. 
Redução da síntese proteica: a carência de 
proteína ocorre em situações de desnutrição (que 
causa diminuição na síntese das apoproteínas, 
reduzindo a formação de lipoproteínas e a excreção 
de triglicerídeos), intoxicação por agentes tóxicos 
(que acaba lesionando o retículo endoplasmatico 
granuloso e diminuindo a síntese de proteínas, e 
afetando a síntese dê lipoproteínas) e na ingestão 
de álcool (o metabolismo de degradação do álcool 
gera acetaldeídos tóxicos à mitocôndria, com a 
redução da função mitocondrial, há redução da 
oxidação de lipideos e da síntese proteica). 
Diminuição da oxidação de ácidos graxos: pode 
ser decorrente de déficit de oxigênio e lesão 
mitocondrial. O déficit de oxigênio pode ocorrer nas 
seguintes situações: anemias prolongadas, 
insuficiência cardíaca, insuficiência respiratória, 
etilismo (oxidação preferencial de álcool), e 
hipóxia. Por conta disso, há menor disponibilidade 
de O2 no ciclo de Krebs e, portanto, redução na 
síntese de ATP. Nesses casos, a esteatose resulta, 
em boa parte, do aumento na síntese de ácidos 
graxos a partir do excesso de acetil-CoA, que se 
acumula nas células, porque sua oxidação no ciclo 
de Krebs está diminuída. Ao lado disso, os ácidos 
graxos encontram grande quantidade de α-
glicerofosfato (originado de glicólise acelerada por 
redução na síntese de ATP) e formam triglicerídeos 
que se acumulam no citoplasma. A redução de ATP 
também dificulta a síntese de lipídeos complexos e 
diminui a utilização de ácidos graxos e 
triglicerídeos, favorecendo o acúmulo nos 
hepatócitos. A lesão mitocondrial pode ser 
proveniente do etilismo, pois o metabolismo do 
álcool gera acetaldeídos que são tóxicos a 
mitocôndria, reduzindo sua função e reduzindo a 
oxidação de lipídeos e a síntese proteica. 
Aumento da esterificação de ácidos graxos: ou 
seja, é um aumento na produção de lipídeos. Pode 
ocorrer por lesão mitocondrial, maior produção de 
ácidos graxos, maior produção de Acetil-CoA, 
inibição do ciclo de Krebs, ausência de NADA para 
captar H, metabolismo do etanol. 
Obstáculo na liberação de lipoproteína do 
hepatócito: o álcool impede a união adequada dos 
lipídeos as proteínas para formação de complexos 
	 Evolução clínica da estestose: morte 
celular, embolia gordurosa e cirrose. 
Lipidose!
	 Lipidoses são acúmulos intracelulares de 
outros lipídeos como depósitos de colesterol e seus 
ésteres. Os depósitos localizados de colesterol e seus 
ésteres podem ser formados em artérias (devidoaterosclerose), na pele (xantomas) e em locais com 
inflamações crônicas. 
Aterosclerose: acúmulo de colesterol e seus ésteres 
no interior de células musculares lisas e macrófagos 
da camada íntima de artérias. Com o tempo, estes 
agregados podem sofrer fibrose e outras 
complicações que levam a obstrução do vaso e 
consequente infarto. 
Xantomas: são lesões encontradas na pele sob a 
forma de nódulos ou placas, que quando 
superficiais, têm coloração amarelada. 
Microscopicamente, são formados por 
aglomerados de macrófagos carregados de 
colesterol, com aspecto espumoso.

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