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Projeto Integrador - Atualidades Didáticas - Livro Completo

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Prévia do material em texto

PROJETO INTEGRADOR:
ATUALIDADES DIDÁTICAS
Profª. Drª. ANDRÉIA CRISTINA FREGATE BARALDI LABEGALINI
001
004 Aula 1: Metodologias ativas de ensino
011 Aula 2: Elaboração de Documentos Pedagógicos atendendo 
aos pressupostos das metodologias ativas
018 Aula 3: Formação do docente para o trabalho com 
metodologias ativas
025 Aula 4: Práticas em uso e seus resultados em busca da 
Aprendizagem
002
Introdução
Olá caro(a) aluno(a)!
A disciplina Projeto integrador: Atualidades Didáticas tem o objetivo de inte-
grar os conhecimentos necessários para a prática da docência, destacando 
o papel do professor como aquele que faz escolhas e que determina qual é 
a melhor maneira de conduzir o processo de ensino aprendizagem.
E para que você possa fazer as suas escolhas metodológicas, a disciplina 
contribui com os conhecimentos acerca das metodologias ativas de ensino e 
aprendizagem e analisa os diferentes papéis no exercício das metodologias 
ativas no ensino e as características do professor no ensino que conduz à 
aprendizagem: o professor atuando como mediador ou facilitador reconhe-
ce a existência de muitas estratégias metodológicas para o desenvolvimento 
das aulas e ainda reconhece a importância das metodologias ativas para a 
aprendizagem signifi cativa. Tais possibilidades fi cam claras à medida que 
você aprofunda seus conhecimentos estudando as quatro aulas que com-
põem este material.
Na primeira aula, você conhecerá os conceitos e abordagens das Meto-
dologias Ativas, destacando “metodologias” dentre todos os elementos da 
Didática, e na segunda, você vai refl etir a respeito dessas metodologias na 
elaboração dos documentos pedagógicos, atividade que faz parte do ofício 
do professor. Os documentos pedagógicos aos quais nos referimos são: Pro-
jetos Políticos Pedagógicos (PPPs ou simplesmente Projetos Pedagógicos), 
Planos de Gestão e Programas ou Planos de Ensino (Plano de curso, Plano 
de Unidade ou ainda Planos de Aula).
Na terceira aula, abordamos a importância da sua formação enquanto do-
cente que vai desenvolver atividades em suas aulas utilizando as Metodolo-
gias Ativas, e na quarta e última aula apresentamos possibilidades e estra-
tégias que envolvem metodologias ativas e que acreditamos que favorecem 
a aprendizagem dos alunos. Todas as estratégias apresentadas valorizam 
a autonomia do aluno.
Assim, ressaltamos a importância desta para que você, docente em forma-
ção, se construa enquanto profi ssional da área da educação.
Então vamos lá!
003
01
Metodologias
ativas de ensino
004
Para uma boa formação do professor, é necessário que ele conheça a fundo cada um
dos elementos que compõem a aula (objetivos, conteúdos, metodologias, recursos e
avaliação) e os atores envolvidos no processo de ensino e aprendizagem, de modo
especial, o professor e os alunos. Esses temas são tratados pela Didática, que é uma
disciplina que, nas palavras de Libâneo (1990, p. 28), “[...] se caracteriza como
mediação entre as bases teórico-cientí�cas da educação escolar e a prática docente.
Ela opera como que uma ponte entre ‘o quê’ e o ‘como’ do processo pedagógico
escolar”.
Assim, nesta aula vamos destacar um desses elementos da Didática, que são as
metodologias:
A metodologia compreende o estudo dos métodos, e o conjunto dos
procedimentos de investigação das diferentes ciências quanto aos
seus fundamentos e validade, distinguindo-se das técnicas que são a
aplicação especí�ca dos métodos. [...] A metodologia pode ser geral
(por ex., métodos tradicionais, métodos ativos, método da descoberta,
método de solução de problemas, etc.) ou especí�ca, seja a que se
refere aos procedimentos de ensino e estudo das disciplinas do
currículo (alfabetização, Matemática, História, etc.), seja a que se
refere a setores da educação escolar ou extra-escolar (educação de
adultos, educação especial, educação sindical, etc.). Técnicas, recursos
ou meios de ensino são complementos da metodologia, colocados à
disposição do professor para o enriquecimento do processo de
ensino. (LIBÂNEO, 1990, p. 53).
Destacamos aqui em especial as Metodologias Ativas para mostrar para você que a
escolha metodológica demonstra uma visão de mundo, uma maneira de pensar e,
assim, determina as demais escolhas que serão feitas ao elaborar a aula que será
ministrada.
Conceito e abordagens
O próprio termo “ativa” já nos mostra que não é possível ser passivo nem no processo
de ensino, nem de aprendizagem, se a opção metodológica for por essa metodologia!
005
As metodologias precisam acompanhar os objetivos pretendidos. Se
queremos que os alunos sejam proativos, precisamos adotar
metodologias em que os alunos se envolvam em atividades cada vez
mais complexas, em que tenham que tomar decisões e avaliar os
resultados, com apoio de materiais relevantes. Se queremos que
sejam criativos, eles precisam experimentar inúmeras novas
possibilidades de mostrar sua iniciativa. Desa�os e atividades podem
ser dosados, planejados e acompanhados e avaliados com apoio de
tecnologias. (MORAN, 2015, p. 17-18).
Apresentamos o conceito de Metodologias Ativas na visão de vários autores.
Para Almeida (2018), essa metodologia é caracterizada “[...] pela inter-relação entre
educação, cultura, sociedade, política e escola, sendo desenvolvida por meio de
métodos ativos e criativos, centrados na atividade do aluno com a intenção de
propiciar a aprendizagem”.
Moran (2015, p. 18), por sua vez, assim como �zeram os teóricos da Escola Nova há
muitos anos, nos alerta a respeito da necessidade de aproximarmos da vida o
aprender:
Quanto mais aprendamos próximos da vida, melhor. As metodologias
ativas são pontos de partida para avançar para processos mais
avançados de re�exão, de integração cognitiva, de generalização, de
reelaboração de novas práticas.
Valente (2018, p. 27) apresenta as metodologias ativas como alternativas pedagógicas
“[...] que colocam o foco do processo de ensino e de aprendizagem no aprendiz,
envolvendo-o na aprendizagem por descoberta, investigação ou resolução de
problemas.” Sendo assim, Valente (2018, p. 27) a�rma que “essas metodologias
contrastam com a abordagem pedagógica do ensino tradicional centrado no
professor, que é quem transmite a informação aos alunos.”
006
Fonte: Disponível aqui
Para saber mais a respeito da importância das Metodologias Ativas,
acesse o canal Metodologias Ativas no YouTube, que destaca a
importância do papel do professor para uma educação inovadora, e
conheça as explicações a respeito dessa metodologia, feitas pelo 
professor José Manuel Moran, ao ser entrevistado. Vale a pena conferir
no link a seguir.
Já para Berbel (2011, p. 28), as metodologias ativas
[...] têm o potencial de despertar a curiosidade, à medida que os
alunos se inserem na teorização e trazem elementos novos, ainda não
considerados nas aulas ou na própria perspectiva do professor.
Quando acatadas e analisadas as contribuições dos alunos,
valorizando-as, são estimulados os sentimentos de engajamento,
percepção de competência e de pertencimento, além da persistência
nos estudos, entre outras.
As competências que Berbel (2011) nos diz que as metodologias ativas despertam nos
alunos fazem a diferença no fazer pedagógico, pois acredita-se que os docentes, para
o sucesso no processo de ensino aprendizagem, precisam que os alunos se envolvam
e se comprometam.
Filatro e Cavalcanti (2018) apresentam as abordagens teóricas que, na ótica deles,
fundamentam a adoção de metodologias ativas, ou seja, a�rmam que as metodologias
ativas podem ser adotadas no desenvolvimento de competências relevantes no século
XXI sob a perspectiva da pedagogia, da andragogia e da heutagogia:
007
https://www.youtube.com/watch?v=O4icT4Z8m6Q
A pedagogia geralmente está vinculada à educação tradicional de
crianças e adolescentes e tem sido adotada em diferentes abordagens
educacionais, em contextos nos quais o professor assume maior
responsabilidade em orientar as experiências de aprendizagem
vividas por estudantes.
A andragogia, por sua vez, [...], é direcionadaà educação de adultos,
particularmente os inseridos no contexto de trabalho, levando em
consideração aspectos como experiências, motivações e necessidade
de aprender.
Por �m, a heutagogia, [...], surge como resposta às demandas da era
digital, em que as informações disponíveis são abundantes e os
indivíduos têm autonomia para decidir e avaliar o que, como e
quando querem aprender.
Como selecionamos a perspectiva mais adequada para a aplicação de
metodologias ativas no contexto educacional em que atuamos? A
resposta é o nível de autonomia que os estudantes possuem para
aprender. (FILATRO; CAVALCANTI, 2018, p. 19).
O aluno é protagonista, e Filatro e Cavalcanti (2018, p.31-32) a�rmam que
 
  [...] dependendo da atividade, estratégia ou tendência proposta, o
aprendiz assume diferentes papéis (dos mais simples aos mais
complexos). E, conforme os objetivos de aprendizagem delineados, os
alunos ou pro�ssionais resolvem problemas, atuam como instrutores
de seus pares, transformam-se em designers da própria
aprendizagem e chegam até a conceber e implementar soluções na
comunidade em que estão inseridos.
Quando o assunto é autonomia, recorremos a Paulo Freire (2002): “autonomia é a
capacidade e a liberdade de construir e reconstruir o que lhe é ensinado”.
008
Fonte: Disponível aqui
Assista um vídeo sobre as escolas High Tech High, nos EUA, que
desenvolvem práticas inovadoras:
Ainda para Filatro e Cavalcanti (2018, p. 30), as Metodologias Ativas necessitam de
ação-re�exão, “a articulação entre ação-re�exão estimula que os estudantes vivenciem
a metacognição, ou seja, a compreensão e o automonitoramento de sua própria
aprendizagem”.
009
https://www.youtube.com/watch?v=rP6jVBKM1jA
Fonte: Disponível aqui
O Projeto Âncora, de Cotia, desenvolve um trabalho de assistência social
que iniciou com a missão de “ser um espaço de aprendizagem, prática e
multiplicação da cidadania”. Criado em 23 de setembro de 1995 por
Walter Steurer e Regina Machado Steurer, tem como uma de suas
atividades acompanhar a educação escolar e oferecer reforço aos
alunos que atende – a partir dos 5 anos até o Ensino Médio. A partir de
2007, passou a oferecer encontros de Educação com o intuito de
contribuir com a formação dos professores das escolas públicas e de
estudantes de Pedagogia. Nesses encontros, o projeto já trouxe
educadores famosos, tais como o professor José Pacheco, Mário Sérgio
Cortella e Frei Beto. Em 2011, teve contribuições educacionais do
professor José Pacheco, da Escola da Ponte de Portugal. É importante
destacar que o Projeto Âncora concebe a escola como “[...] um espaço
de encontro e de humanização no qual educando e educador são
convidados a vivenciar os conhecimentos, as diversas formas de
compreender e estar no mundo que nos cerca”.   Assim, “[...]
desenvolvem habilidades sociais, críticas e da autonomia.”
Finalizando nossa aula, podemos a�rmar que as Metodologias Ativas são
implementadas por meio de estratégias, e que as práticas dessa metodologia
divergem daquelas utilizadas na metodologia tradicional, ou seja,
Em vez do ensino baseado na transmissão de informação, da 
instrução bancária, como criticou Paulo Freire (1970), na metodologia ativa, 
o aluno assume uma postura mais participativa, na qual ele resolve
problemas, desenvolve projetos e, com isso, cria oportunidades
para a construção de conhecimento. (VALENTE, 2018, p. 26).
Na aula 4, abordaremos diversas estratégias que você poderá utilizar nas suas aulas.
010
https://www.projetoancora.org.br/
02
Elaboração de Documentos
Pedagógicos atendendo
aos pressupostos das
metodologias ativas
011
Na aula anterior, você conheceu os fundamentos das Metodologias Ativas, e nesta
aula, vai aplicar seus conhecimentos sobre elas na elaboração dos documentos
pedagógicos, que fazem parte do ofício do professor.
Os documentos pedagógicos que abordaremos aqui são: Projetos Políticos
Pedagógicos (PPPs ou simplesmente Projetos Pedagógicos), Planos de Gestão,
Programas de Ensino (também conhecidos como Programas de Disciplinas ou Planos
de Ensino) e, �nalmente, Planos de Aula.
O Planejamento Pedagógico, chamado por Ganzeli (2001) de “um processo
ininterrupto de planejar, acompanhar, avaliar, replanejar...”, é formalizado em
documentos escritos, assuntos dessa aula.
Antes da formalização, para que a teoria não se desvincule da prática, é preciso
envolver os agentes da educação e também a comunidade (principalmente os pais e
alunos), pois assim todos se tornam responsáveis e buscam conjuntamente a melhoria
da qualidade da escola.
Projetos Pedagógicos
Os Projetos Pedagógicos das escolas, chamados por alguns autores de PPPs (Projetos
Políticos Pedagógicos) são documentos que expressam a escola como um todo.
Terezinha Azerêdo Rios, apropriando-se das re�exões despertadas pela Filoso�a da
Educação, nos diz que
Ao organizarmos os projetos de nossas escolas, planejamos o
trabalho que temos intenção de realizar, lançamo-nos para diante,
olhamos para a frente. Projetar-se é relacionar-se com o futuro, é
começar a fazê-lo. E só há um momento de fazer o futuro - no
presente. O futuro é o que viveremos como presente, quando ele
chegar. E que já está presente, no projeto que dele fazemos. Pode
parecer complicado, mas trata-se de algo que se constata em nossa
vivência do cotidiano. O presente - momento único de experiência e
relação - traz no seu bojo o passado, enquanto vida incorporada e
012
memória, e o futuro, enquanto vida projetada. Isto vale tanto para as
experiências singulares, de cada um de nós, como para a vida da
sociedade. É isto que garante a signi�cação do processo histórico.
[...] Começamos a Escola do futuro no presente, nas escolas que
temos. Isto reclama de nós uma primeira atitude: a consideração da
realidade, da situação das escolas que temos, e o confronto do que
temos com o que queremos e precisamos construir. Quando se
projeta, tem-se sempre em mente um ideal. (RIOS, 1992, p. 74).
Enquanto docente, você é convidado a participar ativamente da construção do Projeto
Pedagógico da sua escola.
Acesse: Disponível aqui
Você, futuro(a) professor(a), precisa saber que a educação do país, dos
estados e dos municípios também tem que ser discutida e planejada
(assim como acontece nas escolas), culminando com a elaboração de
documentos contendo metas e estratégias. O Brasil tem seu Plano
Nacional de Educação e, a partir desse plano, também existem os
Planos Estaduais de Educação e Planos Municipais de Educação.
Toda a sociedade é convidada a participar de conferências públicas e
Fóruns e depois desses documentos elaborados temos metas a
cumprir, que muitas vezes dependem de ações governamentais. O
Plano Nacional de Educação em vigor é lei no país: Lei n° 13.005 de 25
de junho de 2014.
Vale a pena conhecer documentos tão importantes para a nossa
educação!
013
http://pne.mec.gov.br/
Planos de Gestão
(ou Plano Escolar)
Quando pensamos a respeito dos Planos de Gestão (ou Planos Escolares), o ponto de
partida, a nosso ver, é conhecer a realidade da escola.
Nesse sentido, Ganzeli (2001) nos alerta para o fato de que precisamos conhecer a
realidade particular de cada escola para o processo de planejamento e ainda é
importante que haja participação da comunidade escolar para o sucesso do plano que
será elaborado. Para esse autor,
 [...] "problemas" semelhantes não são necessariamente identi�cáveis,
ou seja, o mesmo "problema" deve ser pensado de forma diferente,
em distintas realidades escolares.[...]
Quando não existe participação pode ocorrer um processo de
fragmentação dos diferentes "olhares" sobre a escola, ou seja, a
escola vista e vivenciada pelo pai, não necessariamente corresponde
aquela analisada e vivenciada pelo professor, sendo que a "escola" do
professor pode não corresponder a do diretor, que por sua vez, pouco
tem a ver com aquela ditada pela política educacional elaborada a
partir dos órgãos centrais do sistema educacional. A participação de
todos os envolvidos no dia-a-dia da escola nas decisões sobre os seus
rumos, garantea produção de um planejamento no qual estejam
contemplados os diferentes "olhares" da realidade escolar,
possibilitando assim, a criação de vínculos entre pais, alunos,
professores, funcionários e especialistas. [...] Favorece a execução de
ações através de compromissos construídos entre aqueles
diretamente atingidos pelo planejamento educacional. (GANZELI,
2001).
Ganzeli (2001) sugere a elaboração de um painel (e posteriormente a elaboração de
�chas referentes a cada parte) descrevendo todo o processo de planejamento em
detalhes: o problema, seus indicadores, suas causas, as operações, os recursos
necessários, o prazo de execução, os resultados esperados com cada operação, a
avaliação da operação e, ao �nal, a revisão geral de todas as operações.
014
Ainda para Ganzeli (2001), o processo de planejamento participativo transformará uma
dada realidade. Ao colocar em prática o que foi planejado (o Plano Escolar), ocorrerão
mudanças políticas, pedagógicas e administrativas, pois se não for assim, o
planejamento terá sido uma mera formalidade.
Programas ou Planos de
Ensino (Plano de curso,
Plano de Unidadeou ainda
de Plano de Aula)
O professor precisa programar-se. Quando se compromete a desenvolver atividades
de ensino em determinada disciplina, após conhecer o projeto pedagógico da escola
(que, como já foi apresentado, é um documento que abrange a escola como um todo),
ele organiza a sua disciplina em um Programa ou Plano de ensino. Ou seja,
[…] o plano de ensino refere-se às atividades que o professor realizará
em sala de aula a �m de atingir os objetivos propostos. Ele é um
instrumento de trabalho do professor. É o seu guia. (SANTOS, 2016,
p.11).
Para chegar aos planos de ensino (aos documentos escritos), é preciso que haja
planejamento. Consideramos que o ensino 
[...] tem como principal função garantir a coerência entre as
atividades que o professor faz com seus alunos e, além disso, as
aprendizagens que pretende proporcionar a eles. Então, pode-se dizer
que a forma de planejar deve focar a relação entre o ensinar e o
aprender.
Dentro do planejamento de ensino, deve-se desenvolver um processo
de decisão sobre a atuação concreta por parte dos professores, na
sua ação pedagógica, envolvendo ações e situações do cotidiano que
015
acontecem através de interações entre alunos e professores.
(KLOSOUSKI; REALI, 2008, p. 4, grifo nosso).
Santos (2016, p.11) nos informa que os planos de ensino podem ser de três tipos:
plano de curso, plano de unidade e plano de aula.
O plano de curso é a organização de objetivos, competências,
conteúdos, procedimentos de ensino e formas de avaliação de um
curso.
No ensino regular, o plano de curso geralmente é voltado para um
semestre ou para um ano letivo.
Em geral contém: objetivos do curso; conteúdos a serem trabalhados;
procedimentos de ensino que serão adotados; recursos necessários;
carga horária do curso; formas de avaliação; e referências
bibliográ�cas. (SANTOS, 2016, p.11, grifo do autor).
O plano de unidade
[...] é organizado considerando que uma unidade é um conjunto de
aulas que abordam o mesmo conteúdo. Sendo assim, indica como as
aulas de determinado assunto serão realizadas. (SANTOS, 2016, p.12).
Já o plano de aula “[...] detalha as atividades de cada aula, relacionando-as aos
objetivos, conteúdos, recursos e ao tempo de duração” (SANTOS, 2016, p.13).
Também no plano de aula descrevemos qual metodologia (ou estratégia) será utilizada
e como a aula será avaliada.
016
Fonte: Disponível aqui
Para saber mais a respeito dos pressupostos das Metodologias Ativas e,
assim, elaborar melhor seus documentos pedagógicos, acesse o canal
Futura no YouTube. Vale a pena conferir no link a seguir.
Klosouski e Reali (2008, p. 7) a�rmam que
se de fato o objetivo do professor é que o aluno aprenda, através de
uma boa intervenção de ensino, planejar aulas é um compromisso
com a qualidade de suas ações e a garantia do cumprimento de seus
objetivos.
Quando o professor se preocupa com a qualidade do ensino que desenvolve,
buscando efetivamente que seus alunos aprendam, ele se compromete e desenvolve
um bom planejamento.
[...] é através do planejamento que são de�nidos e articulados os
conteúdos, objetivos e metodologias são propostas e maneiras
e�cazes de avaliar são de�nidas. O planejamento de ensino, portanto,
é de suma importância para uma prática e�caz e consequentemente
para a concretização dessa prática, que acontece com a
aprendizagem do aluno. (KLOSOUSKI; REALI 2008, p. 7).
Esperamos que o docente, conhecedor das metodologias ativas, seja capaz de planejar
e executar aulas diferentes das consideradas tradicionais.
017
https://www.youtube.com/watch?v=z0Y3BzUWnMI
03
Formação do docente
para o trabalho com 
metodologias ativas
018
Nesta aula, vamos abordar a importância da sua formação enquanto docente que irá
desenvolver atividades em suas aulas utilizando as Metodologias Ativas.
É o docente quem efetiva o processo didático, porém, para tanto, é necessário
conhecer a teoria pedagógica:
[...] A teoria pedagógica orienta a ação educativa escolar mediante
objetivos, conteúdos e tarefas da formação cultural e cientí�ca, tendo
em vista exigências sociais concretas; por sua vez, a ação educativa
somente pode realizar-se pela atividade prática do professor, de
modo que as situações didáticas concretas requerem o “como” da
intervenção pedagógica. (LIBÂNEO, 1990, p. 28).
Libâneo (1990) nos ensina que a Didática pode constituir-se em teoria do ensino
quando na síntese entre a teoria pedagógica e a prática educativa está assegurada a
interpenetração e a interdependência entre os �ns e os meios da educação escolar.
Assim, a Didática, essencial para a formação de todo professor,
[...]  descreve e explica os nexos, relações e ligações entre o ensino e a
aprendizagem; investiga os fatores co-determinantes desses
processos; indica princípios, condições e meios de direção do ensino,
tendo em vista a aprendizagem, que são comuns ao ensino das
diferentes disciplinas de conteúdos especí�cos. Para isso recorre às
contribuições das ciências auxiliares da Educação e das próprias
metodologias especí�cas.[...] integra e articula conhecimentos teóricos
e práticos obtidos nas disciplinas de formação acadêmica, formação
pedagógica e formação técnico-prática, promovendo o que é comum,
básico e indispensável para o ensino de todas as demais disciplinas
de conteúdo. (LIBÂNEO, 1990, p. 28).
A partir da citação, podemos perguntar: “Então, como se forma um professor? Que
tipo de saberes são necessários?” Ou ainda em outras palavras: “O que você precisa
saber para ser professor?”
019
O estágio é obrigatório no Brasil para os cursos superiores de
licenciatura que formam professores para a Educação Básica. Entende-
se que para ser professor é necessário aprofundar conhecimentos
práticos, obtidos nos estágios. O antigo curso Normal e depois os
cursos de magistério eram os responsáveis pela formação de
professores da Educação Infantil e das primeiras séries do Ensino
Fundamental (hoje são anos e não mais séries). Escolas antigas
mantinham até mesmo Colégios de Aplicação, para o desenvolvimento
dos estágios. Porém, a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional,
Lei n. 9394/96 trouxe a necessidade de cursos superiores para a
formação de todos os professores brasileiros.
O professor conduz o processo de ensino. Porém, esse processo ocorre como uma
[...] atividade conjunta de professores e alunos, organizado sob a
direção do professor, com a �nalidade de prover as condições e meios
pelos quais os alunos assimilam ativamente conhecimentos,
habilidades, atitudes e convicções. (LIBÂNEO, 1990, p.29). 
Desse modo, é essencial envolver os alunos e planejar bem os desa�os que serão
utilizados para isso, pois esses desa�os:
[...] contribuem para mobilizar as competências desejadas,
intelectuais, emocionais, pessoais e comunicacionais. Exigem
pesquisar, avaliar situações, pontos de vista diferentes, fazer escolhas,
assumir alguns riscos, aprender pela descoberta, caminhardo simples
para o complexo. Nas etapas de formação, os alunos precisam de
acompanhamento de pro�ssionais mais experientes para ajudá-los a
tornar conscientes alguns processos, a estabelecer conexões não
020
percebidas, a superar etapas mais rapidamente, a confrontá-los com
novas possibilidades. (MORAN, 2015, p. 18).
Mas professores capazes de envolver os alunos são aqueles que também se envolvem,
que se atualizam e buscam constantemente melhorar suas práticas pedagógicas.
Gemignani (2012) nos informa que o método tradicional tem sido ine�ciente devido às
exigências da realidade social e da urgência do acesso à escola e à cultura das classes
menos favorecidas dado o avanço tecnológico e cientí�co. Nesse contexto, há a
necessidade de formar professores que tragam transformações para as suas práticas.
Ainda para essa autora,
Mais que possibilitar o domínio dos conhecimentos, cremos que há a
necessidade de formar professores que aprendam a pensar, a
correlacionar teoria e prática, a buscar, de modo criativo e adequado
às necessidades da sociedade, a resolução dos problemas que
emergem no dia-a-dia da escola e no cotidiano. (GEMIGNANI, 2012, p.
6).
Nesse sentido, também Freire (2002, p.12) nos ensina a respeito da formação dos
professores, ressaltando que “a re�exão crítica sobre a prática se torna uma exigência
da relação Teoria/Prática sem a qual a teoria pode ir virando blablablá e a prática,
ativismo”.
Para Freire, o que importa é
[...] alinhar e discutir alguns saberes fundamentais à prática
educativo-crítica ou progressista e que, por isso mesmo, devem ser
conteúdos obrigatórios à organização programática da formação
docente. Conteúdos cuja compreensão, tão clara e tão lúcida quanto
possível, deve ser elaborada na prática formadora. É preciso,
sobretudo, e aí já vai um destes saberes indispensáveis, que o
formando, desde o princípio mesmo de sua experiência formadora,
assumindo-se como sujeito também da produção do saber, se
convença de�nitivamente de que ensinar não é transferir
conhecimento, mas criar as possibilidades para a sua produção
ou a sua construção. (FREIRE, 2002, p.12, grifo nosso).
021
Vemos na citação o docente que não apenas reproduz ou transmite  conteúdos, mas
possibilita aos seus alunos a construção do saber, colocando em prática metodologias
que proporcionam atividades e o envolvimento dos discentes.
Acesse: Disponível aqui
Um exemplo interessante de prática inovadora ocorreu em Praia
Grande, SP, desenvolvido com alunos do quinto ano do Ensino
Fundamental, do Colégio Coc Novomundo. A sala de aula foi
temporariamente transformada em uma “agência publicitária de
educação colaborativa”, onde os alunos desenvolveram vídeos,
apresentações e paródias sobre os conteúdos que eram trabalhados.
Todos os alunos da turma foram envolvidos, pois foram convidados a
serem pessoas engajadas, inovadoras e colaborativas. Com isso,
estimulou-se uma nova maneira de ver o processo pedagógico.
Aprofunde seus conhecimentos sobre essa experiência no link a seguir.
Valorizando as escolhas metodológicas dos docentes, considerando que nossos alunos
são seres humanos que se constroem a partir das experiências que vivenciam,
trazemos uma citação de Neusi Berbel (2011), que nos mostra as implicações que
essas escolhas têm para a vida pro�ssional futura:
O engajamento do aluno em relação a novas aprendizagens, pela
compreensão, pela escolha e pelo interesse, é condição essencial para
ampliar suas possibilidades de exercitar a liberdade e a autonomia na
tomada de decisões em diferentes momentos do processo que
vivencia, preparando-se para o exercício pro�ssional futuro. Para
isso, deverá contar com uma postura pedagógica de seus
professores com características diferenciadas daquelas de
controle. (BERBEL, 2011, p. 29-30, grifo nosso).
022
http://porvir.org/professora-transforma-sala-de-aula-em-agencia-de-publicidade-e-educacao-colaborativa/
Em 1996, a Comissão Internacional sobre Educação para o Século XXI
fez um relatório para a Unesco. Esse documento �cou mundialmente
conhecido, pois apresentou muitos tópicos importantes para a
educação mundial. Considerando de extrema importância para os
docentes preocupados em melhorar suas práticas, atualizando-os
com conhecimentos que certamente re�etirão em mudanças
metodológicas, destacamos aqui aspectos relacionados ao trabalho
do professor:
O trabalho do professor não consiste simplesmente em transmitir
informações ou conhecimentos, mas em apresentá-los sob a forma de
problemas a resolver, situando-os num contexto e colocando-os em
perspectiva de modo que o aluno possa estabelecer a ligação entre a
sua solução e outras interrogações mais abrangentes.
A relação pedagógica visa o pleno desenvolvimento da personalidade
do aluno no respeito pela sua autonomia e, deste ponto de vista, a
autoridade de que os professores estão revestidos tem sempre um
caráter paradoxal, uma vez que não se baseia numa a�rmação de
poder, mas no livre reconhecimento da legitimidade do saber. Esta
noção de autoridade poderá evoluir mas, por enquanto, permanece
essencial, pois é dela que derivam as respostas às questões que o
aluno coloca sobre o mundo e é ela que condiciona o sucesso do
processo pedagógico. (DELORS, 1996,  p. 157).
Há grande preocupação com as contribuições do ensino para os discentes no que se
refere à capacidade de discernir e em compreender responsabilidades individuais,
características necessárias
 
[...] nas sociedades modernas se pretende que os alunos sejam, mais
tarde, capazes de prever e adaptar-se às mudanças, continuando a
aprender ao longo de toda a vida. (DELORS, 1996,  p. 157).
 
Assim, as atividades propostas pelo docente e o diálogo entre professores e alunos, na
concepção da Comissão Internacional sobre Educação para o Século XXI,
proporcionam o desenvolvimento do senso crítico. Além disso, os membros da
023
Comissão acreditam que
A grande força dos professores reside no exemplo que dão,
manifestando sua curiosidade e sua abertura de espírito, e
mostrando-se prontos a sujeitar as suas hipóteses à prova dos fatos e
até a reconhecer os próprios erros. Devem, sobretudo, transmitir o
gosto pelo estudo. (DELORS, 1996,  p. 157).
Finalizando o conteúdo desta aula, apontamos que a formação de professores voltada
para Metodologias Ativas proporcionará mudanças que ultrapassarão a sala de aula,
pois desenvolverão características nos alunos voltadas para a participação social.
024
04
Práticas em uso e
seus resultados em
busca da Aprendizagem
025
Nas aulas anteriores, você conheceu os princípios que norteiam o trabalho com as
Metodologias Ativas, a importância de planejar e organizar o trabalho didático-
pedagógico e a importância da formação dos professores que vão desenvolver as
atividades pedagógicas.
Agora, você é convidado a conhecer possibilidades e técnicas que envolvem
metodologias ativas e que acreditamos que favorecem a aprendizagem dos alunos.
Aproveitamos para relembrar a importância de planejar adequadamente, escolher a
técnica que melhor se adequa aos conteúdos que serão trabalhados e que ajudarão a
atingir os objetivos propostos. Acreditamos que o planejamento está diretamente
ligado à aprendizagem, pois
[...] o professor deve usar o planejamento como ferramenta básica e
e�caz, a �m de fazer suas intervenções na aprendizagem do aluno. O
ato de aprender acontece quando o indivíduo atualiza seus esquemas
de conhecimento, quando os compara com o que é novo, quando
estabelece relações entre o que está aprendendo com o que já sabe. E,
isso exige que o professor proponha atividades que instiguem a
curiosidade, o questionamento e a re�exão frente aos conteúdos.
Além disso, ao propiciar essas condições, ele exerce um papel ativo de
mediador no processo de aprendizagem do aluno, intervindo
pedagogicamente na construção que o mesmo realiza. (KLOSOUSKI;
REALI, 2008, p. 7).
Nesse mesmo sentido, não podemos desconsiderar a importância da autonomia do
aluno, estimulada pelas atividades propostas pelo professor.
Filatro eCavalcanti (2018, p. 20) nos dizem que
[...] o professor que atua na educação básica sabe que as crianças,
que são menos autônomas por ainda estarem passando pelos
estágios de desenvolvimento físico e psicológico, precisam de maior
direcionamento e orientação para desenvolver projetos baseados em
metodologias ativas que os adultos, estes sim maduros �siológica e
psicologicamente, os quais participam de ações de educação
corporativa.
026
Porém, preocupados em mostrar ao mundo quais são os pilares da educação e
considerando a civilização atual como cognitiva, a Comissão Internacional sobre
Educação para o século XXI a�rmou em relatório encaminhado à UNESCO que a
educação
[...] deve transmitir, de fato, de forma maciça e e�caz, cada vez mais
saberes e saber-fazer evolutivos, adaptados à civilização cognitiva,
pois são as bases das competências do futuro. [...] À educação cabe
fornecer, de algum modo, os mapas de um mundo complexo e
constantemente agitado e, ao mesmo tempo, a bússola que permita
navegar através dele. (DELORS, 1996,  p. 89).
Assim, a mesma Comissão a�rmou que a organização da educação deve ser
[...] em torno de quatro aprendizagens fundamentais que, ao longo de
toda a vida, serão de algum modo para cada indivíduo, os pilares do
conhecimento: aprender a conhecer, isto é adquirir os instrumentos
da compreensão; aprender a fazer, para poder agir sobre o meio
envolvente; aprender a viver juntos, a �m de participar e cooperar
com os outros em todas as atividades humanas; �nalmente aprender
a ser, via essencial que integra as três precedentes. É claro que estas
quatro vias do saber constituem apenas uma, dado que existem entre
elas múltiplos pontos de contato, de relacionamento e de permuta.
(DELORS, 1996, p. 89-90, grifo nosso).
027
Para mais conhecimentos e re�exões importantes para a sua formação
de professor(a), indico a obra EDUCAÇÃO: UM TESOURO A DESCOBRIR,
organizada por  Jacques Delors. Trata-se de um Relatório para a
UNESCO da Comissão Internacional sobre Educação para o século XXI.
Essa obra é muito conhecida no meio acadêmico por causa dos quatro
pilares da educação, que são fundamentos para as nossas opções
metodológicas!
No intuito de mostrar a você como as metodologias ativas ocorrem na prática,
passamos a apresentar algumas estratégias por meio das quais elas são
implementadas. Destacamos a seguir.
028
Sala de Aula Invertida ou
Flipped Classroom
Como o próprio nome diz, há uma inversão no que vemos mais comumente,
possibilitando ao aluno que estude os conteúdos da aula antes da aula, muitas vezes
com o auxílio de tecnologias, ou seja,
A sala de aula torna-se o lugar de trabalhar os conteúdos já
estudados, realizando atividades práticas como resolução de
problemas e projetos, discussão em grupo e laboratórios. No entanto,
o fato de as atividades que o estudante realiza on-line poderem ser
registradas no ambiente virtual de aprendizagem cria a oportunidade
para o professor fazer um diagnóstico preciso do que o aprendiz foi
capaz de realizar, as di�culdades encontradas, seus interesses e as
estratégias de aprendizagem utilizadas. Com base nessas
informações, o professor, juntamente com o aluno, pode sugerir
atividades e criar situações de aprendizagem totalmente
personalizadas. (VALENTE, 2018, p. 27).  
Como nos informa Valente (2018, p.27), a sala de aula invertida possibilita “[...] a
implantação de uma proposta de aprendizagem mais personalizada”.
A sala de aula invertida e o modelo invertido de aprendizagem, segundo Bergmann e
Sams (2018, p. 104),
[...] criaram condições para que capacitássemos os alunos a aprender
mais conteúdo, com mais profundidade, em um ambiente interativo,
de relacionamentos fecundos, que os ajude a alcançar o sucesso.
029
BERGMANN, Jonathan; SAMS, Aaron Sala de aula invertida: uma
metodologia ativa de aprendizagem; tradução Afonso Celso da Cunha
Serra. Rio de Janeiro: LTC, 2018. (e-PUB. Minha Biblioteca).
Um exemplo do trabalho com Metodologia Ativa, utilizando a técnica de
sala de aula invertida, pode ser conhecido por meio do livro de Jonathan
Bergmann e Aaron Sams. Os autores, motivados pelos problemas que
enfrentavam com as ausências dos alunos às suas aulas ministradas em
uma escola que eles denominaram de “relativaente rural”, preocupados
com o desempenho e aprendizagem dos alunos que faltavam,
resolveram utilizar um software para gravar os conteúdos ministrados e
indicavam os vídeos postados para que os alunos os assistissem e
depois tirassem as dúvidas em sala de aula. A sala de aula invertida
nasceu quando um dos autores questionou: “E se gravássemos todas as
aulas, e se os alunos assistissem ao vídeo como ‘dever de casa’ e
usássemos, então, todo o tempo em sala de aula para ajudá-los com os
conceitos que não compreenderam?” Assim, �ca a dica: conheçam essa
maravilhosa experiência! 
030
Aprendizagem Baseada
em Problemas (Problem
Based Learning PBL)
A Aprendizagem Baseada em Problemas, como o próprio nome diz, se desenvolve a
partir da resolução de problemas propostos, “[...] com a �nalidade de que o aluno
estude e aprenda determinados conteúdos.” (BERBEL, 2011, p. 32).
            Ela estimula o aluno a buscar o conhecimento.
Acesse: Disponível aqui
Você vai gostar de saber mais a respeito da Aprendizagem baseada em
problemas, assistindo.
Segundo Berbel (2011, p. 32), inicialmente deve-se relacionar as situações que o aluno
deverá saber resolver, a partir daí são determinados os conhecimentos necessários e
elencados os temas de estudo que são transformados em problemas que serão
estudados e discutidos pelos alunos no grupo tutorial.
031
http://www.youtube.com/watch?v=YhB44GtyNhI
Fonte: Disponível aqui
Rosana Rocha desenvolveu um trabalho que implementou o Método da
Problematização relacionado com a temática das Drogas e da Violência,
no Colégio Pedro I, C E Dom, no município de Lidianópolis – Paraná, com
os alunos das séries �nais no Ensino Fundamental, na disciplina de
Ciências quando estudavam sistemas biológicos. A metodologia tornou
as aulas mais interativas e aumentou a qualidade do processo de
ensino-aprendizagem.
Vale a pena conferir!
032
http://www.diaadiaeducacao.pr.gov.br/portals/pde/arquivos/552-4.pdf
Figura 1 | Fonte: Disponível aqui
Metodologia da
Problematização com o
Arco de Maguerez
De acordo com Berbel (2011, p. 33), o arco de Maguerez foi apresentado inicialmente
por Bordenave e Pereira (1982) e possui cinco etapas: “observação da realidade e
de�nição de um problema, pontos-chave, teorização, hipóteses de solução e aplicação
à realidade”.
Sempre desenvolvendo a autonomia nos estudantes, busca-se nessa estratégia
garantir algumas características:
- Os alunos é que problematizam a parcela da realidade associada ao
foco do estudo, selecionam um dos problemas para estudar e buscam
uma resposta ou uma solução para ele. [...].
- Considera-se a realidade concreta para aprender com ela e para
nela intervir, em busca de soluções para seus problemas. [...]
- A participação do aluno se dá no exercício do aprender fazendo. [...]
033
https://homensnaenfermagem.blogspot.com/2017/06/proposta-de-estudo.html
- A vivência desse caminho metodológico pelos alunos permite-lhes a
construção de conhecimentos. [...]
- Após a teorização dos pontos-chave de�nidos pelos participantes,
[...] são elaboradas criativamente hipóteses de solução e, dentre elas,
serão escolhidas aquelas que serão colocadas em prática na parcela
da realidade da qual se extraiu o problema de estudo. [...]
  - O fato de os alunos, desde o início, analisarem criticamente uma
parcela da realidade para problematizá-la [...] torna-se decisivo para
o seu engajamento na continuidade do processo. Eles se sentem
corresponsáveis pela construção do conhecimento acerca do
problema e de alternativas para a sua superação. [...]
- O pensamento criativo dos alunos é estimulado, em cada etapa do
processo.
- Os alunos são também mobilizados para aprendizados sociais,
políticos e éticos, que contribuem para a formação do ser cidadão.
(BERBEL,2011, p.33-34).
Em resumo, nessa estratégia o professor é mediador e estimula o aprendizado, mas
não é ele quem apresenta os problemas que serão resolvidos; conduz os alunos,
auxiliando-os; conduz também o processo metodológico e estimula a ação-re�exão-
ação, que são elementos da práxis. Assim, essa metodologia está associada aos
ensinamentos de Paulo Freire.
Teaching Case (o método
do caso ou discussão e
solução de casos)
Essa estratégia parte de um caso apresentado que pode ser ou não real.
Os alunos empregam conceitos já estudados para a análise e
conclusões em relação ao caso. Pode ser utilizado antes de um estudo
teórico de um tema, com a �nalidade de estimular os alunos para o
estudo. (BERBEL, 2011, p. 31).
034
Berbel (2011, p. 31) ainda nos informa que o estudo de caso possibilita um contato
com situações que podem ser encontradas na pro�ssão e habitua os alunos a analisá-
las em diferentes ângulos antes de tomar uma decisão.
Peer Instruction
(Aprendizagem entre
iguais)
Proposta por Eric Mazur, professor de Física da Universidade de Harvard, a
metodologia ativa Peer Instruction (“aprendizagem entre iguais”, em português)
transforma as aulas expositivas em aulas envolventes, em que o entendimento e o uso
dos conceitos são pesquisados pelos alunos, que se reúnem e colaboram entre si por
meio de discussões.
Mazur (2015) nos explica os alunos aprendem muito pouco em aulas expositivas
passivas, pois o professor não consegue “jogar o conhecimento em suas mentes”. Ele
complementa a informação que dá aos seus alunos: “Eu os desa�o a tornarem-se
pensadores críticos. Explico a diferença entre simplesmente inserir números nas
equações e ser capaz de analisar uma situação não familiar”.
Para que os estudantes se concentrem no signi�cado das equações, por exemplo,
Mazur (2015) autoriza que seus alunos utilizem nos exames uma lista de fórmulas,
desencorajando a memorização das equações.
035
Acesse: Disponível aqui
Para que você complemente seus estudos, indico um texto cientí�co
que relata a experiência com o Peer Instruction,  utilizado em aulas que
foram ministradas em um curso de Direito, ultrapassando o método
tradicional de ensino:
Aprendizagem Baseada
em Equipes (team-based
learning – TBL)
 
A Aprendizagem Baseada em Equipes, segundo Bollela et al. (2014), é uma estratégia
instrucional desenvolvida por   Larry Michaelsen, nos anos de 1970, para cursos  de 
Administração.
Nessa estratégia, eram formados grupos (equipes) com 5 a 7 estudantes, trabalhando
na mesma sala de aula, independentemente do número total de alunos da turma, sem
a necessidade de salas pequenas para as equipes.
[...] propõe-se a induzir os estudantes à preparação prévia (estudo)
para as atividades em classe. O instrutor deve ser um especialista nos
tópicos a serem desenvolvidos, mas não há necessidade que domine o
processo de trabalho em grupo. Os estudantes não precisam ter
036
http://www.publicadireito.com.br/artigos/?cod=f57a221f4a392b92
instruções especí�cas para trabalho em grupo, já que eles aprendem
sobre trabalho colaborativo na medida em que as sessões acontecem.
(BOLLELA et al., 2014, p. 294).
Segundo Bollela et al. (2014), o professor é um facilitador para a aprendizagem e que
deve haver igualdade, sem autoritarismo. Deve haver diálogo e interação entre os
alunos no desenvolvimento de trabalho colaborativo em equipes.
Ao formar as equipes,
[...] os professores devem mesclar os alunos de forma aleatória e
equilibrada, buscando a maior diversidade possível e jamais
delegando aos estudantes a tarefa de formação dos grupos (BOLLELA
et al., 2014, p. 294).
Bollela et al. (2014) nos mostram como funciona essa estratégia: os alunos devem
desenvolver atividade de leitura (ou outra que o professor designar) antes da
realização da aula (denominada de “preparação pré-classe”, sendo esta a primeira
etapa). Na etapa seguinte, os grupos são reunidos na classe para resolver o que o
professor determinar (testes) e devem se decidir por uma resposta e poderem conferir
com a resposta considerada correta; na sequência as equipes podem recorrer caso
não concordem com a resposta considerada correta (a apelação deve ser
fundamentada e apontar a resposta que consideram correta). As equipes vão
ganhando pontos. A terceira etapa consiste na aplicação de conhecimentos na
resolução de diversas situações (problemas); nessa etapa os estudantes interpretam,
inferem, analisam e sintetizam.
Acesse: Disponível aqui
Vale a pena saber mais a respeito da estratégia Team-based learning
(TBL), ou aprendizagem em equipe.
037
http://www.youtube.com/watch?v=yHssVGwCgDw
Material Complementar
Título: Pedagogia da Autonomia: saberes necessários à prática edu-
cativa
Autor: Paulo Freire
Editora: Paz e Terra
Sinopse: Paulo Freire, em sua sabedoria, nos ensina que não há o exer-
cício da docência sem que haja o discente. Nos mostra claramente que 
ensinar não é transferir conhecimentos e nos ensina as exigências do 
ensinar.
Comentário: Indico o livro porque acredito que Paulo Freire, ao nos 
falar abertamente a respeito da autonomia, lançou as bases que fun-
damentam as Metodologias Ativas.
Para você ampliar seus conhecimentos e se apropriar de textos resul-
tantes de pesquisa científi ca, indico também o artigo de Marlla Rúbya 
Ferreira Paiva, José Reginaldo Feijão Parente, Israel Rocha Brandão e 
Ana Helena Bomfi m Queiroz. Os autores, uma pedagoga e três psicólo-
gos, realizaram um estudo que analisou o uso de metodologias ativas 
de ensino-aprendizagem a partir de uma revisão, que chamaram de 
“revisão integrativa” da literatura. Os autores constataram que a aplica-
ção dessas metodologias contemplam desde o Ensino Fundamental até 
o Ensino Superior, onde apontam que tais metodologias são predomi-
nantes nos cursos da área da saúde. Apresentam que as metodologias 
ativas constituem alternativas para o processo de ensino-aprendiza-
gem, com diversos benefícios e desafi os e ainda observaram a falta de 
coesão em sua classifi cação por parte dos autores em análise:
PAIVA, Marlla Rúbya Ferreira et al. Metodologias Ativas de Ensino 
aprendizagem: Revisão Integrativa. SANARE, Sobral, v.15 n.2, p.145-
153, Jun./Dez. 2016. Disponível em: fi le:///C:/Users/Admin/Downloads/
1049-2481-1-SM.pdf. Acesso em: 31 maio 2019.
Para saber mais sobre o Peer instruction (ou aprendizagem entre 
iguais), acesse: www.youtube.com/watch?v=lOIFfmA2Noo#t=32
LIVRO
WEB
WEB
038
Conclusão
Nossos alunos merecem docentes capazes de estimulá-los e de proporem 
atividades que favoreçam a autonomia e a construção do conhecimento. 
Merecem docentes também ativos que acompanhem o desenvolvimento da 
sociedade e que preparem seus alunos para a participação social.
A disciplina “Projeto integrador: Atualidades Didáticas” contribui para a sua 
formação oferecendo as bases e até mesmo os “pilares” (parafraseando De-
lors) para a sua formação enquanto um profi ssional da área da educação.
Como afi rmamos no decorrer das aulas, esperamos que você, enquanto do-
cente e conhecedor das metodologias ativas, seja capaz de planejar e exe-
cutar aulas diferentes das consideradas tradicionais, pois as tradicionais não 
valorizam a autonomia do aluno e nem o veem como sujeito na construção 
do próprio conhecimento.
Ao conhecer os princípios que norteiam o trabalho com as Metodologias 
Ativas, a importância de planejar e organizar o trabalho didático-pedagógico, 
a importância da formação dos professores que vão desenvolver as ativida-
des pedagógicas e fi nalmente as possibilidades, estratégias ou técnicas que 
envolvem metodologias ativas, acreditamos que você está apto a planejar 
adequadamente, escolher a estratégia que melhor se adequa aos conteúdos 
que serão trabalhados e que ajudarão a atingir os objetivos propostos. 
Acreditamos também que você, com suas aulas, proporcionará mudanças 
que ultrapassarão a sala de aula e desenvolverão nos alunos características 
voltadas para a participação social.
Bom trabalho!
039
Referências
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de estudantes. Semina: Ciências Sociais e Humanas, Londrina, v. 32, n. 1, p. 25-40, 
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