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Giardíase (Giardia lamblia, sintomas, ciclo, morfologia, cistos, trofozoitos, achados clínicos, manifestações clínicas, diagnóstico e tratamento) - Parasitologia

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1 
 
 
 A Giardia lamblia, também chamada de 
Giardia intestinalis ou Giardia duodenalis, é um 
parasita unicelular flagelado causador de giardíase. 
 Durante a fase aguda, a giárdia é responsável por 
causar em seus hospedeiros uma diarreia aquosa, 
sendo uma das características principais da 
giardíase; 
 Parasita unicelular flagelado: 
 Unicelular: quando um parasita unicelular 
se instala no seu hospedeiro, falamos em 
infecção. 
 Flagelado: utiliza o movimento de um 
único e longo flagelo para se locomover. 
 
MORFOLOGIA 
 A Giardia tem dois estágios principais no 
ciclo de vida. A infecção de um hospedeiro é 
iniciada quando o cisto é ingerido com água 
contaminada ou através de alimentos por contato 
fecal-oral. 
 
 Axonema: é um feixe de microtúbulos e 
protéinas associadas que formam a cerne de 
cílios e flagelos em uma célula eucariótica, 
responsável pelos seus movimentos. 
CISTOS 
 Após exposição ao ambiente ácido do 
estômago, os cistos são expelidos em trofozoítos no 
intestino delgado proximal. 
 Os cistos maduros têm dupla camada, são 
tetranucleados, com 4 grupos de axonemas e têm 
aspecto esférico ou oval; 
 São estruturas revestidas por uma parede, 
constituída por uma camada membranosa 
interna, composta por uma dupla membrana e 
uma camada filamentosa externa, a qual é 
revestida por uma teia de filamentos. 
 
 
giardiase por giárdia lamblia 
PARASITOLOGIA CLÍNICA 
 giárdia lamblia 
 
 2 
 
 
 
TROFOZOÍTOS 
 O trofozoíto é a forma vegetativa e se replica 
no intestino delgado, onde causa sintomas de 
diarreia e consequentemente má absorção. 
 O citoesqueleto inclui dois axonemas, 4 pares de 
flagelos (anterior, posterior, caudal e ventral) e 
um disco suctorial na face ventral, sendo essa 
estrutura responsável pela fixação do parasita ao 
epitélio intestinal; 
 É através da sua estrutura que o parasita impede 
a sua eliminação pelo peristaltismo intestinal, o 
que, ao ocorrer, portanto, causaria a morte do 
parasita. 
 
 
 
 
CICLO DA GIÁRDIA LAMBLIA 
 A Giardia apresenta um ciclo de vida 
monóxeno em que a fase de trofozoíto, presente no 
intestino do hospedeiro, alterna com a fase de cisto. 
 Ciclo monóxeno: parasitas que utilizam apenas 
um hospedeiro. 
 O cisto possui uma alta resistência e consegue 
ser expelido juntamente com as fezes para o 
exterior; dessa forma, consegue-se a 
disseminação do parasita no meio ambiente; 
 Como a grande maioria dos enteropasitas, a 
Giardia lamblia enfrenta uma diversidade de 
mecanismos de defesa do hospedeiro para 
sobreviver como a própria variação de pH do 
sistema gastrointestinal humano; 
 No estômago, a retirada dos cistos vegetativos é 
iniciada pelo ácido graxo e por peptidases, os 
cistos passam para o duodeno, onde cada um 
libera um excitozoíto, processo facilitado pela 
liberação da própria cisteína protease da Giardia; 
 Os trofozoítos aderem à mucosa duodenal e do 
jejuno proximal, onde se reproduzem 
assexuadamente por divisão binária 
longitudinal; 
 
 3 
 
 
 São raramente infecciosos, dado não serem 
resistentes nem ao ambiente gástrico nem às 
condições externas ao organismo humano; 
 O processo de encistamento inicia-se no íleo, 
possivelmente como resultado da exposição aos 
ácidos biliares ou à deficiência de colesterol no 
meio; 
 Nas infecções bem-sucedidas, a emissão de 
cistos inicia-se 1 a 2 semanas após a ingestão 
inicial, sendo esses muitos resistentes às 
condições do meio ambiente externo. 
ACHADOS CLÍNICOS DA 
GIARDÍASE 
 A Giardia é um protozoário parasita não 
invasivo, com tropismo pelo intestino delgado e cuja 
patologia do processo infeccioso inicia-se no trato 
gastrintestinal. 
 Um dos principais mecanismos fisiopatológicos 
consiste na característica dos trofozoítos, que se 
aderem à mucosa do intestino delgado proximal 
e causam, consequentemente, a má absorção de 
nutrientes: 
 Bloqueio físico pelo grande número de 
trofozoítos revestindo a mucosa intestinal, 
desconjugação dos ácidos biliares, 
sobrecrescimento bacteriano e fúngico no 
intestino delgado, aumento do turnover 
(renovação) celular na mucosa das 
vilosidades e lesão epitelial. 
 A motilidade intestinal alterada e a 
hipersecreção hídrica têm um papel fundamental 
 
 4 
 
 
na formação do bolo fecal, que fica 
comprometido devido a alterações hídricas; 
 Durante o processo infeccioso, os antígenos 
produzidos pela Giardia lamblia estimulam 
continuadamente a mucosa intestinal, associada 
a órgãos linfoides, responsáveis por uma série de 
processos imunológicos 
 
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS 
 Os casos de giardíase apresentam-se como 
doença aguda, crônica ou subclínica (assintomática). 
 Os sintomas se caracterizam normalmente por 
diarreia com diferentes características, como: 
 mucoide 
 líquida 
 esteatorreia – esta última com a presença de 
gordura, desconforto abdominal, com ou 
sem emagrecimento. 
 
 O início dos sintomas pode ser rápido, com 
diarreia aquosa, dor abdominal, febre, vômitos e 
mal-estar geral, ou de forma gradual, com 
sintomatologia crônica, intermitente, por vezes 
debilitante, caracterizada por evacuações moles 
ou diarreicas de odor fétido, flatulência, 
distenção abdominal e anorexia; 
 A sintomatologia crônica pode aparecer 
associados a falha da absorção de açúcares 
(glicose, lactose e D-xilose), gorduras e 
vitaminas lipossolúveis, podendo originar, 
principalmente nas crianças, perda acentuada de 
peso e alterações no crescimento. 
DIAGNÓSTICO DA GIARDÍASE 
 É necessário um diagnóstico preciso, para o 
que se recomenda a relação do exame parasitológico 
de fezes. 
 A partir desse exame, é realizada uma pesquisa 
das estruturas microscópicas, como cistos e 
trofozoítos, que se encontram nas fezes no caso 
de indivíduos portadores da parasitose; 
 Devido aos cistos de Giardia lamblia serem 
eliminados inconstantemente, preconiza-se a 
análise de três a cinco amostras de fezes em 
dia alternados, com o objetivo de abranger um 
maior período de tempo e identificar diferentes 
formas parasitárias no caso de indivíduos 
portadores. 
TRATAMENTO 
 Os principais quimioterápicos utilizados 
para o tratamento de giardíase são os fármacos da 
classe dos nitroimidazóis: o metronidazol, o 
tinidazol, o secnidazol e o ornidazol.

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