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Caso 1: Marcela Através da entrevista psicológica, usando o modelo não-diretivo inicia-se a abordagem, começa a entrevista com perguntas abertas, descobre-se: Perspectiva dinâmica: Há três meses passou por avaliação psicológica por neurologista, foi acompanhada também aos 4 anos de idade. Perspectiva biológica: idade de 28 anos. Apresenta alteração de sono, com dificuldade pra dormir. Reside com os pais e tem dois irmãos que moram em outra cidade. Perspectiva Comportamental: se mantém no quarto durante as crises. Perspectiva social: Não demonstra interesse em atividades sociais. Faz administração e apresenta queda no rendimento. Manifesto: Marcela queixa de muito cansaço, desanimo. Diz que estudar e lidar com os bens da família é uma tarefa muito árdua. Latente: ao ser questionada na relação com a família, demonstra que sofreu muita comparação com os irmãos, homens, já casados, filhos, enquanto ela, mulher, solteira, se sente solitária. Descrição dos sintomas: Marcela apresenta características depressivas desde o término com o noivo. Há um ano. Um relacionamento conturbado que ela se doava mais que o normal demonstrando possessividade. Fatores externos: Como é uma família conhecida, Marcela sempre está em evidência e sendo o assunto, seja na empresa ou na faculdade. Comparações ou avaliação crítica de sua jornada, cobranças, levam-na ao baixo astral. Aspectos vegetativos: Marcela antes fazia exercícios, mas deixou de se dedicar, alterando seu sono, e com isso alimenta mal. Identifica-se sintomas depressivos, tendo a entrevista motivacional como modalidade indicavel. Possível sintomas de autismo na infância. Baixo auto-estima gerada pela relação com o ambito familiar. Além do neuro, encaminha-se ao psiquiatra para administração de medicamentos anti-depressivos. Sendo acompanhada semanalmente. Ao ser questionada o porquê de estar ali, responde que foi por pedido dos pais. Os pais ao serem questionados sobre a relação familiar, apontam boa comunicação e diálogo, e que fizeram de tudo pelos filhos. Tinham uma preocupação maior com Marcela pois quando criança costumava não indicar desejos e quando o faz, usava a mão de terceiros para apontar. Tinha dificuldade em prestar atenção quando lhe apontavam um objeto. Não atendia quando lhe chamavam. Sempre muito retraída, mas competente no que fazia. Caso 2: Gabriel Perspectiva biológica: idade de 8 anos. Perspectiva Comportamental: A escola alega que Gabriel mostra-se distante durante as aulas, tem baixo rendimento acadêmico e demanda suporte constante da professora para realizar as atividades. A equipe pedagógica sinaliza que quando Gabriel recebe o suporte, consegue desempenhar as atividades Perspectiva social: reside com seus pais e sua irmã mais nova, de 02 anos. Encaminhado para avaliação psicológica pela escola em que encontra-se matriculado há 1 ano. Frequentava outra instituição escolar, e teve que ser matriculado em sua atual escola por questões logísticas Seus pais trabalham de segunda a sábado e mostram-se muito preocupados com os apontamentos da escola. Manifesto: Gabriel se sente só, pois sofre bullying na escola nova por, dizendo ele, ser pobre e negro, ele diz sentir raiva dos colegas. Latente: na outra cidade, Gabriel estava mais perto da avó, que praticamente o criou, e o mesmo não entende que o emprego do pai o deslocou de local, e ainda sendo muito distante, criando revolta no mesmo. Descrição dos sintomas: Gabriel se expressa com dificuldade, diz que falar do assunto o faz mais fraco, é nítida a insegurança, medo e incerteza no mesmo. Fatores externos: a escola onde trabalha é uma escola mais elitizada, trazendo dificuldades de adaptação a Gabriel. É feito contato com a assistência dada pela escola para um acompanhamento durante o processo. Aspectos vegetativos: Gabriel tem uma vida normal e regulada, prática esporte, mais específico, faz natação, e continua frequentando o mesmo. Para alcançar os dados foi utilizada a entrevista lúdica, através de jogos de percepção que levaram Gabriel a se expor. Através dos jogos, uma vez que o mesmo está familiarizado com games e RPG, pro menino pareceu mais uma brincadeira. Com os brinquedos o mesmo chegou a identificar em alguns deles os colegas, principalmente os que sentia rancor. Tratava os mesmos com brutalidade. Através da aceitação empática e escuta foi dado o progresso para que se sentisse seguro e se expor. Tem sido trabalhado o desenvolvimento da discrepância, onde Gabriel é levado a refletir se o mesmo não volta ao antigo local de moradia, e se tivesse que morar ali pra sempre. Vai se sentindo confortável em visitar a avó e nas férias passar lá a temporada. O mesmo se encontra em estado pre-contemplativo, continuará com o acompanhamento terapêutico particular e na escola num trabalho conjunto.
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