Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Cefaleias · “Dor de cabeça”, pode ser primária (Doença) ou secundária (Sintoma). · O exame padrão ouro da cefaleia é a anamnese. · Estruturas sensíveis a dor: · Alterações na vascularização do encéfalo. · Alterações nas meninges. Cefaleias primárias · Enxaqueca sem ou com aura. · Cefaleia do tipo tensional. · Cefaleia em Salva. · Outras cefaleias primárias. Enxaqueca · Reação neuro-vascular anormal. · Num organismo geneticamente vulnerável. · Episódios recorrentes e manifestações associadas. · Geralmente, dependem de fatores desencadeantes. · Epidemiologia: · Prevalência de 15%, mais comum no gênero feminino. · Tipos: sem aura (80%) com aura (10-15%). · Tipos: · Enxaqueca sem ou com aura, síndromes periódicas da criança, enxaqueca retiniana, enxaqueca hemiplégica familiar. · Complicações: (encaminhamento) · Enxaqueca crônica (mais de 15 dias por mês por 3 meses.). · Estado migranoso. · Aura persistente sem infarto. · Infarto migranoso. · Crise epiléptica desencadeada por enxaqueca. · Fisiopatologia: (Doença desmodulatória) · Componente genético: · Canal de Ca tipo P/Q, ATPase NA/K. · Defeitos mitocondriais. · Hiperatividade da neurotransmissão excitatória: · Canais de Na, Ca, Glutamato. · Menor atividade da neurotransmissão inibitória: · GABA. ENXAQUECA SEM AURA · Cefaleia recorrente manifestando-se em crise de duração 4-72 horas. · Características: · Unilateral, de caráter pulsátil, moderada a forte, exacerba com atividade física rotineira, associada a náuseas ou vômitos, fotofobia e/ou fonofobia. ENXAQUECA COM AURA · Sintomas neurológicos focais reversíveis que desenvolvem gradualmente em 5 a 20 minutos. · Obs: Uma cefaleia com características de “enxaqueca sem aura” geralmente sucede os sintomas da aura. Entretanto a cefaleia pode estar ausente. · Obs: fenômeno da alodínia. · Aura: Depressão Alastrante Cortical onda de oliguemia que se inicia no córtex occipital e alastra-se a uma velocidade de 2 a 3mm/min. · São alterações no neurônio que geram alterações vasculares. · Tipos de aura: · Visual: (90%) escotomas, espectros de fortificação, hemianopsias. · Sensitiva. · Afasia de expressão. · Motora. · Desencadeantes: · Hormônios, alterações no ritmo de sono, frutas cítricas, vinho, queijo, café, chocolates, cheiros e outros. Enxaqueca crônica · Cefaleia da enxaqueca ocorrendo em 15 ou mais vezes, ao mês por 3 meses, na ausência de uso abusivo de medicação analgésica. Cefaleia do tipo tensional · Tipos: · CTT episódica infrequente: menos de 1 vez por mês. · CTT episódica frequente: entre 1 e 15 vezes por mês. · CTT crônica: mais que 15 vezes por mês. · Associada ou não a dor pericraniana. · CTT episódica: · Frequência variável, com duração de minutos a dias, tipicamente bilateral (holocranial), em pressão ou em aperto, intensidade fraca ou moderada, não piora com atividade física rotineira, não há náusea, fotofobia ou fonofobia “podem” estar presentes. Cefaleia em salvas · Podem ocorrer na forma episódica ou crônica. · Sinônimos: neuralgia ciliar, eritroprosapalgia de Bing, eritromelalgia da cabeça, cefaleia histamínica, cefaleia de Horton, etc. · Possui baixa prevalência: 0,4 a 1%. Relação H/M 6:1 · Primeiros surtos ocorrem entre 20 a 40 anos. · O pico de dor entre 2 a 15 minutos, 10 a 20% dos pacientes referem pontadas no globo ocular. · Os surtos de dor podem trocar de lado em 15% dos pacientes. · Podem iniciar-se sempre nos mesmos horários. · 50% desertam pela dor (primeira fase REM). · Características: · Crise de dor forte, unilateral, região orbital/supraorbital/temporal, duração de 15 a 180 min, ocorre de 1 vez a cada 2 dias à 8 vezes no mesmo dia, associada à: · Hiperemia conjuntival, lacrimejamento, congestão nasal, rinorreia, sudorese frontal, miose e ptose palpebral incompleta, edema palpebral, inquietude do paciente nas crises. · 10 a 15% dos pacientes ficam sem resposta ao tratamento. · 5% apresentam uma herança autossômica dominante. · 27% dos pacientes podem apresentar apenas um surto na vida. · Desencadeantes: · Ingesta de álcool, histamina, nitroglicerina. Cefaleia hípnica · Aparece durante o sono, desperta o paciente. · Ocorre mais de 15 vezes no mês, duração média entre 15 a 30 minutos após o despertar, intensidade fraca ou moderada, bilateral. Cefaleias secundárias · Quando suspeitar? · Não se encaixam nos tipos de primárias. · Progressivo-refratária ao tratamento convencional. · Associada a déficit neurológico ou sinais e sintomas de doença orgânica. Tratamento · Passo a passo: paciente com enxaqueca consulta ao médico diagnóstico de enxaqueca tratamento de 1ª escolha (analgésicos simples) tratamento de 2ª escolha (medicações combinadas) tratamento de 3ª escolha (terapia específica). · Tratamento não específico: · Analgésicos. · AINH. · Corticosteroide. · Opioides. · Cafeína. · Antieméticos. · Tratamento específico: · Ergotamina. · Di-hidroergotamina. · Triptanos melhor tratamento para enxaqueca. · Terapêutica preventiva: · Beta-bloqueadores: propranolol, atenolol e metoprolol. · Antiepiléticos: ácido valpróico e valproato de sódio. · Inibidores de canais de sódio: flunarizina. · Obs: indicações para tratamento profilático: · Frequência > 2 crises por mês. · Intensidade que incapacitam por > 72h. · Ineficácia/intolerância do tratamento abortivo. · Crises programadas (ex: período menstrual). · Auras frequentes ou prolongadas.
Compartilhar