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LivroDigital-CPC32-TributosSobreoLucro

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CFCDEAAZ.COM|ESCOLACONTABIL.COM 
 
 
 
2 
Sumário 
1 – INTRODUÇÃO ............................................................................................................................... 3 
2 - ASPECTOS INICIAIS – TRIBUTAÇÃO DO IMPOSTO DE RENDA .............................................................. 3 
2.1 LUCRO PRESUMIDO ................................................................................................................................... 4 
2.2 LUCRO ARBITRADO .................................................................................................................................... 6 
2.3 LUCRO REAL ............................................................................................................................................ 6 
3 - RECEITAS NÃO TRIBUTÁVEIS PARA O IMPOSTO DE RENDA .............................................................. 11 
4 TRATAMENTO DO PREJUÍZO ACUMULADO ....................................................................................... 11 
5 - BASE CONTÁBIL E BASE FISCAL ..................................................................................................... 13 
6 TRIBUTOS CORRENTES ................................................................................................................... 15 
7 - RECONHECIMENTO DE ATIVOS E PASSIVOS FISCAIS E CORRENTES .................................................. 15 
8 - TRIBUTOS DIFERIDOS PASSIVOS ................................................................................................... 16 
8.1 DIFERENÇAS PERMANENTES ENTRE A BASE CONTÁBIL E BASE FISCAL ................................................................ 17 
8.2 DIFERENÇAS TEMPORÁRIAS ENTRE A BASE CONTÁBIL E BASE FISCAL ................................................................. 17 
9 - TRIBUTOS DIFERIDOS PASSIVOS ................................................................................................... 18 
9.1 - ATIVO CONTÁBIL MAIOR DO QUE ATIVO FISCAL .......................................................................................... 18 
9.2 - PASSIVO CONTÁBIL MENOR DO QUE PASSIVO FISCAL .................................................................................. 21 
10 - TRIBUTOS DIFERIDOS ATIVOS ....................................................................................................... 23 
10.1 - ATIVO CONTÁBIL MENOR QUE O ATIVO FISCAL ....................................................................................... 23 
10.2 - PASSIVO CONTÁBIL MAIOR QUE O PASSIVO FISCAL .................................................................................. 25 
11 - QUESTÕES COMENTADAS ............................................................................................................ 27 
12 - QUESTÕES COMENTADAS NESTA AULA ......................................................................................... 31 
13 - GABARITO DAS QUESTÕES COMENTADAS NESTA AULA ................................................................. 35 
 
 
 
CFCDEAAZ.COM|ESCOLACONTABIL.COM 
 
 
 
3 
1 – Introdução 
O CPC 32 trata sobre os tributos sobre o lucro. Tributos sobre o lucro, no Brasil, basicamente hoje são 
Imposto de Renda e Contribuição Social sobre o Lucro Líquido. 
 
Com as modificações contábeis, nós tivemos uma separação entre a contabilidade societária e a 
contabilidade fiscal. 
A contabilidade societária deve ser feita com base na melhor estimativa técnica disponível. 
A contabilidade fiscal deve ser feita com base nas regras dos diversos entes federativos. No caso dos 
tributos sobre o lucro, principalmente da União. 
Eventual diferença de tratamento entre a legislação contábil e a legislação fiscal pode dar origem aos 
tributos diferidos, ativos e passivos, que serão objeto desta aula. 
A matéria do Pronunciamento é bastante complexa, mas aprenderemos aqui através de exemplos. 
Mas, professor, os tributos são pagos com base no lucro contábil ou com base no lucro fiscal? 
Os tributos são pagos com base no lucro fiscal. 
Por isso, as companhias, quando obrigadas, fazem suas escriturações contábeis no SPED Contábil (ECD – 
Escrituração Contábil Digital) e as eventuais diferenças são ajustadas na ECF – Escrituração Contábil Fiscal. 
Antes de começarmos, vamos falar um pouco sobre os principais aspectos da tributação. 
2 - Aspectos Iniciais – Tributação do Imposto de Renda 
Nosso tema é o Pronunciamento Técnico CPC 32 – Tributos sobre o Lucro. 
Antes, porém, vejamos alguns aspectos da tributação do imposto sobre a renda. 
O imposto sobre a renda e proventos de qualquer natureza é tributo instituído pela União, no exercício da 
competência regular que lhe confere a Constituição Federal (CF, art. 153, III). 
As pessoas jurídicas estão sujeitas a um dos seguintes regimes jurídicos para apuração do imposto de 
renda: 
 a) lucro presumido; 
b) lucro arbitrado; 
c) lucro real. 
Tributos sobre o 
lucro
Imposto de 
Renda
CSLL
 
CFCDEAAZ.COM|ESCOLACONTABIL.COM 
 
 
 
4 
2.1 Lucro Presumido 
O lucro presumido pode ser utilizado pelos contribuintes cuja receita bruta total tenha sido igual ou 
inferior a R$ 78 milhões, no ano calendário anterior, ou R$ 6,5 milhões por mês se ano calendário tiver 
menos de 12 meses. 
1) (FBC/Exame de Suficiência/ Tec. Contabilidade/2015.1) 
As empresas A, B, C e D, optantes pelo regime de tributação com base no Lucro Presumido, apresentaram 
os seguintes montantes de Receita Bruta Total, de janeiro a dezembro de 2014: 
 
De acordo com a Lei n.º 9.718/98, com a redação dada pela Lei n.º 12.814/13, poderá(ão) optar pelo Lucro 
Presumido, em 2015, a(s) empresa(s): 
A) A e B, apenas. 
B) A, apenas. 
C) A, B e C, apenas. 
D) A, B, C e D. 
Comentários: 
As empresas A, B e C podem optar pelo lucro presumido. 
Gabarito → C 
No lucro presumido o imposto é calculado trimestralmente. 
Para achar a base de cálculo, basta que saibamos achá-la por presunção (resultado da receita bruta total x 
alíquota da presunção). Uma vez encontrada, procede-se à apuração pela multiplicação com a respectiva 
alíquota. 
 
 
A alíquota do imposto de renda que incidirá sobre a base de cálculo é de 15% (quinze por cento). 
O adicional do imposto de renda devido pelas pessoas jurídicas tributadas com base no lucro presumido 
será calculado mediante a aplicação do percentual de 10% (dez por cento) sobre a parcela do lucro 
presumido que exceder ao valor de R$ 60.000,00 (sessenta mil reais) em cada trimestre. 
Atividades Percentuais
Atividades em geral 8,00%
Revenda de combustíveis 1,60%
Serviços de transporte (exceto o de carga) 16,00%
Serviços de transporte de carga 8,00%
Serviços em geral (exceto serviços hospitalares) 32,00%
Serviços hospitalares 8,00%
Percentuais aplicados sobre a receita bruta:
 
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5 
Ou seja: 15% de alíquota normal. O que exceder R$ 20.000 por mês (ou R$ 60.000, no caso de apuração 
trimestral) terá tributação adicional de 10%. 
 
É calculado assim: 
2) (VUNESP/CM Pradópolis/Contabilidade/2016) 
Uma empresa de prestação de serviços de pintura, Pinta o Sete Ltda., registrou receitas de vendas relativas 
ao primeiro trimestre, findo em 31 de março de 2015, nos seguintes valores: 
Janeiro R$ 850.000,00; 
Fevereiro R$ 890.000,00; 
Março R$ 930.000,00. 
A empresa não apresenta qualquer incentivo ou diferencial fiscal de alíquota e está enquadrada na 
tributação pelo lucro presumido. 
Suponha a alíquota do lucro presumido de 32%. 
Por hipótese, o contador necessita calcular para o trimestre acumulado o valor do imposto de renda e o 
respectivo adicional do imposto de renda. Considerando as alíquotas pertinentes com o enquadramento na 
tributação da referida empresa, os respectivos valores são: 
a) R$ 102.000,00 e R$ 78.540,00. 
b) R$ 128.160,00 e R$ 91.340,00. 
c) R$ 128.160,00 e R$ 79.440,00. 
d) R$ 150.350,00 e R$ 79.440,00. 
e) R$ 150.350,00 e R$91.340,00. 
Comentários: 
“Serviços de pintura” se encaixa em “Serviços em geral”, com alíquota de lucro presumido de 32%. Ficamos 
assim: 
Receita do trimestre: R$ 850.000 + R$ 890.000 + R$ 930.000 = R$ 2.670.000 
Lucro presumido: R$ 2.670.000 x 32% = R$ 854.400 
Alíquota normal: R$ 854.400 x 15% = R$ 128.160 
Alíquota adicional: R$ 854.400 - R$ 60.000 = R$ 794.400 x 10% = R$ 79.440,00 
Gabarito → C 
Lucro 
Presumido
Alíquota 15% 
sobre o 
LUCRO
Se o lucro > 
R$ 20.000 por 
mês 
Adicional: 
10%
 
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6 
2.2 Lucro arbitrado 
O lucro arbitrado é lançado de ofício pela Secretaria da Receita Federal, por meio de seus auditores fiscais, 
geralmente, quando flagradas fraudes, vícios, omissões, inconsistências na escrituração de sujeito passivo. 
3) (FGV/CODEMIG/Contador/2015) 
A tributação do imposto de renda das pessoas jurídicas, decorrente da não validação da escrituração 
contábil, por apresentar evidentes indícios de fraudes ou conter vícios, é feita pelo enquadramento do 
contribuinte no lucro: 
a) real; 
b) contábil; 
c) arbitrado; 
d) líquido; 
e) presumido. 
Gabarito → C 
2.3 Lucro Real 
O lucro real, por seu turno, é o lucro líquido do período ajustado por adições, exclusões e compensações. 
 
Vejamos os ajustes do Lucro Real: 
Lucro apurado na contabilidade antes do IR (LAIR) 
+ Adições 
(-) Exclusões 
(-) Compensações 
Base de cálculo do imposto de renda. 
As adições aumentam a base do imposto. Um exemplo clássico são as multas. Na demonstração do 
resultado do exercício, as multas reduzem o valor do lucro e, consequentemente, do imposto a ser 
apurado. Permitindo-se esta situação, estar-se-ia sendo condescendente com aqueles que cometem 
ilícitos, uma vez que teriam sua tributação diminuída. Assim, as multas normalmente não são dedutíveis, 
devendo ser somadas ao Lucro Líquido do Exercício para efeito do Imposto de Renda 
Lucro
Presumido
Receita Bruta < 78 milhões 
ou 6,5 milhões por mês
Arbitrado
Lançado de ofício pela 
Receita Federal
Real
Lucro do período ajustado 
por adições, exclusões e 
compensações.
 
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7 
As exclusões têm por fim reduzir a base de cálculo do imposto, tendo em vista que no resultado contábil 
foram considerados resultados que não devem ser tributadas, como as receitas de dividendos, que são 
tributadas na empresa que os distribui. 
Professores, não entendi como funcionam as adições e exclusões. 
 
1) Adições são receitas tributáveis que não foram lançadas na DRE, portanto, precisam ser adicionadas 
para serem tributadas pelo IR ou que foram diminuídas da DRE mas devem ser acrescentadas, já que 
devemos tributar pelo IR. 
A perda com equivalência patrimonial, por exemplo, se enquadra nesta última hipótese. 
Se por exemplo, a empresa tem uma despesa com multa, por que está violando um pacto ambiental e está 
poluindo severamente o meio ambiente, não poderá deduzir este valor para fins de cálculo do IR. Seria 
premiá-la por seu próprio desleixo. Você está reduzindo o resultado, mas não pode fazê-lo. Deve fazer uma 
adição! As exclusões são justamente o contrário. 
Quando se está apurando o lucro real, podemos ter algumas exclusões, que vão diminuir a base de cálculo 
para pagamento do imposto de renda. São valores que a Receita Federal autoriza sejam diminuídos, 
resultados positivos, receitas e ganhos que estejam na DRE, mas não sejam computados no lucro real, e o 
próprio prejuízo fiscal que for apurado em exercícios anteriores (limitado a 30% do lucro líquido ajustado – 
ver explicações abaixo). 
Sobre a base de cálculo, incide o imposto de 15%, com adicional de Imposto de Renda de 10%, quando a 
base de cálculo ultrapassar R$ 20.000 por mês (considerando-se o período de apuração do imposto), 
conforme abaixo: 
A parcela do lucro real que exceder ao resultado da multiplicação de R$20.000,00 (vinte mil reais) pelo 
número dos meses do respectivo período de apuração sujeita-se à incidência do adicional, à alíquota de 
10% (dez por cento). 
Vejamos na prática como é... 
Uma empresa possui registrada em seu LALUR prejuízos fiscais no montante de R$ 100.000,00. 
Considere os seguintes dados: 
Em 2010, no primeiro trimestre, o lucro foi de R$ 400.000, sendo 40.000 de provisão para férias e resultado 
negativo de Método de Equivalência Patrimonial de R$ 40.000. 
Calcule o imposto de renda devido ao fim do primeiro trimestre. 
Comentários: 
No primeiro trimestre: 
Lucro antes do IR = 400.000. 
+ Adições (Perda com MEP) 40.000 
- Exclusões 0 
Lucro ajustado 440.000. 
Uma primeira ressalva. A provisão para férias é dedutível, mas como se trata de despesa, já foi 
considerada, uma vez que apurada antes do lucro líquido do trimestre. 
 
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O lucro do trimestre já considera todas as despesas do período. Isso é, nos 400.000 de lucro antes do IR já 
estão as despesas com férias. 
O máximo que poderá ser utilizado com as compensações é o montante de 30% deste lucro ajustado, de 
R$ 440.000, isto é, R$ 132.000. 
Mas só temos R$ 100.000, logo, poderemos utilizar todo o valor. 
Lucro ajustado 440.000 
(-) Compensações 100.000 
Base de cálculo do IR → Lucro real 340.000 
Agora, calcula-se o IR. 
A alíquota é de 15%, cobrando-se um adicional de 10% sobre o montante que exceder o número de 
meses x R$ 20.000. 
Teremos: 
Imposto = 15% x 340.000 = 51.000 
Adicional = 10% x (340.0000 – (3 x 20.000)) = 28.000 (vejam que a questão pede ao fim do primeiro 
trimestre). 
Somando as parcelas, teremos um imposto total de 51.000 + 28.000 = R$ 79.000,00. 
Vamos ver agora uma questão de verdade... 
4) (Consulplan/Exame CFC/2018.1) 
Uma prestadora de serviços de consultoria obteve no exercício de 2016 um prejuízo fiscal acumulado no 
seu LALUR no valor de R$ 250.000. No exercício de 2017, a empresa apresentou na Demonstração de 
Resultado um lucro de R$ 450.000, assim distribuídos: 
 
Considerando as informações anteriores, qual seria o valor do imposto de renda anual a pagar? 
a) R$ 90.000,00. 
b) R$ 126.000,00. 
c) R$ 127.500,00. 
d) R$ 169.750,00. 
Comentários: 
Vamos apurar o Lucro Real (para o Imposto de Renda). Para isso, vamos incluir as despesas não dedutíveis 
e excluir as receitas não tributáveis. 
Despesas Operacionais R$ 50.000 
Resultado Positivo da Equivalência Patrimonial R$ 500.000 
Custos dos Serviços Prestados R$ 19.100.000 
Receitas de Serviços de Consultoria R$ 20.000.000 
Provisão para Crédito de Liquidação Duvidosa (Não Realizada) R$ 900.000 
 
 
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9 
 
Como a empresa tem prejuízo fiscal acumulado, pode abater até 30% do lucro real. 
$850.000 x 30% = $ 255.000 
O valor do prejuízo fiscal, de 250.000, pode ser totalmente abatido do lucro real, para o cálculo do Imposto 
de Renda. 
$ 850.000 - $ 250.000 = $600.000 (lucro real após abater os prejuízos). 
A alíquota do imposto de renda é de 15%, mais o adicional de 10% para o que exceder $20.000 ao mês (ou 
$240.000, considerando o ano todo). 
Imposto de renda: $600.000 x 15% = $ 90.000 
Adicional do Imposto de renda: 
($600.000 - $240.000) x 10% 
$360.000 x 10% = $36.000 
Total do Imposto de Renda: $90.000 + $36.000 = $ 126.000 
Gabarito → B. 
- Despesas Indedutíveis para o Imposto de Renda 
Vejamos a seguir as principais despesas que aparecem na Contabilidade, mas que não são dedutíveis e 
devem ser somadas ao lucro para efeito do Imposto de renda: 
- Provisões em geral: as únicas “provisões” dedutíveis para o Imposto de Renda (IR) são as provisão para 
Férias e a provisão para 13º salário. 
Todas as outras são indedutíveis: Provisão para processos judiciais, provisões para perdas com devedores 
duvidosos, provisões para contingências, etc. 
Ressalta-se que a provisão será dedutível quando ocorrer a despesa. 
Por exemplo: uma empresa contabiliza uma provisão para processo trabalhista,devido a ação movida por 
um ex-funcionário. 
A empresa avaliou que é “provável” que seja necessário pagar R$ 100.000 nesse processo, e assim 
contabiliza o seguinte: 
D – Despesa com provisão para processo trabalhista (Resultado) 100.000 
C – Provisão para processo trabalhista (Passivo) 100.000 
A despesa de R$ 100.000 não é dedutível. Você não pode abater do cálculo do IR. Tal valor deverá ser 
somado ao resultado para cálculo do IR. 
Lucro R$ 450.000 
(-) Resultado Positivo da Equivalência Patrimonial -R$ 500.000 
 + Provisão para Crédito de Liquidação Duvidosa (Não Realizada) R$ 900.000 
Lucro Real R$ 850.000 
 
 
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Digamos que, 2 anos depois, o processo seja decidido contra a empresa. Nesse caso, o valor do pagamento 
ao ex-funcionário é dedutível. Ou seja, quando ocorre o decisão judicial, a provisão passa a ser dedutível 
para o IR. 
A contabilização fica assim: 
D - Provisão para processo trabalhista (Passivo) 100.000 
C – Caixa/Bancos (ativo) 100.000 
Repare que, no lançamento acima, não houve alteração no resultado. Mas, como a empresa perdeu o 
processo judicial, a despesa passa a ser dedutível. 
- Brindes: as despesas com brindes não são dedutíveis. Ocorrem quando a empresa oferece gratuitamente 
os seus produtos. 
A contabilização dos brindes é a seguinte: 
D – Despesas com brindes (resultado) 
C – Estoque (Ativo) 
- Multas Indedutíveis: Ocorre quando a empresa é multada por alguma infração tributária, de trânsito, etc. 
Contabilização: 
D – Despesa com multas (Resultado) 
C – Multas a pagar (Passivo) 
- Perda com Método da Equivalência Patrimonial (MEP). A perda com o Método de Equivalência 
Patrimonial refere-se a prejuízos apurados na empresa investida. 
Portando, serão considerados para Imposto de Renda na empresa investida, e não na investidora. 
 
 
 
• Provisões em geral(exceto a Provisão para Férias e a Provisão para 
13° salário, que são dedutíveis)
• Brindes
• Resultado Negativo da Equivalência Patrimonial
• Multas Indedutíveis
Despesas Indedutíveis para o Imposto de Renda
 
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11 
3 - Receitas Não Tributáveis para o Imposto de Renda 
As mais comuns são o Resultado positivo na Equivalência Patrimonial e as Receitas de Dividendos. 
Ambas se referem a lucros auferidos em empresa investida. Portanto, o tratamento tributário ocorre nas 
empresas investidas. 
Exemplo: A empresa A tem resultado positivo pelo Método de Equivalência Patrimonial (MEP) da sua 
investida, empresa B. 
Contabilização em A: 
D – Investimento em B (Ativo) 
C – Resultado positivo com MEP (Resultado) 
Para o imposto de renda de A, a receita com MEP não será tributada, pois já foi tributada em B quando 
essa apurou o seu resultado. O mesmo ocorre com as Receitas de Dividendos. 
 
 
4 Tratamento do Prejuízo Acumulado 
O Prejuízo Acumulado, para efeito do Imposto de Renda, é apurado no LALUR (Livro de apuração do Lucro 
Real). 
E apresenta a seguinte particularidade, em relação ao Prejuízo contábil: só pode abater 30% do Lucro Real 
apurado no exercício. 
Vamos supor que uma empresa tenha prejuízos acumulados no valor de R$ 10.000 (e que tal prejuízo seja 
também o prejuízo fiscal, para efeito de IR). 
Caso a empresa obtenha lucro de R$ 12.000 no exercício, para a contabilidade ficará assim: 
Lucro do exercício R$ 12.000 – Prejuízo Acumulado R$ 10.000 = R$ 2.000 de lucros acumulados. 
A empresa irá constituir reservas e pagar dividendos sobre o valor de $2.000. 
Para o Imposto de Renda: só pode compensar 30% do lucro. Fica assim: 
Receitas Não 
Tributáveis
Resultado Positivo da 
Equivalência 
Patrimonial
Dividendos
 
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12 
Lucro do Exercício R$ 12.000 
Prejuízo fiscal (30% x R$ 12.000) (R$ 3.600) 
Base para IR R$ 8.400 
IR (15% x8400) R$ 1.260 
5) (FGV/Auditor Fiscal/ISS Cuiabá/2016) 
Uma empresa apresentava em 31/12/X0 o seguinte balanço patrimonial: 
 
No ano X1, a empresa auferiu receitas à vista no valor de R$ 50.000,00 e incorreu em despesas à vista no 
valor de R$ 80.000,00. Em 31/12/X1 foi feito um estudo e constatou-se que a empresa apresentava 
perspectivas de lucros futuros. 
No ano X2, a empresa auferiu receitas à vista no valor de R$ 90.000,00 e incorreu em despesas, também à 
vista, no valor de R$ 70.000,00. 
Assinale a opção que indica a provisão para o imposto sobre a renda e contribuição social da empresa em 
31/12/X2, considerando alíquota de 34%. 
(A) Zero. 
(B) R$ 2.040,00. 
(C) R$ 3.400,00. 
(D) R$ 4.760,00. 
(E) R$ 6.800,00 
Comentários: 
Exercício de X1. 
Receita 50.000,00 
(-) Despesa (80.000,00) 
Prejuízo do exercício (30.000,00) 
O prejuízo acumulado, para efeito do Imposto de Renda, é apurado no LALUR (Livro de apuração do Lucro 
Real). E apresenta a seguinte particularidade, em relação ao Prejuízo contábil: só pode abater 30% do 
Lucro Real apurado no exercício. 
Nesse caso, a empresa tinha Prejuízos acumulados no valor de $10.000 (e que tal prejuízo seja também o 
prejuízo fiscal, para efeito de IR). 
Como em X2 ela teve lucro no exercício, para a contabilidade ficará assim: 
Lucro do exercício: 90.000 – 70.000 = 20.000,00 
R$ 20.000– prejuízo acumulado R$ 30.000 = R$ 10.000 de prejuízos acumulados. 
Como há prejuízo, não há constituição de reserva e pagamento de dividendos. Mas a questão quer saber o 
IR. 
Para o Imposto de Renda: 
 
CFCDEAAZ.COM|ESCOLACONTABIL.COM 
 
 
 
13 
Só pode compensar 30% do lucro. Fica assim: 
Lucro do Exercício R$ 20.000 
Prejuízo fiscal (30%) (R$ 6.000) 
Base para IR R$ 14.000 
IR (34% x 14000) R$ 4.760,00 
Gabarito → D. 
5 - Base Contábil e Base Fiscal 
Base fiscal é, em suma, o valor que os fiscos consideram para fins de tributação. 
Base contábil é a base utilizada para escrituração na escrita contábil. 
 
Nos termos do CPC 32: 
Resultado contábil é o lucro ou prejuízo para um período antes da dedução dos tributos sobre o lucro. 
 
Lucro tributável (prejuízo fiscal) é o lucro (prejuízo) para um período, determinado de acordo com as regras 
estabelecidas pelas autoridades tributárias, sobre o qual os tributos sobre o lucro são devidos 
(recuperáveis). 
Segundo o CPC, item 7, a base fiscal de um ativo é o valor que será dedutível para fins fiscais contra 
quaisquer benefícios econômicos tributáveis que fluirão para a entidade quando ela recuperar o valor 
contábil desse ativo. Se aqueles benefícios econômicos não serão tributáveis, a base fiscal do ativo é igual 
ao seu valor contábil. 
A leitura deste CPC é bastante ruim. Portanto, o que você precisa entender é que a base fiscal é o valor que 
utilizamos para fins de tributação. 
Exemplo do próprio CPC. 
Base fiscal de um ativo 
 
1. Uma máquina custa $ 100. Para fins fiscais a depreciação de $ 30 já foi deduzida nos períodos corrente e 
anterior, e o custo remanescente será dedutível nos períodos futuros, tanto como depreciação ou por meio 
de dedução na alienação. O lucro gerado pelo uso da máquina é tributável, qualquer ganho sobre a 
alienação da máquina é tributável e qualquer perda na venda é dedutível para fins fiscais. A base fiscal da 
máquina é $ 70. 
Base Fiscal
• Utilizada para cálculo do tributo conforme a legislação tributária
Base Contábil
• Utilizada segundo as regras da contabilidade
 
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14 
 
2. Contas a receber têm o valor contábil de $ 100. A receita relacionada já foi incluída no lucro tributável 
(prejuízo fiscal). A base fiscal das contas a receber é $ 100. 
 
3. Um empréstimo a receber tem o valor contábil de $ 100. O recebimento do empréstimo não tem 
nenhum efeito fiscal. A base fiscal do empréstimo é $ 100. 
No item 1, vê-se que caso a máquina seja vendida, alienada, a base fiscal, que servirá de cálculo para 
pagamento dos tributos sobre o lucro é $ 70,00. 
No item 2, a mesma coisa. Quando você vendeu, teve um lucro (emregra), esse lucro de $ 100 é a base 
fiscal. 
A base fiscal de um passivo é o seu valor contábil, menos qualquer valor que será dedutível para fins fiscais 
relacionado àquele passivo em períodos futuros. No caso da receita que é recebida antecipadamente, a 
base fiscal do passivo resultante é o seu valor contábil, menos qualquer valor da receita que não será 
tributável em períodos futuros. 
Exemplifiquemos. 
Base fiscal de um passivo 
 
1. O passivo circulante inclui multas e penalidades provisionadas com o valor contábil de $ 100. Multas e 
penalidades não são dedutíveis para fins fiscais. A base fiscal das multas e penalidades provisionadas é $ 
100. 
 
2. Um empréstimo a pagar possui o valor contábil de $ 100. O pagamento do empréstimo não tem nenhum 
efeito fiscal. A base fiscal do empréstimo é $ 100. 
Portanto, no item 1, a base fiscal do passivo é $ 100,00. A multa não é dedutível para fins de cálculo do 
imposto de renda, por exemplo. 
6) (CFC/EQT/Perito Contábil/2018) 
O diretor financeiro da empresa A examinou os cálculos do imposto de renda da pessoa jurídica (empresa 
B) referente ao exercício de 2017. No exame não se sentiu confortável para avaliar a base fiscal do ativo e 
do passivo. Em função de sua insegurança, sugeriu que a empresa contratasse um perito contábil para 
elucidar o conceito de base fiscal declarado pelo item 5 da NBC TG 32. 
Com base no que apresenta o conteúdo do referido item 5 da NBC TG 32, assinale a opção CORRETA. 
a) a Base fiscal é a diferença temporária que resulta em valores que são dedutíveis para determinar o lucro 
tributável. 
b) a Base fiscal é a diferença temporária que resulta em valores que são tributáveis para determinar o lucro 
tributável. 
c) a Base fiscal de ativo ou passivo é o valor atribuído àquele ativo ou passivo para fins fiscais. 
d) a Base fiscal é a compensação futura de prejuízos fiscais não utilizados. 
Comentários: 
Conforme dissemos: 
 
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15 
Base fiscal de ativo ou passivo é o valor atribuído àquele ativo ou passivo para fins fiscais. 
Gabarito → C. 
6 Tributos Correntes 
 São, geralmente, os tributos do período. Segundo o CPC 32: 
Tributo corrente é o valor do tributo devido (recuperável) sobre o lucro tributável (prejuízo fiscal) do 
período. 
Em geral, os tributos correntes são reconhecidos como passivo, até que haja o seu pagamento. 
Se eu paguei mais do que é devido no período corrente, então o montante que eu paguei a mais fica 
reconhecida como um ativo (direito) a ser compensada nos próximos períodos. 
É este o excerto do CPC 32: 
12. Os tributos correntes relativos a períodos correntes e anteriores devem, na medida em que não 
estejam pagos, ser reconhecidos como passivos. Se o valor já pago relacionado aos períodos atual e 
anteriores exceder o valor devido para aqueles períodos, o excesso deve ser reconhecido como ativo. 
7 - Reconhecimento De Ativos E Passivos Fiscais E Correntes 
Com as alterações promovidas pela legislação, hoje, existe uma separação na contabilidade entre o que é 
contábil e o que é puramente fiscal. 
A contabilidade geralmente acaba por se basear na melhor estimativa técnica disponível, enquanto que a 
legislação fiscal opta por seguir determinados prazos, diminuindo a discricionariedade do tomador de 
decisão. 
De acordo com o Regime Contábil da Competência, se a contabilidade já reconheceu uma receita ou 
lucro, a Despesa de Imposto de Renda deve ser reconhecida nesse mesmo período, ainda que tais 
receitas e lucros tenham a sua tributação diferida para efeitos fiscais, ou seja, o Imposto de Renda 
incidente sobre elas será pago em períodos futuros. 
A entidade deve reconhecer esses efeitos fiscais por meio da contabilização do passivo fiscal diferido, no 
exercício em que ocorrer. 
Por exemplo: 
Uma companhia teve uma receita de R$ 1.000,00 sendo R$ 500 à vista e R$ 500,00 a prazo na 
contabilidade, apurada pelo regime de competência. 
Todavia, tributada pelo regime de caixa, ela ainda não teve de pagar tributo sobre a parcela a prazo. 
Neste caso, contabilmente, você reconhece o Imposto de Renda sobre a parcela à vista e sobre a parcela a 
prazo, mas para fins fiscais não. 
Haverá, nesta hipótese, um passivo fiscal diferido. 
 
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16 
Ressalte-se que o diferimento do Imposto de Renda é feito somente para fins fiscais no LALUR, não 
alterando o lucro líquido na contabilidade, pois em função do regime de competência, na contabilidade 
não há postergação do reconhecimento do resultado. 
Portanto, veja que, no nosso exemplo, na contabilidade, você tributa o todo! Os R$ 1.000,00. Mas para fins 
fiscais, uma parcela somente será paga lá na frente, quando os outros R$ 500,00 forem recebidos. 
Nesses casos, a receita ou o lucro já foram registrados contabilmente pelo regime de competência e a 
despesa de Imposto de Renda também deve ser reconhecida no mesmo período, mediante crédito na 
conta de Imposto de Renda Diferido, classificada no Passivo Circulante ou no Passivo Não Circulante e 
débito na conta de despesa de Imposto de Renda no Resultado. 
Quando a receita ou o lucro se tornarem tributáveis, o valor constante da conta Imposto de Renda 
Diferido será transferido para a conta de Imposto de Renda no Passivo Circulante, não alterando o 
resultado desse período. 
Esses registros de Imposto de Renda Diferido também podem ocorrer em conta de ativo, denominada 
Ativo Fiscal Diferido. 
Difícil, não é? Ficará mais claro! 
Por enquanto, compreenda este excerto do CPC 32: 
A despesa tributária (receita tributária) compreende a despesa tributária corrente (receita tributária 
corrente) e a despesa tributária diferida (receita tributária diferida). 
Despesa tributária = Despesas tributária corrente + despesa tributária diferida. 
Receita tributária = Receita tributária corrente + receita tributária diferida. 
O tributo corrente, portanto, refere-se ao tributo do período! 
Os tributos correntes relativos a períodos correntes e anteriores devem, na medida em que não estejam 
pagos, ser reconhecidos como passivos. Se o valor já pago relacionado aos períodos atual e anteriores 
exceder o valor devido para aqueles períodos, o excesso deve ser reconhecido como ativo. 
O lançamento aqui é algo simples: 
D – Despesa com Imposto de Renda (Resultado) 
C – Imposto de Renda a pagar (Passivo Circulante) 
8 - Tributos Diferidos Passivos 
Segundo o CPC 32: 
Passivo fiscal diferido é o valor do tributo sobre o lucro devido em período futuro relacionado às diferenças 
temporárias tributáveis. 
7) (CFC/EQT/Perito Contábil/2018) 
A empresa A pretende capacitar seu contador para exercer a atividade de perito assistente. Para iniciar 
esse trabalho, a empresa A propôs um teste teórico para avaliar o nível de conhecimento do profissional a 
respeito de termos técnicos. 
 
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17 
Neste contexto, considere-se como sendo o contador da empresa A, agindo à luz do item 5 da NBC TG 32, 
e, em seguida, assinale a opção CORRETA. 
a) Tributo corrente é o valor do tributo sobre o lucro devido em período futuro relacionado às diferenças 
temporárias tributáveis. 
b) Tributo corrente é o valor do tributo devido (recuperável) sobre o lucro tributável (prejuízo fiscal) do 
período. 
c) Passivo fiscal diferido é o valor do tributo sobre o lucro devido em período futuro relacionado às adições 
permanentes. 
d) Passivo fiscal diferido é o valor do tributo sobre o lucro devido em período futuro relacionado às 
exclusões permanentes. 
Comentários: 
A letra a está incorreta. Tributo corrente é o tributo devido no período. 
O item b é o nosso gabarito. O tributo corrente é o valor do tributo devido ou a ser recuperado no período. 
As letras c e d estão incorretas. 
Segundo o CPC 32, passivo fiscal diferido é o valor do tributo sobre o lucro devido em período futuro 
relacionado às diferenças temporárias tributáveis. 
Gabarito → B.8.1 Diferenças Permanentes Entre a Base Contábil e Base Fiscal 
Algumas diferenças entre a legislação contábil e fiscal nunca serão compensadas. Essas são as chamadas 
diferenças permanentes entre a base fiscal e a base contábil. 
 
Por exemplo: uma multa aplicada por um Auditor Fiscal da Receita Federal. Esta é uma despesa na DRE 
(base contábil). Todavia, para fins de apuração do Imposto de Renda, ela não é dedutível, isto é, você 
jamais poderá abatê-la no cálculo do imposto. 
8.2 Diferenças Temporárias Entre a Base Contábil e Base Fiscal 
Todavia, algumas diferenças entre a base fiscal e base contábil poderão ser compensadas lá na frente. 
Estas diferenças são chamadas de diferenças temporárias. Com o tempo, as diferenças temporárias irão se 
ajustar e zerar. 
As diferenças temporárias que sejam tributáveis são consideradas impostos diferidos passivos. 
As diferenças tributárias que sejam dedutíveis são consideradas impostos diferidos ativos. 
Diferenças Permanentes Não São Compensadas
 
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18 
 
As diferenças temporárias, repetindo, se ajustam ao longo do período! 
Segundo o CPC 32: 
15. Um passivo fiscal diferido deve ser reconhecido para todas as diferenças temporárias tributáveis (...) 
 
24. O ativo fiscal diferido deve ser reconhecido para todas as diferenças temporárias dedutíveis na medida 
em que seja provável a existência de lucro tributável contra o qual a diferença temporária dedutível possa 
ser utilizada, (...) 
9 - Tributos Diferidos Passivos 
Ocorre, como dissemos acima, na diferença temporária tributável. Isso é, quando a base contábil e base 
fiscal são distintas e você terá de pagar um tributo posteriormente. Basicamente, isso se dá em duas 
situações: 
- Ativo Contábil maior que o Ativo Fiscal. 
- Passivo Contábil menor do que o Passivo Fiscal. 
 
9.1 - Ativo Contábil Maior do que Ativo Fiscal 
A companhia KLS possui uma máquina, com valor de aquisição de R$ 100.000,00, sem valor residual. 
A empresa pretende depreciar ao longo de 20 anos. 
Todavia, a Receita Federal somente admite a depreciação pelo período de 10 anos. 
Além disso, a empresa tem receitas diversas no exercício de R$ 200.000,00 e despesas de R$ 150.000,00. 
Vamos sintetizar todas as informações. 
 
Diferença 
Temporária
Tributável
Impostos 
Passivos 
Diferidos
Dedutível
Impostos 
Ativos Diferidos
Impostos 
Diferidos Passivos
Ativo Contábil > 
Ativo Fiscal
Passivo Contábil < 
Passivo Fiscal
 
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19 
Vida útil Anos Valor de Aquisição Depreciação Anual 
Contábil 20 R$ 100.000,00 R$ 5.000,00 
Fiscal 10 R$ 100.000,00 R$ 10.000,00 
Ao término do primeiro ano teremos a seguinte situação: 
Máquina 100.000,00R$ Máquina 100.000,00R$ 
Depreciação Acumulada 5.000,00-R$ Depreciação Acumulada 10.000,00-R$ 
95.000,00R$ 90.000,00R$ 
Base Contábil Base Fiscal
 
Note aqui! A base contábil do ativo é maior do que a base fiscal. Atenção a este ponto! 
Agora, vamos montar a demonstração do resultado do exercício. 
Receitas 200.000,00R$ Receitas 200.000,00R$ 
(-) Despesas 150.000,00-R$ (-) Despesas 150.000,00-R$ 
(-) Depreciação 5.000,00-R$ (-) Depreciação 10.000,00-R$ 
LAIR 45.000,00R$ LAIR 40.000,00R$ 
Base Contábil Base Fiscal
Demonstração do Resultado do Exercício
 
Portanto, o LAIR é o Lucro Antes do Imposto de Renda e Contribuição Social sobre o Lucro Líquido. 
Para fins didáticos, vamos trabalhar somente com o Imposto de Renda, de 15%. 
Você se lembra de que nós dissemos que o lucro pago efetivamente é aquele baseado na base fiscal? 
Pois bem, o IR devido é o seguinte: 
LAIR - Fiscal 40.000,00R$ 
Alíquota IR 15%
Tributo devido 6.000,00R$ 
Tributo devido ao Fisco
 
Mas, como a contabilidade deve funcionar de forma independente, isto é, você deve calcular o tributo 
também como se fosse devido pela escrituração contábil, teremos o seguinte: 
LAIR - Fiscal 45.000,00R$ 
Alíquota IR 15%
Tributo devido 6.750,00R$ 
Tributo escriturado na Base Contábil
 
Veja assim que há uma diferença. A companhia pagará R$ 6.000,00 de acordo com a sua apuração fiscal, e 
escriturará R$ 6.750,00 de acordo com a sua escrituração contábil. 
A diferença é: 
IR Contábil 6.750,00R$ 
(-) IR Fiscal 6.000,00R$ 
Diferença 750,00R$ 
Diferença
 
 
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20 
Portanto, os R$ 6.000,00 são lançados como Imposto de Renda Corrente (do período) e os R$ 750,00 são 
lançados como Impostos Diferidos Passivos, pois serão compensados lá na frente. 
O lançamento contábil é o seguinte: 
D – Despesa com Imposto de Renda (DRE) 6.750,00 
C – Imposto de Renda Corrente (Passivo) 6.000,00 
C – Imposto Diferido Passivo (Passivo) 750,00 
Então, ano a ano teremos essa diferença decorrente do Imposto Diferido Passivo. 
Nos próximos 10 anos, você terá a mesma situação, uma vez que a estimativa contábil diverge da 
estimativa fiscal, correto? 
Ao final dos 10 anos teremos: 
IR Diferido 10 x 750 = R$ 7.500,00. 
Mas no décimo primeiro ano, você concorda que todo o valor fiscal já terá sido abatido? Afinal, o Fisco 
permitia o prazo de 10 anos para abater a depreciação toda. 
Ficará assim (supondo as mesmas receitas e despesas): 
Receitas 200.000,00R$ Receitas 200.000,00R$ 
(-) Despesas 150.000,00-R$ (-) Despesas 150.000,00-R$ 
(-) Depreciação 5.000,00-R$ (-) Depreciação -R$ 
LAIR 45.000,00R$ LAIR 50.000,00R$ 
Demonstração do Resultado do Exercício
Base Contábil Base Fiscal
 
Novamente, a depreciação pela base fiscal já acabou, pois já se passaram 10 anos. A depreciação pela base 
contábil ainda existe, pois ela é de 20 anos. 
Agora, vamos calcular o IR: 
LAIR - Fiscal 50.000,00R$ 
Alíquota IR 15%
Tributo devido 7.500,00R$ 
LAIR - Fiscal 45.000,00R$ 
Alíquota IR 15%
Tributo devido 6.750,00R$ 
Tributo devido ao Fisco
Tributo escriturado na Base Contábil
 
Como vocês podem notar, agora, o tributo devido é maior do que aquele apurado na base contábil. 
Contabilmente, você deveria pagar R$ 6.750,00, e em termos fiscais você deve pagar R$ 7.500,00. 
O que você fará então? O seguinte! Você pegará o valor que tinha sido diferido lá atrás e traz para tributos 
correntes. 
Na DRE, você terá o seguinte: 
D – Despesa com imposto de renda (Despesa) 6.750 
 
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21 
C – Imposto de Renda Corrente (Passivo) 6.750 
Mas veja que o valor devido ao fisco é de R$ 7.500,00. Então, quanto você transferirá dos tributos 
diferidos? A diferença: R$ 7.500 – 6.750 = R$ 750,00. 
D – Imposto Passivo Diferido (Passivo) 750 
C – Imposto de Renda Corrente (Passivo) 750 
E todos os anos você fará isso, até que o valor do Imposto de Renda Diferido fique zerado. Isso ocorrerá 
exatamente no último ano. 
Muito legal, não? 
Mas difícil. Treine sozinho para ver se você consegue! 
9.2 - Passivo Contábil Menor Do Que Passivo Fiscal 
Vamos supor que uma companhia efetuou um empréstimo, no valor de R$ 100.000,00, com custos de 
transação de R$ 24.000,00, para pagar em 24 meses, sendo R$ 1.000,00 por mês. 
Segundo o CPC 08, esse custo de transação é lançado contabilmente como despesa ao longo do regime de 
competência. 
Mas segundo a legislação fiscal, o valor deve ser deduzido uma única vez no Imposto de Renda do 
Exercício. 
 Além disso, a empresa tem receitas de R$ 1.000.000,00 e despesas de R$ 700.000,00. Considere a alíquota 
do IR de 15%. 
Receitas 1.000.000,00R$ Receitas 1.000.000,00R$ 
(-) Despesas 700.000,00-R$ (-) Despesas 700.000,00-R$ 
(-) Custo Transação 24.000,00-R$ 
Lucro 300.000,00R$ Lucro 276.000,00R$ 
Base Contábil Base Fiscal
Demonstração do Resultado do Exercício 
 
Lembrando que devemos pagar ao Fisco o valor encontrado com base na apuração fiscal.LAIR - Fiscal 276.000,00R$ 
Alíquota IR 15%
Tributo devido 41.400,00R$ 
Tributo devido ao Fisco
 
Portanto, vamos pagar ao Governo o valor de R$ 41.400,00. 
Todavia, para fins contábeis, devemos fazer a contabilização conforme a DRE contábil: 
LAIR - Contábil 300.000,00R$ 
Alíquota IR 15%
Tributo devido 45.000,00R$ 
Tributo escriturado na Base Contábil
 
A diferença, portanto, é o Imposto de Renda Diferido: 
 
CFCDEAAZ.COM|ESCOLACONTABIL.COM 
 
 
 
22 
IR Contábil 45.000,00R$ 
(-) IR Fiscal 41.400,00R$ 
Diferença 3.600,00R$ 
Diferença
 
O Imposto de Renda Diferido é, portanto, de R$ 3.600,00, que deverá ser compensado em 24 meses (R$ 
3.600/24 = R$ 150,00 por mês). 
Depois, você não terá mais tributo na base fiscal, posto que já foi tudo deduzido imediatamente. Mas terá 
o lançamento da despesa da DRE contábil. 
Receitas 1.000.000,00R$ Receitas 1.000.000,00R$ 
(-) Despesas 700.000,00-R$ (-) Despesas 700.000,00-R$ 
(-) Custo Transação 1.000,00-R$ 
Lucro 299.000,00R$ Lucro 300.000,00R$ 
Base Contábil Base Fiscal
 
E a apuração ficará assim: 
LAIR - Fiscal 300.000,00R$ 
Alíquota IR 15%
Tributo devido 45.000,00R$ 
LAIR - Contábil 299.000,00R$ 
Alíquota IR 15%
Tributo devido 44.850,00R$ 
IR Contábil 44.850,00R$ 
(-) IR Fiscal 45.000,00R$ 
Diferença 150,00-R$ 
Tributo devido ao Fisco
Tributo escriturado na Base Contábil
Diferença
 
Esses R$ 150,00 são exatamente o valor que encontramos lá em cima. 
Você pode notar que o imposto passivo diferido surge quando o lucro contábil 
é maior do que o lucro apurado na base fiscal. 
 
 
 
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23 
10 - Tributos Diferidos Ativos 
Os ativos representam direitos, correto? 
Então, os tributos diferidos ativos (ou impostos diferidos ativos) são tributos que você terá direito de 
compensar no futuro. 
Isso ocorre por que você pagou a mais de acordo com a base fiscal, mas não reconhecer ainda o imposto 
na base contábil. 
Ocorre, como dissemos acima, na diferença temporária dedutível. Isso é, quando a base contábil e base 
fiscal são distintas e você poderá compensar um tributo posteriormente. Basicamente, isso se dá em duas 
situações: 
- Ativo Contábil menor que o Ativo Fiscal. 
- Passivo Contábil maior do que o Passivo Fiscal. 
 
10.1 - Ativo Contábil Menor que o Ativo Fiscal 
A companhia KLS possui uma máquina, com valor de aquisição de R$ 100.000,00, sem valor residual. 
A empresa pretende depreciar ao longo de 10 anos. 
Todavia, a Receita Federal somente admite a depreciação pelo período de 20 anos. 
Além disso, a empresa tem receitas diversas no exercício de R$ 200.000,00 e despesas de R$ 150.000,00. 
Vamos sintetizar todas as informações. 
Vida útil Anos Valor de Aquisição Depreciação Anual
Contábil 10 100.000,00R$ 10.000,00R$ 
Fiscal 20 100.000,00R$ 5.000,00R$ 
Ao término do primeiro ano teremos a seguinte situação: 
Máquina 100.000,00R$ Máquina 100.000,00R$ 
Depreciação Acumulada 10.000,00-R$ Depreciação Acumulada 5.000,00-R$ 
90.000,00R$ 95.000,00R$ 
Base Contábil Base Fiscal
 
Note aqui! A base contábil do ativo é menor do que a base fiscal. Atenção a este ponto! 
Agora, vamos montar a demonstração do resultado do exercício. 
Impostos 
Diferidos Passivos
Ativo Contábil < 
Ativo Fiscal
Passivo Contábil > 
Passivo Fiscal
 
CFCDEAAZ.COM|ESCOLACONTABIL.COM 
 
 
 
24 
Receitas 200.000,00R$ Receitas 200.000,00R$ 
(-) Despesas 150.000,00-R$ (-) Despesas 150.000,00-R$ 
(-) Depreciação 10.000,00-R$ (-) Depreciação 5.000,00-R$ 
LAIR 40.000,00R$ LAIR 45.000,00R$ 
Demonstração do Resultado do Exercício
Base Contábil Base Fiscal
 
Portanto, o LAIR é o Lucro Antes do Imposto de Renda e Contribuição Social sobre o Lucro Líquido. 
Para fins didáticos, vamos trabalhar somente com o Imposto de Renda, de 15%. 
Você se lembra de que nós dissemos que o lucro pago efetivamente é aquele baseado na base fiscal? 
Pois bem, o IR devido é o seguinte: 
LAIR - Fiscal 45.000,00R$ 
Alíquota IR 15%
Tributo devido 6.750,00R$ 
Tributo devido ao Fisco
 
Mas, como a contabilidade deve funcionar de forma independente, isto é, você deve calcular o tributo 
também como se fosse devido pela escrituração contábil, teremos o seguinte: 
LAIR - Fiscal 40.000,00R$ 
Alíquota IR 15%
Tributo devido 6.000,00R$ 
Tributo escriturado na Base Contábil
 
Veja assim que há uma diferença. A companhia pagará R$ 6.750,00 de acordo com a sua apuração fiscal, e 
escriturará R$ 6.000,00 de acordo com a sua escrituração contábil. 
A diferença é: 
IR Fiscal 6.750,00R$ 
(-) IR Contábil 6.000,00R$ 
Diferença 750,00R$ 
Diferença
 
Portanto, os R$ 6.750,00 são lançados como Imposto de Renda Corrente (do período) e os R$ 750,00 são 
lançados como Impostos Diferidos Ativos, pois serão compensados lá na frente. 
Esses R$ 750,00 você já pagou com base na apuração fiscal, mas ainda não é considerado “devido” na base 
contábil. 
O lançamento contábil é o seguinte: 
D – Despesa com Imposto de Renda (DRE) 6.000,00 
D – Impostos Diferidos Ativos (Ativo) 750,00 
C – Imposto de Renda Corrente (Passivo) 6.750,00 
Assim, temos: 
- Imposto a ser pago ao Fisco: R$ 6.750,00 
- Imposto lançado como despesa do exercício (DRE contábil): R$ 6.000,00 
 
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25 
- Imposto diferido ativo (a ser compensado futuramente): R$ 750,00 
Então, ano a ano teremos essa diferença decorrente do Imposto Diferido Ativo. 
Nos próximos 10 anos, você terá a mesma situação, uma vez que a estimativa contábil diverge da 
estimativa fiscal, correto? 
Ao final dos 10 anos teremos: 
IR Diferido Ativo 10 x 750 = R$ 7.500,00. 
Mas no décimo primeiro ano, você concorda que todo o valor contábil já terá sido abatido? Afinal, a 
empresa estipulou o prazo de 10 anos para abater a depreciação toda. 
Nos últimos 10 anos, você terá uma obrigação pela contabilidade, mas não terá uma obrigação fiscal, então 
essa diferença vai se compensando com o Imposto Diferido Ativo, até que o resultado zere ao final. 
10.2 - Passivo Contábil Maior Que o Passivo Fiscal 
Aqui, vamos exemplificar da seguinte forma. 
Imagine que a empresa KLS tenha sido autuada em uma fiscalização realizada pela Secretaria da Fazenda 
do Estado do Rio de Janeiro. 
O valor é de R$ 5.000.000,00. Como a chance de perda é provável, ela resolve constituir uma provisão. 
Essa provisão, todavia, não é dedutível para fins fiscais. 
Além disso, a empresa teve receitas de R$ 30.000.000,00 e despesas de R$ 18.000.000,00. 
Provisão 5.000.000,00R$ 
Provisão -R$ 
Base Contábil
Base Fiscal
 
Agora, vamos para a DRE! Lembre-se de que contabilmente a provisão é lançada, mas não pode ser abatida 
para calcular o IR devido ao Fisco: 
Receitas 30.000.000,00R$ Receitas 30.000.000,00R$ 
(-) Despesas 18.000.000,00-R$ (-) Despesas 18.000.000,00-R$ 
(-) Provisão 5.000.000,00-R$ 
Lucro 7.000.000,00R$ Lucro 12.000.000,00R$ 
Demonstração do Resultado do Exercício 
Base Contábil Base Fiscal
 
Vejamos quanto será efetivamente devido ao Fisco: 
LAIR - Fiscal 12.000.000,00R$ 
Alíquota IR 15%
Tributo devido 1.800.000,00R$ 
Tributo devido ao Fisco
 
Agora, vamos ver quanto é o valor que está escriturado na contabilidade: 
 
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LAIR - Contábil 7.000.000,00R$ 
Alíquota IR 15%
Tributo devido 1.050.000,00R$ 
Tributo escriturado na Base Contábil
 
Ou seja, pela apuração fiscal, você tem de pagar R$ 1.800.000,00 à RFB. Contudo, pela apuração contábil 
somente R$ 1.050.000,00. 
Essa diferença são os tributos diferidosativos. 
IR Contábil 1.050.000,00R$ 
(-) IR Fiscal 1.800.000,00R$ 
Diferença 750.000,00-R$ 
Diferença
 
O lançamento na contabilidade é o seguinte: 
D – Despesa com IR (Despesa) 1.050.000,00 
D – Imposto Diferido Ativo (Ativo) 750.000,00 
C – Imposto de Renda Corrente (Passivo) 1.800.000,00 
Então é isso! Sei que essa aula não foi uma aula simples, mas faz parte. 
 
 
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11 - Questões Comentadas 
8) (Consulplan/Exame CFC/2018.2) 
Uma empresa apresentava o seguinte balanço patrimonial em 31/12/2015: 
Caixa 200.000 Capital Social 200.000 
No ano de 2016 aconteceram os seguintes eventos: 
- Compra de um veículo por R$ 30.000,00 à vista. A empresa espera utilizá-lo por dez anos, enquanto a vida 
útil fiscal é de cinco anos; 
- Apuração de receita de serviços no valor de R$ 70.000,00 à vista. Os custos eram de R$ 100.000,00 e 
foram pagos à vista. 
No ano de 2017 aconteceram os seguintes eventos: 
- Apuração de receita de serviços à vista no valor de R$ 120.000,00. Os custos eram de R$ 100.000,00 e 
foram pagos à vista. 
Assinale o saldo do imposto de renda e contribuição social diferidos, apresentado no balanço patrimonial 
da empresa em 31/12/2017, considerando a alíquota de imposto de renda e contribuição social de 34% e 
que a empresa apresenta perspectiva de lucros futuros em todos os exercícios. 
a) R$ 8.772,00. 
b) R$ 9.034,00. 
c) R$ 10.812,00. 
d) R$ 12.852,00 
Comentários: 
Vamos começar pelo ano de 2016. As informações sobre o veículo são as seguintes: 
Vida útil Anos Valor de Aquisição Depreciação Anual
Contábil 10 30.000,00R$ 3.000,00R$ 
Fiscal 5 30.000,00R$ 6.000,00R$ 
Vamos agora montar a DRE: 
Receitas 70.000,00R$ Receitas 70.000,00R$ 
(-) Despesas 100.000,00-R$ (-) Despesas 100.000,00-R$ 
(-) Depreciação 3.000,00-R$ (-) Depreciação 6.000,00-R$ 
Prejuízo 33.000,00-R$ Prejuízo 36.000,00-R$ 
Imposto Diferido 11.220,00-R$ IR/CSLL -R$ 
Demonstração do Resultado do Exercício - 2016
Base Contábil Base Fiscal
 
Portanto, você poderá compensar esses R$ 11.220,00 em um período em que houver lucro, se esses lucros 
forem estimados como recorrentes futuramente para a companhia. 
Os R$ 11.220,00 representam um Ativo Fiscal Diferido, já que você poderá compensar com lucros futuros. 
Vamos para 2017! 
 
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A base contábil é a seguinte: 
Receitas 120.000,00R$ 
(-) Despesas 100.000,00-R$ 
(-) Depreciação 3.000,00-R$ 
Lucro 17.000,00R$ 
Base Contábil
 
A apuração do imposto pela contabilidade fica assim: 
LAIR - Contábil 17.000,00R$ 
Alíquota IR 34%
Tributo devido 5.780,00R$ 
Tributo escriturado na Base Contábil
 
Já a parte fiscal fica assim: 
Receitas 120.000,00R$ 
(-) Despesas 100.000,00-R$ 
(-) Depreciação 6.000,00-R$ 
Lucro 14.000,00R$ 
(-) Prejuízo 4.200,00-R$ 
Base Tributos 9.800,00R$ 
Base Fiscal
 
Vejam que você vai compensar R$ 4.200,00 de prejuízos contábeis que tiver (30% de 14.000,00). 
A base dos tributos, portanto, será de R$ 9.800,00. 
LAIR - Fiscal 9.800,00R$ 
Alíquota IR/CSLL 34%
Tributo devido 3.332,00R$ 
Tributo devido ao Fisco
 
Portanto, em 2017, você tem: 
Tributo contábil devido: R$ 5.780,00 
Tributo fiscal devido: R$ 3.332,00 
Ou seja, o seu contábil é maior do que o fiscal. Você terá um tributo fiscal diferido, que terá que ser pago 
futuramente, de R$ 2.448,00. 
Portanto, no final, teremos o seguinte: 
Ativo Fiscal Diferido 11.220,00R$ 
Passivo Fiscal Diferido 2.448,00-R$ 
Saldo 8.772,00R$ 
Gabarito → A. 
 
9) (CFC/EQT/Perito Contábil/2018) 
Na preparação da base de cálculo do imposto de renda da empresa K, o contador Y apurou o valor do lucro 
tributável e o valor das diferenças temporais ativas e passivas utilizando os dados demonstrados a seguir: 
 
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a) lucro antes do imposto de renda e da contribuição social sobre o lucro líquido R$5.000,00. 
b) receita de dividendos de participação avaliada pelo método da equivalência patrimonial (MEP) 
R$2.000,00. 
c) estimativa de desembolso para pagamento de reclamação trabalhista R$1.000,00. 
d) lucro com tributação diferida pelo regime de caixa por seis meses R$3.000,00. 
O advogado tributarista da empresa K discorda dos valores apresentados pelo contador Y. Para dirimir as 
dúvidas, um perito contador foi contratado para apresentar os valores correspondentes às diferenças 
temporais. 
De acordo com o item 5 da NBC TG 32 (Tributos sobre o Lucro), julgue os itens abaixo e, em seguida, 
assinale a opção CORRETA. 
I. O valor da diferença temporal tributável é R$5.000,00. 
II. O valor da diferença temporal dedutível é R$1.000,00. 
III. A diferença entre os valores das diferenças temporais tributável e dedutível é R$2.000,00. 
IV. O valor da diferença temporal tributável é R$2.000,00. 
V. O valor da diferença temporal dedutível é R$3.000,00. 
Está(ão) CORRETO(S) apenas o(s) item(ns): 
a) II. b) II e V. c) II e III. d) V 
Comentários: 
a) lucro antes do imposto de renda e da contribuição social sobre o lucro líquido R$5.000,00. 
O próprio lucro não pode ser considerado uma diferença. 
b) receita de dividendos de participação avaliada pelo método da equivalência patrimonial (MEP) 
R$2.000,00. 
Essa á uma diferença permanente. Não é considerada uma diferença tributável. 
c) estimativa de desembolso para pagamento de reclamação trabalhista R$1.000,00. 
Aqui, você terá um passivo contábil de R$ 1.000,00 e um passivo fiscal de R$ 0,00. Ou seja, você tem que 
pagar o valor sobre a base fiscal, mas não precisa “pagar” agora em relação à base contábil. Por isso, 
temos: 
Passivo contábil > Passivo Fiscal = Impostos Diferidos Ativos = Base temporária dedutível. 
d) lucro com tributação diferida pelo regime de caixa por seis meses R$3.000,00. 
Aqui, você irá reconhecer o lucro pelo regime contábil (e apurar o imposto contabilmente), mas não pagará 
o imposto para o Fisco. 
Ativo contábil > Ativo fiscal = Imposto Diferido Passivo = Base temporária tributável. 
Vamos analisar as assertivas: 
I. O valor da diferença temporal tributável é R$5.000,00. 
Errado. O valor da diferença temporária tributável é de R$ 3.000,00. 
II. O valor da diferença temporal dedutível é R$1.000,00. 
 
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30 
Correto 
III. A diferença entre os valores das diferenças temporais tributável e dedutível é R$2.000,00. 
Correto. 
IV. O valor da diferença temporal tributável é R$2.000,00. 
Errado. 
V. O valor da diferença temporal dedutível é R$3.000,00. 
Errado. 
Gabarito → C. 
 
 
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12 - Questões Comentadas Nesta Aula 
1) (FBC/Exame de Suficiência/ Tec. Contabilidade/2015.1) 
As empresas A, B, C e D, optantes pelo regime de tributação com base no Lucro Presumido, apresentaram 
os seguintes montantes de Receita Bruta Total, de janeiro a dezembro de 2014: 
 
De acordo com a Lei n.º 9.718/98, com a redação dada pela Lei n.º 12.814/13, poderá(ão) optar pelo Lucro 
Presumido, em 2015, a(s) empresa(s): 
A) A e B, apenas. 
B) A, apenas. 
C) A, B e C, apenas. 
D) A, B, C e D. 
2) (VUNESP/CM Pradópolis/Contabilidade/2016) 
Uma empresa de prestação de serviços de pintura, Pinta o Sete Ltda., registrou receitas de vendas relativas 
ao primeiro trimestre, findo em 31 de março de 2015, nos seguintes valores: 
Janeiro R$ 850.000,00; 
Fevereiro R$ 890.000,00; 
Março R$ 930.000,00. 
A empresa não apresenta qualquer incentivo ou diferencial fiscal de alíquota e está enquadrada na 
tributação pelo lucro presumido.Suponha a alíquota do lucro presumido de 32%. 
Por hipótese, o contador necessita calcular para o trimestre acumulado o valor do imposto de renda e o 
respectivo adicional do imposto de renda. Considerando as alíquotas pertinentes com o enquadramento na 
tributação da referida empresa, os respectivos valores são: 
a) R$ 102.000,00 e R$ 78.540,00. 
b) R$ 128.160,00 e R$ 91.340,00. 
c) R$ 128.160,00 e R$ 79.440,00. 
d) R$ 150.350,00 e R$ 79.440,00. 
e) R$ 150.350,00 e R$ 91.340,00. 
3) (FGV/CODEMIG/Contador/2015) 
 
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32 
A tributação do imposto de renda das pessoas jurídicas, decorrente da não validação da escrituração 
contábil, por apresentar evidentes indícios de fraudes ou conter vícios, é feita pelo enquadramento do 
contribuinte no lucro: 
a) real; 
b) contábil; 
c) arbitrado; 
d) líquido; 
e) presumido. 
4) (Consulplan/Exame CFC/2018.1) 
Uma prestadora de serviços de consultoria obteve no exercício de 2016 um prejuízo fiscal acumulado no 
seu LALUR no valor de R$ 250.000. No exercício de 2017, a empresa apresentou na Demonstração de 
Resultado um lucro de R$ 450.000, assim distribuídos: 
 
Considerando as informações anteriores, qual seria o valor do imposto de renda anual a pagar? 
a) R$ 90.000,00. 
b) R$ 126.000,00. 
c) R$ 127.500,00. 
d) R$ 169.750,00. 
5) (FGV/Auditor Fiscal/ISS Cuiabá/2016) 
Uma empresa apresentava em 31/12/X0 o seguinte balanço patrimonial: 
 
No ano X1, a empresa auferiu receitas à vista no valor de R$ 50.000,00 e incorreu em despesas à vista no 
valor de R$ 80.000,00. Em 31/12/X1 foi feito um estudo e constatou-se que a empresa apresentava 
perspectivas de lucros futuros. 
No ano X2, a empresa auferiu receitas à vista no valor de R$ 90.000,00 e incorreu em despesas, também à 
vista, no valor de R$ 70.000,00. 
Assinale a opção que indica a provisão para o imposto sobre a renda e contribuição social da empresa em 
31/12/X2, considerando alíquota de 34%. 
(A) Zero. 
(B) R$ 2.040,00. 
(C) R$ 3.400,00. 
(D) R$ 4.760,00. 
Despesas Operacionais R$ 50.000 
Resultado Positivo da Equivalência Patrimonial R$ 500.000 
Custos dos Serviços Prestados R$ 19.100.000 
Receitas de Serviços de Consultoria R$ 20.000.000 
Provisão para Crédito de Liquidação Duvidosa (Não Realizada) R$ 900.000 
 
 
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33 
(E) R$ 6.800,00 
6) (CFC/EQT/Perito Contábil/2018) 
O diretor financeiro da empresa A examinou os cálculos do imposto de renda da pessoa jurídica (empresa 
B) referente ao exercício de 2017. No exame não se sentiu confortável para avaliar a base fiscal do ativo e 
do passivo. Em função de sua insegurança, sugeriu que a empresa contratasse um perito contábil para 
elucidar o conceito de base fiscal declarado pelo item 5 da NBC TG 32. 
Com base no que apresenta o conteúdo do referido item 5 da NBC TG 32, assinale a opção CORRETA. 
a) a Base fiscal é a diferença temporária que resulta em valores que são dedutíveis para determinar o lucro 
tributável. 
b) a Base fiscal é a diferença temporária que resulta em valores que são tributáveis para determinar o lucro 
tributável. 
c) a Base fiscal de ativo ou passivo é o valor atribuído àquele ativo ou passivo para fins fiscais. 
d) a Base fiscal é a compensação futura de prejuízos fiscais não utilizados. 
7) (CFC/EQT/Perito Contábil/2018) 
A empresa A pretende capacitar seu contador para exercer a atividade de perito assistente. Para iniciar 
esse trabalho, a empresa A propôs um teste teórico para avaliar o nível de conhecimento do profissional a 
respeito de termos técnicos. 
Neste contexto, considere-se como sendo o contador da empresa A, agindo à luz do item 5 da NBC TG 32, 
e, em seguida, assinale a opção CORRETA. 
a) Tributo corrente é o valor do tributo sobre o lucro devido em período futuro relacionado às diferenças 
temporárias tributáveis. 
b) Tributo corrente é o valor do tributo devido (recuperável) sobre o lucro tributável (prejuízo fiscal) do 
período. 
c) Passivo fiscal diferido é o valor do tributo sobre o lucro devido em período futuro relacionado às adições 
permanentes. 
d) Passivo fiscal diferido é o valor do tributo sobre o lucro devido em período futuro relacionado às 
exclusões permanentes. 
8) (Consulplan/Exame CFC/2018.2) 
Uma empresa apresentava o seguinte balanço patrimonial em 31/12/2015: 
Caixa 200.000 Capital Social 200.000 
No ano de 2016 aconteceram os seguintes eventos: 
- Compra de um veículo por R$ 30.000,00 à vista. A empresa espera utilizá-lo por dez anos, enquanto a vida 
útil fiscal é de cinco anos; 
- Apuração de receita de serviços no valor de R$ 70.000,00 à vista. Os custos eram de R$ 100.000,00 e 
foram pagos à vista. 
No ano de 2017 aconteceram os seguintes eventos: 
- Apuração de receita de serviços à vista no valor de R$ 120.000,00. Os custos eram de R$ 100.000,00 e 
foram pagos à vista. 
 
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34 
Assinale o saldo do imposto de renda e contribuição social diferidos, apresentado no balanço patrimonial 
da empresa em 31/12/2017, considerando a alíquota de imposto de renda e contribuição social de 34% e 
que a empresa apresenta perspectiva de lucros futuros em todos os exercícios. 
a) R$ 8.772,00. 
b) R$ 9.034,00. 
c) R$ 10.812,00. 
d) R$ 12.852,00 
9) (CFC/EQT/Perito Contábil/2018) 
Na preparação da base de cálculo do imposto de renda da empresa K, o contador Y apurou o valor do lucro 
tributável e o valor das diferenças temporais ativas e passivas utilizando os dados demonstrados a seguir: 
a) lucro antes do imposto de renda e da contribuição social sobre o lucro líquido R$5.000,00. 
b) receita de dividendos de participação avaliada pelo método da equivalência patrimonial (MEP) 
R$2.000,00. 
c) estimativa de desembolso para pagamento de reclamação trabalhista R$1.000,00. 
d) lucro com tributação diferida pelo regime de caixa por seis meses R$3.000,00. 
O advogado tributarista da empresa K discorda dos valores apresentados pelo contador Y. Para dirimir as 
dúvidas, um perito contador foi contratado para apresentar os valores correspondentes às diferenças 
temporais. 
De acordo com o item 5 da NBC TG 32 (Tributos sobre o Lucro), julgue os itens abaixo e, em seguida, 
assinale a opção CORRETA. 
I. O valor da diferença temporal tributável é R$5.000,00. 
II. O valor da diferença temporal dedutível é R$1.000,00. 
III. A diferença entre os valores das diferenças temporais tributável e dedutível é R$2.000,00. 
IV. O valor da diferença temporal tributável é R$2.000,00. 
V. O valor da diferença temporal dedutível é R$3.000,00. 
Está(ão) CORRETO(S) apenas o(s) item(ns): 
a) II. b) II e V. c) II e III. d) V 
 
 
 
 
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13 - Gabarito Das Questões Comentadas Nesta Aula 
QUESTÃO GABARITO 
1 C 
2 C 
3 C 
4 B 
5 D 
6 C 
7 B 
8 A 
9 C 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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