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Degeneração Gordurosa

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Mariana Marques – T29 
Degeneração Gordurosa 
LESÃO CELULAR REVERSÍVEL 
CONCEITO GERAL 
 Degeneração: lesão celular reversível (é capaz de voltar ao seu estado normal se o estímulo prejudicial 
for removido) secundaria à alterações bioquímicas onde ocorre o acúmulo de substancias no interior 
das células, geralmente, consequentes a diminuição da função celular 
 
TIPOS 
 São classificadas de acordo com as substancias que acumula: 
 Degeneração Hidrópica (água e eletrólitos) 
 Degeneração Gordurosa (esteatoses e lipidoses – lipídeos) 
 Degeneração Hialina e mucoide (proteínas) 
 Degeneração Glicogenoses e mucopolissacarídeos (carboidratos) 
 
ESTEATOSE 
 Conceito: lesão celular reversível caracterizada pelo acúmulo de gorduras neutras (mono, di ou 
triglicerídeos) no citoplasma de células que, normalmente, não as armazenariam essa gordura (células 
paraquimentosas) 
 Locais de ocorrência: o fígado é o órgão que metaboliza lipídios, por isso, o órgão mais afetado por esse 
tipo de lesão. Outros locais que podem ocorrer no epitélio tubular renal e no miocárdio, com menor 
frequência também pode afetar músculo esquelético e no pâncreas 
 
 Características morfológicas: 
 Diferenças macroscópicas: Fígado aumentado, com coloração diferenciada (amarela), órgão 
apresenta-se brilhante e arredondado 
 Diferenças microscópicas: apresenta vacúolos, que armazenam gordura localizado nos hepatócitos, 
macro vesículas de diversos tamanhos com núcleos localizados na periferia 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Etiopatogênese: 
 Causa e desenvolvimento da doença: Interferências no metabolismo dos ácidos graxos, envolvendo 
maior captação, síntese ou dificuldades em utilizá-los, transportá-los ou excretá-los. Pode ser 
causada por medicamentos, intoxicações, infecções, hipoxemia, diabetes mellitus, distúrbios 
metabólicos, obesidade, hiperlipidemia, desnutrição, alcoolismo, etc. 
Mariana Marques – T29 
 Mecanismos: 
 
Em condições normais os ácidos graxos vem da quebra de 
lipídeos (lipólise) ou através da absorção intestinal 
(alimentação), ao entrar no fígado eles sofrem processos 
bioquímicos: oxidação (gera corpos cetônicos e acetil CoA), 
estratificação e conjugação, os triglicerídeos formados devido à 
esses processos, migram do reticulo endoplasmático liso para o 
complexo de golgi, se unindo a apopreteinas, formam 
lipoproteínas, que ao chegam no espaço de Disse, através de 
microtúbulos e Microfilamentos, caem na circulação e atingem 
os tecidos hepáticos. 
 
 Entrada excessiva de ácidos graxos livres nos hepatócitos 
Quando há entrada excessiva de ácidos graxos livres 
devido ao aumento na oferta de absorção intestinal 
ou ao aumento de lipólise (desnutrição proteica, 
jejum prolongado, diabetes), ocorre a realização 
normal dos processos de oxidação e esterificação e 
conjugação, mas em determinado momento a 
metabolização não comporta toda a quantidade de 
ácidos graxos ofertada, passando a fazer 
armazenagem dentro dos hepatócitos. 
 
Aumento da absorção ou da lipólise → metabolização não eficiente para a quantidade ingerida/absorvida 
→ armazenagem 
 
 Redução da síntese proteica 
Quando há redução da síntese proteica 
(desnutrição) não há consumo adequado de 
proteínas, diminuindo a produção de 
apopreteinas e lipoproteínas, diminuindo 
assim a esterificação de triglicerídeos e sua 
excreção, acumulando os triglicerídeos dentro 
dos hepatócitos, já no caso da CCI4, quando 
há intoxicação de tetracloreto de carbono há 
produção de radicais livres que alterará a 
produção proteica no retículo endoplasmático 
rugoso, também diminuindo a oferta de 
proteínas responsáveis pela produção da 
lipoproteína (transportadoras dos 
triglicerídeos) levando ao acúmulo de 
triglicerídeos e ácidos graxos no fígado e 
causando à esteatose. 
Desnutrição → menor ingestão proteica → menor estratificação/excreção de triglicerídeos → 
armazenagem 
Tetracloreto de Carbono → Radicais livres → RER → Diminuição da síntese proteica → armazenagem 
Mariana Marques – T29 
 Diminuição da oxidação dos ácidos graxos (síntese) 
Quando há diminuição na oxidação de ácidos graxos 
(estados de hipóxia- insuficiência cardíaca ou respiratória), 
há uma baixa na quantidade de oxigênio, que impacta 
diretamente no ciclo de Krebs (gera deficiência no ciclo), 
causando um aumento de acetil CoA (utilizada na síntese 
de ácidos graxos, tendo como consequência seu aumento), 
a partir de então, há acúmulo dos ácidos e triglicerídeos 
nos hepatócitos devido sua menor utilização, além disso, se 
a agressão for persistida, o ATP começa a ser produzido a 
partir da glicólise, que através da alfa-glicerofosfato, 
gerará triglicerídeos, aumentando o acúmulo. 
 
Redução de oxigênio disponível → diminuição da função mitocondrial → diminuição da oxidação ácidos 
graxos → aumento de triglicerídeos → armazenamento 
Falta de ATP → ativação da glicólise → ácidos graxos com a ação da alfa-glicerofosfato → aumento de 
triglicerídeos → armazenamento 
 
 Aumento da esterificação de ácidos graxos 
Quando ocorre aumento da esterificação de ácidos graxos 
(etilismo), o etanol precisa ser transformado em 
acetaldeído e posteriormente em acetato, a transformação 
de etanol em Acetaldeído se dá através da álcool 
desidrogenase ou pela catalase (peroxissomos) havendo 
redução do NAD em NADH e em seguida o acetaldeído 
transforma-se em acetato através da álcool desidrogenase 
(mitocôndria), também reduzindo NAD em NADH. Há 
diminuição da quantidade de NAD disponível para 
realização do ciclo de Krebs parando parcialmente o ciclo. 
A não utilização do NAD no ciclo de Krebs, faz com que o acetil CoA fique aumentado, produzindo uma 
maior síntese de ácidos graxos, acumulando-os nos hepatócitos. 
Álcool → acetoaldeídos → redução NAD → prejuízo ciclo de Krebs → aumento de acetil CoA → maior 
síntese de ácidos graxos → armazenamento 
 
 Obstáculo na liberação de lipoproteínas dos hepatócitos (transporte) 
Quando ocorre obstáculos na liberação de lipoproteínas 
dos hepatócitos (radicais livres), ele interage com a 
mitocôndria (onde ocorre oxidação de ácidos graxos), 
havendo prejuízo na transformação desses ácidos em 
acetil CoA, além disso há prejuízo nos Microfilamentos que 
faz o transporte de lipoproteínas para o espaço de Disse, o 
prejuízo no transporte diminui a excreção, fazendo com 
que os ácidos graxos passem a ficar acumulados nos 
hepatócitos. 
Obstáculos (álcool, radicais livres) impedem a ligação de triglicerídeos às proteinas → não formação de 
lipoproteínas → não realização do transporte e excreção → armazenamento 
Mariana Marques – T29 
 Evolução: 
 Leve e rápida (lesão celular reversível) 
 Se a célula chegar no ponto de não retorno, se transforma numa lesão grave e duradoura (lesão 
irreversível – cirrose) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
LIPIDOSES 
 Conceito: acúmulos intracelulares de colesterol e seus ésteres 
 Locais de ocorrência: 
 Artérias: aterosclerose - acúmulo de placas de gordura, cálcio e outras substâncias (células 
espumosas ou xantomizadas e fenda de colesterol). Esses depósitos dificultam a passagem de 
sangue dos vasos, podendo causar infartos, derrames e até morte súbita. 
 Pele: xantomas - lesões em alto relevo, que forma de nódulos ou placas com coloração amarelada, 
formadas por gorduras (aglomerados de macrófagos carregados de colesterol, com aspecto 
espumoso), que podem aparecer em qualquer parte do corpo. Geralmente, afeta pessoas com 
aumento do colesterol sérico. 
 Inflamação crônica: pielonefrite xantogranulomatosa - doença inflamatória renal crônica que 
provém de uma resposta anormal do hospedeiro à infecção bacteriana e resulta em destruição 
parenquimatosa seguida de preenchimento de macrófagos acumuladores de lipídios. 
 Pode causar: 
 Esfingolipidoses: acúmulo de lipídeos complexos (esfingolipídeos e gangliosídeos) - doenças 
genéticas decorrentes da falta ou deficiência de enzimas lisossômicas e são extremamenteraras. 
→ Doença de Niemann-Pick (deficiência de esfingomielinase) 
→ Doença de Gaucher (deficiência de glicocerebrosidase) 
→ Doença de Tay-Sachs (gangliosídeo) 
 
 
 
Mariana Marques – T29 
→ Imagem Histológica: 
 
 
 - CASO CLINICO ESTEASTOSE - 
Homem, 65 anos, foi levado ao pronto atendimento após ter desmaiado no bar onde festejava a aprovação 
de sua aposentadoria. Os amigos relataram que ao cair ele bateu a cabeça no chão. Estavam muito 
preocupados porque o amigo é frequentador assíduo do local e muito querido por todos. Frequenta o bar 
diariamente há 15 anos e na maioria das vezes, não sai bem. O paciente apresentava-se inconsciente e veio 
a óbito minutos após a sua chegada no hospital. A autópsia revelou acidente vascular encefálico e dentre 
os achados anatomapatológicos foram evidenciadas as imagens abaixo. 
 
 
 
 Características morfológicas: 
 Diferenças macroscópicas: Fígado aumentado, com coloração diferenciada (amarela), órgão 
apresenta-se brilhante e arredondado 
 Diferenças microscópicas: apresenta vacúolos, que armazenam gordura localizado nos hepatócitos, 
macro vesículas de diversos tamanhos com núcleos localizados na periferia 
 O processo fisiopatológico geral é lesão celular reversível e o específico é degeneração gordurosa 
(nesse caso, uma esteatose) 
 O mecanismo de lesão celular reversível envolvido é a esteatose por etilismo

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