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Luíze Ana Scheffer 5º Semestre - 2022 Sífilis Infecção sistêmica crônica causada pela bactéria espiroqueta Treponema pallidum o T. pallidum penetra em mucosa íntegra ou escoriações microscópicas na pele alcançando vasos linfáticos e focos metastáticos muito antes do aparecimento de lesão primária. Transmissão: sexual e vertical principalmente Exclusiva do ser humano Alta infectividade Contágio maior nas fases iniciais Aumenta risco de transmissão de HIV e outras DSTs Classificação Sífilis primária (formação cancro local) Sífilis secundária (sistêmica) o Latente precoce: menos que um ano pós infecção o Latente tardia: mais de um ano pós infecção ou indeterminada. Sífilis terciária: evolução sífilis secundária latente não tratada Neurossífilis: precoce ou tardia (manifestação de sífilis terciária). Sífilis congênita Sífilis Primária Período de incubação média: 2 a 6 semanas. Pápula indolor com erosão e consistência endurecida/cartilaginosa. Cancro duro: úlcera de base limpa, bases elevadas, não exsudativa, indolor, acometendo principalmente genitália. Lesões genitais atípicas são comuns. Pode ter adenopatia regional após 1 semana de lesão, em geral bilateral. Persiste por 4 a 6 semanas – cicatriza de modo espontâneo. Sífilis Secundária 6 a 8 semanas após cicatrização do cancro Pode não estar presente em alguns pacientes. Invasão do SNC pelo treponema ocorre nas primeiras semanas ou meses – anormalidades LCR em 40% dos casos se sífilis secundária. Regridem de modo espontâneo em 1 a 6 meses. Lesões maculosas, papulosas, papuloescamosas e eventualmente pustulosas, com mais de uma forma ao mesmo tempo; Não pruriginosas, vermelho pálido ou rosado. Tronco e partes proximais de membros. Erosões superficiais indolores em mucosas coloração cinza-prateada e margem vermelha. Sintomas constitucionais podem preceder ou acompanhar: faringite, febre, mal estar, perda de peso, anorexia, cefaleia, meningite. Complicações menos comuns: Hepatite, síndrome nefrótica, gastrite, proctite, artrite, periostite, neurite óptica, irite clássica ou uveíte. Sífilis Latente Diagnóstico por exame laboratorial Ausência de sinais clínicos e exame normal LCR. Precoce: primeiro ano após infecção Tardia: maior ou igual a 1 ano de infecção ou duração desconhecida. Instrumentos definição: teste anterior negativo, história de lesões ou exposição. Luíze Ana Scheffer 5º Semestre - 2022 3 possíveis desfechos para sífilis latente tardia sem tratamento 1. Persistência crônica com possibilidade de transmissão fetal, por transfusão ou transplante de órgaos. 2. Sífilis tardia (incomum devido exposição a penicilinas) 3. Cura espontânea com reversão de testes sorológicos Sistema Nervoso Central (manifestação da sífilis terciária) Primeiras semanas de infecção. o Treponema em LCR e humor aquoso LCR: pleocitose mononuclear, hiperproteinorraquia, VDRL reagente Sífilis meníngea – cefaleia, náusea, vomito, rigidez de nuca, comprometimento de nervos cranianos, convulsões, alteração estado mental. Sífilis meningovascular – comprometimento arterial focal ou disseminado de pequenos, médios e grandes vasos – AVC em paciente jovem, pródromo de encefalite com síndrome vascular gradualmente progressiva. Sífilis parenquimatosa – PARESIA geral – personalidade, afeto, reflexos, olhos, sensório, memória, orientação, cálculo, discernimento e compreensão, fala. Tabes dorsalis: desmielinização de coluna posterior medular, raízes dorsais e gânglios raízes dorsais. Marcha atáxica, parestesia, distúrbio vesical, impotência, arreflexia, perda propriocepção, temperatura e dor profunda. Articulações Charcot / Pupila de Argyll Robertson, atrofia óptica Sífilis Tardia Cardiovascular: endarterite obliterante dos vasa vasorum. Aortite, insuficiência aórtica, aneurisma sacular, estenose de óstio coronariano. Aneurisma sacular – mais em aorta ascendente, não dissecam. Calcificação linear de aorta ascentende RX de tórax Benigna tardia (goma) Lesões solitárias com variação de tamanho. Indolores, nodulares, endurecidas ou ulcerativas. Comum em pele e sistema esquelético. Inflamação granulomatosa com área central de necrose devido endarterite obliterante. Pode isolar o treponema. Ossos longos, periostite ou osteíte destrutiva ou esclerosante. Sífilis Congênita Em geral lesão fetal após 4º mês de gestação após competência imunológico fetal Risco de infecção fetal de 75 -95% sífilis materna precoce, com redução para 35% na sífilis materna com mais de 2 anos de duração. Perda fetal, prematuridade, morte neonatal ou sífilis congênita não fatal. Teste diagnóstico pré-natal primeiro e terceiro trimestre e momento do parto pelo risco de reinfecção. Manifestações precoces: primeiros 2 anos de vida (2 a 10 semanas) e se assemelham a sífilis secundária grave. Manifestações tardias: depois dos 2 anos – subclínica, ceratite intersticial, surdez, derrame articular joelhos, neurossífilis, dentes de Hutchinson, molares em amora, nariz em cela e tíbias em sabre. Estigmas residuais Sinal mais precoce: rinite ou coriza – 2 a 6 semanas de vida, lesões mucocutâneas, alterações ósseas, hepatoesplenomegalia, adenopatia, anemia, icterícia... Luíze Ana Scheffer 5º Semestre - 2022 Diagnostico Microscopia de campo escuro: o Amostra: exsudato seroso das lesões ativas (primarias ou secundárias) o Visualiza o treponema presente Testes imunológicos o Treponêmicos o Não treponemicos Testes treponemicos Lizados completos de T.pallidum ou antígenos treponemicos recombinantes e detectam anticorpos específicos (IgG e IgM) contra componentes celulares dos treponemas Primeiros a apresentar resultado reagente após infecção Teste de anticorpos treponemicos fluorescentes com absorção (FTA-Abs) o Primeiro a apresentar resultado reagente o Requer microscópio de fluorescência o Ensaio imunossorvente ligado à enzima (ELISA) o Teste imunológico com revelação quimioluminescente e suas derivações o Teste e hemaglutinação e aglutinação Testes não treponemicos Quantitativos: fundamental importância para saber em que fase da detecção o diagnóstico esta sendo realizado e acompanhamento da resposta ao tratamento o VDRL: suspensão antigênica composta por uma solução alcoolica contendo cardiolipina, colesterol, lectina purificada e utiliza soro inativado como amostra o RPR (teste rápido) o USR o TRUST (modificações do VDRL) VDRL Falso positivo Raro Titulação menor que 1/8 Definido por teste treponemico negativo Cura Queda de 2 titulações (4 vezes) ou mais do teste não treponêmico. Em geral, seis meses de evolução em paciente não HIV e 1 ano de evolução em paciente com HIV. Controle periódico após dependerá de médico assistente e paciente em paciente não HIV. Não HIV – semestral / HIV trimestral Neurossífilis: pleocitose é o melhor marcador. Tratamento Gestante só usa a penicilina benzatina Primária, secundária ou latente precoce – Pen G benzatina 2,4 mU IM o Alternativa: doxiciclina 100 mg 12/12 horas por 14 dias. Latente tardia: Pen G benzatina 2,4 um IM por semana durante 2 semanas. Doxiciclina 100 mg 12/12 horas por 28 dias o Ceftriaxone 1 g por 10 dias. Preventivo para parceiro nos últimos 3 meses: Pen G benzatina 2,4 mU IM Neurossífilis: Pen G cristalina aquosa 18 a 24 um/dia 3 a 4 a cada 4 horas por 10 a 14 dias